sexta-feira, 12 de março de 2021

Comprimido com câmara instalada permite detetar cancro no intestino !

Um comprimido com uma micro câmara instalada vai ser distribuído pelo Serviço Nacional de Saúde inglês – NHS. O objetivo é detetar doenças intestinais como a doença de Crohn e a presença de possíveis células cancerígenas.


Segundo o Correio da Manhã, o comprimido conta com um dispositivo que tem a capacidade de registar duas fotografias por segundo, enquanto viaja pelo sistema digestivo. Assim, permite os médicos realizar o diagnóstico em poucas horas.

O jornal indica que os especialistas garantem que o comprimido – que custa 500 libras (cerca de 580 euros) – é “muito conveniente, e poupa os pacientes de um exame desconfortável”.

Peter Johnson, diretor clínico do NHS, frisa a importância do novo método. “Nós sabemos que existem pessoas que sofrem os primeiros sintomas, como dores e inchaço no estômago e sangue nas fezes e não se manifestam”, destaca.

Agora, os novos comprimidos podem ajudar a reduzir os tempos de espera e detetar a doença cedo, altura em que esta é mais fácil de tratar.

No Reino Unido, cerca de 16 600 pessoas morrem de cancro do intestino todos os anos, de acordo com o instituto Cancer Research UK.

Em Portugal, este tipo de cancro é o mais mortal e com a pandemia o seu rastreio tem sido ainda mais difícil.

Segundo os dados da United European of Gastroenterology morrem em Portugal, diariamente, uma média de 11 pessoas por cancro colorretal.

https://zap.aeiou.pt/comprimido-camara-cancro-intestino-387088

 

“Atire até morrerem” - Polícias de Myanmar fogem para a Índia após recusarem acatar ordens !

Cerca de 100 cidadãos de Myanmar, a maioria agentes da polícia e as suas famílias, cruzaram a fronteira para a Índia desde o início dos protestos, revelou à agência Reuters um alto funcionário indiano.


Um dos exemplos é o do agente Tha Peng, que se recusou a atirar em manifestantes para dispersá-los, na cidade de Khampat, a 27 de fevereiro. “No dia seguinte, um agente ligou-me para perguntar se eu atiraria”, contou. O jovem, de 27 anos, recusou novamente e decidiu abandonar a força policial.

A 01 de março, deixou a família em Khampat e viajou durante três dias, até cruzar o estado de Mizoram, na Índia. “Não tive escolha”, disse à Reuters, à qual indicou apenas parte do nome. A agência confirmou a sua identidade através dos seus documentos e uma fotografia em que vestia um uniforme da polícia, força em que trabalhava há nove anos.

Tha Peng revelou que, juntamente com seis colegas, desobedeceu às ordens de um oficial superior, cujo nome não revelou. A descrição dos eventos é semelhante a outras fornecidas à polícia em Mizoram, a 01 de março, por parte de outro cabo e três agentes da polícia de Myanmar, que também cruzaram a fronteira para a Índia.

“À medida que a desobediência civil está a ganhar força e com os protestos em diferentes lugares, somos instruídos a atirar nos manifestantes”, disseram os quatro, num comunicado conjunto entregue na polícia de Mizoram. “Não temos coragem de atirar no nosso próprio povo, manifestantes pacíficos”, indicaram.

Os militares avançaram com um golpe de estado em Myanmar a 01 de fevereiro, depondo o governo do país. A junta militar afirmou estar a agir com contenção ao lidar com os “manifestantes rebeldes”, aos quais acusa de atacar agentes da polícia e prejudicar a segurança e a estabilidade nacional.

Tha Peng é um dos primeiros casos relatados pelos media de agentes que estão a fugir de Myanmar após desobedecerem às ordens da junta militar.

Protestos diários contra o golpe estão a ocorrer no país, com mais de 60 manifestantes mortos e 1.800 detidos, informou a Associação de Assistência para Prisioneiros Políticos, números que a Reuters não conseguiu confirmar. Entre os detidos está a vencedora do Nobel Aung San Suu Kyi, que já liderou o governo.

Tha Peng indicou que, de acordo com as regras da polícia, os manifestantes devem ser parados por balas de borracha ou alvejados abaixo dos joelhos. Mas, segundo o próprio, recebeu ordens dos seus superiores para “atirar até que morram”.

Ngun Hlei, agente da polícia na cidade de Mandalay, disse que também recebeu ordens para atirar, não especificando a data nem se a ordem era a de atirar para matar. O jovem de 23 anos também forneceu apenas parte do seu nome e mostrou os documentos, tendo chegado à Índia a 06 de março.

Já Dal, de 24 anos, referiu que trabalhava como agente da polícia na cidade de Falam. Embora o seu trabalho fosse administrativo, à medida que os protestos aumentaram, a jovem foi instruída a deter os manifestantes, ordem que recusou. Receando ser presa, decidiu fugir de Myanmar.

“Dentro da delegacia, 90% [dos agentes] apoia os manifestantes, mas não há um líder para uni-los”, disse Tha Peng.

Vigiada pelas forças paramilitares indianas, a fronteira entre a Índia e Myanmar tem um “regime de livre circulação”, que permite às pessoas se aventurem por alguns quilómetros em território indiano sem a necessidade de autorizações de viagem.

Saw Htun Win, vice-comissário do distrito de Falam, em Myanmar, escreveu na semana passada para a principal autoridade governamental de Champhai, a vice-comissária Maria C.T. Zuali, pedindo que oito agentes que entraram na Índia fossem devolvidos “para manter relações amistosas entre os dois países vizinhos”.

Zoramthanga, o ministro-chefe de Mizoram, disse à Reuters que seu governo forneceria comida e abrigo temporários para aqueles que fugissem de Myanmar, mas uma decisão sobre repatriações estava pendente do governo federal da Índia.

https://zap.aeiou.pt/policias-myanmar-india-acatar-ordens-387014

 

Número recorde de crianças migrantes sob custódia na fronteira com o México !

 

O número de crianças migrantes desacompanhadas que se encontram atualmente nas instalações da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (EUA), destinadas a adultos, ultrapassou os recordes, totalizando 3.400.

Segundo dados analisados ​​esta terça-feira pela CNN, mais de 3.400 crianças migrantes desacompanhadas estão sob a custódia da Alfândega e da Proteção de Fronteiras (CBP). Destas, 2.800 aguardam vaga em abrigos para menores, mas há menos de 500 leitos disponíveis para acomodá-los.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, não confirmou os números. De acordo com a responsável, é importante identificar as causas e o que está a ser feito do ponto de vista político para resolver os desafios com os quais o país se vê confrontado e os que as “crianças enfrentam quando cruzam a fronteira”.

O número crescente de crianças desacompanhadas despertou a atenção das autoridades responsáveis por encontrar um abrigo, tendo muitos destes locais diminuído o número de camas disponíveis devido às medidas para conter a pandemia de covid-19.

Os dados avançados enfatizam os obstáculos enfrentados pela administração Biden ao tentar adotar uma abordagem mais humanitária relativamente à imigração, ao mesmo tempo em que lida com questões na fronteira.

Em 2019 – quando as instalações estavam sobrelotadas e crianças dormiam no chão – havia cerca de 2.600 crianças desacompanhadas sob custódia da Patrulha de Fronteira, disse à CNN um ex-funcionário da CBP.

O aumento repentino de crianças na fronteira dos EUA com o México deve-se a um conjunto de fatores, apontou a CNN, incluindo a crise económica desencadeada pela pandemia na América Latina, aliada à percepção da flexibilização da fiscalização por parte da administração Biden.

https://zap.aeiou.pt/eua-criancas-migrantes-custodia-fronteira-mexico-386747

 

“Senti vergonha e tristeza” - Jogadora de voleibol foi despedida por ter engravidado !

Uma jogadora de voleibol italiana está a ser processada pelo clube que representava após ter engravidado. Lara Lugli foi despedida em março de 2019 do Pordenone, da segunda divisão do seu país, quando descobriu que estava grávida e revelou a notícia.


O caso está a gerar revolta e provocou a reação de várias figuras da política do país, coma a speaker do Senado, Maria Elisabetta Alberti Casellati, a classificar o caso como “violência contra as mulheres”.

Um mês após a abandonar o clube, a jogadora sofreu um aborto espontâneo e contactou a entidade para solicitar o pagamento do mês de fevereiro, o último em que tinha trabalhado integralmente antes da rescisão.

No entanto, o Pordenone rejeitou fazer o pagamento e acusando Lugli de “ter violado a boa fé contratual” ao “esconder seu possível desejo de engravidar” aquando do contrato, até porque a jogadora “já tinha 38 anos”.

O clube também culpa a jogadora porque, depois da sua saída, a equipa “desabou no campeonato” e perdeu patrocinadores, avança o The Guardian.

A situação foi partilhada pela jogadora no Facebook no dia 7 de Março, tendo como mote o Dia Internacional da Mulher, mas o caso ocorreu em março de 2019.

“Este não pode ser um precedente para outras jogadoras que se poderão encontrar numa situação como essa no futuro, porque se uma mulher engravidar não pode prejudicar ninguém nem deve compensar ninguém”, escreveu a voleibolista, que em maio vai estar presente em tribunal.

A atleta explica ainda que o clube recriminou-a por não se ter mostrado disponível para competir nos últimos meses do campeonato, nem que fosse para “estar no banco”.

“Deixando de lado o estado psicológico em que me encontrava na altura, é uma frase de monstruosa falta de elegância. Senti vergonha e tristeza”, disse Lugli ao jornal La Repubblica.

Citado pela Ansa, agência de notícias italiana, o presidente do clube, Franco Rossato diz ainda que a ação judicial movida contra Lara Lugli foi apenas uma tentativa de proteger judicialmente o Pordenone, após a jogadora tentar receber o salário de março.

“Apenas quando recebemos a injunção de pagamento, objetámos e ativámos os termos do contrato”, explicou o dirigente.

https://zap.aeiou.pt/jogadora-voleibol-despedida-gravida-387070

 

Em 2020, as forças de Nicolás Maduro assassinaram quase 3.000 pessoas em “falsos confrontos” !

A denúncia é feita pela ONG Provea, que investiga casos de violência policial na Venezuela. O relatório indica que as autoridades “agem com total liberdade, por terem a certeza de que a sua conduta não será investigada”.


Em 2020, as forças policiais e militares da Venezuela terão assassinado, pelo menos, 2.853 pessoas.

A denúncia é feita pela ONG Programa Venezolano de Educación-Acción en Derechos Humanos, que analisa e divulga dados sobre a violência policial no país e se foca nas “execuções extrajudiciais”, ou seja, todas aquelas em que as autoridades “fazem justiça pelas próprias mãos”.

Num relatório citado pelo El Español, a ONG diz que a Policía Nacional Bolivariana (PNB) é a responsável pelo maior número de mortes (672, o que representa 23,55% do total). A PNB inclui as Fuerzas de Acciones Especiales (FAES), cuja extinção já tinha sido pedida pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Por sua vez, o Cuerpo de Investigaciones Científicas Penales y Criminalísticas (CICPC) terá também assassinado 593 pessoas (17,52% do total). Entre as forças policiais responsáveis pelas mortes denunciadas pela ONG estão ainda as polícias autónomas de cada Estado, que terão sido, ao todo, responsáveis por 721 execuções.

A Provea realça a existência de “falsos confrontos”, que descreve como “uma encenação da cena do crime, onde as autoridades apresentam os factos como se as vítimas tivessem usado armas contra polícias e militares”.

Neste sentido, o documento indica que as autoridades “agem com total liberdade, por terem a certeza de que a sua conduta não será investigada nem punida e porque contam com o apoio de governadores, ministros e outras altas figuras da gestão pública”, frisa.

De acordo com a ONG, estas situações são mais comuns nos bairros pobres da Venezuela, sendo que “a maioria das vítimas” foram jovens entre os 18 e os 30 anos, “o que indica um padrão de discriminação que coloca em risco a vida dos jovens”.

Esse “padrão”, aliado à “exclusão” destas faixas etárias de “direitos como educação e trabalho”, são responsáveis pela “crescente migração forçada de jovens à procura de proteção noutros Estados“.

Os dados mostram ainda que nem mesmo o confinamento, devido à pandemia de covid-19, “fez diminuir as ações da polícia e das forças militares”.

https://zap.aeiou.pt/forcas-maduro-assassinaram-3-000-pessoas-386997

 

Comandante dos EUA teme que a China invada Taiwan nos próximos seis anos !

A China pode invadir Taiwan nos próximos seis anos, à medida que Pequim acelera os seus movimentos para suplantar o poder militar norte-americano na Ásia, afirmou na terça-feira o principal oficial militar de Washington na Ásia-Pacífico, o almirante Philip Davidson.


Taiwan é um país democrático, que vive sob ameaça de invasão por parte da China. A nação tornou-se independente do domínio chinês no final da guerra civil, em 1949.

“Preocupa-me” o facto de a China estar a “acelerar as suas ambições de suplantar os EUA e o nosso papel de liderança na ordem internacional até 2050″, disse Davidson. “Antes disso, Taiwan é claramente uma das suas ambições. Acho que a ameaça se manifestará durante esta década, nos próximos seis anos”, indicou no Senado.

Em 1979, Washington mudou o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China, mas o país continua a ser o mais importante aliado não oficial e patrocinador militar da ilha.

Enquanto o ex-Presidente norte-americano Donald Trump estreitou os laços com Taiwan – devido à disputa comercial com a China – a administração de Joe Biden declarou em janeiro que o compromisso dos EUA com a ilha era “sólido como uma rocha”.

O embaixador de Taiwan nos EUA foi formalmente convidado para a posse de Biden, um movimento sem precedentes desde 1979.

O almirante referiu ainda que a China tem reivindicado territórios no Mar do Sul da China, ameaçando ocupar a ilha norte-americana de Guam. “Guam é um alvo”, alertou, lembrando que os militares chineses divulgaram um vídeo no qual simulam um ataque a uma base insular muito semelhante às instalações dos EUA.

Davidson pediu aos legisladores que aprovassem a instalação de equipamentos anti-míssil em Guam, capazes de intercetar os mísseis chineses. Guam “precisa ser defendida e preparada para as ameaças que virão no futuro”, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/comandante-eua-invasao-china-taiwan-386771

 

EUA - Aborto em caso de violação ou incesto pode passar a ser ilegal no Arkansas !

O governador do estado norte-americano do Arkansas, o republicano Asa Hutchinson, aprovou uma lei que legaliza o aborto quando a vida da grávida está em risco, sem exceções para os casos de incesto e de violação.


Segundo noticiou na quarta-feira o Público, a lei – proposta pelo Partido Republicano e aprovada nas duas câmaras da Assembleia Geral do estado – deve ser travada pelos tribunais antes de entrar em vigor, mas é mais um passo do movimento antiaborto para fazer chegar a discussão ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos (EUA).

“A proibição entra em contradição com os precedentes estabelecidos pelo Supremo Tribunal”, disse o governador Hutchinson num comunicado, acrescentando: “Mas a intenção dos legisladores é prepararem terreno para que o Supremo reverta o entendimento atual”.

Hutchinson preferia que a lei tivesse sido aprovada com exceções, o que “aumentaria as hipóteses de vir a ser revista pelo Supremo Tribunal” depois de ser contestada e travada pelos tribunais estaduais e federais. Este ano, mais de 60 leis semelhantes foram propostas ou aprovadas em vários estados.

Para entrar em vigor, a lei tinha de ser aprovada pelo governador – defensor das restrições ao aborto -, mas esta decisão seria revertido na Assembleia Geral com uma maioria simples, apontou o Público.

Em 1973, o Supremo Tribunal dos EUA deliberou que as mulheres têm o direito ao aborto sem restrições excessivas por parte do governo, cabendo a cada estado a decisão de restringir a prática para além dos mínimos previstos na lei nacional. Assim, as leis sobre o tema variam de estado para estado.

O diário referiu ainda que se a lei for aprovada, a essência da decisão de 1973 pode ser alterada, permitindo às maiorias republicanas em vários estados aprovar leis mais restritivas do que as atuais.

https://zap.aeiou.pt/eua-aborto-violacao-incesto-ilegal-arkansas-386925

 

Moçambique e o cocktail do caos !

Moçambique abre os braços à pandemia, aos ataques em Cabo Delgado, a problemas sanitários e desastres naturais. O cocktail do caos abala o país, os cidadãos e a economia.


A pandemia de covid-19, os ataques em Cabo Delgado, doenças como a malária e a diarreia, a interrupção de tratamentos para a tuberculose e o VIH e os desastres naturais compõem aquele que é, para Moçambique, o cocktail perfeito do caos.

Janeiro foi particularmente dramático para Moçambique, que registou mais casos e mortes por covid-19 nesse mês do que no ano de 2020. Alain Kassa, chefe de missão da Médicos Sem Fronteiras (MSF) no território, disse ao Expresso que “foi uma situação complicada”, mas o “pico já passou”.

O país tem agora 14 mil casos ativos de covid-19 e esta semana deu início ao processo de vacinação. Do grupo dos prioritários, já foram vacinadas quase 16 mil profissionais de saúde, segundo dados transmitidos pelo ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago.

Moçambique recebeu quase 650 mil doses de vacinas, uma parte importante proveniente da plataforma Covax e outra doada pelo Governo da Índia. As autoridades de saúde moçambicanas têm nesta altura à sua disposição as vacinas da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford; a Covidshield, fabricada pela farmacêutica Serum Institute of India; e a Verocell, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinopharm.

Armindo Tiago prevê que toda a população moçambicana esteja vacinada até ao final do primeiro trimestre de 2022 ou, no pior cenário, no final do próximo ano.

Mas a covid não é o único problema que vem à cabeça de Alain Kassa quando pensa nas dificuldades que Moçambique tem em mãos. “Há muitos casos de malária, principalmente entre crianças”, “doenças respiratórias” e “diarreia“, devido à dificuldade de as pessoas terem acesso a água potável, que acontece por causa das cheias.

Além disso, conta ao Expresso, os deslocados de guerra interrompem os seus tratamentos de tuberculose e VIH, ainda que o Ministério da Saúde esteja a promover a intervenção de brigadas móveis para evitar que se interrompam tratamentos.

Ainda assim, o problema que mais preocupa o chefe de missão da MSF é a crise da província de Cabo Delgado, no Norte. “A crise mais preocupante é a da província de Cabo Delgado, com esta situação de instabilidade. Além disso entrámos no período do tempo chuvoso, temos as ameaças de ciclone, principalmente na parte central do país. Estou a falar de uma situação que precisa de resposta humanitária”, disse ao semanário.

A violência em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com mais de 2.000 mortes e 670 mil pessoas deslocadas sem habitação, nem alimentos. Esta quarta-feira, apesar de ter apontado alguns progressos, o primeiro-ministro moçambicano reconheceu que Cabo Delgado continua a ser assolado pela ação de grupos armados.

Muitos dos campos de deslocados, em Cabo Delgado, abrigam pessoas sem água canalizada, luz ou casas de banho. E ao cenário de guerra, somam-se os desastres naturais, que já mataram naquele país 96 pessoas desde outubro.

Desde esse mês, Moçambique foi assolado por eventos climáticos extremos. O Expresso destaca a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.

“A combinação destas adversidades, sobretudo os impactos da covid-19, fizeram com que pela primeira vez nos últimos anos a nossa economia tivesse um crescimento económico que se situou em menos 1,3%, contra um crescimento de 2,2% registado em 2019″, disse Carlos Agostinho do Rosário, esta quarta-feira.

https://zap.aeiou.pt/mocambique-cocktail-caos-386855

 

Crianças migrantes “podem facilmente tornar-se terroristas”, diz senador dos EUA !

O senador republicano Lindsey Graham afirmou que as crianças migrantes desacompanhadas podem tornar-se os “terroristas de amanhã”, durante um entrevista na Fox News, transmitida na noite de terça-feira

Nas declarações, Graham afirmou que um aumento no número de menores desacompanhados que chegam à fronteira dos Estados Unidos (EUA) com o México poderia transformar-se numa “crise de segurança nacional”. “Estão a vir aos milhares. Chegarão às centenas de milhares no verão”, indicou.

“É uma crise humanitária”, apontou, acrescentando que esta situação poderá levar a “uma crise de segurança nacional porque são crianças hoje, mas podem facilmente ser terroristas amanhã”.

Os comentários do republicano surgiram após o ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, ter referido na terça-feira que o país estava a ser “destruído na fronteira sul” pelo atual chefe de Estado, Joe Biden.

De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, embora o aumento do número de crianças migrantes desacompanhadas seja “desafiador”, “a humanidade sempre será um valor do Presidente”, recusando-se a classificar a situação como uma “crise”.

Embora a administração Biden tenha apelado para a cessação do envio de crianças desacompanhadas, o fluxo criou um problema para as agências federais, que tentam encontrar abrigos para os menores.

Os defensores das liberdades civis e os oponentes de Biden criticaram os atrasos na fronteira, que acreditam terem sido parcialmente causados ​​pela promessa da nova administração em ser mais compassiva com os migrantes.

https://zap.aeiou.pt/eua-criancas-migrantes-terroristas-senador-386767

 

Se Lula fosse Presidente “seriam roubados 90%” dos recursos destinados à pandemia, acusa Bolsonaro !

Jair Bolsonaro lançou duras críticas a Lula da Silva, afirmando que se o Partido dos Trabalhadores (PT) estivesse no poder teriam sido “roubados 90%” dos recursos destinados ao combate à pandemia.


Na quarta-feira, em entrevista à CNN Brasil, o Presidente brasileiro respondeu às críticas de Lula da Silva, afirmando que as críticas do antigo chefe de Estado são um gesto de campanha para as eleições de 2022.

“O ex-Presidente Lula inicia agora a sua campanha. Como não tem nada para mostrar de bom, e essa é uma regra do PT [Partido Trabalhista], a campanha deles é baseada em criticar, mentir e desinformar“, disse Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil.

Lula da Silva acusou Bolsonaro de um “desgoverno” na gestão da pandemia, crítica que mereceu um ataque do atual Presidente: “Era um governo voltado à corrupção. Imagine a pandemia com o Lula Presidente da República? Seria roubado no mínimo 90% do que foi entregue”.

Nos últimos dias, o Presidente mudou o tom em relação à pandemia e passou a defender, de forma mais enfática, a vacinação contra a covid-19.

Esta quarta-feira, já depois de o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) ter anulado as condenações por corrupção que o impediram de concorrer às presidenciais de 2018, Lula voltou à vida política e prometeu dedicar a vida ao Brasil.

“Quero conversar com a classe política. Preciso de conversar com os empresários. Quero saber que loucura é essa. Eles precisam entender que, se eles quiserem crescer, o povo precisa de ter renda. Não tenham medo de mim. Eu sou radical porque eu quero ir à raiz dos problemas”, disse, citado pelo Expresso.

https://zap.aeiou.pt/lula-presidente-roubados-90-recursos-386828

Oito países suspendem administração da AstraZeneca - Vacina da Janssen aprovada pela EMA !

A administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 foi suspensa em vários países europeus, depois de serem reportados casos de coagulação do sangue adversas. Por outro lado, a vacina da Johnson & Johnson deverá ser aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos ainda esta quinta-feira.


A Áustria anunciou no domingo a retirada por precaução de um lote da vacina da AstraZeneca após a morte de uma enfermeira do hospital austríaco de Zwettl.

Segundo uma investigação preliminar conduzida pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), a morte da enfermeira de 49 anos não estará relacionada com a vacinação, apesar de a causa ter sido trombose múltipla – formação de coágulos sanguíneos – dez dias depois de ser inoculada.

“Atualmente não há indícios de uma relação causal com a vacinação. Com base em dados clínicos conhecidos, uma relação causal não pode ser estabelecida, pois as complicações trombóticas não se encontram entre os efeitos secundários conhecidos ou típicos da vacina em questão”, explicou a Agência Federal de Segurança Sanitária (BASG) austríaca.

Um segundo paciente foi ainda diagnosticado com embolia pulmonar – bloqueio das artérias do pulmão – e, até terça-feira, mais duas outras condições de coagulação foram identificadas em pacientes que receberam uma dose do mesmo lote.

Estes casos representam quatro dos 22 casos de tromboembolia reportados pela EMA.

Apesar de assinalar que não existem dados clínicos que possam dar “motivo de preocupação” sobre a fiabilidade da vacina AstraZeneca/Oxford, a agência federal austríaca avançou com o princípio da precaução e decidiu não administrar as restantes doses do lote do fármaco que foi utilizado nas duas mulheres.

O jornal britânico The Guardian revelou esta madrugada que Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia foram mais longe e suspenderam o uso da vacina, para que o Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância da Agência Europeia de Medicamentos conduza uma investigação.

Entretanto, também a Dinamarca e a Noruega (que não terá recebido este lote em específico) se juntaram à lista de países que interromperam a administração da vacina

“As autoridades de saúde, devido a medidas de precaução, suspenderam a vacinação com AstraZeneca após um sinal de um possível efeito colateral sério na forma de coágulos sanguíneos fatais. Atualmente não é possível concluir se há uma conexão. Agimos cedo, isso precisa de ser investigado minuciosamente”, escreveu o ministro da Saúde dinamarquês na rede social Twitter.

“Suspendemos a vacinação com a AstraZeneca. Aguardamos por mais informações para perceber se há alguma ligação entre a vacina e o caso de formação de coágulos sanguíneos”, anunciou também Geir Bukholm, dirigente do Instituto Nacional de Saúde Pública da Noruega.

Além destes, a Agência de Medicamentos Italiana (AIFA) anunciou ainda esta quinta-feira que suspendeu temporariamente a vacinação de um lote da farmacêutica AstraZeneca por precaução após relatos de problemas de coagulação diagnosticados em vários países europeus. Esta suspensão acontece após a morte de dois homens inoculados, em Sicília.

A AIFA explicou, em nota, que após informações sobre problemas de saúde detetados em outros países europeus, bloqueou a inoculação das doses do lote ABV2856.

Além disso, enfatizou que, até ao momento, “não foi estabelecido algum nexo causal entre a administração da vacina e esses eventos” detetados em outros países e que os controlos necessários estão a ser realizados, coletando-se a documentação clínica pertinente.

As amostras deste lote serão analisadas pelo Instituto Nacional de Saúde Italiano.

Num comunicado, citado pela agência de notícias APA, o laboratório anglo-sueco AstraZeneca garantiu que está a colaborar, de forma total, na investigação e que espera que o ocorrido seja esclarecido em breve.

“No interesse de todos aqueles que esperam uma vacina, desejamos uma investigação o mais rápida possível para clarificar o que ocorreu neste lamentável acontecimento”, disse a farmacêutica, que desenvolveu a vacina em parceria com a Universidade de Oxford.

A empresa sublinhou ainda que a sua vacina é “eficaz e segura” e foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

O lote ABV5300 é composto por um milhão de doses, que foram distribuídas por 17 países da União Europeia, escreve ainda o The Guardian.

Com a Janssen, UE passará a ter quatro vacinas

Por outro lado, a Agência Europeia do Medicamento aprovou esta quinta-feira a vacina da Janssen-Cilag, farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, contra a covid-19, considerando-a “segura e eficaz”.

Esta é, assim, a quarta vacina a receber “luz verde” e junta-se às já conhecidas Pfizer, Moderna e AstraZeneca.

Criada através de um método de desenvolvimento de vacinas de Israel, usando um adenovírus chamado A26, é também uma vacina de vetor viral.

A grande diferença face às restantes é que esta é de toma única, mas há também diferenças no processo de armazenamento: enquanto que a da Pfizer requer que seja mantida a uma temperatura entre 70 a 75 graus negativos – e a da Moderna armazenada durante 30 dias à temperatura de um frigorífico doméstico, entre dois a oito graus, mas num prazo superior deve ser guardada num congelador a 20 graus negativos – a vacina do grupo Johnson & Jonhson pode ser armazenada durante três meses num frigorífico normal, pelo que o seu uso e distribuição é mais prático do que as vacinas que utilizam mRNA.

Em contrapartida, a sua eficácia é relativamente inferior às da Pfizer, da Moderna (95% e 94%, respetivamente) e, mesmo, da AstraZeneca (70%). A vacina da Johnson & Johnson demonstrou uma média de 66% de eficácia nas regiões onde foi testada, mas nos Estados Unidos esse valor chegou aos 72%.

Importa salientar que o índice de eficácia global aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos, sejam eles infetados com sintomas leves, moderados ou graves, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que para uma vacina ser aprovada tem de ter pelo menos 50% de eficácia.

Numa altura em que as variantes ganham terreno um pouco por todo o mundo, um estudo da Food and Drug Administration revelou que a vacina da Janssen se mostrou eficaz contra a variante britânica e brasileira. Também num outro estudo realizado na África do Sul, apontava que esta vacina tinha taxa de eficácia de 64% na prevenção de doenças moderadas a graves, segundo a Reuters.

Depois de ser aprovada pela EMA, o passo seguinte é a Comissão Europeia também dar “luz verde” para que comece a ser disponibilizada nos estados-membros da UE.

De acordo com o Eco, estão previstas 200 milhões de doses da vacina da Jassen para a Europa este ano, com a opção de compra de mais 200 milhões. Quanto a Portugal, a previsão é que as primeiras 1,25 milhões de vacinas da empresa norte-americana cheguem já no segundo trimestre deste ano, sendo que se estima que Portugal receba um total de 4,5 milhões de doses desta vacina ainda este ano, conforme avançado pelo Presidente do Infarmed.

https://zap.aeiou.pt/suspendem-astrazeneca-janssen-ema-386807

quinta-feira, 11 de março de 2021

O mundo está demasiado barulhento, conclui estudo da Apple !

A Apple usou a sua app Research para levar a cabo um estudo sobre a audição. O objetivo é avaliar a saúde auditiva dos cidadãos dos Estados Unidos e incentivar as pessoas a cuidar melhor deste sentido.

Em estreita colaboração com a Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan, a Apple realizou uma investigação sobre a audição e os resultados do estudo estão a ser partilhados com a iniciativa Make Listening Safe da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A perda auditiva pode afetar uma pessoa de várias maneiras e o nosso objetivo é aumentar o foco na importância da saúde auditiva entre os responsáveis pela tomada de decisões e a população em geral”, explicou, em comunicado, Ren Minghui, diretor-geral assistente da OMS, citado pelo Interesting Engineering.

De acordo com o estudo, 25% dos participantes têm uma exposição sonora ambiental média diária superior ao limite recomendado pela OMS (trânsito, por exemplo) e quase 50% dos participantes trabalham, ou trabalharam, num local barulhento.

Os resultados revelam ainda que 20% dos participantes têm perda auditiva quando comparados com os padrões da OMS e 10% têm perda auditiva consistente com a exposição ao ruído.

A descoberta mais assustadora indicou que 25% dos participantes experimentaram um zumbido nos ouvidos algumas vezes por semana, o que pode ser um sinal de problemas auditivos.

“A escala nacional deste estudo não tem precedentes”, disse Rick Neitzel, professor de Ciências da Saúde Ambiental na Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan, acrescentando que, mesmo durante a pandemia de covid-19, “observamos que 25% dos participantes experimentaram altas exposições a sons ambientais“.

“Os resultados deste estudo podem melhorar a nossa compreensão acerca de exposições potencialmente prejudiciais e ajudar a identificar maneiras de as pessoas protegerem a sua audição de forma proativa”, rematou.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que os fabricantes produzam aparelhos sonoros com funções de segurança, além do uso de tampões de ouvido em ambientes ruidosos. O organismo também apela a que os Governos adotem políticas ativas em relação ao ruído.

No caso específico dos fones de ouvido, a OMS recomenda que o volume normal não ultrapasse 60% da potência máxima.

https://zap.aeiou.pt/mundo-esta-demasiado-barulhento-386024

CEO do Twitter está a vender o seu primeiro tweet e já recebeu uma oferta de 2,5 milhões !

O fundador e CEO do Twitter colocou à venda o seu primeiro tweet. Várias pessoas já se mostraram interessadas e a oferta mais alta chegou aos 2,5 milhões de dólares.


Na última sexta-feira, Jack Dorsey colocou na sua conta do Twitter um link para uma plataforma digital chamada “Valuables”, que permite a compra e venda de tweets autografados pelos seus criadores através de tokens não fungíveis, os chamados NFTs.

Nesta plataforma, o fundador do Twitter colocou à venda o seu primeiro tweet, publicado no dia 21 de março de 2006, no qual diz basicamente: “Estou a configurar o meu twttr”.

De acordo com a cadeia televisiva CNN, até agora, a oferta mais alta chegou do CEO da Bridge Oracle e da CryptoLand, Sina Estavi, que ofereceu 2,5 milhões de dólares, cerca de dois milhões de euros.

Na sua rede social, Dorsey acrescentou ainda que as ofertas podem ser feitas até ao próximo dia 21 de março e que a oferta vencedora vai ser imediatamente convertida em bitcoins, sendo depois doada à organização sem fins lucrativos GiveDirectly, que trabalha no continente africano.

Os NFTs (“non-fungible tokens” em inglês) são um tipo especial de token criptográfico que, ao contrário de criptomoedas como a famosa bitcoin, não são mutuamente intercambiáveis.

Segundo a estação norte-americana, estes tokens não fungíveis ganharam força nos últimos meses como uma tecnologia popular para vender arte digital. Mas este sistema também já chegou ao desporto, estando a ser usado, por exemplo, para comprar clipes de vídeo de jogos icónicos da NBA, a liga de basquetebol norte-americana.

Em fevereiro, um vídeo de dez segundos de um ‘afundanço’ de Lebron James, um dos melhores jogadores da NBA, que agora joga nos LA Lakers, foi vendido por 208 mil dólares, cerca de 175 mil euros.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-tweet-a-venda-386567

 

Investigação à morte de Maradona - Suspeita-se de negligência nos tratamentos médicos !

Milhares de fãs de Maradona marcharam em Buenos Aires, Argentina, para pedir a condenação daqueles que, segundo os adeptos, provocaram a morte prematura do seu ídolo, e que estão indiciados pela Justiça por negligência médica.


A concentração, na noite de quarta-feira, teve lugar no emblemático Obelisco do Centro de Buenos Aires, onde tradicionalmente os adeptos se reúnem para demonstrar a sua paixão, como aconteceu no campeonato mundial de 1986 ou a 25 de novembro, quando Diego Armando Maradona faleceu.

Cerca de duas mil pessoas empunhavam faixas que reproduziam partes do lema da manifestação: “Justiça por Diego. [Ele] Não morreu; foi morto. Julgamento e castigo aos responsáveis”.

“Estamos aqui para pedir justiça pela morte de Maradona porque ficou demonstrado que todos ao redor dele estavam preocupados com o dinheiro dele; não com a vida dele. Não cuidaram dele. Ninguém se salva”, explicou à Lusa Diego Busemi, de 40 anos, exibindo uma gigante bandeira com a imagem do seu ídolo.

A lista dos sete investigados inclui o médico pessoal de Maradona, Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov e o psicólogo Carlos Díaz, além de uma médica coordenadora, de um coordenador de enfermeiros e dois enfermeiros.

Mas a família e os fãs também apontam responsabilidades ao advogado Matías Morla, agente e amigo de Maradona, responsável por todos os contratados e por cada decisão sobre Maradona, tanto ao nível financeiro quanto da saúde.

Para os adeptos, não há dúvida: todos devem ser condenados. E a base para essa sentença popular antecipada é a catadupa de áudios que a Justiça obteve dos telemóveis dos indiciados.

Nos áudios, a saúde de Maradona aparecia depois do interesse financeiro. Também conspiravam para que a família ficasse distante e não pudesse retirar-lhes o cuidado médico sobre Maradona.

“Ficou demonstrado, através dos áudios, que ele era roubado pelo advogado, pelo médico, pelo assistente. O único que realmente amava Maradona era o povo”, afirmou Diego Busemi, membro da chamada Igreja Maradoniana que congrega milhares de fiéis adeptos, para os quais Diego Maradona é Deus.

Lorena Cáceres, de 45 anos, nasceu na Villa Fiorito, a mesma favela que viu nascer Maradona. Veste uma ‘t-shirt’ com o rosto de Maradona, com o ano de nascimento (1960) e, em vez da data da morte, aparece o símbolo de infinito, indicando que, por aqui, Maradona continua vivo como o Deus do futebol. Aliás, na ‘t-shirt’, aparece “D10s”, uma combinação de “Dios” em espanhol com o número 10 da camisola que Maradona envergava.

“Queremos justiça para Diego. Sabemos que o mataram. Ele deveria estar agora connosco, aqui entre nós. Nada nos devolverá Diego, mas devem ir todos presos. O médico [Leopoldo Luque] deveria perder o direito de exercer a medicina”, sentenciou Lorena.

Na segunda-feira, começou a funcionar uma comissão médica, criada pela Justiça, que durante duas ou três semanas vai avaliar se a prestação de cuidados a Maradona foi deficiente. São vinte peritos, metade oficiais, metade indicados pelas partes. O resultado da perícia pode levar os indiciados à acusação de “homicídio culposo”.

“Independentemente da Justiça legal, deve haver justiça social. Defenderemos Diego até à nossa morte”, avisou Lorena. E explicou: “Diego foi o único que deu alegria aos argentinos. Depois da Guerra das Malvinas, Diego devolveu-nos a alegria. Morreram os nossos soldados, mas ele nos trouxe a alegria”.

“Acreditamos em homicídio doloso [com intenção]; não culposo. O que foi revelado, através dos áudios, é apenas 1 ou 2% de todas as provas contundentes do processo. Há muitas evidências de como roubaram Maradona e de como deixaram que ele morresse. É o suficiente para irem todos presos. São assinaturas falsificadas, histórias clínicas adulteradas. Não ficarei em paz enquanto não forem todos presos”, diz o advogado Mario Baudry, representante de Diego Fernando, de oito anos, filho de Maradona com Verónica Ojeda, de quem o advogado é namorado. Todos eles marcaram presença na marcha.

“Queremos que Diego possa descansar em paz. Deixaram-no abandonado e combinaram uma história para se livrarem. Um bando de sanguessugas. Queremos justiça até as últimas consequências e não vamos parar até conseguir”, advertiu Maria Luque, de 53 anos, esclarecendo que o seu apelido nada tem a ver com o do médico investigado.

Ao seu lado, o seu irmão Marcelo Luque, de 50 anos, desabafou: “Tenho raiva. Tenho muita raiva. Mataram Maradona. Não vamos parar até todos serem presos”, afirmou enquanto mostrava as tatuagens do ídolo pelo corpo.

A marcha por Maradona começou e terminou com incidentes. Quando chegaram Dalma e Gianinna, filhas de Maradona com a sua primeira esposa, Claudia Villafañe, também presente na marcha, uma multidão de fãs e de jornalistas correu até às três. Todos queriam estar perto delas.

As três tiveram de correr e refugiar-se num hotel, tamanha a quantidade de gente que os guarda-costas não conseguiu conter.

No final da manifestação, houve mais correria, com a polícia a intervir devido à grande quantidade de vítimas de roubos de telemóveis e câmeras, tanto de jornalistas quanto de outros adeptos. Várias pessoas foram detidas.

Diego Armando Maradona, de 60 anos, morreu a 25 de novembro, na consequência de um “edema agudo de pulmão secundário a uma insuficiência cardíaca crónica aguda”. No coração também havia uma “miocardiopatia dilatada”.

O exame toxicológico revelou ausência de álcool e de drogas ilegais, apesar de, nos áudios, aparecer que os enfermeiros davam regularmente álcool e marijuana para se livrarem do comportamento próprio de um dependente químico.

https://zap.aeiou.pt/investigacao-morte-maradona-386850

 

Sem acesso ao aborto legal, venezuelanas arriscam a vida ao comprar medicamentos online !

A Venezuela tem umas das políticas de aborto mais restritivas da América Latina, e isso está a fazer com que milhares de mulheres optem por meios menos seguros para interromper a gravidez.


Num país onde os apoios do estado são muito fracos, abortar pode parecer uma missão impossível. As mulheres que o querem fazer de forma legal não conseguem dentro de território nacional, por isso procuram outras opções. Um dos métodos a que mais recorrem está bem perto, mas longe de ser o ideal.

Plataformas como o Facebook Market e MercadoLibre – o principal meio de negócio de comércio eletrónico na América Latina – estão inundadas com milhares de indivíduos informais que vendem pílulas anticoncecionais e misoprostol – droga usada para abortos medicamentosos. Os produtos também são divulgados em redes sociais como o Instagram e Twitter.

Segundo o The Guardian, as redes sociais são o espaço perfeito para os golpistas que fingem ser médicos, enfermeiros ou farmacêuticos e que lucram com o desespero e a falta de informação de milhares de mulheres.

Um exemplo do desespero é Sofia. Com apenas 20 anos, também tentou abortar através de medicamentos comprados na internet. Conta que pagou 200 dólares por seis comprimidos, mas eram falsos. A venezuelana, que foi abandonada pelo namorado e pela família, referiu que não tinha dinheiro para comprar mais comprimidos.

Depois de pedir dinheiro emprestado, Sofia encontrou outro vendedor: Alberto, cujo perfil estava em alta há mais de dois anos e contava com ótimas críticas. O vendedor avisou-a que poderia ir presa por ingerir aquela medicação, mas esta foi a única solução que Sofia encontrou.

“Está a acontecer há pelo menos três ou quatro anos”

Na Venezuela, o aborto é ilegal em quase todas as circunstâncias. A lei de 1926 que proíbe o procedimento foi modificada apenas uma vez, com uma reestrutura em 2006 que permite o aborto se a vida da mulher estiver em perigo.

As duras regras colocaram o país no extremo oposto de outros países latino-americanos, como a Argentina, onde o aborto até a 14ª semana de gravidez foi recentemente legalizado.

Uma vez que que vender medicamentos online sem autorização é ilegal, os vendedores encontraram maneiras de permanecer na sombra: usam palavras-código relacionadas com carros.

“Isso está a acontecer há pelo menos três ou quatro anos”, disse um membro de uma ONG venezuelana que pediu para não ser identificado. “A maioria dos vendedores são traficantes de droga ou profissionais de saúde que os trazem os medicamentos de hospitais”.

As autoridades usam a ameaça de condenação criminal para desencorajar as mulheres  a interromper a gravidez, mas até o ano passado havia poucos processos conhecidos.

Isso mudou em outubro, quando uma ativista no estado de Mérida foi presa e processada por ajudar uma vítima de violação menor a fazer um aborto. Vannesa Rosales foi detida por mais de três meses. O seu advogado afirma que provavelmente será acusada de induzir um aborto e conspirar para cometer um crime.

A mãe da menina também foi detida, embora mais tarde tenha sido libertada. Já o suposto violador foi identificado, mas ainda está em liberdade.

Desde a prisão de Vanessa Rosales, várias organizações pararam de prestar auxílio nesta área. Outras organizações feministas, cujo trabalho não está relacionado com os direitos reprodutivos, também receberam ameaças.

Esta situação está a deixar a população do país sem recursos de informação sobre como proceder com segurança ou onde conseguir os comprimidos certos para abortar, sendo que os métodos ilegais enfrentam assim uma tendência crescente.

https://zap.aeiou.pt/aborto-venezuelanas-arriscam-vida-386751

 

Terramoto político em Espanha - Presidente da comunidade de Madrid rompe coligação e anuncia eleições !

A presidente da Comunidade Autónoma de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular, convocou esta quarta-feira eleições regionais para 4 de maio, depois de ter dissolvido o Parlamento da região mais rica de Espanha.


Os eleitores da Comunidade de Madrid terão de escolher em 4 de maio “entre o socialismo e a liberdade”, disse Isabel Díaz Ayuso, depois de confirmar esta quarta-feira a sua decisão de pôr fim à coligação de direita entre o PP e o Ciudadanos.

“Fui obrigada a tomar esta decisão para o bem de Madrid e de Espanha e contra o meu desejo reiterado de terminar a legislatura”, disse Ayuso, num breve discurso na sede do governo regional sem direito a perguntas por parte da imprensa.

A dirigente regional explicou que tinha decidido por eleições antecipadas a fim de assumir a dianteira e evitar que o Partido Socialista (PSOE), o maior da oposição na região, e o Ciudadanos apresentassem uma moção de censura, como fizeram na manhã de quarta-feira na região de Múrcia.

“É o momento de pensar em grande e de pensar em nós mesmos. Madrid precisa de um governo estável. Nas atuais circunstâncias não se pode trabalhar”, disse Ayuso, acrescentando não poder permitir “que Madrid perca a sua liberdade”.

“É um balde de água fria para os madrilenos. Seguramente por capricho pessoal, os madrilenos terão de voltar a votar. É uma péssima notícia. Parece-nos uma irresponsabilidade absoluta”, afirmou Ignacio Aguado, vice-presidente da comunidade, citado pelo jornal espanhol El País. “Oiço com estupefação a presidente na sua conferência de imprensa. Mente. Que irresponsabilidade, por favor”.

O porta-voz regional do PSOE, Ángel Gabilondo, considerou a decisão “pouco curial”, numa região que, “do ponto de vista político, social e sanitário atravessa um momento de grande instabilidade e que nem sequer tem orçamento anual”. Os socialistas anunciaram ainda que, caso as eleições se realizem a 4 de maio, procurarão “outras maiorias que queiram regenerar e transformar Madrid”.

Múrcia foi a “gota de água”

A moção de Murcia foi apresentada pelo Partido Socialista (PSOE) e Ciudadanos – e Díaz Ayuso temia que uma aliança semelhante pudesse tentar tirá-la do poder em Madrid.

O executivo de Díaz Ayuso tem resistido às medidas estritas contra a pandemia, argumentando que são más para a economia e enquadrando-as como uma usurpação das liberdades pessoais. As restrições à mobilidade e ao horário de funcionamento são mais flexíveis do quenoutras regiões da Espanha, embora atualmente tenha a maior taxa de incidência de 14 dias do país.

No final do dia, o PSOE na região próxima de Castela e Leão – lar de grandes cidades como Burgos, Salamanca e Valladolid – registou uma moção de censura contra o governo de coligação do PP e Ciudadanos. Este último disse que não romperia com o parceiro e rejeitou a ideia de apoiar a moção.

Todos os olhos estão agora voltados para Andaluzia, que também é administrada por uma coligação do PP e de Ciudadanos. O governo local afirmou que a estabilidade está assegurada, apesar dos apelos para uma eleição antecipada da extrema direita Vox, que sustenta a coligação. Ciudadanos disse que planeia apoiar o parceiro.

A comunidade de Madrid, localizada no centro de Espanha e com quase sete milhões de pessoas, é uma das 17 comunidades autónomas, e inclui a cidade com o mesmo nome que é capital do país. O PP e o Ciudadanos partilham dois outros governos regionais, o da Andaluzia e o de Castela e Leão.

https://zap.aeiou.pt/terramoto-politico-em-espanha-presidente-da-comunidade-de-386786

 

Todos querem saber quem é o membro racista da monarquia inglesa ! E já há apostas na internet !

Depois da bombástica entrevista dos duques de Sussex a Oprah Winfrey, não foi só a Família Real britânica que ficou abalada com as declarações de racismo. O mundo inteiro quer saber quem foi o membro da monarquia que fez os comentários sobre o tom de pele de Archie e já há apostas na internet.


Durante a entrevista, que foi emitida no passado domingo doa 7 de março, Meghan Markle revelou que os membros da família real tinham demonstrado preocupação sobre quão escura podia ser a cor da pele do filho Archie quando nascesse.

Após as declarações, a Casa Real classificou como preocupantes as questões raciais mencionadas pela ex-atriz e garantiu que “vão ser levadas a sério e vão ser endereçadas pela família real em privado”, pode ler-se num comunicado emitido na terça-feira.

Harry garantiu à apresentadora norte-americana que não tinham sido os avós a levantar esta questão e que nunca revelaria quem tinha sido, uma vez que as isso poderia ser muito significativo. Contudo, o mundo tem-se perguntado quem terá feito os comentários.

Perante a afirmação do filho de Diana, várias apostas online resolveram tirar das hipóteses Camilla e Kate Middleton.

Nos membros seniores da família, restam apenas William e Carlos como possíveis autores dos comentários racistas.

No Twitter, alguns utilizadores dizem que terá sido Carlos a fazer estas afirmações. Uma vez que é o herdeiro ao trono e, segundo Harry, deixou de falar com ele durante o processo em que o casal estava a tentar afastar-se da família real.

Os mesmo utilizadores acreditam que as fotografias publicadas na terça-feira, no Instagram de Carlos, durante uma visita a uma comunidade negra, possam ser uma resposta ao filho.

Por outro lado há quem afirme que terá sido o duque de Cambridge a fazer as afirmações. Tudo porque a relação entre os dois irmãos começou a ficar mais fria quando foi anunciado o noivado com Meghan Markle, pois William terá pedido ao irmão para ir com calma em relação ao casamento.

https://twitter.com/DumiCarl/status/1369002819836076032

Se há quem ande a tentar descobrir quem fez a pergunta racista em relação a Archie há publicações que recordam o passado racista da maioria das famílias reais europeias, onde se inclui a inglesa. O facto de serem uma família real que presidiu a um império assente na colonização, faz com que os Windsor sejam de alguma forma herdeiros de um passado racista, recorda o Insider.

Harry admitiu a Oprah Winfrey que até ter casado com Meghan “não tinha consciência” do preconceito implícito que existe.

https://zap.aeiou.pt/membro-racista-monarquia-apostas-386742

 

Hackers dizem ter acedido a câmaras de segurança de bancos, prisões e até da Tesla !

Um grupo de hackers americanos alegou ter tido acesso, esta terça-feira, a imagens de 150 mil câmaras de segurança em bancos, prisões, escolas, na Tesla e noutros lugares, numa operação para expor “o estado de vigilância”.


Imagens capturadas de vídeos de vigilância hackeados foram publicadas no Twitter com a hashtag #OperationPanopticon.

“E se acabarmos completamente com o capitalismo de vigilância em dois dias?”, perguntou um alegado membro de um grupo chamado APT-69420 Arson Cats através de uma série de imagens no Twitter. “Esta é a ponta da ponta do iceberg”, acrescentou.

O grupo de hackers alegou ter descoberto as credenciais da conta de um administrador sénior da empresa Verkada, em Silicon Valley, que controla uma plataforma de sistemas de segurança online.

“Desabilitámos todas as contas de administrador interno para evitar qualquer acesso não autorizado”, disse um porta-voz da Verkada em resposta à AFP.

“A nossa equipa de segurança interna e a empresa de segurança externa estão a investigar a escala e o escopo desse problema e notificámos as autoridades”, continuou.

A Verkada acrescentou que notificou as empresas que atende na sua plataforma.

Imagens de câmaras de vigilância publicadas no Twitter mostram celas de prisão e um homem com uma barba falsa a dançar num depósito de banco.

A violação do Verkada mostra o risco de terceirizar a vigilância de segurança e confiá-la a empresas que operam desde a nuvem da internet, de acordo com Rick Holland, diretor de segurança da informação da Digital Shadows, uma empresa de proteção de risco.

https://zap.aeiou.pt/hackers-camaras-seguranca-386737

 

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