domingo, 21 de março de 2021

Policia Judiciária investiga portugueses envolvidos em plano para matar Presidente da Alemanha !

A Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) tem colaborado com as autoridades alemãs no âmbito das investigações em torno de ameaças de morte ao Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Há portugueses implicados num alegado plano de atentado ao governante.


Estas ameaças de morte são atribuídas a um grupo de extrema-direita “com possíveis ligações a Portugal”, conforme avança o semanário Nascer do SOL.

As autoridades alemãs terão apelado à colaboração da PJ que, na passada quinta-feira, realizou várias buscas na Grande Lisboa relacionadas com estas suspeitas, ainda de acordo com o mesmo jornal.

A PJ terá seguido pistas relativas a “registos de tráfego electrónico de sites de grupos nacionalistas”, tendo assim localizado os suspeitos e efectuado “buscas às suas residências”, como atesta a mesma publicação.

Em causa podem estar ligações ao grupo Clandestinidade Nacional-Socialista, mais conhecido por NSU 2.0 que já esteve envolvido em vários atentados bombistas, entre 2000 e 2006, com motivações racistas.

O grupo teria sido desmantelado em 2011. Mas nos últimos anos surgiram suspeitas de que o NSU 2.0 teria enviado diversas ameaças de morte a políticos, advogados e instituições.

Também terão sido encontrados, nos últimos anos, “listas de inimigos” e esconderijos de armas entre grupos de extrema-direita na Alemanha. Além disso, vários agentes da polícia do país foram descobertos por estarem associados a este tipo de movimentos em grupos do WhatsApp.

As investigações em torno do alegado plano de atentado contra o Presidente alemão surgem no âmbito de uma crescente preocupação com o aumento da influência de grupos de extrema-direita no país. Estes grupos manterão ligações internacionais com cidadãos de diversos países e terão também ramificações em Portugal.

O terrorismo de movimentos de extrema-direita abala a Alemanha desde há décadas.

Num discurso a 26 de Setembro de 2020, Frank-Walter Steinmeier, eleito pelo Partido Social Democrata da Alemanha, fez referência a esse “fantasma” que persiste na cerimónia que assinalou o atentado bombista de 1980 no Oktoberfest, em Munique, que matou 30 pessoas e feriu 213, algumas das quais tiveram que amputar membros.

Foi o atentado terrorista mais letal na Alemanha, no pós-II Guerra Mundial, tendo sido cometido por um terrorista que morreu no ataque, com uma bomba artesanal.

Na sua intervenção em 2020, Steinmeier questionou se “as redes de extrema-direita não são levadas suficientemente a sério pelos investigadores criminais“, apontando que podem estar a ser “deliberadamente ignoradas”. Estas palavras podem reportar para o facto de terem sido encontradas ligações de alguns polícias a movimentos nazis.

https://zap.aeiou.pt/pj-investiga-portugueses-envolvidos-plano-matar-presidente-da-alemanha-388964

 

Os Emirados Árabes Unidos vão usar drones para eletrocutar nuvens e manipular o clima !

 

Drones que voam para as nuvens, dando-lhes um choque elétrico para “persuadi-los” a produzir chuva, estão prestes a ser testados nos Emirados Árabes Unidos.

Os Emirados Árabes Unidos já usa uma tecnologia de semeadura em nuvens, atirando sal para estimular a precipitação. Porém, com a precipitação média de apenas 100 milímetros por ano, o país quer gerar mais.

De acordo com a BBC, em 2017, o Governo forneceu 15 milhões de dolares (equivalente a 12,5 milhões de euros) para nove projetos diferentes de intensificação da chuva. Um deles está a ser liderado por cientistas da Universidade de Reading, no Reino Unido.

Assim, os Emirados Árabes Unidos estão prestes a testar uma forma incomum e de alta tecnologia de provocar mais chuvas: fazer drones voar entre as nuvens e eletrizá-las para acionar chuvas.

O país, contufo, “tem muitas nuvens”, por isso o plano é persuadir as gotas de água dentro delas a fundirem-se e a colarem-se “como cabelo seco a um pente” quando encontra eletricidade estática. “Quando as gotas se fundem e são suficientemente grandes, caie como chuva”, disse Ambaum.

“Equipados com uma carga útil de instrumentos de emissão de carga elétrica e sensores personalizados, estes drones voarão em baixas altitudes e enviarão uma carga elétrica ao ar moléculas, o que deve estimular a precipitação”, afirmou Alya Al-Mazroui, diretora do programa de investigação científica para intensificação da chuva dos Emirados Árabes Unidos, em declarações ao Arab News.

Depois, o estudo será avaliado para, possivelmente no futuro, receber mais financiamento para uma aeronave maior para entregar a carga útil.

Atualmente, os sistemas de modificação do clima geram controvérsia. A propagação de nuvens já existe há décadas, mas o potencial uso indevido da tecnologia preocupa os especialistas com as ramificações geopolíticas, especialmente na China.

Nesse caso, no entanto, a tecnologia de controlo do clima tem um caso de uso claro de ajudar a fornecer água a grandes cidades desertas que correm o risco de ficar sem água que está naturalmente disponível.

https://zap.aeiou.pt/os-emirados-arabes-unidos-estao-usar-drones-eletrocutar-nuvens-manipular-clima-388596

 

Acidente ou encobrimento ? Documentos secretos revelam a verdade sobre o estranho naufrágio do USS Thresher !

Uma coleção de documentos recentemente divulgados sobre o trágico naufrágio do submarino de ataque nuclear USS Thresher em 1963 confirma que a Marinha dos Estados Unidos não encobriu o misterioso acidente e que não houve um único evento ou erro que o tenha causado.


No ano passado, um comandante de submarino reformado venceu uma ação judicial que obrigava a Marinha a divulgar o relatório sobre o que aconteceu ao USS Thresher, que naufragou durante os testes de mergulho em abril de 1963, matando toda a tripulação de 129 pessoas. Desde então, a Marinha divulgou vários documentos que contam a história do naufrágio.

O USS Thresher foi o primeiro submarino de ataque com propulsão nuclear. A classe Thresher foi apenas a segunda a usar o novo casco em forma de lágrima projetado para maximizar a velocidade debaixo de água.

Ao contrário dos submarinos com propulsão convencional, os submarinos com propulsão nuclear conseguiam permanecer submersos indefinidamente e não exigiam um casco eficiente para navegar na superfície.

Os Threshers também foram os primeiros a usar a liga de aço HY-80, mais recente e mais forte. Os submarinos tinham 84 metros de comprimento, 4.369 toneladas debaixo de água e conseguiam fazer submersos durante mais de 30 nós.

Em 9 de abril de 1963, o USS Thresher estava a realizar testes de mergulho a 354 quilómetros a leste de Cape Cod. O submarino notificou os navios na superfície que monitorizavam os testes de que estava a encontrar “pequenas dificuldades” e que ia explodir os seus tanques de lastro para regressar à superfície.

Os técnicos de sonar relataram ter ouvido ruídos misteriosos de “ar a correr”, mas o submarino não conseguiu emergir.

O USS Thresher nunca voltou à superfície e, mais tarde, a Marinha encontrou o submarino em seis pedaços no fundo do Oceano Atlântico. Todos os 129 funcionários a bordo, incluindo 112 membros da tripulação e 17 contratados civis, morreram.

Muito foi especulado e muitas teorias foram propostas. Houve quem, por exemplo, culpasse, as soldas defeituosas que falharam durante os testes, causando um curto-circuito nos sistemas elétricos críticos do submarino e minando a sua energia.

O que aconteceu realmente ao USS Thresher?

A investigação da Marinha sobre o naufrágio permaneceu secreta durante décadas até que James Bryant, um comandante de submarino aposentado dos Estados Unidos que comandou três submarinos da classe Thresher, processou a Força em 2019.

Em 2020, um juiz concordou com Bryant, ordenando a desclassificação de 3.600 páginas de arquivos, que foram agora divulgadas pelo U.S. Naval Institute News.

Enquanto a investigação da Marinha culpou o naufrágio num cano de água do mar que falhou, Bryant e outros especialistas navais acreditam que os arquivos desclassificados mostram que houve vários fatores que criaram o acidente fatal.

De acordo com o painel de especialistas, citados pelo Popular Mechanics, a Marinha dos Estados Unidos estava com pressa para colocar o USS Thresher na frota para combater uma nova classe de submarinos nucleares soviéticos.

Uma expansão da frota de submarinos criou uma demanda por mais tripulações subtreinadas e há quem sugira que as tripulações foram para o mar sem o treino adequado. As próprias tripulações confiavam excessivamente nos sistemas, acreditando que era impossível que os submarinos com propulsão nuclear perdessem energia.

A Marinha disse oficialmente que um cano soldado incorretamente colapsou a bordo do navio, causando uma fuga de água do mar que acabou por causar um curto-circuito no sistema elétrico do navio. As tripulações não conseguiram alcançar o equipamento para impedir a inundação a tempo e os tanques de lastro não funcionaram corretamente.

O historiador naval Normal Friedman acredita que o treino inadequado exacerbou esses problemas, sendo que a tripulação foi incapaz de responder com rapidez suficiente para salvar o navio.

A perda do USS Thresher, bem como do USS Scorpion em 1968, levou a uma reformulação das práticas de treino e engenharia a bordo de submarinos nucleares da Marinha dos Estados Unidos.

A Marinha criou também uma agência especializada, o SUBSAFE, para supervisionar o projeto e a construção de submarinos para garantir que os submarinos pudessem emergir mesmo nas circunstâncias mais terríveis. Graças ao SUBSAFE, a Marinha não perdeu um submarino em 52 anos.

Bryant considera que a divulgação dos documentos é positiva para a Marinha. Durante várias décadas, os críticos acusaram a Força de encobrir o acidente ao manter os arquivos da investigação em segredo.

O conteúdo dos arquivos deixa claro que não houve encobrimento e que a Marinha apenas manteve o segredo para evitar que detalhes operacionais de submarinos nucleares dos Estados Unidos fossem público e beneficiassem os adversários.

https://zap.aeiou.pt/documentos-secretos-revelam-verdade-tras-do-naufragio-do-388629

 

Casa Branca identifica funcionários com historial de consumo de droga e abre-lhes a porta da rua !

A Administração do novo presidente dos EUA, Joe Biden, convidou cinco funcionários a demitirem-se e colocou outros em regime de teletrabalho. Os trabalhadores foram classificados como ocasionais consumidores de marijuana e terão oportunidade de corrigir comportamentos.


Uma investigação interna na Casa Branca identificou vários funcionários com um historial de consumo de droga, incluindo drogas duras, segundo detalha a CNN, o que levou a administração de Joe Biden a forçá-los a demitirem-se.

Por outro lado, outros funcionários encontram-se suspensos ou a trabalhar a partir de casa, em regime de teletrabalho. “Em centenas de pessoas contratadas, apenas cinco já não são funcionárias da Casa Branca”, confirmou no Twitter, nesta sexta-feira, 19, a assessora de imprensa Jen Psaki.

Segundo o jornal, os que foram convidados a sair terão sido os que revelaram um historial relacionado com drogas pesadas, enquanto os consumidores de marijuana vão ser alvo de outro tipo de enquadramento – uma espécie de segunda oportunidade.

A marijuana é legal em 14 dos 50 estados norte-americanos, por isso o uso desta substância não desqualifica imediatamente alguém de servir no gabinete executivo da Presidência dos EUA.

Contudo, vai obrigar a um compromisso dos trabalhadores, se quiserem manter-se em funções, a começar no abandono de tal prática e a acabar na disponibilidade para se sujeitarem a testes de deteção aleatórios.

Enquanto o “bom comportamento” não se confirmar, alguns vão permanecer suspensos e outros em regime de teletrabalho, avança a CNN.

Esta medida de exceção é aplicada apenas a funcionários que se tenham revelado consumidores ocasionais ao longo do último ano e aos que, por via das suas funções, não precisem de autorizações especiais de segurança.

https://zap.aeiou.pt/casa-branca-funcionarios-droga-389003

 

Um raro pássaro do deserto corre o risco de se extinguir brevemente - A culpa é de uma questão política !

É no Baluchistão, uma província do sudoeste do Paquistão, que habita a espécie abetarda houbara. Contudo, este pássaro encontra-se em vias de extinção e a culpa é de uma política que permite que grandes figuras do Médio Oriente possam caça-lo.


A província do Paquistão abriga mais de 300 espécies de pássaros, sendo a abetarda houbara uma das mais raras. Embora a caça da espécie seja proibida para os habitantes locais, o Governo do Paquistão permite que a realeza árabe mate os animais durante as viagens anuais.

“Muito dinheiro é deitado fora quando começa a época de caça. São montadas tendas, os árabes trazem os seus SUVs e jatos particulares para circular pela região. É o Governo que beneficia diretamente desta atividade e apenas alguns homens locais são contratados”, conta Rizwan Talpur, uma caçador local.

Durante a época de caça, a zona torna-se proibida para a população, pois as autoridades governamentais assumem o controlo da segurança.

A abetarda houbara é a ave oficial da província de Baluchistão e carateriza-se por ser solitária, o que faz com que seja difícil avista-la. Esta situaçõa aumenta o desejo dos caçadores reais de a caçar.

Nos países do Médio Oriente, a caça desta espécie é considerada um desporto. A sua carne é considerada um afrodisíaco, embora a sua eficácia não tenha sido comprovada cientificamente, refere Sana Baloch, uma veterinária local do Baluchistão.

Na altura das viagens de caça, o Paquistão emite licenças especiais com taxas obrigatórias de 100.000 dólares por pessoa e recebe cerca de 1.000 dólares por cada falcão que os caçadores trazem para matar a abetarda houbara. “Em recompensa, o governo federal espera obter ajuda e favores diplomáticos”, frisa Baloch.

Antes de chegar ao poder, o primeiro-ministro Imran Khan opôs-se à caça da ave no país. No entanto, a prática continua a prosperar sob a sua administração e o Governo não comenta o assunto.

Para a época de caça de 2020-21, os convites foram enviados ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, ao xeque Tamim Bin Hamad Al-Thani do Qatar e às famílias reais dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi e Bahrein.

Uma razão pela qual a política de caça do Paquistão continua sem ser alterada é por que o país tem dependido economicamente dos países árabes em termos de empréstimos e pagamentos de petróleo, lembra o VICE.

Em 2014, foi noticiado que um príncipe saudita matou cerca de dois mil pássaros de uma espécie ameaçada de extinção. “O príncipe matou, sozinho, 1977 aves e as pessoas que o acompanhavam 123”, detalhou a AFP na altura.

https://zap.aeiou.pt/passaro-deserto-extinguir-politica-388612

 

Alemanha admite uso da vacina russa, mesmo sem aprovação da UE !

O ministro da Saúde alemão disse na sexta-feira que seria a favor do uso da vacina contra a covid-19 russa, através da assinatura de um acordo de distribuição nacional.


Jens Spahn sublinhou que as autoridades alemãs estão em contacto com a Rússia, relativamente a questões sobre a vacina Sputnik V. “Admito a rápida assinatura de contratos”, disse numa conferência de imprensa.

Um pré-requisito para a conclusão deste tipo de acordo será o fornecimento de mais detalhes sobre quantas doses conseguiriam ser enviadas para a Alemanha, disse Spahn.

O ministro avançou ainda que é “muito a favor” de que a Alemanha assine protocolos com a Rússia sobre a vacina, “caso a União Europeia não faça nada”.

“Consigo perfeitamente imaginar que possamos fechar contratos – e fechá-los rapidamente”, indicou Jens Spahn, em conferência de imprensa citada pela Reuters. acrescentando que “na verdade, sou muito favorável a que possamos fazer alguma coisa a nível nacional, se a União Europeia não fizer nada“.

A Alemanha surgiu nas últimas semanas como uma das principais defensoras da vacina russa, com Angela Merkel a dizer em fevereiro que “todas as vacinas são bem-vindas”.

A agência europeia do medicamento (EMA) pode aprovar vacina russa na segunda quinzena de maio, avança o Observador.

“Se tudo estiver preparado, a aprovação por parte da EMA pode chegar daqui a dois meses”, disse a fonte que não foi identificada.

A vacina Sputnik V está sob avaliação da Agência Europeia do Medicamento desde 4 de março.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-uso-vacina-russa-388937

 

Primeiras conversas da administração Biden com a China foram “duras”, mas “construtivas” !

As primeiras conversas entre a administração Biden e a China foram “duras”, mas “construtivas”, revelaram as duas partes, numa altura em que há um aumento das tensões entre as duas potências mundiais.


O encontro iniciou-se na quinta-feira com acusações mútuas de ações perturbadoras para a estabilidade mundial. Este foi o primeiro encontro entre delegados dos dois países desde a chegada ao poder de Biden, a 20 de janeiro.

Mas depois de longas conversas, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que as potências rivais encontraram pontos em que os seus interesses se sobrepõem.

Blinken referiu que os Estados Unidos revelaram preocupações sobre a atitude de Pequim com Hong Kong e Taiwan, bem como a forma como o país age ciberespaço.

O mais alto funcionário do Partido Comunista da China para a diplomacia, Yang Jiechi, foi embora sem falar com os jornalistas, mas, posteriormente, avaliou como “construtivas” as conversas, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua. O diálogo foi “direto, construtivo e útil, embora ainda haja divergências importantes entre ambas as partes”, afirmou.

O ministro chinês das Relações Exteriores da China, Wang Yi, considerou que se cada parte respeitar os interesses e as preocupações da outra, o diálogo entre os dois países “estará sempre aberto”, mencionou a Xinhua.

As reuniões foram fixadas como uma troca de pontos de vista e não se esperavam acordos ou pactos.

Biden herdou a tensa relação com Pequim do seu antecessor, Donald Trump, e até agora informou que mantém a mesma linha dura, vendo a China como o adversário número um dos Estados Unidos, a nível económico político e militar.

Washington tem sido particularmente crítico com o controlo político crescente da China em Hong Kong, bem como com as suas ameaças contra Taiwan e maus-tratos à minoria uigur, que os funcionários americanos denominam como uma política de “genocídio”.

No entanto, a China refuta as críticas e diz que os Estados Unidos estão a interferir em seus assuntos internos.

Mentalidade da Guerra Fria

Blinken acusou a China de ações que “ameaçam a ordem baseado em regras que mantêm a estabilidade global”, declarações que Biden apoiou nesta sexta-feira afirmando que está “orgulhoso” de seu secretário de Estado.

Yang respondeu à linguagem “condescendente” de Blinken, acusando-o de fazer uma demonstração de força para a tribuna.

“Quando entrei nesta sala, deveria ter lembrado à parte americana que preste atenção ao seu tom nos respetivos comentários de abertura”, disse Yang.

Sullivan disse que os Estados Unidos não queriam conflitos, mas saudava “uma dura concorrência”.

Yang pediu para “abandonar a mentalidade da Guerra Fria” e disse que Pequim não queria “nenhum confronto ou conflito”.

A China rejeitou a afirmação de Blinken de que a sua discussão com “quase uma centena de homólogos” em todo o mundo mostrou que a maioria apreciava o papel global dos Estados Unidos e tinha “profunda preocupação” com o comportamento de Pequim.

Pequim acusou ainda Washington de adotar uma abordagem agressiva e pouco diplomática ao receber os convidados no Alasca.

https://zap.aeiou.pt/primeiras-conversas-biden-china-388927

 

EMA atualiza recomendações para quem tomou a vacina da AstraZeneca !

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) atualizou esta sexta-feira o documento com as informações da vacina da AstraZeneca. Os vacinados devem procurar atendimento médico se após a vacinação sentirem falta de ar, inchaço nas pernas, visão turva, dor abdominal ou dores de cabeça persistentes.


A EMA refere que seguiu as recomendações do Comité de Avaliação do Risco de Farmacovigilância, responsável pela avaliação do risco do uso de medicamentos para a vida humana, e atualizou o documento na sequência dos casos de eventos tromboembólicos em pessoas que tinham sido vacinadas.

“A combinação de tromboses e trombocitopenia, em alguns casos com sangramento, foi observada raramente depois da vacinação com a vacina da AstraZeneca para a covid-19”, pode ler-se no capítulo dedicado às “advertências e precauções especiais de utilização”, ao qual o Expresso teve acesso.

Acrescenta ainda que “incluem quatro casos graves apresentados como tromboses venosas, incluindo em locais pouco usuais como trombose venosa cerebral, trombose da veia mesentérica, assim como trombose arterial em simultâneo com trombocitopenia”.

A maioria desses casos, lê-se na informação hoje divulgada, ocorreram nos primeiros sete a 14 dias após a vacinação em mulheres com menos de 55 anos, apesar de a prevalência nesse grupo poder refletir o “o aumento do uso da vacinação nessa população”, apontam.

A EMA recomenda, aos profissionais de saúde “que devem estar atentos aos sinais e sintomas de tromboembolismo e/ ou trombocitopenia” e aconselha quem se tenha vacinado que esteja alerta e procure “imediatamente” um médico caso sinta falta de ar, dor no peito, inchaço na perna, visão desfocada e dores abdominais.

Esta quinta-feira, após a vacina da AstraZeneca ter sido suspensa preventivamente em vários países, a EMA assegurou que esta é segura, reforçando que os benefícios continuam a ser maiores que os riscos.

No comunicado enviado à Imprensa, o Infarmed assegura que já propôs a atualização da informação destinada aos cidadãos e profissionais de saúde para fazerem a adequada monitorização e publicou nova circular.

https://zap.aeiou.pt/ema-atualiza-recomendacoes-astrazeneca-388920

sábado, 20 de março de 2021

Pivô transgénero faz história no Bangladesh !


Pela primeira vez na história do Bangladesh, uma estação de televisão contratou uma pessoa transgénero para ser pivô. A empresa espera que esta decisão ajude a mudar mentalidades no país.

De acordo com a agência Associated Press, Tashnuva Anan Shishir estreou-se como pivô da Boishakhi TV, esta segunda-feira, precisamente no dia em que se celebrou o Dia Internacional da Mulher.

“Estava muito nervosa, a sentir-me muito emocionada, mas tinha em mente que precisava de superar este desafio, este teste final”, disse Shishir, de 29 anos, que também já trabalhou como atriz.

A também ativista contou que foi no início da adolescência que começou a mostrar sem medos que se sentia uma mulher. Uma fase difícil em que foi muito criticada por familiares e amigos, mas também intimidada e explorada sexualmente, o que a levou mesmo a tentar o suicídio.

“O bullying era tão insuportável que tentei suicidar-me quatro vezes. O meu pai deixou de falar comigo durante anos”, disse Shishir, citada pela emissora de televisão Al Jazeera.

Foi então que decidiu sair de casa e mudar-se para a capital, Daca, onde fez tratamentos hormonais e trabalhou para instituições de caridade e num grupo de teatro. Em janeiro, começou a estudar saúde pública na universidade, uma parte da sua vida que terá agora de conciliar com o trabalho na estação televisiva.

“Isto pode ser algo revolucionário e criar uma nova dimensão de pensamento nas pessoas”, disse ainda Shishir. “O grande problema é que as pessoas não estão sensibilizadas. Espero que isso possa acontecer e peço-lhes que possam cuidar das muitas ‘Tashnuvas’ que estão à sua volta”, acrescentou.

O canal privado de televisão por satélite, que fez história no país com esta contratação, disse que quer estar do lado da mudança e anunciou já ter contratado uma segunda pessoa transgénero para o seu departamento de entretenimento.

“A nossa primeira-ministra tem dado muitos passos para ajudar as pessoas transgénero. Encorajados por estas medidas, decidimos contratar duas pessoas transgénero. Queremos que a atitude da sociedade mude através destas decisões”, disse Tipu Alam Milon, vice-diretor administrativo da estação, citado pela AP.

Desde 2013 que, por decisão do Governo, liderado por Sheikh Hasina, as pessoas trans podem identificar-se como tendo um género diferente. Em 2018, também foram autorizadas a registar-se para votar com esse terceiro género.

De acordo com a agência norte-americana, o país tem oficialmente mais de dez mil pessoas transgénero, mas ativistas da comunidade LGBT dizem que o número deverá ser muito maior.

Esta comunidade enfrenta uma grande discriminação no Bangladesh, tendo muitas dificuldades em encontrar emprego e sendo muitas vezes forçados a viver na rua ou a trabalhar na prostituição.

https://zap.aeiou.pt/pivo-transgenero-historia-bangladesh-388835

 

Mary Toft - A enigmática mulher que ficou conhecida por “dar à luz“ coelhos !

Em 1726, a camponesa Mary Toft, que vivia no condado de Surrey, em Inglaterra, foi a protagonista de uma história que causou grande surpresa na comunidade médica, mobilizou a imprensa local e até chamou a atenção do rei George I: a jovem de 25 anos convenceu todos que estava a dar à luz coelhos.


Mary Toft já era mãe de três crianças quando revelou estar grávida novamente. No entanto, segundo os relatos da camponesa, a gestação estava a ser diferente das outras. A jovem queixava-se que não conseguia trabalhar ou realizar as tarefas domésticas, uma vez que tinha dores insuportáveis e não conseguia ficar de pé durante muito tempo.

Quando finalmente deu à luz, Mary surpreendeu todos. É que em vez de um bebé, a camponesa deu à luz vários pedaços de animais que se pareciam com coelhos. Desta forma, a sua história tornou-se numa espécie de lenda local.

Na altura, o médico John Howard teve conhecimento do acontecimento e tentou descobrir mais sobre o assunto. Ao chegar a casa de Mary assistiu à jovem a dar à luz pedaços de animais e notificou de imediato a comunidade médica de Londres. 

O caso acabou por chegar aos ouvidos do rei George I, que enviou até Surrey um dos seus cirurgiões pessoais, Nathaniel St. Andre. O médico real também confirmou a história, concedendo ainda mais notoriedade a Mary Toft.

O rei solicitou que a jovem se dirigisse a Londres para se submeter a exames mais detalhados e ela foi. Deste modo, o terceiro médico a analisar o caso – o cirurgião real Cyriacus Ahlers – chegou à conclusão de que os animais saíam das trompas de falópio da mulher e sugeriu uma cirurgia invasiva para confirmar a hipótese.

Contudo, na altura da análise já existiam indícios de que algo não batia certo. Ahlers descobriu que um dos coelhos tinha vestígios de feno, milho e palha, ou seja, o animal foi colocado dentro da vagina de Mary depois de ter comido.

No meio de tanta especulação, Toft explicou que o nascimento sobrenatural foi causado por um coelho que a assustou enquanto trabalhava no campo. A justificação foi facilmente aceite pela população, uma vez que na época as pessoas acreditavam que os pensamentos e sentimentos das mães podiam impactar a aparência e o desenvolvimento dos filhos no útero, diz o IFL Science.

Perante a insistência para que fosse submetida a uma operação, Mary não teve outra opção senão contar a verdade. A camponesa confessou que, juntamente com o seu marido, comprava coelhos e empurrava-os através do canal vaginal para fingir o nascimento dos animais.

Com a verdade revelada, os especialistas foram alvo de gozo e vários jornais e teatros desacreditaram os médicos devido à sua ingenuidade perante o assunto.

Howard foi particularmente arrasado, pois na altura em que Mary fez a revelação, tinha acabado de artigo de 40 páginas intitulado “Uma breve narração sobre o extraordinário parto de coelhos”.

A camponesa acabou por ser aprisionada sob acusação de fraude, sendo libertada pouco tempo depois.

Até hoje, não se sabe ao certo por que razão a mulher sustentou a mentira. Mary Toft morreu aos 62 anos, e a sua história nunca mais foi esquecida pela população local.

https://zap.aeiou.pt/mary-toft-conhecida-dar-a-luz-coelhos-388348

 

Guerra Civil na Líbia - Reveladas conversas secretas que quase salvaram Gaddafi !

No 10.º aniversário da campanha da NATO na Líbia, o ex-ministro das Relações Exteriores da Noruega revelou negociações nos bastidores que procuravam acabar com a guerra pacificamente. 


Tinham passado dois meses desde que os líbios tinham saído à rua pela primeira vez para uma onda de protestos populares contra a ditadura de Muammar al-Gaddafi. Centenas de pessoas morreram enquanto as forças do Governo e os rebeldes apoiados pela NATO lutavam num conflito brutal.

No entanto, num quarto de hotel a 3.000 quilómetros de distância, os dois lados em conflito fizeram um acordo secreto para acabar com a guerra, segundo relata o jornal britânico The Independent.

As conversações confidenciais mediadas pela Noruega deram a esperança de um fim pacífico da guerra civil da Líbia em 2011. Os dois lados concordaram com um rascunho, que afirmava que Gaddafi, que governou a Líbia durante 42 anos, renunciaria e deixaria a política, mas manteria as instituições do Estado.

No entanto, as negociações desmoronaram-se e os rebeldes, com o apoio da NATO, acabaram por capturar e matar Gaddafi.

Na sua primeira entrevista aos media internacionais sobre as negociações de 2011, o então chanceler norueguês Jonas Store, que intermediou o acordo, acusou a França e a Grã-Bretanha de se opor a uma solução negociada.

Há muito tempo que o então primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente francês Nicolas Sarkozy, são acusados de procurar a mudança de regime a todo custo, alegações que negam.

“Senti que a mentalidade em Londres e Paris não tinha abertura para realmente refletir sobre a opção diplomática”, disse Store, em declarações ao The Independent. “A França e a Grã-Bretanha estavam dispostas a olhar para algo além das soluções militares? Se houvesse na comunidade internacional vontade de seguir esse caminho com alguma autoridade e dedicação, acredito que poderia ter havido uma abertura para alcançar um resultado menos dramático e evitar o colapso do Estado líbio”.

Em fevereiro de 2011, a Líbia seguiu outros países árabes numa revolta, com dezenas de milhares de pessoas a tomar as ruas e a exigir o fim do governo de Gaddafi. As forças de segurança reprimiram brutalmente e Gaddafi prometeu esmagar os “ratos nas ruas”.

Em 17 de março do mesmo ano, as Nações Unidas votaram para intervir para impedir Gaddafi de matar o seu próprio povo, com aeronaves da NATO a voar contra as forças líbias nos sete meses seguintes.

Contudo, os aliados de Gaddafi também procuravam silenciosamente um resultado negociado. Enquanto prometia publicamente esmagar a rebelião, o filho favorito e mais proeminente de Gaddafi, Saif al-Islam, convidou altos funcionários noruegueses para negociar em Trípoli, capital da Libia.

Dois altos funcionários noruegueses estavam no palácio presidencial quando a resolução da ONU foi aprovada em Nova Iorque e tiveram de ser levados à pressa através da fronteira com a Tunísia para a sua própria segurança devido aos iminentes primeiros ataques aéreos da NATO, contou Store.

Diplomacia silenciosa da Noruega

A Noruega tornou-se um membro ativo da campanha de bombardeamento da NATO, lançando quase 600 bombas. Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro do país, Jens Stoltenberg, que agora é secretário-geral da NATO, pediu a Store que continuasse as conversas ultrassecretas, hospedando-as na Noruega.

O país tem uma longa história de diplomacia silenciosa no Médio Oriente, incluindo a mediação dos Acordos de Oslo de 1993 que viram o reconhecimento mútuo entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina.

Depois de semanas de conversas, Store organizou o primeiro encontro cara a cara entre o regime e autoridades da oposição num quarto de hotel em Oslo em 27 de abril. Presentes estavam hammed Ismail, braço direito de Saif al-Islam, e Aly Zeidan, uma figura importante no Conselho Nacional de Transição da oposição, que viria a ser primeiro-ministro na Líbia pós-Gaddafi.

Store disse que a atmosfera era “emocionante . Estas eram pessoas que, na nossa frente, puderam partilhar como conheciam as mesmas pessoas e como ambas se preocupavam com o seu país”.

Diplomatas noruegueses iam e vinham, eventualmente elaborando um “plano abrangente” para acabar com a crise. A primeira linha afirmava: “O coronel Gaddafi decidiu deixar o poder, afastar-se e encerrar a primeira fase da revolução.”

O que aconteceria com Gaddafi, contudo, continuou a ser um ponto crítico. O famoso líder recusou-se a deixar a Líbia, levando a negociações sobre se poderia permanecer no país, mas deixar a política.

Store aceita que “não sabemos” se Gaddafi estaria disposto a renunciar ou se grupos rebeldes mais extremistas teriam aceitado um acordo, mas disse que as principais nações ocidentais não estavam interessadas num acordo negociado.

Em agosto de 2011, as imagens captadas no Aeroporto Internacional de Trípoli, na Líbia, tornaram-se prova da queda do regime de Muammar al-Gaddafi, ditador que governou o país durante mais de 40 anos.

Além de capturarem o próprio Gaddafi, que acabaria por ser morto em outubro desse mesmo ano, as forças opositoras assumiram o controlo do aeroporto e ainda conquistaram um “prémio”, um dos maiores símbolos de poder do ditador.

Após a guerra de 2011, a Líbia entrou numa nova guerra civil, que durou grande parte da última década. Mais tarde, Barack Obama descreveu a falta de planeamento pós-conflito como o “pior erro” da sua presidência.

Durante uma década de guerra, centenas de civis morreram. As Nações Unidas só negociaram um acordo para restaurar a paz no ano passado.

https://zap.aeiou.pt/reveladas-conversas-secretas-acabar-guerra-na-libia-quase-salvaram-gaddafi-388851

 

Cidade de Ilinois pagará reparações monetárias a descendentes de escravos !

A cidade de Evanston, nos arredores de Chicago, deverá aprovar, na segunda-feira, um projeto para começar a pagar reparações aos cidadãos negros num valor estimado de 10 milhões de dólares na próxima década.


Localizada nos arredores de Chicago, a cidade de 75 mil habitantes, vai levar, segunda-feira, a votação do conselho municipal, um projeto que permitirá desbloquear uma primeira parcela de 400 mil dólares para oferecer reparações aos cidadãos afro-americanos, descendentes de escravos, que ajudaram a construir os Estados Unidos (EUA).

O projeto será financiado pela taxa sobre a venda de canábis, conta com largo apoio dos munícipes e deverá beneficiar nesta primeira fase “um punhado” de habitantes que irão receber cerca de 25 mil dólares para usar na compra ou reparação de casas, noticiou esta sexta-feira a agência Lusa.

Entre os elegíveis, estão os descendentes diretos de cidadãos negros que viveram em Evanston, entre 1919 e 1969, e que foram alvo de práticas discriminatórias no acesso à habitação ou cidadãos negros com mais de 18 anos confrontados com as mesmas práticas na atualidade.

Em causa esta, em particular, a prática conhecida como “redlining”, segundo a qual os bancos limitavam os empréstimos à habitação concedidos aos residentes de certos bairros pobres, a maioria dos quais eram negros, marcando-os com uma linha vermelha nos mapas e reforçando a segregação que existia desde o final do século XIX.

“Não se trata apenas de escravatura, [a necessidade de reparações] vai além disso”, observou Ron Daniels, membro da National African American Reparations Commission (NAARC), uma associação fundada em 2015.

Para Daniels, as injustiças são imensas, e vão desde o facto de os afro-americanos não terem podido beneficiar de medidas fundiárias e imobiliárias, à falta de investimento nos bairros negros ou à guerra antidroga que afeta de forma desproporcionada as populações negras. “Em todas estas áreas, são necessárias reparações”, disse.

Ao concentrar-se na discriminação imobiliária, Evanston pretende “construir riqueza através da habitação”, disse, por seu lado, a vereadora Robin Rue Simmons, que representa um dos bairros negros da cidade e lidera o projeto. Simmons ressalvou, no entanto, que a iniciativa não pretende substituir as devidas reparações federais.

“Este é um pequeno primeiro passo para a restituição e justiça para a minoria negra na nossa cidade de Evanston, mas as reparações não serão suficientes sem a lei HR40 e os recursos federais que viriam com ela”, disse, referindo-se ao projeto de lei que estabelece uma comissão parlamentar sobre o tema, constantemente paralisado pelo Congresso.

Após a Guerra Civil (1861-1865), os ganhos obtidos pelos afro-americanos cedo deram lugar a uma era de segregação e violência, que só terminou nos anos 60, após a aprovação de leis de direitos civis.

O mandato do ex-presidente Donald Trump e os protestos do movimento “Black Lives Matter”, que se seguiram à morte de vários afro-americanos por agentes policiais em 2020, fizeram despertar os EUA, com vários candidatos nas eleições primárias do Partido Democrático a proporem abordar a questão das reparações.

Considerada uma questão complexa, os seus defensores apontam o precedente dos milhões de dólares pagos aos nipo-americanos retidos em campos durante a Segunda Guerra Mundial.

Nesse caso, contudo, o período de tempo e os danos causados eram mais facilmente mensuráveis, ao contrário dos danos sofridos por gerações inteiras de afro-americanos que ficaram marcados pela escravatura, segregação e discriminação.

Para Robin Rue Simmons, a complexidade da questão não deve impedir que se comece a agir. “Comecem agora, sem necessidade de fazer estudos, sem necessidade de esperar por novos dados. Diga sim às reparações e à justiça para os negros”, apelou.

https://zap.aeiou.pt/eua-ilinois-reparacoes-descendentes-escravos-388839

 

Finlândia é considerada o “país mais feliz do mundo” !

A Finlândia foi considerada hoje como o “país mais feliz do mundo” pelo quarto ano consecutivo, numa lista que determina o grau de felicidade e que é dominada por países europeus.


Com uma pontuação de 7,84 em que 10 é o valor máximo, o país nórdico está à frente da Dinamarca, Suíça, Islândia e Países Baixos, estreante entre os cinco primeiros colocados da última edição do “World Happiness Report”, um estudo anual patrocinado pelas Nações Unidas.

O estudo, publicado desde 2012, usa principalmente pesquisas da empresa Gallup em que os residentes são questionados sobre o seu próprio nível de felicidade e as respostas são cruzadas com o Produto Interno Bruto (PIB) além de avaliações sobre o nível de solidariedade, liberdade individual e corrupção, para se chegar à pontuação máxima de 10.

A Alemanha está em 13.º lugar, o Canadá em 14.º, o Reino Unido em 17.º, os Estados Unidos em 19.º e a França em 21.º lugar. Portugal surge em 53.º lugar.

Entre as grandes potências, o Brasil está em 35.º lugar, Japão em 56.º, Rússia em 76.º e China em 84.º, de acordo com a lista oficial de cerca de 150 países, nos quais foram recolhidos dados dos últimos três anos.

A Europa domina amplamente os 10 primeiros lugares, que incluem ainda a Noruega, Suécia, Luxemburgo e Áustria. O único país não europeu entre os primeiros 10 é a Nova Zelândia (9.º lugar.

Embora a medição da “felicidade” é reconhecidamente subjetiva além do debate à volta do método de cálculo do relatório, este estudo consolidou-se nos últimos anos como uma das avaliações do bem-estar global.

A lista também permite designar o “país menos feliz do planeta”, que nesta edição é o Afeganistão, com 2,52 pontos, atrás do Zimbábue, Ruanda, Botswana e Lesoto.

A Índia é um dos grandes países com uma classificação baixa, ocupando o nada invejável 139.º lugar.

Na África, o país mais bem colocado é a República do Congo, que ficou na 83.ª posição, enquanto na Ásia é Taiwan, no 24.º lugar.

Este ano, o estudo foi expandido para incluir alguns dados para medir melhor o impacto da pandemia de covid-19.

A Finlândia, novamente na liderança este ano, é também um dos países desenvolvidos com o melhor desempenho contra a covid-19 e o país destacou-se notavelmente “em medidas de confiança mútua que ajudaram a proteger vidas durante a pandemia”, de acordo com o estudo.

Apesar de seus longos invernos e da fama dos seus habitantes, considerados pouco expansivos, se não mesmo solitários, a Finlândia – com 5,5 milhões de habitantes – goza de um padrão de vida muito elevado, serviços públicos eficientes e uma vasta variedade de florestas e lagos.

O país também está muito bem posicionado em termos de solidariedade e na luta contra a pobreza e as desigualdades.

Os países nórdicos destacam-se nesta lista há uma década: antes da Finlândia, a Noruega venceu em 2017 e a Dinamarca durante muito tempo ocupou o primeiro lugar.

https://zap.aeiou.pt/finlandia-considerada-pais-feliz-mundo-388862

“Olympig” - Diretor artístico de Tóquio 2020 demite-se após proposta para vestir artista de porco !

 

A atriz, modelo e comediante japonesa Naomi Watanabe

A presidente do comité organizador de Tóquio 2020 pediu desculpa, esta quinta-feira, pela proposta “insultuosa” de vestir uma atriz como um porco na cerimónia de abertura, que levou mesmo à renúncia do diretor artístico do evento.

A polémica surgiu esta quarta-feira, quando a revista Shukan Bunshun revelou que o criativo Hiroshi Sasaki sugeriu, em março de 2020, antes do adiamento dos Jogos Olímpicos, vestir a popular artista Naomi Watanabe como um porco para a cerimónia de abertura.

A ideia seria que o ícone da moda no Japão, que tem projeção internacional, descesse do céu vestida de cor-de-rosa e com orelhas de porco, com Sasaki, através de mensagens de texto agora reveladas, a fazer um jogo de palavras com as palavras “olímpico” e “porco”, que assim transformaria em “Olympig”.



A presidente do comité organizador de Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, afirmou ter ficado em “choque” depois de ler o artigo da revista japonesa e considerou os comentários “inadequados e lamentáveis”, para além de “muito insultuosos para a pessoa mencionada no artigo”.

“Brincar com a aparência é muito, muito inapropriado“, acrescentou Hashimoto, que recentemente substituiu Yoshiro Mori na presidência do comité organizador devido a comentários sexistas.

Hashimoto afirmou que “este tipo de problema nunca deveria ter acontecido” e destacou que as cerimónias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos deveriam servir para mostrar “a excelência do desporto e as atrações de Tóquio e do Japão”.

A presidente do comité organizador disse que está já à procura de alternativas a Sasaki, que entretanto renunciou ao cargo, para que o incidente não tenha impacto no lançamento dos Jogos Olímpicos e agradeceu na mesma o papel do criativo, que “tem sido fundamental para o sucesso das cerimónias”.

“O meu profundo pedido de desculpas a Watanabe e a todos aqueles que se sentiram ofendidos”, disse Sasaki em comunicado, citado pelo jornal The Wall Street Journal.

A própria Naomi Watanabe reagiu à polémica através de um comunicado divulgado pela sua agência de comunicação, esta quinta-feira, no qual afirmou ter ficado “honestamente surpreendida” com a informação.

A atriz, modelo e comediante destacou ainda que tem consciência de que, quando trabalha, a sua aparência é ridicularizada pelo volume, mas está feliz com o seu corpo tal como é.

“Estou feliz com a minha figura”, disse a japonesa, de 33 anos, que defendeu continuar a trabalhar sem dar muita importância à sua aparência.

“No entanto, como ser humano, espero sinceramente que possamos ter um mundo divertido e próspero onde possamos respeitar e reconhecer a individualidade e a maneira de pensar de cada indivíduo”, acrescentou.

Sasaki, de 66 anos, é uma figura respeitada no mundo da publicidade no Japão e foi o responsável pelo evento da passagem de testemunho do Rio 2016 a Tóquio 2020, no qual o ex-primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, emergiu de um enorme cano caracterizado como o personagem do famoso jogo de computador Super Mario.


https://zap.aeiou.pt/olympig-diretor-artistico-toquio-2020-388860
 

Coreia do Norte rompe relações diplomáticas com um dos seus poucos aliados !

A Coreia do Norte anunciou que vai romper relações diplomáticas com a Malásia, após a extradição de um norte-coreano para os Estados Unidos, segundo um comunicado do ministério das Relações Exteriores divulgado pela agência oficial KCNA.


A 17 de março, as autoridades da Malásia “cometeram um crime imperdoável (…) entregando à força um cidadão inocente (da Coreia do Norte) aos Estados Unidos”, pode ler-se no comunicado.

A Malásia era um dos poucos Estados aliados do país que possui armas nucleares, mas as relações sofreram um abalo há quatro anos, quando Kim Jong Nam, meio-irmão de Kim Jong Un e muito crítico do regime-norte-coreano, morreu depois de ser atingido por um agente neurotóxico no aeroporto de Kuala Lumpur.

A autoria do crime foi atribuída ao regime norte-coreano, que nega a acusação.

Após algum tempo, as relações melhoraram e a Malásia decidiu reabrir a embaixada em Pyongyang.

Contudo, esta sexta-feira o ministério norte-coreano anunciou a “rutura total das suas relações diplomáticas com a Malásia”, devido a “este ato hostil” cometido contra Pyongyang “com submissão às pressões americanas”.

Mun Chol Myong, o norte-coreano extraditado, realizava “atividades legítimas de comércio exterior em Singapura”, segundo a agência.

A rutura acontece um dia depois da visita à Coreia do Sul de altos funcionários do governo americano.

O secretário de Estado, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, viajaram pela Ásia para fortalecer os vínculos de Washington com os aliados tradicionais na região.

Na quinta-feira, Pyongyang advertiu que vai ignorar qualquer tentativa de contacto dos Estados Unidos enquanto Washington não renunciar a sua “política hostil” em relaççao ao país.

A ONU, os Estados Unidos e outros países impuseram sanções que proíbem a exportação de alguns produtos para a Coreia do Norte, em reação aos seus programas nucleares e balísticos.

https://zap.aeiou.pt/coreia-norte-rompe-relacoes-malasia-388738

 

FBI reconhece que investigação do assalto ao Capitólio será “a mais complexa de sempre” !

A polícia de investigação federal norte-americana (FBI, na sigla em Inglês), apela à colaboração da população na identificação de suspeitos do assalto ao Capitólio, naquela que será “a mais complexa investigação de sempre” no país.


O gabinete do FBI em Washington DC, onde decorrem as investigações ao assalto de 6 de janeiro por uma multidão de largas centenas de pessoas, na maioria apoiantes do ex-presidente Donald Trump, divulgou na quinta-feira imagens de vídeo de 10 suspeitos ainda não identificados, apelando à colaboração da população na sua identificação.

Os indivíduos em causa terão estado envolvidos “nalguns dos mais violentos ataques a agentes da polícia”, que faziam guarda do Capitólio durante o ataque, refere Steven M. D’Antuono, diretor do gabinete do FBI em Washington DC, em comunicado.

Cinco pessoas morreram no assalto ao Capitólio, quando se contavam no interior os votos do Colégio Eleitoral que davam a vitória a Joe Biden, que os apoiantes de Donald Trump consideravam fraudulenta.

Segundo o FBI, foram detidas até agora 300 pessoas, entre eles dezenas de militares e ex-militares. Dos detidos, 65 foram já acusadas de agressão a agentes da autoridade.

A investigação, adianta o FBI, “será provavelmente a mais complexa levada a cabo até hoje pelo Departamento de Justiça”.

Christopher Wray, diretor do FBI, disse em entrevista à NPR que desde que assumiu funções o número de investigações a grupos extremistas internos duplicou, e que vai continuar a aumentar.

Acusado de ter incitado o ataque, incluindo por senadores do partido republicano, Trump foi alvo de um julgamento no Senado em fevereiro, sem que se tenham produzido os dois terços de votos necessários a uma condenação.

O julgamento decorreu sob fortes medidas de segurança, e a situação é ainda considerada de risco elevado, nomeadamente durante o discurso perante sessão conjunta do Congresso, que o presidente Joe Biden deverá fazer ainda este mês.

Segundo um relatório dos serviços de informações norte-americanos, divulgado esta semana, extremistas violentos, motivados por discórdias políticas e preconceitos raciais, constituem uma “ameaça elevada” nos EUA.

A avaliação constante no documento, divulgado pelo Gabinete do Diretor das Informações Nacionais, indica que os extremistas associados a risco de violência são motivados por um espetro largo de ideologias, incluindo teorias de conspiração, oposição às restrições impostas durante a pandemia e crenças de que a eleição presidencial de novembro foi fraudulenta.

O relatório resultou de um pedido do presidente Joe Biden, para que fosse avaliada a ameaça à segurança interna constituída pelos supremacistas brancos e outros extremistas domésticos.

https://zap.aeiou.pt/fbi-investigacao-capitolio-complexa-388684

 

sexta-feira, 19 de março de 2021

Pela primeira vez, um artista usou um robô 5G para tatuar à distância !

A T-Mobile Netherlands desenvolveu “a tatuagem impossível”: a primeira tatuagem remota do mundo, desenhada por um robô movido a 5G.

De acordo com o PCMag, a tatuagem foi feita na pele da atriz Stijn Fransen, por um braço robótico controlado pelo tatuador holandês Wes Thomas noutro local em tempo real, via 5G. O artista desenhou a tatuagem num braço de um manequim enquanto um robô copiava todos os seus movimentos com uma agulha num braço real.

O projeto, apelidado de “The Impossible Tattoo” (A Tatuagem Impossível, em tradução livre), fez parte de uma campanha de marketing da empresa de telecomunicações holandesa T-Mobile, que desejava demonstrar, além da alta velocidade, a capacidade do 5G de lidar com uma grande quantidade de tráfego de dados, apresentando o mínimo de latência.

Com os novos benefícios da rede 5G praticamente não há atrasos, o que significa que uma ação com precisão milimétrica pode ser realizada independentemente da distância.

Para este projeto inovador, a T-Mobile Netherlands colaborou com a empresa de produção The Mill, que construiu o braço robótico tatuador do zero e criou o filme.

Wes Thomas esteve profundamente envolvido na investigação e no desenvolvimento da tecnologia de tatuagem remota, certificando-se de que uma infinidade de fatores fossem levados em consideração ao replicar o delicado processo de tatuagem.

Diversos processos de calibragem foram feitos para que o braço robótico funcionasse em perfeita sincronia com o artista em tempo real, com testes realizados em abóboras, tomates e braços sintéticos. Entre os desafios estavam o ajuste de quantidade de tinta na agulha, a identificação das diferentes texturas de pele e as nuances dos traços do artista.

Depois de inúmeros testes em vários vegetais e amostras de próteses de pele, foi a vez de Stijn Fransen receber a primeira tatuagem 5G do mundo.

A sincronização entre o braço do tatuador e o aparelho robótico foi feita através de algoritmos capazes de reconhecer superfícies e sensores que faziam um mapeamento geométrico do ambiente.

Estes algoritmos criavam uma nuvem de pontos digitais que representavam os movimentos dos dois membros envolvidos. Depois do posicionamento da agulha no braço robótico, os engenheiros enviavam esses pontos digitais via 5G para o robô, que os aplicava na nova geometria 3D do braço da atriz.

https://zap.aeiou.pt/robo-5g-para-tatuar-a-distancia-387479

 

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