quinta-feira, 25 de março de 2021

Colômbia lança agência para tentar vender casas com um “passado sangrento” !

Na Colômbia, uma agência imobiliária com o apoio do Governo está a tentar alugar ou vender casas com um passado sangrento e dar-lhes assim uma nova vida.


Em fevereiro, o Governo da Colômbia lançou uma agência imobiliária online, a Bienes FRV, para tentar vender mais de 1600 casas, apartamentos, quintas e terrenos. Mas, segundo a BBC, não se tratam de propriedades ditas normais.

As casas ou os terrenos em questão já pertenceram a ex-paramilitares da extrema-direita e a guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que lutaram entre si durante várias décadas.

O dinheiro conseguido com as propriedades, que se estima que possa chegar a cerca de 120 milhões de euros, será usado para pagar indemnizações às mais de sete milhões de vítimas deste conflito armado.

Em declarações à emissora britânica, Miguel Avendaño, que gere o fundo de reparação monetária da “Unidad para las Víctimas”, explica que algumas das casas são “impossíveis” de vender ou alugar. Por isso, ter este serviço imobiliário “significa mais recursos para as vítimas”.

Desde que começou a pôr estas casas no mercado, no ano de 2018, esta entidade estatal só conseguiu vender 12 das milhares de propriedades à disposição, que foram confiscadas pelo Governo ou que foram sendo entregues pelos grupos armados, que se desmobilizaram nos últimos anos.

Avendaño acrescentou que esta agência imobiliária é uma tentativa de trazer mais transparência ao processo de venda, enquanto tenta também mudar a narrativa do passado sangrento destas propriedades.

É o caso da Mansão Montecasino, em Medellín, que possui, entre outras coisas, 12 quartos, 13 casas de banho, uma banheira pintada a ouro em forma de concha, uma adega, jardins extensos e várias piscinas e fontes.

Os seus antigos donos foram os fundadores daquele que foi o principal grupo paramilitar de extrema-direita da Colômbia – Autodefesas Unidas da Colômbia – e, portanto, serviu como ponto de encontro para planear algumas das piores atrocidades do conflito.

Felizmente, o engenheiro civil Sergio Ortiz conseguiu ver para além do seu passado sangrento e vai tentar fazer com que esta casa consiga finalmente ‘virar a página’.

O colombiano, de 52 anos, que lembra que a sua família também foi vítima deste conflito armado, espera alugar o imóvel e transformar o seu terreno num parque que será aberto ao público. Se a sua oferta for aceite, Ortiz quer também transformar a casa num centro de fisioterapia e um prédio adjacente num centro de música.

“Esta é a nossa forma de ajudar o nosso país, gerando um espaço de paz e tranquilidade”, afirmou à BBC.

No entanto, embora estas propriedades nas principais cidades sejam relativamente seguras, adquirir outras que ficam em áreas mais rurais e onde os grupos armados dissidentes continuam a operar, pode ser uma decisão arriscada.

Segundo a emissora britânica, houve casos em que as pessoas foram forçadas a deixar as suas novas casas e outras situações em que potenciais compradores foram ameaçados e acabaram mesmo por desistir.

Contudo, Avendaño espera que, à medida que o tempo passa e que mais propriedades sejam transformadas em casas ditas normais, esta questão seja cada vez menos um problema. E a verdade é que, desde o lançamento da imobiliária, há cerca de dois meses, já foram vendidos 10 imóveis.

https://zap.aeiou.pt/colombia-agencia-casas-passado-389390

 

Índia - Detetada nova variante do coronavírus com dupla mutação !

Uma nova variante do coronavírus com duas mutações distintas – a E484Q e a L452R – foi descoberta na Índia. Segundo o ministro da Saúde indiano, estas conseguem “escapar à imunidade e aumentar a infeciosidade”.


Como noticiou esta quarta-feira a TSF, numa análise a mais 10 mil amostras do vírus no país, foram detetados ainda mais de 700 casos da variante britânica, mais de 30 casos da variante sul-africana e um caso de uma das variantes do Brasil.

“Uma dupla mutação em zonas-chave do vírus pode aumentar os riscos e permitir que o vírus escape ao sistema imunitário, tornando-se mais infecioso”, explicou à BBC News o virologista Shahid Jameel.

O governo admite que as análises das amostras revelam “um aumento dos casos com as mutações E484Q e L452R”, que, de acordo com o ministro indiano da Saúde, “fogem à imunidade e aumentação a infeciosidade” do vírus. Contudo, apontou, os dados não permitem estabelecer uma ligação entre a presença destas variantes e a subida dos casos.

“Pode estar a desenvolver-se uma nova estirpe na Índia que combina as mutações L452R e E484Q”, alertou.

“Precisamos de monitorização constante para garantir que nenhuma destas variantes mais preocupantes se está a disseminar pela população. Mesmo que isso ainda não esteja a acontecer, não significa que não vá acontecer no futuro e temos de conseguir detetá-lo suficientemente cedo”, defendeu ainda.

Esta quarta-feira, a Índia registou 275 mortes e 47.262 novas infeções. Desde o início da pandemia, o país já contou mais de 160 mil mortes e 11,7 milhões de casos de covid-19.

https://zap.aeiou.pt/india-nova-variante-coronavirus-mutacao-389813

 

Deputados russos aprovam lei que permite a Putin governar até 2036 !

Os deputados russos aprovaram, esta quarta-feira, uma lei que dá a Vladimir Putin o direito de se candidatar a mais dois mandatos presidenciais, abrindo caminho à sua possível continuação no Kremlin até 2036.


A lei elaborada para que “a legislação eleitoral fique conforme as novas normas da Constituição”, segundo o site da câmara alta do Parlamento russo, é sequência do referendo constitucional do verão de 2020.

Uma alteração polémica permite que o Presidente, de 68 anos, permaneça no poder, quando deveria ter de renunciar no final do atual mandato em 2024.

O limite dos dois mandatos consecutivos mantém-se, mas “essa restrição não se aplica aos que ocupavam o cargo de chefe de Estado antes da entrada em vigor das alterações à Constituição”, diz o texto aprovado pelos deputados, o que efetivamente permite que Putin não conte os anteriores mandatos.

Chegado ao poder em 2000, Putin retirou-se no final do segundo mandato em 2008, sendo substituído pelo seu ex-primeiro-ministro Dmitri Medvedev. Após um interregno de quatro anos, foi novamente eleito Presidente em 2012.

A revisão votada em 2020 integra ainda na Constituição princípios conservadores caros ao chefe de Estado – fé em Deus, casamento reservado aos heterossexuais, ensino patriótico –, assim como garantias sociais, como a indexação das reformas.

A votação decorreu ao longo de uma semana devido à pandemia do novo coronavírus e o “sim” ganhou sem surpresa, com 77,9%, segundo os dados oficiais. A participação foi de 65%.

O opositor Alexei Navalny, que se encontra detido, qualificou a consulta popular de “enorme mentira” e a organização não-governamental Golos, especializada na observação de eleições, denunciou um ataque “sem precedentes” à soberania do povo russo.

Putin foi vacinado contra a covid-19, esta terça-feira, com uma das vacinas russas. Antes, o Presidente tinha criticado a posição das autoridades europeias sobre a Sputnik V.

“Não queremos forçar ninguém a fazer o que quer que seja. (…) Mas interrogo-me sobre os interesses que defendem essas pessoas: será o das empresas farmacêuticas ou o dos cidadãos europeus?”, disse o líder russo.

“Hoje, podemos dizer com segurança que as vacinas russas são absolutamente confiáveis e seguras. É um sucesso absoluto dos nossos cientistas e especialistas”, disse ainda, criticando a demora da Agência Europeia do Medicamento (EMA).

A Rússia já aprovou três vacinas contra a covid-19: a Sputnik V, a EpiVacCorona e a CoviVac (esta última ainda na fase final de estudo clínicos).

https://zap.aeiou.pt/deputados-aprovam-lei-putin-ate-2036-389803

 

Encontradas 29 milhões de doses da AstraZeneca escondidas em Itália !

Foram encontradas, esta quarta-feira, 29 milhões de doses da vacina da AstraZeneca escondidas numa fábrica em Itália, cujo destino seria o Reino Unido.


Segundo avança o jornal italiano La Stampa, as 29 milhões de doses da vacina da AstraZeneca foram encontradas numa fábrica da empresa Catalent em Anagni, perto da capital italiana, e o seu destino seria o Reino Unido.

A descoberta das autoridades italianas vai ao encontro da inspeção desencadeada pela Comissão Europeia, que pretende controlar a exportação de vacinas para países que tenham taxas de vacinação mais altas do que as da União Europeia e para países que bloqueiem exportações para a UE.

Esta quarta-feira, a Comissão Europeia vai apresentar uma revisão do mecanismo de transparência que obriga as farmacêuticas a pedir autorização antes de exportarem doses para fora da União Europeia.

Num comunicado enviado à rádio TSF, a AstraZeneca garantiu que as únicas exportações que tem planeadas são para países mais pobres, que pertencem ao programa Covax, sendo que 13 milhões destas doses aguardam luz verde do controlo de qualidade para poderem ser enviadas.

Além dessas, a farmacêutica referiu que os outros 16 milhões se destinam aos países da União Europeia, estando apenas à espera de aprovação.

As 29 milhões de doses agora descobertas correspondem a quase ao dobro daquelas que a farmacêutica já enviou até agora à União Europeia (16,6 milhões). Recorde-se que a AstraZeneca comprometeu-se a entregar cerca de 100 milhões de doses da sua vacina à UE no primeiro trimestre deste ano.

A diretora-geral de Saúde da Comissão Europeia, Sandra Gallina, disse, esta terça-feira, que os atrasos na campanha de vacinação dos 27 devem-se exclusivamente ao “muito mau desempenho” da AstraZeneca, pois as restantes farmacêuticas estão a cumprir integralmente os contratos.

Contudo, a diretora-geral de Saúde da Comissão manifestou-se convicta de que a campanha de vacinação irá conhecer “um forte impulso” graças à quarta vacina autorizada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), ou seja, a desenvolvida pela norte-americana Johnson & Johnson, que começará a ser fornecida à Europa já em abril e que, destacou, é administrada numa só dose.

https://zap.aeiou.pt/29-milhoes-doses-astrazeneca-italia-389811

 

quarta-feira, 24 de março de 2021

“É uma ameaça global” ! Brasil pede ajuda internacional para vacinação e Grécia atinge novo máximo de contágios !

Esta terça-feira, a Grécia atingiu um novo máximo de casos diários de covid-19 e os Países Baixos alargam as restrições em vigor no país até 20 de abril. No Brasil, Bolsonaro falou ao país para tranquilizar a população e o Governo brasileiro pediu ajuda internacional para a vacinação da população.


A petição será dirigida à ONU, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), assim como ao G20 [fórum internacional que integra Governos e governadores dos bancos centrais de 19 países e a UE], aos parlamentos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da China e aos laboratórios produtores de vacinas.

O documento destaca que esse pedido “ocorre num momento em que a sombra nefasta da morte paira sobre milhões de brasileiros e quando novas formas do vírus da covid-19” se estão a converter “numa ameaça global“.

O texto acrescenta que, até ao momento, pouco mais de 5% dos 212 milhões de brasileiros foram vacinados e que o país enfrenta sérias dificuldades para garantir a continuidade do programa de imunização, devido aos problemas causados pela enorme procura no mundo.

Ainda assim, o Governo brasileiro garante ter acordos prévios para cerca de 500 milhões de doses de vacinas de vários laboratórios, que devem chegar ao país ao longo deste ano, o que para os senadores “poderá ser tarde”.

O documento revê a “situação dramática” do Brasil, que ultrapassou já a barreira das três mil mortes num só dia devido à covid-19, e diz que o Senado “se vê obrigado” a fazer “um doloroso alerta: o avanço da pandemia no Brasil representa um risco real para o mundo”.

A moção, apresentada pela senadora Kátia Abreu com o apoio de 65 dos 81 membros da Câmara Alta, foi aprovada num momento em que o Brasil enfrenta a pior fase da pandemia, com hospitais em colapso na maioria do país, que é o segundo mais afetado pela covid-19 no mundo, depois dos Estados Unidos.

Esta terça-feira, dia em que o país bateu o recorde trágico de 3.251 mortes diárias, o presidente brasileiro falou em rede nacional, tentando tranquilizar a população e prometendo 500 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.

“Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos a nossa vida normal”, afirmou Jair Bolsonaro.

A mensagem foi transmitida no dia em que o Brasil teve o seu dia mais trágico desde o início da pandemia, após ter ultrapassado, pela primeira vez, os três mil mortos (3.251) devido à covid-19 num único dia, num total de 298.676 vidas perdidas.

Em relação ao número de infeções, foram contabilizados 82.493 casos positivos nas últimas 24 horas, totalizando 12.130.019 diagnósticos de covid-19 em solo brasileiro.

“Em nenhum momento, o Governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome. (…) Neste mês, intercedi pessoalmente junto à fabricante Pfizer para a antecipação de 100 milhões de doses, que serão entregues até setembro de 2021. E também com a Janssen, garantindo 38 milhões de doses para este ano”, argumentou o mandatário.

“Hoje, somos produtores de vacina em território nacional. (…) Quero destacar que hoje somos o quinto país que mais vacinou no mundo. Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da federação, graças às ações que tomamos logo no início da pandemia”, salientou, na mensagem que durou cerca de quatro minutos.

No entanto, quando se considera a administração de vacinas contra a covid-19 por 100.000 habitantes, o Brasil cai para a 58.ª posição, segundo o ranking mundial de imunização, atualizado diariamente pelo jornal The New York Times.

Segundo um consórcio formado pela imprensa local, 6,04% de uma população de 212 milhões de habitantes receberam a primeira dose de alguma vacina contra a covid-19, enquanto que 2,05% receberam as duas doses.

“Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em sua família. Que Deus conforte seus corações! Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la. Deus abençoe o nosso Brasil”, concluiu Bolsonaro.

Enquanto falava ao país, vários cidadãos foram às suas janelas, em várias cidades do país, bater em panelas, num ato de protesto contra a gestão do chefe de Estado na pandemia.

Os protestos refletem a forte queda do apoio ao Presidente detetada pelas últimas sondagens, que o mostram com um decréscimo da aprovação ao longo das últimas semanas.

A defesa de Bolsonaro pelas vacinas contrasta com declarações anteriores, em que afirmou que os imunizantes podem provocar efeitos colaterais. O Presidente também chegou a declarar que não será vacinado contra a covid-19.

Grécia atinge novo máximo de contágios

A Grécia atingiu um novo máximo de casos diários de covid-19 esta terça-feira com 3.586 infetados, o maior número desde que começou a pandemia, segundo anunciou a Organização Nacional de Saúde Pública (EODY).

Desta forma, o total de contágios no país helénico desde que foi confirmado o primeiro paciente, em fevereiro do ano passado, chegou aos 242.347.

Além disso, foi também registado um novo recorde de pacientes entubados, com 699 pessoas ligadas a ventiladores.

A maioria dos casos confirmados esta terça-feira localizou-se na região de Ática, que atingiu os 1.779 contágios e superou o seu próprio máximo de casos diários.

A taxa de positividade situou-se em 5,6%, muito abaixo dos 12,1% registados na segunda-feira, e foi confirmada a morte de 51 pacientes, o que eleva o total de óbitos diagnosticados com covid-19 para os 7.582.

No entanto, a presença do SARS-CoV-2 nas águas residuais estabilizou-se ou até diminuiu em grande parte do país.

Na semana de 15 a 21 de março, a carga viral nas águas de cidades na ilha de Creta, como Retimno ou Iráklio, foi reduzida em 87% e 53%, respetivamente, enquanto nas águas da capital baixou 27%, em comparação com a semana anterior, quando se registou uma grande subida.

O ministro da Saúde grego, Vassilis Kikilias, comemorou ter ultrapassado o milhão de pessoas que receberam pelo menos uma dose da vacina contra o vírus.

“Um milhão de passos mais perto da liberdade”, afirmou o ministro na rede social Twitter.

Desde que a campanha de vacinação começou no final de dezembro, a Grécia já administrou 1.469.020 doses, sendo que 471.056 pessoas receberam as duas doses, o que representa 4,3% dos 11 milhões de habitantes do país.

Países Baixos alargam restrições por causa da Covid-19

Os Países Baixos alargam até 20 de abril as restrições em vigor, no âmbito do combate à pandemia de covid-19, que se agrava no país, anunciou esta terça-feira o Governo.

“O número de contaminações está a subir, novamente, e há mais internamentos hospitalares”, disse o primeiro-ministro Mark Rutte numa conferência de imprensa.

“Esta é atualmente a preocupante realidade, e por isso não podemos abandonar as medidas em vigor”, sublinhou o governante neerlandês, que reduziu o recolher obrigatório numa hora.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-global-brasil-grecia-389652

 

Resposta a uma só voz. Depois das sanções do ocidente - China e Rússia unem forças !

Os chefes da diplomacia de Moscovo e Pequim reuniram-se em Guilin e denunciaram as duras críticas e sanções que o ocidente tem perpetuado contra os seus países. Agora, querem a realização de uma cimeira dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.


“A interferência nos assuntos internos soberanos de uma nação sob a desculpa de promover a democracia é inaceitável”, referiram os chefes da diplomacia da Rússia, Sergei Lavrov, e da China, Wang Yi, num comunicado conjunto no final de um encontro na cidade chinesa de Guilin, avança o Diário de Notícias.

As reações dos representantes dos dois países surgem depois de novas sanções dos EUA e da União Europeia (UE) – no caso de Moscovo pelo envenenamento do opositor Alexei Navalny, no de Pequim pelas violações dos direitos humanos da minoria uigur. Não só as sanções, mas também algumas críticas do ocidente têm desagradado as duas potências.

Os diplomatas denunciam uma “turbulência política global”, por isso pediram uma cimeira dos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Na opinião da China e da Rússia, “a forma de abordar os assuntos internacionais deveria basear-se em princípios reconhecidos pela legislação internacional”, que consideram essenciais para o desenvolvimento da sociedade. Os dois países defenderam um “multilateralismo aberto, igualitário e não ideológico”.

O encontro entre Lavrov e Wang Yi surgiu depois de uma cimeira entre a China e os EUA em Anchorage, no Alasca.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, deixou claro que as ações da China “ameaçam a ordem baseada em regras que mantêm a estabilidade global” – falando da repressão aos uigures em Xinjiang, da situação em Hong Kong ou as ameaças a Taiwan, mas também dos ciberataques ou da coação económica a países aliados.

Do lado chinês, o diplomata Yang Jiechi lembrou que os EUA não são um exemplo de democracia, citando o movimento Black Lives Matter.

Ainda assim, as primeiras conversas entre a administração Biden e a China foram classificadas como “duras”, mas “construtivas”.

De recordar que os EUA, numa ação concertada com a UE, o Canadá e o Reino Unido, impuseram sanções contra vários indivíduos chineses, por causa da repressão dos uigures, com Blinken a falar mesmo em “genocídio”.

No caso da UE, as sanções agora impostas à China são as primeiras desde o embargo de venda de armas, após a repressão na praça de Tiananmen em 1989. Pequim respondeu a Bruxelas com a proibição de entrada a dez europeus, incluindo cinco eurodeputados, e quatro instituições.

Outro assunto que marca de forma negativa as relações do ocidente com Pequim, é o facto da China continuar a afastar responsabilidades sobre a origem da covid-19.

Também as relações do ocidente com a Rússia não são melhores.

Depois das sanções impostas no início do mês em resposta ao envenenamento de Navalny, o presidente norte-americano, Joe Biden, irritou ainda mais o homólogo russo, Vladimir Putin, ao apelidá-lo de “assassino”.

Na UE, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, responsabilizou Moscovo pelo “ponto baixo” das relações, falando em “desacordos em muitas áreas” num telefonema com Putin.

Por isso, como prova da aposta nas relações transatlânticas, Michel convidou Biden para participar, por videoconferência, na cimeira europeia desta quinta-feira.

“É tempo de reconstruir a nossa aliança transatlântica”, acrescentou.

Em causa está a reunião do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, na qual os líderes europeus voltarão a abordar a resposta coordenada à pandemia de covid-19, nomeadamente numa altura de novos aumentos de casos de infeção a nível comunitário e de imposição de novas medidas restritivas.

https://zap.aeiou.pt/china-russia-unem-forcas-389659

 

Bruxelas vai apertar o cerco à exportação de vacinas e diz que atraso na vacinação se deve à AstraZeneca !

Esta quarta-feira, a Comissão Europeia vai apresentar uma revisão do mecanismo de transparência que obriga as farmacêuticas a pedir autorização antes de exportarem doses para fora da União Europeia. 


De acordo com o Expresso, o objetivo é restringir exportações para países que tenham taxas de vacinação mais altas do que as da União Europeia e para países que bloqueiem exportações para a UE.

O mecanismo de transparência e autorização de exportações já permite travar as exportações se a farmacêutica falhar nos compromissos e entregas acordados com os 27.

A revisão só deverá ficar fechada esta quarta-feira, durante a reunião do colégio de comissários. Apesar de o regime não visar ou nomear empresas em particular, deverá tornar as regras mais rígidas.

A questão é saber se as restrições poderão também vir a afetar exportações de empresas que estão a cumprir os contratos, como a Pfizer. Haverá critérios de ponderação, mas o Expresso sublinha que a possibilidade existe, tendo em conta a regra de proporcionalidade que o executivo quer incluir no mecanismo.

O envio de doses para o Reino Unido poderá também vir a ser afetado, já que o país tem uma taxa de vacinação superior à da União Europeia. A questão da reciprocidade, ou seja, o envio de doses para a UE, também pode jogar contra os britânicos.

Atraso deve-se exclusivamente à AstraZeneca

Os atrasos na campanha de vacinação na União Europeia devem-se exclusivamente ao “muito mau desempenho” da AstraZeneca, pois as restantes farmacêuticas estão a cumprir integralmente os contratos, disse esta terça-feira a diretora-geral de Saúde da Comissão Europeia.

Num debate com a comissão de controlo orçamental do Parlamento Europeu, sobre a compra coletiva de vacinas contra a covid-19 levada a cabo por Bruxelas, Sandra Gallina reforçou que os problemas atuais com a vacinação na Europa têm como único responsável a empresa AstraZeneca.

“É apenas com um dos contratos que temos problemas graves. O problema é a AstraZeneca, que não está a entregar nem um quarto das doses contratualizadas. As campanhas de vacinação nos Estados-membros estão a ser dificultadas pelo muito mau desempenho da AstraZeneca, que, devo dizer, criou problemas de reputação para todos nós, Comissão Europeia e Estados-membros”, acusou.

A responsável da Comissão disse que já se sabia que “o primeiro trimestre não ia ser fácil”, mas sublinhou que a Pfizer e a Moderna “estão a cumprir integralmente os seus contratos, semanalmente”, tendo-se registado apenas ligeiros sobressaltos temporários rapidamente ultrapassados, ao contrário do que sucede com a AstraZeneca, que está sistematicamente a falhar as entregas contratualizadas.

No passado sábado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, precisou que a AstraZeneca se comprometeu inicialmente a “fornecer 90 milhões de doses até final do [primeiro] trimestre, mas fez uma primeira redução para 40 milhões e agora a sua projeção é de reduzir para 30 milhões“, sendo que também já reviu substancialmente em baixa as entregas no segundo semestre, passando dos 180 milhões de doses contratualizados para 70 milhões.

Face a este cenário, a UE está a ponderar endurecer as condições de exportação de vacinas para fora da Europa, tendo Gallina reiterado que a UE deve “utilizar todos os instrumentos ao seu dispor para garantir as doses a que tem direito”.

“Relativamente a esta questão, temos mantido discussões com os Estados-membros e claro que tencionamos agir. Percebemos a frustração dos Estados-membros e esta situação não pode ser deixada sem resposta. Muitas pessoas estão a morrer porque as vacinas não chegam. Vamos utilizar todos os instrumentos ao nosso dispor para garantir as doses, porque para nós o que é importante é garantir as doses”, disse.

A concluir, a diretora-geral de Saúde da Comissão manifestou-se convicta de que a campanha de vacinação na UE irá conhecer “um forte impulso” graças à quarta vacina autorizada pela Agência Europeia do Medicamento, aquela desenvolvida pela norte-americana Johnson&Johnson, que começará a ser fornecida à Europa já no próximo mês de abril, e que, destacou, é administrada numa só dose.

Durante o debate, vários eurodeputados lamentaram que a responsável da Comissão não tivesse fornecido os montantes exatos pagos a cada empresa farmacêutica nos contratos para a aquisição de vacinas contra a covid-19, recordando a Gallina que estava a dirigir-se à comissão parlamentar de controlo orçamental, que não tem assim ao seu dispor os elementos de que necessita para fiscalizar a situação.

https://zap.aeiou.pt/bruxelas-aperta-cerco-exportacao-vacinas-389684

 

Vacinas, certificados e testes negativos - Está tudo à venda na dark web (e até há promoções !

Vacinas, comprovativos de inoculação ou testes negativos. Tudo isto está à distância de um clique, refere um relatório da Check Point Software, empresa israelita de cibersegurança.


Supostas vacinas contra a covid-19 e comprovativos falsos de vacinação encontram-se à venda no mercado negro, revela um relatório apresentado na terça-feira pela empresa de segurança cibernética israelita Check Point Software e divulgado pela CNN.

Os autores do estudo dizem ter identificado listas de vacinas contra a covid-19 de várias marcas à venda na Internet, como AstraZeneca e Johnson & Johnson, que chegam a atingir 1.000 dólares por dose.

Foram ainda encontrados pelo menos 20 certificados falsos de vacina contra o novo coronavírus por 200 dólares cada. Estes são impressos sob encomenda, com o nome e as datas que se pretendem, resultando num cartão “que se parece muito com o autêntico”.

O mercado negro da Internet é uma zona que pode ser detetada por motores específicos de busca, sendo usada pelo cibercrime para vender e comprar materiais ilícitos.

De acordo com um porta-voz da Check Point, não é possível perceber se as vacinas contra a covid-19 que estão à venda são reais, mas “parecem ser legítimas”, avaliando as fotos das embalagens e os certificados médicos que as acompanham.

O relatório aponta que nos últimos três meses, os anúncios de vacinas contra a covid na dark web aumentaram 300%.

Segundo o relatório, os produtos falsificados associados à covid-19 têm como alvo pessoas que precisam de atravessar fronteiras, iniciar um novo emprego ou fazer outro tipo de atividades que exijam comprovativo de vacinação.

A Check Point identificou ainda que estão à venda resultados negativos de testes à covid-19 por 25 dólares, que estão até em promoção: “Compre dois e obtenha o terceiro de graça”. De acordo com especialistas, os mercados ilegais de cartões de vacina e passaportes digitais são inevitáveis.

https://zap.aeiou.pt/vacinas-testes-negativos-dark-web-389683

 

Supremo decidiu que Sérgio Moro foi parcial quando julgou Lula da Silva !

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro decidiu que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar o antigo Presidente Lula da Silva no caso do apartamento triplex do Guarujá, no âmbito da Lava Jato.


De acordo com a Folha de S.Paulo, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil considerou esta terça-feira que Lula da Silva não foi tratado de forma imparcial no caso do apartamento Triplex.

Com três votos a favor e dois contra, o STF decidiu dar razão a Lula e a decisão foi motivada pela mudança do sentido de voto da magistrada Cármen Lúcia. Desta forma, as condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso Tríplex ficam anuladas e terão de voltar à estaca zero.

Em 2018, Cármen Lúcia tinha decidido pela declaração de imparcialidade do juiz e ex-ministro da Justiça no governo liderado por Jair Bolsonaro.

Agora, e segundo a imprensa brasileira, Cármen Lúcia considerou que os elementos entretanto acrescentados ao processo permitiram uma nova análise sobre os fatos levantados pela defesa de Lula da Silva.

A sentença que condenou Lula já tinha sido anulada por outra decisão, determinada pelo juiz do STF Edson Fachin, que apontou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para analisar os processos de Lula, e anulou todas as suas condenações no âmbito da Lava Jato de Curitiba.

Isto não significa, porém, que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido considerado como inocente já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos anulados.

Segundo avança a Reuters, a equipa jurídica de Lula afirmou numa nota que “a decisão fortalece o sistema de justiça”.

No entanto, com a decisão, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou os seus direitos políticos.

O ex-presidente admitiu na passada quarta-feira que existe uma possibilidade de concorrer à Presidência do Brasil caso o Partido dos Trabalhadores (PT) e os seus aliados concordem.

O antigo líder do Partido dos Trabalhadores foi condenado a 12 anos de cadeia por Sérgio Moro, por alegadamente ter recebido um apartamento triplex numa praia no litoral de São Paulo como “luvas” da construtora Odebrecht.

Lula esteve preso mais de um ano (580 dias) em Curitiba, acabando por ser libertado no final de 2019. O político de 75 anos, recorria da sentença em liberdade condicional desde então.

Sergio Moro deixou a magistratura para ser Ministro da Justiça e da Segurança Pública brasileiro, mas demitiu-se em abril na sequência da exoneração do diretor da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, pelo Presidente Jair Bolsonaro.

https://zap.aeiou.pt/sergio-moro-foi-parcial-lula-silva-389650

Museu holandês quer que os visitantes cheirem as suas pinturas !

O museu holandês Mauritshuis quer provar que a arte não é apenas um banquete para os olhos. Para isso, incentiva os visitantes a cheirar as suas pinturas.


Assim que o Mauritshuis reabrir ao público, irá estrear a Smell the Art: Fleeting Scents in Color, uma exposição de algumas obras do século XVII que inclui pinturas que podem ser “cheiradas”. Basta tocar num botão para uma espécie de esguicho de alta tecnologia libertar um aroma.

A experiência multissensorial parece despertar curiosidade, mas o museu avisa que o cheiro pode não ser tão agradável quanto esperam os visitantes, já que as pinturas representam aromas “perfumados e sujos“.

“Já se questionou como cheirava um canal de Amesterdão há 400 anos? Era muito desagradável: na altura, excrementos, resíduos e todos os tipos de lixo foram atirados para a água”, explica o museu, no site.

Mas por que motivo se sujeitaria alguém a um cheiro tão hediondo? Justus Verhagen, professor de neurociência na Universidade de Yale, explicou ao Artnet que a experiência pode evocar um sentimento de pertença à pintura.

“O olfato está entrelaçado com o sistema límbico antigo do cérebro por ter acesso direto a estruturas como a amígdala, complexo hipocampal e córtex”, disse. “Estas regiões estão fortemente envolvidas nas emoções e memórias.”

Outros sentidos, como a visão, são “muito menos diretos, uma vez que são bloqueados pelo tálamo”.

O museu continua de portas fechadas na sequência das restrições impostas pela pandemia de covid-19. Agora, está a trabalhar numa “caixa de fragrâncias” que, além de quatro dos aromas criados para a exposição, contém também um convite para uma visita online por apenas 25 euros.

“Acho que nunca foi feito nada assim”, disse Ariane van Suchtelen, curadora do museu holandês. “Esta caixa ainda é uma experiência”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/museu-holandes-cheiro-pinturas-389329

 

Cabras invadiram cidade galesa - A pandemia cancelou campanha de contracepção !

Na primavera do ano passado, logo após o confinamento, vários animais selvagens invadiram espaços normalmente ocupados por humanos. A história parece não ter ficado por aqui e repete-se este ano.

Um rebanho de cabras-de-caxemira, que vive na paisagem rochosa de Great Orme, ao longo da costa norte do País de Gales, costuma visitar a cidade de Llandudno no inverno e na primavera em busca de alimento.

Há cerca de 100 anos que estes animais vagueiam pacificamente em estado selvagem, pelo que o seu relacionamento com os habitantes locais sempre foi harmonioso. Mas, em 2000, o rebanho cresceu para mais de 220 cabras.

Os moradores começaram a preocupar-se com o número cada vez maior de caprinos, pelo que foi tomada a decisão de reduzir e controlar lentamente o tamanho do rebanho, enviando os animais para outros locais no Reino Unido e usando uma vacina anticoncepcional para controlar a natalidade.

A estratégia estava a resultar até a pandemia de covid-19 se intrometer nos planos.

Segundo o IFL Science, as cabras voltaram à cidade e suspeita-se de que, este ano, possam haver mais animais do que nunca, uma vez que a população caprina deixou de ter acesso à injeção anticoncepcional no ano passado.

“Nós tentamos controlar os números de Great Orme através de um programa de anticoncepção”, disse Cllr Louise Emery, do Conwy County Borough Council. No verão passado, devido à pandemia, não foi possível dar seguimento ao programa, que envolve “algum esforço e muitos voluntários”.

Os moradores esperam que o rebanho se afaste gradualmente da cidade à medida que o verde retorna às suas pastagens naturais e as medidas de distanciamento social são amenizadas.

https://zap.aeiou.pt/invasao-de-cabras-cidade-galesa-389543

 

Degelo no Ártico abre oportunidade para criar nova rota comercial marítima !

O Ártico perde 43,8 mil quilómetros quadrados de gelo todos os anos, uma realidade do aquecimento global que abre a possibilidade de uma nova rota marítima que revolucionaria os transportes globais, segundo especialistas ouvidos pela agência Lusa.


O degelo é irreversível, segundo o contra-almirante da Marinha Portuguesa Carlos Ventura Soares, que dirige o Instituto Hidrográfico, mas “neste momento ninguém consegue dizer quão rápido vai ser”.

Uma consequência óbvia é o impacto no ecossistema do Ártico, mas também a abertura de “duas novas grandes áreas: a facilidade de acesso a recursos naturais e abertura de novas rotas marítimas“.

Aquilo com que nações como a Noruega ou os Estados Unidos já contam é com a possibilidade de explorar recursos naturais que o degelo expõe e torna acessíveis nas suas zonas económicas exclusivas.

A possibilidade de navegar de forma segura pelo Ártico com rotas regulares “faria ao canal do Suez, na passagem do trânsito de mercadorias da Ásia para a Europa, o que o canal do Suez fez à rota do Cabo, que deixou de ser tão usada para muito trânsito do Índico para o Atlântico”, afirma o diretor do Instituto Hidrográfico.

Ventura Soares salienta que poderão decorrer décadas até que haja condições de navegabilidade regular, o que “por enquanto ainda não houve”, para além de “viagens experimentais limitadas ou apenas para portos locais”.

Além de menos gelo, essas rotas precisariam de ter “capacidade de busca e salvamento em caso de acidente, pilotagem marítima, capacidade de limitar eventuais derrames. Enquanto isso não ocorrer, dificilmente poderemos falar de uma rota marítima perene e com possibilidade de utilização comercial, mesmo que dificilmente durante o ano inteiro, mas durante uma grande parte do ano”, refere.

Do lado de algumas das maiores empresas de transporte marítimo ainda não é uma hipótese viável explorar uma rota ártica, mas do lado da chinesa Cosco continua a haver “uma aposta no Ártico como forma de se diferenciar dos seus concorrentes mais diretos e tem a vindo a fazer mais algumas viagens sempre com grandes restrições”, disse à Lusa o sócio-gerente da consultora SACONSULT Jorge D’Almeida, com mais de 40 anos no setor marítimo-portuário.

“A maior empresa do mundo quando se fala de contentores é a dinamarquesa Maersk, com o potencial de alterar o sistema mundial de transporte marítimo, que tentou e conseguiu fazer um teste da rota do Ártico em 2018, com uma travessia durante um dos meses em que ainda é possível, embora seja sempre necessário usar quebra-gelos e rebocadores para garantir que os navios passam com gelo disperso”, apontou.

A Cosco, no entanto, tem feito avanços na exploração de uma rota ártica, mas com navios com capacidade máxima para três mil contentores, enquanto “os navios-mãe que fazem a rota da Ásia têm todos capacidade de 16 mil e, no caso dos maiores, 23 mil”.

Isso é uma desvantagem económica, mas um incentivo é o facto de se poder encurtar o tempo de travessia Ásia-Europa em 14 dias ou mais e em transporte marítimo, “o custo financeiro da mercadoria retida durante o tempo de trânsito tem às vezes um impacto tão grande como o frete”.

Jorge D’Almeida acredita que “não será nos próximos 50 anos” que os maiores navios do mundo poderão usar a rota ártica, até porque na rota tradicional que traz carga da Ásia para os portos do norte da Europa (Antuérpia, Roterdão e Hamburgo) via canal do Suez, pode fazer-se negócio pelo caminho com a passagem por entrepostos importantes, como Singapura.

Mesmo que ainda não seja uma realidade, é preciso agir já para salvaguardar o Ártico da cobiça económica dos estados, defendeu em declarações à Lusa a advogada norte-americana Kristina Gjerde, consultora do Programa Global Marinho e Polar da União Internacional para a Conservação da Natureza.

“No Ártico são as pessoas, a vida marinha, o gelo e todo o ecossistema que precisa de ser protegido e onde se passam algumas das mudanças mais rápidas do planeta”, afirma. Segundo os dados mais recentes do norte-americano National Snow and Ice Data Center, o gelo do Ártico no mês de fevereiro tem vindo a diminuir a um ritmo de 2,9 por cento em cada década.

“O desafio é criar estruturas de governação que sejam legalmente vinculativas e que inibam a corrida aos recursos ou a canais navegáveis que possam vir a ser abertos, como já aconteceu no acordo de pescas em alto mar para o Ártico, que demonstra como países como os Estados Unidos, a Rússia, a China ou estados europeus conseguem colaborar quando se trata de algo que é do interesse internacional”, defende.

Kristina Gjerde salienta que, mesmo sem rotas permanentes a atravessar a região e o trânsito limitado aos portos locais, já há navios movidos a combustíveis pesados a circular, que “são emitidos para a atmosfera e para o gelo, acelerando o aquecimento”.

“O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, tem dito que estamos a fazer guerra ao nosso planeta e temos que pensar no impacto total da navegação, tanto agora como daqui a 20 anos”, afirmou a advogada.

Os impactos totais num ecossistema tão sensível são ainda desconhecidos e todos os oito países com assento no Conselho do Ártico precisam de os avaliar e os cinco com zonas económicas exclusivas na região (Estados Unidos, Canadá, Rússia, Dinamarca, Noruega) precisam de monitorizar o impacto da exploração de recursos.

Precisamos de descarbonizar o transporte marítimo. Garantir uma pegada ecológica silenciosa, porque são lugares que não estão habituados a ruído. Precisam de navegar lentamente e não podem exacerbar o problema das alterações climáticas globais. É preciso avaliar melhor os prós e os contras”, defende Kristina Gjerde.

“Desta vez, há a oportunidade de agir bem. Os navios circulam muitas vezes por sítios onde não deviam. Há naufrágios, há derrames de combustível. Antes de pensar em abrir rotas, seria útil começar a desenhar navios adequados, hiper-seguros. Os antiquados porta-contentores não servem. Têm que ser movidos a energia solar, eólica, só devíamos deixar entrar no Ártico navios com desenho da era espacial. Não bastam navios ‘verdes’. Têm que ser navios ‘brancos’”, considera.

O estado do Ártico e a investigação científica em torno da região estão no centro do congresso científico virtual Arctic Science Summit Week, que começou na sexta-feira passada com reuniões de trabalho, mas cuja parte científica, organizada por Portugal, decorre entre quarta e sexta-feira.

https://zap.aeiou.pt/degelo-artico-abre-nova-rota-maritima-389451

 

Com apenas 2 anos, Nabody chegou à Europa a bordo de um barco e morreu dias depois !

Nabody, a menina de dois anos que recuperou de uma paragem cardiorrespiratória na última terça-feira após chegar a bordo de um barco ao cais de Arguineguín, em Gran Canaria, morreu neste domingo, segundo fontes do Ministério da Saúde. 


De acordo com o jornal espanhol ABC, Nabody chegou à Europa a bordo de um barco que foi resgatado pelo Salvamento Marítimo nas águas perto de Gran Canaria.

Um total de oito crianças viajavam naquela embarcação, duas delas em estado grave.

Ao desembarcar acompanhada pela mãe, a menina estava já em estado de grave hipotermia e em paragem cardiorrespiratória, por isso, um integrante da Cruz Vermelha praticou manobras de reanimação no mesmo cais até conseguir reanimá-la.

Em declarações ao jornal digital Observador, os enfermeiros contaram a experiência e consideraram que a reanimação da menina, nessa noite, foi um verdadeiro “milagre”. 

A menina foi internada em estado crítico na Unidade de Medicina Intensiva (UCI) do Complexo Hospitalar Universitário Insular Materno Infantil de Gran Canaria. No mesmo hospital continua a ser tratado outro menino, com uma evolução estável, e um adulto que seguia na mesma embarcação.

O Presidente do Governo, Pedro Sánchez, lamentou este domingo a morte da menina de 2 anos. “Não há palavras para descrever tanta dor. Obrigado, do fundo do coração, a todos aqueles que lutaram até ao fim para salvar a sua vida”, afirmou o chefe do Executivo numa mensagem publicada no Twitter.

O primeiro-ministro garantiu que a notícia “é uma pancada na consciência de todos nós”. “Nabody tinha 24 meses”, lembrou Sánchez.

O líder da oposição, Pablo Casado, reclamou um acordo para um pacto das migrações, “com um controlo eficaz das fronteiras e cooperação com os países de origem”.

Nabody é a 19. ª vítima da chamada “rota das Canárias” desde o início deste ano. Segundo o diário espanhol El País, desde janeiro, já chegaram à costa das Canárias 2.950 pessoas vindas de África, por via marítima, sendo que esta semana já se contabilizam três mortos e mais de 20 hospitalizados.

https://zap.aeiou.pt/com-apenas-2-anos-nabody-chegou-a-europa-a-bordo-de-um-b-389453

 

Incêndio em campo de refugiados rohingya faz pelo menos sete mortos !

Pelo menos sete pessoas morreram na sequência de um incêndio num campo de refugiados rohingya no sudeste do Bangladesh e que se prolongou desde a tarde de segunda-feira até esta manhã.


O fogo começou por volta das 15h20 de segunda-feira no campo de refugiados localizado na zona de Balukhali, distrito de Cox’s Bazar, e só foi considerado extinto durante a madrugada de hoje, disse à agência EFE o chefe dos serviços de bombeiros, Shahadat Hossain. A mesma fonte disse que foram encontrados sete mortos.

Por outro lado, o comissário-adjunto para os refugiados, Mohammad Shamsud Douza, disse que o incêndio destruiu por completo entre 1000 e 1500 tendas e danificou milhares de refúgios precários ocupados pelos rohingya.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), as chamas destruíram albergues, centros de saúde, pontos de distribuição de alimentos e outras instalações do campo.

Os refugiados disseram que um hospital de campanha oferecido pela Turquia ficou destruído, assim como os gabinetes de organizações não-governamentais, e que o fogo também atingiu casas próximas do campo.

Em janeiro, um incêndio num outro campo de refugiados destruiu 3500 instalações precárias feitas de bambu e plástico onde vivem os rohingya e, poucos dias depois, a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância denunciou um incêndio premeditado que destruiu quatro centros educativos.

No Bangladesh mantém-se a polémica sobre as intenções do Governo, que pretende instalar cerca de 10 mil rohingya na remota ilha de Bhasan Char, para descongestionar os campos, um processo que começou no passado mês de dezembro com o envio do primeiro grupo de 3500 pessoas. Neste momento, encontram-se na ilha 12.400 rohingya.

Mais de 738.000 rohingya refugiaram-se no sudeste do Bangladesh após as brutais perseguições por parte do Exército da Birmânia contra a minoria étnica muçulmana.

A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou as campanhas de violência contra os rohingya como uma ação de limpeza étnica e possível genocídio, que ainda está a ser investigado por instâncias internacionais.

Os ataques do Exército birmanês contra o povo rohingya ocorreram quando a líder da Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi, ocupava “de facto” o cargo de chefe do Governo do Myanmar.

Em fevereiro, o Exército prendeu a chefe do Governo, o Presidente e vários ministros e dirigentes do partido governamental, proclamando o estado de emergência e colocando no poder um grupo de generais.

Os militares tomaram o poder alegando irregularidades durante o processo eleitoral do ano passado, apesar de as autoridades eleitorais terem negado a existência de fraudes.

Desde o golpe militar, sucessivos protestos contra a atuação dos militares têm ocorrido diariamente em várias cidades de Myanmar, manifestações que têm sido fortemente reprimidas pelas forças de segurança.

Até ao momento, 250 pessoas morreram durante as manifestações e mais de 2600 pessoas foram detidas, de acordo com os dados da Associação de Auxílio aos Prisioneiros Políticos.

https://zap.aeiou.pt/incendio-campo-refugiados-rohingya-389546

 

terça-feira, 23 de março de 2021

Invasores do Capitólio podem ser acusados de sedição !

Em quase 250 anos de História, a sedição – um crime de conspiração para derrubar o Governo norte-americano – raramente foi invocada nos tribunais.

Alguns apoiantes do antigo Presidente Donald Trump que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos podem vir a ser acusados de sedição, um crime de conspiração para derrubar o Governo.

“Pessoalmente, acredito que as provas apontam nesse sentido, e provavelmente são suficientes”, disse o principal responsável pelas investigações, Michael Sherwin, citado pelo The New York Times.

Foi numa entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS, que Sherwin disse que Donald Trump “foi, de forma inequívoca, o íman que levou as pessoas a Washington D.C. no dia 6 de Janeiro”. “Agora, a questão é saber se ele é criminalmente responsável por tudo o que aconteceu durante a invasão.”

A última vez que os promotores federais apresentaram um caso de sedição foi em 2010, quando acusaram membros de uma milícia do Michigan de conspirar para provocar um conflito armado com o Governo.

Depois de terem sido absolvidos, o juiz disse que o Departamento de Justiça norte-americano não conseguiu provar adequadamente que os réus haviam feito um “acordo concreto para se opor à força ao Governo dos Estados Unidos”.

O estatuto da conspiração sediciosa define que quem conspirar para “se opor pela força à autoridade” do Governo ou usar a força “para prevenir, dificultar ou atrasar a execução de qualquer lei dos Estados Unidos” pode ser acusado de sedição.

De acordo com o Público, a entrevista à CBS, no domingo, aconteceu dois dias depois de Michael Sherwin ter deixado de liderar as investigações. Como é habitual nas transições de poder na Casa Branca, a Administração Biden nomeou outro responsável para liderar o gabinete de defesa do Governo norte-americano.

Até ao momento, o Departamento de Justiça apresentou acusações contra mais de 400 pessoas envolvidas na invasão do Capitólio, em Washington D.C..

A ser confirmada, a acusação de sedição poderá estar reservada para os membros de grupos radicais e milícias armadas como os Proud Boys, os Oath Keepers e os Three Percenters.

https://zap.aeiou.pt/invasores-capitolio-acusados-sedicao-389433

 

Inquérito defende que primeira-ministra da Escócia enganou o Parlamento - Foi sem querer !

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, não violou intencionalmente as regras oficiais nem enganou o Parlamento sobre uma investigação ao seu antecessor, segundo um inquérito independente concluído esta segunda-feira, que a absolve das alegações que geraram pedidos de renúncia. 


A investigação de um advogado irlandês, James Hamilton, seguiu-se a meses de conflitos internos sobre o papel de Nicola Sturgeon numa investigação fracassada sobre as alegações de má conduta sexual feitas contra Alex Salmond, um ex-aliado próximo que a precedeu como primeiro-ministro da Escócia.

“Sou de opinião que a primeira-ministra não violou as disposições do Código Ministerial em relação a qualquer um desses assuntos”, concluiu o inquérito de Hamilton, referindo-se ao código de ética sob o qual os membros do governo escocês operam.

A investigação de Hamilton versou sobre episódios que poderiam colocar a idoneidade da primeira-ministra em causa, nomeadamente o facto de ter enganado o Parlamento ao esconder a informação que tinha sobre as acusações e sobre quando tomou conhecimento das mesmas.

Sturgeon recebeu Salmond em sua casa, em Glasgow, a 2 de abril de 2018 e, a 6 de junho do mesmo an informou a pessoa que gere os assuntos relativos ao Governo em funções, Lesley Evans.

Soube-se ainda que Sturgeon não disse aos deputados que se encontrara, a 29 de março de 2018, com o ex-chefe de gabinete de Salmond, Geoff Aberdein, para discutir as “questões de natureza sexual” nas quais aquele se via envolvido.

O relatório culmina, segundo o The New York Times, numa rivalidade amarga entre as duas figuras dominantes da política escocesa recente, um drama que afetou Sturgeon, gerando acusações de que enganou legisladores, quebrou regras e até conspirou contra o seu antecessor.

Os políticos da oposição chegaram mesmo a pedir a renúncia de Sturgeon, que esteve sob forte pressão no início deste mês, quando prestou um depoimento durante oito horas a um comité parlamentar num inquérito separado sobre os mesmos eventos.

Hamilton disse que Sturgeon violou as regras de conduta, mas sem intenção. Assim, na sua opinião, a primeira-ministra não é culpada de qualquer infração. As conclusões de Hamilton parecem acabar com qualquer possibilidade de Sturgeon se demitir, o que significa que provavelmente sobreviverá a um voto de desconfiança no Parlamento escocês se for aprovado esta semana.

No entanto, a crise lançou uma sombra sobre o impulso pela independência da Escócia, bem como sobre a carreira de Sturgeon.

Estimulada por uma sucessão de sondagens que mostravam o apoio da maioria à independência, Sturgeon esperava que o Partido Nacional Escocês, a maior fação do Parlamento Escocês, ganhasse a maioria geral nas eleições marcadas para maio e exigisse um segundo referendo sobre se se deve quebrar a união de 314 anos do seu país com Inglaterra.

No referendo de independência de 2014, 55% dos eleitores escoceses eram a favor de permanecer no Reino Unido. Contudo, desde então, a Grã-Bretanha deixou a União Europeia (UE), um projeto profundamente impopular na Escócia, onde 62% votaram contra o Brexit num referendo de 2016.

https://zap.aeiou.pt/nicola-sturgeon-sob-fogo-sem-querer-389440

 

Supremacista branco agride homem de cadeira de rodas com mastro de bandeira nazi !

Um homem foi visto a agredir violentamente um casal, no qual um dos elementos se encontrava de cadeira de rodas. O incidente aconteceu no sábado durante uma manifestação pela liberdade em Calgary, no Canadá.


Identificado como nazi, o agressor foi visto a dar socos num homem que se encontrava de cadeira de rodas, tentando ainda agredir a sua esposa, que o acompanhava.

As imagens que andam a circular nas redes sociais mostram o agressor a vestir uma camisa branca onde se lê “Homem Cristão Branco Orgulhoso”. O homem foi mais tarde identificado como nazi, revela o Raw Story.

O incidente foi relatado pela vítima nas redes sociais: “Hoje lutei contra um nazi”, escreveu a vítima. “Para quem não sabe, hoje é o Dia Mundial do Orgulho Branco e os organizadores da manifestação pela liberdade de Calgary decidiram agir em solidariedade a esses eventos internacionais”.

O homem revela que confrontou o agressor e chamou-o nazi, sendo que nessa altura “ele decidiu agarrar a minha cabeça e depois tentou me empurrar”, explicou, acrescentando que “ele bateu-me três vezes”, sendo que este tentou também agredir a sua esposa.

“Ele decidiu transformar o mastro da bandeira numa arma”, escreveu o homem. Disse ainda que foi arrancado da cadeira de rodas.

O episódio está a causar indignação nas redes sociais, sendo que muitos utilizadores alegam que a polícia tentou acusar os presentes de agressão enquanto estes apenas se defendiam dos manifestantes.

https://zap.aeiou.pt/supremacista-branco-agride-homem-de-cadeira-de-rodas-com-o-mastro-da-bandeira-nazi-389314

 

“Caso clínico raro e incomum” - Mulher chora lágrimas de sangue durante menstruação !

A jovem de 25 anos dirigiu-se às urgência hospitalares quando percebeu que os seus olhos estavam a derramar lágrimas de sangue. O acontecimento coincidiu com o facto da mulher estar em período menstrual, sendo que este foi o segundo episódio nos últimos dois meses. O caso aconteceu na Índia.


O ciclo menstrual pode ser muito doloroso para muitas jovens e adultas, mas esta é a primeira vez que os médicos se deparam com uma situação assim.

Segundo o Live Science, por vezes a menstruação pode desencadear sangramento cíclico fora do útero. Esse sangramento incomum pode ser desencadeado por alterações hormonais e menstruação, de forma semelhante à endometriose.

Embora as lágrimas da mulher parecessem alarmantes, quando os médicos a examinaram, descobriram que os seus olhos não estavam com nenhum problema e as lágrimas de sangue não eram acompanhadas de dores de cabeça, tonturas ou outros sintomas de um problema de saúde.

Também não havia qualquer sinal de anormalidade na vias nasais, glândulas lacrimais ou nas próprias lágrimas de sangue, disseram os investigadores na revista BMJ Case Reports.

Após a análise, os médicos perceberam que a jovem estava com um problema menstrual onde existe um “sangramento cíclico em órgãos extrauterinos durante a menstruação”. Além dos olhos, esta situação pode causar sangramento do nariz, orelhas, pulmões, mamilos, intestinos “e até mesmo da pele”.

De acordo com os especialistas, alguns tipos de tecido ocular são afetados por alterações hormonais. Por exemplo, a curva e a espessura da córnea podem variar “durante as diferentes fases do período menstrual, gravidez e lactação”, o que também pode explicar por que razão a menstruação da mulher desencadeou um sangramento nos olhos.

Os médicos trataram a jovem com anticoncecionais orais e, após três meses de terapia hormonal não houve mais nenhum incidente de sangramento adicional.

“Este é um caso clínico raro e incomum”, referiram os médicos, acrescentando que não havia nada semelhante descrito em qualquer literatura científica recente.

No entanto, sublinham que são necessárias mais pesquisas para entender exatamente o que causou as lágrimas de sangue e para determinar como a condição pode ser tratada de forma eficaz a longo prazo.

https://zap.aeiou.pt/mulher-chora-lagrimas-sangue-389273

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...