Estão a surgir vários relatos de profissionais de saúde brasileiros forçados a intubar pacientes sem o auxílio de sedativos.
No Brasil, de acordo com a Associated Press, há profissionais de saúde a intubar pacientes sem recurso a sedativos. Numa tentativa de maximizar os que restam, há quem os tenha diluído em água.
O relato foi feito à agência noticiosa por um médico do Hospital Municipal Albert Schweitzer, que preferiu o anonimato. Como o stock existente de sedativos terminou, os médicos viram-se obrigados a começar a usar bloqueadores neuromusculares e a prender os pacientes às camas.
“Relaxamos os músculos e fazemos o procedimento com facilidade, mas
não temos sedativos”, contou o médico brasileiro. “Alguns tentam falar,
resistir. Eles estão conscientes”, acrescentou.
Nas últimas semanas, surgiram vários avisos que davam conta de que os
hospitais e os governos estaduais corriam o risco de ficar sem
medicamentos essenciais, numa altura em que o Brasil se vê inundado de
pacientes nos cuidados intensivos dos hospitais, na sequência da
pandemia de covid-19.
Os “kits de intubação” incluem anestésicos, sedativos e outros
medicamentos usados para colocar os pacientes ligados a ventiladores.
No hospital Albert Schweitzer, as faltas ocasionais devem-se a dificuldades de abastecimento no mercado global.
A assessoria de imprensa da secretaria de saúde do Rio de Janeiro
informou que “as substituições são feitas para que não haja prejuízo no
atendimento prestado”, mas não comentou a necessidade de amarrar os
pacientes às camas.
Na quinta-feira, o jornal O Globo
noticiou uma situação semelhante nos hospitais na Região Metropolitana
do Rio de Janeiro. No entanto, não é claro se o problema verificado
nesta zona diz ou não respeito a um caso isolado.
Na quarta-feira, Marcelo Queiroga, ministro da Saúde brasileiro, afirmou que está previsto chegar ao país um carregamento de sedativos “nos próximos dez dias”.
O ministério também tem enfrentado restrições logísticas na entrega
de oxigénio a hospitais de todo o país. Queiroga disse que este problema
continua a ser “uma preocupação diária”.
A Nova Zelândia anunciou um conjunto de propostas que visam
banir os cigarros entre a próxima geração e aproximar o país da sua meta
de ser livre de fumo até 2025.
Desta forma, o Governo pretende o aumento gradual da idade legal para
fumar, o que pode implicar a proibição de venda de cigarros a qualquer
pessoa que tenha nascido após 2004.
O objetivo é tornar ilegal o ato de fumar para a próxima geração, adianta esta sexta-feira o jornal The Guardian.
A ideia é também reduzir os níveis de nicotina
permitidas nos relacionados com o tabaco, bem como a proibição de
filtros, restrições a locais para venda de tabaco e um preço mínimo para
estes produtos.
Ayesha Verrall, do Ministério da Saúde do país,
disse tratar-se de “uma nova abordagem”, que se justifica dados os
números associados ao tabagismo, já que perto de 4500 neozelandeses
morrem todos os anos devido ao consumo. O Executivo pretende agora
atingir a meta de ausência de fumo até 2025.
Lucy Elwood, diretora executiva da Cancer Society,
sublinha a importância de se travar o tabagismo, já que, considera, “o
tabaco é o produto de consumo mais prejudicial da História e tem de ser
eliminado gradualmente”.
No país, são as pessoas que têm menos rendimentos as que mais fumam.
As taxas de tabagismo são mais altas entre as comunidades de maoris e
Pasifika, pelo que se pretende que os locais sejam ouvidos durante o
processo.
Os planos também já foram também alvo de críticas por potenciais
consequências indiretas, tais como a possibilidade de falência de
pequenos proprietários de mercearias e a possibilidade de se alargar o
mercado negro para o tabaco, mas o Governo reconheceu que estes riscos
foram contemplados.
O tabagismo é responsável por uma em cada quatro mortes por cancro na
Nova Zelândia, e perto de meio milhão de neozelandeses fumam todos os
dias.
O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que as pessoas vão,
“provavelmente”, precisar de uma dose de reforço da vacina contra a
covid-19, 12 meses após serem totalmente vacinadas.
“Um cenário provável é que haja necessidade de uma terceira dose, algo entre seis e 12 meses e, a partir daí, haverá uma revacinação anual,
mas tudo isso precisa de ser confirmado. E, novamente, as variantes
desempenharão um papel fundamental”, disse Albert Courla, CEO da Pfizer,
em declarações à CNBC.
Assim, de acordo com Courla, as pessoas vacinadas com as doses da
Pfizer podem necessitar de tomar uma terceira dose, um ano depois de
estarem totalmente inoculadas, e voltar a vacinar-se anualmente.
O comentário foi feito depois de o CEO da Johnson & Johnson, Alex Gorsky, ter dito, em fevereiro, que as pessoas podem precisar de ser vacinadas contra a covid-19 anualmente, assim como as vacinas contra a gripe sazonal.
Os investigadores ainda não sabem quanto tempo dura a proteção contra o vírus depois de se ser totalmente vacinado.
A Pfizer afirmou, no início deste mês, que a sua vacina é mais de 91%
eficaz na proteção contra o coronavírus e mais de 95% eficaz contra
doenças graves até seis meses após a segunda dose.
A vacina da Moderna, que usa tecnologia semelhante à da Pfizer, também se mostrou altamente eficaz em seis meses.
Os dados da Pfizer foram baseados em mais de 12 mil participantes
vacinados. No entanto, os cientistas dizem que ainda são necessários
mais dados para determinar se a proteção dura depois de seis meses.
Esta quinta-feira, o responsável da resposta à pandemia de covid-19
da administração Biden, David Kessler, disse que os norte-americanos
deveriam receber injeções de reforço para se proteger contra as diferentes variantes do coronavírus.
Kessler disse aos legisladores dos Estados Unidos que as vacinas
atualmente autorizadas são altamente protetoras, mas observou que novas
variantes podem “desafiar” a eficácia das vacinas. “Não sabemos tudo
neste momento”, disse.
Em fevereiro, a Pfizer e a BioNTech disseram que estavam a testar uma terceira dose da sua vacina para entender melhor a resposta imunológica contra novas variantes.
No final do mês passado, os Institutos Nacionais de Saúde começaram a
testar uma nova vacina da Moderna projetada para proteger contra uma
variante encontrada pela primeira vez na África do Sul. O CEO da
Moderna, Stephane Bancel, disse que a empresa espera ter uma injeção de
reforço para a sua vacina de duas doses disponível no outono.
Pelo menos oito pessoas morreram, esta quinta-feira à noite,
no tiroteio ocorrido num armazém da empresa de serviços postais FedEx em
Indianápolis, no estado norte-americano do Indiana.
Segundo a porta-voz da polícia de Indianápolis, Genae Cook, citada pela cadeia televisiva CNN, além dos oito mortos provocados pelo tiroteio, o agressor também acabou depois por se matar, garantindo que já não existe perigo para a comunidade.
“Temos várias pessoas com ferimentos de bala”, disse Cook aos
jornalistas, acrescentando que várias foram transportadas para hospitais
e uma está em estado crítico.
O incidente ocorreu pouco depois das 23h00 de quinta-feira (03h00
desta sexta-feira em Lisboa) num armazém da FedEx perto do aeroporto de
Indianápolis, onde trabalham 4500 pessoas.
As autoridades ainda não sabem o que motivou este ataque, mas as
investigações já começaram e vão prosseguir esta sexta-feira, disse
ainda a porta-voz.
Em comunicado, a FedEx disse estar a par do “trágico tiroteio” nas
suas instalações em Indianápolis e garantiu que a segurança é a sua
“principal prioridade” neste momento.
“Os nossos pensamentos estão com todos aqueles que foram afetados. Estamos a trabalhar para reunir mais informação e a cooperar com a investigação das autoridades”, afirmou o representante da empresa, Jim Masilak, em resposta à CNN.
O diretor do FBI revela que os radicais norte-americanos são
os que têm os laços internacionais mais vastos e que se têm deslocado
para se encontrarem com outros ativistas.
Os norte-americanos de extrema-direita e com motivações racistas contactaram grupos que defendem posições semelhantes no estrangeiro
e viajaram para fora do país para se encontrarem com eles, revelou esta
quinta-feira o chefe do Departamento Federal de Investigação (FBI),
numa audiência do Congresso dos Estados Unidos.
Christopher Wray, diretor do FBI, revelou à comissão
de Inteligência da Câmara dos Representantes que a agência chegou à
conclusão de que os militantes de extrema-direita nos Estados Unidos são
os radicais a com ligações internacionais mais vastas.
Segundo Wray, alguns indivíduos norte-americanos de extrema-direita
viajaram rumo à Europa para se encontrarem e, possivelmente, fazerem
formações com outros grupos.
Segundo o Público,
as declarações de Wray sobre os radicais norte-americanos de
extrema-direita que viajam para a Europa têm por base um relatório
confidencial sobre extremistas internos que foi avançado, recentemente,
por agências de espionagem dos EUA.
Wray não especificou quem eram os extremistas com motivações raciais, mas o relatório mencionava que os supremacistas brancos americanos são as “figuras com as ligações transnacionais mais persistentes e preocupantes”.
Acrescentou ainda aos deputados que o FBI tem estado a empenhar
“esforços contínuos” à procura de novas ameaças ao Capitólio dos EUA.
Os funcionários dos serviços secretos revelaram à comissão que
consideram as atuais movimentações militares russas perto da fronteira
com a Ucrânia como uma “demonstração de força”.
Os diretores da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) e da Agência
Central de Inteligência (CIA) disseram à comissão as agências americanas
estão a monitorizar os movimentos russos.
O Governo dos EUA anunciou hoje novas sanções financeiras
contra a Rússia e a expulsão de 10 diplomatas russos, em resposta a
recentes ataques cibernéticos e à interferência na eleição presidencial
de 2020 atribuída a Moscovo.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou
um decreto que permitirá punir novamente a Rússia, de forma a provocar
“consequências estratégicas e económicas”, se Moscovo “continuar a
promover uma escalada das suas ações de desestabilização internacional”,
informou a Casa Branca num comunicado.
No âmbito desse decreto, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos
proibiu as instituições financeiras norte-americanas de comprar
diretamente dívida emitida pela Rússia após 14 de junho.
O diploma também sanciona seis empresas de tecnologia russas acusadas de apoiar as atividades cibernética dos serviços de informações de Moscovo.
A decisão de Biden constitui uma resposta ao ataque cibernético de
2020, atribuído a Moscovo, que afetou dezenas de organizações nos EUA,
através da SolarWinds, uma empresa de ‘software’ norte-americana cujo
produto foi pirateado para conseguir vulnerabilidade entre os seus
utilizadores, incluindo várias agências federais dos EUA.
O Governo de Joe Biden determinou ainda sanções contra 32 entidades e
pessoas acusadas de tentar, em nome do Governo russo, “influenciar as
eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos”, segundo a Casa
Branca.
Em parceria com a União Europeia, Canadá, Reino Unido e Austrália, o Governo dos Estados Unidos também vai impor sanções a oito pessoas e entidades “associadas à contínua ocupação e repressão na Crimeia”.
Quanto às acusações de recompensas oferecidas pela Rússia aos talibãs
para atacarem soldados norte-americanos no Afeganistão, a Casa Branca
não se pronunciou, de momento, dizendo que esse é um caso que está a ser
gerido “por canais diplomáticos, militares e dos serviços de
informações”.
As sanções hoje anunciadas pela Casa Branca acontecem num momento
particularmente delicado das relações diplomáticas entre os EUA e a
Rússia, agravadas por declarações recentes do Presidente Joe Biden que
acusou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, de ser um “assassino”.
”A resposta às sanções será inevitável”
A Rússia já prometeu uma resposta “inevitável” às novas sanções
decretadas pelos Estados Unidos contra o país e convocou o embaixador
norte-americano em Moscovo para uma “conversação difícil”.
“Os Estados Unidos não estão preparados para aceitar a realidade
objetiva de um mundo multipolar, sem hegemonia americana (…). Semelhante
comportamento agressivo receberá uma forte réplica. A resposta às
sanções será inevitável”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
“Washington deve compreender que o preço da degradação das relações
bilaterais deverá ser pago. A responsabilidade sobre o que se passa vai
caber inteiramente aos Estados Unidos”, acrescentou.
Zakharova também anunciou que o embaixador norte-americano em
Moscovo, John Sullivan, foi convocado ao Ministério russo dos Negócios
Estrangeiros para “uma conversação que, para a parte americana, será
difícil”.
As autoridades israelitas anunciaram hoje que a partir do
próximo domingo acabará a obrigatoriedade de uso de máscara no exterior,
medida no quadro do levantamento progressivo das restrições ligadas à
pandemia de covid-19.
Na primavera de 2020, o Estado hebraico foi um dos primeiros países a
impor o uso de máscara sanitária em locais públicos, mas a situação
mudou nas últimas semanas graças a uma vasta campanha de vacinação
que permitiu que as duas doses necessárias da vacina Pfizer/BioNTech
fossem administradas a mais da metade (53%) dos seus 9,3 milhões de
habitantes.
“As máscaras são usadas para nos proteger da pandemia do novo
coronavírus. Mas, como os especialistas concluíram que a máscara não era
necessária ao ar livre, decidi retirar [a obrigação de usar] a
máscara”, afirmou a ministra da Saúde israelita, Yuli Edelstein.
“A taxa de infeção é muito baixa em Israel devido ao
sucesso da campanha de vacinação e, por isso, é possível flexibilizar
as medidas”, acrescentou, especificando, porém, que a máscara permanece
obrigatória em locais públicos fechados, como, por exemplo, em centros
comerciais.
Em fins de dezembro de 2020, Israel lançou uma vasta campanha de
vacinação depois de um acordo com a gigante farmacêutica norte-americana
Pfizer, que rapidamente distribuiu milhões de doses em troca de
informações sobre os efeitos da vacinação, uma vez que o país possui
bancos de dados sobre o histórico médico da sua população.
O Estado hebraico registou um pico de novos casos em
meados de janeiro, atingindo as cerca de 10.000 infeções diárias, mas
os números já passaram para menos de 200 nos últimos dias, com uma taxa
de positividade do teste de 0,3%.
Israel e a Pfizer “provaram que a pandemia de covid-19 pode ser
derrotada com uma campanha de vacinação em massa”, disse quarta-feira Albert Bourla,
CEO da gigante farmacêutica num discurso transmitido por vídeo por
ocasião das comemorações do 73.º aniversário (segundo o calendário
judaico) da independência de Israel, em que milhares de pessoas, muitas
delas sem máscaras, se reuniram em Jerusalém.
Essa queda de novos casos de infeção permitiu às autoridades reabrir restaurantes, bares e praias no início de março.
Ainda na quarta-feira, o Governo divulgou um plano para permitir a
entrada no país a turistas estrangeiros vacinados a partir de 23 de
maio, mais de um ano após ter encerrado as fronteiras.
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, esta quinta-feira, a
anulação das condenações ao ex-Presidente na Lava Jato de Curitiba, por
corrupção, rejeitando um recurso da Procuradoria-Geral da República
(PGR).
Por oito votos contra três, o Supremo Tribunal
Federal decidiu retirar os processos de Luiz Inácio Lula da Silva da 13ª
Vara Federal de Curitiba, mantendo a decisão já ditada,
a 8 de março, pelo juiz do Supremo Edson Fachin, relator dos processos
da Lava Jato no Supremo. Apesar da anulação das condenações, Lula não
foi inocentado.
Na sua decisão de 8 de março, o magistrado determinou a transferência
dos casos de Lula para a Justiça Federal de Brasília e mandou-os ser
retomados à fase da análise da denúncia pelo novo juiz de primeira
instância responsável pelo caso. Porém, no julgamento de quinta-feira, o
juiz Alexandre de Moraes discordou do envio dos processos para Brasília: “Os casos todos ocorreram em São Paulo”, defendeu.
O julgamento terá continuidade no próximo dia 22 de abril, com a
apreciação da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, cuja atuação ao condenar
o ex-Presidente foi considerada parcial pela Segunda Secção do STF.
Com a rejeição do recurso, Lula da Silva volta a ser elegível e recupera os seus direitos políticos, podendo candidatar-se às Presidenciais de 2022.
A defesa do ex-Presidente classificou como “histórica” a decisão ditada pela maioria do Supremo.
“O STF proferiu hoje [quinta-feira] mais uma decisão histórica,
que reforça o Estado de Direito, ao confirmar, por maioria de votos, a
decisão proferida em 08.03.2021 pelo juiz Edson Fachin e tornar
definitiva a incompetência da 13ª. Vara Federal de Curitiba para julgar
os casos do ex-Presidente Lula, com a consequente anulação dos atos
decisórios (…), e restabelecer os seus direitos políticos”, indicou a
defesa, em comunicado.
No documento, assinado pelos advogados Cristiano Zanin Martins e
Valeska Martins, lê-se ainda que a decisão do Supremo “restabelece a
segurança jurídica e a credibilidade do Sistema de Justiça” do Brasil.
“A incompetência da Justiça Federal de Curitiba é
afirmada por nós, advogados do ex-Presidente Lula, desde a primeira
manifestação escrita protocolada em Curitiba, em 2016, e foi sustentada
em todas as instâncias do Poder Judiciário até chegar ao Supremo
Tribunal Federal”, concluiu a defesa.
Também a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT),
Gleisi Hoffmann, falou num “dia histórico” ao comemorar a decisão do
Supremo.
“STF confirma direitos de Lula! Dia histórico. Demorou, mas chegou!
Ainda tem muita coisa a ser colocada no lugar, mas a incompetência de
Moro [ex-juiz da Lava Jato] era o passo fundamental para isso, o
primeiro pedido da defesa. Obrigada a todos que estiveram ao nosso lado
nesta luta. Parabéns, Lula”, escreveu Gleisi no Twitter.
“O STF reconheceu o óbvio: Lula nunca deveria ter sido julgado em
Curitiba. Mas porque é que os procuradores da Lava Jato forçaram para
levar o caso até lá? Porque tinham ali um juiz ladrão: Moro. Essa é
outra obviedade que o STF precisa de reconhecer, declarando a suspeição do juiz ladrão“, defendeu, por sua vez, a deputada do PT Natália Bonavides.
Também o líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc
Mélenchon, usou as redes sociais para declarar uma “imensa alegria por
Lula”. “O desonesto juiz Moro repudiado pelo Supremo Tribunal do Brasil. Lula livre e elegível”, acrescentou.
Antes da divulgação da decisão, Lula já tinha mostrado estar
confiante. “Estou muito tranquilo”, disse Lula da Silva numa entrevista à
rádio O Povo CBN, tendo dito ainda “confiar” na Justiça.
Lula da Silva garantiu à rádio que esta nova medida legal não lhe
“tira o sono”, pois considera “provado” que os julgamentos contra si
nada mais foram do que “uma fraude” que fez parte de uma “perseguição política e judicial” de procuradores e juízes que pretendiam afastá-lo da política.
“Há quatro anos defendemos que a Justiça de Curitiba não poderia
julgar-me”, insistiu o ex-Presidente, que também reiterou que não está
preocupado com o reinício dos processos em Brasília, pois está
convencido da sua inocência.
“Já provei a minha inocência. Quero ver agora que apareça alguém para provar minha culpa”, desafiou o ex-presidente.
Lula, de 75 anos, e que governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a
cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e,
desde então, o ex-Presidente recorria da sua sentença em liberdade
condicional.
Nora Al-Matrooshi é a primeira mulher astronauta dos
Emirados. A contratação é vista como um marco histórico para os Emirados
Árabes Unidos. Nora foi escolhida para o programa Sheik Mohammed.
Os Emirados Árabes Unidos contrataram a primeira mulher astronauta. Nora Al-Matrooshi foi escolhida juntamente com Mohammed al-Mulla para integrar o programa espacial Sheik Mohammed.
A escolha dos dois astronautas foi feita depois de uma análise a mais
de 4.000 candidatos que se inscreveram para participar no programa.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro e líder o Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, no Twitter
“A nação proporcionou-me momentos inesquecíveis hoje. O meu objetivo é trabalhar duro para criar um roteiro de momentos históricos e conquistas que ficarão gravados para sempre na memória do nosso povo”, escreveu Al-Matrooshi na rede social.
Acrescentou ainda: “Agradeço a nossa sábia liderança e à equipa do Programa de Astronautas dos Emirados Árabes Unidos. Os preparativos e o trabalho começam agora”.
Nora Al-Matrooshi nasceu em 1993 e é formada em engenharia mecânica
pela universidade dos Emirados Árabes Unidos. É engenheira na Companhia
Nacional de Construção Petrolífera.
Já Al-Mulla, que nasceu em 1988, é piloto comercial e trabalha para a
Polícia do Dubai, onde também comanda a divisão de treino, segundo o
centro espacial.
Os dois novos astronautas vão agora treinar com a NASA de forma a estarem aptos para futuras missões no espaço, diz o CNN.
O país tem apostado bastante no espaço. De recordar que o ano
passado, os Emirados Árabes Unidos revelaram que o país tenciona enviar
para a Lua uma nave com um veículo não tripulado em 2024.
Uma comissão do Congresso dos Estados Unidos aprovou na
quarta-feira um projeto de lei sobre o princípio da compensação
financeira para os danos da escravatura, uma primeira votação histórica
num país ainda marcado pela discriminação racial.
O texto foi aprovado pela Comissão dos Assuntos Judiciais da Câmara dos Representantes por 25 votos contra 17, os democratas votaram todos a favor e os republicanos todos contra.
A câmara baixa do Congresso, de maioria democrata, deve agora
aprová-lo em sessão plenária, em data indeterminada. Mas a aprovação do
texto é incerta no Senado, onde os democratas têm de conseguir o voto a
favor de pelo menos 10 republicanos.
O projeto de lei prevê a criação de uma comissão de peritos encarregada de fazer propostas sobre a indemnização
pelo governo dos descendentes dos cerca de quatro milhões de africanos
levados à força para os Estados Unidos entre 1619 e 1865, data da
abolição da escravatura.
Visa combater “a injustiça, crueldade, brutalidade e
desumanidade fundamental da escravatura” e as disparidades de que sofre
ainda hoje a minoria negra norte-americana.
Esta votação “histórica” visa “continuar um debate nacional sobre o
modo de combater os maus-tratos sofridos pelos afro-americanos durante a
escravatura, a segregação e o racismo estrutural que permanece endémico
na nossa sociedade”, declarou antes da votação o presidente da Comissão
dos Assuntos Judiciais, o democrata Jerry Nadler.
A democrata afro-americana Sheila Jackson Lee implorou aos seus pares para “não ignorarem a dor, a história e a sabedoria desta comissão”.
O Presidente Joe Biden, também democrata e que se
encontrou na terça-feira com os eleitos afro-americanos no Congresso,
“comprometeu-se” a apoiar o texto, disse Lee.
Mas os membros republicanos da comissão, embora reconhecendo a brutalidade da escravatura, opõem-se à legislação.
“Ela afasta-nos do sonho importante de julgar alguém pela sua
personalidade e não pela cor da sua pele”, disse o republicano Chip Roy.
A legislação, cuja primeira versão foi redigida há perto de 30 anos,
tornou-se central depois da morte de vários negros norte-americanos em
intervenções policiais ter levado os Estados Unidos a concentrar-se no
seu passado esclavagista e sobre as múltiplas discriminações sofridas pela minoria negra, que constitui quase 13% da população.
A votação aconteceu quando está a ser julgado em Minneapolis um
polícia branco, acusado de ter matado durante a detenção um
quadragenário negro, George Floyd, que se tornou um símbolo mundial das vítimas de violência policial.
Apesar dos avanços da luta pelos seus direitos cívicos nos anos 1960,
os afro-americanos ainda têm menos qualificações, menor segurança
social e vivem menos que os brancos. São também presos de modo
desproporcionado em relação ao resto da população norte-americana.
Em 2019, o rendimento médio anual de uma família negra era de 43.771
dólares (36.561 euros) e o de uma família branca atingia os 71.664
(59.859 euros), segundo as estatísticas oficiais.
A catedral de Notre-Dame, em Paris, vai reabrir em 2024,
prometeu, esta quarta-feira, a ministra da Cultura francesa, na véspera
de se completarem dois anos desde que um incêndio devastou o
mundialmente famoso monumento.
A promessa foi feita no momento em que a ministra da Cultura
anunciou, perante o Senado, que a petição pública lançada para a
restauração da catedral conseguiu reunir os fundos suficientes, com 833 milhões de euros em donativos, valor que permite “encarar o projeto com tranquilidade”.
“Posso dizer que em 2024 a catedral de Notre-Dame de Paris será reaberta”, afirmou Roselyne Bachelot.
A ministra deverá encontrar-se na catedral como o Presidente Emmanuel
Macron, esta quinta-feira, precisamente quando se completam dois anos
sobre o incêndio que devastou parcialmente a catedral, considerada uma obra-prima da arte gótica.
O chefe de Estado francês tinha pedido uma reconstrução em cinco anos
da catedral cujo telhado e pináculo foram destruídos pelas chamas.
O representante de Macron para as obras, o general Jean-Louis Gorgelin, também assegurou que a catedral reabrirá em 2024 e que será celebrado um Te Deum em 16 de abril desse ano, mas nem todos os trabalhos necessários estarão concluídos nessa data.
Um funcionário da CNN falou abertamente com um
jornalista disfarçado sobre as motivações políticas que a emissora teve
durante a eleição presidencial de 2020.
A investigação foi divulgada pela Fox News, que relatou que o funcionário da emissora norte-americana CNN gabou-se
a um jornalista disfarçado de que o meio de comunicação ajudou a
derrotar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
A mesma fonte até chamou ao seu próprio empregador de “propaganda”.
Segundo a Fox News, o diretor técnico da rede Charles Chester esclareceu que a CNN queria remover o seu inimigo da Casa Branca e ajudar o agora Presidente Joe Biden.
“Veja o que fizemos, tirámos Trump de lá”, disse
Chester, em tom de comemoração. “Eu vou 100% dizer isso. E eu 100%
acredito que se não fosse pela CNN, eu não sei se Trump teria sido
eliminado.”
Este tipo de vídeos podem ser editados e tirados do contexto.
Contudo, muitos comentários feitos por Chester ao longo do vídeo são
longos que mostram-no a expressar-se em frases claras e completas.
Numa série de reuniões com um jornalista disfarçado no mês passado,
Chester – que se gabou de estar “um degrau abaixo” de um diretor –
afirmou que a CNN estava “a criar uma história” que questionava a saúde de Trump, chamando a este processo de “propaganda” para ajudar a remover Trump do cargo.
“Trouxemos tantos médicos para contar uma história que era tudo especulação de que estava neurologicamente doente,
que estava a perder o controlo, de que é impróprio para qualquer
coisa”, disse Chester. “Estávamos a criar uma história da qual nada
sabíamos.”
Por outro lado, segundo Chester, a CNN também queria promover a saúde e a boa forma de Biden. “Mostrávamos sempre fotografias dele [Biden] a correr… com os seus óculos de aviador e (…) como um jovem geriátrico”, disse Chester. “Acho que o ajudámos a superar esse período”.
Chester revelou ainda que, após o “cansaço da covid” da cobertura da CNN, quando o público estiver “aberto a isso”, a rede “passará a focar-se principalmente no clima”.
“O nosso foco era tirar Trump do cargo”, continuou. “Sem dizer, era
isso mesmo, certo? Então, o nosso próximo passo será a
consciencialização sobre as mudanças climáticas.”
“Acha que vai ser muito parecido com o medo do clima?” perguntou o jornalista disfarçado. “Sim. O medo vende”, respondeu Chester.
“Quem decide isso?”, continuou a questionar o jornalista. Chestes
respondeu que é o “chefe da rede” quem toma as decisões, referindo-se ao
presidente da CNN, Jeff Zucker.
De acordo com o LinkedIn, Chester trabalha com a CNN desde 2018 e já trabalhou em vários programas, incluindo “New Day”, “Cuomo Prime Time” e “CNN Tonight”.
O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados
Unidos tem mais de duas mil investigações abertas relacionadas com o
governo chinês e abre uma nova “a cada 10 horas”, disse o diretor da
instituição ao Comité de Inteligência do Senado dos EUA.
No seu testemunho, divulgado pela CNN, o diretor do FBI, Christopher
Wray, disse que nenhum outro país representava uma ameaça maior à
segurança económica e aos ideais democráticos dos EUA do que a China,
acrescentando que a sua capacidade de influenciar as instituições
norte-americanas é “profunda, ampla e persistente”.
Os comentários de Wray surgem no meio de tensões crescentes
entre Washington e Pequim em várias frentes, incluindo alegadas
violações dos direitos humanos na região ocidental de Xinjiang na China e
questões relacionadas com o estatuto de Taiwan e Hong Kong.
O Diretor da National Intelligence dos EUA, Avril Haines, e o
diretor da CIA, William Burns, falaram ao lado de Wray na audiência de
quarta-feira no Senado, naquele que é o primeiro testemunho público de
grupo de líderes da inteligência perante o Congresso dos EUA desde 2019,
de acordo com a CNN.
Estas declarações surgem menos de uma semana após os serviços
secretos norte-americanos terem divulgado a sua Avaliação Anual da
Ameaça, na qual advertia que os governos chinês e russo pretendiam utilizar a pandemia de Covid-19 para aumentar a sua influência global.
O relatório dizia que Pequim tinha estado “a intensificar esforços
para moldar o ambiente político” nos Estados Unidos para tentar afirmar a
sua influência e abafar as críticas às suas próprias políticas,
incluindo a repressão das liberdades civis em Xinjiang e Hong Kong.
Haines disse ao Comité de Informações do Senado que o Governo chinês
tinha capacidades cibernéticas “substanciais” que, “se implementadas,
poderiam, no mínimo, causar interrupções temporárias localizadas em
infraestruturas críticas dentro dos Estados Unidos”.
Em julho de 2020, o Governo dos EUA acusou dois alegados hackers
chineses que, segundo as autoridades, se tinham envolvido numa “campanha
global de intrusão informática generalizada”, incluindo a tentativa de
aceder à investigação sobre o coronavírus dos EUA e visando ativistas de
direitos humanos.
Novos testes nucleares da Coreia do Norte
A diretora de inteligência nacional (DNI) norte-americana, Avril
Haines, testemunhou quarta-feira no Senado que a Coreia do Norte deverá
continuar a realizar testes nucleares e de mísseis balísticos de longo
alcance, no curto prazo.
“A Coreia do Norte pode tomar ações agressivas e
potencialmente desestabilizadoras para reconfigurar o seu ambiente de
segurança e procurará criar divisões entre os Estados Unidos e os seus
aliados”, disse Haines em audiência na Comissão dos Serviços de
Informações do Senado norte-americano.
“Estes esforços poderão incluir o reinício de testes das armas
nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM)”,
acrescentou, um dia depois de apresentado o relatório global de ameaças
pelo DNI.
Haines agrupou a Coreia do Norte com três outros países – China,
Rússia e Irão – que representam as maiores ameaças aos Estados Unidos,
juntamente com organizações terroristas globais, salientado que a ameaça
chinesa tem “prioridade incomparável” para a comunidade de inteligência
norte-americana.
O general David VanHerck, comandante do Comando Norte dos EUA e do
Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, destacou também a
possibilidade de a Coreia do Norte retomar “num futuro próximo” os lançamentos de mísseis de longo alcance para testar um novo tipo de projétil (ICBM) apresentado em outubro de 2020.
“Consideravelmente maior e presumivelmente mais eficaz do que os
sistemas que testaram em 2017”, o novo ICBM “aumenta ainda mais a ameaça
que (a Coreia do Norte) representa para o território” norte-americano,
disse o oficial.
“O regime norte-coreano também indicou que já não está vinculado à
moratória unilateral de testes nucleares e de ICBM anunciada em 2018,
sugerindo que Kim Jong-un pode começar a testar um projeto de ICBM
melhorado num futuro próximo”, acrescentou.
Segundo a agência sul-coreana Yonhap, a Coreia do Norte disparou dois
mísseis balísticos de curto alcance no mês passado, retomando os seus
testes deste tipo de mísseis balísticos após um hiato de um ano.
Na semana passada, a Casa Branca disse que poderá admitir a abordagem da “diplomacia” com a Coreia do Norte para ultrapassar o impasse sobre a questão do programa nuclear norte-coreano.
“Estamos prontos para admitir uma forma de diplomacia caso isso nos
conduza à desnuclearização”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen
Psaki, salientando que as sanções continuarão a ser aplicadas, em
consulta com aliados e os parceiros norte-americanos.
O Presidente dos EUA Joe Biden permaneceu até ao momento praticamente
silencioso sobre as intenções face a Pyongyang, ao assinalar que a
situação está a ser revista para impor uma nova estratégia após a
tentativa de diplomacia direta do seu antecessor Donald Trump com o
dirigente norte-coreano Kim Jong Un, que não permitiu qualquer avanço
sobre a desnuclearização do país isolado.
No entanto, o chefe de Estado norte-americano preveniu que os Estados
Unidos vão ripostar “em consequência” em caso de “escalada”
norte-coreana, após os disparos de mísseis de Pyongyang no final de
março.
Um capitão, que desertou do exército birmanês para se juntar
ao movimento de oposição ao golpe militar de fevereiro, acusou a junta
militar de reter familiares de soldados para impedir deserções.
Lin Htet Aung, que desertou em março, disse que a junta militar, no
poder na sequência do golpe de Estado de 01 de fevereiro, mantém
“sequestrados” famílias dos soldados que vivem em quartéis para evitar
quaisquer fugas, publicou o portal de notícias Myanmar Now, citado pela agência Lusa na quarta-feira.
O rebelde afirmou que 75% dos soldados estariam
dispostos a desertar, caso as famílias não estivessem “retidas”.
“Aqueles que vivem em complexos militares foram basicamente raptados.
Utilizam as famílias dos soldados para os controlar, para que não possam
agir livremente. Se um soldado quiser fugir, tem de levar a família com
ele”, acusou.
De acordo com o mesmo testemunho, muitos soldados são contra os
crimes ordenados pela junta militar durante a brutal repressão dos
protestos pró-democracia, que já causaram pelo menos 714 mortos, segundo
a Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP).
A AAPP denunciou também detenções arbitrárias, de mais de três mil pessoas, e torturas a que muitos dos detidos foram submetidos.
Os soldados “sabem que não é justo, mas têm de tomar conta das suas
famílias. Estão conscientes da injustiça e estou certo de que se sentem
desconfortáveis com ela. E, no entanto, têm que fechar os olhos”,
acrescentou.
Uma
pessoa faz a saudação dos três dedos enquanto segura um ovo, decorado
com uma mensagem em apoio aos manifestantes que se manifestaram contra o
golpe militar em Myanmar
Apesar da intimidação e da repressão violenta, as manifestações
continuam a decorrer em todo o país. Na quarta-feira, centenas de
estudantes marcharam em Mandalay, a segunda cidade mais populosa de
Myanmar (antiga Birmânia), e atiraram tinta vermelha sobre o asfalto
para denunciar o assassínio de manifestantes pacíficos pela junta
militar.
O exército justificou o golpe de Estado com uma alegada fraude nas eleições de novembro, em que o partido da ex-líder civil Aung San Suu Kyi,
de 75 anos, venceu, e que foram consideradas legítimas pelos
observadores internacionais. Prémio Nobel da Paz em 1991, foi afastada
do poder e está em prisão domiciliária em Naypyidaw desde o golpe
militar.
Protesto de profissionais da saúde termina com tiros
Segundo o portal Mizzima News, citado esta quinta-feira pela Lusa,
dezenas de trabalhadores da saúde reuniram-se em Mandalay para
protestar contra a junta militar, mas as forças de segurança
dispersaram, abrindo fogo e ferindo várias pessoas. Também o portal Khit Thit Media indicou que 20 dos manifestantes foram detidos.
Desconhece-se ainda o número de possíveis mortos ou números exatos sobre feridos, num contexto de opacidade de informação,
devido aos cortes diários do sinal da Internet e às dificuldades dos
poucos meios digitais independentes que ainda estão ativos.
Myanmar celebra o Ano Novo Budista desde terça-feira, mas as
celebrações tradicionais foram suspensas em muitos lugares e os
protestos em diferentes partes do país estão a encher as ruas.
A brutalidade das forças de segurança provocou severas críticas e sanções
por parte da União Europeia e de países como os Estados Unidos, o Reino
Unido e o Canadá, embora a comunidade internacional não tenha
conseguido chegar a acordo sobre ações comuns, tais como um embargo de
armas.
O secretário-geral da NATO anunciou, esta quarta-feira, que
as tropas da Aliança irão começar a sair do Afeganistão a 1 de maio,
prevendo a retirada total do país nos meses que se seguirão.
“Tendo em conta a decisão dos Estados Unidos
de sair [do Afeganistão], os ministros dos Negócios Estrangeiros e de
Defesa da NATO discutiram, esta quarta-feira, o caminho a seguir e
decidiram que iremos começar a retirada das forças da missão ‘Resolute Support’ da NATO a 1 de maio”, anunciou Jens Stoltenberg.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(NATO) falava em conferência de imprensa em Bruxelas, junto do
secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e do secretário de
Defesa, Lloyd Austin, após uma sessão do Conselho do Atlântico Norte,
convocada com urgência pelos Estados Unidos e em que participaram os
ministros dos Negócios Estrangeiros e de Defesa da Aliança.
Numa declaração quase sincronizada com a do Presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, que anunciou poucos minutos antes que os soldados
norte-americanos se retirarão do Afeganistão até 11 de setembro, Stoltenberg indicou que a saída das tropas será feita de maneira “ordenada, coordenada e deliberada”.
“Contamos concluir a retirada de todas as nossas tropas no espaço de
alguns meses. Qualquer ataque dos talibãs às nossas forças durante esse
período conhecerá uma resposta vigorosa”, apontou Stoltenberg.
O secretário-geral da Aliança frisou também que a saída das tropas da
Aliança se prende com a decisão de que a NATO foi para o Afeganistão
“junta, ajustou a postura de maneira conjunta e vai sair junta”.
Stoltenberg reconheceu, no entanto, que sair do Afeganistão não foi “uma escolha fácil”
e “cria riscos”, mas ressalvou que não se trata do “fim da relação” da
NATO com o país, mas antes o início “de um novo capítulo”.
“Os aliados e parceiros da NATO irão manter-se ao lado do povo
afegão. Mas agora ao cabe ao povo construir uma paz sustentável, que põe
fim à violência, salvaguarda os direitos humanos de todos os afegãos –
em particular, as mulheres, as crianças e as minorias – respeita o
Estado de direito, e assegura que o Afeganistão não volta a tornar-se
num porto seguro para terroristas”, sublinhou.
Joe Biden anunciou, esta quarta-feira, que as tropas norte-americanas
vão sair do Afeganistão até 11 de setembro, antes do vigésimo
aniversário dos ataques nos Estados Unidos que motivaram esta
intervenção.
“Está na hora de encerrar a mais longa guerra norte-americana.
Está na hora de os soldados norte-americanos voltarem para casa”, disse
o chefe de Estado a partir da Casa Branca, citado pela Deutsche Welle.
“Um ataque terrível há 20 anos (…) não pode explicar porque é que
deveríamos continuar ali em 2021. (…) Não podemos continuar o ciclo de
estender ou expandir a nossa presença militar no Afeganistão na
esperança de criar as condições ideais para a nossa retirada, tendo em
vista um resultado diferente”, disse ainda.
“Sou o quarto Presidente norte-americano a presidir enquanto as
tropas norte-americanas se mantêm no Afeganistão. Dois republicanos.
Dois democratas. Não vou passar essa responsabilidade a um quinto
Presidente”, concluiu.
A decisão foi aplaudida por várias figuras da política
norte-americana, mas também houve quem considerasse que esta decisão
pode incentivar insurgências dos jihadistas, acrescenta a DW.
Apesar de retirarem as tropas do Afeganistão, tal como a antiga
Administração Trump tinha acordado em fevereiro de 2020 com os talibãs,
os Estados Unidos não cumprem a data estipulada nesse entendimento, que
ditava que a retirada de tropas teria de ocorrer até ao dia 1 de maio.
Em resposta, os talibãs já ameaçaram boicotar todas
as negociações de paz com o Governo afegão – que ocorrem em Doha – e
retomar os ataques às tropas internacionais se os Estados Unidos não
cumprirem o acordado.
Segundo o jornal Público, atualmente, Portugal tem 118 militares
integrados na 6.ª Força Nacional Destacada para o Afeganistão, que, no
âmbito da missão ‘Resolute Support’, tem a responsabilidade pela
segurança do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul.
A participação portuguesa nesta missão da Aliança teve início em
2002, tendo estado no Afeganistão mais de 4500 militares portugueses.
“Com esta retirada, conclui-se um importante e prolongado contributo português
na luta contra o terrorismo. Registaram-se no Afeganistão importantes
progressos em termos de estabilidade e segurança, bem como em termos de
desenvolvimento social, incluindo em particular os direitos de mulheres e
o acesso à educação para as raparigas”, lê-se no comunicado conjunto
dos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, citado pelo Jornal Económico.
A NATO envolveu-se no Afeganistão em 2001, após os Aliados terem
invocado, a 12 de setembro e pela primeira vez na história da Aliança, o
artigo 5.º do tratado do Atlântico Norte – o princípio de defesa coletiva, que determina que um ataque contra um ou mais dos membros da NATO é considerado um ataque contra todos.
Em agosto de 2003, a Aliança assumiu o comando de uma missão militar
intitulada Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF),
mandatada pela ONU. Dirigida pela NATO até ao final de 2014, tornou-se
na mais longa missão da história da Aliança e mobilizou, no seu pico,
130 mil militares no terreno.
Desde o início da guerra no Afeganistão, estima-se que morreram cerca
de 3500 militares da NATO, dos quais 2400 eram norte-americanos.
O parlamento francês aprovou hoje um projeto de lei sobre
segurança que visa alargar os poderes da polícia, apesar das críticas de
ativistas dos direitos civis, que temem que a legislação ameace os
esforços para denunciar abusos da polícia.
O projeto foi aprovado por 75 votos a favor e 33 contra na Assembleia Nacional, onde o partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, que propôs a medida, tem ampla maioria.
Inicialmente, o projeto pretendia tornar ilegal a publicação de
imagens de polícias com a intenção de prejudicá-los, mas a proposta
provocou marchas e manifestações de milhares de pessoas em Paris e
acabou por ser revista.
A lei agora aprovada alterou o polémico artigo 24º, passando a
referir que é ilegal ajudar a identificar polícias em serviço “com a
óbvia intenção de causar dano”, sendo que quem o fizer incorre numa pena
de prisão de até cinco anos de prisão e uma multa de até 75.000 euros.
O novo projeto foi também muito criticado por continuar a ser vago e
poder ser alvo de interpretações diferentes dos polícias, mas também por
se temer que intimide as pessoas que tentam combater os abusos policiais e a discriminação, tirando e publicando fotografias e vídeos.
O projeto também dá mais autonomia à polícia local e estende o uso de drones de vigilância, entre outras medidas.
O Governo defendeu a lei para proteger melhor a polícia face a
ameaças e ataques violentos e ao crescente assédio nas redes sociais.
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, já elogiou
“o compromisso” conseguido hoje pelos deputados, enquanto a filial
francesa da organização humanitária Amnistia Internacional alertou, no Twitter,
sobre os “perigos que o projeto representa para as liberdades civis” e
denunciou aquilo que considera serem “práticas generalizadas de
vigilância”.
O texto contém “disposições vagas que podem permitir procedimentos legais abusivos e injustos”, avisou a organização
Os partidos franceses da oposição de esquerda anunciaram, entretanto, terem intenção de tomar a lei ao Tribunal Constitucional.
O Japão admitiu pela primeira vez esta quinta-feira que o
cancelamento dos Jogos Olímpicos, adiados desde o verão passado e com
arranque marcado para 23 de julho, continua a ser uma hipótese em cima
da mesa.
De acordo com a Bloomberg, Toshihiro Nikai,
secretário-geral do Partido Liberal Democrata do Japão, indicou que
cancelar os Jogos Olímpicos de Tóquio era uma opção, uma vez que o país
luta com um aumento de casos de covid-19 a menos de 100 dias do evento.
Toshihiro Nikai disse, em entrevista à emissora televisiva TBS, que, se for determinado que os Jogos Olímpicos não podem ser realizados, terão de ser cancelados.
“Qual seria o objetivo de Jogos Olímpicos que disseminassem a infecção?”, interrogou Nikai.
De acordo com a Kyodo News,
esta quinta-feira, Taro Kono, o responsável das vacinas do Japão e
ministro da reforma administrativa, sinalizou também a possibilidade de
os Jogos Olímpicos se realizarem sem espectadores.
Na quarta-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) disse que os participantes nos Jogos Olímpicos serão submetidos a uma “quarentena adaptada” – e não aos habituais 14 dias obrigatórios à chegada ao Japão.
“Durante 14 dias, poderemos fazer algumas coisas e outras não. Não é
uma isenção à quarentena geral, mas a submissão a regras restritas”,
disse o diretor-executivo do COI para Tóquio2020, o suíço Christophe
Dubi.
Dubi indicou que em 28 de abril será publicada a segunda e penúltima
versão dos manuais com as regras a serem seguidas por cada grupo que
deverá marcar presença em Tóquio2020, a decorrer de 23 de julho a 8 de
agosto.
“Incluirá medidas mais precisas sobre a quarentena adaptada,
como lidar com os contactos próximos, o que fazer em caso positivo,
como será o regime de isolamento, a política de controlos e a lista de
destinos e movimentos permitidos para os primeiros 14 dias no Japão”,
referiu o diretor.
O COI sempre negou que os participantes nos Jogos Olímpicos tivessem
que passar por um período de quarentena à chegada ao Japão, mas
introduziu agora a variante da “quarentena adaptada”.
“Os atletas não ficarão isentos de quarentena. Serão verificados antes dos Jogos,
à chegada e com frequência. Durante os Jogos, vão viver numa bolha
entre a aldeia olímpica e os recintos de competição”, acrescentou o
presidente da comissão de coordenação do COI para Tóquio2020, o
australiano John Coates.
O responsável disse que os participantes “não vão ter as famílias nem os adeptos do seu país a apoiá-los e não vão poder festejar na cidade os seus sucessos, mas vai ser uma oportunidade para atletas de todo o mundo passarem mais tempo na aldeia olímpica”.
Em relação aos estudos que indicam que o desejo dos japoneses é que
os Jogos sejam adiados ou cancelados por receio da pandemia de covid-19,
Coates indicou que a presença de público a acompanhar o percurso da
tocha olímpica “dá uma mostra do crescente apoio da população”.
Apenas japoneses e residentes poderão entrar no país e assistir
aos Jogos, passando por regras reforçadas recentemente e que incluem
três dias num hotel, se o teste for negativo para a covid-19, seguido de
um período de quarentena em casa.
Uma nova série de imagens e vídeos de OVNIs (Objetos Voadores
Não Identificados) filmados pela Marinha dos Estados Unidos foi agora
confirmada como autêntica pelo Pentágono.
Enquanto muitas pessoas geralmente se referem a avistamentos
misteriosos como OVNIs, o termo mais moderno usado nos círculos de
defesa é “Fenómenos Aéreos Não Identificados” (UAPs).
Embora os OVNIs sejam um tópico associado a teorias da conspiração,
os UAPs, às vezes também chamados de Veículos Aéreos Anómalos (AAVs),
são reais, representando avistamentos documentados de fenómenos que nem
os militares nem os observadores científicos conseguem identificar
facilmente.
Os avistamentos mais recentes, fornecidos pelo cineasta Jeremy Corbell e o repórter George Knapp, incluem imagens de uma misteriosa nave “em forma de pirâmide” que foi observada a voar pelo céu, juntamente com imagens de três outros objetos estranhos.
Agora, o Pentágono confirmou que as imagens são genuínas: são fotografias e filmagens autênticas de UAPs capturados pela Marinha dos Estados Unidos.
“Posso confirmar que as fotografiass e vídeos mencionados foram
captados por staff da Marinha”, disse Susan Gough, porta-voz do
Pentágono, em comunicado citado pelo The Black Vault. “A UAPTF [Task Force de Fenómenos Aéreos Não Identificados] incluiu esses incidentes nas suas análises em andamento.”
Por sua vez, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos não esclareceu nada sobre as imagens, permanecendo em silêncio sobre o que as suas investigações sobre estes objetos estranhos podem ter revelado.
“Como dissemos antes, para manter a segurança das operações e evitar a
divulgação de informações que possam ser úteis a adversários em
potencial, o DOD não discute publicamente os detalhes das observações ou
dos exames de incursões relatadas nos nossos campos de treino ou espaço
aéreo designado, incluindo aquelas incursões inicialmente designadas
como UAP “, disse Gough.
Numa série de briefings secretos de inteligência em maio de 2020, um membro da defesa relatou observações do avistamento de uma nave “em forma de pirâmide” a pairar
a cerca de 210 metros acima do navio, fenómeno que foi filmado pela
tripulação do USS Russell na costa de San Diego em julho de 2019.
Noutro avistamento, um veículo esférico foi observado pela tripulação a bordo do USS Omaha, voando para o oceano e desaparecendo na água. A documentação sugere que a nave teria afundado, mas uma busca subsequente na área não revelou destroços.
Uma série de outros avistamentos, todos registados no mesmo dia em
março de 2019 por um oficial de sistemas de armas F-18, revelam três
UAPs vistos perto da Estação Aérea Naval Oceana, na Virgínia. Os objetos
passaram a ser conhecidos como a “Esfera”, a “Bolota” e o “Dirigível
Metálico”.
Corbell espera que, ao partilhar estas informações, isso fortaleça ainda mais as investigações racionais e transparentes sobre estes objetos misteriosos.
Em abril de 2020, a Marinha dos Estados Unidos lançou três vídeos que parecem mostrar aeronaves a voar mais depressa do que a velocidade do som. Além disso, em janeiro, a CIA revelou três décadas de documentos sobre incidentes misteriosos relatados ou investigados pela agência.
Segundo John Ratcliffe, ex-diretor da Inteligência Nacional, mais avistamentos inexplicáveis de OVNIs serão desclassificados em junho – incluindo que quebrou a barreira do som sem produzir um estrondo sónico.
O relatório e a desclassificação destes avistamentos são exigidos pela Lei de Autorização de Inteligência de 2021.
O Irão justificou esta quarta-feira a decisão de enriquecer
urânio a 60% como resposta ao “terrorismo nuclear” e à “maldade”
israelita, referindo-se ao alegado ataque contra a central de Natanz, no
domingo.
“A decisão de enriquecer a 60% é a resposta à maldade”, declarou o Presidente iraniano, Hassan Rohani, no Conselho de Ministros.
“O que vocês fizeram é terrorismo nuclear, o que nós fazemos está dentro da legalidade”, afirmou referindo-se a Israel.
“Vocês não podem conspirar contra o Irão (…) nós vamos cortar-vos as mãos por cada crime, para que compreendam que não podem impedir-nos (de aceder) à tecnologia nuclear”, disse ainda Rohani.
Teerão anunciou na terça-feira que vai aumentar o limite máximo para
as atividades de enriquecimento de urânio (isótopo 235) de 20% para 60%,
aproximando-se dos 90% necessários para ser utilizado para fins
militares.
Hassan Rohani reafirmou hoje que as ambições nucleares do Irão são “pacíficas e apenas pacíficas”.
De acordo com o representante permanente do Irão junto da Agência
Internacional de Energia Atómica (AIEA), Kazem Gharibabadi, os
preparativos para dar início à decisão estão em curso e a produção pode começar “na próxima semana”, no Irão.
No domingo, uma explosão atingiu a fábrica de enriquecimento de
urânio no complexo nuclear de Natanz. Teerão acusou Israel de sabotagem.
De acordo com o jornal New York Times, os israelitas estão
implicados na operação que introduziu “clandestinamente” um engenho
explosivo no interior da fábrica e que foi acionado de forma remota.
A explosão em Natanz veio abalar as tentativas negociais de Viena no
sentido de salvar o acordo internacional sobre a energia nuclear do
Irão, firmado em 2015 e criticado desde o primeiro dia pelo
primeiro-ministro de Israel.
Para Benjamin Netanyahu, o Irão representa uma
ameaça “à existência” do Estado de Israel, acusando Teerão de querer
construir secretamente a bomba atómica.
A França já condenou as ações do Irão, chamando-lhe um “desenvolvimento sério”.
No fim de semana passado, durante um encontro do Comité
Nacional Republicano, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
disse que alguém sugeriu que as vacinas disponíveis contra a covid-19
deveriam receber o seu nome. Mas não revelou quem.
“Estamos reunidos esta noite para falar sobre o futuro do Partido Republicano.” No sábado passado, Donald Trump
foi o convidado de honra na reunião de doadores do Comité Nacional
Republicano, mas, em vez de falar do futuro, preferiu evidenciar o
passado.
Durante o discurso – no qual sublinhou não ter “dúvidas” de que os
republicanos voltarão a conquistar a maioria do Senado e da Câmara dos
Representantes – Trump gabou-se da sua gestão da pandemia,
elogiou os governadores republicanos que mantiveram as empresas abertas
e atacou Anthony Fauci, epidemiologista e seu ex-conselheiro.
Da mesma forma, o ex-Presidente depreciou fortemente Mitch McConnell, líder dos republicanos no Senado, acusando-o de não fazer o suficiente para o manter no cargo.
McConnel foi um dos seus aliados, mas não apoiou Trump nas suas
falsas acusações de fraude eleitoral. “Se fosse Schumer (o líder da
maioria democrata no Senado), em vez desse idiota filho da p **** do
Mitch McConnell, nunca permitiria que isso acontecesse. Eles teriam
lutado”, atirou.
Ainda assim, a afirmação mais bizarra de Trump esteve relacionada com as vacinas contra a covid-19.
Josh Dawsey, um repórter do The Washington Post, escreveu um tweet no qual se lê que “Trump disse que alguém o procurou, a quem se refere como ‘sir'” e sugeriu que “isso” fosse chamado de ‘Trumpcine’“. Segundo a Forbes, não está claro quem o disse, mas, aparentemente, “isso” refere-se à vacina contra a covid-19.
O ex-Presidente citou a Operação Warp Speed, a iniciativa do Governo
dos Estados Unidos para acelerar o desenvolvimento de vacinas contra a
covid-19 como um fator.
Esta não é a primeira vez que Donald Trump tenta levar o crédito pela vacina. No mês passado, Bess Levin escreveu um artigo na Vanity Fair intitulado “Donald Trump exige que os americanos imaginem o seu rosto enquanto a vacina da covid-19 entra nos seus corpos”.
No artigo, Levin refere-se a uma declaração emitida pelo gabinete de
Trump que dizia: “Quando todos estiverem a receber a vacina, espero que
se lembrem que, se eu não fosse Presidente, não teriam
aquela bela fotografia durante 5 anos, na melhor das hipóteses, e
provavelmente não a teriam de forma alguma. Espero que todos se
lembrem!”