domingo, 18 de abril de 2021

Uma ilha, cinco géneros - Os Bugis têm palavras para as “cinco maneiras de estar no mundo” !

Uma ilha, cinco géneros. O povo Bugis é um poderoso grupo étnico que se destaca pelo reconhecimento de cinco géneros distintos. 


Na Indonésia, a ilha Sulawesi é a casa de um povo que reconhece cinco géneros distintos na sua sociedade. Os Bugis são o maior grupo étnico do sul da ilha e, apesar de representarem apenas seis milhões dos cerca de 270 habitantes do país, são muito influentes – política, económica e culturalmente.

No entanto, é a sua organização social sem precedentes que os faz serem conhecidos pelo globo. “Os Bugis têm palavras para cinco géneros, que correspondem a cinco maneiras de estar no mundo”, explicou à BBC Sharyn Graham Davies, antropóloga da Monash University, em Melbourne.

Makkunrai corresponde ao conceito ocidental de cis feminino, enquanto que Oroani corresponde ao conceito ocidental de cis masculino.

Os Calalai nascem com um corpo feminino, mas assumem papéis de género tradicionalmente masculinos: segundo a antropóloga, usam camisas e calças, fumam cigarros, têm cabelo curto e fazem trabalho manuais.

Já os Calabai nascem com corpos masculinos, mas assumem papéis de género tradicionalmente femininos: usam maquilhagem, vestidos e têm, normalmente, cabelos muito compridos.

O quinto e último é o Bissu: nem mulheres nem homens, estas pessoas personificam o poder de ambos os géneros e são encaradas como seres espirituais.

“Diz-se que, durante a sua descida do céu, os Bissu não se dividiram para se tornarem homens ou mulheres, como a maioria das pessoas. Em vez disso, são uma união sagrada dos dois”, esclareceu Graham Davies.

Os Bissu, que também desempenham um papel de xamã, são reconhecidos pelas suas roupas: costumam usar flores, símbolo tradicionalmente feminino, e a adaga keris, associada aos homens.

Apesar de Calabai e Calalai terem sido aceites, a BBC realça que a sociedade indonésia se tornou menos tolerante com a questão da não binariedade de género em meados do século XX. Na década de 1950, por exemplo, começou uma onda de ataques violentos contra a comunidade LGBTQ.

A conceção Bugis do género também colide com o Islão. Em relação à religião, a antropóloga explicou que muitos Calalai e Calabai lidam com um dilema: dividem-se entre o facto de o seu estilo de vida e sexualidade serem pecado e serem o que são porque Alá assim os desejou.

“Bissu, Calalai e Calabai sofrem muito estigma e discriminação, uma realidade que infelizmente está a aumentar com a afirmação do Islão político”, disse Nasir, um Bugi que trabalha na área de saúde pública na província de Sulawesi do Sul.

“O futuro destas pessoas perseguidas não é muito promissor”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/uma-ilha-5-generos-diferentes-395132

 

“Longa vida à monarquia.” - Realeza britânica tende a viver mais três décadas do que a população geral !

As diferenças na longevidade de alguns membros da família real em comparação com a população em geral são extremamente grandes, mas não incomuns.


O príncipe Filipe, marido da rainha Isabel II e o consorte mais antigo de qualquer monarca britânico, morreu na passada sexta-feira aos 99 anos. Faltavam apenas uns meses para atingir o centenário, mas a verdade é que alcançar uma idade avançada não é incomum entre a família real britânica.

Uma análise de Jay Olshansky, professor de Epidemiologia e Bioestatística na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, revela que os membros da realeza britânica tendem a viver mais 30 anos em comparação com quem não nasce num berço real.

O investigador analisou a longevidade dos últimos seis monarcas britânicos, assim como a dos seus cônjuges e filhos: no total, 27 membros da realeza.

Num artigo publicado no The Conversation, Olshansky explica que chegou à conclusão de que os monarcas viveram, em média, 75 anos – um número que tende a aumentar graças à rainha Isabel II que, com 95 anos, continua viva. A longevidade dos cônjuges é ainda maior, atingindo uma idade média de 83,5 anos.

Em contraste, a duração média de vida da população do Reino Unido nos anos em que os monarcas nasceram e durante este período foi de apenas 46 anos, de acordo com os dados do Human Mortality Database.

O professor dá um exemplo: no Reino Unido, a esperança média de vida para uma mulher em 1819 era de pouco menos do que 41 anos. A rainha Vitória, também nascida em 1819, tinha 81 anos quando faleceu.

Quando a rainha Isabel II nasceu, em 1926, a expectativa de vida para as mulheres era de 62 anos – a rainha já ultrapassou essa marca em 33.

Segundo Jay Olshansky, as diferenças na longevidade são o resultado de uma combinação de influências genéticas, sociais e comportamentais.

Além da genética, que funciona quase como lotaria, é importante evitar comportamentos que encurtam a vida. No entanto, a influência da pobreza – ou, pelo contrário, do privilégio – é a característica onde a realeza tem maior vantagem.

Um estudo realizado em Manchester, na Inglaterra, em 2017, demonstrou grandes diferenças na esperança média de vida dependendo das condições de vida das pessoas. O acesso ao ensino superior e a situação económica estavam diretamente relacionados a uma vida mais longa, enquanto a baixa escolaridade e a pobreza estavam vinculados a vidas mais curtas.

No fundo, apesar de as diferenças na duração da vida serem definidas pela genética, são também fortemente mediadas pela educação, salário, saúde, água potável, alimentação, ambientes internos de vida e de trabalho.

https://zap.aeiou.pt/realeza-britanica-viver-mais-tres-decadas-394818

 

Abominável e falso Homem das Neves - Líder russo usou Yeti para atrair turistas para a Sibéria !

Um dos líderes regionais mais antigos de Vladimir Putin confessou ter encenado avistamentos falsos de Yetis numa tentativa de encorajar o turismo na Sibéria.


Aman Tuleev, um dos líderes regionais de longa data do Presidente russo Vladimir Putin, admitiu ter organizado falsos avistamentos de Yetis para atrair turistas à Sibéria, alimentando assim o mito antiquado do Abominável Homem das Neves.

De acordo com o The Sun, Tuleev, que foi governador de Kemerovo de 1997 a 2018, mandou um burocrata vestir um fato do Abominável Homem das Neves para que pudesse ser visto nos arbustos, com o objetivo de surpreender os visitantes e fanáticos do Yeti.

“Tenho de admitir. Sim, fui eu quem despertou o interesse pelo Yeti”, reconheceu o político de 76 anos, que até chegou a organizar o Dia do Yeti, programado para coincidir com a abertura da temporada de esqui nas montanhas Shoria.

Entusiastas de todo o mundo visitaram a região e foi até realizada uma conferência internacional sobre a criatura. Mas tudo isto não passava de um esquema para impulsionar o setor do turismo da região.

“As pessoas começaram a chegar, correram para vasculhar as florestas”, contou o ex-candidato presidencial russo. “Claro, nunca ninguém encontrou o Yeti, mas Shoria atraiu cada vez mais atenção.”

Ainda hoje, Aman Tuleev continua a propagar a lenda urbana: “Ninguém encontrou o Yeti, mas não devemos desesperar. Talvez esteja realmente a vaguear por aí”, disse.

Vários relatos sobre a misteriosa criatura “circulavam há muito tempo” em Kemerovo, afirmou o ex-governante, mas nenhum avistamento foi provado.

Em 2016, um homem que conduzia numa estrada russa ficou paralisado de medo depois de um suposto Yeti ter atravessado à frente do automóvel. A criatura foi capturada por uma câmara: via-se a imagem de uma figura encurvada, que se escondeu enquanto o motorista descia uma estrada com neve.

Tão rápido quanto apareceu, a criatura esvaiu-se na escuridão da noite – e as teorias do Yeti continuaram a reinar.

https://zap.aeiou.pt/lider-russo-usa-yeti-falso-atrair-turistas-395160

 

Facebook remove acidentalmente página oficial de Ville de Bitche, uma remota cidade francesa !

O Facebook apagou a página de Ville de Bitche, uma remota cidade francesa. O município passou um mês a apelar à rede social para repor a página.


“Recebemos uma mensagem no Facebook e também percebemos que estava desaparecida”, disse Benoît Kieffer, autarca de Ville de Bitche, em declarações à CNN. “No início, perguntamo-nos se houve um problema técnico. Porém, com o passar do tempo, pode ser considerada uma censura real”.

A cidade, que tem cerca de 5.100 habitantes, criou uma nova página no Facebook chamada Mairie 57230, baseada no seu código postal.

“O nome da nossa cidade parece ter sido mal interpretado”, afirmou Kieffer, em comunicado.

A página foi restabelecida esta terça-feira, com um pedido de desculpas pessoal do presidente do Facebook de França.

Embora o Facebook não tenha especificado um motivo para o bloqueio, a cidade assumiu que o culpado tivesse sido o algoritmo anglófono do Facebook. “Uma hipótese, presumimos que a nossa página migrou para um servidor anglo-saxão que criou moderações e algoritmos que removem conteúdo ilegal e problemático”, escreveu o autarca.

“Podemos ficar felizes que as redes sociais assumam a responsabilidade, que removam conteúdo ilegal e problemático”, disse ainda Kieffer. “Mas o outro problema é considerar que o olhar humano tem a vantagem sobre a inteligência artificial.”

No seu site, o Facebook afirma que os nomes das páginas devem ser precisos e não podem conter frases que possam “ser abusivas”.

A palavra inglesa “bitch” é normalmente usava de forma pejorativa usada para uma ofender uma pessoa.

Por outro lado, essa hipótese não explica por que, noutros lugares, o Facebook permite o aparecimento da palavra, como é o caso, por exemplo, da publicação feminista Bitch Media.

Contactado pelo Gizmodo, o Facebook confirmou a remoção acidental, culpando uma “análise incorreta pelos nossos sistemas” e disse que o Facebook França entrou em contacto com Ville de Bitche.

Ville de Bitche, localizada na fronteira entre França e a Alemanha, resistiu a diversos conflitos, incluindo um cerco por austríacos na Guerra dos Cem Dias e, mais tarde, a ocupação nazi.

Outra cidade próxima chamada Rohrbach-lès-Bitche tomou medidas preventivas e rebatizou a sua página para Ville de Rohrbach em 12 de abril.

“Por precaução, para que a nossa página não seja suspensa, já que pode durar várias semanas ou mesmo meses, preferimos evitar qualquer problema e remover Les-Bitche junto a Rohrbach, obviamente temporariamente, até que este mal-entendido com o Facebook possa ser resolvido”, disse o autarca Vincent Seitlinger, em declarações à Rádio Mélodie. “Acho deplorável ver que hoje uma empresa como o Facebook pode facilmente suspender páginas que são regulares e oficiais.”

https://zap.aeiou.pt/ville-de-bitche-facebook-395106

 

Irão já está a enriquecer urânio a 60% !

O Irão avisou e já está a cumprir. Menos de uma semana depois de ter acusado Israel de um ataque contra a sua principal central nuclear, o país diz estar a enriquecer urânio com uma pureza de 60%, a maior já registada.


De acordo com o Público, o anúncio foi feito por Mohammad Bagher Qalibaf, presidente do Parlamento iraniano, no Twitter. “Tenho orgulho em anunciar que, às 00h40, jovens e piedosos cientistas iranianos conseguiram obter urânio enriquecido a 60%”, escreveu.

A decisão de enriquecer urânio a 60% surge como resposta ao “terrorismo nuclear” de Israel, apesar de o Governo israelita não ter confirmado oficialmente nenhuma operação contra o complexo de Natanz, a sul de Teerão.

Ainda assim, responsáveis dos serviços secretos israelitas e norte-americanos ouvidos sob anonimato pela televisão estatal de Israel e pelo The New York Times apontavam para o envolvimento da Mossad.

Cerca de 48 horas após a explosão, Teerão anunciou que Natanz já estava a funcionar graças a um sistema alternativo. As centrifugadoras afetadas eram todas de tipo “IR-1”, ou seja, menos eficientes, e seriam substituídas pelas novas.

No sábado, pouco antes da quebra de energia, o Presidente Hassan Rohani tinha inaugurado uma nova fábrica de montagem de centrifugadoras capazes de enriquecer urânio mais rapidamente e em maiores quantidades.

“Estamos a produzir cerca de nove gramas de urânio enriquecido a 60% por hora”, disse o chefe da Organização de Energia Atómica do Irão, Ali Akbar Salehi.

No passado domingo, uma explosão atingiu a fábrica de enriquecimento de urânio no complexo nuclear de Natanz. Teerão acusou Israel de sabotagem.

A explosão em Natanz veio abalar as tentativas negociais de Viena no sentido de salvar o acordo internacional sobre a energia nuclear do Irão, firmado em 2015 e criticado desde o primeiro dia pelo primeiro-ministro de Israel.

Para Benjamin Netanyahu, o Irão representa uma ameaça “à existência” do Estado de Israel, acusando Teerão de querer construir secretamente a bomba atómica.

Televisão iraniana identifica alegado responsável

O Público avança, este sábado, que a televisão estatal iraniana identifico o homem que terá estado por trás da explosão que afetou a rede elétrica da principal central de Natanz.

Segundo o diário, o suspeito, Reza Karimi, da cidade de Kashan, já estava no estrangeiro antes do incidente e “estão em marcha os passos necessários para a sua detenção e regresso ao país através dos canais legais”.

Além do nome e de duas imagens do suspeito, de 43 anos, não foram adiantados mais pormenores, nomeadamente sobre como terá tido acesso a uma das instalações mais seguras do país.

A televisão iraniana mostra ainda filas do que diz serem centrifugadoras que já substituíram as danificadas, assegurando que “um grande número” de centrifugadoras cujas atividades de enriquecimento tinham sido interrompidas já voltaram ao funcionamento normal.

https://zap.aeiou.pt/irao-ja-esta-a-enriquecer-uranio-a-60-396020

 

Vem aí a Transporter, a van elétrica e totalmente autónoma para serviços de entregas !

A Mobileye, uma subsidiária da Intel, fechou uma parceria com a startup Udelv para lançar um serviço de entregas em grande escala e com veículos totalmente autónomos já em 2023.

A Mobileye, uma subsidiária da Intel que produz tecnologia para condução autónoma em Jerusalém, anunciou esta segunda-feira uma parceria com a startup Udelv. As duas empresas vão trabalhar juntas na Transporter, uma van elétrica totalmente autónoma voltada exclusivamente para serviços de entregas.

A Udelv vai produzir os veículos, enquanto a Mobileye vai fornecer o software de condução autónoma, chamado de Mobileye Drive. Os carros serão de nível quatro, um dos mais avançados na escala de automação, e contarão com assistência remota da Udelv para operar em estacionamentos, condomínios, ruas privadas e outros locais mais delicados.

O carro, que vai atingir uma velocidade máxima de 104 km/h, terá também direção quadridirecional, telas LED para informar as pessoas e compartimentos especiais para as mercadorias. As dimensões do veículo e outras especificações, como alcance e tamanho da bateria, ainda não foram divulgadas.

Já o sistema autónomo da Mobileye apresenta um conjunto completo de sensores com 13 câmaras, três LiDARs de longo alcance, seis LiDARs de curto alcance e seis radares.

Também inclui o sistema EyeQ num chip e um programa de crowdsourcing de dados, chamado Road Experience Management (REM), que usa dados em tempo real de veículos equipados com o Mobileye para construir um mapa 3D.

Os planos de fabricação ainda estão em andamento, mas a Mobileye e a Udelv afirmam que vão ser capazes de produzir 35 mil Transporters entre 2023 e 2028 – um reflexo da seriedade e comprometimento de ambas as empresas em lançar um sistema de entrega sem motorista em grande escala, escreve o The Verge.

“Esta é uma implantação comercial real”, disse Jack Weast, responsável da Mobileye, ao The Verge. “Trinta e cinco mil unidades a partir de 2023 que irão integrar totalmente o nosso sistema de direção automática para uso comercial para entrega automatizadas de mercadorias.”

A Donlen, uma das maiores empresas de gestão de frotas comerciais nos Estados Unidos, já fez a primeira encomenda de mil Transporters.

https://zap.aeiou.pt/transporter-van-eletrica-autonoma-394840

 

No Brasil, mais de 40 pessoas foram vacinadas por engano contra a covid-19 !

O caso está a gerar polémica no Brasil, uma vez que, entre o grupo vacinado, está uma grávida e crianças com idades entre os seis meses e seis anos.


Um total de 46 pessoas que precisavam ser vacinadas contra a gripe, incluindo crianças e uma mulher grávida, foram inoculadas com vacinas contra a covid-19 por engano no Brasil.

O equívoco ocorreu na quarta-feira em Itirapina, município do interior do estado de São Paulo, onde funcionários da saúde confundiram os imunizantes após receberem medicamentos contra a covid-19 num posto de vacinação contra a gripe, facto que já está sob investigação.

Pelo menos 28 crianças e 18 adultos, incluindo uma mulher grávida, foram vacinados indevidamente e agora serão acompanhados por uma equipa médica por 14 dias.

De acordo com a prefeitura de Itirapina, especialistas consultados indicaram que o erro “não representa risco para a saúde dos envolvidos”, porém, todas as medidas para a segurança dessas pessoas já foram tomadas.

“Todas as providências para a segurança dessas pessoas foram tomadas e, segundo orientação dos médicos especialistas consultados, o fato não traz riscos para a saúde dos envolvidos”, disse o município de Itirapina, num comunicado, acrescentando que foi disponibilizada uma equipa médica para avaliar os casos nos próximos 14 dias.

Até ao momento não houve testes suficientes para determinar os efeitos das vacinas contra a covid-19 em menores de 18 anos e mulheres grávidas.

A falta das 46 doses de vacinas contra covid-19 foi identificada durante os controlos diários realizados pelas autoridades sanitárias do município. Após detetar o erro, a Secretaria de Saúde de Itirapina procurou pessoalmente as famílias dos 46 vacinados para relatar o erro.

O Brasil iniciou nesta segunda-feira a campanha anual de vacinação contra gripe, com a qual pretende coibir complicações relacionadas com gripe na população e ajudar a evitar a sobrecarga que o sistema de saúde vive atualmente devido à pandemia de covid-19.

Na primeira das três etapas, esta semana, começaram a ser imunizados menores dos seis meses aos seis anos de idade, gestantes, indígenas e profissionais de saúde.

O Brasil registou 365.44 mortes e mais de 13,7 milhões de casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/40-pessoas-vacinadas-por-engano-395984

 

Qual foi o dia “mais aborrecido” da História ? Um cientista de computação respondeu !

Qual foi o dia mais aborrecido da História? Em 2010, um cientista de computação decidiu investigar e chegou a uma resposta: 11 de abril de 1954.


Em 2010, o cientista de computação William Tunstall-Pedoe decidiu usar a execução de um programa que rastrearia o seu – agora extinto – site de indexação de factos True Knowledge. O portal, que listava mais de 300 milhões de factos na época, é agora uma empresa chamada Evi de propriedade da Amazon.

“Ocorreu-nos que, com mais de 300 milhões de factos, uma grande percentagem dos quais a ligar eventos, pessoas e lugares a pontos no tempo, poderíamos calcular de forma única uma resposta objetiva para a pergunta ‘Qual foi o dia mais aborrecido da história?’. Escrevemos um script para fazer a análise de todos os dias [desde o início do século XX]”, escreveu Tunstall-Pedoe, numa publicação no site.

Assim, conta o IFLScience, o cientista estava à procura do dia mais monótono em que praticamente nada de importante aconteceu.

Há muitos candidatos, incluindo 18 de abril de 1930, quando o locutor de notícias da BBC do Reino Unido anunciou que “não havia notícias” e fez tocar música de piano nos 15 minutos seguintes.

No entanto, a data que a análise de Tunstall-Pedoe escolheu foi 11 de abril de 1954.

“Muitas pessoas famosas nascem, pessoas famosas morrem, há eventos a acontecer”, disse Tunstall-Pedoe, em declarações à NPR em 2010. “Este dia em particular foi extremamente notável por não ter acontecido quase nada.”

Os únicos eventos notáveis ​​que aconteceram naquele dia que a análise recolheu foi que o jogador de futebol do Oldham Athletic Jack Shufflebotham morreu e o académico turco Abdullah Atalar nasceu.

“A ironia é que, depois de fazer o cálculo, o dia agora é interessante por ser excecionalmente aborrecido”, escreveu a equipa. “Talvez precisemos calcular o segundo dia mais aborrecido”.

https://zap.aeiou.pt/qual-foi-o-dia-mais-aborrecido-da-historia-um-cientista-395131

 

Democratas norte-americanos pedem que Biden negue fundos para a Amazónia devido à atitude de Bolsonaro !

A poucos dias de Joe Biden se encontrar com Jair Bolsonaro, o Presidente norte-americano foi instado pelos senadores a condicionar o apoio à redução da desflorestação na Amazónia.


Democratas do Senado norte-americano enviaram esta sexta-feira uma carta ao Presidente, Joe Biden, a criticar o péssimo histórico ambiental do seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, e instando-o a condicionar qualquer apoio à redução da desflorestação na Amazónia.

A carta foi assinada por mais de uma dúzia de senadores, incluindo Patrick Leahy, presidente do Comité de Apropriações, e Bob Menendez, presidente do Comité de Relações Exteriores.

Este movimento acontece a poucos dias de Biden se encontrar com Bolsonaro e outros líderes numa cimeira do clima organizada pelos Estados Unidos da América (EUA), que foi a principal promessa de campanha para combater de forma mais agressiva as alterações climáticas.

A carta parece destinada a restringir uma oferta ambiental incipiente de Jair Bolsonaro, um cético que era um fiel aliado do ex-presidente Donald Trump, e que tenta agora ser um parceiro de Biden nas questões ecológicas, na esperança de garantir milhares de milhões de dólares em ajuda externa para promover o desenvolvimento sustentável na Amazónia.

Numa carta enviada a Biden na quarta-feira, Bolsonaro foi o próprio a condicionar as metas ambientais do seu país ao recebimento de “recursos anuais significativos”.

No documento, de sete páginas, Jair Bolsonaro comprometeu-se em acabar com a desflorestação ilegal no seu país até 2030 e admitiu a possibilidade de o Brasil antecipar para 2050 o objetivo de longo prazo de alcançar a neutralidade climática, 10 anos antes da data anteriormente assumida.

Os senadores alertam que o fracasso em desacelerar a desflorestação também afetará o apoio à candidatura do Brasil para entrar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), objetivo há muito almejado pelo Bolsonaro.

Os 15 senadores, que também incluem os ex-candidatos à Presidência Bernie Sanders e Elizabeth Warren, disseram apoiar a cooperação entre os Governos dos EUA e do Brasil na Amazónia, mas questionaram a credibilidade de Bolsonaro.

“A retórica e as políticas do Presidente Bolsonaro efetivamente deram luz verde aos perigosos criminosos que operam na Amazónica, permitindo-lhes expandir dramaticamente as suas atividades”, escreveram os senadores na carta obtida pela agência Associated Press, citando reportagens recentes sobre abusos cometidos na região.

Uma parceria EUA-Brasil “só pode ser possível se o Governo de Bolsonaro começar a levar a sério os compromissos climáticos do Brasil – e apenas se proteger, apoiar e envolver de forma significativa os muitos brasileiros que podem ajudar o país a cumpri-los”, acrescentaram os legisladores.

Bolsonaro aliou-se a poderosos interesses do agronegócio, lançou ofensas e calúnias contra ativistas ambientais e irritou-se com os líderes europeus que denunciaram a desflorestação na Amazónica enquanto a destruição da maior floresta tropical do mundo atingiu o seu pior nível desde 2008.

Na campanha, Biden propôs que os países forneçam ao Brasil 20 mil milhões de dólares (16,7 mil milhões de euros) para combater a desflorestação e disse que o país deve sofrer repercussões se falhar esse objetivo. Na época, Bolsonaro classificou os comentários de Biden como “lamentáveis” e “desastrosos”.

As negociações bilaterais com o Brasil sobre meio ambiente começaram em 17 de fevereiro, lideradas pelo enviado especial do clima de Biden, John Kerry. Os dois lados têm realizado reuniões técnicas regulares antes da cimeira do clima de 22 e 23 de abril, que ocorrerá virtualmente devido à pandemia covid-19.

https://zap.aeiou.pt/biden-negue-fundos-amazonia-395962

 

Raúl Castro abandona liderança do partido comunista de Cuba !

A família de Fidel Castro vai abandonar o comando do país. Raúl Castro confirmou que vai deixar o cargo de chefe do partido comunista de Cuba, num congresso do partido que decorreu na sexta-feira, em Havana.


O general Raúl Castro, irmão de Fidel Castro, retirou-se definitivamente da política e deixou de ser líder do Partido Comunista Cubano (PCC). A liderança da ilha está agora nas mãos do atual presidente do país, Miguel Díaz-Canel.

A decisão foi anunciada no VIII Congresso do partido, principal reunião dos comunistas cubanos, esta sexta-feira, em Havana. O seu sucessor será votado no final do congresso de quatro dias.

Segundo o Expresso, Raúl Castro disse que se retirava com o sentimento “de ter cumprido a missão e confiante no futuro da pátria”. Com a sua saída, os cubanos vão ficar, pela primeira vez em seis décadas, sem um líder da família Castro a comandar o país – desde a revolução de 1959 iniciada por Fidel Castro.

No congresso, Raúl Castro não revelou quem tenciona nomear como seu sucessor na liderança do partido comunista de Cuba, mas já se mostrou favorável a passar a pasta a Miguel Díaz-Canel, que o sucedeu como presidente em 2018 e representa uma geração mais jovem de legalistas que se batem por uma maior abertura económica em Cuba.

Miguel Díaz-Canel, de 60 anos, apresentou em janeiro um plano que tinha sido aprovado há dois congressos com vista a unificar o sistema de moeda dupla da ilha, além de abrir portas às empresas privadas e permitir aos cidadãos lançarem negócios.

https://zap.aeiou.pt/raul-castro-abandona-comunista-cuba-395975

 

Nova Zelândia avança com lei de mudança climática que nenhum outro país se atreveu a aprovar !

A Nova Zelândia vai forçar o setor financeiro a fornecer informações sobre impacto ambiental. A primeira-ministra Jacinda Ardern prometeu que o país vai alcançar a neutralidade nas emissões de carbono até 2050.


A Nova Zelândia vai obrigar os bancos a revelar o impacto ambiental dos seus investimentos. Segundo o Science Alert, trata-se da primeira legislação do mundo que tem como objetivo tornar o registo ambiental do setor financeiro transparente.

O executivo liderado por Jacinda Ardern também vai obrigar os bancos, as companhias de seguros e os gestores de investimento a explicar como irão gerir os riscos e oportunidades ligados aos efeitos sobre o ambiente.

“Tornar-se o primeiro país do mundo a introduzir uma lei como esta significa que temos a oportunidade de mostrar liderança real e abrir caminho para que outros países tornem as divulgações relacionadas com o clima obrigatórias”, disse o ministro do Comércio, David Clark.

“Não podemos simplesmente alcançar emissões neutras em carbono até 2050 a menos que o setor financeiro saiba qual é o impacto dos seus investimentos sobre o clima. Esta lei irá colocar os riscos climáticos e a resiliência no centro das decisões financeiras e empresariais”, explicou.

“É importante que cada parte da economia da Nova Zelândia nos ajude a reduzir as emissões e a fazer a transição para um futuro de baixo carbono”, acrescentou ainda.

A alteração à Lei do Setor Financeiro, apresentada no Parlamento de Wellington, onde o Partido Trabalhista de Ardern tem maioria absoluta, exigirá que cerca de 200 instituições no país apresentem um relatório a partir de 2023.

A lei afetará todos os bancos registados, cooperativas de crédito e sociedades de construção, bem como os gestores de investimentos e seguradoras com ativos totais superiores a 589 milhões de euros. A medida afetará também todos os emitentes de ações e dívidas cotados na bolsa da Nova Zelândia, a NZX, e as empresas públicas com ativos superiores a 589 milhões.

A primeira-ministra da Nova Zelândia comprometeu-se ainda com a missão de tornar a nação do Pacífico Sul neutra em carbono até 2050. Além disso, prometeu que mais de metade dos carros do país serão elétricos até 2035.

https://zap.aeiou.pt/nova-zelandia-lei-de-mudanca-climatica-395956

 

Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd, recusa-se a testemunhar em tribunal !

Derek Chauvin, o antigo agente da polícia acusado de ter asfixiado o cidadão afro-americano George Floyd, informou o tribunal de que não vai testemunhar no processo.


Derek Chauvin decidiu que não vai testemunhar. “Invoco hoje o meu direito à Quinta Emenda”, disse o ex-agente, referindo-se ao seu direito contra a auto-incriminação, nos termos da Constituição dos Estados Unidos da América, afirmando que não iria testemunhar no processo contra si próprio.

Perante tal declaração, o juiz Peter Cahill questionou o ex-agente policial: “É esta a sua decisão de não testemunhar?”. De acordo com o Jornal de Notícias, Chauvin respondeu: “É, meritíssimo.”

Derek Chauvin, de 45 anos, é acusado da morte do afro-americano George Floyd, caso que desencadeou uma vaga de protestos antirracismo e contra a brutalidade policial em várias cidades norte-americanas e no mundo no ano passado.

No dia 25 de maio de 2020, o antigo agente policial ficou ajoelhado sobre o pescoço de Floyd durante oito minutos e 46 segundos, asfixiando mortalmente o afro-americano.

Chauvin declara-se inocente e a sua defesa assegura que George Floyd, suspeito de efetuar um pagamento com uma nota falsa de 20 dólares, morreu de uma overdose associada a problemas cardíacos no momento em que a polícia tentava neutralizá-lo.

O julgamento entrou agora na terceira semana. As argumentações finais estão previstas decorrer na segunda-feira e, depois de concluídas, o grupo de jurados selecionado irá retirar-se para deliberar.

O veredicto  é aguardado para o final de abril ou início de maio.

https://zap.aeiou.pt/derek-chauvin-recusa-se-a-testemunhar-395954

 

sábado, 17 de abril de 2021

Empreiteiros, cuidado - Vem aí o Baubot, um robô para a construção civil !

A startup austríaca Printstones, que desenvolve robôs de impressão 3D desde 2017, revelou o seu mais recente protótipo: Baubot, um robô para a construção civil.

A principal missão do Baubot é auxiliar e automatizar a indústria da construção civil, melhorando a segurança do local e reduzindo os custos. O dispositivo pode substituir trabalhadores em ambientes adversos e acelerar consideravelmente o processo de construção.

Segundo o New Atlas, o robô de acionamento elétrico, muito parecido com um tanque militar, atinge uma velocidade máxima de 3,2 km/h e pode ser controlado manualmente ou configurado para seguir comandos pré-programados.

Baubot, que funciona durante oito horas seguidas sem ser necessário carregar a bateria, tem um braço multifuncional com um alcance de 1.000 mm.

Este braço acomoda uma série de ferramentas diferentes para ajudar nas tarefas de construção – fresagem e perfuração, aparafusamento, corte a plasma, soldagem, assentamento de tijolos, lixamento e pintura de superfícies.

O robô pode transportar uma carga útil de até 500 kg, tem câmaras integradas para monitorizar o local de trabalho, iluminação embutida para trabalhar durante o período da noite e visores integrados que mostram notificações e mensagens de aviso aos colegas humanos.

“O que vai começar como uma colaboração simples pode desenvolver-se e tornar-se um enxame de robôs que trabalham juntos, permitindo inovações em vários campos: posicionamento no local, reconhecimento de ambiente, assim como novas ferramentas e processos inteligentes”, referiu a empresa.

O design da plataforma pode até estender-se à construção naval ou à fabricação de aeronaves. O Baubot poderá também ser usado em inspeções de infraestrutura, uma prova de que o futuro deste robô parece promissor.

https://zap.aeiou.pt/baubot-robo-construcao-civil-395515

 

Oito meses depois da explosão em Beirute, o Líbano ainda é um pesadelo tóxico !

A explosão em Beirute foi apenas mais uma página no longo e sombrio livro da má gestão de resíduos tóxicos no Líbano. Ainda há produtos químicos perigosos no porto de Beirute.


Já lá vão oito meses desde as explosões que devastaram Beirute, a capital do Líbano, matando mais de 200 pessoas e gerando uma onda de destruição. Apesar disso, ainda ninguém foi responsabilizado pelo incidente, apesar de se saber que líderes políticos sabiam dos riscos das toneladas de nitrato de amónio indevidamente armazenado.

“Nunca vi uma situação como esta na minha vida”, disse um funcionário da empresa de engenharia alemã contratada pelo governo libanês para tratar dos resíduos tóxicos. Em fevereiro, foram encontradas milhares de toneladas de produtos químicos mais perigosos no porto de Beirute, que ainda lá estão até hoje.

Este descuido do Líbano não é recente e, segundo a VICE, o país já é um caso reincidente. Durante a guerra civil, a milícia das Forças Libanesas controlou o porto de Beirute e procurou ganhar dinheiro importando lixo tóxico do estrangeiro e colocando-o em aterros e pedreiras libanesas.

“A máfia italiana ganhou mil milhões de dólares a pegar em lixo tóxico de toda a Europa, despejando-o no Mediterrâneo e exportando-o para todo o mundo”, disse Fouad Hamdan, que trabalhou como ativista ambiental para a Greenpeace no Líbano.

“Nos anos 80 – Samir Geagea [um chefe militar cristão libanês] importava o lixo e nunca se desculpou pelo caos que causou. Como todos os outros chefes militares”, acrescentou.

À medida que a reconstrução pós-guerra prosseguia, os líderes libaneses não conseguiram construir ou manter a infraestrutura de tratamento de águas residuais ou implementar qualquer gestão significativa de águas residuais ou resíduos sólidos, escreve ainda a VICE.

Além disso, a maioria do lixo no Líbano não é separado e as leis contra despejo ilegal de lixo raramente são aplicadas. Isto faz com que haja quase mil lixeiras abertos em todo o país, e os aterros são mal administrados e estão bem acima da sua capacidade pretendida. Mais de 90% das águas residuais do Líbano vão sem tratamento para os rios, solo ou mar.

“Basicamente, não há gestão de resíduos perigosos no Líbano — a maioria dos resíduos é misturada com resíduos municipais e acaba em lixeiras e aterros sanitários, e apenas uma pequena quantidade é exportada para ser tratada no estrangeiro”, explica o especialista em gestão de resíduos Samar Khalil.

https://zap.aeiou.pt/libano-ainda-pesadelo-toxico-395113

 

Antigo rito sagrado “entre irmãos” pode ter sido, na verdade, o casamento homossexual !

A adelfopoiese era uma cerimónia praticada historicamente na tradição cristã para unir duas pessoas do mesmo sexo – normalmente homens – num relacionamento reconhecido pela igreja, análogo ao irmão.


Segundo documentos históricos, com 20 anos, Simeão fez os votos monásticos no mosteiro de Abba Gerasimus, na Síria, juntamente com o seu amigo e companheiro asceta João de Edessa. Depois disso, Simeão e João passaram cerca de 29 anos no deserto, perto do Mar Morto.

João tinha acabado de casar quando foi passar quase três décadas no deserto. Para a esposa, as circunstâncias não eram ideais, mas, para João e Simeão, era o início de uma bela amizade que os levaria a fazer votos de fraternidade.

O nome desse rito sagrado, a adelfopoiese – traduzido do grego como “criação de irmãos” -, não era incomum para os cristãos bizantinos. A cerimónia servia para dois propósitos: solidificar uma amizade íntima entre dois irmãos em Cristo e como uma forma agressiva de networking, segundo o OZY.

De acordo com Claudia Rapp, professora de estudos bizantinos na Universidade de Viena, aprimeira iteração do ritual era uma forma de dois monges “viverem como irmãos em pares” para avançar na sua jornada espiritual

No entanto, a partir do século VI, muitos leigos adotaram a prática como uma “estratégia para networking”, continuou a investigadora. Neste último casos, os laços nem sempre eram eternos e podiam ser feitos com vários parceiros – embora, geralmente, um de cada vez.

Essa foi a tática usada pelo imperador Basílio I, que começou como um plebeu e, através de alguns ritos estratégicos, acabou por fundar o Império da Macedónia.

Durante a era bizantina, a adelfopoiese trazia vantagens importantes. Um plebeu poderia ser convidado para a casa do seu irmão mais rico, comparecendo a batizados, casamentos e a festas. Esse acesso incluía apresentações às filhas aristocráticas de famílias que normalmente as manteriam escondidas.

Na última fase da adelfopoiese, os homens eram advertidos de que a sua irmandade exigia que protegessem as mulheres da sua nova família das más intenções.

Contudo, ao longo dos anos, alguns estudiosos interrogaram-se se a adelfopoiese era, na verdade, uma forma discretamente aceite de casamento entre o mesmo sexo.

Em 1994, John Boswell, um historiador da Universidade de Yale, argumentou que muitas descrições antigas de amizade “são, no entanto, nitidamente românticas”. Boswell teorizou que a adelfopoiese unia dois homens numa união semelhante ao casamento e aprovada pela igreja.

No entanto, os críticos afirmam que o contexto social era mais aberto a amizades masculinas que eram menos reprimidas do que agora, por isso podem parecer românticas para os padrões modernos.

Como tal, a maioria dos estudiosos acredita que o ritual era usado principalmente como uma forma de solidificar amizades e formar alianças estratégicas.

Ainda assim, alguns católicos homossexuais de hoje usam a estrutura da adelfopoiese para formar uniões do mesmo sexo que, desde que permaneçam celibatárias, não desafiem a doutrina da Igreja.

Românticos ou não, eram relacionamentos profundos. Segundo “Symeon the Holy Fool”, de Derek Krueger, quando Simeão decidiu regressar à sociedade e fazer trabalhos de caridade, o seu irmão João sentiu como se “uma faca o separasse do seu corpo”.

Enquanto João voltou ao seu isolamento no deserto, Simeão passou a servir aos pobres na cidade de Emesa, no Líbano moderno, tornando-se deliberadamente “um tolo por Cristo” ao agir como um louco para não receber elogios pelas suas boas obras.

Pouco antes da sua morte em 588, Simeão contou ter visto o seu amado João numa visão.

Ambos foram nomeados santos depois de morrerem, partilhando o mesmo dia sagrado durante muitos séculos.

https://zap.aeiou.pt/antigo-rito-sagrado-entre-irmaos-pode-ter-sido-na-verdade-395203

 

A imponência do Titanic pode ter acelerado o fim da sua história !

Com quase 269 metros de comprimento, o tamanho do Titanic – considerado o maior navio do mundo em 1912 – pode mesmo ter acelerado o fim da sua história.


O Titanic media quase 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e pesava mais de 46 mil toneladas. Em 1912, quando foi dado a conhecer ao mundo, era considerado o maior navio do mundo e simbolizou um empolgante avanço na indústria naval.

Segundo o All That’s Interesting, o negócio do transporte marítimo no início do século XX era dominado por um punhado de empresas, entre as quais a White Star Line. Para superar os rivais, que tinham acabado de lançar o Lusitânia, a White Star começou a construir a sua embarcação mais ambiciosa: o RMS Titanic.

Batizado em homenagem aos gigantescos Deuses da mitologia grega conhecidos como Titãs, o Titanic foi projetado para ser um gigante flutuante. Quando comparado com os navios de cruzeiro atuais, parece pequeno, mas bateu recordes na sua época.

A imponência do navio, que parecia ser um motivo de vitória, não entusiasmou toda a gente. Alguns especialistas em construção naval alertaram que os novos navios podiam ser demasiado grandes para serem atracados e as autoridades chegaram até a sugerir que o Titanic e o seu irmão – o Olympic – teriam que descarregar passageiros e carga no mar.

Independentemente dos avisos, o Titanic ficou pronto no dia 31 de março de 1912 e, alguns dias depois, partiu para a sua viagem inaugural. O tamanho despertou curiosidade e o navio chegou a ser rotulado de “inafundável“.

“Não há perigo de o Titanic afundar”, gabou-se Phillip Frank, vice-presidente da White Star Line. “O barco é inafundável.”

Mas quatro dias depois de zarpar, a 10 de abril de 1912, do porto de Southampton, na Inglaterra, o Titanic embateu contra um icebergue.

Especialistas modernos acreditam que o navio afundou mais rápido do que seria suposto devido, em parte, ao seu tamanho.

Reduzir e redirecionar um navio desta massa exigia muito mais distância e tempo do que a tripulação dispunha quando percebeu que corria o risco de atingir um icebergue. Além disso, apesar de ter sido construído com vários compartimentos abaixo do convés, esses compartimentos não eram à prova de água.

Quando o Titanic embateu, começou a entrar água na parte da frente do navio. A parte de trás, mais pesada, puxou para baixo a embarcação, que quase partiu ao meio.

Depois do naufrágio do Titanic, os fabricantes Harland e Wolff fizeram mudanças drásticas nos seus dois navios irmãos, o HMHS Britannic e o RMS Olympic. As embarcações foram modificadas e atualizadas com anteparas mais altas, um segundo casco interno, materiais à prova de fogo e, o mais importante, mais barcos salva-vidas.

Atualmente, os navios modernos estão também equipados com recursos e protocolos de segurança rígidos para evitar outros desastres marítimos, como o do Titanic.

https://zap.aeiou.pt/imponencia-titanic-acelerado-o-fim-395839

 

Talin fechou uma estrada para que sapos e rãs possam atravessar em segurança !

A capital da Estónia fechou uma estrada movimentada, durante as noites do mês de abril, para garantir que milhares de sapos e rãs conseguem atravessar em segurança para o local onde se vão reproduzir.

Geralmente, são voluntários os responsáveis por ajudar estes sapos e rãs a atravessar as estradas durante a primavera, que dizem já ter salvado 97 mil animais em anos anteriores, incluindo dois mil espécimes no ano passado nesta mesma estrada, conta a agência Reuters.

Porém, com o aparecimento da pandemia da covid-19, esta ajuda torna-se impossível este ano, portanto o encerramento de estradas é a única salvação para estes anfíbios, que são mais ativos durante a noite. A agência noticiosa explica que a via vai estar fechada, entre as 21h00 e as 06h00, durante um período de duas semanas.

Os sapos já aqui estavam antes da estrada. Agora, as lagoas onde se reproduzem estão de um lado da estrada e o local onde passam o inverno está do outro. Por isso, são obrigados a atravessar para deixar os ovos”, explica Kristel Saarm, voluntária do Fundo Nacional da Estónia.

Como a superfície quente da estrada torna estes anfíbios mais sonolentos e lentos, estima-se que até cerca de 300 possam ficar presos de cada vez que tentam atravessar, deixando-os vulneráveis aos carros.Segundo Oleg Siljanov, chefe adjunto do distrito de Haabersti, Talin está a considerar construir um túnel debaixo da estrada para que estes animais consigam atravessar, ou providenciar-lhes uma lagoa no lado onde passam o inverno.

https://zap.aeiou.pt/talin-fechou-estrada-sapos-ras-atravessar-395781

 

Eis os segredos de Taiwan, que “passou ao lado” da covid-19 sem confinar !

 

Um novo estudo procurou perceber os segredos para o sucesso de Taiwan a combater a pandemia de covid-19. O país nunca chegou a confinar.

Taiwan foi amplamente aplaudido pela sua gestão da pandemia, com uma das taxas de covid-19 per capita mais baixas do mundo e a vida na ilha em grande parte a voltar ao normal.

Apenas 11 pessoas morreram de covid-19 em Taiwan desde o início da pandemia, um feito impressionante para um país que nunca entrou em confinamento.

Com um historial de SARS em 2003, que se argumenta não ter sido bem gerida, o Governo de Taiwan agiu rapidamente para fechar as suas fronteiras desta vez. Taiwan criou ainda um Centro de Comando Central de Epidemias a 20 de janeiro de 2020 para coordenar a cooperação entre diferentes ministérios e agências governamentais e entre o governo e as empresas.

Um novo estudo publicado recentemente no Journal of the American Medical Association examinou mais detalhadamente por que Taiwan se saiu tão bem na conquista da covid-19. Os autores do estudo, de vários institutos de saúde e hospitais em Taiwan e nos EUA, compararam a eficácia estimada de dois tipos de políticas covid-19 nos primeiros meses da pandemia: medidas baseadas em casos e medidas baseadas na população.

As medidas baseadas em casos incluem a deteção de pessoas infetadas através de testes, isolamento de casos positivos, rastreamento de contactos e quarentena de contactos próximos por 14 dias. As medidas baseadas na população incluíram políticas de máscara de proteção individual, higiene pessoal e distanciamento social.

Os efeitos destas políticas foram quantificados estimando o índice de transmissibilidade, R(t).

O R(t) é uma forma de classificar a capacidade de propagação de uma doença infecciosa — representa o número médio de pessoas para as quais uma pessoa infetada transmitirá o vírus. Um número R maior que 1 significa que o vírus continuará a espalhar-se e os surtos continuarão. Um número R abaixo de 1 significa que os números de casos começarão a diminuir.

Embora estudos anteriores noutros países tenham simulado cenários hipotéticos, este artigo científico combinou modelagem de transmissão com dados reais detalhados para estimar a eficácia.

A combinação vencedora

O estudo descobriu que apenas as políticas baseadas em casos, como rastreamento de contactos e quarentena, podem reduzir o R(t) de 2,5 para 1,53. A quarentena foi a que mais contribuiu para reduzir o R(t).

As intervenções baseadas em casos não podem impedir substancialmente a transmissão de uma pessoa para outra, mas podem reduzir a transmissão desses casos secundários para uma terceira ou quarta pessoa, desde que os contactos próximos fiquem em quarentena.

Já as políticas baseadas na população, como distanciamento social e máscaras, reduziram o R(t) de 2,5 para 1,3.

Os autores concluíram que foi a combinação de políticas baseadas em casos e baseadas na população, juntamente com a adesão generalizada, que levou ao sucesso de Taiwan em conter a covid-19.

Eles também descobriram que políticas baseadas na população consideráveis eram necessárias para alcançar a contenção, embora o número de infeções circulantes fosse pequeno.

Nenhuma das abordagens teria sido suficiente por si só, mesmo num país com um sistema de saúde pública eficaz e rastreamento sofisticado de contactos.

O que é isto significa para outros países?

Reconhecendo que todos os modelos fazem suposições, e esta análise não é diferente, este artigo científico confirma que o conjunto completo de medidas de saúde pública que temos usado de forma bastante consistente em todo o mundo — em vários graus de comprimento e rigor — foi necessário.

Os autores presumiram que o teste e o isolamento ocorreram simultaneamente. Este foi o caso em Taiwan, mas não noutros países, onde atrasos entre os testes, resultados e isolamento diminuem a eficácia das medidas baseadas em casos.

Taiwan é uma nação insular com capacidade de controlar a introdução de novos casos através do controlo de fronteira, e os autores reconhecem que as descobertas deste estudo podem não ser totalmente aplicáveis a outros países.

Esta é a razão pela qual os autores se concentraram na eficácia das intervenções baseadas em casos e na população na transmissão local, em vez de se concentrarem nos controlos de fronteira.

Os autores concluem que o rastreamento intensivo de contactos não é possível quando os sistemas de saúde pública estão sobrecarregados. Isto nunca aconteceu em Taiwan devido ao sucesso das suas estratégias, mas aconteceu, por exemplo, na Irlanda em janeiro de 2021, quando o país sofreu uma terceira onda de covid-19.

Este artigo também encontrou resultados semelhantes para quarentena de sete e 14 dias e sugere que o período de quarentena pode ser reduzido. Isto está a ser considerado por alguns países, incluindo os EUA, mas não foi introduzido de forma generalizada até ao momento.

https://zap.aeiou.pt/segredos-taiwan-covid-19-confinar-395866

 

 

Paquistão - Protestos violentos levam governo a ordenar bloqueio das redes sociais !

O Governo do Paquistão ordenou o bloqueio temporário das redes sociais e plataformas de mensagens instantâneas esta sexta-feira, após vários dias de protestos violentos contra a França, avançou a agência AFP.


Numa notificação enviada à Autoridade de Telecomunicações do Paquistão, o Ministério do Interior solicitou um “bloqueio total” do Twitter, Facebook, WhatsApp, YouTube e Telegram até as 15:00 (11:00 em Lisboa).

As manifestações têm-se mantido no Paquistão desde que o Presidente francês, Emmanuel Macron, apoiou o direito de uma revista satírica de republicar caricaturas que retratam o profeta Maomé. Os protestos são violentamente reprimidos pela polícia.

A embaixada da França no Paquistão já tinha recomendado na quinta-feira que os seus cidadãos e as empresas francesas abandonassem temporariamente o país, devido a “graves ameaças aos interesses franceses no Paquistão”.

O partido extremista Tehreek e Ilabbaik Pakistan (TLP), bloqueou parcialmente no início da semana as cidades de Lahore, Karachi e Islamabad, exigindo a expulsão do embaixador da França.

https://zap.aeiou.pt/paquistao-protestos-governo-bloquear-redes-sociais-395714

 

OMS alerta para crescimento “preocupante” de casos no mundo !

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira para o continuo crescimento de casos de covid-19 no mundo, referindo que o número de novos casos confirmados por semana quase duplicou nos últimos dois meses.


Tedros Adhanom Ghebreyesus disse, em conferência de imprensa, que o número de novos casos “está a aproximar-se da maior taxa de infeção que vimos até agora na pandemia”.

O responsável da OMS disse ainda que alguns países que conseguiram evitar surtos generalizados de Covid-19 estão agora a registar aumentos acentuados, citando a Papua-Nova Guiné como exemplo.

“Até o início deste ano, a Papua-Nova Guiné tinha relatado menos de 900 casos e nove mortes”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, adiantando que agora o país já identificou mais de nove mil casos e 83 mortes, metade das quais no mês passado.

“A Papua-Nova Guiné é um exemplo perfeito de como a vacina é tão importante”, disse o diretor-geral da OMS, acrescentando que a nação insular do Pacífico conta com doações de vacinas da Austrália e da COVAX, apoiada pelas Nações Unidas.

Até o momento, a COVAX já enviou cerca de 40 milhões de vacinas para mais de 100 países, o suficiente para proteger cerca de 0,25% da população mundial.

Pandemia já matou 2,98 milhões de pessoas no mundo

A pandemia do novo coronavírus matou até hoje pelo menos 2.987.891 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais.

Mais de 139.008.120 casos de novas infeções foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Os números são baseados em relatórios diários das autoridades de saúde de cada país até às 10h00 TMG (11h00 em Lisboa) desta sexta-feira e excluem as revisões posteriores de agências estatísticas, como ocorre na Rússia, Espanha e Reino Unido.

Na quinta-feira, 13.646 novas mortes e 809.849 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus últimos relatórios são o Brasil com 3.560 novas mortes, Índia (1.185) e Estados Unidos (974).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 565.289 mortes para 31.495.652 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

Em seguida, vêm o Brasil com 365.444 mortes e 13.746.681 casos, o México com 211.213 óbitos (2.295.435 casos), a Índia com 174.308 mortes (14.291.917 casos) e o Reino Unido com 127.191 óbitos (4.380.976 casos).

Entre os países mais atingidos, a República Checa apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 264 mortes por 100.000 habitantes, seguida pela Hungria (254), Bósnia-Herzegovina (235), Montenegro (225) e Bulgária (214).

A Europa totalizou esta sexta-feira, às 10h00 TMG (11h00 em Lisboa), 1.016.003 mortes em 47.440.536 casos, a América Latina e Caribe 852.118 óbitos (26.812.010 casos), os Estados Unidos e Canadá 588.779 mortes (32.589.214 casos), a Ásia 292.169 óbitos (20.566.289 casos), o Médio Oriente 120.787 mortes (7.161.469 casos), a África 117.015 óbitos (4.397.613 casos) e a Oceania 1.020 mortes (40.992 casos).

Desde o início da pandemia, o número de testes realizados aumentou substancialmente e as técnicas de rastreamento e despistagem melhoraram, levando a um aumento no número dos contágios declarados.

O número de casos diagnosticados, entretanto, reflete apenas uma fração do total real dos contágios, com uma proporção significativa dos casos menos graves ou assintomáticos ainda não detetados.

Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em Portugal, morreram 16.933 pessoas dos 829.358 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

https://zap.aeiou.pt/oms-crescimento-preocupante-mundo-395837

 

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