domingo, 16 de maio de 2021

Já se sabe qual a ocasião mais perdida do ano devido à pandemia !

Tomar um café com um amigo ou um familiar é o momento mais perdido do último ano devido à pandemia de covid-19. Nos últimos 12 meses, e em todas as cidades europeias, estima-se ter havido cerca de 13 mil milhões de ocasiões perdidas.


Uma investigação com 4.000 adultos que vivem em cidades europeias revelou, recentemente, que, durante a pandemia, mais de dois terços perderam o hábito de se encontrarem num café com um amigo ou um familiar, segundo a marca de cafés premium Julius Meinl.

A maioria dos inquiridos perdeu o contacto social e 81% disseram que conversar com um amigo ou até um estranho teve um impacto positivo no seu bem-estar.

O estudo, cujos resultados são avançados pelo EuropaPress, foi conduzido pela marca de café e pela OnePoll nas cidades de Londres, Viena, Milão e Bucareste, em abril deste ano.

Entre março de 2020 e março de 2021, os habitantes das cidades europeias perderam, em média, um quarto das conversas que costumavam ter com estranhos.

Os londrinos, por exemplo, perderam 6,3 milhões de oportunidades de conhecer alguém novo, enquanto os vienenses perderam 2,5 milhões. Já os habitantes de Milão perderam 2,1 milhões de oportunidades de conhecer novas pessoas.

A Julius Meinl perguntou aos moradores das cidades se a postura deles em relação a desconhecidos havia mudado durante a pandemia e, entre os entrevistados, 36% disseram que atualmente são mais propensos a dizer “olá” a um desconhecido do que eram antes da pandemia.

Um em cada dez inquiridos disse que estaria muito mais propenso a dizer “olá”, alegando que agora se sentia “mais conectado” com outras pessoas em consequência da crise mundial.

Apenas 20% disseram estar menos propensos a dizer “olá”. Entre as restrições para iniciar uma nova conversa estão a falta de confiança, o nervosismo ao falar com as pessoas e o medo da propagação do vírus.

Ainda assim, os londrinos são os mais sociáveis, uma vez que quase a metade (48%) afirmou que estaria mais propenso a dizer “olá” e um em cada cinco (20%) estaria muito mais propenso.

Apenas 12% disseram que estariam menos propensos em comparação com um quarto daqueles que vivem em Bucareste e Milão.

O EuropaPress escreve ainda que um em cada cinco entrevistados disse que o lugar mais provável onde iniciariam uma nova conversa seria num café.

Para apoiar cafés, hotéis e restaurantes de todo o mundo à medida que começam a reabrir, a Julius Meinl vai aumentar as conexões em torno do café com a campanhaDiga Olá“.

A partir de 1 de junho de 2021, os consumidores desta marca de café serão incentivados a “Dizer Olá” a um amigo ou desconhecido, presenteá-los com uma chávena de café e partilhar um momento juntos.

https://zap.aeiou.pt/ocasiao-mais-perdida-do-ano-402699

 

ONU alerta que Violência contra as mulheres é “uma pandemia” !

Uma década após a criação da Convenção de Istambul, o marco dos tratados de direitos humanos para acabar com a violência de género, as mulheres enfrentam um ataque global aos seus direitos e segurança, alertaram ativistas.


Esta semana celebrou-se a 10.º aniversário desde que os primeiros 13 países assinaram a convenção, vista como um ponto de viragem nos esforços para enfrentar a violência contra as mulheres. Contudo, apesar de 46 estados terem assinado o tratado, existe uma pandemia de violência contra as mulheres, exacerbada e exposta pela covid-19, alertou Dubravka Šimonović, enviada especial da Organização das Nações Unidas (ONU).

“A pandemia de covid-19 revelou o que estava a acontecer antes”, disse Dubravka Šimonović, sublinhando que em todo o mundo houve um grande aumento nos contactos para as linhas de ajuda, relatos de mulheres desaparecidas ou mortas e escassez de abrigos seguros para as vítimas.

E frisou: “Existe uma pandemia de violência contra as mulheres, que não foi tratada de forma adequada num grande número de países”.

Em março, a Turquia, o berço da convenção, anunciou que se retiraria do tratado – visto como a primeira estrutura internacional juridicamente vinculativa para prevenir a violência doméstica, proteger as sobreviventes e promover a igualdade – a partir de julho.

Este foi o culminar da escalada antifeminista e anti-LGBTQ+ dos políticos turcos, incluindo o Presidente Recep Tayyip Erdogan. O chefe de Estado já declarou pública e repetidamente que não acredita na igualdade entre homens e mulheres.

“Perdemos uma rede de segurança”, disse Elif Ege, da organização Mor Çati, em Istambul. “A convenção de Istambul não foi implementada adequadamente ao longo dos anos, mas isso não significa que foi completamente ineficaz; foi uma ferramenta significativa nas organizações feministas”.

Na Ucrânia, tem havido forte oposição à assinatura e ratificação da convenção por parte de grupos religiosos, que a consideram uma ameaça aos “valores familiares”. A organização ucraniana Women’s Perspectives informou que tem recebido o dobro de pedidos de ajuda e que as mulheres enfrentam barreiras crescentes para ter acesso à justiça.

Miroslava Bobáková, codiretora do Fundo Eslovaco-Checo para Mulheres, disse que na Eslováquia – que também assinou o tratado – a convenção é vista cada vez mais como “a essência do mal”. A situação no país é especialmente terrível para as mães solteiras, para as mulheres que vivem na pobreza e para a comunidade cigana.

No México, 10 mulheres são mortas com base no género todos os dias. No Peru, entre março e julho de 2020, houve 11 mil casos de violência contra as mulheres, de acordo com o Ministério da Mulher, em que quase 30% dos agredidas tinham menos de 18 anos.

No Egito, que não assinou a convenção, aumentam as tentativas de silenciar ativistas feministas, por violarem os “valores familiares”. “Não ter uma esfera pública para discutir as coisas traz violência”, apontou Mozn Hassan, da organização Nazra. Tanto a responsável quanto como a organização enfrentam repetidos assédios por parte do estado.

Apesar de tudo, os ativistas defendem que a convenção de Istambul continua a ser uma arma poderosa na luta para acabar com a violência de género. “Apesar das desvantagens, vemos melhorias. Mesmo antes da ratificação, os 34 estados que assinaram [a convenção] implementaram novas leis para proteger as mulheres”, disse Šimonović.

https://zap.aeiou.pt/violencia-mulheres-pandemia-onu-402608

 

Índia está a tornar quase impossível a vacinação dos sem-abrigo !

A Índia está a dificultar o processo de vacinação dos sem-abrigo, uma vez que o programa requer um número de telemóvel e uma morada residencial. Muitas pessoas não têm nem um, nem outro. 


Na Índia, quase 1,8 milhões de pessoas não têm teto, acesso a um telemóvel ou a Internet, o que as impede de participar numa campanha de vacinação que é, em grande parte, feita online.

Para um cidadão se inscrever no programa de vacinação indiano, necessita de ter conexão à Internet, um número de telemóvel e um cartão de identificação emitido pelo Governo com um endereço. De acordo com a Vice, muitos sem-abrigo dizem que estes requisitos os impedem de ser vacinados contra a covid-19.

“Eu não tenho telemóvel, muito menos um smartphone para fazer download da aplicação. Também não tenho um Aadhaar [cartão de identidade emitido pelo Governo], e, mesmo que eu consiga fazer um, que morada devo coloca?”, questionou Rani, que costuma passar as noite num abrigo na capital Nova Deli.

Em declarações à Vice, Anjali Rai, ativista da Campanha Nacional pelos Direitos Humanos dos Dalit, disse que as regras de vacinação do Governo indiano serão “catastróficas para os sem-abrigo”.

“A maioria destas pessoas é analfabeta e não tem conhecimento do procedimento de vacinação, pelo qual o Governo deve ser responsabilizado por não abordar essa lacuna de informação”, afirmou.

A somar ao problema de inscrição, há o problema de os sem-abrigo serem particularmentevulneráveis à covid-19. “O Governo deve fornecer habitação adequada e, depois, solicitar documentação para estas pessoas poderem obter a vacina”, salientou Dev Pal, da Housing and Land Rights Network, uma organização que ajuda pessoas como Rani.

https://zap.aeiou.pt/india-vacinacao-dos-sem-abrigo-402653

 

Miss Universo 2021 - Concorrente da Singapura usa roupa com o slogan “Stop Asian Hate” !


Bernadette Belle Ong, uma concorrente do Miss Universo 2021, vestiu uma roupa com as cores de Singapura que continha as palavras Stop Asian Hate (“parem com o ódio contra os asiáticos”).

Bernadette Belle Ong aproveitou o momento do desfile para destacar o aumento dramático dos ataques e crimes de ódio contra as comunidades ásio-americanas no ano passado.

A representar a Singapura, a concorrente percorreu a passarela com uma roupa vermelha e branca, as cores da bandeira do país. No entanto, segundo a Vice, foi quando Bernadette Belle Ong se virou de costas que o público a aplaudiu: na parte de trás, lia-se o slogan Stop Asian Hate (“parem com o ódio contra os asiáticos”).

O Miss Universo é um dos concursos de beleza mais antigos do mundo e é visto por cerca de 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Este ano, a 69.ª edição aconteceu em Hollywood, na Flórida, depois de ter sido adiada por causa da pandemia de covid-19.

Participaram, ao todo, 74 candidatos de países de todo o mundo.

Stop Asian Hate tornou-se um mote de guerra após inúmeros relatos, vídeos virais e pesquisas que mostram um aumento na violência contra as comunidades ásio-americanas e das ilhas do Pacífico (AAPI) nos Estados Unidos desde o início da pandemia.

Os críticos dizem que grande parte da culpa pertence ao antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ter usado uma retórica inflamada sobre a covid-19 ao apelidá-la de “vírus chinês”.

https://zap.aeiou.pt/miss-universo-2021-stop-asian-hate-402674

 

Hegemonia económica da China cada vez mais longe - Queda demográfica coloca Pequim sob pressão !

O objetivo do país é tornar-se na maior potência económica do mundo nos próximos anos, mas a corrida pela hegemonia – disputada com os EUA – pode não ser uma meta fácil de alcançar. O envelhecimento da população nos últimos anos é um dos fatores que mais contribuiu para este desafio.


Apesar de a China estar a desenvolver-se muito rápido em muitas áreas, a mão de obra que impulsiona o seu crescimento económico está a diminuir.

Isto porque, os últimos censos, que foram concluídos em dezembro, dão conta de uma diminuição da população total do país.

Os dados mostraram que a população da China aumentou apenas 5,8% na última década, sendo que este é o ritmo de crescimento mais lento registado desde, pelo menos, 1960.

A nova realidade pode mostrar-se bastante desfavorável à realização dos objetivos do país nos próximos anos, uma vez que também diminuiu a força de trabalho e a capacidade de produtividade económica.

De acordo com a CNN, a número de pessoas com idade entre 15 e 59 anos caiu para menos de 900 milhões, o que representa cerca de 63% da população – uma queda de pelo menos 7 pontos percentuais em relação à década anterior.

Lin Yifu, conselheiro do governo e ex-economista do Banco Mundial, previu, num fórum governamental, realizado em março, que a China pode ver o seu processo hegemónico ser prejudicado devido a este fator e os resultados deverão estar à vista já em 2030.

Também Yue Su, economista da Economist Intelligence Unit, em Londres, admite que a força de trabalho da China pode diminuir cerca de 5% na próxima década – uma percentagem bastante significativa que pode impactar o seu crescimento económico.

“A provável queda consequente na força de trabalho irá colocar um limite no crescimento económico potencial da China”, referiu Yue à CNN. O especialista alerta ainda que “o dividendo demográfico que impulsionou o crescimento económico do país nas últimas décadas vai-se dissipar rapidamente”.

Atualmente, a China tem tantos idosos como o Japão tinha no início dos anos 1990 – o início de três décadas perdidas de estagnação económica para o país, o que para muitos economistas já é um sinal negativo.

“O facto é que a China está a envelhecer rapidamente”, escreveu Larry Hu, economista do Macquarie Group, num relatório, acrescentando que mais preocupante do que isso é o “facto da China estar a envelhecer antes de ficar rica”.

No entanto, a demografia não é o único desafio da China. O plano de recuperação pós-pandemia tem contado fortemente com o apoio do governo, mas existem várias empresas que declararam falência.

Por outro lado, também existem enormes riscos políticos. Os confrontos em Hong Kong e os alegados abusos dos direitos humanos na região de Xinjiang exacerbaram as tensões com o Ocidente e ameaçam prejudicar os esforços para construir parcerias globais.

Contudo, ainda há quem perspetive o envelhecimento do país de uma forma positiva.

Ning Jizhe, chefe do departamento de estatísticas do país, vê este desafio como uma oportunidade, já que deverá haver uma maior procura de bens de consumo e tecnologia voltada para os mais velhos.

Ainda assim, vários analistas concordam que “a China está a entrar numa grande incógnita demográfica”.

https://zap.aeiou.pt/hegemonia-economica-china-mais-longe-402014

Aos 10 anos, Adewumi chegou à elite mundial do xadrez !

Tanitoluwa Adewumi foi perseguido pelo Boko Haram, fugiu da Nigéria e foi sem-abrigo nos Estados Unidos. Agora, com apenas 10 anos, chegou à elite mundial do xadrez.


Grande Mestre é um dos títulos vitalícios concedidos pela Federação Internacional de Xadrez aos jogadores profissionais. Para obter este título é necessário conseguir uma pontuação igual ou superior a 2.500 pontos em pelo menos 24 partidas válidas, cumprindo uma série de requisitos.

Tanitoluwa Adewumi, uma criança de dez anos de Nova Iorque, nos EUA, acabou de se tornar o mais novo Grande Mestre de xadrez do país, escreve a NPR. Adewumi tornou-se o 28.º jogador mais jovem de sempre a conseguir este título.

“Fiquei muito feliz por ter vencido e por ter conquistado o título”, disse a criança após ter vencido os seus quatros jogos no Fairfield County Chess Club Championship, este mês. “Realmente adorei ter finalmente conseguido”.

Adewumi joga xadrez há três anos, desde que tinha apenas sete anos de idade. Quando começou, ele e a sua família viviam num centro para sem-abrigo em Manhattan depois de fugir da perseguição religiosa pelo Boko Haram no seu país natal, a Nigéria.

O sucesso não veio por acaso. Segundo a rádio norte-americana, o jovem afro-americano treina “10, 11 horas” por dia, depois da escola. As horas de prática permitem que consiga prever com antecedência até 20 jogadas do adversário.

“Digo a mim mesmo que nunca perco, que apenas aprendo. Porque quando perdemos, temos que cometer um erro para perder o jogo. Assim, aprendemos com esse erro e aprendemos [em geral]. Então, perder é a maneira de vencer para você mesmo”, disse a criança de dez anos.

Segundo o jornal The New York Times, Adewumi escreveu um livro com os seus pais sobre a sua jornada, que será transformado num filme pela Paramount Pictures. Será produzido pelo apresentador e ator sul-africano Trevor Noah.

https://zap.aeiou.pt/adewumi-elite-mundial-xadrez-402017

 

sábado, 15 de maio de 2021

“Chernobyl do século XXI.” - Pandemia de covid-19 poderia ter sido evitada, dizem especialistas !

A pandemia de covid-19 podia ter sido evitada e o mundo deve aprender com os erros que não permitiram travar a disseminação do vírus, conclui um novo relatório, divulgado esta quarta-feira.


A pandemia de covid-19 poderia ter sido evitada, segundo os especialistas e personalidades mandatados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que reclamam a urgência de vastas reformas dos sistemas de alerta e prevenção para evitar novas pandemias.

Num relatório, o Painel Independente que apresentou esta quarta-feira resultados considera que a OMS demorou demasiado tempo a soar o alerta e que teria sido possível evitar a catástrofe classificada como “Chernobyl do século XXI”, que já custou a vida a pelo menos 3,3 milhões de pessoas e provocou uma crise económica mundial.

“É claro que a combinação de más escolhas estratégicas, falta de vontade de atacar as desigualdades e um sistema mal coordenado criaram um cocktail tóxico que permitiu à pandemia transformar-se numa crise humana catastrófica”, revela o relatório.

“Muito tempo se passou” entre a notificação de um foco epidémico na China, na segunda quinzena de dezembro de 2019 e a declaração, a 30 de janeiro pela OMS, de uma emergência de saúde pública de âmbito internacional, segundo os peritos. Isto enquanto a China foi acusada de camuflar a epidemia.

“O sistema atual falhou em proteger-nos da pandemia de covid-19. E se não atuarmos para mudá-lo agora, não nos protegerá da próxima ameaça pandémica, que poderá ocorrer a qualquer momento”, avisou Ellen Johnson Sirleaf, codirigente do painel de especialistas e ex-presidente da Libéria, citado pelo Expresso.

“A conclusão é que o sistema de alerta não funciona com a velocidade suficiente quando se enfrenta um patógeno respiratório que se move rapidamente. O Regulamento Sanitário Internacional é um instrumento conservador pela forma como está construído e contribui para restringir em vez de facilitar uma ação rápida”, assinalam os autores.

O grupo de especialistas recomenda o lançamento de um novo sistema mundial de vigilância, baseado numa “transparência total”. “Propomos que a OMS passe a publicar em tempo real todas as informações de que dispõe sem a permissão dos governos”, explicou Michel Kazatchkine, membro do Painel Independente.

“É preciso também que os 194 estados-membros da ONU permitam à OMS desenvolver uma investigação num país onde exista um foco infeccioso”, explicou.

Agora que os progressos da vacinação permitem vislumbrar um progressivo regresso à normalidade na América e na Europa, a índia reportou 4.200 mortes em 24 horas, 250.000 no total, e luta com uma variante que se estendeu a pelo menos 44 países.

Com a vacinação bastante avançada nos países desenvolvidos, exige-se no relatório que os países ricos forneçam mil milhões de doses de vacinas até setembro, e outras tantas até meados de 2022, a 92 países de fracos rendimentos, beneficiários do sistema de distribuição Covax.

https://zap.aeiou.pt/pandemia-poderia-evitada-402276

 

Corrida aos combustíveis - Ciberataque a oleoduto provoca pânico nos EUA !

Quase dois terços dos postos de gasolina do sudeste dos Estados Unidos registam escassez de combustível, depois de um ciberataque à maior rede de oleodutos do país ter obrigado a suspender as operações desde sexta-feira.


A empresa que opera a rede de oleodutos, a Colonial, suspendeu as operações na sexta-feira, após ter sido alvo de um ciberataque de ransomware, um tipo de software malicioso que bloqueia o acesso a informações até que seja paga uma recompensa.

De acordo com dados da aplicação gasbuddy.com, que monitoriza a procura, preços e disponibilidade de combustível naquele país, 65% dos postos de gasolina do estado da Carolina do Norte e 42% dos da Geórgia, Carolina do Sul e Virgínia têm falta de combustíveis.

A app refere ainda falta de combustível em 14% das estações de serviço do Tennessee, 10% das da Florida, 9% dos postos de Maryland, 8% dos de Columbia e 6% dos do Alabama. Mas há mais situações.

Face ao cenário, o secretário de Transportes dos Estados Unidos, Pete Buttigieg, pediu à população que não compre combustível para armazenar, sublinhando que, “em nenhuma circunstância, a gasolina deverá ser colocada em nenhum recipiente que não seja o próprio veículo ou um contentor apropriado”.

Buttigieg referiu ainda que a “prioridade máxima” é “levar combustível às comunidades que mais precisam” e indicou que este incidente também serve para lembrar que “as infraestruturas são questões de segurança nacional”.

Na mesma linha, a secretária da Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm, sublinhou que não há falta de combustível. “Tal como não havia motivo para acumular papel higiénico no início da pandemia, não há motivo para armazenar gasolina”, explicou, notando que a Colonial Pipeline deve estar “substancialmente operacional” dentro de dias.

O preço do petróleo intermédio do Texas (WTI), que serve de referência para o mercado norte-americano, abriu a subir 1,33%, valendo 66,15 dólares o barril, apesar de o mercado ainda estar à espera do restabelecimento das operações da Colonial.

Pânico instalado

Contudo, está a ser difícil conter o pânico dos norte-americanos, que iniciaram uma corrida ao abastecimento com longas filas de motoristas em estações de serviço do sudeste do país.

Imagens de estações de televisão norte-americanas mostram condutores a sair, incapazes de abastecer por falta de combustível.

A procura desenfreada também já provocou um aumento dos combustíveis. Em declarações à rádio NPR, a Associação Automobilística Americana (AAA) nota que em algumas regiões os preços subiram dez cêntimos durante a noite.

Responsáveis do ciberataque identificados

No Domingo, segundo o jornal Público, o Departamento Federal de Investigação (FBI) identificou o grupo Darkside como sendo responsável pelo ataque. A organização faz parte de um grupo de criminosos que se foca em “extorsão digital”.

Segundo a Cybereason, uma empresa de cibersegurança de Boston, a DarkSide concentra-se no ataque a países de língua inglesa com esquemas de ransomware e evita países do antigo bloco soviético. O código de conduta da equipa também impede ataques a instituições como escolas, hospitais, hospícios e universidades.

A Darkside reitera que o seu objetivo “não é criar problemas para a sociedade” e a sua principal motivação do grupo será financeira.

No entanto, não há qualquer referência ao ataque da Colonial.

As autoridades dos EUA notam que não estão envolvidas em quaisquer negociações com o grupo. O valor pedido pelo resgate não foi divulgado.

https://zap.aeiou.pt/corrida-aos-combustiveis-ciberataque-a-oleoduto-pr-402201

 

 

Lula da Silva derrotaria Jair Bolsonaro numa segunda volta nas presidenciais de 2022 !

Uma sondagem recente revela que, se as eleições presidenciais do Brasil se realizassem hoje, Lula da Silva estaria à frente de Bolsonaro. O ex-secretário de Comunicação da Presidência do Brasil, Fábio Wajngarten, disse esta quarta-feira à CPI sobre a pandemia que o governo ignorou contactos da Pfizer e Dilma Rousseff considera gestão de Bolsonaro na pandemia de “genocídio”.

Se as eleições presidenciais do Brasil se realizassem hoje, o ex-Presidente brasileiro Lula da Silva estaria à frente o atual chefe de Estado numa primeira volta com 41% das intenções de voto contra 23% de Jair Bolsonaro e numa eventual segunda volta, com 55% dos votos contra 32% segundo uma sondagem – que é já a segunda – do Instituto Datafolha, divulgada esta quinta-feira.

A sondagem, feita pelo centro de sondagens do grupo da Folha de São Paulo, apontou ainda como candidatos o ex-ministro e antigo juiz da Lava Jato Sergio Moro com 7% dos votos, o ex-candidato presidencial e antigo ministro Ciro Gomes com 6%, o apresentador de televisão Luciano Huck (4%) e o governador de São Paulo, João Doria, com 3%.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o antigo candidato à Presidência e empresário João Amoedo também figuram na suposta disputa e aparecem empatados com 2% das intenções de voto.

Luiz Inácio Lula da Silva receberia assim a maioria dos votos dados a Doria, Ciro e Huck, enquanto o atual chefe de Estado herdaria a maior fatia dos que optaram por Moro. Esta é a primeira sondagem desde que a justiça anulou as condenações de Lula da Silva no âmbito da operação da Lava Jato, há pouco mais de dois meses, e que lhe restabeleceu os seus direitos políticos.

Além de anular as condenações, o Supremo Tribunal Federal do Brasil também reconheceu que Sergio Moro foi parcial ao condenar Lula da Silva no caso do tríplex de Guarujá, numa nova vitória para o “petista”

Apesar de as condenações de Lula terem sido anuladas e de voltar a estar elegível, isso não significa que o antigo Presidente brasileiro tenha sido inocentado, já que os casos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que os vai reavaliar e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos anulados.

A sondagem foi feita com 2.071 pessoas, de forma presencial, em 146 municípios, nos dias 11 e 12 de maio, segundo a Folha de S.Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais. A sondagem apontou 9% de votos em branco e nulos e 4% dos brasileiros ouvidos disseram estar indecisos.

Quer Lula, quer Bolsonaro, já admitiram a possibilidade de concorreram às presidenciais de 2022, apesar de ainda não ter confirmado a recandidatura.

Brasil ignorou carta da Pfizer sobre vacinas

Em depoimento à investigação parlamentar à resposta do governo brasileiro à crise sanitária, Fábio Wajngarten afirmou que uma carta enviada pela farmacêutica a oferecer vacinas, em 12 de setembro de 2020, ao Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e ao Ministério da Saúde e outros membros do governo, não recebeu resposta até 9 de novembro, quando tomou conhecimento do documento.

“A carta foi enviada dia 12 de setembro. O dono de um veículo de comunicação [social] me avisa em 9 de novembro que a carta não foi respondida. Nesse momento, envio um email ao presidente da Pfizer. Quinze minutos depois, o presidente da Pfizer no Brasil – eu liguei para Nova Iorque -, me responde. Ele disse: Fabio, obrigado pelo seu contacto”, relatou Wajngarten.

Parlamentares da oposição avaliam que Bolsonaro dificultou a aquisição de vacinas contra a Covid-19, nomeadamente da Sinovac e da Pfizer, por defender a tese da chamada imunidade de grupo.

Jair Bolsonaro chegou a insinuar que o imunizante da Pfizer poderia transformar as pessoas em “jacaré” numa conversa com apoiantes antes de o governo brasileiro decidir comprar a vacina.

Respondendo a uma pergunta do relator da investigação, Renan Calheiros, sobre uma entrevista que Wajngarten deu à revista Veja em que alegadamente acusou a equipa do Ministério da Saúde de ter falhado na negociação da vacina, o antigo secretário foi evasivo e caiu em contradição em diversos momentos, irritando os senadores da CPI.

Wajngarten disse que teve reuniões com a equipa da Pfizer para ajudar na negociação e “destravar burocracias”, mas depois negou ter participado das negociações quando foi questionado sobre o número de doses oferecidas ao Brasil.

“Nunca procurei a Pfizer, nunca pedi a reunião, eu nunca nada. Sempre me comportei de forma reativa para acelerar a chegada da melhor vacina naquele momento”, declarou, noutro momento.

O ex-secretário de Comunicação participa na CPI na condição de testemunha e, portanto, não pode negar-se a responder ou mentir.

Ao contrário do que terá dito à revista Veja, Wajngarten também se negou a criticar membros do governo brasileiro. Questionado se houve “procrastinação” por parte do governo brasileiro na aquisição das vacinas da Pfizer, disse aos senadores que não, alegando que o contrato oferecido tinha “cláusulas leoninas”.

“Acho que a burocracia, a morosidade na tomada de decisão que é característica da administração pública é um problema nos casos excecionais como a gente tem na pandemia”, declarou.

Confrontado com as declarações que alegadamente deu em entrevista à Veja em diversos momentos, Wajngarten foi acusado de mentir pelos parlamentares na sessão, que teve confrontos verbais entre senadores apoiantes e que fazem oposição ao governo Bolsonaro.

“Se mentiu à Veja e a esta comissão, vou requerer a forma da legislação processual a prisão do depoente”, afirmou o relator da investigação, Renan Calheiros. A pedido do relator, a comissão requisitou a gravação da entrevista de Wajngarten à revista.

O presidente da CPI, Osmar Aziz, também criticou o ex-secretário afirmando que se não fosse objetivo nas respostas a CPI iria “dispensá-lo” da comissão. “Pediremos à revista Veja que mande a gravação e o chamaremos de novo, não como testemunha, mas como investigado”, avisou.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 425.540 vítimas mortais e mais de 15,2 milhões de casos confirmados de Covid-19. A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.319.512 mortos no mundo, resultantes de mais de 159,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Dilma Rousseff classifica de “genocídio” gestão de Bolsonaro na pandemia

Esta quarta-feira, numa cerimónia na Cidade do México, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff classificou de “genocídio” a gestão da pandemia feita pelo atual chefe de Estado.

“O meu país vive uma situação difícil. Temos a presença do neoliberalismo que, com um Governo neofascista, é responsável talvez por um dos maiores processos de genocídio da história da humanidade”, disse a ex-presidente, referindo-se às mais de 425 mil mortes que o novo coronavírus já fez no Brasil.

Além disso, considerou que o atual Governo do seu país “entregou uma população inteira à morte” e voltou “a uma situação terrível de insegurança alimentar”, escreve o Dinheiro Vivo.

Dilma Rousseff, membro do Partido dos Trabalhadores (PT), foi destituída da presidência do Brasil em 2016, pelo Congresso, por irregularidades na gestão das contas públicas, o que considera um “golpe de Estado”.

https://zap.aeiou.pt/lula-silva-derrotaria-bolsonaro-2022-402154

 

Sindicato dos médicos do Japão pede cancelamento dos Jogos Olímpicos !

O Sindicato Nacional de Médicos Japoneses apresentou esta quinta-feira uma petição ao governo a pedir o cancelamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, previstos para o verão, alegando o risco elevado de propagação de novas variantes do SARS-CoV-2.


Na petição, apresentada ao ministério da Saúde, o sindicato considerou que “o maior problema é a ameaça de novas estirpes” do vírus, responsável pela covid-19, e referiu que, apesar da competição se disputar sem público, “não se pode descartar a hipótese de o vírus ser transmitido pelos atletas”, noticiou a agência Lusa.

Os médicos nipónicos entendem, por isso, que “não é possível disputar uns Jogos seguros” e pediram o seu cancelamento.

“Será muito duro para os atletas, mas alguém tem de pedir o cancelamento dos Jogos. Por motivos sanitários, vemo-nos obrigados a ser nós a pedir”, disse Naoto Ueyama, representante do sindicato, em conferência de imprensa.

Ueyama considerou que o governo japonês “tem a importante missão de proteger a vida dos cidadãos” e instou o executivo a “mostrar uma postura clara”.

A estrutura sindical lembrou que os médicos estão a trabalhar acima das suas capacidades, para fazer face à pandemia de covid-19, e acusou o governo de querer reduzir o número de profissionais de saúde disponíveis, afetando-os apenas à competição.

https://zap.aeiou.pt/sindicato-medicos-japao-cancelamento-jogos-402312

 

Ohio vai oferecer lotaria de 1 milhão de dólares a cinco pessoas vacinadas !

Ser-se vacinado nunca foi tão apelativo. No estado norte-americano do Ohio, cinco adultos vão receber 1 milhão de dólares como incentivo à vacinação contra a covid-19


Mike DeWine, governador do estado norte-americano de Ohio, anunciou recentemente a criação de uma lotaria que vai oferecer um milhão de dólares (cerca de 827 mil euros) a cinco privilegiados que sejam vacinados contra a covid-19.

Depois de ofertas de cerveja, donuts e até canábis, esta é mais uma iniciativa que tem como objetivo incentivar a imunização contra a doença provocada pelo SARS-CoV-2.

Para estar-se apto a jogar, é necessário ter mais de 18 anos, ser residente em Ohio e estar vacinado (antes da lotaria).

“Eu sei que alguns poderão dizer ‘DeWine, estás louco’. Esta ideia é um desperdício de dinheiro. Mas, na verdade, o verdadeiro desperdício neste ponto da pandemia – quando a vacina está prontamente disponível para quem a quiser – é uma vida perdida para a covid-19″, escreveu o governador no Twitter.

O The New York Times avança que a nova lotaria acontecerá uma vez por semana durante cinco semanas, na quarta-feira. O dinheiro – cinco milhões de dólares no total – será retirado dos fundos de alívio federais criados no contexto da pandemia.

As lotarias ainda levantam algumas questões legais por não terem sido aprovadas pelo Governo. Apesar disso, o governador anunciou que o primeiro vencedor será nomeado a 26 de maio e prometeu mais detalhes sobre a iniciativa ao longo desta quinta-feira.

É já sabido que há também incentivos para os menores de 17 anos vacinados contra a covid-19. Como não podem participar na lotaria, habilitam-se a ganhar bolsas de estudo de quatro anos, que incluem os custos das propinas, estadia e livros, nas universidades de Ohio. As candidaturas começam a 18 de maio.

O diário norte-americano avança que 36% dos residentes do estado de Ohio estão totalmente vacinados contra a covid-19. A média nacional é de 35%.

https://zap.aeiou.pt/ohio-1-milhao-cinco-pessoas-vacinadas-402356

 

Voo “para lado nenhum” esgota em tempo recorde - Bastaram 2,5 minutos !

A companhia aérea australiana Qantas vendeu os bilhetes para o próximo “voo para lugar nenhum” em tempo recorde: 2,5 minutos.


A Qantas está a promover um novo “voo para lugar nenhum” que dará aos famintos por viagens a oportunidade de admirar a superlua do final de maio e o eclipse lunar completo a partir dos céus.

Mas se estava à espera de conseguir bilhetes, está sem sorte. De acordo com a CNN, a companhia aérea vendeu-os em tempo recorde: 2,5 minutos bastaram para esgotar os 150 bilhetes reservados para a viagem que parte a 26 de maio do Aeroporto de Sidney.

Nunca um voo tinha esgotado tão depressa.

O Boeing 787 Dreamliner vai levantar voo, vaguear pelo céu e aterrar no mesmo aeroporto sete horas depois. Os passageiros vão sobrevoar a Grande Barreira de Coral, visitar a Baía de Sidney, ver a superlua e assistir a um eclipse lunar, a 40 mil pés de terra firme, além de outras atrações turísticas da Austrália.

Um bilhete económico custava 499 dólares australianos (cerca de 318 euros), enquanto um bilhete na classe executiva tinha um custo de 1.499 dólares (o equivalente a 956 euros). Mesmo assim, o preço não foi um impedimento.

O voo promete um vislumbre espetacular pelas paisagens australianas. A companhia aérea garante que os lugares não importam, já que o avião vai girar para que os os passageiros possam desfrutar igualmente da vista.

Em comunicado, a Qantas informou que está também a trabalhar diretamente com a astrónoma Vanessa Moss para projetar “a rota de voo ideal sobre o Oceano Pacífico”.

Moss também estará a bordo para entreter os viajantes com informações e curiosidades sobre o evento lunar de 26 de maio, que a NASA apelidou de “Super Lua de Sangue”, já que, conforme a Lua passa pela sombra da Terra, parece mais escura e vermelha.

Este não é o primeiro voo “para lado nenhum”. Outras companhias aéreas, em Taiwan e no Japão, também fizeram voos deste género para combater as perdas que têm vindo a sofrer na sequência da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/voo-lado-nenhum-esgota-2-5-minutos-402417

 

Tweet de Elon Musk afunda Bitcoins e dá força à criptomoeda que nasceu como meme !

A Tesla vai deixar de aceitar Bitcoins como forma de pagamento. A revelação foi feita por Elon Musk numa publicação no Twitter e levou à queda do valor da criptomoeda no mercado. A par disso, Musk admite apostar antes nas Dogecoins que nasceram como uma piada inspirada num meme.


O mercado de criptomoedas está ao rubro depois de Musk ter anunciado, no seu perfil do Twitter, que a Tesla não vai, afinal, aceitar Bitcoins como forma de pagamento.

É um volte-face e que, em apenas alguns minutos, levou a uma queda de 5% no preço das Bitcoins, caindo para o patamar dos 45 mil dólares.

O anúncio, em Fevereiro passado, feito pelo mesmo Musk de que a Tesla aceitava Bitcoins levou a uma valorização na cotação desta criptomoeda. Nessa altura, a Tesla anunciou também ter adquirido cerca de 1,5 mil milhões de dólares em Bitcoins.

Mas, agora, Musk revela que “a Tesla suspendeu a compra de veículos usando Bitcoin” porque, na empresa, estão “preocupados com o rápido aumento do uso de combustíveis fósseis para mineração e transacções” desta criptomoeda, especialmente pelo uso de carvão que “tem as piores emissões” poluentes.

Como é feita a mineração de Bitcoins

As Bitcoins são sustentadas pelo chamado processo de mineração que é essencial para manter a blockchain, ou seja, a rede de blocos criptografados que mantém o histórico de todas as transacções da criptomoeda. Essa mineração exige grandes gastos de energia.

No fundo, os “mineradores” fazem o papel de um Banco, através de programas informáticos específicos, supervisionando as transacções de Bitcoins e garantindo que o processo decorre sem falhas através de um protocolo do tipo “proof-of-work” (ou seja, prova de trabalho).

Nesse processo, os “mineradores” são recompensados com mais Bitcoins pelo seu trabalho.

Basicamente, é como tentar encontrar uma solução completamente aleatória para um problema, o que implica milhões de tentativas e erros. E é esse processo que requer grandes gastos energéticos e que merece as críticas de Musk.

Mas “a criptomoeda é uma boa ideia a muitos níveis” e “tem um futuro promissor”, assume o empreendedor numa publicação no Twitter, realçando que “isso não pode vir a grande custo para o meio ambiente“.

Tesla já está “a analisar outras criptomoedas”

O empreendedor assegura ainda que “a Tesla não venderá nenhuma Bitcoin”, pois pretende “usá-la para transacções logo que a mineração faça a transição para uma energia mais sustentável”.

Entretanto, a empresa está “a analisar outras criptomoedas” que usam menos “1% de energia”, refere ainda Musk.

A Tesla tem beneficiado da febre em torno das criptomoeadas. Um relatório divulgado em Abril passado aponta que os lucros com a venda de Bitcoins permitiram à empresa ter um “impacto positivo” de 101 milhões de dólares, conforme avança a CNBC.

Musk volta a dar impulso às Dogecoins

Entretanto, Musk volta a falar das Dogecoins através de uma sondagem no seu perfil do Twitter, onde pergunta aos seguidores se querem que a Tesla aceite estas criptomoedas. Nas respostas, mais de 78% dos participantes dizem que sim.

Musk foi um dos principais responsáveis pela ascensão das Dogecoins no mercado das criptomoedas. É a “criptomoeda do povo”, chegou a dizer o magnata.

E já há quem antecipe que depois de ter abandonado as Bitcoins, Musk anuncie, muito em breve, que a Tesla aceitará pagamentos em Dogecoins.

O que é certo é que as palavras do empreendedor e visionário têm muito impacto no mercado das criptomoedas. Veja-se que depois de ter participado no programa de televisão “Saturday Night Live”, onde fez piadas com as Dogecoins, assumindo que era “um golpe” num sketch humorístico, esta criptomoeda sofreu uma queda de 30% no seu preço.

Mas os mais recentes tweets de Musk estão a inverter a tendência de queda e a dar novo impulso às Dogecoins.

A criptomoeda que nasceu como meme

As Dogecoins foram criadas em 2013 pelo programador Billy Markus, ex-engenheiro informático da IBM. Foram desenvolvidas como uma piada a partir do meme de Doge, um cão da raça Shiba Inu, cuja imagem começou a surgir nas redes sociais a par de frases com erros gramaticais.

Nessa altura, as Bitcoins estavam envolvidas numa polémica por causa do seu uso em esquemas na Dark Web, o que beneficiou o crescimento das Dogecoins.

Além disso, Musk e outras figuras conhecidas do mundo tecnológico fizeram referências à nova criptomoeda, o que ajudou à sua expansão. Contudo, nos tempos iniciais, nem o seu próprio criador lhes deu muito crédito.

Em 2015, Billy Markus anunciou que tinha vendido todas as Dogecoins que tinha para comprar um Honda Civic. Em causa está um valor da ordem dos 10 mil dólares, o que é significativo se se considerar que falamos de uma criptomoeda que nasceu como um meme!

Contudo, foi uma má jogada do criador da criptomoeada, uma vez que a sua cotização no mercado subiu muito e, atualmente, chega a superar empresas como a Nintendo.

Entretanto, várias empresas têm dado um empurrão a estas criptomoedas, passando a usá-las nas suas transacções.

Nos EUA, segundo dados da Fortune, a equipa de basebol Oakland A’s terá começado a vender lugares no Estádio em troca de Dogecoins. E o multimilionário Mark Cuban anunciou também que a sua equipa de basquetebol, os Dallas Mavericks, completaram 6 mil transacções com a criptomoeda em Abril passado.

Por outro lado, há especialistas que consideram que as Dogecoins são uma moeda digital sem substância que representa um elevado risco.

De qualquer modo, têm como vantagem, relativamente às Bitcoins, o facto de serem mais rapidamente “mineráveis”.

Porém, no capítulo das criptomoedas, é preciso considerar sempre que estão em causa investimentos com grande potencial de risco, pois dependem muito da especulação. Além disso, a inexistência de um mercado regulado facilita potenciais fraudes e manipulações.

https://zap.aeiou.pt/tweet-elon-musk-bitcoins-dogecoin-402370

 

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Padres alemães desafiam doutrina do Vaticano e abençoam uniões entre pessoas do mesmo sexo !

Liebe Gewinnt (o amor vence) é o nome de um grupo de cerca de 100 padres alemães que está a abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo.


Segundo a Euronews, a posição da Congregação para a Doutrina da Fé, que defendeu que a igreja “não pode abençoar o pecado” e decidiu que as uniões de pessoas do mesmo sexo não podem ser abençoadas, foi conhecida em meados de março e contou com o apoio do Papa Francisco.

Em resposta a esta proibição, um grupo de 100 padres alemães, críticos das orientações oficiais da Igreja Católica, está a abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo, desafiando a doutrina do Vaticano.

No seio da Igreja Católica, as posições divergem. Os sacerdotes que integram esta iniciativa defendem que não se deve fechar aos crentes, independentemente da identidade sexual.

“Os casais que participem devem poder receber a bênção que Deus lhes quer dar sem qualquer secretismo”, salienta o grupo, num manifesto.

O Público escreve que, esta semana, sacerdotes de todo o país começaram a abençoar várias uniões, incluindo entre casais de divorciados, recasados, não casados e pessoas do mesmo sexo.

“Vamos ter toda a diversidade do amor”, disse à Reuters o padre Christian Olding, da cidade de Geldern. “Se dizemos que Deus é amor, não posso dizer a pessoas que comungam a lealdade, unidade e responsabilidade uma com a outra que o que têm não é amor, que é um amor de quinta ou sexta categoria.”

A proibição emitida pelo Vaticano em março deixou a ala mais progressista da Igreja Católica frustrada. Para os padres do grupo Liebe Gewinnt, a orientação foi “uma chapada na cara das pessoas de todo o mundo”, uma vez que Francisco era encarado como um Papa abeto a uma doutrina mais inclusiva.

https://zap.aeiou.pt/padres-alemaes-abencoam-unioes-sexo-402009

 

Direção da OMS não investigou acusações de abuso sexual na RDCongo !

A direção da Organização Mundial de Saúde (OMS) estava a par das acusações de assédio sexual durante o surto de Ébola na República Democrática do Congo (RDCongo) em 2019, e não a investigou, de acordo com uma investigação da Associated Press (AP).


Segundo a investigação, baseada em relatórios, correio eletrónico interno, reuniões e entrevistas aos intervenientes, em 2019 a direção da OMS foi informada pela enfermeira Shekinah que o médico canadiano Boubacar Diallo, que se vangloriava de ser amigo do diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, lhe ofereceu um emprego em troca de sexo.

“Dadas as dificuldades financeiras da minha família, eu aceitei”, contou a enfermeira de 25 anos, que passou a ganhar o dobro do que ganhava até então, noticiou a agência Lusa.

“Quando um funcionário e três peritos em Ébola a trabalhar na RDCongo informaram a direção da OMS sobre as preocupações face aos abusos sexuais de Diallo, foi-lhes dito que não abordassem o assunto”, lê-se na investigação da AP, que vinca que a direção da OMS foi não só informada, como questionada sobre o que devia ser feito perante as acusações.

Para além de Diallo, também o médico Jean-Paul Ngandu estará envolvido, sendo acusado de engravidar uma jovem e de ter feito um acordo financeiro, assinado por membros da OMS enquanto testemunhas, para que o caso não fosse divulgado.

“Num contrato feito num notário e obtido pela AP, dois funcionários da OMS, incluindo um diretor, assinaram como testemunhas confirmando que Ngandu iria pagar à jovem, suportar os custos de saúde e comprar-lhe terras”, lê-se na investigação da AP.

Ngandu negou ter feito qualquer coisa de errado e disse que assinou o acordo “para proteger a integridade e a reputação da OMS”, segundo a AP, que apontou que a investigação revelou que pelo menos oito diretores assumiram em privado que a OMS não fez o suficiente para impedir estes abusos.

“Não se pode apontar para este caso e dizer que houve uma operação no terreno que correu mal, de certa forma isto é a ponta do iceberg”, disse o chefe de emergências, Michael Ryan, numa reunião interna.

No dia 15 de outubro, o responsável máximo da OMS nomeou um painel independente para investigar estas e outras acusações sobre os abusos sexuais na RDCongo, cujas conclusões deverão ser conhecidas em agosto.

https://zap.aeiou.pt/oms-acusacoes-abuso-sexual-rdcongo-401913

 

Na Índia, ser-se rico ou pobre pode fazer a diferença no acesso à vacina !

A Índia enfrenta uma grave escassez de vacinas contra a covid-19. Até ao momento, só 2,5% da população recebeu ambas as doses, enquanto 10% recebeu uma.


Na Índia, as pessoas que vivem em cidades com fácil acesso à Internet têm de se inscrever para serem inoculadas, enquanto quem mora em aldeias e em locais com pouco ou nenhum acesso à rede deve dirigir-se a um posto de saúde governamental para se inscrever online e receber a vacina de imediato.

No entanto, este plano de vacinação não funcionou. Alguns indianos que vivem nas cidades conduziram longas distâncias para serem vacinados em aldeias, negando as doses aos moradores mais pobres.

Segundo a Vice, o site do Governo e a aplicação, desenhada especificamente para uma das maiores campanhas de vacinação do mundo, não conseguiram acompanhar os milhões de inscritos vindos das cidades

Além disso, o país enfrenta uma grave escassez de vacinas. Quando a Índia deu início à campanha de vacinação, no início de abril, administrava um recorde de 3,5 milhões de vacinas por dia. Na semana passada, esse número foi reduzido para 1,3 milhões.

“O fornecimento de vacinas permaneceu quase o mesmo desde o início da campanha, mas a população-alvo elegível triplicou”, justificou Chandrakant Lahariya, especialista em políticas da saúde, à Associated Press. “No início, a Índia tinha muito mais oferta garantida do que procura, mas agora a situação inverteu-se.”

“Injustiça social criada pela exclusão digital”

“Recebi algumas reclamações de áreas rurais de que pessoas com experiência em tecnologia nas cidades estão a inserir os códigos PIN rurais para se registarem para a vacinação contra a covid-19”, disse Rajesh Tope, ministro de Saúde Pública e Bem-Estar Familiar do estado de Maharashtra, em comunicado.

É uma injustiça para com a população rural que está a ser privada da oportunidade de ser vacinada. As pessoas da cidade não deveriam fazer isso. Não há necessidade de entrar em pânico com o fornecimento limitado de doses”, acrescentou o responsável, apesar de não ter apresentado qualquer solução para o problema.

À Vice, um profissional dos media, que não quis ser identificado, disse que, em Mumbai, as pessoas estão a publicar nas redes sociais “como se conseguir uma vaga para a toma da vacina fosse como reservar bilhetes para um festival de cinema”. A situação “destaca a injustiça social criada pela exclusão digital“, disse.

De acordo com dados do Governo indiano, metade da população não tem acesso à Internet e, mesmo aqueles que têm acesso, não sabem como usar os serviços digitais.

“Pessoas financeiramente abastadas como nós estão a ter acesso às vacinas mesmo quando podemos trabalhar em casa”, disse Sahil Khan, um designer que vive em Pune. “Mas há pessoas que não sabem como ter acesso à vacina mesmo quando mais precisam.”

https://zap.aeiou.pt/india-rico-ou-pobre-acesso-vacina-402047

 

“França está em perigo” ! Ex-generais alertam que país pode estar a caminhar para uma guerra civil !

O governo francês condenou uma carta aberta assinada por soldados ativos que afirmava que o país estava a caminhar para uma “guerra civil” devido ao extremismo religioso.


Cerca de mil militares, incluindo 20 generais aposentados, subscreveram uma carta que culpa “partidários fanáticos” por criar divisões entre as comunidades e que diz que os islâmicos estavam a assumir o controlo de partes inteiras do território do país.

De acordo com a BBC, a carta foi publicada numa revista de direira pela primeira vez em 21 de abril – o 60.º aniversário de um golpe de Estado fracassado.

“A hora é grave, França está em perigo“, escreveram os signatários.

A carta avisa o presidente francês Emmanuel Macron, o seu Governo e parlamentares sobre “vários perigos mortais” que ameaçam França, incluindo “o islamismo e as hordas de banlieue” – os subúrbios de imigrantes empobrecidos que cercam as cidades francesas.

Os signatários continuam a culpar “um certo anti-racismo” por dividir comunidades e procurar criar uma “guerra racial”, atacando estátuas e outros aspetos da história francesa.

Os subscritores também acusam o Governo de tentar usar a polícia “como procurador e bode expiatório” ao reprimir brutalmente os populares “gilets jaunes” – protestos dos Coletes Amarelos dos últimos anos.

“Já não é hora de procrastinar, caso contrário, amanhã a guerra civil acabará com estes caos e mortes crescentes – pelas quais será responsável – com números na casa dos milhares”, conclui a carta.

A líder da extrema direita, Marine Le Pen, candidata às eleições presidenciais do próximo ano, manifestou apoio aos ex-generais e convidou os generais a juntarem-se a ela na “batalha de França”.

Por sua vez, a ministra da tutela das Forças Armadas, Florence Parly, escreveu no Twitter: “Dois princípios imutáveis ​​norteiam a ação dos militares no que diz respeito à política: neutralidade e lealdade”.

Parly alertou ainda que qualquer signatário que ainda esteja a servir nas forças armadas será punido por desafiar uma lei que exige que permaneçam politicamente neutros.

“Para quem violou o dever de reserva, estão previstas sanções, e se houver soldados ativos entre os signatários, pedi ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas que aplicasse as regras… ou seja, sanções”, disse a ministra, em declarações à rádio France Info.

Parly citou o caso de um ex-general da Legião Estrangeira que foi expulso do serviço militar por participar num protesto contra migrantes em Calais.

Já a ministra da Indústria, Agnès Pannier-Runacher, disse “condenou sem reservas” os generais “que pediam uma revolta 60 anos depois do golpe dos generais contra o general de Gaulle”.

O golpe de Estado fracassado envolveu generais que queriam impedir a Argélia – que era então uma colónia francesa – de conquistar a independência.

Recentemente, França propôs um projeto polémico para lidar com o que o presidente Emmanuel Macron descreveu como “separatismo islâmico”. No entanto, alguns críticos na França e no exterior acusaram o governo de ter como alvo o Islão.

https://zap.aeiou.pt/ex-generais-alertam-que-franca-pode-estar-a-398767

 

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