sábado, 29 de maio de 2021

Um dos maiores jornais japoneses, patrocinador dos Jogos Olímpicos, pediu o cancelamento do evento !

Um dos maiores jornais do Japão pediu o cancelamento dos Jogos Olímpicos, num editorial explosivo publicado na quarta-feira.


Num artigo intitulado “Primeiro-ministro Suga, cancele os Jogos Olímpicos deste verão”, o conselho editorial do jornal Asahi Shimbun salientou que a pandemia de covid-19 “ainda não foi controlada”, acrescentando que é inevitável que o estado de emergência seja estendido a outras áreas do país.

“Exigimos que o primeiro-ministro Yoshihide Suga avalie a situação com calma e objetividade e decida não realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos este verão”, lê-se no texto.

O Asahi Shimbun é um dos jornais mais antigos da Ásia e um dos quatro principais jornais diários do país. O meio de comunicação é visto como uma publicação de tendência liberal, que muitas vezes se opõe ao partido no poder, e é um dos patrocinadores dos Jogos Olímpicos, revela o Raw Story.

O editorial cita também uma “observação verdadeiramente surpreendente” feita na semana passada por John Coates, vice-presidente do Comité Olímpico Internacional, que afirmou que o evento poderia ser realizado em estado de emergência.

“O pensamento de Coates estava claramente em desacordo com o sentimento popular no Japão, e a sua atitude de dizer “sim” aos Jogos Olímpicos sem apresentar qualquer evidência de apoio serviu apenas para nos lembrar novamente da hipocrisia do COI”, escreveu o conselho editorial do jornal japonês.

“O nosso maior medo, nem é preciso dizer, diz respeito ao impacto dos Jogos Olímpicos na saúde dos cidadãos”, frisa o artigo, acrescentando que “não há garantia de que as infeções serão controladas nos próximos dias”.

Os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foram adiados para o período entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021 devido à pandemia de covid-19, enquanto os Paralímpicos devem disputar-se entre 24 de agosto e 5 de setembro.

https://zap.aeiou.pt/jornal-japao-cancelamento-olimpicos-405759

 

Alpinista de Hong Kong bate o recorde da subida mais rápida ao Evereste !

Tsang Yin-hung, uma alpinista de Hong Kong, escalou o Evereste, a montanha de 8.848 metros, num tempo recorde de 25 horas e 50 minutos.


A alpinista de Hong Kong, Tsang Yin-hung, bateu o recorde da subida mais rápida ao Evereste feita por uma mulher, chegando ao topo em menos de 26 horas.

Até agora, a mulher mais rápida a conquistar o Evereste tinha sido a nepalesa Phunjo Jhangmu Lama, quando completou a escalada em 39 horas e 6 minutos.

Segundo o Raw Story, Tsang Yin-hung, de 44 anos, escalou a montanha de 8.848 metros num tempo recorde de 25 horas e 50 minutos. A alpinista “deixou o acampamento base às 13h20 de sábado e alcançou (o cume) às 15h10 do dia seguinte”, disse Gyanendra Shrestha à AFP.

Tsang precisa agora de apresentar a sua solicitação para que o recorde seja apresentado aos responsáveis do Guinness World Records.

No total, o Nepal entregou 408 autorizações de escalada em 2021, um número muito maior do que as pouco mais de 380 em 2019. A temporada de 2020 foi anulada por causa da pandemia de covid-19.

https://zap.aeiou.pt/recorde-subida-mais-rapida-ao-evereste-405820

 

Bolsonaro recorre novamente ao Supremo para travar restrições da covid-19 em três estados !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou na quinta-feira a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender medidas restritivas impostas por governadores para travar a pandemia no país, num momento em que especialistas preveem uma terceira vaga.


Através da Advocacia-Geral da União (AGU), órgão que defende o Executivo brasileiro em processos judiciais, Bolsonaro deu entrada de uma ação direta de inconstitucionalidade de medidas restritivas, como lockdown e “toque de recolher”, impostas por governadores.

A ação pede a suspensão de decretos nos estados de Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte.

Segundo a petição, assinada pelo advogado-geral da União, André Mendonça, o intuito é “garantir a coexistência de direitos e garantias fundamentais do cidadão, como as liberdades de ir e vir, os direitos ao trabalho e à subsistência, em conjunto com os direitos à vida e à saúde de todo cidadão, mediante a aplicação dos princípios constitucionais da legalidade, da proporcionalidade, da democracia e do Estado de Direito”.

De acordo com a AGU, “à medida em que os grupos prioritários e a população em geral vai sendo imunizada, mais excessiva (e desproporcional) se torna a imposição de medidas extremas, que sacrificam direitos e liberdades fundamentais da população”.

Os decretos do Paraná e do Rio Grande do Norte estabeleceram um toque de recolher em determinados horários. Já o decreto de Pernambuco restringe o funcionamento de determinados estabelecimentos comerciais.

O Governo alega que “é notório o prejuízo que será gerado para a subsistência económica e para a liberdade de locomoção das pessoas com a continuidade dos decretos de toque de recolher e de fechamento dos serviços não essenciais impostos em diversos locais do país”.

Em comunicado à imprensa, a AGU indica que a ação “não questiona decisões anteriores do STF, que reconheceram a competência dos entes subnacionais na adoção de medidas” de combate à pandemia.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal garantiu a estados e municípios autonomia para tomar providências para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Esta não é a primeira vez que Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais céticos em relação à gravidade da doença em todo o mundo, dá entrada de ações semelhantes na justiça.

Em março, o Presidente acionou o Supremo contra decretos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul, que estabeleceram medidas mais rígidas de combate à covid-19.

Contudo, o pedido foi rejeitado por decisão individual do juiz Marco Aurélio Mello.

Agora, Bolsonaro tenta novamente travar medidas restritivas para combater a doença, num momento em que o Brasil voltou a registar uma subida de novos casos nos últimos dias, com especialistas a preverem uma terceira vaga da pandemia no país.

“Ninguém aguenta mais os confinamentos”, disse Bolsonaro na quinta-feira, na sua habitual transmissão em direto na rede social Facebook.

A gestão de Bolsonaro da pandemia está a ser investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no senado brasileiro, que investiga alegadas omissões cometidas pelo Governo.

O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, totaliza 456.674 óbitos e 16.342.162 infeções pelo novo coronavírus.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.500.321 mortos no mundo, resultantes de mais de 168,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-recorre-travar-restricoes-covid-405735

 

Genocídio do Ruanda. Macron admite responsabilidade, mas não pede desculpa !

O Presidente francês Emmanuel Macron visitou o Ruanda esta quinta-feira e quebrou o silêncio, reconhecendo a “responsabilidade” de França no genocídio no país em 1994. 


Emmanuel Macron reconheceu que França carrega uma grande responsabilidade pelo genocídio de 1994 no país da África Central, numa visita ao memorial às quase 800 mil vítimas em Kigali, esta quinta-feira.

No entanto, segundo o NPR, não foi tão longe ao ponto de pedir desculpas pelo que aconteceu.

O Presidente afirmou que França “não foi cúmplice” do genocídio. O país acabou por se aliar ao “regime genocida” de Ruanda e carrega uma “responsabilidade avassaladora” pelos massacres.

“França tem um papel, uma história e uma responsabilidade política em Ruanda. Tem um dever: olhar a história de frente e reconhecer o sofrimento que infligiu ao povo ruandês ao favorecer por muito tempo o silêncio em vez do exame da verdade”, disse Macron.

Quando o genocídio começou, “a comunidade internacional demorou quase três meses, três meses intermináveis, antes de reagir e nós, todos nós, abandonamos centenas de milhares de vítimas”.

Os fracassos de França contribuíram para “27 anos de distância amarga” entre os dois países. “Tenho que reconhecer as nossas responsabilidades”, assumiu.

O genocídio entre 7 de abril e 15 de julho de 1994 começou após o avião do Presidente Juvenal Habyarimana, da maioria hutu, ter sido derrubado. Em poucas horas, milícias extremistas hutus mataram os membros da minoria tutsi, além de hutus moderados, em atos de extrema violência.

Apesar de não ter pedido desculpas, o Presidente francês disse que só os que sobreviveram aos horrores do genocídio “podem talvez perdoar, dar-nos o presente do perdão“.

A viagem foi interpretada como o “passo final na normalização das relações” entre os dois países, após mais de 25 anos de tensões, tendo Macron anunciado para breve a nomeação de um embaixador em Kigali.

França e Ruanda estiveram de relações diplomáticas totalmente cortadas entre 2006 e 2009. Em 2010, o então Presidente Nicolas Sarkozy admitiu que tinha havido “sérios erros” da parte dos franceses e “uma espécie de cegueira”, declarações que ficaram, contudo, aquém do esperado.

Desta vez, o Presidente ruandês louvou as palavras de Macron. “As suas palavras foram algo mais valioso de que um pedido de desculpas. Foram a verdade”, disse Paul Kagame, numa conferência de imprensa conjunta.

“França e o Ruanda vão ter uma relação muito melhor que será benéfica para ambos os povos, economicamente, politicamente e em matéria de cultura”, disse, lembrando que a relação nunca será “inteiramente convencional”, porque “há uma familiaridade especial que resulta da história complexa e terrível que partilhamos, para o melhor e para o pior”.

https://zap.aeiou.pt/macron-genocidio-de-ruanda-405746

 

Trabalhar quatro dias por semana seria muito bom para o ambiente !

A mudança para uma semana de trabalho de quatro dias poderia reduzir até um quarto as emissões anuais de gases com efeito de estufa do Reino Unido num período de quatro anos, afirma um relatório publicado esta quinta-feira.


O estudo, elaborado pelos investigadores da Platform para a associação 4DayWeek, afirma que a transição de uma semana de cinco dias de trabalho para uma de quatro, sem a perda de salário, “poderia reduzir a pegada de carbono do Reino Unido em 127 milhões de toneladas por ano até 2025”, o que significa uma redução de 21,3%.

Algo que equivale a mais do que toda a pegada de carbono da Suíça, afirma o documento.

A proposta chega num momento em que os sucessivos confinamentos contra a covid-19, com muitas pessoas a trabalhar a partir de casa, geram um interesse maior pela flexibilidade de trabalho e a conciliação familiar. Algumas empresas já testaram as semanas de quatro dias.

“Acho que isso é algo que todos podemos apoiar!”, escreveu no Twitter a ONG Greenpeace UK em reação ao relatório, enquanto a deputada do Partido Verde, Caroline Lucas, celebrou “uma ideia para a qual já está na hora”.

O relatório alega que uma semana mais curta representaria uma melhor economia de energia devido ao menor uso de equipamentos em escritórios e à redução dos deslocamentos em transportes.

Além disso, um horário mais reduzido permitiria levar um estilo de vida mais saudável, com menos consumo de fast-food e menos necessidade de atendimento médico, o que reduziria o uso de equipamentos de alto consumo energético, acrescenta o documento.

“Ao libertar um dia da semana para atividades não trabalhistas, também se dispõe de mais espaço mental“, destacam ainda os investigadores.

Atualmente, a média da semana de trabalho no Reino Unido é de 42,5 horas, afirma o grupo 4Day Week, que analisa uma redução para 32 horas em 2025.

Na Escócia, o Partido Nacionalista Escocês (SNP), que governa a região, também estuda a possibilidade de mudar o paradigma. A sua líder, Nicola Sturgeon, defende que isso promoveria um equilíbrio melhor entre a vida profissional e pessoal, e um maior nível de emprego.

O seu programa eleitoral para as legislativas regionais, que aconteceram no início de maio, prometia até a criação de um fundo de 100 milhões de libras (cerca de 116 milhões de euros) para ajudar as empresas que desejam colocar essa medida em prática.

https://zap.aeiou.pt/trabalhar-quatro-dias-semana-ambiente-405749

 

24 minutos depois - Suposta ameaça de bomba em avião da Ryanair foi enviada após voo ter sido desviado !

Um email, ao qual as autoridades bielorrussas tiveram acesso, revela que a suposta ameaça de bomba no voo foi enviada depois do avião da Ryanair ter sido desviado para Minsk. O novo detalhe desafia a versão dos eventos apresentada pelo regime bielorrusso.


A intercetação do voo da Ryanair, que viajava de Atenas para Vilnius no domingo, provocou uma vasta onda de condenação internacional e novas sanções da União Europeia – que descartou a explicação de perigo de bomba para o desvio do avião.

Ao longo dos últimos dias, vários líderes europeus e ativistas têm afirmado que o incidente foi orquestrado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, para conseguir prender Roman Protasevich – jornalista que se encontrava a bordo e que estava em exílio – e que se arrisca a 15 anos de prisão.

Agora, um novo email vem enfraquecer ainda mais as justificações apresentadas pelo regime bielorrusso, que alertou a tripulação de cabine após receber uma suposta ameaça de bomba por email que teria sido enviada pelo Hamas. No entanto, um porta-voz do grupo militante palestino negou o envolvimento.

“Não encontramos evidências confiáveis ​​de que as alegações bielorrussas são verdadeiras”, referiu a ProtonMail, uma provedora que trabalha com assuntos de privacidade, em comunicado.

Segundo o The Washington Post, a hora presente no email indica que este foi enviado 24 minutos depois de ter sido dada ordem para o avião pousar em Minsk.

Na segunda-feira, os líderes europeus proibiram as companhias aéreas de sobrevoar a Bielorrússia e impediram a companhia aérea nacional do país, a Belavia, de sobrevoar ou aterrar em território europeu.

Por sua vez, o Kremlin, um aliado fundamental de Lukashenko, classificou as medidas punitivas como “lamentáveis” e “precipitadas”.

Na quinta-feira, a Rússia deu sinais mais visíveis como forma de apoio à Bielorrússia, um país que Moscovo considera vital para a sua esfera de influência.

De acordo com o The Guardian, o país recusa agora permitir que aviões europeus voem para Moscovo. As autoridades da aviação russa forçaram a Austrian Airlines a cancelar o seu voo de Viena para a capital russa. Já a Air France também se viu obrigada a cancelar o voo Paris-Moscovo pelo segundo dia consecutivo.

Ao WP, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou comentar os cancelamentos, direcionando as responsabilidades para as autoridades da aviação porque “a administração presidencial não controla o tráfego aéreo”.

Num momento de grande tensão com a Europa, Lukashenko planeia encontra-se esta sexta-feira com o presidente russo Vladimir Putin em Sochi, um resort russo no Mar Negro. Esta é mais uma demonstração do apoio russo ao regime da Bielorrússia.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-bomba-aviao-desviado-405737

 

Com o aumento dos casos de covid-19, o Nepal pede ajuda urgente com vacinas !

O número de casos no Nepal continua a aumentar a olhos vistos. Como tal, o pequeno país está a pedir ajuda internacional urgente com vacinas contra a covid-19.


O Nepal tem atualmente uma das maiores taxas de reprodução viral de covid-19 do mundo. A situação é terrível: relatórios indicam que o Nepal tem um número consistentemente maior de casos de covid-19 por milhão do que a Índia.

Em meados de julho, o número de novos casos pode chegar a 800.000, entre uma população de 30 milhões, com um número de mortos previsto de 40.000.

No mês passado, o Ministério da Saúde do Nepal disse: “Como os casos de coronavírus aumentaram além da capacidade do sistema de saúde e os hospitais ficaram sem camas, a situação é incontrolável”. O ministério também disse que não tinha mais vacinas.

Apenas 2% da população do Nepal está totalmente vacinada. Quase dois milhões de nepaleses receberam a sua primeira dose da vacina AstraZeneca. Porém, com a paralisação das exportações de vacinas da Índia, a maioria não teve acesso a uma segunda dose. Esta escassez de vacinas no Nepal tem implicações epidemiológicas globais, como a possibilidade de mutações do vírus que podem espalhar-se rapidamente.

A capacidade de cuidar de pessoas que sofrem de covid-19 no Nepal é severamente limitada, com cerca de 1.500 camas de cuidados intensivos e pouco mais 800 ventiladores no país. O terreno montanhoso na maioria do país, aliado à falta de infraestruturas, marginalização política e pobreza agravam os impactos das doenças infecciosas.

A distribuição de vacinas para o Nepal deve ajudar a mitigar a exigente crise do país e ajudar a nivelar a curva no Sul da Ásia.

As desigualdades aumentam

À medida que a América do Norte e a Europa voltam a ter uma vida normal, o perigo de criar e manter um “apartheid de vacinas” é muito real.

Na semana passada, num passo positivo para inverter a situação, o presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu 20 milhões de doses da vacina adicionais para compartilhar com o resto do mundo. No entanto, o Nepal não foi identificado como uma prioridade.

Em 1816, durante a pandemia global de varíola, o rei do Nepal, Girvan Yuddha Bikram Shah, sucumbiu à doença. Embora na época o Nepal, com a ajuda da Índia e da Grã-Bretanha, estivesse na vanguarda dos esforços globais de vacinas, o acesso às vacinas para proteger os seus cidadãos permanecia ilusório.

Hoje, como na altura, as desigualdades estruturais são exacerbadas pela pandemia. Hoje, como na altura, o Nepal está à mercê de poderosos atores globais e enfrenta uma catástrofe humanitária desesperada.

Como na Índia, o Nepal teve uma escassez do fornecimento de oxigénio para aqueles que ficaram gravemente doentes. As taxas do vírus descem ladeiras íngremes de desigualdade, impactadas por fatores socioestruturais como etnia, classe, casta, geografia e género que se confundem com as políticas públicas de saúde.

O Nepal ilustra nitidamente como essas diferenças exacerbadas por uma pandemia podem levar a epidemias sinérgicas, ou “sindemias”.

Sistemas prontos para distribuir vacinas

O Nepal é especialmente adequado para a ajuda com vacinas. O país demonstrou o sucesso da implementação de um programa de vacinação contra a covid-19, mesmo nalgumas de suas regiões mais remotas.

Se o Governo Biden e os seus aliados derem prioridade ao Nepal para as vacinas, há evidências de que o Nepal poderia distribuí-las de maneira eficiente e eficaz. O país tem um histórico de iniciativas nacionais de vacinação e uma infraestrutura de saúde pública capaz de chegar à sua população.

Essa infraestrutura não se limita às cidades nem depende de tecnologias complexas; em vez disso, é ancorada por pessoas e enraizada em lugares, culturas e idiomas de maneiras que podem aliviar a hesitação da vacina e disseminar conhecimento de saúde pública.

Recomendações de distanciamento físico, isolamento e medidas abrangentes de confinamento são inaplicáveis em países como o Nepal, onde muitas pessoas vivem em proximidade e precisam de sair de casa para trabalhar e comer.

A crise que está a desenrolar-se no Nepal e no sul asiático representa um imperativo para a comunidade global fornecer ajuda com vacinas. É também um apelo ao reconhecimento do trabalho das infraestruturas de saúde pública em locais como o Nepal. Esse reconhecimento pode ser fundamental para acabar com o apartheid da saúde global.

https://zap.aeiou.pt/nepal-pede-ajuda-urgente-vacinas-405644

 

A Fosse Dionne, em França, motivou lendas - Mas há um mistério que persiste até hoje !

No coração da idílica região da Borgonha, em França, há uma das atrações mais misteriosas: um poço, aparentemente sem fundo, conhecido como Fosse Dionne.


A Fosse Dionne é, segundo o How Stuff Works, uma fonte cáustica que expele uma média de 311 litros de água a cada segundo, uma descarga extremamente alta, embora a velocidade dependa de estação para estação.

Na primavera, por exemplo, este “poço divino” é uma piscina circular de pedra cheia de água em tons de jóias: turquesa, âmbar e azul-celeste são as cores que pintam os minerais da fonte.

A água já foi usada pelos locais para cozinhar, tomar banho e até beber, mas também já motivou algumas lendas.

Na Idade Média, pensava-se que havia uma serpente a cruzar as profundezas da Fosse Dionne, com algumas pessoas a afirmar que se tratava de um portal para outro mundo.

A primavera é a estação do ano que mais merece destaque nos relatos dos milagres realizados pelo monge St. Jean de Rèome, no século VII. O monge terá encontrado um basilisco – uma criatura metade galo, metade lagarto – na fonte, mas matou-o, para que as pessoas continuassem a poder usar a água para beber.

Atualmente, a Fosse Dionne parece muito “civilizada” por fora: a bacia de pedra é cercada por um lavatório comunitário, construído no século XVIII para proteger as lavadeiras das intempéries enquanto lavavam as suas roupas. Abaixo da superfície da água, a fonte é tão selvagem quanto St. Jean de Rèome contava.

Apesar das lendas, há um mistério que permanece até hoje: ninguém sabe de onde vem a água da fonte.

O portal escreve que a água emerge de uma rede de cavernas subterrâneas de calcário. No entanto, salvaguarda, nenhum mergulhador foi capaz de encontrar a sua origem.

Aliás, muitos dos que tentaram, não voltaram com vida.

Em 1974, dois mergulhadores começaram a navegar pelo labirinto de câmaras e túneis estreitos da nascente e nenhum voltou para contar o que tinha visto. Em 1996, outro mergulhador tentou, mas também perdeu a vida na Fosse Dionne.

Em 2019, o mergulhador Pierre-Éric Deseigne explorou 370 metros de passagens e regressou à superfície para contar que não encontrou a fonte da fonte.

https://zap.aeiou.pt/a-fosse-dionne-em-franca-misterio-405491

 

Hong Kong aprova lei que reduz o poder de eleitores e aumenta a influência de Pequim !

Hong Kong aprovou na quinta-feira uma lei que reduz drasticamente a capacidade de voto da população e aumenta o número de legisladores pró-Pequim.


Segundo avançou esta quinta-feira a Time, esta nova lei autoriza o departamento de segurança nacional de Hong Kong a verificar os antecedentes de potenciais candidatos a cargos públicos e a criar um novo comité para garantir que estes sejam “patrióticos”.

O número de assentos no Parlamento de Hong Kong será ampliado para 90, com 40 destes a serem escolhidos por um comité pró-Pequim. O número de legisladores eleitos diretamente pela população de Hong Kong será reduzido para 20, em relação aos 35 eleitos anteriormente. A proposta encontrou pouca oposição.

O projeto de lei foi elogiado durante um debate que ocorreu na quarta e quinta-feira, com os legisladores a afirmar que esta reforma impediria aqueles que não são leais a Hong Kong de concorrer a cargos.

Esta alteração ocorre num momento em que Pequim aperta ainda mais o controle sobre Hong Kong, após meses de protestos antigovernamentais e conflitos políticos em 2019, com as autoridades a prender e a acusar a maioria dos defensores pró-democracia, como o líder estudantil Joshua Wong e o magnata da media Jimmy Lai.

Uma emenda aprovada pela parlamento de Hong Kong no início de maio determina que os mais de 400 deputados – que lidam principalmente com questões locais – jurem lealdade a Hong Kong e defendam a sua constituição. Este juramento era anteriormente exigido apenas de legisladores e funcionários do governo, como o chefe do Executivo.

https://zap.aeiou.pt/hong-kong-lei-poder-eleitores-influencia-pequim-405543

 

Vacina da Sanofi entra na fase 3 de ensaios clínicos

“A Sanofi e a GSK estão a começar um estudo internacional de fase 3 para avaliar a eficácia da sua vacina contra a covid-19”, anunciou o grupo francês em comunicado, dez dias após a divulgação de resultados encorajadores nos primeiros testes.


A fase 2, na qual foram vacinadas algumas centenas de pessoas, mostrou que esta vacina induz a produção de anticorpos contra o coronavírus na maioria dos indivíduos, noticiou a agência Lusa.

Mas são os ensaios anunciados esta quinta-feira, que envolvem cerca de 35 mil pessoas em vários países, que devem dar uma ideia real da eficácia desta vacina contra a covid-19. Se os resultados forem favoráveis, a Sanofi, que já prepara a produção, conta ter a aprovação das principais autoridades de saúde no último trimestre do ano.

Isso significa que, na melhor das hipóteses, a vacina da Sanofi será lançada quase um ano depois das primeiras vacinas distribuídas no mundo ocidental contra o coronavírus, as da Pfizer / BioNTech e da Moderna.

Na União Europeia (UE), as vacinas da Johnson & Johnson e da AstraZeneca já estão no mercado há semanas. Em todo o mundo, as vacinas russa Sputnik V e chinesa Sinovac também desempenham um papel importante nas campanhas de vacinação.

Este atraso na chegada da vacina da Sanofi é explicado por falhas no desenvolvimento.

O grupo farmacêutico francês pretende avaliar se a vacina é eficaz contra a chamada variante sul-africana e se pode ser usada como reforço, após outra vacina.

É uma vacina de proteína recombinante, uma tecnologia diferente das vacinas já aprovadas. A Sanofi também está a desenvolver uma outra vacina de RNA mensageiro, como as da Pfizer e Moderna, mas está ainda numa fase muito inicial.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.487.457 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/vacina-sanofi-fase-3-ensaios-clinicos-405509

 

Facebook deixa de proibir publicações que aleguem que o vírus da covid-19 foi fabricado por humanos !

O Facebook anunciou esta quarta-feira que deixará de proibir publicações que aleguem que o SARS-CoV-2 foi fabricado pelos humanos.


De acordo com o Observador, a rede social Facebook vai deixar de censurar publicações que mencionem a alegada origem humana da pandemia.

“À luz das investigações em curso sobre a origem da Covid-19, e após consulta com especialistas em saúde pública, vamos deixar de remover a alegação de que a Covid-19 teve origem humana ou foi fabricada nas nossas aplicações”, lê-se num comunicado da rede social.

“Continuamos a trabalhar com especialistas em saúde para acompanhar a evolução da pandemia e para atualizar regularmente as nossas políticas, à medida que novos factos e tendências emergem”, dizem.

O Facebook lançou uma campanha de desinformação relacionada com a Covid-19, já em abril do ano passado, que tem sofrido alterações contínuas ao longo do último ano.

Até agora, a alegação de que o coronavírus foi fabricado fazia parte de uma longa lista de alegações falsas proibidas na rede social.

Apesar disso, a rede social criada por Mark Zuckerberg continua a “expandir” os esforços para eliminar falsas afirmações sobre a covid-19, sobre as vacinas contra a condid-19 e ainda de todas as vacinas em geral.

Esta quarta-feira, um conjunto de países a nível global, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, pressionaram a Organização Mundial de Saúde para que continue a investigar as origens do coronavírus, depois de uma primeira tentativa ter sido feita no início do ano, com o envio, em janeiro, de uma equipa de investigadores à China.

https://zap.aeiou.pt/facebook-deixa-de-proibir-publicacoes-405438

 

Decisão histórica - Tribunal holandês obriga Shell a reduzir emissões de CO2 em 45% até 2030 !

Um tribunal holandês exigiu, esta quarta-feira, à petrolífera Shell que reduza as suas emissões de CO2 em 45%, até 2030. O caso foi a tribunal após uma ação judicial apresentada em abril de 2019, por sete grupos ativistas.


“O tribunal ordena a Royal Dutch Shell que reduza suas emissões de CO2 até o final de 2030 em 45%, relativamente a 2019″, declarou o juiz. Esta decisão inclui o dióxido de carbono produzido pela atividade da Shell, bem como pelos produtos que vende, escreve a TSF.

A Milieudefensie, filial holandesa da organização internacional Amigos da Terra, acusou a Shell de não fazer o suficiente para se alinhar ao Acordo de Paris no combate às alterações climáticas, denunciando a petrolífera por “destruição do clima”. Greenpeace e ActionAid são outras das seis organizações não governamentais que avançaram com a ação judicial.

Em fevereiro, a Shell tinha anunciado que planeava reduzir o carbono líquido em 20% até 2030, em 45% até 2035 e em 100% até 2050. No entanto, segundo a RTP, o tribunal considerou que a política climática da Shell “não era concreta, estando cheia de condições, o que não é suficiente”.

Embora a estratégia da Shell previsse a petrolífera se tornasse neutra em carbono até 2050, “o tribunal chegou à conclusão que a Shell está em perigo de violar as suas obrigações de redução [de emissões]”.

https://twitter.com/foeeurope/status/1397551496586268672

“Uma vitória enorme para o planeta”

O diretor da Milieudefensie, Donald Pols, assegurou, em comunicado, que se trata de “uma grande notícia e uma vitória enorme para o planeta, os nossos filhos e um grande passo para um futuro habitável para todos” e realçou que a justiça dos Países Baixos “não deixou qualquer dúvida: a Shell está a provocar alterações climáticas perigosas e agora deve travá-las rapidamente”.

O advogado da ONG, Roger Cox, viu a decisão como “um ponto de viragem na história”, e realçou que o Tribunal exigiu “a uma grande empresa poluidora que cumpra o Acordo de Paris”, o que, considerou, “também pode ter consequências importantes para outros grandes poluidores”.

A ONG recordou que, “pela primeira vez na história”, um juiz responsabilizou uma empresa como a Shell, “por causar alterações climáticas perigosas”, e exigiu-lhe que reduzisse as suas emissões em sentença que “tem consequências nacionais e internacionais” para a empresa.

Sara Shaw, dos Amigos da Terra Internacional, realçou que a vitória judicial da ONG nos Países Baixos, “é uma vitória relevante para a justiça climática”, porque vai inspirar outros grupos e outras comunidades ambientalistas em todo o mundo a seguirem passos similares.

“As grandes corporações transnacionais vão ter de passar a ter em conta que podem e vão passar a ser responsabilizadas, se colocarem em perigo as pessoas ao agravarem a crise climática”, acrescentou.

O diretor da Greenpeace nos Países Baixos, Andy Palmen, também considerou a decisão “uma vitória histórica para qualquer pessoa afetada pela crise climática”, uma vez que a Shell “não pode continuar a violar os direitos humanos” e assinalou que “é um sinal forte para a indústria dos combustíveis fósseis: o carvão, o petróleo e o gás devem ficar debaixo de terra”.

https://zap.aeiou.pt/tribunal-obriga-shell-reduzir-emissoes-co2-405467

 

Morreu William Shakespeare, o primeiro homem a ser vacinado contra a covid-19 !

O primeiro homem no mundo a receber a vacina contra a covid-19 faleceu aos 81 anos. O britânico recebeu a vacina da Pfizer/BioNTech a 8 de dezembro, no Hospital Universitário de Coventry e Warwickshire, no Reino Unido.


Na última quinta-feira, morreu William Shakespeare, a segunda pessoa do mundo a ser vacinada contra a covid-19. A morte do britânico, conhecido por Bill, não está relacionada com a vacina.

Shakespeare recebeu a vacina da Pfizer/BioNTech a 8 de dezembro, no Hospital Universitário de Coventry e Warwickshire, no Reino Unido, minutos depois de Margaret Keenan, de 91 anos, ter sido vacinada.

Segundo a BBC, a morte foi confirmada por um político de Coventry, que era amigo pessoal de Bill Shakespeare. Na mensagem de despedida, o representante diz que “o melhor tributo ao Bill é ser vacinado”.

O hospital de Coventry acabou por confirmar mais tarde que a morte se deveu a um AVC.

A mulher de Shakespeare, Joy, afirmou que o marido estava muito grato por ter sido uma das primeiras pessoas a serem vacinadas em todo o mundo. “Era uma coisa da qual ele estava verdadeiramente orgulhoso, adorava ver a cobertura mediática”, contou.

Quando foi vacinado, a 8 de dezembro, o britânico afirmou estar muito “muito feliz”.

“É incrível observar a vacina, é incrível ver este tremendo impulso para toda a nação, mas não podemos relaxar”, declarou. Mas ainda “não derrotamos o vírus”, destacou, antes de pedir a todos que aceitem a injeção sem medo.

https://zap.aeiou.pt/morreu-shakespeare-homem-vacinado-405470

 

Biden quer relatório dos serviços secretos sobre origem do vírus dentro de 90 dias !

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu hoje aos serviços de informações norte-americanos para “redobrarem os esforços” para tentar explicar a origem do novo coronavírus e exigiu um relatório num prazo de 90 dias.


“Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os seus parceiros em todo o mundo para pressionar a China a participar numa investigação internacional completa, transparente e fundamentada em provas”, acrescentou o chefe de Estado norte-americano, lamentando a atitude de Pequim em relação a este dossier.

A teoria de que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pudesse ter saído de um laboratório chinês em Wuhan, onde o vírus foi detetado no final de 2019, foi afastada, em fevereiro passado, pela equipa internacional de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que esteve nesta cidade localizada na região centro da China.

A teoria voltou entretanto a estar no centro das atenções depois do Wall Street Journal ter publicado esta semana um relatório dos serviços de informações norte-americanos entregue ao Departamento de Estado, a que teve acesso, que revela que pelo menos três cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan terão adoecido em novembro de 2019.

Este dado voltou a levantar a suspeita de que o SARS-CoV-2 possa ter escapado deste laboratório.

Na segunda-feira, a China negou que estes investigadores tenham adoecido, em novembro de 2019, com sintomas semelhantes aos provocados pelo novo coronavírus.

“Não houve nenhum caso de covid-19 naquele instituto no outono de 2019. A notícia é completamente falsa”, disse, na segunda-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian.

O relatório foi escrito nos últimos dias da administração de Donald Trump.

O documento ressalvou que os sintomas dos investigadores eram também consistentes com doenças sazonais comuns, segundo o Wall Street Journal.

A China informou a OMS que o primeiro paciente com sintomas semelhantes aos da doença covid-19 foi detetado em Wuhan em 8 de dezembro de 2019.

No entanto, vários epidemiologistas e virologistas acreditam que o novo coronavírus começou a circular na cidade de Wuhan em novembro de 2019.

O jornal norte-americano observou que o Instituto de Virologia de Wuhan não partilhou dados brutos, registos de segurança e laboratoriais sobre o seu extenso trabalho com novos coronavírus detetados em morcegos, que muitos consideram a fonte mais provável do vírus.

O relatório dos serviços de informações dos Estados Unidos considerou mais plausível a teoria de que o vírus terá tido origem natural, a partir do contacto entre animais e seres humanos.

No entanto, não excluiu a possibilidade de que a sua disseminação em Wuhan tenha sido resultado de uma fuga acidental do Instituto de Virologia de Wuhan.

A China tem negado repetidamente que o vírus tenha escapado de um dos seus laboratórios, tendo acusado hoje Washington de disseminar teorias de “conspiração” sobre as origens da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/biden-relatorio-sobre-origem-virus-405473

 

Investigadores acreditam ter encontrado a causa dos coágulos após toma das vacinas !

Uma equipa de investigadores alemães acredita ter encontrado a causa dos efeitos secundários provocados pelas vacinas da AstraZeneca e Johnson & Johnson. Para já, o estudo ainda não foi aprovado por especialistas.

O grupo de investigadores acredita que encontrou a causa dos raros casos de coágulos no sangue entre algumas pessoas que foram inoculadas contra a covid-19 com as vacinas produzidas pelas farmacêuticas AstraZeneca e Johnson & Johnson.

Agora, a equipa está disposta a colaborar com as farmacêuticas para melhorar as vacinas que estão a ser produzidas e evitar os ditos coágulos.

O estudo, que ainda não foi revisto por especialistas, revela que as vacinas usam vetores de adenovírus que enviam parte da sua carga viral para o núcleo das células, onde algumas das instruções para produzir proteínas de coronavírus podem ser mal interpretadas.

As proteínas resultantes podem desencadear distúrbios de coagulação do sangue numa pequena quantidade de recetores.

Os coágulos sanguíneos são raros, mas preocupantes, sobretudo na faixa etária mais jovem, que tem maior risco de coagulação.

Neste sentido, o professor da Goethe University, de Frankfurt, Rolf Marschalek, acredita que as vacinas podem ser reformuladas para contornar o problema e que a Johnson & Jonhson está já em contacto com a equipa para “tentar otimizar a vacina”.

“Com os dados que temos nas nossas mãos, podemos dizer às companhias como fazer a mutação dessas sequências, codificando a proteína spike de forma a prevenir reações indesejadas”, afirmou ao Financial Times.

No entanto, outros cientistas têm teorias diferentes para explicar a ocorrência dos coágulos. Para já, a explicação de Marschalek ainda é uma hipótese, que deve ser examinada por outros especialistas, escreve o The Guardian.

Ao contrário da farmacêutica que produz a vacina Janssen, a AstraZeneca ainda não contactou o grupo.

https://zap.aeiou.pt/causa-coagulos-toma-vacinas-405501

 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

“Operation Unthinkable” - Revelados detalhes de plano secreto de Churchill para atacar a URSS !

Foram revelados detalhes sobre um plano secreto desenvolvido pelo ex-primeiro-ministro Winston Churchill, no final da II Guerra Mundial, para lançar uma operação militar contra a União Soviética (URSS).


De acordo com o documento CAB 120/691, divulgado pelo jornal britânico The Telegraph, em maio de 1945, poucos dias depois da Batalha de Berlim, Winston Churchill encarregou a sua equipa de elaborar um plano com o nome de código “Operation Unthinkable” (“Operação Impensável” em Português).

O objetivo seria fazer com que os Aliados, nos dois meses posteriores à rendição da Alemanha nazi, levassem a cabo uma ofensiva terrestre, aérea e naval de grande escala nos territórios ocupados pela União Soviética.

Tal como cita a rede televisiva RT, a operação visava impor à URSS “a vontade dos Estados Unidos e do Império Britânico” e Jeffrey Thompson, ex-comandante da Artilharia Real, que tinha experiência no Leste Europeu, foi encarregado de organizar esta ofensiva.

A tarefa de Thompson seria lançar um ataque surpresa às forças soviéticas, num prazo de oito semanas, cujo plano de batalha incluía empurrar o Exército Vermelho de volta para os rios Oder e Neisse, a cerca de 88 quilómetros a leste da capital alemã, com a ajuda das divisões britânica e norte-americana. “A data para o início das hostilidades será 1 de julho de 1945”, escreveu.

Ao ataque inicial deveria seguir-se um confronto de tanques num campo perto de Schneidemühl, a atual cidade de Piła, no noroeste da Polónia, numa operação que envolveria mais de oito mil veículos, entre forças norte-americanas, britânicas, canadianas e polacas.

No entanto, como o Exército soviético estava em superioridade neste território, Thompson reconheceu a necessidade de procurar outros pontos fortes, tendo feito a proposta extremamente controversa de rearmar unidades da Wehrmacht (Forças Armadas da Alemanha nazi) e da Schutzstaffel (organização paramilitar nazi mais conhecida por SS).

Além disso, o general defendeu a limitação das exportações de borracha, alumínio, cobre e explosivos para a URSS, o que, na sua perspetiva, enfraqueceria este Estado.

Na altura, revela o jornal inglês, o principal conselheiro militar de Churchill, o general Hastings Ismay, estava cético com este plano e terá ficado horrorizado com esta proposta de incluir as forças nazis na ofensiva, algo que considerou “absolutamente impensável para os líderes dos países democráticos”.

Ismay também lembrou que o Governo britânico tinha passado os últimos cinco anos a dizer à sua população que os soviéticos “tinham estado na maior parte dos combates e suportado um sofrimento indescritível”. Ou seja, na sua opinião, um ataque à URSS imediatamente depois da II Guerra seria um “desastre” para a moral do país.

O conselheiro do antigo primeiro-ministro acabaria por ser apoiado pelo comandante militar Alan Brooke, que pensava que as probabilidades de uma ofensiva bem-sucedida e rápida sobre a União Soviética eram quase inexistentes.

O desacordo dos líderes militares fez abortar esta “Operation Unthinkable”. Por sua vez, Churchill lamentou o desfecho, pois temia que, a qualquer momento, o Exército Vermelho lançasse uma ofensiva sobre a Europa, levando a uma III Guerra Mundial.

https://zap.aeiou.pt/plano-secreto-churchill-atacar-urss-405400

 

Boris terá ponderado “injetar-se com o coronavírus em direto na televisão” !

O ex-assessor de Boris Johnson afirmou, esta quarta-feira, no Parlamento, que o primeiro-ministro britânico chegou a considerar injetar-se com o novo coronavírus, em direto, na televisão, para mostrar que não havia nada a temer. 


“Em fevereiro, o primeiro-ministro via isto como uma história de pânico. Descreveu isto como a nova gripe suína. A visão de vários agentes do número 10 de Downing Street era que, se o primeiro-ministro presidisse às reuniões COBRA [Comissão para as Contingências Civis] e dissesse a toda a gente ‘Isto é como a gripe suína, não se preocupem. Vou pedir ao Chris Whitty [Conselheiro Médico do Governo] para me injetar, em direto, na televisão, com o coronavírus para que todos percebam que não há nada a temer’, que isso não ajudaria num planeamento sério”, afirmou Dominic Cummings aos deputados.

Durante uma audição de mais sete horas com deputados das comissões parlamentares de Saúde e Ciência, o ex-assessor do chefe do Executivo disse que “é completamente absurdo que Johnson seja primeiro-ministro”.

Cummings, que cessou funções em novembro, lançou duras críticas ao Governo, descrevendo-o como “leões liderados por burros”, e disse que o secretário de Estado da Saúde, Matt Hancock, deveria ter sido demitido por mentir.

“O secretário de Estado da Saúde deveria ter sido demitido por pelo menos 15 a 20 coisas, incluindo mentir em várias ocasiões em reunião após reunião no Conselho de Ministros e publicamente. Disse repetidamente ao primeiro-ministro que deveria ser despedido.”

Porém, alegou Cummings, Johnson respondeu que iria manter o ministro “porque ele é a pessoa que será despedida quando acontecer o inquérito” público à gestão do Executivo sobre a pandemia.

Sobre o segundo confinamento, em novembro, o ex-assessor alega que Boris resistiu às recomendações dos cientistas para avançar em setembro e confirmou que o ouviu dizer que preferia ver “corpos empilharem-se aos milhares”, como noticiou a BBC.

“Ouvi isso no escritório do primeiro-ministro”, afirmou, dizendo ainda: “Essencialmente, eu considerava que ele era inadequado para as funções e estava a tentar criar uma estrutura em torno dele para tentar parar o que eu pensava que eram decisões extremamente más e empurrar outras coisas contra a sua vontade”.

Cummings também pediu desculpas pelos seus próprios “erros” e lamentou que “dezenas de milhares de pessoas que morreram não precisavam de ter morrido”.

Boris garante que tentou “minimizar a perda de vidas”

Na sessão semanal de perguntas ao primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, Boris Johnson aproveitou para responder a estas revelações devastadoras.

“Gerir a pandemia foi uma das coisas mais difíceis que este país teve de fazer” e “nenhuma decisão foi fácil”, respondeu o primeiro-ministro, quando questionado pelo líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, sobre as críticas do ex-assessor.

“Ficar em confinamento foi traumático para este país, lidar com uma pandemia desta dimensão tem sido tremendamente difícil e, em todos os momentos, tentámos minimizar a perda de vidas”, acrescentou.

Instado pelo líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) no Parlamento, Ian Blackford, a pedir desculpa e assumir os erros cometidos pelo Governo, Boris Johnson acedeu.

Assumo total responsabilidade por tudo o que aconteceu. Lamento sinceramente o sofrimento que o povo deste país experimentou. Mas o Governo sempre agiu com o intuito de salvar vidas, proteger o NHS [serviço público de saúde] e de acordo com os melhores pareceres científicos”, vincou.

Johnson negou ter minimizado a dimensão da crise sanitária no início ou ter sido “complacente” e desmentiu que o anterior chefe dos serviços civis, Mark Sedwill, lhe tivesse manifestado falta de confiança no ministro da Saúde.

Cummings foi considerado o arquiteto da campanha que resultou na saída do Reino Unido da União Europeia e o autor do slogan “Get Brexit Done”, que garantiu uma maioria absoluta nas eleições de dezembro.

Tornou-se depois o assessor com mais poder dentro do Executivo, decidindo muitas vezes quem tinha acesso ao primeiro-ministro, marginalizando deputados e até outros membros do próprio Governo.

Porém, ficou enfraquecido quando foi tornado público que tinha conduzido centenas de quilómetros até ao norte de Inglaterra após contrair covid-19, violando as regras de confinamento nacional.

https://zap.aeiou.pt/boris-injetar-se-coronavirus-em-direto-405413

 

Sem racismo que o trave, George é o primeiro candidato presidencial negro de Nicarágua !

George Henríquez está a fazer história na luta pelos direitos das populações negras e indígenas na Costa Atlântica. O nicaraguense é o primeiro candidato presidencial negro do país.


Henríquez tornou-se um alvo da polícia, uma vez que é um dos principais ativistas no crescente movimento de oposição ao Presidente de Nicarágua, Daniel Ortega.

“Tenho a polícia constantemente em minha casa, durante a manhã, durante a tarde, durante a noite”, disse Henríquez numa entrevista por telefone à Vice. “E eles têm estas espingardas e AKs, ficam na frente da minha casa a garantir que eu não apareço para ajudar nalgum protesto ou assim”

No entanto, em vez de se assustar com o assédio policial, Henríquez ainda fica mais motivado no seu ativismo. 

Em janeiro, anunciou que competiria contra outros líderes da oposição na corrida para selecionar um único candidato para desafiar Ortega nas eleições de 7 de novembro.

A visibilidade que sua ambição traz à população afro-descendente há muito marginalizada da Nicarágua pode ajudar a quebrar preconceitos contra a sua comunidade.

Para se perceber um pouco a dimensão do preconceito, quando Henríquez anunciou a sua candidatura, José Manuel Urbina, aliado de um partido de direita, publicou uma fotografia de Henríquez no Facebook com a descrição: “Candidaturas: A Nova Pandemia”.

“Que bárbaro! Que vulgar! Agora, até um primo do Bob Marley está a concorrer à presidência”, escreveu Urbina.

As suas rastas, brincos e roupas descontraídas batem de frente com o racismo estrutural que existe no país. Muitos pensam que pelo seu visual, George Henríquez não será um candidato sério, embora este tenha um mestrado em Género, Etnia e Cidadania Intercultural.

“Há racismo contra a população negra. Há racismo contra a população indígena. Há racismo contra a área geográfica a que você pertence”, disse Henríquez.

Para estas eleições, a oposição permanece dividida. Seis partidos reuniram-se para criar uma coligação de oposição e vão escolher um único candidato para concorrer contra o presidente, com Henríquez a representar inicialmente o partido indígena YATAMA.

Mas o processo de seleção foi marcado por lutas internas e o YATAMA saiu da coligação. Apesar de tudo, Henríquez não vacilou e permanece na corrida como independente.

https://zap.aeiou.pt/george-candidato-negro-nicaragua-405042

Há novos detalhes sobre o “Deus da guerra”, o bombardeiro chinês capaz de atingir as ilhas dos EUA !


O bombardeiro Xian H-20 ainda não foi oficialmente confirmado. No entanto, a Modern Weaponry, uma revista dirigida pelo China North Industries Group, uma empresa de defesa estatal, publicou uma imagem gerada por computador na capa da sua edição de junho.

As imagens mostram que o bombardeiro Xian H-20 tem um compartimento para armas, duas asas traseiras ajustáveis, um radar aerotransportado, entradas de ar furtivas e bicos de motor em ambos os lados. Todo o avião é revestido por um material cinzento escuro absorvente de ondas de radar, avança o The Times.

O design de asa voadora parece ser semelhante ao bombardeiro Northrop Grumman B-2 Spirit, que tem sido um dos pilares da ameaça nuclear de longo alcance dos Estados Unidos desde 1997.

A Modern Weaponry apelidou o bombardeiro de “Deus da guerra no céu” e divulgou quatro imagens criadas por computador do design do Xian H-20. Apesar de estar em desenvolvimento há vários anos, as fotografias nunca foram oficialmente divulgadas.

Este bombardeiro chinês seria um marco significativo nos esforços de Pequim para competir com Washington. Os relatórios sugerem que o H-20 acabará por substituir o H-6, um design da década de 1950 que a China tem vindo a atualizar continuamente ao longo das décadas.

O matutino avança que a aeronave consegue alcançar a segunda cadeia de ilhas do Pacífico, Japão, Guam e as Ilhas Marianas dos Estados Unidos a partir de bases chinesas.

Nenhum detalhe foi ainda confirmado, mas o bombardeiro deverá ser equipado com mísseis de cruzeiro nucleares e convencionais, e não se espera que seja capaz de quebrar a barreira do som.

Os militares chineses estão a tentar alcançar os Estados Unidos e o partido governante da China vê a necessidade de ter uma força equivalente à sua contraparte norte-americana, para impedir que Washington ameace o seu controlo de poder.

Jon Grevatt, um especialista em aviões de guerra, disse ao South China Morning Post que as imagens priorizaram a furtividade e a capacidade de voar por longas distâncias, em vez da velocidade. “Se a aeronave se tornar operacional, terá o potencial de mudar as regras do jogo.”

https://zap.aeiou.pt/detalhes-bombardeiro-chines-405240

 

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