quinta-feira, 22 de julho de 2021

Liverpool perdeu estatuto de património mundial - E o estádio do Everton é um dos culpados !

Liverpool perdeu o estatuto de património mundial da UNESCO esta quarta-feira na sequência de alterações significativas na zona das docas. A autarquia vai recorrer.


A UNESCO retirou Liverpool da lista de património mundial. Numa reunião da agência da ONU, na China, 13 em 20 pessoas votaram a favor, cinco votaram contra e dois votos foram inválidos.

De acordo com o Jornal de Notícias, a UNESCO já tinha avisado que, por causa das obras na zona das docas, nomeadamente a construção de vários edifícios e do novo estádio do Everton, as alterações faziam perder a autenticidade da cidade.

Joanne Anderson, autarca de Liverpool, não gostou da decisão e vai tentar revertê-la. “Acho incompreensível que a UNESCO prefira que a zona de Bramley Moore Dock continue em más condições do que se faça uma contribuição positiva para o futuro da cidade e seus moradores”, argumentou, citada pela CNN.

“Estou muito desapontada com a UNESCO por ter tomado esta decisão. Nós vamos sempre valorizar a nossa herança cultural e vamos continuar a apoiá-la e a desenvolvê-la, como fizemos ao gastar centenas de milhões de libras esterlinas nos últimos anos, desenvolvendo e mantendo o nosso património mundial”, acrescentou a autarca.

Liverpool ganhou o título em 2004, por ter sido um dos maiores pontos de comércio da história do império britânico e pelo ambicioso projeto apresentado de renovação das docas.

Cerca de 30 figuras da cidade escreveram uma carta para que a UNESCO recuasse na decisão, argumentando que a construção do estádio do Everton irá trazer milhões de pessoas à zona das docas de Mersey.

https://zap.aeiou.pt/liverpool-perdeu-patrimonio-mundial-419194

Bolsonaro está a preparar remodelação no Governo !

Jair Bolsonaro anunciou que os novos ministros foram escolhidos com “critérios técnicos“, mas não deu detalhes específicos sobre as possíveis mudanças.


O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou esta quarta-feira que prepara uma nova e pequena remodelação governamental para fortalecer a relação do Governo com o Congresso.

“Estamos a trabalhar, inclusive, uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso e para a gente continuar aqui administrando o Brasil”, anunciou Jair Bolsonaro.

“Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos”, acrescentou, numa entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga.

O chefe de Estado brasileiro disse que os novos ministros foram escolhidos com “critérios técnicos“, mas não deu detalhes específicos sobre as possíveis mudanças.

Segundo os media locais, a reforma pode afetar os ministérios da Casa Civil e a Secretaria-Geral, ambos ligados ao gabinete da Presidência da República.

A mudança ocorre num momento em que o Governo brasileiro está politicamente fragilizado devido a escândalos de corrupção na gestão da pandemia e sucessivas crises administrativas e, portanto, precisa reforçar o apoio do chamado ‘centrão’, um grupo de partidos políticos de formações pragmáticas de direita e centro-direita mais moderadas, com amplo controlo do Congresso e que Bolsonaro pretende usar como plataforma nas eleições presidenciais de 2022.

O apoio do ‘centrão’ também é fundamental para evitar um eventual processo de destituição do Presidente em meio a dezenas de petições apresentadas com este objetivo e que estão paradas no Congresso brasileiro.

Bolsonaro já fez duas remodelações no Governo este ano, a última em março, quando anunciou a mudança de seis ministros, incluindo o Ministério das Relações Exteriores e a “substituição” dos chefes das três Forças Armadas, que são um dos pilares da sua gestão.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-remodelacao-no-governo-419220

 

África do Sul vai ser o primeiro país africano a fabricar a vacina da Pfizer !

Esta quarta-feira, as farmacêuticas BioNTech e Pfizer anunciaram que a Biovac vai avançar com uma fase de produção da vacina contra a covid-19 na África do Sul, a partir do início do próximo ano.


Os fabricantes BioNTech e Pfizer anunciaram, esta quarta-feira, que a Biovac, sediada na Cidade do Cabo, vai levar a cabo a última etapa do processo de fabricação da vacina contra a covid-19, conhecida como “fill and finish”.

Segundo a TSF, a África do Sul será, assim, o primeiro país a produzir a vacina no continente africano.

As empresas “assinaram uma carta de intenções” com a Biovac que lhes permitirá fornecer até 100 milhões de doses por ano aos países africanos.

A transferência de tecnologia e a instalação das máquinas necessárias para engarrafar o produto, a fase final de fabrico, começará “imediatamente”, de acordo com uma declaração das empresas.

O soro será transportado a partir das fábricas europeias dos dois laboratórios, que manterão assim o controlo sobre o fabrico do RNA do mensageiro, a “fase mais delicada e crucial”. Será então engarrafado e distribuído “exclusivamente nos 55 países-membros da União Africana”, segundo a alemã BioNTech e a norte-americana Pfizer.

“Este é um passo crucial no reforço do acesso sustentável às vacinas” e a colaboração “permitirá uma distribuição mais ampla de doses a pessoas em comunidades de difícil acesso, especialmente no continente africano”, referiu Morena Makhoana, presidente da Biovac.

As desigualdades geográficas permanecem gritantes face à pandemia, tendo os países desenvolvidos aplicado programas de vacinação extensivos, por um lado, e os países mais pobres ficado muito para trás: 1,6% das doses administradas a nível mundial foram administradas em África, que tem 17% da população mundial, de acordo com dados compilados pela AFP.

A OMS estimou recentemente que apenas 2% dos africanos, ou 16 milhões de pessoas, foram totalmente imunizados.

Antes da produção local, que chegará tarde para responder ao atual surto de casos da variante Delta, África depende para o fornecimento das suas vacinas principalmente do mecanismo internacional Covax e das doações, que, no entanto, estão a chegar “a conta-gotas”.

África regista 159.719 mortes devido à covid-19, num total de 6.281.998 casos de infeção com o novo coronavírus desde o início da pandemia, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

https://zap.aeiou.pt/africa-do-sul-vfabricar-vacina-da-pfizer-419138

quarta-feira, 21 de julho de 2021

O estádio de Ras Abu Aboud vai receber sete jogos do Mundial. Depois, será “desmontado” !

O estádio Ras Abu Aboud, no Qatar, é o primeiro na história do Campeonato Mundial de Futebol a ser construído para, depois, ser “demolido”.


O Ras Abu Aboud, à beira da água plantado, está a ser construído à base de contentores de aço reciclado no topo do porto de Doha, um símbolo do compromisso de sustentabilidade do Qatar e um reflexo da sua própria identidade.

Segundo a CNN, o estádio vai acolher sete jogos até aos quartos de final do Mundial de 2022. Assim que a competição terminar, o estádio será “desmontado”: os assentos, os contentores e a cobertura são removíveis e a ideia é que possa voltar a ser montado para uma outra competição, mesmo que seja noutro lugar.

“O recinto de 40.000 lugares pode ser desmontado na totalidade e transportado para ser novamente construído num país diferente”, disse o gestor de projeto Mohammed Al Atwan, acrescentando que poderão até ser construídos “dois recintos de 20.000 lugares”.

“Todas as partes podem ser doadas a países que necessitam de infraestruturas desportivas. Esta é a beleza do estádio – as oportunidades de legado são infinitas”, acrescentou o responsável.

O Qatar espera que o estádio Ras Abu Aboud seja um exemplo para futuras competições.

Um relatório da FIFA, datado de junho, estima que o Mundial de 2022 produza 3,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono, mais 1,5 milhões do que o Mundial da Rússia em 2018.

Ainda assim, o estado do Golfo diz-se comprometido em conseguir levar a cabo uma competição neutra em carbono.

https://zap.aeiou.pt/estadio-de-ras-abu-aboud-418938

 

Hungria - Primeiro-ministro convoca referendo sobre lei anti-LGBTI !

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciou esta quarta-ferira que será realizado um referendo na Hungria sobre a lei anti-LGBTI e pediu o apoio dos eleitores, depois de a Comissão Europeia ter lançado um processo de infração contra Budapeste.


“Bruxelas atacou claramente a Hungria nas últimas semanas em relação à lei” que proíbe a “promoção” da homossexualidade entre menores, disse o primeiro-ministro num vídeo publicado na sua página do Facebook, citado pelo agência Lusa.

Em seguida, Orbán listou cinco perguntas, questionando os húngaros, por exemplo, sobre se estes aceitariam que a escola “debatesse sexualidade com os seus filhos sem o seu consentimento”, se apoiariam “a promoção do tratamento de redesignação sexual para menores” ou a “apresentação irrestrita a menores de conteúdos mediáticos de natureza sexual que afetem o seu desenvolvimento”.

Orbán, que não indicou a data para a realização deste referendo, pediu aos húngaros que respondessem “não” a todas as perguntas.

O anúncio deste referendo faz parte de um conflito legal entre Bruxelas e Budapeste sobre uma lei sobre a proteção de menores, adotada em 15 de junho, que proíbe nomeadamente o debate com menores sobre homossexualidade e mudança de sexo.

O executivo europeu, que considerou esta lei discriminatória contra pessoas LGBTI, lançou um processo de infração contra a Hungria, que pode levar a uma ação no Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) e depois a sanções financeiras.

Desde o retorno ao poder de Viktor Orbán, em 2010, o Tribunal Europeu de Justiça e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos têm condenado regularmente a Hungria por reformas que visam a justiça, os meios de comunicação, os refugiados, as organizações não-governamentais, universidades ou minorias.

O autarca de Budapeste, Gergely Karacsony, reagiu esta quarta-feira ao referendo, dizendo que se trata de um estratagema para distrair os húngaros de outras questões.

“Estou a organizar o meu próprio referendo para perguntar aos húngaros o que pensam sobre a gestão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a instalação de ‘uma universidade chinesa’ na capital e a ‘venda das rodovias'”, ironizou Karacsony numa mensagem divulgada no Facebook.

https://zap.aeiou.pt/hungria-primeiro-ministro-referendo-lei-anti-lgbti-419083

 

Jogos Olímpicos 2032 vão realizar-se na cidade australiana de Brisbane !

A edição dos Jogos Olímpicos de 2032 decorrerá na cidade australiana de Brisbane, a terceira mais populosa daquele país, anunciou esta quarta-feira o Comité Olímpico Internacional em Tóquio, no Japão, onde deverá arrancar oficialmente a edição de 2020 esta sexta-feira.

A Austrália já havia recebido os Jogos Olímpicos em 1956, na cidade de Melbourne, e em 2000, em Sidney. Esta terceira edição no país foi anunciada pelo alemão Thomas Bach, que preside o Comité, avançou o Observador. A votação teve 72 votos a favor e 5 contra.

Em comunicado, citado pelo The Sydney Morning Herald, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison afirmou que “os Jogos vão apoiar o crescimento económico e o investimento, vão proporcionar benefícios duradouros à comunidade e vão inspirar a próxima geração de atletas australianos”.

“É um dia histórico não apenas para Brisbane e Queensland, mas para todo o país”, indicou, acrescentando: “Apenas as cidades globais podem garantir os Jogos Olímpicos, então este é um reconhecimento adequado para a posição de Brisbane na nossa região e no mundo”.

https://zap.aeiou.pt/jogos-olimpicos-2032-brisbane-418993

 

“Mais 100.000 pessoas perderão a vida até que a chama olímpica se apague” !

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que a pandemia de covid-19 é um teste “e o mundo está a falhar”.


Esta madrugada, num discurso perante o Comité Olímpico Internacional, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), apelou ao cumprimento das regras sanitárias durante os Jogos Olímpicos e lembrou que a pandemia ainda não chegou ao fim.

A pandemia é um teste e o mundo está a falhar“, respondeu o responsável, confrontado com a pergunta: “quando é que a pandemia vai acabar?”.

Na reunião, o responsável arriscou ainda uma previsão: até ao final dos Jogos Olímpicos, disse, vão morrer mais de 100 mil pessoas na sequência da doença.

“Mais de 4 milhões de pessoas morreram e mais vão continuar a morrer. O número de mortes deste ano é mais do dobro do total do ano passado. No tempo que demoro a fazer estas observações, mais de 100 pessoas perderam a vida para a covid-19. E quando a chama olímpica for extinta, no dia 8 de agosto, mais de 100 mil pessoas terão morrido”, alertou, citado pelo jornal Público.

O diretor-geral da OMS frisou ainda que acabar com a pandemia “está nas nossas mãos” e que “temos todas as ferramentas de que precisamos”. ”

“Podemos prevenir esta doença, podemos testá-la e podemos tratá-la. É mais do que temos para muitas doenças que já existem há muito mais anos. Podemos escolher acabar com a pandemia”, afirmou.

Quanto ao processo de vacinação mundial, Tedros Ghebreyesus admitiu que é uma “terrível injustiça” que 75% das vacinas administradas, até agora, tenham sido em apenas 10 países.

“Nos países mais pobres, apenas 1% da população recebeu pelo menos uma dose, em comparação com mais da metade das pessoas dos países desenvolvidos. Alguns dos países mais ricos estão a falar numa terceira dose de reforço, enquanto profissionais de saúde, idosos e outros grupos vulneráveis ​​no resto do mundo continuam sem proteção”, indicou.

No Japão, cerca de 34% da população já recebeu pelo menos uma dose de uma vacina contra a covid-19, mas muitos estão preocupados que os Jogos Olímpicos possam tornar-se um evento superpropagador do vírus.

Na terça-feira, a apenas três dias da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, um dos responsáveis não afastou a hipótese de um cancelamento de última hora.

https://zap.aeiou.pt/mais-100-000-pessoas-perderao-a-vida-419117

 

Inundações no centro da China fazem 12 mortos e milhares de desalojados !

Quase 200 mil pessoas foram retiradas de Zhengzhou, a cidade do centro da China atingida por enchentes que fizeram pelo menos 12 mortos e milhares de desalojados.


A evacuação da cidade, que conta mais de 10 milhões de habitantes, ocorreu após as chuvas torrenciais de terça-feira terem deixado parte da rede de metropolitano submersa e terem transformado ruas em canais com um rápido fluxo de água.

O exército foi convocado para reforçar as operações de resgate na capital da densamente povoada província de Henan, que recebeu, em três dias, quase o equivalente ao que normalmente seria um ano de chuva.

Quase 36 mil pessoas “foram afetadas” pelas enchentes, segundo as autoridades locais.

A cidade “passou por uma série de tempestades raras e severas, causando o acumular de água no metro de Zhengzhou”, referiram as autoridades na rede social Weibo, acrescentando que 12 pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas.

Zhengzhou foi colocada em alerta vermelho na terça-feira, o nível mais alto para condições climatéricas adversas na China.

A televisão estatal CCTV mostrou as ruas da cidade submersas em água lamacenta, enquanto os moradores, com água pela altura dos joelhos, empurravam os seus veículos por artérias inundadas.

De acordo com o Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês, o mau tempo causou o desabamento de casas, mas foi sobre o metropolitano que surgiram os vídeos mais dramáticos: as imagens difundidas nas redes sociais por utilizadores mostram passageiros numa carruagem, em cima dos assentos, e com água pela cintura.

Um passageiro contou na rede social Weibo que as equipas de resgate abriram o teto da sua carruagem para permitir a retirada das pessoas encurraladas. Outra filmagem mostrou um passageiro, sentado no teto de uma carruagem, meio submerso.

O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu a mobilização dos meios do Estado face ao mau tempo.

“As barragens colapsaram, causando ferimentos graves, mortes e danos. A situação é extremamente grave“, afirmou, de acordo com declarações divulgadas pela CCTV.

Ainda em Henan, próximo à antiga capital Luoyang, o exército anunciou que uma barragem ameaça ruir, após surgir uma brecha de 20 metros na estrutura. Luoyang, a oeste de Zhengzhou, tem uma população de cerca de 7 milhões de pessoas.

O colapso de Yihetan “pode acontecer a qualquer momento”, advertiram os militares.

Soldados posicionaram-se ao longo de outras vias navegáveis da região para reforçar as margens com sacos de areia.

Segundo as autoridades chinesas, a chuva atingiu uns históricos 457,5 milímetros em 24 horas, um valor sem precedentes nos últimos 60 anos, desde que há registos.

Inundações atingem a China regularmente no verão. Em 1998, milhares de pessoas morreram na região do rio Yangtsé.

Zhengzhou e Luoyang estão perto do rio Amarelo, mais a norte.

Os cientistas acreditam, no entanto, que as mudanças climáticas estão a aumentar o risco de inundações em todo o mundo. Prova disso foi o que aconteceu no norte da Europa, em particular na Alemanha, nos últimos dias.

https://zap.aeiou.pt/inundacoes-centro-china-12-mortos-419028

Telavive vai recorrer ao ADN dos cães para multar donos que não apanham o cocó !

Telavive, em Israel, vai ter uma base de dados com o ADN de todos os cães para começar a analisar as fezes encontradas na rua e, assim, multar os donos responsáveis por as apanhar.


Algumas pessoas não apanham o cocó dos seus animais de estimação, quer estes façam as necessidades num passeio, num parque ou até mesmo na praia.

Na cidade de Telavive, em Israel, as adoções de animais abandonados têm vindo a aumentar — e o mesmo acontece com os dejetos de cão espalhados pela cidade.

Para resolver o problema, a Câmara Municipal aprovou uma moção para estabelecer uma base de dados com o ADN de todos os cães, que será comparado ao ADN encontrado em excrementos abandonados. Assim, as autoridades poderão seguir o rasto dos donos que não limpam os dejetos dos seus animais de estimação para os multar.

Para que isso seja possível, todos os donos serão obrigados a fornecer o ADN dos seus caninos aquando da renovação da licença de propriedade dos animais — Telavive exige que toda a gente obtenha autorização antes da compra de um animal —, que acontecerá até seis meses após a entrada em vigor do novo regulamento.

“A alteração à lei foi aprovada como parte da luta persistente do município contra o fenómeno das fezes de cão que não são apanhadas pelos donos em toda a cidade”, disse a autarquia ao The Times Of Israel.

“A existência de uma base de dados com o ADN dos cães da cidade tornará possível a recolha de amostras de fezes na rua, aplicando assim a lei contra o dono do cão, mesmo após a ofensa ter sido cometida, de uma forma que irá abordar o principal desafio na aplicação e erradicação do fenómeno”, explicaram ainda.

Quem não apanhar o cocó do seu cão — e for descoberto —, será multado em 730 shekels (cerca de 188 euros).

“A limpeza do espaço público é uma parte integrante da aparência da cidade”, disse a câmara de Telavive, citado pelo IFL Science.

https://zap.aeiou.pt/telavive-adn-caes-nao-apanham-coco-418488

 

EUA têm quase 52 milhões de vacinas prestes a perder validade !

Os Estados Unidos distribuíram mais de 390 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 pelos vários estados, mas até esta terça-feira apenas cerca de 338 milhões tinham sido usadas.


Os dados dos Centros para a Prevenção e Controlo da Doença (CDC)) indicam que cerca de 52 milhões de doses de vacinas estão, assim, por usar. O STAT News, citado pelo Observador, diz que as doses têm como limite de validade o verão deste ano.

Algumas das vacinas por usar fazem parte dos desperdícios diários ou do atraso no reporte das vacinas dadas. O diário escreve que há algumas que serão segundas doses que ainda não foram administradas.

Ainda assim, pelo metade serão vacinas a mais, que vão expirar em julho, agosto ou durante o outono.

Os Estados Unidos têm 48,6% da população totalmente vacinada e 56,1% da população com, pelo menos, uma dose da vacina.

O pico da vacinação aconteceu nas primeiras semanas de abril, com dias a chegar aos quatro milhões de vacinas administradas. Agora que a procura caiu, são administradas cerca de 450 mil por dia.

O STAT News avança que os estados têm pedido ao governo federal que faça a distribuição das vacinas em sobra, mas o Governo norte-americano não quer recolher as vacinas já distribuídas nem autoriza os estados a entregá-las a outros países mais necessitados.

Neste momento, a única possibilidade existente é entregar as doses que foram encomendadas pelos estados, mas que ainda não lhes foram entregues.

https://zap.aeiou.pt/eua-52-milhoes-vacinas-perder-validade-418907

 

Johnson não queria confinar no Outono porque só idosos estavam a morrer, revela ex-assessor !

O primeiro-ministro britânico hesitou em apertar as restrições no Outono porque as vítimias mortais eram “basicamente todas acima dos 80 anos”, revela o ex-assessor de Boris Johnson, Dominic Cummings.


Dominic Cummings revelou que Boris Johnson lhe enviou mensagens a dizer que já não acreditava “nessas coisas do Serviço Nacional de Saúde estar sobrecarregado” e que preferia deixar a covid-19 “espalhar-se pelo país” do que arruinar a economia.

Estas revelações foram feitas numa entrevista televisiva à BBC, a primeira da longa carreira política de Dominic Cummings.

Os casos de covid-19 no Reino Unido no Verão passado, mas começaram a subir rapidamente no início do Outono. Cummings afirma que depois de ser aconselhado a aumentar as restrições, Johnson terá dito “não, não, não, não vou fazê-lo”, justificando que apenas pessoas acima dos 80 anos estavam a morrer.

O primeiro-ministro tinha “partes dos meios de comunicação e do partido Conservador a gritar” para não confinar e “sempre se referiu” ao Daily Telegraph como o “seu verdadeiro chefe”. Recorde-se que Johnson teve durante anos uma coluna de opinião no Telegraph.

Boris Johnson terá também querido manter no início da pandemia as suas reuniões semanais com a rainha e só mudou de ideias quando Cummings o alertou de que Isabel II, de 95 anos, poderá morrer se for infectada pelo coronavírus.

Cummings foi também questionado sobre a sua viagem no início do primeiro confinamento em Março, numa altura em que o governo tinha proibido as deslocações não essenciais. O ex-conselheiro diz que decidiu mudar-se coma família antes da sua mulher ter ficado doente com suspeita de covid devido à falta de segurança da sua casa em Londres.

A forma como lidei com toda a situação foi errada. O que devia ter feito era só demitir-me e dizer nada ou falar com a minha família e dizer “oiçam, vamos ter de dizer a verdade sobre toda esta situação”, revela. Na altura, Johnson apoiou publicamente o então assessor, depois de várias pessoas terem apelado à sua demissão.

Em resposta, Downing Street afirmou que o primeiro-ministro tomou todas as “medidas necessárias para proteger as vidas e os meios de sustento, guiado pelos melhores conselhos científicos” durante a pandemia e que o governo tinha evitado uma crise no sistema de saúde com “três confinamentos nacionais”, pode ler-se na BBC.

O gabinete de Johnson negou também que o primeiro-ministro quisesse continuar a encontrar-se semanalmente com a rainha.

O Ministro dos Negócios inglês, Paul Scully, defendeu as decisões de Johnson, referindo que também se deve ter em conta o impacto das restrições económicas na vida e na saúde das pessoas.

“Estas decisões não foram tão a preto e branco na altura como podemos pensar que são agora”, contou Scully, à estação de rádio 4 da BBC.

Esta entrevista surge depois de Inglaterra ter levantado todas as restrições e o uso obrigatório de máscara na Segunda-Feira, dia 19, e também na sequência da audição no parlamento de Cummings, em que o ex-conselheiro acusou Johnson de ter ponderado injectar-se com o vírus em directo na televisão.

Nessa mesma audição, Dominic Cummings acusou o governo de ser um grupo de “leões liderados por burros” e disse que inicialmente Boris Johnson acreditava que a pandemia era apenas um exemplo de pânico exagerado, como no caso da gripe suína.

https://zap.aeiou.pt/johnson-nao-queria-confinar-outono-418816

 

Estão a desaparecer 16 mulheres por dia no Peru !

O organismo de direitos humanos Defesa do Povo peruano considerou hoje “alarmante” o aumento do número de mulheres que desaparecem diariamente no Peru, que subiu de cinco antes da pandemia, para oito durante o confinamento e atinge, atualmente, 16.
“É inquietante, porque falamos sobretudo de mulheres que são, na sua maioria, meninas e adolescentes”, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) Eliana Revollar, vice-diretora da unidade dos direitos da mulher na organização de defesa e promoção dos direitos humanos peruana.

Ao longo do primeiro semestre, pelo menos 2.891 mulheres foram consideradas desaparecidas no Peru, país de 33 milhões de habitantes, o que perfaz uma média de 16 por dia. Perto de dois terços das mulheres são menores, acrescentou Revollar.

Segundo os dados oficiais, durante o confinamento associado à pandemia de covid-19, que no Peru decorreu entre março e junho de 2020, registou-se uma média de oito desaparecimentos diários, enquanto esse número era de cinco em 2019.

“É um número alarmante, uma vez que existe uma relação entre os desaparecimentos e os feminicídios”, frisou Revollar.

Em 2019, um décimo dos 166 feminicídios contabilizados no país foi inicialmente classificado como “desaparecimentos”, segundo a organização.

No decurso do primeiro semestre deste ano, foram contabilizados 76 feminicídios, número semelhante ao registado ao longo de todo o ano de 2020. “Temos casos em que os companheiros, após matarem a mulher, registam o desaparecimento e (alegam) que as estão a procurar”, explicou Revollar.

As famílias lamentam que a polícia e o sistema judiciário não investiguem os desaparecimentos, partindo do pressuposto de que as mulheres abandonaram a residência voluntariamente.

“Não há uma investigação séria. Achávamos que a polícia nos ajudaria, mas não é o caso. É como se a terra as tivesse engolido”, lamentou, por seu lado, Patricia Acosta, que procura há cinco anos pela filha de 23 anos e por duas netas, desaparecidas depois de participarem numa festa de aniversário em Lima, a 24 de abril de 2016.

Em fevereiro de 2020, a descoberta, em Lima, do corpo mutilado de Solsiret Rodriguez, 23 anos, estudante e ativista contra a violência baseada no género, desaparecida quatro anos antes, gerou grande controvérsia e polémica no país.

O seu desaparecimento mobilizou as associações feministas, mas a polícia afirmou que Solsiret Rodriguez teria partido para o norte do Peru com uma amiga.

O então ministro do Interior peruano, Carlos Basombrio, tinha assegurado o mesmo perante o Parlamento.

Depois de o corpo ser encontrado, Basombrio pediu desculpa e reconheceu a “ligeireza” da investigação. O cunhado da jovem e o homem com quem Solsiret vivia foram presos, depois de serem acusados pelo assassínio.

https://zap.aeiou.pt/desaparecer-16-mulheres-por-dia-peru-418871

Após cheias devastadoras, manutenções na Alemanha vão custar 2 mil milhões de euros !

Os danos às infraestruturas de transporte e rodoviários causados pelas fortes chuvas e inundações no oeste da Alemanha podem atingir os dois mil milhões de euros, noticiou hoje o jornal “Bild”, referindo-se às estimativas governamentais.


A reparação dos danos causados à via férrea e às estações implicará custos de até 1,3 mil milhões de euros, segundo cálculos do Ministério dos Transportes, citados pelo jornal.

A isso se somam os danos registados em estradas, pontes, torres de comunicação, fornecimento de energia elétrica e gasodutos.

Até a segunda-feira, foram confirmados 165 mortos e 749 feridos, mas centenas de pessoas ainda estão desaparecidas na Alemanha após as inundações.

O Conselho de Ministros alemão vai abordar, na quarta-feira, o montante de um primeiro lote de ajuda direta de emergência às vítimas, que o Ministro das Finanças, Olaf Scholz, quantificou em cerca de 300 milhões de euros.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que visitou a região no domingo com a responsável pelo Estado da Renânia-Palatinado, a social-democrata, Malu Dreyer, visitará hoje outra cidade afetada no Estado da Renânia do Norte-Vestfália.

Neste Estado, Merkel irá encontrar-se com o chefe de Governo da Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet – o candidato conservador do partido de Merkel a chanceler nas eleições gerais de setembro próximo -, cuja gestão da crise está a ser altamente questionada.

Não há avaliação do montante total da ajuda para a reconstrução, embora o ministro das Finanças, Scholz, e o ministro do Interior, Horst Seehofer, suponham que será de vários mil milhões de euros.

O precedente, à escala alemã, foi um pacote aprovado em 2013, após inundações que se espalharam por oito dos 16 Estados federais do país e ascenderam a oito mil milhões de euros.

As inundações da semana passada afetaram principalmente os já mencionados Estados da Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado. Também ocorreram inundações no leste da Saxónia e no sul da Baviera, embora de dimensões menos graves.

A Bélgica presta homenagem nesta terça-feira às vítimas das inundações de uma escala sem precedentes que assolaram a região de Liège (leste) nos dias 14 e 15 de julho, com um dia de “luto nacional” marcado por um minuto de silêncio ao meio-dia local (11:00 em Lisboa).

Na Bélgica, pelo menos 31 pessoas morreram após as inundações que também atingiram o país.

Outros países da Europa Central também foram atingidos pelas fortes chuvas, nomeadamente a França, o Luxemburgo, os Países Baixos e a Suíça.

https://zap.aeiou.pt/manutencoes-alemanha-2-mil-milhoes-418670

França anuncia que está na quarta vaga de covid - Mortes na Índia podem ser dez vezes superiores às registadas !

O Governo francês anunciou esta segunda-feira que o país entrou na quarta vaga da Covid-19, com 80% dos casos detetados a ter origem na variante Delta e um aumento de 125% de contaminações na última semana.


Entrámos na quarta vaga do vírus […] a dinâmica epidémica é extremamente forte, constatamos uma vaga mais rápida com um pico mais acentuado que as vagas precedentes”, disse o porta-voz do Governo, Gabriel Attal, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de hoje no Palácio do Eliseu.

O governante disse ainda que a esmagadora maioria dos casos detetados, cerca de 80%, tem origem na variante Delta e que na última semana as contaminações aumentaram 125%.

Face a esta progressão do vírus, o Governo vai avançar com a medida da imposição do passe sanitário já a partir de 21 de julho para os espaços culturais, como cinemas ou museus, e no início de agosto para bares e restaurantes.

Os empregados dos bares e restaurantes também passam a ser obrigados a vacinar-se para continuar a trabalhar.

Desde o anúncio da obrigatoriedade do passe sanitário feito na semana passada pelo Presidente Emmanuel Macron, 3,7 milhões de franceses já marcaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e Gabriel Attal reforçou que há 9 milhões de vacinas armazenadas e que a França vai receber 4 milhões de doses por semana até ao final de agosto.

Desde domingo foram detetados 4.151 novos casos no país e morreram 20 pessoas devido ao vírus. Em geral, à segunda-feira, os números de novos casos em França são mais baixos, porque os laboratórios estão fechados ao domingo.

Há atualmente 7.041 pacientes internados nos hospitais devido ao vírus e 902 destas pessoas estão internados nos cuidados intensivos.

Número de mortes na Índia pode ser superior

O total de mortes na Índia devido à covid-19 pode ser 10 vezes superior aos dados oficiais, ou seja de vários milhões e não de milhares, convertendo-a na pior tragédia da Índia moderna, segundo um estudo divulgado hoje.

O documento, publicado por Arvind Subramanian, antigo conselheiro económico do governo indiano, e dois investigadores do Centro para o Desenvolvimento Global e da Universidade de Harvard, calcula que o excesso de mortes – a diferença entre os óbitos registados e os que seriam esperados em circunstâncias normais – ronde entre três e 4,7 milhões entre janeiro de 2020 e junho de 2021.

Os autores do estudo afirmam que, apesar de não ser possível determinar um número exato, “é provável que [o total de mortes] seja de uma magnitude superior à contagem oficial”.

O relatório aponta que a contagem oficial pode ter deixado de fora mortes ocorridas em hospitais sobrecarregados, especialmente durante a devastadora segunda vaga da pandemia, na primeira metade do ano.

“É provável que o verdadeiro número de mortes seja na casa de vários milhões e não das centenas de milhares, o que torna esta tragédia humana indiscutivelmente a pior da Índia desde a partição e a independência”, pode ler-se no estudo, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

Em 1947, a partição do Império Britânico da Índia, que deu origem a dois Estados independentes (a Índia, maioritariamente hindu, e o Paquistão, muçulmano), levou à morte de cerca de um milhão de pessoas, resultantes de massacres entre hindus e muçulmanos.

O estudo recorreu a três métodos de cálculo: dados do sistema de registo civil, que regista nascimentos e mortes em sete estados, testes de sangue que mostram a prevalência do vírus na Índia, juntamente com as taxas globais de mortalidade devido à covid-19, e um inquérito económico a perto de 900.000 pessoas, realizado três vezes por ano.

Os investigadores analisaram as mortes provocadas por todas as causas e compararam esses dados com a mortalidade em anos anteriores, um método considerado preciso.

Os autores do estudo alertaram no entanto que a prevalência do vírus e as mortes por covid-19 nos sete estados analisados podem não se refletir de igual forma por toda a Índia, uma vez que o vírus pode ter-se propagado mais em estados urbanos que rurais e que a qualidade dos cuidados de saúde varia muito no país.

O especialista Jacob John, da faculdade de medicina Christian Medical College, em Vellore, no sul da Índia, disse à AP que o relatório sublinha o impacto devastador que a covid-19 teve no mal preparado sistema de saúde indiano.

“Esta análise reitera as observações de jornalistas de investigação destemidos que apontaram a enorme subavaliação das mortes”, disse Jacob.

O relatório também estima que cerca de dois milhões de indianos terão morrido durante a primeira vaga de infeções, no ano passado.

No documento, sublinha-se que não “perceber a escala da tragédia em tempo real”, nessa altura, pode ter “criado uma complacência coletiva que levou aos horrores” da devastadora segunda vaga, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia.

Nos últimos meses, alguns estados indianos reviram em alta o número de mortes provocadas pela covid-19, suscitando preocupações de que muitas não tenham sido registadas oficialmente.

Vários jornalistas indianos também publicaram números mais elevados em alguns estados, recorrendo a dados governamentais.

Segundo dados do Governo indiano, a Índia registou 414.482 mortes desde o início da pandemia, o que faz dela o terceiro país com mais óbitos causados pelo coronavírus SARS-CoV-2, a seguir aos Estados Unidos e Brasil.

Primeiras vacinas enviadas por Portugal chegam a Timor-Leste

Um lote de 12 mil vacinas da AstraZeneca e material médico oferecido por Portugal chegou a Díli, marcando o inicio do apoio bilateral português ao processo de vacinação contra a Covid-19 em Timor-Leste.

“É um primeiro lote destinado a um combate que transcende atualmente quaisquer fronteiras, o combate para pôr termo à situação pandémica que enfrentamos atualmente”, disse o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira.

As vacinas chegaram a Díli a bordo de um Boeing 767-300 da euroAtlantic airways (EAA), empresa que desde o inicio da pandemia tem realizado vários voos entre Lisboa e Díli, sendo, em alguns momentos, uma das poucas alternativas para os portugueses viajarem entre as duas cidades.

O voo trazia a bordo cerca de 70 pessoas, regressando na quarta-feira a Lisboa com quase 190 passageiros.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explica que, “com esta ação, conclui-se o primeiro ciclo de envio de vacinas para os PALOP e Timor-Leste”.

A medida insere-se “no compromisso político de disponibilizar àqueles países”, os principais parceiros de cooperação, “pelo menos 5% das vacinas contra a Covid-19 adquiridas por Portugal, iniciativa igualmente enquadrada na segunda fase do Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia de Covid-19 entre Portugal e os países africanos lusófonos e Timor-Leste”.

A operacionalização desta ação, aponta-se ainda no texto, “é resultado do esforço conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Embaixada de Portugal em Díli, e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e da Task Force do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal”.

No sábado, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou, em Luanda, que Portugal vai triplicar a oferta de vacinas aos PALOP e Timor-Leste, passando de um para três milhões de doses, no combate à Covid-19.

Na conferência de imprensa final, após o encerramento da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), António Costa recordou que Portugal se tinha comprometido a oferecer 5% do total de vacinas, mas as contas mais recentes permitem disponibilizar quatro vezes mais.

No caso dos PALOP e de Timor-Leste, o Governo português vai “triplicar e passar de um milhão para três milhões o número de vacinas a distribuir”, referiu Costa.

“De acordo com aquilo que é o cálculo que nós temos de vacinas que vamos poder disponibilizar”, será possível doar “um total de quatro milhões de vacinas”, explicou.

“Por isso, temos mais um milhão que afetaremos a outros programas, designadamente poderemos alargar ao Brasil, aos países da América Latina ou poderemos simplesmente integrar o mecanismo Covax, sem nenhum destinatário específico”, disse António Costa.

A bordo do avião de hoje vieram ainda as cinzas de um cidadão português, José Valverde, antigo funcionário da RTP que viveu vários anos em Timor-Leste e que acabou por falecer em Portugal, tendo expressado o desejo de poder regressar a Díli.

Timor-Leste tem atualmente 766 casos ativos em todo o país, com um total de 26 mortes e 10.142 casos acumulados desde o início da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/franca-quarta-vaga-india-mortes-418680

 

Primeira sentença - Manifestante condenado a oito meses de prisão por ataque ao Capitólio !

Um manifestante ​​​​​​​pró-Trump foi esta segunda-feira condenado a oito meses de prisão por participar na invasão da câmara do Senado dos Estados Unidos, tornando-se o primeiro condenado pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro.


Chama-se Paul Allard Hodgkins, tem 38 anos e é o primeiro dos cerca de 800 apoiantes pró-Trump condenado pela Justiça norte-americana por ter participado na invasão da câmara do Senado dos EUA, a 6 de janeiro.

De acordo com a BBC, Paul Allard Hodgkins, do estado da Florida, foi esta segunda-feira condenado a oito meses de prisão e terá pedido desculpas, dizendo que se sente envergonhado pelas suas ações em janeiro.

Discursando de forma calma a partir de um texto preparado, Paul Hodgkins explicou que foi tomado pela euforia nas ruas de Washington, seguindo a multidão até ao Capitólio.

“Se eu soubesse que a manifestação iria complicar-se […], eu nunca teria ido mais longe do que a Avenida da Pensilvânia. Foi uma decisão insensata da minha parte”, disse o arguido em tribunal, citado pela agência de notícias AP.

Inicialmente, os procuradores pediram uma condenação de 18 meses de prisão, referindo que, “como os outros desordeiros, contribuiu para a ameaça coletiva à democracia” ao forçar os congressistas a não reconhecerem vitória eleitoral de Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020.

Na sentença, segundo a AP, o juiz Randolph Moss disse que Paul Hodgkins participou num dos piores capítulos da história americana.

“Não foi, em qualquer exagero de imaginação, uma manifestação. Foi um ataque à democracia. Deixou uma mancha que permanecerá em nós e no país por muitos anos”, realçou Randolph Moss.

Como Paul Hodgkins nunca tinha sido acusado por agressão ou danos a propriedade privada, os procuradores salientaram que o condenado merecia alguma benevolência, também por assumir a responsabilidade dos seus atos e confessar culpa.

O advogado de Paul Hodgkins, Patrick N. Leduc, descreveu o seu cliente com um norte-americano que respeita a lei, apesar de viver na zona mais pobre de Tampa (Florida), onde regularmente era voluntário num banco de alimentos.

“É a história de um homem que num dia, durante uma hora, perdeu o rumo, que teve a decisão fatal de seguir a multidão”, acrescentou, de acordo com a AP.

Além disso, qualquer sentença proferida “será insignificante comparada com a vergonha que ele [Hodgkins] carregará para o resto da vida”, defendeu o advogado, citado pelo jornal Expresso.

“Posso dizer, sem sombra de dúvida, que estou verdadeiramente com remorsos e arrependido das minhas ações, não por ter de enfrentar as consequências mas pelos danos que o incidente daquele dia causou e pela forma como feriu este país que eu amo”, afirmou o manifestante durante o julgamento.

Num vídeo datado de 6 de janeiro, Paul Hodgkins aparece, no Senado, com uma camisola da campanha eleitoral de Donald Trump, uma bandeira pendurada ao ombro e óculos junto ao pescoço.

Apoiantes do antigo Presidente dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Pelo menos cinco pessoas morreram durante esta invasão, incluindo um agente da Polícia do Capitólio.

Esta pode ser a primeira de muitas sentenças e servir de referência para as centenas de acusações movidas contra os invasores.

https://zap.aeiou.pt/manifestante-condenado-ataque-capitolio-418637

 

Japão bate recorde de velocidade de Internet: 319 Tbps !

Investigadores do Instituto Nacional de Tecnologias da Informação e da Comunicação (NICT) do Japão bateram o recorde de velocidade de Internet para quase o dobro: 319 terabits por segundo. 


O Engadget escreve que a equipa de investigadores japoneses “esmagou” o recorde de velocidade de Internet, atingindo uns impressionantes 319 Tbps (terabits por segundo).

Em agosto do ano passado, uma equipa de cientistas britânicos e japoneses conseguiu chegar a uma transferência de 179 Tbps. A marca obtida recentemente é quase duas vezes maior do que a de 2020.

Os resultados da experiência foram divulgados a 11 de junho na Conferência Internacional sobre Comunicações através de Fibra Ótica.

Os engenheiros utilizaram uma nova tecnologia de cabos de fibra ótica para alcançar o novo recorde. Segundo o portal, a equipa enviou dados através deste tipo de cabos – lasers com 552 canais em vários comprimentos de onda – simulando uma distância de transmissão de três mil quilómetros sem degradação do sinal ou da velocidade.

A experiência permitiu demonstrar as possibilidades de um cabo de fibra ótica com quatro núcleos (em vez de apenas um), uma tecnologia que poderá ser facilmente implementada em sistemas existentes para aumentar a velocidade.

“Espera-se que tais fibras possam permitir a transmissão de um grande número de dados a curto prazo”, escreveram os autores do artigo científico, citados pela Motherboard, acrescentando que a inovação pode levar a uma tecnologia de comunicação futura, já depois do 5G.

https://zap.aeiou.pt/japao-bate-recorde-de-velocidade-de-internet-418619

 

Instituições alertam para suicídio de jovens requerentes de asilo no Reino Unido !

Dezenas de instituições de caridade pediram ao Governo britânico que faça mudanças para apoiar jovens requerentes de asilo e refugiados, após cerca de uma dúzia ter cometido suicídio.


Como avançou esta segunda-feira o Guardian, 46 instituições de caridade que lidam com questões relacionadas a pedidos de asilo, crianças e saúde mental escreveram para a ministra da saúde, Nadine Dorries, responsável pela prevenção do suicídio, destacando o número de casos entre adolescentes requerentes de asilo.

A carta, que inclui as instituições Refugee Council, Children’s Society e Mind, apela a um inquérito urgente e independente sobre essas mortes.

O Guardian já havia relatado o caso de um grupo de quatro jovens da Eritreia, que se matou depois de chegar ao Reino Unido. Uma pesquisa do Projeto Da’aro Youth, criado em resposta às suas mortes, descobriu vários outros suicídios por parte de adolescentes desacompanhados, muitos em 2020.

Alguns aguardavam a decisão sobre os pedidos de asilo e temiam que fossem recusados ​​e devolvidos para as zonas de conflito; outros tiveram as suas idades contestadas e foram acusados ​​de serem adultos; alguns sofriam de transtorno de stress pós-traumático ou tinham problemas com drogas e álcool e dificuldade de acesso a cuidados de saúde mental.

Para Benny Hunter, coordenador do Projeto Da’aro Youth, os casos descobertos podem ser a ponta do iceberg. Fatores comuns nos casos de suicídio incluem viagens traumáticas ao Reino Unido, atendimento inadequado por parte das autoridades locais, stress de lidar com o sistema de asilo e o impacto da separação de famílias.

“A estratégia nacional do governo para a prevenção do suicídio deixa claro que crianças e jovens em busca de asilo precisam de abordagens personalizadas para atender às suas necessidades de saúde mental e todas as autoridades locais têm um plano de prevenção de suicídio em vigor”, disse um porta-voz do governo.

“Forneceremos mais financiamento este ano para apoiar as autoridades locais a fortalecer ainda mais os seus planos”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/instituicoes-suicidio-requerentes-asilo-reino-unido-418436

 

Alemanha recebeu alerta sobre pior catástrofe natural das últimas décadas !

Para Hannah Cloke, o impacto das inundações na Europa Ocidental representa um “fracasso monumental” que “deveria ter sido evitado”.


Numa entrevista ao The Sunday Times, a investigadora Hannah Cloke revelou que o Governo alemão recebeu um alerta detalhado sobre as cheias que vitimaram mortalmente mais de 160 pessoas no país.

Para a professora de Hidrologia na Universidade de Reading, no Reino Unido, e uma das responsáveis pelo Sistema Europeu de Alerta de Cheias, a gestão deste caso tratou-se de um “erro de sistema monumental”.

Se as autoridades tivessem agido depois de terem recebido a informação, aquela que foi a pior catástrofe natural da Alemanha das últimas décadas poderia ter sido evitada. “O facto de as zonas não terem sido evacuadas, ou de as pessoas não terem recebido um aviso, mostra que algo correu mal“, afirmou, citada pelo Público.

O Politico adianta que este tipo de alertas são enviados às autoridades de cada país, que devem alertar as autoridades locais e emitir avisos de evacuação. No caso da Alemanha, a comunicação não terá sido suficientemente clara.

Os primeiros sinais foram detetados nove dias antes. O organismo europeu enviou um alerta à Alemanha e à Bélgica sobre cheias nos rios Reno e Meuse quatro dias antes e, nas 24 horas que antecederam o desastre, houve um alerta sobre que localidades iam ser afetadas pelas cheias.

“Creio que uma comunicação mais clara deverá fazer parte da resposta para melhorar todo o sistema de preparação para as inundações no futuro, particularmente num mundo onde as alterações climáticas estão a tornar os acontecimentos mais extremos”, rematou Hannah Cloke.

Karl Lauterbach, do Partido Social Democrata (SPD), disse que a Alemanha tem de estar mais bem preparada. “É preciso conseguir a infraestrutura necessária, pô-la a funcionar, e a prevenção de catástrofes tem de ter um lugar central na política​”, afirmou o responsável por questões de saúde, que integra o Governo de coligação.

O Público salienta ainda que o partido A Esquerda (Die Linke) pediu a demissão do ministro do Interior, Horst Seehofer, da CSU (centro-direita), e acusou o ministério de ou não ter levado o aviso a sério, ou de não o ter encaminhado com a urgência necessária às autoridades locais.

Aos jornalistas, o governante disse que “é inconcebível dizer que uma catástrofe como esta pudesse ser gerida centralmente”. “É preciso conhecimento local”, frisou o ministro do Interior.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-recebeu-alerta-catastrofe-418621

 

Milhares de jornalistas e ativistas alvos de “programa espião” israelita !

Um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais denunciou que jornalistas, ativistas e dissidentes políticos em todo o mundo terão sido espiados graças a um software desenvolvido pela empresa israelita NSO Group.


A empresa, fundada em 2011 a norte de Telavive, comercializa o spyware Pegasus, que, inserido num smartphone, permite aceder a mensagens, fotografias, contactos e até ouvir as chamadas do proprietário.

A NSO tem sido regularmente acusada de vender a regimes autoritários, mas sempre defendeu que o spyware comercializado só era utilizado para obter informações sobre redes criminosas ou terroristas.

A investigação publicada por um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais, este domingo, nos quais se incluem o jornal francês Le Monde, o britânico The Guardian e o norte-americano Washington Post, baseia-se numa lista obtida pelas organizações Forbidden Stories e Amnistia Internacional, que incluem 50 mil números de telefone selecionados pelos clientes da NSO, desde 2016, para potencial vigilância.

A lista inclui os números de telefone de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 líderes empresariais, de acordo com a análise realizada pelo consórcio, que localizou muitos em Marrocos, Arábia Saudita e México.

O documento inclui também o número do jornalista mexicano Cecilio Pineda Birto, morto a tiro algumas semanas depois de o seu nome ter surgido na lista.

Correspondentes estrangeiros de vários órgãos de comunicação social, incluindo o Wall Street Journal, CNN, France 24, Mediapart, El Pais e a agência France-Presse, também fazem parte desta lista.

Outros nomes no documento, que inclui um chefe de Estado e dois chefes de Governo europeus, deverão ser divulgados nos próximos dias.

Os jornalistas associados à investigação, batizada “Projeto Pegasus”, encontraram-se com algumas das pessoas na lista e tiveram acesso a 67 telefones, que foram submetidos a um exame técnico num laboratório da Amnistia Internacional.

A ONG confirmou a infeção ou tentativa de infeção pelo spyware do grupo NSO em 37 dispositivos, incluindo 10 na Índia, de acordo com o relatório publicado este domingo.

Dois dos telefones pertenciam a mulheres próximas do saudita Jamal Khashoggi, jornalista assassinado em 2018 no consulado do seu país, em Istambul, na Turquia, por agentes da Arábia Saudita, segundo o consórcio.

No caso dos restantes 30 aparelhos analisados, os resultados foram inconclusivos, em alguns casos porque os alvos mudaram de telefone.

Há uma forte correlação temporal entre quando os números apareceram na lista e quando foram colocados sob vigilância”, escreveu o Washington Post.

As revelações vêm juntar-se a um estudo divulgado, em dezembro de 2020, pelo Citizen Lab, um centro de pesquisa especializado em questões de ataques informáticos da Universidade de Toronto, no Canadá, que confirmou a presença do software Pegasus nos telefones de dezenas de empregados do canal Al-Jazeera, no Qatar.

A WhatsApp também reconheceu, em 2019, que alguns dos seus utilizadores na Índia tinham sido espiados pelo software.

O grupo NSO negou “fortemente” as acusações feitas na investigação, acusando-a de estar “cheia de falsas suposições e teorias não substanciadas”, escreveu a empresa no seu portal.

Em declarações ao jornal Público, um porta-voz da empresa israelita também negou estas acusações e informou que está a considerar uma ação judicial por difamação.

A NSO não é a única empresa israelita suspeita de fornecer spyware a Governos estrangeiros acusados de violar os direitos humanos, com o aval do Ministério da Defesa de Israel.

O software “DevilsTongue”, da Saito Tech Ltd, mais conhecido como Candiru, foi utilizado contra cerca de 100 políticos, dissidentes, jornalistas e ativistas, denunciaram na quinta-feira peritos da Microsoft e do Citizen Lab.

Empresas israelitas como a NICE Systems e a Verint forneceram tecnologia à polícia secreta no Uzbequistão e no Cazaquistão, bem como às forças de segurança na Colômbia, acusou a ONG Privacy International, em 2016.

https://zap.aeiou.pt/jornalistas-ativistas-spyware-israelita-418324

 

“Estripador de Hollywood” condenado à morte por assassinar duas mulheres !

Um homem de 45 anos apelidado de “Estripador de Hollywood” foi condenado à morte na sexta-feira pelos assassinatos de duas mulheres no início dos anos 2000.

Esfaqueadas várias vezes, as vítimas sofreram mutilações no peito e uma delas foi encontrada quase decapitada.

Michael Gargiulo, conhecido como “Estripador de Hollywood”, vai, contudo, escapar do corredor da morte por enquanto, já que a Califórnia estabeleceu uma moratória às execuções em 2019. Nenhum detido foi executado naquele estado desde 2006.

O ator Ashton Kutcher conhecia a primeira vítima, a estudante de design de moda Ashley Ellerin, de 22 anos, com quem tinha marcado um encontro na noite da sua morte, no final de 2001.

Kutcher disse ao tribunal que estava atrasado para o encontro e ninguém lhe abriu a porta. Depois olhou pela janela e viu o que julgou ser vinho tinto derramado no chão e deixou o local, pensando que a jovem tinha ido embora sem o esperar. Ellerin foi depois encontrada morta em casa, tendo sofrido 47 facadas.

A segunda vítima, Maria Bruno, de 32 anos, vizinha de Gargiulo, foi esfaqueada 17 vezes durante o sono em dezembro de 2005.

O promotor Dan Akemon garantiu que Gargiulo atacou mulheres que moravam perto dele e esperou pacientemente o momento para atacar. Foram “assassinatos cuidadosamente planeados”, afirmou.

Diante do tribunal, Gargiulo declarou-se novamente inocente na sexta-feira. O homem foi preso em 2008 em Santa Monica, perto de Los Angeles, após se cortar acidentalmente durante o ataque a uma terceira vítima, que sobreviveu.

Gargiulo também está a ser julgado em Illinois pelo assassinato de uma mulher em 1993.

https://zap.aeiou.pt/estripador-hollywood-condenado-morte-418216

 

Segredos do Estado Islâmico revelados em telemóveis de jovens recrutados !

Com acesso a um smartphone usado por três homens britânicos, que se associaram ao Estado Islâmico (EI), e foram para a guerra na Síria, um jornalista da BBC investigou as razões que os levaram a ingressar por este caminho.


Estima-se que 900 pessoas já deixaram o Reino Unido para aderir à organização extremista ou a outros grupos semelhantes.

O grupo que se auto-denomina Estado Islâmico foi responsável por cerca de 14 mil mortes. Até hoje, muitos britânicos que foram lutar pelo EI permanecem desaparecidos.

No rescaldo da guerra na Síria, onde o grupo tem forte atuação, um sírio que trabalhou para o jornal britânico Sunday Times conseguiu um disco rígido que continha arquivos de um smartphone.

As fotos, vídeos e capturas de ecrã retratam a vida de homens britânicos que deixaram as suas casas e cruzaram continentes para combater ao lado dos insurgentes.

Um desses casos é o de Choukri Ellekhlifi. O jovem cresceu em Londres e esteve envolvido em crimes violentos antes de ingressar no EI. Aos 22 anos, a sua vida acabou na Síria.

Um vídeo ao qual o jornalista da BBC teve acesso mostra Choukri no norte da Síria: um jovem cheio de exuberância, que se diverte dar uma cambalhota na piscina.

O registo podia representar um momento das férias de qualquer jovem pelo mundo fora, mas, neste caso, Choukri fazia algo de muito diferente: posava com uma arma.

Mais tarde, Choukri foi filmado a fazer uma paródia de comentários sobre a natureza no estilo do naturalista britânico David Attenborough (famoso por emprestar a voz a programas sobre história natural).

Em outra situação, mostra o jovem a participar num treino com armas.

Segundo a BBC, os vídeos online do EI costumavam ser semelhantes a filmes. Fazem até referência à cultura popular, incluindo a videojogos violentos que são famosos, de acordo com o acadêmico Javier Lesaca, que estudou mais de 1,5 mil vídeos de propaganda do grupo.

Mas esse conteúdo oferece uma visão diferente da vida no chamado califado.

Por sua vez, também Mehdi Hassan, outro jovem britânico,  aparece em vídeos do Estado Islâmico.

Ao contrário de Choukri, este jovem não estava envolvido em crimes antes de entrar para o EI.

Mehdi trocou a sua vida em Portsmouth, no sul da Inglaterra, por uma morte prematura na Síria. A sua mãe explicou que Mehdi fazia parte de uma “família trabalhadora e de classe média” e disse que o viu mudar repentinamente no ano em que recebeu os resultados das provas do Ensino Médio.

Mehdi havia estudado numa escola particular católica e tirado boas notas, mas queria ser o melhor da turma. Segundo a sua mãe, foi no ano em que o jovem estudou mais para aperfeiçoar as suas notas, que a sua visão do mundo mudou.

A mudança de perspetiva está documentada nas redes sociais de Mehdi. No início, o seu perfil online não chamava a atenção, porém, ao longo de poucas semanas começou a partilhar mais sobre as aulas do Alcorão (livro sagrado do Islamismo) e sobre a sua visão da política internacional.

Poucos meses depois, Mehdi foi capturado por câmaras de segurança no aeroporto a caminho da Síria.

A partir daí, continuou a partilhas imagens e vídeos nas redes sociais, conduzindo sessões de perguntas e respostas para todos os interessados ​​em seguir o seu caminho. O recrutado se tornou, então, recrutador.

Nafees Hamid, um neurocientista que estudou os cérebros de extremistas violentos, acredita que ter crenças desafiadas por colegas é a chave para a desradicalização.

Ao longo do tempo em que esteve na Síria, Mehdi manteve o contacto com familiares e amigos em Portsmouth. No entanto, o jovem britânico nunca voltou para casa. Morreu na Síria, perto da fronteira com a Turquia, sendo que a sua localização final sugere que poderia estar a preparar-se para deixar o EI para trás.

Acredita-se que todos os homens que aparecem nos vídeos já estão mortos. Muitos outros continuam desaparecidos.

https://zap.aeiou.pt/segredos-estado-islamico-418104

 

A China está a criar a mais dura repressão ideológica das últimas décadas !

Após um encontro entre militantes, o Partido Comunista Chinês estabeleceu como prioridade a criação de uma nova era ideológica que se irá traduzir no endurecimento do controlo ideológico sobre 1,4 mil milhões de chineses.


Esta semana, o partido divulgou uma nova diretriz sobre o trabalho ideológico e político, que visa não apenas os seus membros, mas também “toda a sociedade”.

Sob a alçada do presidente Xi Jinping, o partido começou a criar as linhas que vão orientar a mais dura repressão ideológica das últimas décadas, escreve a CNN.

O objetivo do líder chinês é impor barreiras à “infiltração” de ideias ocidentais, e como tal quer estabelecer um nacionalismo agressivo onde as liberdades académicas e de imprensa se vêm sufocadas.

“O trabalho ideológico e político é a boa tradição do partido, característica distinta e vantagem política proeminente – é a tábua de salvação de todo o seu trabalho”, cita a CNN, que teve acesso à diretriz do partido.

A estratégia será transversal a todas as classes da sociedade, mas terá grande enfoque na educação dos jovens.

Uma parte central da campanha está focada na promoção do “Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para a Nova Era”, a doutrina política de Xi que foi escrita na constituição do partido em 2017.

Desde 2017, a doutrina de Xi tem sido frequentemente estudada por quadros do partido em reuniões e também numa aplicação móvel de propaganda.

Agora, o partido quer que o público em geral aprimore o seu “senso de identificação política, ideológica, teórica e emocional” com a ideologia de Xi.

Uma campanha já está a ganhar ritmo para levar a doutrina de Xi mais longe, sobretudo “nos livros, nas salas de aula e nos cérebros dos alunos”, revelou o Ministério da Educação do país.

Num comunicado emitido na semana passada, o ministério referiu que escolas primárias e secundárias de todo o país irão começar a usar livros didáticos sobre “O pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para a nova era” já em setembro.

No mês passado, o Comité Central do partido também aprovou sete novos centros de pesquisa sobre a ideologia de Xi Jinping, somando-se assim aos 11 já estabelecidos. Esses centros foram criados pelas melhores universidades e grupos de reflexão, governos provinciais e ministérios do governo central.

O mais recente, lançado na semana passada pelo Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, é dedicado ao “Pensamento de Xi Jinping sobre a Civilização Ecológica”.

Outros foram estabelecidos para o estudo do “Pensamento Económico de Xi Jinping”, “Pensamento de Xi Jinping sobre Diplomacia” e “Pensamento de Xi Jinping sobre o Estado de Direito”.

Contudo, estes esforços não são apenas notados nas escolas e universidades. O partido busca endurecer a ideologia em todos os aspetos da sociedade, indo da internet, a empresas, vilas rurais e comunidades residenciais urbanas.

Wu Qiang, analista político em Pequim, considera que a campanha é parte do movimento de Xi Jinping para consolidar ainda mais o seu poder e angariar apoio público antes do 20º congresso do partido, que se irá realizar no próximo ano.

https://zap.aeiou.pt/repressao-ideologica-china-417903

 

Em 1972 o MIT previu o colapso da sociedade no século 21 - Novo estudo revela que estamos nesse caminho !

Um novo estudo, desenvolvido por uma diretora da empresa de contabilidade KPMG sobre um modelo criado em 1972 por investigadores do MIT, revela que a previsão de então sobre o colapso da sociedade no século 21 mantém-se atual.

O modelo, denominado World3, foi criado a partir de dados empíricos e publicado no livro ‘Limits to Growth’, revelou a Vice. O modelo visava responder à pergunta sobre o que aconteceria se a humanidade continuasse em busca do crescimento económico, sem se importar com o custo social e ambiental.

Na altura, os investigadores concluíram que, sem mudanças drásticas, a sociedade industrial estava a caminhar para o colapso.

“Dada a perspetiva desagradável de colapso, estava curiosa para ver quais cenários estavam mais alinhados com os dados empíricos atuais”, disse Gaya Herrington, diretora de Consultoria, Auditoria Interna e Risco da KPMG, que escreveu o novo artigo.

“O livro que apresentava esse modelo mundial foi um ‘best-seller’ nos anos 70 e teríamos agora várias décadas de dados empíricos para fazer uma comparação significativa. Mas, para minha surpresa, não consegui encontrar tentativas recentes nesse sentido. Então decidi fazer isso sozinha”, contou.

Este novo estudo, publicado no Yale Journal of Industrial Ecology, concluiu que o modelo de 1972 está alinhado com os dados recentes. Sem mudanças, a civilização global está a caminhar para um declínio económico na próxima década, o que pode levar ao colapso da sociedade por volta de 2040.

Gaya Herrington analisou dados relativos à população, taxas de fertilidade e de mortalidade, produção industrial, produção de alimentos, serviços, recursos não renováveis, poluição persistente, bem-estar humano e pegada ecológica.

“Buscar um crescimento [económico] contínuo não é possível. Mesmo quando combinado com desenvolvimento e adoção de tecnologia sem precedentes, negócios” como os atuais “levariam inevitavelmente a declínios no capital industrial, na produção agrícola e nos níveis de bem-estar neste século”, explicou a autora.

Contudo, embora a janela para efetuar as alterações necessárias para evitar o pior cenário seja pequena, “uma mudança deliberada de trajetória provocada pela sociedade, voltada para outro objetivo que não o crescimento, ainda é possível”, apontou o artigo.

O estudo de Gaya Herrington não é conduzido pela KPMG, embora a empresa o tenha publicado na sua página oficial. A diretora realizou a pesquisa como parte da sua tese de mestrado na Universidade de Harvard.

https://zap.aeiou.pt/mit-colapso-sociedade-caminho-417972

 

Biden dá início ao maior programa de combate à pobreza nos EUA desde os anos 60 !

O Presidente norte-americano, Joe Biden, deu na quinta-feira início ao maior programa de combate à pobreza nos Estados Unidos (EUA), desde há 50 anos, com o foco nas famílias com filhos.


A partir de agora, o governo vai distribuir até 300 dólares mensais (254 euros) por cada filho como ajuda a 39 milhões de famílias, para paliar o impacto da pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Casa Branca, citada pela agência Lusa.

“Creio que este é um dia histórico para continuar a construir uma economia que respeite e reconhece a dignidade das famílias da classe trabalhadora e da classe média”, disse Biden, ao discursar na Casa Branca.

Segundo o Presidente, quase todas as famílias nos EUA com filhos que ganhem menos de 150 mil dólares por ano, por casal, ou 125 mil, em caso de mães ou pais solteiros, começam a receber o seu primeiro cheque mensal.

Este é o maior plano de combate à pobreza desde a década de 1960, quando o então presidente Lyndon Johnson (1963-1969) lançou a estratégia conhecida como “guerra contra a pobreza”.

Biden esteve acompanhado na apresentação do programa pela vice-Presidente, Kamala Harris, que assegurou que este é “um grande dia” para todas as famílias dos EUA.

Esta ajuda integra o pacote de apoio económico promulgado em fevereiro e “dá um alívio fiscal às famílias trabalhadoras, de classe média e com filhos a cargo”, realçou Biden.

https://zap.aeiou.pt/biden-programa-combate-pobreza-418011

 

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