sexta-feira, 23 de julho de 2021

Google Maps acusado de sugerir rotas “potencialmente fatais” !

Muitos montanhistas que procuram o cume da montanha mais alta da Escócia e outros picos na área no Google Maps estão a ser direcionados para rotas “potencialmente fatais”.


A montanha Ben Nevis é um destino turístico muito popular conhecida por ser a mais alta do Reino Unido, situada a 1.345 metros de altitude. Milhares de pessoas conseguem chegar ao cume anualmente, mas a escalada até ao pico não é isenta de riscos.

A organização The John Muir Trust disse à CNN que vários montanhistas que utilizam o Google Maps correm o risco de serem direcionados para uma rota “altamente perigosa, mesmo para alpinistas experientes”.

“O problema é que o Google Maps direciona alguns visitantes até ao parque de estacionamento de Upper Falls, presumivelmente porque é o parque de estacionamento mais próximo do cume”, explicou Nathan Berrie, responsável pela conservação da montanha.

“Mas esta NÃO é a rota correta e deparamo-nos frequentemente com grupos de caminhantes inexperientes que se dirigem para Steall Falls ou para as encostas sul de Ben Nevis, acreditando que é a rota para o cume”, acrescentou, numa nota.

Também Heather Morning, consultora de segurança em montanhas da organização Mountaineering Scotland, referiu que “para aqueles que são novos em caminhadas nas montanhas parece perfeitamente lógico verificar o Google Maps para obter informações de como chegar ao ponto escolhido, mas quando é inserido Ben Nevis aparece uma rota que o direciona para o estacionamento de Glen Nevis”.

“Até mesmo o montanhista mais experiente teria dificuldade em seguir essa rota, pois o caminho passa por terrenos muito íngremes, rochosos e mesmo com uma boa visibilidade seria difícil encontrar uma linha segura, o que torna a rota sugerida pela Google potencialmente fatal”, explicou.

A responsável acrescentou ainda que a aplicação também direciona os montanhistas por rotas que os podem colocar em risco de vida, nomeadamente quando procuram por outros pontos elevados da região, como a montanha de An Teallach.

“Para An Teallach, no noroeste, foi inserida no Google Maps uma rota ‘a pé’ que leva as pessoas até um penhasco“, especificou.

À cadeia britânica, um porta-voz da Google referiu que construíram o “Google Maps a pensar na segurança e na confiabilidade” e que estão a “trabalhar rapidamente para investigar o problema da rota de Ben Nevis e áreas vizinhas”.

https://zap.aeiou.pt/google-maps-rotas-potencialmente-fatais-419469

 

Britânico detido por pirataria às contas de Twitter de Obama, Bezos e Gates !

Um britânico de 22 anos foi detido após um ataque informático lançado em julho de 2020 contra as contas de Twitter do ex-Presidente dos Estados Unidos (EUA) Barack Obama, do atual Presidente Joe Biden e dos empresários Bill Gates, Elon Musk e Jeff Bezos.


De acordo com o Guardian, a detenção de Joseph James O’Connor ocorreu em Espanha e foi comunicada pelo Departamento de Justiça dos EUA. Este é acusado de pirataria informática pelo ataque no Twitter, a contas do TikTok e do Snapchat, extorsão ‘online’ para fins sexuais e perseguição via Internet.

O ataque visava extorquir dinheiro em criptomoedas, ao publicar nas contas de figuras conhecidas mensagens nas quais pedia aos utilizadores que enviassem um determinado montante para uma ligação, prometendo que essa quantia seria devolvida a dobrar. Os piratas terão conseguido recolher cerca de 123 mil dólares (pouco mais de 100 mil euros).

Em março de 2021, Graham Ivan Clark, de 18 anos, outro pirata informático, foi condenado a três anos numa prisão juvenil norte-americana por ter estado envolvido no ataque. Segundo o Guardian, o nome de Joseph James O’Connor surgiu após um dos outros jovens envolvidos o ter identificado num interrogatório.

https://zap.aeiou.pt/britanico-pirataria-contas-twitter-419443

Itália - Alegado homicídio de migrante por político da Liga põe em causa a lei das armas !

Um conselheiro do partido Liga atirou mortalmente sobre um imigrante marroquino depois de uma discussão num bar, mas alega ter agido em legítima defesa.


Tudo começou nesta Terça-Feira à noite, na região da Lombardia. Massimo Adriatici, um conselheiro de segurança na cidade de Voghera no partido de extrema-direita Liga, encontra-se em prisão domiciliária desde ontem por “excesso culposo de legítima defesa”, depois de ter atirado sobre um migrante à porta de um bar.

A vítima foi um homem marroquino de 38 anos chamado Youns El Bossettaoui, que acabou por não resistir ao tiro no peito e morreu no hospital. Adriatici alega que interveio quando El Bossettaoui estava a incomodar clientes no bar. Os dois envolveram-se numa luta e a arma disparou acidentalmente quando El Bossettaoui o empurrou para o chão, segundo o depoimento do conselheiro da Liga.

O líder da Liga e senador em Itália, Matteo Salvini, já defendeu Massimo Adriatici, dizendo que o conselheiro agiu em legítima defesa num vídeo publicado no Facebook.

“A hipótese é legítima defesa. Adriatici é um professor de lei criminal, um antigo agente da polícia e um advogado criminal conhecido e estimado. Foi vítima de uma agressão a que respondeu acidentalmente com um disparo que, infelizmente, matou um cidadão estrangeiro”, afirma.

Salvini reiterou o apoio a Adriatici num programa televisivo da Rai TV, a estação pública italiana: “Daquilo que sabemos, ele foi atacado por um criminoso e um imigrante ilegal. Vamos esperar até todas as investigações serem concluídas – quando alguém morre é sempre uma derrota e um tempo de luto, mas temos de ter cautela antes de condenar“.

As declarações de Salvini foram condenadas pelo senador Alan Ferrari, do Partido Democrático, de centro-esquerda. “Num país civilizado e democrático, um conselheiro não atira sobre uma pessoa”, destacou.

Franco Mirabelli, também do Partido Democrático, mostrou-se “arrepiado” com as palavras de Salvini: “Um homem atirou e matou outro homem. É uma tragédia – antes dos julgamentos, o respeito pela vítima deve prevalecer”.

“É inaceitável que um homem desarmado possa perder a vida por um tiro em praça pública, como se estivéssemos no faroeste”, criticou a deputada Valentina Barzotti, do partido Movimento 5 Estrelas, que descreve o incidente como “inquietante“.

O presidente do pequeno partido centrista +Europa, Riccardo Magi, caracteriza o “jogo” de Salvini como “enganador” e acusa-o de “dar aos cidadãos a ideia de que há impunidade quando se atira sobre alguém”.

O caso está a levantar um debate sobre a lei de posse de arma em Itália. Enrico Letta, líder do Partido Democrático, que faz parte da coligação do governo de Draghi com a Liga, apelou à proibição da posse de armas privadas. “Um homem morreu por causa de uma arma. Uma coisa temos e podemos fazer: acabar com a posse de arma privada”, pediu.

De acordo com dados do Small Arms Survey, estima-se que havia em 2017 8.6 milhões de armas nas mãos de civis em Itália, o que equivale a 14.4 armas por cada 100 pessoas. Calcula-se também 1.2 milhões de italianos que não integram forças policiais tenham armas pequenas.

Em Itália, é preciso concluir um processo longo e rigoroso para se obter uma licença para se poder comprar armas e quando as compras são concluídas, é necessário notificar o Ministério do Interior. É preciso ter uma licença especial para ter uma arma em espaços públicos e há limites no tipo e na quantidade de armas que uma pessoa pode ter. A quantidade de munições a que um indivíduo tem acesso também é controlada.

https://zap.aeiou.pt/alegado-homicidio-migrante-politico-liga-419436

 

China rejeita termos da OMS para aprofundar as origens do coronavírus !

Zeng Yixin, vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde, descartou a teoria de que terá havido um acidente e a fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan.


A China disse que a segunda fase da investigação sobre a origem da covid-19 é “inaceitável”, depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não ter descartado a teoria de uma fuga a partir de um laboratório.

O vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde, Zeng Yixin, descartou a teoria de que terá havido um acidente e a fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan como um “boato que vai contra o bom senso”.

É impossível aceitarmos este plano para detetar a origem do vírus”, disse, numa conferência de imprensa convocada para abordar a origem da Covid-19.

Zeng disse que ficou “bastante surpreso” com o pedido da OMS para aprofundar as origens da pandemia e, especificamente, a teoria de que o vírus pode ter saído de um laboratório chinês.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reconheceu, na semana passada, que foi “prematuro” descartar uma possível ligação entre a pandemia e uma fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan.

A investigação sobre a origem do vírus tornou-se uma questão diplomática que contribuiu para deteriorar as relações entre a China e os Estados Unidos e muitos dos seus aliados.

Os Estados Unidos e outros países dizem que a China não foi transparente nas primeiras semanas da pandemia. Pequim acusa os críticos de politizar uma questão que deveria ser deixada para os cientistas.

Os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados em Wuhan, no final de 2019. O instituto de virologia da cidade é um dos principais laboratórios da China que armazena e estuda coronavírus.

Zeng observou que uma equipa de especialistas internacionais coordenada pela OMS que visitou o laboratório no início deste ano concluiu que um vazamento era altamente improvável.

A maioria dos especialistas acredita que o vírus provavelmente passou para o ser humano a partir de animais. O debate, altamente politizado, questiona se uma fuga do laboratório é assim tão improvável que mereça ser descartado como possibilidade.

Tedros disse esperar por uma melhor cooperação e acesso aos dados da China, acrescentando que obter acesso a dados brutos foi um desafio para a equipa internacional de especialistas que viajou à China este ano para investigar a causa do surto.

“Eu também fui técnico de laboratório, sou imunologista e trabalhei em laboratório, e acidentes de laboratório acontecem“, descreveu.

Também o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, pediu às autoridades chinesas que permitissem o prosseguimento da investigação sobre as origens do vírus.

Zeng afirmou que as informações de que funcionários e alunos de pós-graduação do Instituto de Virologia de Wuhan ficaram doentes com o vírus e podem tê-lo transmitido a outras pessoas não são verdadeiros.

A China “sempre apoiou o rastreamento científico de vírus” e deseja que isso se estenda a vários países e regiões em todo o mundo, defendeu. “No entanto, somos contra a politização do trabalho de investigação”, acrescentou.

A segunda fase deve basear-se nas conclusões da primeira fase, após “ampla discussão e consulta pelos Estados membros”, disse Zeng.

A China tem procurado frequentemente desviar as acusações de que a pandemia se originou em Wuhan e foi potencializada por erros burocráticos iniciais e uma tentativa de encobrimento.

Porta-vozes do governo pediram até uma investigação para apurar se o coronavírus pode ter sido produzido num laboratório militar dos EUA, uma teoria que não é amplamente aceite pela comunidade científica.

O país asiático praticamente extinguiu o vírus dentro do seu território, através de medidas restritas de confinamento.

https://zap.aeiou.pt/china-rejeita-origens-coronavirus-419385

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

ESCANDALOSO, ATRÓZ, E MAQUIAVÉLICO - ANTHONY FAUCI, ATRAVÉS DO INSTITUTO QUE DIRIGE, ADMITE QUE FINANCIOU TRANSFORMAÇÃO MOLÉCULAR DO COVID 19, QUE SÓ AFECTAVA ANIMAIS, PARA TER O ACRÉSCIMO DE FUNÇÃO DE MATAR HUMANOS !!!

CNBC Television


 

Diretor da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos demitido por piadas sobre o Holocausto !

Um dos diretores artísticos da Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foi demitido esta quinta-feira, a um dia do evento, por piadas antissemitas num espetáculo nos anos 90.

Kentaro Kobayashi, humorista e encenador, foi demitido do cargo depois de terem sido trazidos à luz comentários que agora considera “inapropriados”, confirmou a presidente dos Jogos Olímpicos, Seiko Hashimoto, em conferência de imprensa.

O novo escândalo em torno dos Jogos chega a um dia da própria cerimónia, seguindo-se a vários protestos contra o envolvimento do comediante, de 48 anos, que já pediu desculpa pelos comentários feitos “quando era jovem”.

Segundo a cadeia televisiva BBC, apareceram imagens de um espetáculo, nos anos 90, que mostram Kobayashi a fazer piadas sobre o Holocausto. Hashimoto afirmou que o comediante ridicularizou “factos dolorosos da História”.

Os organizadores discutem agora “como gerir a Cerimónia de Abertura”, um processo que “deve ser imaculado”, com Kobayashi a ter a seu cargo, até aqui, a supervisão geral das três secções do espetáculo, que se junta à abertura dos Jogos e à parada de nações.

Esta nem sequer é a única polémica com a sessão inaugural, já que ainda esta semana foi o compositor designado, o músico Keigo Oyamada, conhecido por Cornelius, a demitir-se, devido a um escândalo com bullying que o próprio dirigiu a pessoas com deficiência.

O antigo presidente do Comité Organizador, Yoshiro Mori, também abandonou o cargo após comentários sexistas e o diretor criativo Hiroshi Sasaki renunciou, após comparar uma atriz a um porco.

Aldeia Olímpica já tem 91 infetados com covid-19

O número de infetados com covid-19 na aldeia olímpica subiu para 91, depois de mais dois atletas terem tido resultado positivo nos testes, num total de quatro residentes agora afetados pelo novo coronavirus.

A skateboarder Candy Jacobs, dos Países Baixos, e o tenista checo Pavel Sirucek, tiveram resultado positivo, pelo que foram transferidos para um hotel, onde vão fazer quarentena.

Além dos dois desportistas, também “dois funcionários nos Jogos” foram infetados, sendo que esta categoria pode envolver treinadores e oficiais de equipas que ficam no complexo na baía de Tóquio.

Este número não inclui atletas que tiveram resultado positivo em casa – ou em estágios no Japão – antes da viagem programada para Tóquio, e que falharão o evento.

Na véspera da inauguração do evento, as autoridades de Tóquio contabilizaram 1979 novos casos de covid-19, número que é o mais alto em mais de seis meses.

A capital japonesa vive, neste momento, o seu quarto estado de emergência, que se manterá até 22 de agosto, abrangendo a duração total do evento.

Guiné-Conacri desiste dos Jogos devido à pandemia

Entretanto, a Guiné-Conacri decidiu não participar nos Jogos Olímpicos para resguardar a saúde dos seus atletas face à pandemia.

“O Governo da República da Guiné, para preservar a saúde dos atletas guineenses, decidiu com pesar cancelar a participação da Guiné na 32.ª Olimpíada programada para Tóquio”, assinalou, em comunicado, o ministério do Desporto.

Há vários dias que a partida da comitiva da Guiné-Conacri estava a ser adiada, ainda que alguns atletas já se encontrem no Japão, tendo sido anunciado que a delegação partiria esta quarta-feira para Tóquio, algo que já não vai acontecer.

A equipa olímpica da Guiné-Conacri era composta pela atleta Aissata Conte, os nadadores Mamadou Bah e Mariana Touré, o judoca Mamadou Samba Bah e a lutadora livre Fatoumata Camara, com a última a ter assumido nos últimos dias a renúncia à participação em Tóquio2020 devido à falta de pagamento dos prémios que tem a receber, quer pela qualificação para os Jogos, quer noutros eventos precedentes.

A Cerimónia de Abertura de Tóquio2020 está marcada para esta sexta-feira, pelas 20h00 locais (12h00 de Lisboa), no Estádio Nacional, na capital nipónica. Os Jogos Olímpicos vão ser disputados até ao dia 8 de agosto, após o adiamento devido à pandemia.

https://zap.aeiou.pt/diretor-cerimonia-abertura-jogos-olimpicos-demite-se-419290

 

China explodiu barragem para desviar enchente que já matou 33 pessoas !

O exército chinês fez explodir uma barragem para libertar as enchentes que ameaçavam uma das províncias mais populosas da China, depois de chuvas torrenciais terem provocado pelo menos 33 mortos e sete desaparecidos.


A operação da barragem, de que não foram avançados pormenores, foi realizada, esta terça-feira à noite, na cidade de Luoyang, na altura em que as severas inundações atingiram a capital da província de Henan, Zhengzhou, encurralando moradores e passageiros no metro, bem como deixando pessoas isoladas em escolas, apartamentos e escritórios.

Trata-se das chuvas mais intensas dos últimos 60 anos, segundo as autoridades chinesas, que chamaram efetivos militares para explodir a barragem para evitar danos maiores a montante. Desconhece-se o que sucedeu a jusante.

Segundo os dados mais recentes difundidos pela televisão estatal CCTV, as inundações já fizeram pelo menos 33 mortos e oito desaparecidos.

Cerca de 376 mil pessoas foram retiradas, enquanto mais de 200 mil hectares de plantações ficaram arruinadas, resultando num dano estimado em 1,22 mil milhões de yuan (160 milhões de euros), avançou a CCTV.

O Presidente da China, Xi Jinping, já considerou a situação “extremamente grave”. O chefe de Estado apelou à mobilização de todos face às consequências do mau tempo.

“As barragens desabaram, causando feridos graves, mortes e danos materiais. A situação na frente de inundação é extremamente grave”, admitiu.

Zhengzhou, uma cidade 700 quilómetros a sul de Pequim, recebeu em três dias o equivalente a quase um ano de chuva. Vídeos difundidos nas redes sociais mostram veículos cobertos de lama e pessoas encurraladas em carruagens de metro.

Ao norte de Zhengzhou, o famoso Templo Shaolin, conhecido pelo domínio das artes marciais dos seus monges budistas, foi também atingido. A província de Henan abriga muitos locais de importância para a cultura e é uma importante base para a indústria e a agricultura do país.

A situação mais dramática aconteceu no metropolitano de Zhengzhou, onde os passageiros ficaram encurralados nas carruagens com água pelos ombros, imagens que também circularam nas redes sociais. Várias testemunhas relataram que o pânico tomou conta das pessoas encurraladas. Noutras imagens, observa-se uma autêntica maré a invadir a plataforma deserta de uma estação.

Um homem contou à rede social chinesa Weibo que as equipas de resgate abriram o teto de uma carruagem para permitir a evacuação, um a um, dos passageiros. Centenas de passageiros foram retirados sãos e salvos do metropolitano, garantiram as autoridades municipais.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou já uma carta ao Presidente da China “para transmitir sinceras condolências pela trágica perda de vidas e devastação”, disse o porta-voz adjunto das Nações Unidas, Farhan Haq.

A China vive habitualmente inundações durante o verão, mas o crescimento das cidades e a conversão de terras agrícolas em subdivisões aumentaram o impacto destes eventos. No ano passado, os níveis das cheias no sudoeste do país bateram recordes, destruindo estradas e obrigando dezenas de milhares de habitantes a abandonarem as suas casas.

https://zap.aeiou.pt/china-explodiu-barragem-para-desviar-enchente-que-ja-matou-33-pessoas-419249

 

Governo espanhol aprova lei que criminaliza expressões de apoio ao ditador Franco !

Iniciativa legislativa, intitulada Lei da Memória, proposta pelo executivo de Pedro Sánchez, uma coligação formada pelo PSOE e o Unidas Podemos, prevê a criminalização de qualquer mostra de apoio ao regime de Franco, a criação de dias para homenagear as vítimas da Guerra Civil espanhola e alterações nos currículos escolares com vista à preservação da “memória democrática”.


Quarenta e seis anos após o fim da ditadura, os fantasmas da figura de Franco continuam a pairar sobre os espanhóis.

Esta semana, o governo de Pedro Sanchéz aprovou uma proposta de lei que está a gerar polémica nos vários quadrantes da sociedade espanhola, uma vez que eleva a estatuto de crime qualquer mostra de apoio ao regime franquista, prevê a criação de multas para quem exalte a guerra civil e abre a porta à extinção de todas as fundações que operem neste âmbito.

Com esta norma, o governo espanhol tenta impedir que se “repitam” partes mais “negras” da história de Espanha, escreve o El Mundo.

Félix Bolaños, novo ministro da presidência, comunicou aos jornalistas que a lei vai incluir a possibilidade de encerramento das fundações que incitem ao ódio, enalteçam a ditadura ou humilhem as vítimas, o que sugere, por exemplo, o fim da Fundação Franco.

A possibilidade foi confirmada por Bolaños à saída do conselho de ministros onde a legislação, intitulada ‘Lei da Memória’, foi aprovada, com o ministro a adiantar que tal ação não ocorrerá “de imediato”.

O texto deverá agora seguir para a câmara baixa do parlamento espanhol, o Congresso de los Diputados, mas não na sua versão original. É que após apresentação da legislação, o Consejo General del Poder Judicial (CGPJ) contrariou o executivo de Pedro Sánchez ao defender que as associações e os atos públicos de apoio a Franco estão defendidos pela lei da liberdade de expressão, sempre que não se verifique uma situação que constitua uma humilhação para as vítimas.

Como consequência desta decisão, será criado um organismo — Fiscalía de Sala de Memória Democrática — que ficará responsável por investigar todas as violações da lei, assim como os seus culpados, que deverão incorrer em multas que podem ir dos 200 aos 150 mil euros. O valor mais elevado será cobrado a quem exaltar a figura de Franco ou a quem destruir sepulturas, por exemplo.

No entanto, os planos do governo presidido por Pedro Sanchéz e formado através de uma coligação entre o PSOE e o Unidas Podemos podem bater de frente com a oposição do PP nas instâncias parlamentares.

Cuca Gamarra, porta-voz do Partido Popular no Congreso de los Diputados, já criticou o atual executivo que, entende, está demasiado preocupado em olhar para trás e não se preocupa com os problemas e as dificuldades enfrentadas pelos espanhóis na atualidade.

No seu entender, esta postura não trará “nem futuro nem esperança”, numa mensagem que teve como destinatários os partidos do governo, mas também a Esquerda Republicana da Catalunha e a Candidatura de Unidade Popular — duas forças políticas catalãs representadas no parlamento nacional que defendem uma lei ainda mais ambiciosa.

Como resposta, Félix Bolaños pediu “unanimidade” na votação. O ministro explicou que o primeiro “eixo” da lei tratará de “colocar as vítimas no centro da ação política do governo”.

Com isto, serão consideradas ilegítimas ou nulas todas as sentenças emitidas pelos tribunais durante a ditadura, explicou Bolaños. Como tal, “é a primeira vez que uma lei repudia e condena o golpe de estado e a ditadura”.

O segundo “eixo” terá como prioridade destacar o papel das mulheres na “recuperação da democracia” em Espanha e reconhecer o seu estatuto “agravado de vítimas”. “Queremos que esta lei seja uma homenagem a elas”. Quanto ao terceiro “eixo”, segundo Bolaños, é “dar importância ao movimento memorialista”.

Também no âmbito da lei, serão criados dois dias para honrar a memória das vítimas, o 31 de outubro e o 8 de maio. Para Félix Bolaños, através destes atos conseguem que Espanha se torne um “país mais digno porque ajuda mais as vítimas”. “É uma lei que nos torna melhor como país”, resumiu.

Para além da iniciativa legislativa, o governo espanhol tem uma série de medidas suplementares preparadas. Uma delas prevê a criação de um banco nacional de ADN para que as famílias das vítimas possam saber o paradeiro dos restos mortais dos seus familiares, assim como um centro de documentação que nascerá em Salamanca.

Será também instituído um Consejo Interterritorial que coordenará as comunidades autónomas e o governo nacional. Simultaneamente, o executivo espanhol vai desenvolver um inventário dos bens espoliados pelo franquismo, irá retirar os títulos nobiliárquicos atribuídos por participação na guerra civil e incorporará a “memória democrática” nos currículos escolares.

No projeto lei está também prevista a transformação do Vale dos Caídos, monumento onde estão sepultadas as vítimas da guerra civil espanhola e, até à pouco tempo, o próprio Franco — o governo de Pedro Sanchéz quer torná-lo um cemitério civil. A exoneração dos restos mortais do ditador foi determinada há dois anos pelo governo espanhol, num primeiro e claro sinal do que seria a sua posição no que concerne ao tema.

https://zap.aeiou.pt/espanha-lei-criminaliza-apoio-a-franco-419283

 

DGAV alerta para goma de alfarroba contaminada com pesticida cancerígeno !

A Direção-Geral de Veterinária alertou esta quinta-feira para a possibilidade de existência no mercado nacional de alguns géneros alimentícios, como gelados, com goma de alfarroba contaminada com um pesticida cancerígeno que representa um grave risco para a saúde.


Em comunicado, a Direção-Geral de Alimentação e Veretinária (DGAV) explica que foram identificados, em junho, e notificados através do sistema de Rapid Alert System for Food and Feed (RASFF), alguns géneros alimentícios (gelados) elaborados com goma de alfarroba (aditivo alimentar E 410) contaminada com óxido de etileno.

“Esta contaminação, que inicialmente se considerou estar localizada e circunscrita a um lote de E410, aparentemente está disseminada por toda a Europa, pelo que a Comissão e os estados-membros decidiram tomar uma posição harmonizada”, acrescenta.

Na nota, a DGAV informa que o óxido de etileno é um pesticida não autorizado e “constitui um risco grave para a saúde humana”, uma vez que “está classificado como mutagénico da categoria 1B, cancerígeno da categoria 1B e tóxico para a reprodução da categoria 1B”.

Tendo em consideração os seus efeitos para a saúde, os estados-membros concluíram que, para os produtos que contêm o aditivo E 410 contaminado com o óxido de etileno, “não é possível definir um nível seguro de exposição para os consumidores”, o que significa que a exposição a qualquer teor representa um potencial risco.

Para assegurar um alto nível de proteção da saúde dos consumidores, a DGAV diz que os produtos que contêm o aditivo E410 contaminado com óxido de etileno devem ser retirados e recolhidos do mercado e que os operadores devem informar as autoridades de todos os produtos em que a goma de alfarroba contaminada tenha sido utilizada, de modo a garantir que são retirados do mercado.

A comunicação por parte dos operadores deve ser feita através do endereço rasff@dgav.pt, com cópia para o endereço secDSMDS@dgav.pt.

A DGAV alarga estas cuidados aos produtos que já estão em casa do consumidor, para que estes possam ser devolvidos.

https://zap.aeiou.pt/dgav-alerta-goma-alfarroba-contaminada-419303

Singapura inaugura central de energia solar flutuante. Possui 122 mil painéis !

No passado dia 14 de julho, a Singapura inaugurou uma das maiores centrais de energia solar do mundo – com a particularidade de ter sido construída dentro de água. O tamanho da superfície é equivalente a cerca de 45 campos de futebol.

De acordo com um comunicado, a central solar flutuante, que se situa no reservatório Tengeh, foi oficialmente inaugurada pela Sembcorp Industries e pela Agência Nacional de Água do país.

A central solar é composta por 122.000 painéis solares que abrangem 45 hectares, o que equivale aproximadamente ao tamanho de 45 campos de futebol.

O parque solar fotovoltaico (PV) de 60 megawatts de pico (MWp) é agora um dos maiores sistemas fotovoltaicos solares flutuantes operacionais do mundo.

A central foi implantada como parte da meta da Singapura de quadruplicar a capacidade de produzir energia solar até 2025. A ideia é ajudar o país a fazer a sua parte para enfrentar a crise climática global.

Já que o país não possui os recursos terrestres necessários para construir grandes centrais solares, sublinha o Interesting Engineering, optou por expandir os seus recursos dentro de água.

Apesar do seu tamanho relativamente pequeno, a Singapura é um próspero centro financeiro, tendo-se tornado num dos maiores emissores de dióxido de carbono per capita da Ásia, de acordo com um relatório da AFP.

O comunicado da Sembcorp Industries refere que a eletricidade gerada pela central solar será suficiente para abastecer as cinco centrais de tratamento de água locais de Singapura, o que compensaria aproximadamente 7% das necessidades anuais de energia da Agência Nacional de Água.

Segundo o mesmo comunicado, esta ação equivale a retirar cerca de 7.000 carros das estradas e reduzir as emissões de carbono em cerca de 32 quilo toneladas por ano.

Em fevereiro, o governo da Singapura anunciou um “Plano Verde” que prevê a plantação de árvores, a redução do volume de resíduos enviados aos aterros e o aumento do número de postos de recarga para carros elétricos.

Também planeia quadruplicar a produção de energia solar, até alcançar 2% do consumo em 2025 e 3% em 2030, o que equivale às necessidades de 350 mil casas por ano.

https://zap.aeiou.pt/singapura-central-energia-solar-flutuante-418552

 

Na Birmânia, os militares estão a impedir os doentes com covid-19 de receber oxigénio !

Após golpe de fevereiro, instâncias militares tomaram conta das unidades hospitalares e das vacinas que tinham como destino a população mais debilitada. Iniciativa Covax suspendeu envio de vacinas devido à ausência de informações sobre a campanha de inoculação.


A mãos com uma crise política sem precedentes — está a ser governada por uma Junta militar depois do golpe de fevereiro — a Birmânia lida também com o agravamento da pandemia face a uma gestão que pode ser classificada, no mínimo, como controversa.

Recentemente, a junta militar decidiu que as clínicas privadas e as organizações não governamentais do país estão proibidas de fornecer oxigénio aos doentes com covid-19 que dele precisam.

Segundo o The New York Times, os militares chegam mesmo a disparar sobre as pessoas que procuram encher os tanques de oxigénio para familiares doentes.

A justificação para tal decisão não é oficial, mas os órgãos de comunicação social apontam que terá como objetivo garantir que há oxigénio nos hospitais militares, ou nos mais de 50 hospitais sob ocupação militar desde o início do golpe, e abandonados pelos médicos em greve por se negarem a trabalhar sob ordens da Junta.

Neste contexto, aponta o Público, a população deixou de recorrer aos hospitais, pelo que os tratamentos de inúmeras doenças, como o cancro, foram interrompidos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a situação na Birmânia é “uma emergência de saúde”.

A contribuir para o agravamento da situação estão os poucos testes ou rastreios realizados. Mesmo assim, os números apontam que entre um quarto e um terço dos testes feitos têm resultado positivo, o que, de acordo com o Washington Post, aponta para uma “epidemia vasta”.

A vacinação está também atrasada, já que, após o golpe de fevereiro, os militares apoderaram-se de grande parte das vacinas contra a covid-19 que o governo adquiriu à Índia, cerca de 3,5 milhões de doses.

Como resultado da falta de informações e dados sobre o avanço do processo de inoculação, a iniciativa Covax suspendeu o envio de 5,5 milhões de doses que deveriam ter sido encaminhadas em março.

https://zap.aeiou.pt/birmania-militares-impedir-oxigenio-419109

 

Liverpool perdeu estatuto de património mundial - E o estádio do Everton é um dos culpados !

Liverpool perdeu o estatuto de património mundial da UNESCO esta quarta-feira na sequência de alterações significativas na zona das docas. A autarquia vai recorrer.


A UNESCO retirou Liverpool da lista de património mundial. Numa reunião da agência da ONU, na China, 13 em 20 pessoas votaram a favor, cinco votaram contra e dois votos foram inválidos.

De acordo com o Jornal de Notícias, a UNESCO já tinha avisado que, por causa das obras na zona das docas, nomeadamente a construção de vários edifícios e do novo estádio do Everton, as alterações faziam perder a autenticidade da cidade.

Joanne Anderson, autarca de Liverpool, não gostou da decisão e vai tentar revertê-la. “Acho incompreensível que a UNESCO prefira que a zona de Bramley Moore Dock continue em más condições do que se faça uma contribuição positiva para o futuro da cidade e seus moradores”, argumentou, citada pela CNN.

“Estou muito desapontada com a UNESCO por ter tomado esta decisão. Nós vamos sempre valorizar a nossa herança cultural e vamos continuar a apoiá-la e a desenvolvê-la, como fizemos ao gastar centenas de milhões de libras esterlinas nos últimos anos, desenvolvendo e mantendo o nosso património mundial”, acrescentou a autarca.

Liverpool ganhou o título em 2004, por ter sido um dos maiores pontos de comércio da história do império britânico e pelo ambicioso projeto apresentado de renovação das docas.

Cerca de 30 figuras da cidade escreveram uma carta para que a UNESCO recuasse na decisão, argumentando que a construção do estádio do Everton irá trazer milhões de pessoas à zona das docas de Mersey.

https://zap.aeiou.pt/liverpool-perdeu-patrimonio-mundial-419194

Bolsonaro está a preparar remodelação no Governo !

Jair Bolsonaro anunciou que os novos ministros foram escolhidos com “critérios técnicos“, mas não deu detalhes específicos sobre as possíveis mudanças.


O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou esta quarta-feira que prepara uma nova e pequena remodelação governamental para fortalecer a relação do Governo com o Congresso.

“Estamos a trabalhar, inclusive, uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso e para a gente continuar aqui administrando o Brasil”, anunciou Jair Bolsonaro.

“Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos”, acrescentou, numa entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga.

O chefe de Estado brasileiro disse que os novos ministros foram escolhidos com “critérios técnicos“, mas não deu detalhes específicos sobre as possíveis mudanças.

Segundo os media locais, a reforma pode afetar os ministérios da Casa Civil e a Secretaria-Geral, ambos ligados ao gabinete da Presidência da República.

A mudança ocorre num momento em que o Governo brasileiro está politicamente fragilizado devido a escândalos de corrupção na gestão da pandemia e sucessivas crises administrativas e, portanto, precisa reforçar o apoio do chamado ‘centrão’, um grupo de partidos políticos de formações pragmáticas de direita e centro-direita mais moderadas, com amplo controlo do Congresso e que Bolsonaro pretende usar como plataforma nas eleições presidenciais de 2022.

O apoio do ‘centrão’ também é fundamental para evitar um eventual processo de destituição do Presidente em meio a dezenas de petições apresentadas com este objetivo e que estão paradas no Congresso brasileiro.

Bolsonaro já fez duas remodelações no Governo este ano, a última em março, quando anunciou a mudança de seis ministros, incluindo o Ministério das Relações Exteriores e a “substituição” dos chefes das três Forças Armadas, que são um dos pilares da sua gestão.

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África do Sul vai ser o primeiro país africano a fabricar a vacina da Pfizer !

Esta quarta-feira, as farmacêuticas BioNTech e Pfizer anunciaram que a Biovac vai avançar com uma fase de produção da vacina contra a covid-19 na África do Sul, a partir do início do próximo ano.


Os fabricantes BioNTech e Pfizer anunciaram, esta quarta-feira, que a Biovac, sediada na Cidade do Cabo, vai levar a cabo a última etapa do processo de fabricação da vacina contra a covid-19, conhecida como “fill and finish”.

Segundo a TSF, a África do Sul será, assim, o primeiro país a produzir a vacina no continente africano.

As empresas “assinaram uma carta de intenções” com a Biovac que lhes permitirá fornecer até 100 milhões de doses por ano aos países africanos.

A transferência de tecnologia e a instalação das máquinas necessárias para engarrafar o produto, a fase final de fabrico, começará “imediatamente”, de acordo com uma declaração das empresas.

O soro será transportado a partir das fábricas europeias dos dois laboratórios, que manterão assim o controlo sobre o fabrico do RNA do mensageiro, a “fase mais delicada e crucial”. Será então engarrafado e distribuído “exclusivamente nos 55 países-membros da União Africana”, segundo a alemã BioNTech e a norte-americana Pfizer.

“Este é um passo crucial no reforço do acesso sustentável às vacinas” e a colaboração “permitirá uma distribuição mais ampla de doses a pessoas em comunidades de difícil acesso, especialmente no continente africano”, referiu Morena Makhoana, presidente da Biovac.

As desigualdades geográficas permanecem gritantes face à pandemia, tendo os países desenvolvidos aplicado programas de vacinação extensivos, por um lado, e os países mais pobres ficado muito para trás: 1,6% das doses administradas a nível mundial foram administradas em África, que tem 17% da população mundial, de acordo com dados compilados pela AFP.

A OMS estimou recentemente que apenas 2% dos africanos, ou 16 milhões de pessoas, foram totalmente imunizados.

Antes da produção local, que chegará tarde para responder ao atual surto de casos da variante Delta, África depende para o fornecimento das suas vacinas principalmente do mecanismo internacional Covax e das doações, que, no entanto, estão a chegar “a conta-gotas”.

África regista 159.719 mortes devido à covid-19, num total de 6.281.998 casos de infeção com o novo coronavírus desde o início da pandemia, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

https://zap.aeiou.pt/africa-do-sul-vfabricar-vacina-da-pfizer-419138

quarta-feira, 21 de julho de 2021

O estádio de Ras Abu Aboud vai receber sete jogos do Mundial. Depois, será “desmontado” !

O estádio Ras Abu Aboud, no Qatar, é o primeiro na história do Campeonato Mundial de Futebol a ser construído para, depois, ser “demolido”.


O Ras Abu Aboud, à beira da água plantado, está a ser construído à base de contentores de aço reciclado no topo do porto de Doha, um símbolo do compromisso de sustentabilidade do Qatar e um reflexo da sua própria identidade.

Segundo a CNN, o estádio vai acolher sete jogos até aos quartos de final do Mundial de 2022. Assim que a competição terminar, o estádio será “desmontado”: os assentos, os contentores e a cobertura são removíveis e a ideia é que possa voltar a ser montado para uma outra competição, mesmo que seja noutro lugar.

“O recinto de 40.000 lugares pode ser desmontado na totalidade e transportado para ser novamente construído num país diferente”, disse o gestor de projeto Mohammed Al Atwan, acrescentando que poderão até ser construídos “dois recintos de 20.000 lugares”.

“Todas as partes podem ser doadas a países que necessitam de infraestruturas desportivas. Esta é a beleza do estádio – as oportunidades de legado são infinitas”, acrescentou o responsável.

O Qatar espera que o estádio Ras Abu Aboud seja um exemplo para futuras competições.

Um relatório da FIFA, datado de junho, estima que o Mundial de 2022 produza 3,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono, mais 1,5 milhões do que o Mundial da Rússia em 2018.

Ainda assim, o estado do Golfo diz-se comprometido em conseguir levar a cabo uma competição neutra em carbono.

https://zap.aeiou.pt/estadio-de-ras-abu-aboud-418938

 

Hungria - Primeiro-ministro convoca referendo sobre lei anti-LGBTI !

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciou esta quarta-ferira que será realizado um referendo na Hungria sobre a lei anti-LGBTI e pediu o apoio dos eleitores, depois de a Comissão Europeia ter lançado um processo de infração contra Budapeste.


“Bruxelas atacou claramente a Hungria nas últimas semanas em relação à lei” que proíbe a “promoção” da homossexualidade entre menores, disse o primeiro-ministro num vídeo publicado na sua página do Facebook, citado pelo agência Lusa.

Em seguida, Orbán listou cinco perguntas, questionando os húngaros, por exemplo, sobre se estes aceitariam que a escola “debatesse sexualidade com os seus filhos sem o seu consentimento”, se apoiariam “a promoção do tratamento de redesignação sexual para menores” ou a “apresentação irrestrita a menores de conteúdos mediáticos de natureza sexual que afetem o seu desenvolvimento”.

Orbán, que não indicou a data para a realização deste referendo, pediu aos húngaros que respondessem “não” a todas as perguntas.

O anúncio deste referendo faz parte de um conflito legal entre Bruxelas e Budapeste sobre uma lei sobre a proteção de menores, adotada em 15 de junho, que proíbe nomeadamente o debate com menores sobre homossexualidade e mudança de sexo.

O executivo europeu, que considerou esta lei discriminatória contra pessoas LGBTI, lançou um processo de infração contra a Hungria, que pode levar a uma ação no Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) e depois a sanções financeiras.

Desde o retorno ao poder de Viktor Orbán, em 2010, o Tribunal Europeu de Justiça e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos têm condenado regularmente a Hungria por reformas que visam a justiça, os meios de comunicação, os refugiados, as organizações não-governamentais, universidades ou minorias.

O autarca de Budapeste, Gergely Karacsony, reagiu esta quarta-feira ao referendo, dizendo que se trata de um estratagema para distrair os húngaros de outras questões.

“Estou a organizar o meu próprio referendo para perguntar aos húngaros o que pensam sobre a gestão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a instalação de ‘uma universidade chinesa’ na capital e a ‘venda das rodovias'”, ironizou Karacsony numa mensagem divulgada no Facebook.

https://zap.aeiou.pt/hungria-primeiro-ministro-referendo-lei-anti-lgbti-419083

 

Jogos Olímpicos 2032 vão realizar-se na cidade australiana de Brisbane !

A edição dos Jogos Olímpicos de 2032 decorrerá na cidade australiana de Brisbane, a terceira mais populosa daquele país, anunciou esta quarta-feira o Comité Olímpico Internacional em Tóquio, no Japão, onde deverá arrancar oficialmente a edição de 2020 esta sexta-feira.

A Austrália já havia recebido os Jogos Olímpicos em 1956, na cidade de Melbourne, e em 2000, em Sidney. Esta terceira edição no país foi anunciada pelo alemão Thomas Bach, que preside o Comité, avançou o Observador. A votação teve 72 votos a favor e 5 contra.

Em comunicado, citado pelo The Sydney Morning Herald, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison afirmou que “os Jogos vão apoiar o crescimento económico e o investimento, vão proporcionar benefícios duradouros à comunidade e vão inspirar a próxima geração de atletas australianos”.

“É um dia histórico não apenas para Brisbane e Queensland, mas para todo o país”, indicou, acrescentando: “Apenas as cidades globais podem garantir os Jogos Olímpicos, então este é um reconhecimento adequado para a posição de Brisbane na nossa região e no mundo”.

https://zap.aeiou.pt/jogos-olimpicos-2032-brisbane-418993

 

“Mais 100.000 pessoas perderão a vida até que a chama olímpica se apague” !

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que a pandemia de covid-19 é um teste “e o mundo está a falhar”.


Esta madrugada, num discurso perante o Comité Olímpico Internacional, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), apelou ao cumprimento das regras sanitárias durante os Jogos Olímpicos e lembrou que a pandemia ainda não chegou ao fim.

A pandemia é um teste e o mundo está a falhar“, respondeu o responsável, confrontado com a pergunta: “quando é que a pandemia vai acabar?”.

Na reunião, o responsável arriscou ainda uma previsão: até ao final dos Jogos Olímpicos, disse, vão morrer mais de 100 mil pessoas na sequência da doença.

“Mais de 4 milhões de pessoas morreram e mais vão continuar a morrer. O número de mortes deste ano é mais do dobro do total do ano passado. No tempo que demoro a fazer estas observações, mais de 100 pessoas perderam a vida para a covid-19. E quando a chama olímpica for extinta, no dia 8 de agosto, mais de 100 mil pessoas terão morrido”, alertou, citado pelo jornal Público.

O diretor-geral da OMS frisou ainda que acabar com a pandemia “está nas nossas mãos” e que “temos todas as ferramentas de que precisamos”. ”

“Podemos prevenir esta doença, podemos testá-la e podemos tratá-la. É mais do que temos para muitas doenças que já existem há muito mais anos. Podemos escolher acabar com a pandemia”, afirmou.

Quanto ao processo de vacinação mundial, Tedros Ghebreyesus admitiu que é uma “terrível injustiça” que 75% das vacinas administradas, até agora, tenham sido em apenas 10 países.

“Nos países mais pobres, apenas 1% da população recebeu pelo menos uma dose, em comparação com mais da metade das pessoas dos países desenvolvidos. Alguns dos países mais ricos estão a falar numa terceira dose de reforço, enquanto profissionais de saúde, idosos e outros grupos vulneráveis ​​no resto do mundo continuam sem proteção”, indicou.

No Japão, cerca de 34% da população já recebeu pelo menos uma dose de uma vacina contra a covid-19, mas muitos estão preocupados que os Jogos Olímpicos possam tornar-se um evento superpropagador do vírus.

Na terça-feira, a apenas três dias da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, um dos responsáveis não afastou a hipótese de um cancelamento de última hora.

https://zap.aeiou.pt/mais-100-000-pessoas-perderao-a-vida-419117

 

Inundações no centro da China fazem 12 mortos e milhares de desalojados !

Quase 200 mil pessoas foram retiradas de Zhengzhou, a cidade do centro da China atingida por enchentes que fizeram pelo menos 12 mortos e milhares de desalojados.


A evacuação da cidade, que conta mais de 10 milhões de habitantes, ocorreu após as chuvas torrenciais de terça-feira terem deixado parte da rede de metropolitano submersa e terem transformado ruas em canais com um rápido fluxo de água.

O exército foi convocado para reforçar as operações de resgate na capital da densamente povoada província de Henan, que recebeu, em três dias, quase o equivalente ao que normalmente seria um ano de chuva.

Quase 36 mil pessoas “foram afetadas” pelas enchentes, segundo as autoridades locais.

A cidade “passou por uma série de tempestades raras e severas, causando o acumular de água no metro de Zhengzhou”, referiram as autoridades na rede social Weibo, acrescentando que 12 pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas.

Zhengzhou foi colocada em alerta vermelho na terça-feira, o nível mais alto para condições climatéricas adversas na China.

A televisão estatal CCTV mostrou as ruas da cidade submersas em água lamacenta, enquanto os moradores, com água pela altura dos joelhos, empurravam os seus veículos por artérias inundadas.

De acordo com o Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês, o mau tempo causou o desabamento de casas, mas foi sobre o metropolitano que surgiram os vídeos mais dramáticos: as imagens difundidas nas redes sociais por utilizadores mostram passageiros numa carruagem, em cima dos assentos, e com água pela cintura.

Um passageiro contou na rede social Weibo que as equipas de resgate abriram o teto da sua carruagem para permitir a retirada das pessoas encurraladas. Outra filmagem mostrou um passageiro, sentado no teto de uma carruagem, meio submerso.

O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu a mobilização dos meios do Estado face ao mau tempo.

“As barragens colapsaram, causando ferimentos graves, mortes e danos. A situação é extremamente grave“, afirmou, de acordo com declarações divulgadas pela CCTV.

Ainda em Henan, próximo à antiga capital Luoyang, o exército anunciou que uma barragem ameaça ruir, após surgir uma brecha de 20 metros na estrutura. Luoyang, a oeste de Zhengzhou, tem uma população de cerca de 7 milhões de pessoas.

O colapso de Yihetan “pode acontecer a qualquer momento”, advertiram os militares.

Soldados posicionaram-se ao longo de outras vias navegáveis da região para reforçar as margens com sacos de areia.

Segundo as autoridades chinesas, a chuva atingiu uns históricos 457,5 milímetros em 24 horas, um valor sem precedentes nos últimos 60 anos, desde que há registos.

Inundações atingem a China regularmente no verão. Em 1998, milhares de pessoas morreram na região do rio Yangtsé.

Zhengzhou e Luoyang estão perto do rio Amarelo, mais a norte.

Os cientistas acreditam, no entanto, que as mudanças climáticas estão a aumentar o risco de inundações em todo o mundo. Prova disso foi o que aconteceu no norte da Europa, em particular na Alemanha, nos últimos dias.

https://zap.aeiou.pt/inundacoes-centro-china-12-mortos-419028

Telavive vai recorrer ao ADN dos cães para multar donos que não apanham o cocó !

Telavive, em Israel, vai ter uma base de dados com o ADN de todos os cães para começar a analisar as fezes encontradas na rua e, assim, multar os donos responsáveis por as apanhar.


Algumas pessoas não apanham o cocó dos seus animais de estimação, quer estes façam as necessidades num passeio, num parque ou até mesmo na praia.

Na cidade de Telavive, em Israel, as adoções de animais abandonados têm vindo a aumentar — e o mesmo acontece com os dejetos de cão espalhados pela cidade.

Para resolver o problema, a Câmara Municipal aprovou uma moção para estabelecer uma base de dados com o ADN de todos os cães, que será comparado ao ADN encontrado em excrementos abandonados. Assim, as autoridades poderão seguir o rasto dos donos que não limpam os dejetos dos seus animais de estimação para os multar.

Para que isso seja possível, todos os donos serão obrigados a fornecer o ADN dos seus caninos aquando da renovação da licença de propriedade dos animais — Telavive exige que toda a gente obtenha autorização antes da compra de um animal —, que acontecerá até seis meses após a entrada em vigor do novo regulamento.

“A alteração à lei foi aprovada como parte da luta persistente do município contra o fenómeno das fezes de cão que não são apanhadas pelos donos em toda a cidade”, disse a autarquia ao The Times Of Israel.

“A existência de uma base de dados com o ADN dos cães da cidade tornará possível a recolha de amostras de fezes na rua, aplicando assim a lei contra o dono do cão, mesmo após a ofensa ter sido cometida, de uma forma que irá abordar o principal desafio na aplicação e erradicação do fenómeno”, explicaram ainda.

Quem não apanhar o cocó do seu cão — e for descoberto —, será multado em 730 shekels (cerca de 188 euros).

“A limpeza do espaço público é uma parte integrante da aparência da cidade”, disse a câmara de Telavive, citado pelo IFL Science.

https://zap.aeiou.pt/telavive-adn-caes-nao-apanham-coco-418488

 

EUA têm quase 52 milhões de vacinas prestes a perder validade !

Os Estados Unidos distribuíram mais de 390 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 pelos vários estados, mas até esta terça-feira apenas cerca de 338 milhões tinham sido usadas.


Os dados dos Centros para a Prevenção e Controlo da Doença (CDC)) indicam que cerca de 52 milhões de doses de vacinas estão, assim, por usar. O STAT News, citado pelo Observador, diz que as doses têm como limite de validade o verão deste ano.

Algumas das vacinas por usar fazem parte dos desperdícios diários ou do atraso no reporte das vacinas dadas. O diário escreve que há algumas que serão segundas doses que ainda não foram administradas.

Ainda assim, pelo metade serão vacinas a mais, que vão expirar em julho, agosto ou durante o outono.

Os Estados Unidos têm 48,6% da população totalmente vacinada e 56,1% da população com, pelo menos, uma dose da vacina.

O pico da vacinação aconteceu nas primeiras semanas de abril, com dias a chegar aos quatro milhões de vacinas administradas. Agora que a procura caiu, são administradas cerca de 450 mil por dia.

O STAT News avança que os estados têm pedido ao governo federal que faça a distribuição das vacinas em sobra, mas o Governo norte-americano não quer recolher as vacinas já distribuídas nem autoriza os estados a entregá-las a outros países mais necessitados.

Neste momento, a única possibilidade existente é entregar as doses que foram encomendadas pelos estados, mas que ainda não lhes foram entregues.

https://zap.aeiou.pt/eua-52-milhoes-vacinas-perder-validade-418907

 

Johnson não queria confinar no Outono porque só idosos estavam a morrer, revela ex-assessor !

O primeiro-ministro britânico hesitou em apertar as restrições no Outono porque as vítimias mortais eram “basicamente todas acima dos 80 anos”, revela o ex-assessor de Boris Johnson, Dominic Cummings.


Dominic Cummings revelou que Boris Johnson lhe enviou mensagens a dizer que já não acreditava “nessas coisas do Serviço Nacional de Saúde estar sobrecarregado” e que preferia deixar a covid-19 “espalhar-se pelo país” do que arruinar a economia.

Estas revelações foram feitas numa entrevista televisiva à BBC, a primeira da longa carreira política de Dominic Cummings.

Os casos de covid-19 no Reino Unido no Verão passado, mas começaram a subir rapidamente no início do Outono. Cummings afirma que depois de ser aconselhado a aumentar as restrições, Johnson terá dito “não, não, não, não vou fazê-lo”, justificando que apenas pessoas acima dos 80 anos estavam a morrer.

O primeiro-ministro tinha “partes dos meios de comunicação e do partido Conservador a gritar” para não confinar e “sempre se referiu” ao Daily Telegraph como o “seu verdadeiro chefe”. Recorde-se que Johnson teve durante anos uma coluna de opinião no Telegraph.

Boris Johnson terá também querido manter no início da pandemia as suas reuniões semanais com a rainha e só mudou de ideias quando Cummings o alertou de que Isabel II, de 95 anos, poderá morrer se for infectada pelo coronavírus.

Cummings foi também questionado sobre a sua viagem no início do primeiro confinamento em Março, numa altura em que o governo tinha proibido as deslocações não essenciais. O ex-conselheiro diz que decidiu mudar-se coma família antes da sua mulher ter ficado doente com suspeita de covid devido à falta de segurança da sua casa em Londres.

A forma como lidei com toda a situação foi errada. O que devia ter feito era só demitir-me e dizer nada ou falar com a minha família e dizer “oiçam, vamos ter de dizer a verdade sobre toda esta situação”, revela. Na altura, Johnson apoiou publicamente o então assessor, depois de várias pessoas terem apelado à sua demissão.

Em resposta, Downing Street afirmou que o primeiro-ministro tomou todas as “medidas necessárias para proteger as vidas e os meios de sustento, guiado pelos melhores conselhos científicos” durante a pandemia e que o governo tinha evitado uma crise no sistema de saúde com “três confinamentos nacionais”, pode ler-se na BBC.

O gabinete de Johnson negou também que o primeiro-ministro quisesse continuar a encontrar-se semanalmente com a rainha.

O Ministro dos Negócios inglês, Paul Scully, defendeu as decisões de Johnson, referindo que também se deve ter em conta o impacto das restrições económicas na vida e na saúde das pessoas.

“Estas decisões não foram tão a preto e branco na altura como podemos pensar que são agora”, contou Scully, à estação de rádio 4 da BBC.

Esta entrevista surge depois de Inglaterra ter levantado todas as restrições e o uso obrigatório de máscara na Segunda-Feira, dia 19, e também na sequência da audição no parlamento de Cummings, em que o ex-conselheiro acusou Johnson de ter ponderado injectar-se com o vírus em directo na televisão.

Nessa mesma audição, Dominic Cummings acusou o governo de ser um grupo de “leões liderados por burros” e disse que inicialmente Boris Johnson acreditava que a pandemia era apenas um exemplo de pânico exagerado, como no caso da gripe suína.

https://zap.aeiou.pt/johnson-nao-queria-confinar-outono-418816

 

Estão a desaparecer 16 mulheres por dia no Peru !

O organismo de direitos humanos Defesa do Povo peruano considerou hoje “alarmante” o aumento do número de mulheres que desaparecem diariamente no Peru, que subiu de cinco antes da pandemia, para oito durante o confinamento e atinge, atualmente, 16.
“É inquietante, porque falamos sobretudo de mulheres que são, na sua maioria, meninas e adolescentes”, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) Eliana Revollar, vice-diretora da unidade dos direitos da mulher na organização de defesa e promoção dos direitos humanos peruana.

Ao longo do primeiro semestre, pelo menos 2.891 mulheres foram consideradas desaparecidas no Peru, país de 33 milhões de habitantes, o que perfaz uma média de 16 por dia. Perto de dois terços das mulheres são menores, acrescentou Revollar.

Segundo os dados oficiais, durante o confinamento associado à pandemia de covid-19, que no Peru decorreu entre março e junho de 2020, registou-se uma média de oito desaparecimentos diários, enquanto esse número era de cinco em 2019.

“É um número alarmante, uma vez que existe uma relação entre os desaparecimentos e os feminicídios”, frisou Revollar.

Em 2019, um décimo dos 166 feminicídios contabilizados no país foi inicialmente classificado como “desaparecimentos”, segundo a organização.

No decurso do primeiro semestre deste ano, foram contabilizados 76 feminicídios, número semelhante ao registado ao longo de todo o ano de 2020. “Temos casos em que os companheiros, após matarem a mulher, registam o desaparecimento e (alegam) que as estão a procurar”, explicou Revollar.

As famílias lamentam que a polícia e o sistema judiciário não investiguem os desaparecimentos, partindo do pressuposto de que as mulheres abandonaram a residência voluntariamente.

“Não há uma investigação séria. Achávamos que a polícia nos ajudaria, mas não é o caso. É como se a terra as tivesse engolido”, lamentou, por seu lado, Patricia Acosta, que procura há cinco anos pela filha de 23 anos e por duas netas, desaparecidas depois de participarem numa festa de aniversário em Lima, a 24 de abril de 2016.

Em fevereiro de 2020, a descoberta, em Lima, do corpo mutilado de Solsiret Rodriguez, 23 anos, estudante e ativista contra a violência baseada no género, desaparecida quatro anos antes, gerou grande controvérsia e polémica no país.

O seu desaparecimento mobilizou as associações feministas, mas a polícia afirmou que Solsiret Rodriguez teria partido para o norte do Peru com uma amiga.

O então ministro do Interior peruano, Carlos Basombrio, tinha assegurado o mesmo perante o Parlamento.

Depois de o corpo ser encontrado, Basombrio pediu desculpa e reconheceu a “ligeireza” da investigação. O cunhado da jovem e o homem com quem Solsiret vivia foram presos, depois de serem acusados pelo assassínio.

https://zap.aeiou.pt/desaparecer-16-mulheres-por-dia-peru-418871

Após cheias devastadoras, manutenções na Alemanha vão custar 2 mil milhões de euros !

Os danos às infraestruturas de transporte e rodoviários causados pelas fortes chuvas e inundações no oeste da Alemanha podem atingir os dois mil milhões de euros, noticiou hoje o jornal “Bild”, referindo-se às estimativas governamentais.


A reparação dos danos causados à via férrea e às estações implicará custos de até 1,3 mil milhões de euros, segundo cálculos do Ministério dos Transportes, citados pelo jornal.

A isso se somam os danos registados em estradas, pontes, torres de comunicação, fornecimento de energia elétrica e gasodutos.

Até a segunda-feira, foram confirmados 165 mortos e 749 feridos, mas centenas de pessoas ainda estão desaparecidas na Alemanha após as inundações.

O Conselho de Ministros alemão vai abordar, na quarta-feira, o montante de um primeiro lote de ajuda direta de emergência às vítimas, que o Ministro das Finanças, Olaf Scholz, quantificou em cerca de 300 milhões de euros.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que visitou a região no domingo com a responsável pelo Estado da Renânia-Palatinado, a social-democrata, Malu Dreyer, visitará hoje outra cidade afetada no Estado da Renânia do Norte-Vestfália.

Neste Estado, Merkel irá encontrar-se com o chefe de Governo da Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet – o candidato conservador do partido de Merkel a chanceler nas eleições gerais de setembro próximo -, cuja gestão da crise está a ser altamente questionada.

Não há avaliação do montante total da ajuda para a reconstrução, embora o ministro das Finanças, Scholz, e o ministro do Interior, Horst Seehofer, suponham que será de vários mil milhões de euros.

O precedente, à escala alemã, foi um pacote aprovado em 2013, após inundações que se espalharam por oito dos 16 Estados federais do país e ascenderam a oito mil milhões de euros.

As inundações da semana passada afetaram principalmente os já mencionados Estados da Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado. Também ocorreram inundações no leste da Saxónia e no sul da Baviera, embora de dimensões menos graves.

A Bélgica presta homenagem nesta terça-feira às vítimas das inundações de uma escala sem precedentes que assolaram a região de Liège (leste) nos dias 14 e 15 de julho, com um dia de “luto nacional” marcado por um minuto de silêncio ao meio-dia local (11:00 em Lisboa).

Na Bélgica, pelo menos 31 pessoas morreram após as inundações que também atingiram o país.

Outros países da Europa Central também foram atingidos pelas fortes chuvas, nomeadamente a França, o Luxemburgo, os Países Baixos e a Suíça.

https://zap.aeiou.pt/manutencoes-alemanha-2-mil-milhoes-418670

França anuncia que está na quarta vaga de covid - Mortes na Índia podem ser dez vezes superiores às registadas !

O Governo francês anunciou esta segunda-feira que o país entrou na quarta vaga da Covid-19, com 80% dos casos detetados a ter origem na variante Delta e um aumento de 125% de contaminações na última semana.


Entrámos na quarta vaga do vírus […] a dinâmica epidémica é extremamente forte, constatamos uma vaga mais rápida com um pico mais acentuado que as vagas precedentes”, disse o porta-voz do Governo, Gabriel Attal, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de hoje no Palácio do Eliseu.

O governante disse ainda que a esmagadora maioria dos casos detetados, cerca de 80%, tem origem na variante Delta e que na última semana as contaminações aumentaram 125%.

Face a esta progressão do vírus, o Governo vai avançar com a medida da imposição do passe sanitário já a partir de 21 de julho para os espaços culturais, como cinemas ou museus, e no início de agosto para bares e restaurantes.

Os empregados dos bares e restaurantes também passam a ser obrigados a vacinar-se para continuar a trabalhar.

Desde o anúncio da obrigatoriedade do passe sanitário feito na semana passada pelo Presidente Emmanuel Macron, 3,7 milhões de franceses já marcaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e Gabriel Attal reforçou que há 9 milhões de vacinas armazenadas e que a França vai receber 4 milhões de doses por semana até ao final de agosto.

Desde domingo foram detetados 4.151 novos casos no país e morreram 20 pessoas devido ao vírus. Em geral, à segunda-feira, os números de novos casos em França são mais baixos, porque os laboratórios estão fechados ao domingo.

Há atualmente 7.041 pacientes internados nos hospitais devido ao vírus e 902 destas pessoas estão internados nos cuidados intensivos.

Número de mortes na Índia pode ser superior

O total de mortes na Índia devido à covid-19 pode ser 10 vezes superior aos dados oficiais, ou seja de vários milhões e não de milhares, convertendo-a na pior tragédia da Índia moderna, segundo um estudo divulgado hoje.

O documento, publicado por Arvind Subramanian, antigo conselheiro económico do governo indiano, e dois investigadores do Centro para o Desenvolvimento Global e da Universidade de Harvard, calcula que o excesso de mortes – a diferença entre os óbitos registados e os que seriam esperados em circunstâncias normais – ronde entre três e 4,7 milhões entre janeiro de 2020 e junho de 2021.

Os autores do estudo afirmam que, apesar de não ser possível determinar um número exato, “é provável que [o total de mortes] seja de uma magnitude superior à contagem oficial”.

O relatório aponta que a contagem oficial pode ter deixado de fora mortes ocorridas em hospitais sobrecarregados, especialmente durante a devastadora segunda vaga da pandemia, na primeira metade do ano.

“É provável que o verdadeiro número de mortes seja na casa de vários milhões e não das centenas de milhares, o que torna esta tragédia humana indiscutivelmente a pior da Índia desde a partição e a independência”, pode ler-se no estudo, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

Em 1947, a partição do Império Britânico da Índia, que deu origem a dois Estados independentes (a Índia, maioritariamente hindu, e o Paquistão, muçulmano), levou à morte de cerca de um milhão de pessoas, resultantes de massacres entre hindus e muçulmanos.

O estudo recorreu a três métodos de cálculo: dados do sistema de registo civil, que regista nascimentos e mortes em sete estados, testes de sangue que mostram a prevalência do vírus na Índia, juntamente com as taxas globais de mortalidade devido à covid-19, e um inquérito económico a perto de 900.000 pessoas, realizado três vezes por ano.

Os investigadores analisaram as mortes provocadas por todas as causas e compararam esses dados com a mortalidade em anos anteriores, um método considerado preciso.

Os autores do estudo alertaram no entanto que a prevalência do vírus e as mortes por covid-19 nos sete estados analisados podem não se refletir de igual forma por toda a Índia, uma vez que o vírus pode ter-se propagado mais em estados urbanos que rurais e que a qualidade dos cuidados de saúde varia muito no país.

O especialista Jacob John, da faculdade de medicina Christian Medical College, em Vellore, no sul da Índia, disse à AP que o relatório sublinha o impacto devastador que a covid-19 teve no mal preparado sistema de saúde indiano.

“Esta análise reitera as observações de jornalistas de investigação destemidos que apontaram a enorme subavaliação das mortes”, disse Jacob.

O relatório também estima que cerca de dois milhões de indianos terão morrido durante a primeira vaga de infeções, no ano passado.

No documento, sublinha-se que não “perceber a escala da tragédia em tempo real”, nessa altura, pode ter “criado uma complacência coletiva que levou aos horrores” da devastadora segunda vaga, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia.

Nos últimos meses, alguns estados indianos reviram em alta o número de mortes provocadas pela covid-19, suscitando preocupações de que muitas não tenham sido registadas oficialmente.

Vários jornalistas indianos também publicaram números mais elevados em alguns estados, recorrendo a dados governamentais.

Segundo dados do Governo indiano, a Índia registou 414.482 mortes desde o início da pandemia, o que faz dela o terceiro país com mais óbitos causados pelo coronavírus SARS-CoV-2, a seguir aos Estados Unidos e Brasil.

Primeiras vacinas enviadas por Portugal chegam a Timor-Leste

Um lote de 12 mil vacinas da AstraZeneca e material médico oferecido por Portugal chegou a Díli, marcando o inicio do apoio bilateral português ao processo de vacinação contra a Covid-19 em Timor-Leste.

“É um primeiro lote destinado a um combate que transcende atualmente quaisquer fronteiras, o combate para pôr termo à situação pandémica que enfrentamos atualmente”, disse o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira.

As vacinas chegaram a Díli a bordo de um Boeing 767-300 da euroAtlantic airways (EAA), empresa que desde o inicio da pandemia tem realizado vários voos entre Lisboa e Díli, sendo, em alguns momentos, uma das poucas alternativas para os portugueses viajarem entre as duas cidades.

O voo trazia a bordo cerca de 70 pessoas, regressando na quarta-feira a Lisboa com quase 190 passageiros.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explica que, “com esta ação, conclui-se o primeiro ciclo de envio de vacinas para os PALOP e Timor-Leste”.

A medida insere-se “no compromisso político de disponibilizar àqueles países”, os principais parceiros de cooperação, “pelo menos 5% das vacinas contra a Covid-19 adquiridas por Portugal, iniciativa igualmente enquadrada na segunda fase do Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia de Covid-19 entre Portugal e os países africanos lusófonos e Timor-Leste”.

A operacionalização desta ação, aponta-se ainda no texto, “é resultado do esforço conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Embaixada de Portugal em Díli, e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e da Task Force do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal”.

No sábado, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou, em Luanda, que Portugal vai triplicar a oferta de vacinas aos PALOP e Timor-Leste, passando de um para três milhões de doses, no combate à Covid-19.

Na conferência de imprensa final, após o encerramento da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), António Costa recordou que Portugal se tinha comprometido a oferecer 5% do total de vacinas, mas as contas mais recentes permitem disponibilizar quatro vezes mais.

No caso dos PALOP e de Timor-Leste, o Governo português vai “triplicar e passar de um milhão para três milhões o número de vacinas a distribuir”, referiu Costa.

“De acordo com aquilo que é o cálculo que nós temos de vacinas que vamos poder disponibilizar”, será possível doar “um total de quatro milhões de vacinas”, explicou.

“Por isso, temos mais um milhão que afetaremos a outros programas, designadamente poderemos alargar ao Brasil, aos países da América Latina ou poderemos simplesmente integrar o mecanismo Covax, sem nenhum destinatário específico”, disse António Costa.

A bordo do avião de hoje vieram ainda as cinzas de um cidadão português, José Valverde, antigo funcionário da RTP que viveu vários anos em Timor-Leste e que acabou por falecer em Portugal, tendo expressado o desejo de poder regressar a Díli.

Timor-Leste tem atualmente 766 casos ativos em todo o país, com um total de 26 mortes e 10.142 casos acumulados desde o início da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/franca-quarta-vaga-india-mortes-418680

 

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