terça-feira, 7 de setembro de 2021

Estes países estão a levantar restrições - Vão “aprender a conviver com a covid-19” !

Se há países que, face aos níveis mais elevados de população vacinada, optam por baixar a guarda, outros alteram as estratégias que seguiram ao longo dos últimos 18 meses perante o cansaço da população.


Com o ritmo de vacinação a acelerar a passos largos em muitos países — sobretudo nos mais desenvolvidos —, está a tornar-se recorrente, por parte dos governos, o levantamento das medidas de restrição que ao longo do último ano e meio vigoraram, com o objetivo de limitar a propagação do novo coronavírus.

Crentes na ideia de que este veio para ficar, os governantes são da opinião de que as populações devem conviver abertamente com o SARS-CoV-2.

Na Dinamarca, o governo anunciou que o dia 9 de setembro será o último com regras sanitárias, três semanas antes do que estava inicialmente previsto.

“A pandemia está sob controlo. Temos taxas recorde de vacinação. Por isso, podemos eliminar algumas regras que tivemos que adotar para combater o novo coronavírus. O Governo prometeu manter as restrições somente pelo tempo necessário”, anunciou Magnus Heunicke, ministro da Saúde dinamarquês, que adiantou ainda que não hesitará em recuar, caso alguma das medidas se volte a mostrar necessária.

“O país não saiu da pandemia e o Governo não hesitará em agir rapidamente se o vírus ameaçar “funções importantes da sociedade”, revelou Heunicke, citado pelo Eco, que compilou os presentes dados.

Segundo os números do Our World Data, a Dinamarca é atualmente o terceiro país da União Europeia com maior taxa de vacinação, tendo 71% da população vacinada contra a covid-19.

Inglaterra — que já vacinou totalmente 62% da sua população — levantou a maioria das restrições na segunda quinzena de julho, uma medida vista por muitos como precoce.

“A covid-19 fará parte das nossas vidas nos tempos mais próximos. Por isso, precisamos de aprender a viver com isso e a gerir o risco, para nós e em relação aos outros”, explicou o Governo de Boris Johnson.

Entre as medidas que caíram estão a obrigatoriedade do uso de máscara — que passaram a ser apenas recomendadas em alguns locais, como nos transportes —, o encerramento das discotecas, os cinemas e teatros com lotações limitadas e o distanciamento social também obrigatório.

A vizinha Irlanda também se está a preparar para acabar com as restrições até 22 de outubro, sendo que para tal é necessário que 90% da população esteja completamente vacinada — um critério estabelecido pelo Governo.

A forma como o aligeirar de restrições vai ser introduzido será discutida esta semana, com as datas de 6 e 20 a serem apontadas como a flexibilização das restrições.

Michael McGrath, ministro da Reforma e Despesa Pública, confirmou na passada segunda-feira que as medidas deverão começar a desacelerar já esta semana, com o processo a decorrer de forma progressiva — “ao longo de várias semanas” — até outubro.

O ministro da Saúde, Stephen Donnelly, por sua vez, admitiu que “gostariam de levantar todas as restrições o mais rápido possível”, apesar de admitir que algumas medidas, como o uso de máscara em “ambientes de alto risco”, terão de ser mantidas durante mais algum tempo, mesmo quando as restrições forem suspensas.

A Austrália, que ao longo dos últimos meses tem tido das políticas de controlo à propagação ao novo coronavírus mais restritivas, deverá estar prestes a alterar a trajetória e a levantar restrições.

As autoridade do país chegaram à conclusão que a população “tem que aprender a conviver com o vírus“. Nos planos está a aceleração do processo de vacinação — que tem números atuais muito baixos — e apostar no uso de máscara.

A Austrália só deverá alcançar a meta de 70% da população com 16 anos ou mais totalmente vacinada no final do ano.

Em declarações à agência Reuters, Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, afirmou que o objetivo “é aprender a viver com este vírus e não viver com medo dele”. O governante explicou que quer o país a tratar a covid-19 como trata a gripe — à medida que as taxas de vacinação aumentam.

https://zap.aeiou.pt/paises-levantar-restricoes-aprender-429473

 

“Ameaça iminente às instituições democráticas”: Marchas de apoio a Bolsonaro lançam medo de insurreição !

O Dia da Independência do Brasil assinala-se hoje e há marchas de apoio a Bolsonaro um pouco por todo o país. Líderes estrangeiros e políticos dentro do próprio Brasil receiam uma possível insurreição semelhante à de Janeiro nos Estados Unidos.


Dia 7 de Setembro assinala a independência do Brasil de Portugal, mas as comemorações este ano vão ser diferentes, com as marchas convocadas por apoiantes de Jair Bolsonaro um pouco por todo o país.

Sinop, no estado do Mato Grosso, é uma das das cidades que vai receber as marchas marcadas para esta terça-feira e não é difícil encontrar por lá apoiantes do Presidente brasileiro – quase 80% dos eleitores das presidenciais de 2018 votaram em Bolsonaro, escreve o The Guardian.

Ele é o Presidente do povo“, afirmou Marcos Watanabe, presidente da associação conservadora de Sinop, ao jornal inglês. Já Redivo, outro apoiante, promete que “vai ser a maior demonstração que o Brasil já viu” e que pelo menos 20 autocarros com Bolsonaristas vão sair de Cuiabá, capital do Mato Grosso, em direcção a Brasília.

As marchas de apoio estão a gerar apreensão e receio entre a oposição e as forças de segurança, que acreditam que os protestos podem acabar em violência ou numa insurreição contra o governo, tal como a que aconteceu nos Estados Unidos a 6 de Janeiro, quando os apoiantes de Donald Trump invadiram o Capitólio para tentarem impedir o Congresso de reconhecer Joe Biden como o novo Presidente do país.

Jair Bolsonaro já se mostrou adepto de Donald Trump, tendo elogiado o seu “belíssimo e corajoso” discurso contra o “fascismo de extrema-esquerda” a 4 de Julho de 2020, data que assinala a independência americana.

O líder brasileiro também já tinha congratulado a política externa de Trump e a sua “determinação de seguir trabalhando, junto com o Brasil e outros países, para restaurar a democracia na Venezuela”.

À semelhança de Trump, Bolsonaro defende também que o voto electrónico leva à fraude eleitoral, tendo mesmo chegado a acusar membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participarem numa conspiração para mudar os resultados das eleições presidenciais.

Perante a rejeição da Câmara dos Deputados de um projecto de lei que pretendia instituir o voto impresso no país, Bolsonaro presidiu a um desfile militar de cerca de 40 carros blindados, tanques, camiões e jipes da marinha no Palácio do Planalto, sede do Executivo, do Congresso brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro também já se confessou admirador da ditadura militar brasileira, tendo afirmado que “quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas” e que o governo era “um pouco diferente do que temos hoje, mas de muita responsabilidade com o futuro do país”.

O desgaste do país com a gestão de Bolsonaro da pandemia também não traz bons agoiros. O Presidente brasileiro começou por desvalorizar a covid-19, referindo-se à doença como uma “gripezinha” ou quando, poucos dias depois, disse não ser “coveiro” em resposta a questões sobre as cerca de 2.575 mortes no Brasil na altura. Esse número já chegou agora a mais de 580 mil pessoas.

Uma sondagem da Datafolha de Março mostrou que 54% dos inquiridos consideram má ou péssima a gestão de Bolsonaro no combate à pandemia e que apenas 22% fizeram uma avaliação positiva. Já outra sondagem do site PoderData aponta que a aprovação do governo de Bolsonaro é de apenas 27% e que o trabalho do Presidente é rejeitado por 55% dos inquiridos.

As últimas sondagens para as presidenciais do próximo ano também não têm sido favoráveis ao Presidente brasileiro. Um inquérito de Junho do IPEC, citado no jornal O Estado de São Paulo, mostra que o ex-Presidente de esquerda, Lula da Silva, tem 49% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro não passa dos 23%, o que abre a porta a uma possível derrota do actual líder logo na primeira volta.

Uma outra sondagem do Instituto Datafolha mostra que numa possível segunda volta, Lula venceria com 58% dos votos, contra 31% de Bolsonaro, escreve a Folha de São Paulo. Outro inquérito do Datafolha tinha também concluído que Lula, com 35% das intenções de voto contra 34% de Bolsonaro, era mais popular entre os evangélicos, que é uma das bases de apoio mais importantes do actual Presidente.

Cinco mil polícias a proteger o Congresso

A divisão na população; as suspeitas de corrupção com compras de imóveis ou com o negócio da vacina Covaxin; o caso da divulgação de dados confidenciais da Polícia Federal, a saída de muitos dos seus aliados iniciais do governo, como Sérgio Moro, Gustavo Bebianno ou Joice Hasselmann; a inspiração em Donald Trump – tudo isto está a gerar um clima tenso e receios de uma possível tentativa de golpe de estado.

Mais de 5.000 polícias vão ser chamados para proteger o Congresso, os líderes esquerdistas aconselharam os seus apoiantes a não criar contra-manifestações e a embaixada norte-americana alertou os cidadãos residentes no país para que não se envolvessem, escreve o The Guardian. Haverá também monitorização por parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

O principal juiz do Supremo Tribunal, Luiz Fux, também já avisou que as pessoas têm de ter consciência “das consequências judiciais dos seus actos” e que a “liberdade de expressão não abrange violência e ameaças”.

Vários líderes políticos ou intelectuais de 26 países – incluindo José Luis Rodriguez Zapatero, Ernesto Samper, Noam Chomsky, Cornel West, Adolfo Pérez Esquivel, Yanis Varoufakis, Jeremy Corbyn, Jean Luc Melanchon e vários congressistas e deputados de países como os EUA, a Grécia ou a Austrália – escreveram também uma carta mostrando-se preocupados com a situação no Brasil.

O texto lembra também as ameaças do Presidente de adiar as eleições de 2022 e que a 10 de Agosto “dirigiu um desfile militar sem precedentes pela capital, Brasília, enquanto seus aliados no Congresso promoviam reformas radicais no sistema eleitoral do país, considerado um dos mais confiáveis do mundo”.

“Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil – e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois de 7 de Setembro. O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a Democracia de um regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-la agora”, remata o documento, citado pela Folha.

https://zap.aeiou.pt/apoio-bolsonaro-geram-medo-429456

 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Racismo dissimulado - Algoritmo do Facebook rotulou homens negros como “primatas” !

Um software da rede social Facebook foi desativado, depois de ter identificado um vídeo com pessoas negras com o tópico “primatas”. A empresa pediu desculpa e vai analisar o sucedido, naquele que é mais um episódio de erro de programação relacionado com o reconhecimento facial de pessoas não brancas.


Um porta-voz do Facebook reconheceu que se tratou de “um erro claramente inaceitável” e disse que o software de recomendação envolvido foi retirado da rede social. “Pedimos desculpa a todos aqueles que possam ter visto estas recomendações ofensivas”, disse o Facebook em resposta a uma pergunta da AFP.

Desativámos toda a funcionalidade de recomendação de tópicos assim que nos apercebemos que isto estava a acontecer para podermos investigar a causa e evitar que isto volte a acontecer”. Vários softwares de reconhecimento facial têm sido muito criticados por defensores dos direitos civis, que apontam problemas de exatidão, particularmente no que diz respeito a pessoas que não são brancas.

Este caso foi espoletado por um vídeo de tabloide britânico Daily Mail com homens negros, onde era mostrada uma mensagem automática a perguntar se o utilizador gostaria de “continuar a ver vídeos sobre Primatas”. O vídeo de junho de 2020 em questão tinha o título “Homem branco chama polícias devido a homens negros na marina”.

Uma captura de ecrã da recomendação foi partilhada no Twitter pelo antigo gestor de design de conteúdos do Facebook Darci Groves. “Esta mensagem de ‘continuar a ver’ é inaceitável”, disse Groves, apontando a mensagem a antigos colegas no Facebook.

https://zap.aeiou.pt/facebook-homens-negros-primatas-429424

 

China prevê investir 17,7 biliões de euros para atingir a neutralidade carbónica em 2060 !

Este valor foi avançado hoje pelo vice-presidente do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional, Zhang Shaogang, durante a Feira Internacional do Comércio e Serviços da China, segundo a televisão estatal CCTV.


Segundo Zhang, 90% das emissões nacionais de carbono são provenientes de setores-chave como a indústria, energia, construção e transportes, motivo pelo qual a China necessitará de fazer “a maior diminuição de emissões da história mundial”.

No entanto, o responsável destacou que se trata de um objetivo difícil, uma vez que “60% das tecnologias que apoiam a neutralidade carbónica ainda se encontram numa fase conceptual”, o que requer um grande investimento e apoio à investigação.

Zhang está mais otimista com as metas ambientais fixadas por Pequim, a de atingir o seu pico nas emissões de carbono antes de 2030.

Essas metas, anunciadas em setembro de 2020 pelo Presidente chinês Xi Jinping, foram recebidas com relativo entusiasmo pela comunidade internacional, já que a China é o país responsável pela maior quantidade de emissões de dióxido de carbono no mundo (27% do total global em 2017, de acordo com o Global Carbon Atlas).

Organizações ambientais como a Greenpeace pediram ao Governo chinês uma maior fiscalização dos projetos de energia a carvão – cerca de 60% da eletricidade nacional vem dessa fonte – aprovados por algumas autoridades provinciais do país.

https://zap.aeiou.pt/china-neutralidade-carbonica-2060-429433

 

Com dificuldade em encontrar novos funcionários, McDonald’s opta por contratar adolescentes !

Um restaurante da cadeia de fast food no Estado americano do Oregon está a apelar para que adolescentes entre os 14 e 15 anos se candidatem a vagas de emprego devido à dificuldade que está a ter em encontrar trabalhadores.


Há duas semanas, o restaurante, que se situa na cidade de Medford, colocou um anúncio a a pedir que os adolescentes se inscrevessem para trabalhar no local, o que está em conformidade com a legislação trabalhista do estado.

Esta situação ocorre numa altura em que as redes de fast food, e outros estabelecimentos da área da restauração nos Estados Unidos, travam uma dura batalha para conseguir encontrar candidatos a trabalhar nas lojas.

Heather Kennedy, trabalhadora no restaurante em questão, referiu ao Business Insider que esta escassez de pessoal é “inédita” em 40 anos de existência da cadeia norte-americana.

Inicialmente, o restaurante tentou atrair trabalhadores ao aumentar o salário pago, mas este estímulo não foi o suficiente.

No entanto, Kennedy afirma que já recebeu mais de 25 novas inscrições desde que abriu as portas a menores de 16 anos.

Salários, bónus e benefícios

Questionada pela BBC, a cadeia de fast food optou por não comentar a mudança, mas referiu que a maior parte dos restaurantes estão a aplicar uma série de medidas para tentar combater a escassez de pessoal, incluindo melhores salários, bónus de assinatura de contrato e outros benefícios.

O McDonald’s também anunciou recentemente que irá aumentar os salários em restaurantes de propriedade da empresa nos Estados Unidos.

Porém, está não é a primeira rede de fast food a apelar aos trabalhadores mais jovens que preencham as vagas.

Tanto o Burger King como a Wendy’s fizeram anúncios semelhantes recentemente. Também a rede Layne’s Chicken Fingers está a recrutar adolescentes devido à falta de profissionais mais experientes.

Escassez de mão de obra

As leis trabalhistas americanas variam de Estado para Estado, mas, no Oregon, as pessoas com 14 anos ou mais podem trabalhar em empregos que são não considerados perigosos, como é o caso dos serviços de alimentação. No entanto, o horário laboral tem de ser compatível com os estudos.

Contudo, esta situação é rara. A idade média de um funcionário do McDonald’s nos Estados Unidos é de 27 anos, de acordo com uma pesquisa do site de emprego Zippia.

Atualmente, há uma grande escassez de mão de obra nos Estados Unidos, que deve ao medo da covid-19. Por outro lado, o facto das escolas estarem fechadas e de haver uma falta de creches também mantém os trabalhadores em casa.

Alguns economistas também culpam os generosos benefícios federais concedidos durante a pandemia, embora estes já tenham terminado em muitos Estados norte-americanos.

Este problema não é único na área da restauração. No geral, as vagas para empregos menos qualificados e com salários mais baixos têm sido particularmente difíceis de preencher, o que levou empresas como o Walmart e a Amazon a oferecer bónus de retenção e salários iniciais mais altos.

https://zap.aeiou.pt/mcdonalds-contratar-adolescentes-429145

 

Ahmed Abbas tem 13 anos e é o costureiro mais jovem de Gaza !

O jovem palestiniano, de apenas 13 anos, já conquistou o título de “costureiro mais jovem de Gaza”. Quando crescer, quer ser designer de moda.


Ahmed Abbas tem 13 anos e desde pequeno que via o seu pai a fazer roupas na sua oficina na Faixa de Gaza, na Palestina. Certo dia, o jovem decidiu pegar ele na tesoura e cortar um pedaço de tecido. Agora, conta a agência Reuters, é “o costureiro mais jovem de Gaza”.

“Costumava brincar com a máquina de costura e divertia-me. O meu pai reparou que eu gostava, então decidiu ensinar-me a costurar. Com o tempo, aprendi a coser, a passar a ferro e a fazer tudo o que está relacionado com a alfaiataria”, contou.

“Agora, o meu pai depende de mim para tudo. Sai para fazer as suas tarefas e deixa-me sozinho na oficina a fazer o que tem de ser feito”, acrescentou.

Segundo a Reuters, o jovem palestiniano continua a frequentar a escola. Simplesmente, depois das aulas, em vez de jogar à bola ou computador como outras crianças, junta-se ao seu pai na oficina para o ajudar – onde já tem uma “carteira de clientes”.

“As mulheres sentem-se confortáveis comigo porque eu sou apenas um rapaz. Não se sentem envergonhadas à minha frente e ficam contentes com o meu trabalho“, explicou.

Quando for grande, Ahmed confessou à Reuters que gostava de ser designer de moda.

https://zap.aeiou.pt/o-alfaiate-mais-jovem-de-gaza-429235

 

Zanzibar irá albergar torre que parece um dominó a cair - Será construída em ilha artificial !


Dubai, Nova Iorque, Londres ou Xangai são algumas das cidades conhecidas pelos seus grandiosos edifícios. Porém, a próxima grande construção em altura irá ser desenvolvida em Zanzibar.

Zanzibar é mundialmente conhecida pelo seu património natural, mas agora irá albergar uma conceituada obra de arquitetura. A pequena ilha, que se situa na costa da Tanzânia, vai ter uma torre em forma de dominó que se irá tornar numa forte atração turística, sobretudo por juntar entretenimento e cultura num só local, refere um comunicado de imprensa da empresa que está a desenvolver o projeto.

A torre – que terá 70 andares – deverá ser construída na parte antiga da cidade, já que o local tem um significado histórico e foi influenciado por várias culturas. O projeto vai ocupar cerca de 370 mil metros quadrados e tem como objetivo ficar na história da arquitetura moderna.

O conceito de design está a ser desenvolvido pela xCassia – que já tinha planeado realizar o projeto pelo menos duas vezes na última década, mas devido a vários fatores externos, este foi sendo adiado.

A Domino Tower inspira-se no design do seu homónimo – dando a ilusão de que é um dominó a cair. A construção começa a partir de um painel alto que se projeta e que se inclina gradualmente ficando mais curto conforme a construção se curva e se enrola em si mesma, escreve o The Architect’s Newspaper.

(dr) xCassia

De acordo com o Interesting Engineering, o projeto consiste em três locais principais: a Plaza de Chegadas, o Zanzibar Domino e o Island Resort. A entrada principal será na Praça de Chegadas que também irá com áreas comerciais e escritórios.

A atração central, o Zanzibar Domino está situada numa ilha criada pela mão humana e que se espalha por um raio de 250 metros.

Um aquário, um centro de exposições, um pavilhão cultural e um salão de convenções, também estarão disponíveis na ilha, que além de tudo isto, está ainda capacitada para receber iates e oferecer mais zonas comerciais e de restauração.

Devido à sua grandiosidade, a Domino Tower terá capacidade pata possuir 560 apartamentos e um hotel com 360 quartos com vista para a costa de Zanzibar.

A cereja no topo do bolo será uma plataforma de observação que se irá encontrar no topo da torre. Este local poderá ser acessado através de elevadores que irão proporcionar aos visitantes uma vista panorâmica.

Por sua vez, o Island Resort irá abrigar 104 vilas sobre a água ligadas a um farol que servirão como um entroncamento de transporte, oferecendo ainda comodidades aos moradores, que passam por um campo de golfe, heliportos, um ginásio e uma pequena capela que será útil na realização de casamentos.

“Posicionado como um dos primeiros destinos globais verdadeiramente icónicos de turismo, entretenimento, cultura e conferências de África, o Zanzibar Domino irá oferecer aos visitantes, residentes e empresas, um programa multifacetado projetado para criar experiências distintas durante todo o ano, caminhos profissionais e oportunidades de investimento”, destacou Youssef S. Amour, Presidente Executivo do Grupo AICL, um dos que está a desenvolver o projeto.

O projeto encaixa-se no esforço que Zanzibar está a fazer para desenvolver novas atrações turísticas, como parte da sua estratégia de “Economia Azul”, que pretende atrair investimentos internacionais promovendo a localização privilegiada da zona autónoma no Oceano Índico.

https://zap.aeiou.pt/zanzibar-torre-domino-a-cair-429156

 

Estafetas foram incentivados a entregar comida durante as cheias mortais de Nova Iorque !

Os estafetas que entregam comida em Nova Iorque foram incentivados a trabalhar durante as cheias que já fizeram, pelo menos, 42 mortos.


O estado de Nova Iorque declarou esta quinta-feira o estado de emergência após a região nordeste dos Estados Unidos ter registado fortes ventos e chuvas ainda associadas ao furacão Ida que causaram inundações significativas. Pelo menos 42 pessoas morreram.

“Estamos a viver um evento climático histórico com chuvas recorde em toda a cidade, inundações brutais e condições de estrada perigosas”, afirmou o autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, em declarações aos media.

Mesmo entre este caos, houve quem fizesse pedidos de entrega de comida ao domicílio. Como tal, muitos dos trabalhadores destes serviços que entregam comida em bicicletas arriscaram as suas vidas, atravessando ruas inundadas em e-bikes e motas para entregar refeições em casa.

“Foi muito, muito difícil. Imenso trânsito. Houve um momento em que não consegui ver nada. No meu último pedido, a minha mota não pegava. Tive de tentar várias vezes”, contou um trabalhador nova-iorquino à VICE.

O homem, que pediu anonimato — com medo de represálias por parte da empresa —, diz que está habituado a trabalhar para a Relay nestas condições, porque “quando há chuva ou neve, pode-se ganhar mais dinheiro”.

Algumas das aplicações populares de entrega de comida suspenderam os serviços em determinadas áreas de Nova Iorque.

Os estafetas que sobrevivem com baixos salários costumam ser incentivados a trabalhar durante tempestades de chuva e neve porque as empresas oferecem bónus e incentivos, escreve a VICE.

A DoorDash — outra empresa de entrega de comida — oferecia um incentivo de 3,50 dólares por entrega, enquanto a Relay oferecia dois dólares por entrega.

Nas redes sociais, foi divulgado o vídeo de um trabalhador da Grubhub, a equivalente à Takeaway em Portugal, a atravessar uma rua completamente inundada com a bicicleta pela mão. O vídeo tem revoltado vários internautas que já endereçaram críticas à empresa.

“A segurança dos estafetas é uma prioridade”, disse um porta-voz da GrubHub. “Embora sempre apreciemos o trabalho árduo dos motoristas para realizar o trabalho, nenhum trabalhador de entregas de qualquer empresa ou restaurante deve tomar uma ação que possa comprometer a sua segurança”.

https://zap.aeiou.pt/estafetas-foram-incentivados-a-entregar-comida-durante-as-cheias-mortais-de-nova-iorque-429151

 

Regulador brasileiro suspende distribuição de 12 milhões de Coronavac !

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil suspendeu a distribuição de 25 lotes com 12,1 milhões de doses da vacina anti-Covid-19 Coronavac, por ter sido embalada numa fábrica chinesa não aprovada pelo organismo regulador brasileiro.


Em comunicado, a Anvisa anunciou a “interdição cautelar” dos lotes e a “proibição de distribuição”, depois do Instituto Butantan, entidade do estado de São Paulo responsável pela importação local da vacina, ter notificado a procedência das vacinas.

“A unidade fabril responsável pela embalagem não foi inspecionada e aprovada pela Anvisa quando entregou a autorização para o uso de caráter de emergência da referida vacina” do laboratório chinês Sinova, indicou o órgão regulador.

Outros 17 lotes embalados na mesma unidade, com nove milhões de doses, estão “em tramitação de envio para o Brasil”, indicou a Anvisa.

A decisão, publicada no diário oficial do Brasil, foi tomada “com a intenção de evitar um possível risco sanitário iminente” para a população.

A vacina Coronavac, do laboratório Sinovac, produzida na China e no Brasil, através do Instituto Butantan, foi a primeira a ser aplicada no país, na campanha de vacinação iniciada a 17 de janeiro, mas só possui autorização de uso com caráter de emergência e não permanente, como as vacinas Pfizer-BioNTech, AstraZeneca e a Janssen.

O Brasil, um dos países mais castigados pela pandemia em números absolutos, ao lado dos Estados Unidos e da Índia, acumula quase 21 milhões de casos confirmados e cerca de 583 mil mortes associadas à Covid-19.

A covid-19 provocou pelo menos 4.539.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 218,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

https://zap.aeiou.pt/regulador-brasileiro-suspende-distribuicao-de-12-milhoes-de-coronavac-429422

 

domingo, 5 de setembro de 2021

Papa vê pandemia como “oportunidade para a sociedade construir um mundo melhor” !

O Papa Francisco lamentou este sábado que a pandemia de covid-19 tenha semeado desolação e aumentado as tensões, acrescentando que também pode “constituir uma oportunidade para a sociedade construir um mundo melhor”.


Lamentavelmente, a pandemia ainda não foi superada nem suas consequências económicas e sociais, sobretudo para a vida dos mais pobres que são graves”, observou, sublinhando que não só “empobreceu numerosas famílias”, como “semeou desolação e aumentou as tensões”.

“Face ao agravamento de múltiplas crises políticas e ambientais convergentes”, como a fome, a crise climática ou o problema das armas nucleares, o compromisso social e político “com a paz nunca foi tão necessário e urgente”, frisou o Papa, que falava numa audiência com a fundação Leaders para a Paz, criada pelo primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin.

O “desafio é ajudar governantes e cidadãos a enfrentarem problemas críticos como uma oportunidade”, sustentou, argumentando que “determinadas situações de crise ambiental, infelizmente agravadas pela pandemia, podem e devem provocar uma assunção de responsabilidades mais determinada, primeiro por parte dos quadros superiores, e, depois, também a níveis intermédios e por todos os cidadãos”.

O papa encorajou ainda as sociedades a promoverem “a dignidade do ser humano, o respeito pela história, sobretudo se estiver ferida e marginalizada” num mundo “que acolha e escute todos”.

A covid-19 provocou pelo menos 4.539.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 218,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/papa-pandemia-mundo-melhor-429397

 

Montanha russa mais rápida do mundo obrigada a fechar após utilizadores sofrerem fraturas ósseas !

Do-Dodonpa, conhecida como a montanha russa mais rápida do mundo, foi obrigada a deixar de funcionar depois de vários utilizadores sofrerem fraturas ósseas.


O parque de diversões Fuji-Q Highland, que se situa no Japão, e alberga o divertimento, revelou que quatro clientes se queixaram de ter ficado com ossos partidos depois de andarem na montanha russa. Os casos ocorreram entre dezembro de 2020 e agosto de 2021.

As fraturas foram sobretudo detetadas na zona do pescoço e tórax. De acordo com o governo regional, os incidentes ocorreram em homens e mulheres entre os 30 e 50 anos, sendo que todos tiveram “ferimentos significativos”.

No seguimento das queixas, o parque temático optou por fechar a atração “devido a uma revisão da segurança”, porém acrescentou que “a relação causal entre lesões e a máquina de diversão ainda não foi confirmada”, cita a CNN.

A empresa de diversões frisou ainda que os incidentes são os primeiros a serem relatados  desde que a atração começou a funcionar, há duas décadas.

Por sua vez, a Sansei Technologies, a empresa que construiu a montanha russa, pediu desculpa a todos os utilizadores que acabaram por ficar feridos, mas veio realçar o que já tinha sido dito pelo parque temático: a ligação entre os ferimentos e o divertimento “não está confirmada”, acrescentando que se encontra a aguardar a conclusão de uma investigação.

Acidentes graves que envolvem montanhas russas são extremamente raros no Japão. A última morte nestas circunstâncias ocorreu em 2007, quando um eixo se soltou durante uma viagem no parque de diversões Expoland, em Osaka, fazendo com que o comboio colidisse com um corrimão.

Naoya Miyasato, professora de arquitetura da Nihon University, que estuda o design de montanhas russas, sublinha que situações em que as pessoas acabam com ossos partidos são muito raras. “Os projetos de montanhas russas devem atender aos padrões aprovados pelo governo. Haver vários acidentes semelhantes é incomum”, referiu ao VICE.

Embora o governo japonês não tenha encontrado nenhuma razão óbvia para estes ferimentos, Miyasato afirma que por trás dos acidentes pode estar um problema relacionado à rápida aceleração da montanha russa. No seu pico, a aceleração é três vezes superior à força da gravidade, o que é comparável à experiência dos astronautas durante o lançamento de um foguetão, comparou a especialista.

“Se um utilizador não consegue assimilar essa aceleração sofre uma lesão, o que pode ser o que está a acontecer aqui”, explicou. Contudo, além da velocidade de aceleração da montanha-russa, Miyasato refere que a forma como os passageiros se sentam pode ser um fator que está a influenciar os acidentes.

Inaugurada em 2001, a atração do parque Fuji-Q Highland foi renovada em 2017 e é capaz de ir dos 0 aos 180 km/h em apenas 1,56 segundos.

No Japão, apesar do grande impacto da pandemia de covid-19, e de um aumento recente de casos, os parques temáticos estão abertos desde junho de 2020.

No entanto, Fuji-Q Highland está entre os parques que está a procurar limitar o número de visitantes, reabrindo apenas as atrações ao ar livre.

https://zap.aeiou.pt/montanha-russa-fraturas-osseas-428902

 

Assassino de Robert F. Kennedy libertado - Família do ex-senador dividida

Um painel judicial norte-americano anuiu na sexta-feira, dia 27 de agosto, à liberdade condicional do assassino do senador Robert F. Kennedy, após os dois filhos da vítima se terem manifestado a favor da sua libertação. Contudo, os restantes descendentes do político não estão satisfeitos com a decisão.


Embora esta decisão não garanta de imediato a liberdade, foi uma vitória para o prisioneiro Sirhan Sirhan, de 77 anos, após os procuradores se terem abstido de argumentar pela manutenção da pena de prisão.

A deliberação de liberdade condicional de Sirhan Sirhan, pelo painel de duas pessoas, será revista nos próximos 90 dias pelo Conselho de Liberdade Condicional da Califórnia.

Douglas Kennedy, que era ainda uma criança quando o seu pai foi morto a tiro em 1968, confessou que ficou comovido pelo remorso demonstrado por Sirhan e que este deve ser libertado se não for uma ameaça para outras pessoas.

“Estou impressionado por ser capaz de ver Sirhan cara a cara. Vivi a minha vida com medo dele e do seu nome e fico satisfeito por vê-lo hoje como um ser humano digno de compaixão e amor”, salientou.

Robert F. Kennedy Jr., que tinha prestado declarações no passado a favor da libertação de Sirhan, voltou a defender a libertação, por escrito.

“Embora ninguém possa falar em nome de meu pai, acredito firmemente que, com base no seu próprio compromisso com a equidade e a justiça, que incentivaria fortemente este conselho a libertar Sirhan devido ao seu histórico”, referiu numa carta enviada antes da audiência de sexta-feira.

Numa entrevista ao The Times, Kennedy Jr. disse que estava “muito feliz” por Sirhan estar agora em liberdade condicional e reiterou as preocupações de que o homem errado foi condenado.

Com uma postura totalmente oposta à dos irmãos, os restantes seis filhos de Kennedy – Joseph P. Kennedy II, Courtney Kennedy, Kerry Kennedy, Christopher G. Kennedy, Maxwell T. Kennedy e Rory Kennedy – fizeram uma declaração conjunta onde revelaram estar  “arrasados” pelo facto do homem que matou o seu pai ter sido libertado. ​​

Ao contrário dos outros dois irmãos, esta parte do clã Kennedy sublinhou que se opôs à liberdade condicional de Sirhan e disseram ter ficado “chocados com uma decisão” que acreditam ignorar os padrões de liberdade condicional já que se trata de “um assassino de primeiro grau”, cita o Los Angeles Times.

Os irmãos acrescentaram ainda que a decisão do conselho “infligiu uma enorme dor”, informando que vão recorrer da decisão.

Senador por Nova Iorque e irmão do presidente John F. Kennedy, RFK era candidato democrata à presidência quando foi morto a tiro em 6 de junho de 1968, no Ambassador Hotel em Los Angeles, momentos depois do seu discurso de vitória nas primárias da Califórnia.

https://zap.aeiou.pt/familia-robert-f-kennedy-dividida-428949

 

Jornalismo em Cuba atravessa o seu período mais crítico em décadas !

O jornalismo independente em Cuba “atravessa o seu período mais crítico em décadas”, alertou na sexta-feira a Associação Interamericana de Imprensa (SIP), ao entregar um relatório à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre uma avaliação àquele país.


“O jornalismo independente cubano vive o seu período mais crítico em décadas, mas, ao mesmo tempo, vive o seu momento de maior ligação com o povo e a responsabilidade histórica de refletir um processo de participação cidadã sem precedentes desde o início do socialismo-ditadura”, diz a SIP no seu relatório divulgado em Miami e citado pela agência EFE.

Um mês volvido sobre os protestos ocorridos em Cuba, em 11 de julho, para exigir “liberdade”, as autoridades da SIP realizaram uma jornada de encontros com jornalistas, intelectuais, artistas, youtubers, padres católicos e advogados que defendem os cidadãos perseguidos pelo regime de Castro.

Durante a jornada, os diretores da SIP receberam queixas e denúncias de casos de violência de género, abusos sexuais por excessos cometidos nas buscas policiais, detenções em celas sem privacidade e limpeza, bem como violência online.

Em Cuba, destaca a SIP, a grande maioria dos meios de comunicação social são públicos, mas não veiculam vozes dissonantes da sociedade, “por forma a garantir o ‘apartheid’ político praticado tirania”, conforme explicou um dos intervenientes na discussão.

A maioria dos interlocutores da SIP em Cuba solicitaram que suas identidades fossem reservadas, por motivos de segurança, refere ainda a EFE.

O mundo olha para Cuba em alguns casos com um toque romântico, noutros casos com certo desdém ou com a convição de que nada pode ou deve ser feito”, comentou Carlos Jornet, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa, na apresentação do relatório de Informações da SIP, com sede em Miami.

De acordo com a SIP, atualmente há pouco mais de uma centena de jornalistas “não-oficiais” em Cuba, muitos deles jovens que tentam dessa forma manifestar a sua indignação contra o peso da pressão exercida pelo regime.

Segundo o relatório, dezenas de outros jornalistas deixaram o país nos últimos três anos, após sofrerem uma forte pressão.

O documento estima ainda que haja apenas cerca de vinte jornalistas mulheres que não pertence ao aparelho político.

Jornalistas classificados como “CR” (contra-revolucionários) são alvo de interrogatórios, o “que representa interferência nas suas vidas privadas”, havendo também situações de ameaças da autoridade em retirar os filhos aos pais”, indica o relatório.

O presidente da associação, Jorge Canahuati, destacou que esta foi uma das poucas missões que, em formato virtual, a SIP pôde realizar em Cuba desde a chegada do regime comunista ao poder, e a primeira que utilizou as novas plataformas de vídeo.

Canahuati considerou “imperativo que a comunidade internacional exija respeito pelos direitos humanos fundamentais em Cuba e apoie a coragem de jornalistas independentes que arriscam sua liberdade todos os dias”.

https://zap.aeiou.pt/jornalismo-cuba-periodo-mais-critico-429367

 

Biden ordena que documentos confidenciais sobre o 11 de setembro sejam tornados públicos !

O presidente norte-americano, Joe Biden, assinou na sexta-feira uma ordem executiva determinando a desclassificação de certos documentos relacionados aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, noticiou a AP.


Segundo adianta a agência noticiosa norte-americana, a decisão de Biden é interpretada como um gesto de apoio às famílias das vítimas que há muito procuram mais informação, na esperança de implicar o governo saudita.

“O meu coração continua a estar com as famílias das vítimas do 11 de setembro que estão a sofrer, e o meu Governo irá continuar a envolver-se de maneira respeitosa com os membros desta comunidade”, referiu o Presidente dos EUA, citada pela Reuters.

A ordem, assinada a pouco mais de uma semana do vigésimo aniversário dos ataques às torres gémeas, é considerado um momento significativo na disputa, que dura há anos, entre a administração norte-americana e as famílias das vítimas sobre quando é que informações confidenciais sobre o período de preparação dos ataques seriam tornadas públicas.

Esse litígio ganhou força o mês passado, quando cerca de 1.800 familiares, sobreviventes e socorristas da tragédia se opuseram à participação de Biden nos eventos do 11 de setembro caso os documentos não fossem desclassificados.

“Os eventos significativos em questão ocorreram há duas décadas ou mais, e dizem respeito a um momento trágico que continua a ressoar na história norte-americana e na vida de tantos norte-americanos”, lê-se na ordem executiva de Biden.

“É fundamental garantir que o governo dos Estados Unidos maximize a transparência, contando com a classificação apenas quando for estritamente adequada e necessária”, pode ainda ler-se.

A ordem executiva de Biden instrui o Departamento de Justiça e outras agências da Administração norte-americana a iniciar uma revisão de desclassificação e exige que os documentos desclassificados sejam divulgados nos próximos seis meses.

Ainda assim, o impacto prático da ordem executiva e de quaisquer novos documentos que a decisão de Biden possa produzir ou trazer à luz não ficou claro de imediato.

Investigações anteriores delinearam laços entre cidadãos sauditas e alguns dos sequestradores dos aviões utilizados contra as torres gémeas de Nova Iorque, mas não estabeleceram se o governo saudita estava diretamente envolvido.

Desconhece-se se a divulgação dos documentos anteriormente ocultados pelos EUA pode alterar essa avaliação.

O Departamento de Justiça anunciou no mês passado que o FBI havia concluído recentemente uma investigação em que analisou alguns dos sequestradores do 11 de setembro e possíveis co-conspiradores, e que agora se equacionava a sua eventual divulgação face à impossbilidade anterior de revelar os dados recolhidos.

As famílias criticam que “até agora, nenhum material substantivo adicional foi produzido, e que o FBI não concordou em fazer um esforço adicional para encontrar seus documentos perdidos”.

O plano é ambicioso, mas caso se prove que a divulgação de qualquer documento possa “resultar em danos à segurança nacional”, caberá ao procurador-geral ou aos chefes do FBI ou de outras agências prová-lo. Se o conseguirem, os documentos não serão tornados públicos, escreve o Expresso.

Em causa, segundo os responsáveis norte-americanos, podem estar não só riscos para a segurança nacional como a própria capacidade de prevenir futuros ataques.

https://zap.aeiou.pt/biden-documentos-11-setembro-429333

 

sábado, 4 de setembro de 2021

“Operação London Bridge”: Documento secreto revela o que acontece quando a Rainha Isabel II morrer !

Documentos secretos britânicos revelam o protocolo em caso de falecimento da Rainha Isabel II. A cerimónia, preparada com anos de antecedência, tem um plano pormenorizado conhecido por “Operação London Bridge”.


A operação de segurança do governo britânico para gerir a morte da Rainha Isabel II, de 95 anos, inclui blackouts oficiais dos meios de comunicação social e um protocolo real que dura dez dias, avança o jornal The Guardian.

O plano, conhecido pelo nome de código “Operação London Bridge”, ao qual o jornal Politico teve acesso, detalha o que acontecerá nas horas e dias seguintes à morte da monarca — o dia da morte vai ser conhecido como o “Dia D” e os seguintes como Dia D+1, Dia D+2 e assim consecutivamente.

Os documentos revelam que, em primeiro lugar, o primeiro-ministro será contactado por um funcionário público de que “London Bridge is down” (“A ponte London Bridge caiu”, em tradução livre) e serão também informados o secretário de ministério e vários ministros e funcionários do governo.

De seguida, a família real vai fazer uma “declaração oficial” para a população e, dez minutos depois, as bandeiras ficarão a meia-haste.

Além disso, prevê-se que a página online da família real fique com um fundo negro, de forma temporária, e todos os sites do governo vão ter também uma faixa preta.

No mesmo dia, haverá ainda um minuto de silêncio nacional e serão disparadas salvas de canhão.

Funeral de Isabel II

No Dia D+2, o caixão da Rainha estará no Palácio de Buckingham, em Londres.

No entanto, caso morra em Sandringham, a sua residência em Norfolk, o corpo será transportado no comboio real para a estação St. Pancras, onde o caixão será recebido pelo primeiro-ministro e ministros do Gabinete. Se a morte ocorrer em Balmoral, na Escócia, será ativada a “Operação Unicórnio”, o que significa que o corpo será transportado para Londres, se possível, no comboio real. Se não for possível, será acionada a “Operação Overstudy” e o caixão é transportado por avião.

No Dia D+4 haverá um ensaio e no dia D+5 começa a “Operação Pena” — o caixão da Rainha será levado numa procissão desde o Palácio de Buckingham até ao Palácio de Westminster.

Entre os dias D+6 e D+9, o caixão ficará num catafalco em Westminster, para que seja visitado pela população. Existirão bilhetes à venda e o local poderá ser visitado pelo público 23 horas por dia.

O funeral estatal será então realizado 10 dias após a sua morte e anunciado como um “dia de luto nacional”. Se a morte acontecer num dia de semana, os empregadores poderão dar o dia de folga aos funcionários.

O funeral da monarca vai realizar-se na Abadia de Westminster e, ao meio-dia, serão registados dois minutos de silêncio em todo o país. Posteriormente, o caixão segue para Windsor, onde haverá um serviço religioso na Capela de São Jorge.

A rainha Isabel II vai ser enterrada na Capela Memorial do Rei George VI, onde está também sepultado o seu marido, o príncipe Filipe.

Além da “Operação London Bridge”, os documentos secretos revelam ainda o protocolo da “Operação Spring Tide”, que estabelece como o príncipe Charles irá subir ao trono.

No dia seguinte à morte da rainha, o Conselho de Adesão reunir-se-á no Palácio de St. James para o proclamar Rei de Inglaterra e, no Dia D+3, Carlos iniciará uma digressão pelo Reino Unido.

Apesar de os planos oficiais terem sido revelados, a Rainha está de boa saúde e não há indícios de que o protocolo esteja a ser revisto com urgência.

https://zap.aeiou.pt/operacao-london-bridge-rainha-isabel-ii-429160

 

Sem licença ou treino - Texanos já podem andar na rua com uma arma !

Uma nova lei pró-armas que entrou em vigor na quarta-feira no Texas, Estados Unidos, permite que as pessoas que possuem legalmente uma arma de fogo a portem abertamente em público, sem obter uma licença ou treino.


Segundo a CNN, a polémica legislação de “porte constitucional” é a mais recente de uma série de projetos de lei pró-armas que os legisladores estaduais aprovaram este ano, à medida que os incidentes de violência armada aumentam no Texas e em todo o país.

Por sua vez, o governador Greg Abbott elogiou a chamada lei do “porte constitucional” e outros projetos de lei sobre armas de fogo quando os assinou.

“Podem dizer que assinei hoje algumas leis que protegem os direitos das armas”, disse Abbott na assinatura do projeto de lei em junho. “Mas hoje, assinei documentos que inspiraram liberdade no estado do Texas”, acrescentou.

A lei “House Bill 1927”, escreve a NPR, aplica-se a residentes do Texas com 21 anos ou mais e exclui pessoas que estão proibidas de possuir legalmente uma arma de fogo, como os condenados por um crime, agressão, violência doméstica ou ameaças terroristas.

Antes da lei entrar em vigor, os residentes só podiam portar armas com uma licença e eram obrigados a completar o treino, bem como passar num exame escrito e teste de proficiência.

A decisão está a ser observada com preocupação, uma vez que o número de tiroteios no Texas, sem incluir suicídios, aumentou 14% este ano, com cerca de 3200 tiroteios, em comparação com o mesmo período de 2020, que registou cerca de 2800, de acordo com dados do grupo de pesquisa Gun Violence Archive (GVA).

À CNN, Andrew Karwoski, especialista em políticas da Everytown for Gun Safety, alerta que “revogar totalmente a licença é uma mudança radical”, já que “permitir que quase qualquer pessoa use uma arma em público, sem haver uma verificação de antecedentes ou treinamento de segurança, é realmente perigoso”.

https://zap.aeiou.pt/texanos-podem-andar-rua-com-arma-429199

 

A alface vermelha é cultivada no Espaço e faz parte da alimentação dos astronautas !

No Espaço, cultivar alimentos e impedir que sejam colonizados por bactérias e fungos é um grande desafio. Mas, há uns anos, Frank Morton criou a solução: uma alface vermelha.


Os astronautas também precisam de ter uma alimentação saudável, mas uma das grandes dificuldades que enfrentam no Espaço é fazer com que os alimentos cultivados lá não sejam colonizados por bactérias e fungos.

Mas a alface vermelha é a grande candidata para solucionar o problema — e o seu criador nunca pensou que fosse usada no Espaço.

Frank Morton conta que estava a voltar de um evento para especialistas em melhoria de plantas, através de cruzamentos, quando uma amiga lhe disse que astronautas estavam a plantar alface no Espaço.

Uns tempos mais tarde, percebeu que a alface em questão era, afinal, uma invenção sua: uma planta que cultivou e batizou de Outredgeous.

As sementes desta alface passaram a ser vendidas a jardineiros e, aparentemente, a investigadores da Nasa, a agência espacial norte-americana.

Cruzamento surpresa

Morton é um pioneiro na criação de alfaces e trabalha há quase 40 anos na manipulação de plantas. Há 12, criou a Outredgeous.

Em 1981, quando era um agricultor iniciante, começou a cultivar dois tipos de alface: uma do tipo romana vermelha e outra verde crespa, comummente usada em saladas.

Das cerca de 200 que foram plantadas numa parte do terreno, a partir de sementes da alface verde, apareceu uma surpresa.

“Bem no meio de todas elas, estava uma alface vermelha”, conta Frank Morton.

Morton imaginou que tivesse ocorrido um cruzamento espontâneo entre as duas variedades e, no ano seguinte, realizou mais cruzamentos, desta vez propositados. E foi assim que chegou a uma variedade de formas e cores.

O agricultor percebeu que a cor vermelha era dominante, em detrimento da verde, e que a folha crespa também.

Criar plantas e novas variedades pareceu-lhe, então, um caminho financeiro promissor e despertou nele uma grande curiosidade.

“A partir da alface, comecei a explorar outras plantas, como quinoa e pimentão”, conta.

Mas Morton continuou a investir na investigação sobre alfaces e queria descobrir quão vermelha poderia ficar.

Quando a Outredgeous apareceu, “era tão vermelha que, na verdade, a maioria dos jardineiros não a reconhecia como alface. Achavam que era algum tipo de beterraba“, disse.

“Por isso é que lhe dei esse nome” (a palavra outrageous, na qual se inspirou, significa “chocante”), explicou.

Entretanto, Morton pôs as sementes à venda na Johnny’s Selected Seeds, uma empresa de sementes sediada no Estado do Maine.

Quando soube da chegada da planta à estação espacial, contactou uma equipa da Nasa e descobriu que, de facto, as suas sementes haviam sido compradas pela agência espacial.

“Eles disseram que a Outredgeous tinha um crescimento ‘significativamente menor’ de micróbios na superfície da folha‘”, lembra Frank.

Esta era uma grande vantagem em relação a outros vegetais testados, como a rúcula e a couve, que se tinham revelado bastante vulneráveis a microrganismos.

https://zap.aeiou.pt/alface-vermelha-espaco-astronautas-429265

 

Brasil aprova suspensão de patentes em emergências de saúde – E há apelos à intervenção de Biden !

Bolsonaro aprovou uma lei que prevê a suspensão das patentes em emergências de saúde, mas afirma que não vai ser aplicada para já. Uma associação ligada à Pfizer está a pressionar o governo americano a intervir e bloquear a lei brasileira.


A proposta estava na mesa de Bolsonaro desde 11 de Agosto, e vai mesmo avançar. Há cerca de três semanas, o Senado do Brasil aprovou uma lei que dá ao governo a possibilidade de suspender temporariamente as patentes de vacinas e medicamentos em situações de emergência, tal como a actual pandemia de covid-19.

A medida tinha sido já aprovada na Câmara dos Deputados e recebeu 61 votos favoráveis e 13 contra no Senado e seguiu para o gabinete presidencial, tendo sido aprovada por Jair Bolsonaro.

O projecto partiu do senador Paulo Paim, do Partido dos Trabalhadores, e explica que tem de ser criada uma “lista de patentes ou pedidos de patentes” de produtos que possam ser úteis no combate a situações de emergência sanitária, depois da consulta de órgãos públicos, instituições de ensino, centros de pesquisa e sectores produtivos envolvidos.

O texto define também que o detentor da patente ou do pedido dela, caso ainda não obtida, receberá o valor de 1,5% do preço líquido de venda do produto derivado em royalties até que o seu valor seja definido.

Após a elaboração da lista, o governo terá um período de 30 dias, que pode ser alargado por mais 30 dias, para decidir se avança com a suspensão das patentes dos medicamentos ou vacinas necessários.

A medida não vai ser aplicada a patentes que sejam objectos de acordos de transferência de tecnologia de tecnologias de produção ou quando os titulares da propriedade intelectual conseguirem “garantir o atendimento à demanda nacional”.

Bolsonaro aprovou a lei, mas a Secretaria-Geral da Presidência refere que ainda não será aplicada no momento actual porque as vacinas estão a ser “devidamente fornecidas pelos parceiros internacionais”. “Contudo, no futuro, caso exista um desabastecimento do mercado local, há a previsão legal para a possibilidade de aplicação da medida, em um caso extremo”, refere a nota.

No entanto, o presidente brasileiro vetou as partes da proposta que obrigavam o proprietário da patente a efectuar a transferência de conhecimento e dos insumos dos medicamentos ou vacinas em causa.

“Essas medidas seriam de difícil implementação e poderiam criar insegurança jurídica no âmbito do comércio internacional, além de poder desestimular investimentos em tecnologia e a formação de parcerias comerciais estratégicas”, justificou a Presidência.

Associação ligada à Pfizer quer que Biden bloqueie a lei

Apesar de nada indicar que vai ser posta em práctica agora, a nova lei não agrada às farmacêuticas, que temem que possa ser aberto um precedente que lhes prejudique o negócio.

Segundo avança o The American Prospect, uma organização que apoia os direitos de propriedade intelectual está a pressionar a administração Biden a intervir e bloquear a lei brasileira.

A 24 de Agosto, a Associação de Donos de Propriedade Intelectual (IPO) escreveu uma carta à Representante do Comércio dos Estados Unidos, Katherine C. Tai, e ao director do Escritório de Patentes e de Marcas Comerciais, Drew Hishfeld, sobre as “muitas preocupações” que tinham sobre a lei brasileira, segundo o site Law360.

“Apesar da IPO reconhecer que os direitos das licenças obrigatórias de propriedade intelectual (PI) possam ser legalmente permitidos em situações raras e limitadas, a IPO acredita que a licença dos direitos de PI deve partir de uma tentativa voluntária, escreveu Daniel Staudt, presidente da IPO, na carta, deixando um apelo à intervenção do governo dos Estados Unidos.

O Prospect avança que uma das gigantes farmacêuticas que está a produzir vacinas para a covid-19, a Pfizer, é um “membro corporativo” da IPO e que paga uma anuidade. Os pagamentos variam entre 2500 e 7250 dólares por ano, dependendo no número de patentes da empresa. A Microsoft ou a Akros Pharma são outros membros da organização.

Esta também não é a única ligação da IPO à Pfizer. Um dos membros do Conselho Administrativo da Associação, Eric Aaronson, é também o principal conselheiro da farmacêutica em questões de propriedade intelectual.

Não é a primeira vez que grupos ligados à Pfizer tentam influenciar as políticas no Brasil. Numa outra peça do site In These Times, é relatada a ameaça velada que a presidente do grupo de comércio farmacêutico brasileiro Interfarma fez em Abril.

Elizabeth de Carvalhaes revelou na altura à Folha de São Paulo que a empresa, que tem a Pfizer como um dos clientes, pode parar com a distribuição de vacinas caso a suspensão das patentes avançasse, já que a “a procura é muito maior do que a oferta” e é mais vantajoso “vender aos países que não quebram as patentes”.

Recorde-se que o Brasil já registou mais de 500 mil mortes por covid-19 e 20 milhões de casos positivos desde o início da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/brasil-aprova-suspensao-de-patentes-em-emergencias-de-saude-e-ha-apelos-a-intervencao-de-biden-429186

 

Israel regista recorde diário de casos de Covid 19 e acelera toma da terceira dose !

Israel registou 11.365 novos casos de covid-19 num dia, um novo máximo de contágios diários, enquanto acelera a vacinação com a terceira dose, já aplicada em quase 2,5 milhões de pessoas para travar a quarta vaga da pandemia.


Apesar de o país, que esteve perto de colocar a zeros a taxa de infeção após uma bem-sucedida e rápida campanha de inoculação inicial, ter registado três picos diários de infeção esta semana, acima dos 11.000, essa taxa situa-se em 8,4%, abaixo dos 10% excedidos nas vagas anteriores.

Em descida nesta quarta vaga estão também as hospitalizações pela doença, que na noite de quinta-feira eram 1.068, dos quais 667 em estado grave e 143 ligados a ventiladores, segundo dados oficiais divulgados esta sexta-feira.

A maioria dos doentes graves são pessoas não vacinadas, grupo que, juntamente com a presença da variante delta, caracteriza esta nova vaga em Israel.

Desde o início da pandemia, Israel contabilizou mais de 1,1 milhões de casos de covid-19 e 7.120 mortes, num país com 9,3 milhões de habitantes.

Paralelamente às infeções, o número de pessoas vacinadas com a terceira dose da Pfizer aumentou, com mais de 2,5 milhões de israelitas a receberem essa dose de reforço e mais de 5,5 milhões já com o esquema completo de duas doses.

A maioria das pessoas que tomaram a terceira dose tem mais de 50 anos de idade, embora desde o início desta semana o país a tenha autorizado para toda a população apta para a vacina, que é a partir dos 12 anos.

Um fator de otimismo no país é que, à medida que aumenta a percentagem das pessoas vacinadas com a terceira dose, a curva de infeção começou a cair entre os grupos etários que a receberam.

O novo pico de infeções coincide com o início do ano escolar, na quarta-feira, que levou 2,5 milhões de crianças de regresso às escolas, que funcionam de forma normal na maior parte do país, mas exigem que os alunos, pais e pessoal escolar apresentem certificados de vacinação ou testes negativos antes de entrar.

Esta quinta-feira, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, disse que aquela região autónoma tem seguido o processo de Israel e que, por isso, também ali será administrada a terceira dose da vacina.

https://zap.aeiou.pt/israel-regista-recorde-terceira-dose-429223

 

Governo chinês aumenta controlo dos media e proíbe homens “efeminados” nos programas de televisão !

Numa altura em que o Governo da China tem aumentado a sua influência em várias áreas da sociedade, chegou a vez dos media serem sujeitos a novas regras.


Na quinta-feira, a Administração Nacional de Rádio e Televisão da China anunciou, num comunicado online, que vai apertar as regras aplicáveis aos programas televisivos, reprimindo conteúdos considerados “insalubres”, limitando os salários das estrelas e punindo severamente a evasão fiscal.

Um das decisões mais polémicas passa pela proibição da presença de homens com aspeto considerado efeminado na televisão. O Governo disse às emissoras do país para promoverem a “cultura revolucionária”, ampliando uma campanha para aumentar o controlo sobre os negócios e a sociedade, escreve a NPR.

Neste sentido, o comunicado indica que não haverá mais espaço na oferta televisiva para gostos “deformados”. Usando gíria ofensiva para designar homens com aspeto considerado efeminado – “niang pao”, em chinês -, a Administração da Rádio e Televisão da China indicou que as emissoras devem “excluir resolutamente “maricas” e outros tipos de estética anormais”.

Isto reflete a preocupação oficial de que as celebridades chinesas, influenciadas pela aparência elegante e feminina de alguns cantores e atores sul-coreanos e japoneses, não estejam a incentivar os jovens chineses a serem suficientemente masculinos.

As emissoras devem evitar a promoção de “celebridades vulgares da internet” e a admiração pela riqueza e celebridade, apontou o regulador. Os programas devem antes “promover vigorosamente a excelente cultura tradicional chinesa, a cultura revolucionária e a cultura socialista avançada”.

O Ministério da Cultura e do Turismo e a Associação Chinesa para as Artes Performativas também referem que as novas disposições são destinadas a “moralizar” a indústria do entretenimento da segunda maior economia mundial.

Por exemplo, a escolha de atores e convidados deverá ser cuidadosamente controlada, passando a literacia política e a conduta moral a fazer parte dos critérios de seleção. As estações de televisão são agora chamadas a barrar os programas a artistas com “posições políticas incorretas” e a cultivar uma “atmosfera patriótica” nas suas emissões.

Conteúdos de entretenimento que envolvam celebridades “vulgares” da Internet, escândalos ou ostentação de riqueza serão igualmente rejeitados. As figuras do entretenimento televisivo serão encorajadas a participar em programas de promoção do bem-estar público e a assumir responsabilidades sociais, acrescenta a mesma nota.

O culto das celebridades, considerado “insalubre”, será reprimido, e os segmentos dos programas televisivos em que os espetadores são encorajados a votar ficarão sujeitos a um controlo apertado, passando a estar estritamente proibidas quaisquer votações que envolvam pagamento de quantias em dinheiro.

A China tem vindo a colocar pressão sobre aquilo que descreve como uma cultura “caótica” de devoção às celebridades e a apontar a mira a várias estrelas nacionais após uma série de casos controversos de evasão fiscal e agressões sexuais.

Paralelamente, indica a Reuters, as disposições emitidas pelo Ministério da Cultura e do Turismo e pela Associação Chinesa para as Artes Performativas impõem agora que os artistas, incluindo as novas estrelas do livestreaming, se submetam a formações periódicas em ética profissional, e determinam ainda que as agências cancelem os contratos com intérpretes que não possuam “disciplina moral”.

Os reguladores chineses estão a apertar a vigilância sobre diversas áreas, da tecnologia à educação, de modo a reforçar o controlo sobre a sociedade e sectores-chave da economia após anos de crescimento descontrolado.

Na segunda-feira tinham já sido introduzidas novas regras limitando o tempo que as crianças podem passar a brincar com videojogos.

https://zap.aeiou.pt/china-media-homens-efeminados-429066

 

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

“Ataque violento e sem sentido”: Terrorista esfaqueia seis pessoas num supermercado na Nova Zelândia !

A polícia da Nova Zelândia matou o autor de um ataque terrorista que feriu hoje seis pessoas, três delas em estado crítico, num supermercado na cidade de Auckland.


“Foi um ataque violento e sem sentido contra inocentes neozelandeses”, disse a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, numa conferência de imprensa, adiantando que o “extremista” era conhecido das autoridades. Jacinda Arden classificou o ataque de terrorista.

O que aconteceu foi desprezível, foi odioso, foi errado“, disse, descrevendo o atacante como um cidadão do Sri Lanka que chegou à Nova Zelândia em 2011.

O atacante inspirou-se nas ações do grupo extremista Estado islâmico, era conhecido das agências de segurança nacionais e estava a ser monitorizado 24 horas por dia, acrescentou Arden. No momento do ataque, o indivíduo estava a ser seguido pelas autoridades, noticia a CNN.

Era tido como uma ameaça desde 2016“, mas, “por lei, não podia ser mantido na prisão”, explicou.

O comissário da polícia local confirmou que o suspeito era monitorizado por equipas de vigilância e de intervenção. Andrew Coster revelou que este viajou da sua casa em Glen Eden para New Lynn durante a tarde.

No supermercado, o terrorista retirou uma faca da prateleira antes do ataque. Posteriormente, “foi morto pela polícia em 60 segundos”.

Um vídeo de um dos clientes, gravado dentro do supermercado, regista o som de dez tiros disparados.

Depois do incidente, o centro comercial foi encerrado. “Estamos chocados e tristes com o que aconteceu no LynnMall esta tarde. (…) A situação está agora nas mãos da polícia. Não podemos fornecer mais detalhes”, pode ler-se na página do Facebook do LynnMall Shopping Centre.

Auckland está num estrito confinamento, uma vez que combate um surto do coronavírus. A maioria das empresas está fechada e as pessoas são geralmente autorizadas a deixar as suas casas apenas para comprar mercearias, para necessidades médicas, ou para fazer exercício.

https://zap.aeiou.pt/terrorista-esfaqueia-nova-zelandia-429031

 

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