sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Facebook e Google criticados por anúncios de “reversão do aborto” !

O Facebook já veiculou anúncios de “reversão do aborto” 18,4 milhões de vezes desde janeiro de 2020, de acordo com um relatório do Center for Countering Digital Hate (CCDH), promovendo um procedimento “não comprovado, antiético” e “perigoso”.


Já o Google, avançou o Guardian, mostra esses anúncios na maioria dos resultados relacionados ao aborto em pesquisas associadas a termos de pesquisa como “gravidez indesejada” e “pílula de aborto”, em várias cidades dos Estados Unidos (EUA).

Os anúncios promovem o uso de altas doses de progesterona para “reverter” os efeitos do mifepristone, um dos fármacos usados nos abortos. Porém, um estudo publicado no New England Journal of Medicine refere que há “falta de evidências médicas que demonstrem a segurança e a eficácia do tratamento”, podendo causar hemorragias graves.

Apesar disso, oito estados norte-americanos exigem que as pessoas que procuram um aborto recebam informações que afirmam que tal reversão é uma opção. Esses anúncios, disseram os autores do estudo, “encorajam as mulheres a participarem de uma experiência de pesquisa não monitorizada”.

“É nojento que grupos que buscam minar os direitos sexuais e reprodutivos fundamentais sejam capazes de espalhar desinformação para mulheres e meninas vulneráveis. O que é pior: o Facebook e o Google estão a ganhar dinheiro com essa propaganda”, disse Imran Ahmed, diretor da CCDH.

Os especialistas já haviam classificado os “anúncios das ‘reversões da pílula do aborto’ como desinformação médica potencialmente letal e antiética. É por isso que não se vêem na televisão ou em jornais ou em sites de boa reputação”, continuou.

No Facebook, análises da própria plataforma revelaram que até 1,5 milhões de utilizadores no Reino Unido e 3 milhões na República da Irlanda podem ter sido alvo de anúncios que promovem essa utilização, pagos pelos grupos anti-aborto SPUC e no Life Institute.

A Google proíbe os anunciantes de promover “informações enganosas sobre produtos” e “produtos não aprovados pelo governo, comercializados” como se fossem “seguros ou eficazes”. O Facebook, por seu lado, proíbe anúncios do género de serem direcionados a jovens dos 13 aos 17 anos.

“Removemos muitos dos anúncios identificados no relatório – a maioria dos quais estavam inativos e tinham meses ou anos – por violarem as nossas políticas de oferta de produtos e serviços para adultos”, referiu um porta-voz do Facebook.

https://zap.aeiou.pt/facebook-google-anuncios-reversao-aborto-432092

 

Austrália, Reino Unido e EUA assinam pacto de defesa para conter China !

A Austrália, os Estados Unidos (EUA) e o Reino Unido anunciaram o “Pacto de Aukus”, que visa frente às pretensões territoriais da China no Indo-Pacífico e envolverá a construção de uma frota de submarinos com capacidade nuclear e projetos de guerra cibernética, inteligência artificial e computação quântica.


Este acordo, no âmbito da Segurança e Defesa, permite que a Austrália possa construir, pela primeira vez, submarinos com capacidade nuclear, com a participação de empresas norte-americanas e britânicas no processo de fabricação, avançou o Independent.

Na conferência conjunta, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e os primeiros-ministros Boris Johnson e Scott Morrison não fizeram referências diretas à China. O acordo, contudo, é visto como uma resposta norte-americana ao expansionismo de Pequim no Mar do Sul da China e das ameaças chinesas a Taiwan.

O acordo, considerado pelos especialistas como um dos mais significativos desde a Segunda Guerra Mundial, foi anunciado na quarta-feira em Washington, Londres e Camberra, tendo a iniciativa de construção da frota partido do governo australiano.

Sobre os submarinos, os EUA e a Austrália garantiram que Camberra não irá recorrer a armas nucleares ainda que estes tenham capacidade para as transportar. O país é um dos signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que visa impedir a aquisição e desenvolvimento de armas nucleares.

Apenas a China e a Índia operam submarinos com capacidade nuclear na região do Indo-Pacífico. A Índia é aliada dos australianos e os dois países realizam exercícios militares e navais juntos.

Já as relações entre a Austrália e a China estão cada vez mais tensas depois que Camberra pediu uma investigação independente sobre as origens do coronavírus e criticou a repressão chinesa em Hong Kong, o tratamento aos uigures em Xinjiang e a atuação em águas territoriais.

Por sua vez, a China estabeleceu restrições às importações australianas e ‘hackers’ ligados a Pequim foram acusados ​​de realizar ataques cibernéticos contra vários alvos na Austrália.

A Austrália torna-se, assim, no sétimo país do mundo a operar submarinos com capacidade nuclear, depois de EUA, Reino Unido, França, China, Índia e Rússia.

https://zap.aeiou.pt/australia-reino-unido-eua-pacto-china-432068

 

“Dezenas de pessoas” da comitiva de Putin infetadas com covid-19 !

O Presidente russo, Vladimir Putin, informou que dezenas de pessoas da sua comitiva testaram positivo para o coronavírus, doença que afetou mais de 7 milhões de habitantes no país.


Putin entrou em isolamento no início desta semana, após anunciar um surto entre membros da sua comitiva. “Casos de coronavírus foram detetados no meu círculo íntimo. Não apenas uma ou duas, mas várias dezenas de pessoas”, indicou o Presidente num vídeo, citado esta quinta-feira pelo Guardian.

Putin deveria estar presente na reunião da Organização do Tratado de Cooperação e Segurança (CSTO), em Dushanbe, no Tajiquistão, mas acabou por participar remotamente. Imunizado com a vacina russa Sputnik V, se encontrou esta semana com o Presidente sírio, Bashar al-Assad, e com atletas que regressaram dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio.

A Rússia tem o quinto maior número de casos de covid-19 e tem lutado para controlar as infeções, apesar do fácil acesso às vacinas. Segundo dados recentes, o país registou mais de 7 milhões de casos e 195.041 mortes por covid-19 – o mais alta na Europa -, num país cético em relação à vacinação.

Na terça-feira, cerca de 40,2 milhões dos 146 milhões de russos haviam sido totalmente vacinados, de acordo com o site Gogov. O país tem várias vacinas caseiras disponíveis gratuitamente ao público, mas não distribui nenhuma vacina de fabricação ocidental.

O país introduziu a vacinação obrigatória numa série de regiões, incluindo Moscovo, com Putin a apelar repetidamente para que a população se vacine.

As autoridades russas foram acusadas de minimizar os efeitos da pandemia e, após um primeiro bloqueio rígido em 2020, se abstiveram de introduzir novas medidas restritivas. Ao invés disso, depositou as esperanças de reduzir a pandemia nas suas quatro vacinas caseiras – Sputnik V, EpiVacCorona, CoviVac e a Sputnik Light.

https://zap.aeiou.pt/dezenas-de-pessoas-da-comitiva-de-putin-infetadas-com-covid-19-432111

 

Líder do Estado Islâmico no Grande Saara morto por forças francesas !

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta madrugada que o líder do grupo terrorista “Estado Islâmico no Grande Saara” (EIGS), Adnan Abu Walid Sahraoui, foi “neutralizado” por forças militares francesas.


“Trata-se de um novo grande sucesso no combate que conduzimos contra os grupos terroristas no Sahel”, escreveu o Presidente francês na rede social Twitter.

Na mensagem, Macron acrescentou que o país “pensa esta noite em todos os seus heróis mortos pela França no Sahel nas operações Serval e Barkhane, nas famílias enlutadas, em todos os seus feridos. O seu sacrifício não é em vão”.

O líder do EIGS “morreu após um ataque da força Barkhane”, escreveu a ministra da Defesa francesa, Florence Parly, no Twitter, saudando “um golpe decisivo” contra o grupo terrorista.

O EIGS, criado em 2015 por Adnan Abu Walid Sahraoui, tinha sido designado como “inimigo prioritário” no Sahel, na cimeira de Pau (sudoeste da França), em janeiro de 2020.

É considerado como estando por detrás da maioria dos ataques na região das “três fronteiras”, uma vasta área que abrange o Mali, Níger e Burkina Faso, entre os países mais pobres do mundo.

Em particular, reivindicou o ataque de Tongo Tongo, em outubro de 2017, no Níger, perto da fronteira maliana, uma emboscada que provocou a morte de quatro soldados norte-americanos e de outros tantos nigerinos.

A região é alvo recorrente de ataques de dois grupos jihadistas armados, o Estado Islâmico no Grande Sahara (EIGS) e o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em francês), associado à Al-Qaeda.

Pelo menos 5.100 militares franceses estiveram destacados nesta vasta região desértica, na operação Barkhane, a partir de 2014, sucedendo à operação Serval, lançada em 2013 pelo então Presidente francês François Hollande, para impedir que grupos jihadistas no norte do Mali assumissem o controlo do país.

Macron anunciou o fim da operação Barkhane no início de junho, considerando que a presença francesa “não pode substituir” os Estados da região que “decidem não assumir as suas responsabilidades” e não garantem a segurança ou os serviços públicos no seu território.

Meia centena de soldados franceses morreram nesta missão, que custa à França cerca de mil milhões de euros por ano.

Ao anunciar a redução das forças francesas no Sahel, em 10 de junho, Macron disse que a luta contra o terrorismo seria levada a cabo por forças especiais estruturadas em torno das operações Takuba e EUTM Mali, com participação francesa.

A operação Barkhane também contou com sete aviões de combate, 20 helicópteros, cinco a oito aviões de transporte estratégico, 280 veículos de combate pesados, 220 veículos ligeiros e 400 veículos logísticos, segundo o Ministério da Defesa francês.

Para além da luta contra o terrorismo, a estratégia francesa na região visava também assegurar que os países do chamado G5 Sahel (Níger, Mauritânia, Burkina Faso, Mali e Chade) conseguissem garantir a sua própria segurança de forma autónoma.

https://zap.aeiou.pt/lider-estado-islamico-morto-francesas-432016

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O “maior escritório flutuante do mundo” foi construído para resistir às alterações climáticas !


Um edifício flutuante foi construído em Roterdão, na Holanda, para resistir às alterações climáticas — se o nível da água subir, o “maior escritório flutuante do mundo” acompanhará a maré.

De acordo com o New Atlas, a construção do Escritório Flutuante de Roterdão (FOR, na sigla em inglês) foi recentemente concluída.

O edifício foi projetado para acompanhar a subida do nível da água — causado pelas alterações climáticas —, será alimentado por energia solar e pode ser facilmente reciclado quando chegar ao fim da sua vida útil.

Descrito como “o maior escritório flutuante do mundo” pela Powerhouse Company, a empresa criadora, o edifício foi recentemente inaugurado pelo Rei Willem-Alexander dos Países Baixos, ao lado do antigo Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon e da diretora administrativa da Fundo Monetário Internacional.

O escritório, que fica no porto de Rijnhaven, em Roterdão, servirá de sede para o Centro Global de Adaptação, acolhe o banco ABN Amro, a RED Company, a própria empresa de design Powerhouse e ainda um restaurante. O projeto faz parte de um esforço de reabilitação na área.

O FOR tem 3.606 metros quadrados, é feito de madeira pré-fabricada e repousa em cima de 15 pontões de betão feitos à medida que são ancorados juntos para criar uma base flutuante sólida. É composto por três andares, uma grande área de terraço e um telhado verde.

Toda a energia necessária para o edifício provém de uma matriz de painéis solares de 800 metros quadrados, e a água do porto é usada para dissipar o calor e para ajudar a fornecer aquecimento e arrefecimento eficientes.

O edifício inovador estará no porto de Rijnhaven até 2031. Depois será transferido para outro local ou poderá acolher outros inquilinos.

“Desenvolvemos o nosso escritório flutuante para refletir os valores dos seus residentes: o Centro Global sobre Adaptação”, explicou a Powerhouse Company.

“Esta organização não governamental com sede em Roterdão, presidida por Ban Ki-moon, visa promover o planeamento, o investimento e a tecnologia para mitigar as alterações climáticas. O edifício neutro em carbono foi concebido para ser resistente ao clima e flutuará se o nível do mar subir devido às alterações climáticas. O nosso escritório resistente ao clima é tanto uma ilustração da missão do centro como um exemplo de como construir estruturas flutuantes sustentáveis”, concluem.

https://zap.aeiou.pt/maior-escritorio-flutuante-do-mundo-431503

 

 

Remodelação no Reino Unido - Johnson demite ministros da Educação, Justiça e Habitação !

Os ministros da Educação, Habitação e Justiça foram hoje demitidos do Governo britânico no âmbito da remodelação que o primeiro-ministro, Boris Johnson, iniciou, na sequência de várias crises, como a da pandemia ou a da retirada do Afeganistão.


O ministro da Educação, Gavin Williamson, foi, sem surpresas, o primeiro a confirmar a saída, afirmando ter sido “um privilégio servir como Ministro de Educação desde 2019”. “Apesar dos desafios da pandemia mundial, estou particularmente orgulhoso das reformas transformacionais que conduzi”, escreveu na rede social Twitter.

Bastante criticado pela forma como geriu o cancelamento dos exames do ensino secundário e o encerramento das escolas durante a pandemia covid-19, era um dos que mais tinha a continuidade em causa.

A “ministra sombra” do Partido Trabalhista, na oposição, Kate Green, disse que Williamson deixa um legado de “dois anos de caos nos exames e funcionários abandonados, sem apoio e desmoralizados”.

Também demitidos foram o ministro da Justiça, Robert Buckland, e o ministro da Habitação, Robert Jenrick.

Dominic Raab, que tem estado sob pressão desde que foi conhecido que continuou as férias na Grécia durante o pico da crise de retirada britânica do Afeganistão, perdeu a pasta do Ministério dos Negócios Estrangeiros, passando para a Justiça.

Designado por Johnson para o substituir na chefia do Governo enquanto esteve hospitalizado, em abril passado, Raab passa agora a ter o título oficial de vice-primeiro-ministro.

Para o seu lugar passa a atual ministra do Comércio Internacional, Liz Truss, que se tem destacado na negociação de acordos pós-Brexit, pelo que a transferência é considerada pelos analistas como uma promoção.

O secretário de Estado do Conselho de Ministros, Michael Gove, considerado um dos mais eficazes no executivo, passa a ser responsável pelo pelouro da Habitação.

Gove é um dos ministros mais experientes do Governo, tendo no passado liderado as pastas da Educação, Ambiente e Justiça, pelo que acumulará com as missões de concretizar o “nivelamento do país”, uma das promessas de Johnson, e de manter as relações com as províncias da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Intocáveis parecem ser a ministra do Interior, Priti Patel, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, duas figuras populares na ala direita do Partido Conservador.

Apesar de ter sido acusada e considerada culpada de intimidar funcionários públicos e criticada por não conseguir controlar as travessias de imigrantes ilegais do Canal da Mancha, Patel mantém-se nas funções que ocupa desde 2019.

Sunak, cuja popularidade subiu durante a pandemia devido às medidas de apoio à economia e trabalhadores, tornando-se um potencial sucessor de Johnson, continua responsável pelo orçamento e política fiscal.

Após semanas de especulação sobre a iminência de uma remodelação governamental, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, iniciou hoje uma renovação dos seus ministros e membros do executivo.

A última remodelação governamental teve lugar em fevereiro do ano passado, depois de o Reino Unido sair formalmente da União Europeia (UE), mas, mesmo nessa altura, Boris Johnson manteve a maioria dos ministros em funções desde 2019 nos seus lugares.

Fonte do Governo disse à BBC que a remodelação pretende formar “uma equipa forte e unida” focada na recuperação da pandemia e “na união e nivelamento de todo o país”.

A reconfiguração da equipa começou esta tarde, após o debate semanal do primeiro-ministro na Câmara dos Comuns com os deputados, e deverá prolongar-se nos próximos dias.

Na semana passada, o líder do Partido Conservador negou que uma mexida no executivo fosse prioritária, tendo respondido aos jornalistas que “a população do país está focada na recuperação da [pandemia] de covid-19”.

Na imprensa britânica, vários comentadores referiram que a hesitação se deve, sobretudo, a uma questão de caráter de Johnson.

“Um dos piores defeitos de um primeiro-ministro é a necessidade de ser apreciado e Boris Johnson tem isso em excesso. Ele fica chocado quando é confrontado por alguém que pensa que ele não é mais do que um adorável monte de diversão. É por isso que odeia remodelações. Significa que tem de fazer inimigos”, explicou Iain Dale, no jornal Daily Telegraph.

https://zap.aeiou.pt/remodelacao-reino-unido-johnson-demite-ministros-educacao-justica-habitacao-431878

 

Porque morrem tantos americanos ?

Nos últimos 30 anos a esperança média de vida nos Estados Unidos da América não acompanhou as melhorias verificadas na Europa.


“A América tem um problema relacionado com a morte“. Assim começa uma análise, em espécie de alerta, de Derek Thompson, na revista The Atlantic.

O artigo centra-se nos números dos últimos 30 anos nos Estados Unidos da América – e não nos novos registos que o coronavírus trouxe.

A esperança média de vida nos EUA, que até 1990 era muito semelhante a outros países mais desenvolvidos como Alemanha, Reino Unido e França, desceu muito nas últimas três décadas.

Um estudo publicado já em setembro, do National Bureau of Economic Research que contou com colaboração de duas investigadoras da Universidade de Coimbra, centrou-se na desigualdade entre brancos e negros, na mortalidade de cidadãos que habitam nos Estados Unidos da América; mas mostra também que, no geral, estão a morrer mais americanos do que europeus (dos países desenvolvidos).

Bebés, adolescentes, adultos… Em qualquer idade, a percentagem de óbitos é maior nos EUA. E assim a esperança média de vida foi descendo.

Nesta comparação com a Europa Ocidental surge Portugal, ao lado de Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Dinamarca e Suíça: em todos estes países a esperança média de vida ultrapassa os 80 anos. Nos EUA nunca passou dos 79 anos e agora desceu para aproximadamente 77 anos, não tendo acompanhado a subida da média dos países europeus.

Hannes Schwandt, professor da Northwestern University, sublinha que estes números podem fazer que as pessoas façam as perguntas certas mas não apontam a causa para esta diferença entre americanos e europeus.

O autor do artigo deixa hipóteses: nos EUA há mais homicídios causados por armas de fogo (porque os americanos têm mais armas do que os cidadãos de outros países), porque há mais acidentes de viação, mais falecimentos relacionados com doenças infecciosas e há mais complicações em mulheres grávidas.

Mas, como já foi mencionado, o estudo centra-se nas desigualdades. E aí há três aspectos evidentes.

Nos EUA quem vive num local pobre “arrisca-se” a morrer mais cedo, ao contrário do que acontece na Europa, onde há uma grande equidade entre as zonas mais ricas e mais pobres, no que diz respeito à mortalidade. Nos EUA a pobreza é maior e as consequências provenientes da pobreza também.

No outro extremo, entre as pessoas mais ricas, também morrem mais norte-americanos. “Mostra que algo está mal no sistema de saúde dos Estados Unidos”, avisa Hannes Schwandt.

A terceira conclusão: ainda há muito para aprender, entre os próprios norte-americanos. E também ainda há muito para compreender, na totalidade, a origem desta descida.

https://zap.aeiou.pt/porque-morrem-tantos-americanos-431884

 

Já pode comprar ações de obras de arte como se fosse a bolsa de valores !

Já é possível comprar ações de obras de arte como se da bolsa de valores se tratasse. A plataforma Masterworks está a tentar trazer a arte das elites para todos.


No outono de 2018, uma obra de Banksy, “Love is in the Bin (“O Amor Está no Lixo” em português), foi vendida por 1,2 milhões de euros.

Agora, o comprador original colocou a obra à venda e espera-se que ela valha mais de 4 milhões de euros — o que equivaleria a um retorno de mais de 250% sobre o investimento original.

E se, em vez de o mercado de arte ser apenas para as elites, as pessoas comuns pudessem comprar ações de uma peça de arte cara e vendê-las como bem entendessem? É precisamente isso que uma nova plataforma, Masterworks, procura fazer.

Os fundos de investimento em arte existem há mais de um século. A Masterworks, no entanto, deu um nova ar a uma velha prática, na medida em que a plataforma permite que indivíduos comprem ações de obras de arte específicas por 20 dólares.

Os investidores podem então vender essas ações num mercado secundário fácil de usar ou esperar até que a Masterworks venda a peça.

Para aqueles que pensam em comprar arte apenas para fins de investimento, é importante entender como é que os fundos de investimento em arte têm funcionado tradicionalmente e se os especialistas acreditam que é um bom investimento.

Um dos primeiros fundos de investimento em arte chamava-se La Peau de l’Ours (A Pele do Urso), que estava sediado em França durante o início do século XX.

O nome vem de uma fábula francesa que contém o aforismo “nunca venda a pele do urso antes de matá-lo” e faz alusão ao facto que investir em arte pode ser um empreendimento arriscado.

Parcialmente pretendido como um meio de apoiar artistas pós-impressionistas emergentes, como Picasso, Matisse e Gauguin, o fundo era administrado como um sindicato no qual um pequeno número de parceiros contribuía com quantias idênticas para comprar uma coleção de pinturas.

O empresário, crítico de arte e colecionador Andre Level administrou o fundo e organizou a venda das pinturas. Depois de as pinturas serem vendidas, ele recebia 20% do preço de venda pelo seu trabalho. Os artistas recebiam 20% dos lucros do fundo além do dinheiro que recebiam da venda original. Os investidores recebiam o restante em proporções iguais.

Este conceito — devolver uma proporção do preço de venda ao artista — é conhecido como droit de suite, ou direito de revenda do artista. Versões disto são agora lei na maior parte do mundo ocidental, exceto nos Estados Unidos.

Este primeiro fundo de arte foi um sucesso. Gerou procura por novas obras de arte e apoiou artistas impressionistas e modernos inovadores, ao mesmo tempo que proporcionou um retorno considerável aos investidores originais.

Há fundos de arte que ainda estão em operação, como o Anthea e o The Fine Art Group, e, é claro, bancos e leiloeiras há muito descrevem o investimento em arte como uma estratégia de diversificação adequada para os ricos.

A teoria económica sugere que, por definição, investir em arte pode fornecer retornos menores do que investir em ações. Isto porque é considerado um investimento de paixão. Assim como investir em joias ou moedas, parte do retorno do investimento em arte deve ser o gozo intrínseco dos próprios objetos. O retorno total consiste no retorno monetário e no gozo da propriedade.

Como as ações não fornecem, para a maioria das pessoas, esse valor de gozo, o retorno monetário do investimento nesses instrumentos financeiros deveria, em tese, ser maior do que o retorno monetário do investimento em arte. Mas é importante analisar os números.

Em 1986, o economista William Baumol estimou os retornos de longo prazo ajustados pela inflação para investir em arte, ao longo de um período de 300 anos, em apenas 0,6%.

Desde então, alguns investigadores estimaram retornos mais elevados. Por exemplo, o trabalho do professor de finanças de Yale, Will Goetzmann, e dos economistas Jiangping Mei e Mike Moses, encontrou retornos ajustados pela inflação de 2% em 250 anos e 4,9% em 125 anos, respetivamente. Os retornos estimados variam com base no período de tempo, amostra e metodologia.

Arte para todos?

A Masterworks, no entanto, é um pouco diferente dos fundos de arte tradicionais discutidos acima. Os investidores estão a comprar ações de uma única obra de arte, em vez de investir num fundo que inclui várias obras.

O preço de entrada é muito mais baixo e, enquanto houver compradores dispostos a compartilhar a obra de arte, os investidores não ficarão presos ao fundo por um determinado período de tempo. Os investidores podem obter retorno apenas vendendo ações que sobem de valor, sem esperar que a própria obra de arte seja vendida.

Mas, como os fundos de arte tradicionais, os investidores em ações de arte vendidas pela Masterworks ganham dinheiro se o preço das suas obras de arte subir, e perdem o seu dinheiro se ele cair.

O formato da Masterworks provavelmente vai atrair uma geração mais jovem de investidores, muitos dos quais podem ter começado a investir pequenas quantias através de aplicações como a Robinhood.

https://zap.aeiou.pt/ja-pode-comprar-acoes-obras-de-arte-431533

 

“Vamos lutar até aos portões do inferno”: Plano de vacina obrigatória de Biden suscita críticas e processos !

O anúncio do plano de vacinação Joe Biden suscitou aplausos do lado Democrata, mas muitas críticas de governadores Republicanos, que estão a processar a administração norte-americana.


Ainda não passou uma semana desde o anúncio, mas o plano de vacinação de Joe Biden não tardou a suscitar dúvidas e críticas por parte de adversários políticos e sindicatos.

O plano afecta 100 milhões de americanos e obriga os funcionários públicos a serem vacinados para poderem trabalhar. Já as empresas com mais de 100 funcionários têm de garantir que os trabalhadores estão vacinados ou então sujeitá-los a testes semanais. Os profissionais de saúde e educadores de empresas que recebam fundos federais também têm de se imunizar.

As medidas surgiram para pressionar a população a vacinar-se depois do grande aumento de casos que os EUA têm registado nas últimas semanas devido à variante Delta, dado que cerca de 80 milhões de norte-americanos continuavam sem se vacinar. Vários especialistas aplaudiram a medida, como Georges Benjamin, director executivo da Associação de Saúde Pública Americana, que considera que só peca por tardia.

No entanto, o plano não demorou a levantar críticas no Partido Republicano. Um dos opositores foi Asa Hutchinson, governador Republicano do Arkansas, que afirmou que o pacote de medidas “endurece a resistência” daqueles que se recusam a ser vacinados.

“Temos de ultrapassar a resistência. Este é um vírus muito sério e mortal e estamos todos juntos a tentar aumentar a vacinação na população. O problema é que estou a tentar ultrapassar a resistência, mas as acções do Presidente endurecem-na”, afirmou à NBC.

No estado do Arizona, tanto o governador como o procurador-geral também deixaram críticas à Casa Branca. “Aquilo que a administração Biden está a fazer é ultrapassar os poderes do governo, pura e simplesmente. Quantos negócios vão perder funcionários? Quantas escolas vão fechar? Quantas empresas vão ser multadas?“, questionou Doug Ducey, governador Republicano, que acredita que o plano não se vai segurar em tribunal.

O procurador-geral do estado, Mark Brnovich, também do Partido Republicano, caracteriza as medidas como “um passo devastador no caminho até à nacionalização dos nossos sistemas de saúde e da força de trabalho privada e uma grande erosão das nossas liberdades individuais.

Brnovich prometeu também avançar com um processo contra a administração Biden, e cumpriu a promessa. A cidade de Tucson, controlada por Democratas, avançou com a vacinação obrigatória dos funcionários públicos, mas Brnovich já afirmou que a medida é ilegal e que a cidade tem 30 dias para voltar atrás ou arriscar-se a perder milhões de dólares de financiamento estadual.

Os líderes de outros estados como o Texas, Georgia, Montana, Tennessee usaram argumentos semelhantes, com o governador Henry McMaster, da Carolina do Sul, a prometer que vai “lutar até aos portões do inferno” contra os Democratas para “proteger a liberdade” da população.

No Indiana, o governador Republicano Eric Holcomb enfatizou o seu apoio à vacinação, mas defende que não é da responsabilidade do governo obrigar a população a imunizar-se. O procurador-geral Todd Rokita disse que está a preparar uma acção legal.

“A minha equipa e outros procuradores-gerais que concordam estão a rever a acção legal para lutarmos contra estas medidas autoritárias da administração Biden. Estamos preparados para processar se Biden continuar com estas restricções ilegais na liberdade dos Hoosiers”, ameaçou Rokita.

No Congresso, o líder na minoria Republicana na Câmara dos Representantes foi curto e grosso, escrevendo no Twitter: “NÃO À VACINA OBRIGATÓRIA“. Já a congressista Elise Stefanik condenou o pacote de medidas como “autoritário” e a obra de “um governo com sede de poder”, enquanto que o representante Jim Banks disse que a vacina obrigatória é “não-americana”.

O Comité Nacional Republicano revelou também que vai processar a administração Biden quando as medidas entrarem em vigor para proteger os pequenos negócios que não têm capacidade de lutar contra o governo.

Ronna McDaniel, presidente do Comité, afirma que Biden mentiu quando “prometeu aos Americanos quando foi eleito que não ia impor a vacina”, referindo-se à posição da Casa Branca em Julho, quando a porta-voz afirmou que a obrigatoriedade da vacina “não é da responsabilidade do governo federal”.

A retórica dos políticos está também a preocupar as autoridades de saúde, já que não estão a especificar ser contra a vacinação obrigatória só neste caso, o que pode colocar em causa medidas semelhantes na imunização contra outras doenças como o sarampo, escreve o The Washington Post.

“Estejam à vontade”

Entretanto, Joe Biden respondeu às críticas dos adversários políticos e aos processos abertos contra o pacote de medidas. “Estejam à vontade“, disse o Presidente dos Estados Unidos durante uma visita a uma escola em Washington quando questionado pelos jornalistas.

“Estamos a agir a sério aqui, isto não é um jogo. E não conheço nenhum cientista neste campo que não ache que faça um sentido considerável as seis medidas que propus”, acrescentou Joe Biden.

Sobre as críticas dos Republicanos, o chefe de Estado mostra-se desapontado. “Estão tão desiludido que, alguns governadores Republicanos em particular, tenham sido tão descuidados com a saúde destas crianças, tão descuidados com a saúde das suas comunidades”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/lutar-portoes-inferno-vacina-obrigatoria-suscita-criticas-processos-431797

 

“Foi um grande erro”: Morte de 1400 golfinhos num dia nas Ilhas Faroé criticada até por adeptos da caça !

Quase 1500 golfinhos foram mortos no domingo na caça tradicional das Ilhas Faroé, o que motivou críticas até entre os defensores do ritual. Activistas que defendem o fim da caça afirmam que este foi o maior massacre na história do território autónomo da Dinamarca.


É uma tradição já com centenas de anos nas Ilhas Faroé, um território autónomo que pertence à Dinamarca, mas não deixa de causar revolta anualmente. Segundo avança a BBC, 1400 golfinhos de faces brancas foram capturados e mortos no último domingo, o que está a gerar polémica na região.

O território captura todos os anos 600 baleias em média, segundo os dados do governo, sendo estes valores bem mais baixos no caso dos golfinhos – 35 em 2020 e apenas 10 em 2019. Mas a recente captura de 1400 golfinhos num só dia foi considerada excessiva e deixou um enorme rasto de sangue no mar, a que centenas de pessoas assistiram na praia.

O grupo de quase 15000 golfinhos foi atraído até às aguas rasas na praia de Skálabotnur na ilha de Eysturoy e foi morto durante horas. As carcaças foram depois distribuídas pela população para consumo.

No entanto, um local revelou ao jornal dinamarquês Ekstra Bladet que seria impossível a população comer toda a carne. “A minha suposição é que a maioria dos golfinhos vão ser atirados ao lixo ou a um buraco no chão. Devíamos ter quotas por distrito e não devíamos matar golfinhos”, revelou.

Foi um grande erro. Quando o grupo foi encontrado, estimavam que fossem apenas 200 golfinhos. Alguém devia ter sabido melhor. A maioria das pessoas está em choque com o que aconteceu”, afirma o presidente da Associação de Baleeiros das Ilhas Faroé, Ólavur Sjúrðarberg, que realça que a caça foi autorizada e que nenhuma lei foi infrigida.

Até pessoas que normalmente defendem a caça como uma parte da sua cultura se mostraram revoltadas com a situação. “Fico com nojo ao ver este tipo de coisas“, afirmou um comentador na página de Facebook de uma estação de televisão local, citado pelo The Guardian.

“Tenho vergonha de ser faroês”, disse outro comentador, que descreveu o massacre como “completamente terrível”. Já o antigo presidente de uma associação que defende a caça, Hans Jacob Hermansen, afirma que o que se passou “destrói todo o trabalho que tem feito” para preservar a tradição nas Ilhas.

O deputado dinarmarquês das Ilhas Faroé, Sjurdur Skaale, visitou a praia na segunda-feira para falar com os habitantes e considera que o ritual é “legal, mas não é popular” e que as pessoas “ficaram furiosas e em choque” com a escala do massacre. No entanto, o político acredita que a caça pode continuar a ser feita.

“Do ponto de vista do bem-estar animal, é uma boa maneira de providenciar carne – e muito melhor do que manter vacas e porcos presos”, defendeu Sjurdur Skaale.

Já a Sea Shepherd, um grupo que defende o fim da caça, afirma que as mortes de domingo foram “o maior massacre de golfinhos ou baleias-piloto na história das Ilhas“.

Alex Conelissen, capitão e chefe global da Sea Shepherd, considera “absolutamente horrível” ver um ataque à natureza desta escala durante uma pandemia.

Um biólogo marinho das Ilhas Faroé, Bjarni Mikkelsen, comparou a escala da caça deste domingo à da de outros anos. O recorde anterior tinha sido em 1940, com 1200 animais mortos, seguindo-se 1879, com 900 e 1873, quando foram capturados 856 mamíferos.

https://zap.aeiou.pt/morte-1400-golfinhos-num-dia-ilhas-faroe-revolta-431814

 

Teorias da ‘Síndrome de Havana’ “violam as leis da física”, dizem cientistas cubanos !

Cuba divulgou um relatório, o mais detalhado até à data, no qual cientistas locais criticam as alegações de que diplomatas norte-americanos e canadianos foram submetidos a ataques misteriosos quando estavam destacados no país.


O relatório, desenvolvido por um painel de 20 membros da Academia de Ciências de Cuba – incluindo neurocientistas, físicos, psicólogos e otorrinologistas -, analisou a variedade de sintomas relatados, verificando se poderia se tratar de uma única síndrome, indicando que algumas das explicações violavam as leis básicas da física, noticiou o Guardian.

Os especialistas reconheceram, contudo, que não foram capazes de examinar muitas das evidências citadas por investigadores norte-americanos.

Mais de duas dúzias de funcionários das embaixadas norte-americanas e canadianas em Havana relataram ter adoecido entre 2016 e 2017, levando funcionários dos Estados Unidos (EUA) a afirmarem que foram vítimas de “ataques sónicos” e ao encerramento da maioria das operações. Em 2017, o Canadá também reduziu o pessoal diplomático no país.

Investigadores de ambos os países não conseguiram concluir o que pode ter causado as doenças, mesmo com casos semelhantes relatados desde então na Alemanha, Áustria, Rússia, China e EUA. Alguns dos afetados disseram ter ouvido um som alto e penetrante e sentido uma pressão intensa no rosto, acompanhada de dores, náuseas e tonturas.

O relatório, publicado na segunda-feira, referiu que os próprios cientistas norte-americanos rejeitaram muitas das explicações sugeridas e disseram que várias das doenças podem ter sido causadas por condições pré-existentes ou por problemas que ocorrem normalmente em qualquer população.

Um relatório da Academia Nacional de Ciências dos EUA, divulgado em dezembro de 2020, concluiu que a “energia de radiofrequência pulsada e dirigida parece ser a explicação mais plausível” para as doenças entre os diplomatas norte-americanos. O estudo não identificou uma fonte para a energia.

O relatório cubano considerou essa conclusão “intrigante porque o relatório não cita nenhuma evidência direta do envolvimento da [radiofrequência] nos eventos em Havana ou em qualquer outro lugar”.

“Nenhuma forma conhecida de energia pode causar danos cerebrais [com precisão semelhante à de um laser] nas condições descritas para os supostos incidentes em Havana”, referiu.

A única explicação que não pode ser descartada, sugeriram os especialistas, é a possibilidade de o psicológico dos diplomatas ter originado os sintomas físicos.

https://zap.aeiou.pt/teorias-sindrome-havana-leis-fisica-cientistas-cubanos-431763

 

Bill Gates diz que não estamos prontos para a próxima pandemia !

Um novo relatório da Fundação Bill e Melinda Gates referiu que as nações não estão a fazer o suficiente para se prepararem para a próxima pandemia, desafiando os países a investir a longo prazo em sistemas de saúde.


No documento, citado pelo Independent, a fundação apelou à redução do preço das vacinas e das desigualdades de recursos entre nações de alta e baixa receita.

“Parece óbvio que num mundo globalizado, onde pessoas e bens se movem constantemente através das fronteiras, é insuficiente os países ricos serem os únicos com equipamento e recursos para sequenciar vírus”, apontou o relatório.

As ferramentas para acabar com a pandemia, continuou, são semelhantes às utilizadas no combate a outras doenças infeciosas, como a malária e a poliomielite: “o uso de testes generalizados e, quando possível, tratamento rápido e eficaz e imunização”.

A fundação classificou a desigualdade de vacinação entre as nações um “ultraje moral profundo”. Menos de 1% das doses da vacina foram administradas em países de baixa receita, em comparação com 80% em países de alta e média alta receita.

Na Califórnia, nos Estados Unidos, foram administradas 42 milhões de doses da vacina contra o coronavírus, em comparação com 48 milhões de doses em todo continente africano. A população de África é 30 vezes maior que a da Califórnia.

https://zap.aeiou.pt/bill-gates-prontos-proxima-pandemia-431735

 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Parlamento Europeu apela ao reconhecimento das uniões homossexuais em toda a União Europeia !

Os eurodeputados querem que os casais homossexuais e as suas famílias sejam tratadas de forma igual em todos os estados-membros.


Os eurodeputados exigiram esta quarta-feira que os casais homossexuais beneficiem dos mesmos direitos dos restantes em toda a União Europeia (UE), nomeadamente em termos da liberdade de circulação e de reagrupamento familiar.

“Os casamentos ou parcerias registados num Estado-membro devem ser reconhecidos em todos os outros de modo uniforme e os cônjuges e parceiros do mesmo sexo devem ser tratados da mesma forma que os seus homólogos de sexo oposto”, pediram os deputados europeus num texto não vinculativo, aprovado por 387 votos – com 161 votos contra e 123 abstenções – durante uma sessão plenária em Estrasburgo.

Os eurodeputados pretendem também que “as famílias arco-íris beneficiem dos mesmos direitos de reagrupamento familiar que os casais de sexo oposto e respetivas famílias” e que sejam “tratadas da mesma forma em toda a UE”.

Segundo um estudo encomendado pelo Parlamento Europeu em março de 2021, seis Estados-membros não reconhecem um cônjuge do mesmo sexo vindo de um outro Estado-membro para a concessão de uma autorização de residência e em 11 países não é aceite que os pais legais de uma criança possam ser duas mulheres ou dois homens, o que significa que a filiação dos dois progenitores não é reconhecida para as famílias homossexuais mesmo que provenientes de outro Estado-membro.

No texto votado, os deputados europeus apontam os casos da Roménia, Polónia e Hungria. Bucareste por não ter transposto para a sua legislação um acórdão do Tribunal de Justiça Europeu sobre a livre circulação dos cônjuges do mesmo sexo e Varsóvia e Budapeste pela “discriminação enfrentada pelas comunidades LGBT+”.

“O Parlamento pede à UE que tome medidas adicionais (processos por infração, recursos judiciais e sanções que afetam os fundos europeus) contra estes países”, adianta.

https://zap.aeiou.pt/parlamento-europeu-reconhecimento-unioes-homossexuais-431485

 

Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos no Mar do Japão !

A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos não identificados no Mar do Japão, informou o Chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).


A Coreia do Norte disparou esta quarta-feira dois mísseis balísticos não identificados no Mar do Japão (que as duas Coreias designam por Mar Oriental), informou o Chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

“A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos não identificados para o Mar Oriental a partir da região central do país, depois do meio-dia de 15 de setembro”, disse o JCS, em comunicado, citado pela agência EFE.

A última vez que o regime de Pyongyang disparou um míssil balístico foi no final de março, quando testou o que parecia ser uma versão do seu projétil KN-23, capaz de realizar trajetórias muito difíceis de intercetar.

O lançamento de hoje também foi detetado pela Guarda Costeira japonesa, que indicou que os mísseis aterraram fora da zona económica exclusiva do Japão (ZEE). A Guarda Costeira japonesa notificou o lançamento por volta das 13:38 (05:38 em Lisboa), informou o Ministério da Defesa, de acordo com a emissora pública japonesa NHK.

Segundo a mesma fonte, nenhum navio ou avião comunicou danos devido aos lançamentos norte-coreanos.

De acordo com a Associated Press, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse que os mísseis aterraram fora da ZEE japonesa, nas águas entre o noroeste do Japão e a Península Coreana.

“Os disparos ameaçam a paz e a segurança do Japão e da região e são absolutamente escandalosos”, disse Suga. “O Governo do Japão está determinado em intensificar a vigilância para estar preparado para qualquer contingência”, acrescentou.

O lançamento surge depois de o regime da Coreia do Norte ter afirmado que testou um novo tipo de míssil de cruzeiro de longo alcance, durante o fim de semana.

A escalada no armamento ocorre numa altura em que o diálogo sobre a desnuclearização continua bloqueado, após o fracasso da cimeira de Hanói, em 2019, durante a qual os EUA consideraram que a proposta de desarmamento da Coreia do Norte era insuficiente e se recusaram a levantar as sanções ao país.

O Governo norte-americano insistiu nos últimos meses em encontrar-se com dirigentes da Coreia do Norte, sem condições prévias, para tentar reavivar as conversações, mas até agora não obteve resposta de Pyongyang.

Várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU proíbem a Coreia do Norte de prosseguir os seis programas de armamento nuclear e de mísseis balísticos.

Apesar de atingido por múltiplas sanções internacionais, o país reforçou nos últimos anos as capacidades militares, sob a liderança de Kim Jong-un. A Coreia do Norte procedeu a diversos ensaios nucleares e testou com sucesso mísseis balísticos, capazes de atingirem os Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/coreia-norte-disparou-dois-misseis-431613

 

Com foco na sustentabilidade, Apple anuncia iPhone 13 !

Os fãs da Apple conheceram ontem as novidades da marca para a próxima temporada. O evento de terça-feira é a iniciativa anual mais importante para a tecnológica norte-americana. Foram apresentados novos iPhones.

O evento ficou marcado pela apresentação de quatro novos telemóveis – com melhores câmaras e baterias com mais capacidade – dois novos tablets, um relógio com algoritmos mais minuciosos e uma aplicação para fazer exercício com outros donos de produtos da Apple. O evento foi transmitido em directo de Cupertino, na Califórnia.

A grande novidade deste ano – além do grande destaque no tema da privacidade – são os esforços para que a marca se torne mais amiga do ambiente, destaca o Público.

Quase todos os produtos foram feitos com algum tipo de material reciclável. Por exemplo,  as antenas do iPhone 13, foram criadas com antigas garrafas de água de plástico. E os novos iPads são feitos de alumínio reciclado. Todos os telemóveis são compatíveis com as novas redes 5G.

Os novos iPhones – o iPhone 13 (929 euros) e o iPhone 13 Mini (829 euros) – vêm com uma câmara frontal e duas câmaras traseiras, organizadas na diagonal, com 12 megapixels. Através do “Cinematic Mode” o telemóvel é ainda capaz de seguir pessoas num vídeo sem as deixar ficar desfocadas.

Estas são as caraterísticas que ambos têm em comum, mas também há diferenças: o iPhone 13 tem 6,1 polegadas e vem com uma bateria que permite ver vídeos online, em streaming, durante 15 horas. Já o iPhone 13 tem 5,4 polegadas e aguenta 13 horas de streaming.

Por sua vez, os novos iPhone Pro (a partir de 1179 euros) têm uma banda de aço inoxidável nas laterais e estão disponíveis em dois tamanhos – 6,1 polegadas no Pro e 6,7 polegadas no Pro Max -, possuem três câmaras traseiras com 12 megapixels, e uma frontal com 12 megapixels. O ecrã tem 120Hz, o que na prática quer dizer que atualiza 120 vezes por segundo, sendo ideal para videojogos.

Para os amantes de desporto é de realçar que o serviço de exercício físico da Apple, o Apple Fitness +, passa a permitir organizar treinos em conjunto a partir da aplicação de mensagens da marca.

Em Portugal, vai ser possível encomendar iPhones 13 a partir de sexta-feira, com entregas a começar a 24 de setembro e preços a partir de 829 euros, da versão Mini, escreve o Expresso.

No que diz respeito aos tabletes a marca continuou a sua aposta na sustentabilidade. Tanto o novo iPad (desde 399 euros) como o novo iPad Mini (569 euros) são feitos a partir de alumínio reciclado, sendo que ambos são compatíveis com as novas redes 5G. Tal como nos telemóveis, as câmaras têm 12 megapixeis.

Por fim, destacam-se os smartwatches. Os novos relógios Apple Series 7 (a partir de 309 euros), prometem ser mais resistentes e vir com um ecrã 20% maior que o Series 6. Assim, as mensagens e emails apresentados no ecrã do relógio incluem 50% mais texto e é possível responder a mensagens, diretamente no pulso, com um teclado virtual.

https://zap.aeiou.pt/apple-anuncia-iphone-13-431638

 

Livro revela que antepassados de Joe Biden possuíam escravos !

Uma investigação revelou que dois antepassados de Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, foram proprietários de três escravos.


Dois antepassados do lado paterno do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, eram proprietários de três escravos. Segundo o Russia Today, a revelação foi feita pelo genealogista Alexander Bannerman e surge no livro The Bidens: Inside the First Family’s Fifty-Year Rise to Power de Ben Schreckinger.

Depois de estudar vários anos de censos e registos que continham informações sobre escravos, Bannerman descobriu que, no censo de 1800, o trisavô de Biden, Jesse Robinett, possuía duas pessoas escravizadas no condado de Allegany.

Os registos também mostraram que o seu tetravô Thomas Randle escravizou um rapaz de 14 anos em 1850, no condado de Baltimore.

De acordo com o genealogista, é comum que os norte-americanos com raízes da era colonial no continente tenham antepassados que escravizaram pessoas. Ainda assim, para uma pessoa com ascendência colonial, os laços de Biden com a escravatura eram relativamente modestos.

“Não há muitos antepassados, não há muitos escravos”, disse Bannerman, que também descobriu uma ligação distante entre Biden e Varina Anne Banks Howell, esposa do Presidente da Confederação Jefferson Davis.

Joe Biden terá encomendado uma árvore genealógica completa a James Petty em 2004, mas nunca foi publicada. Após a morte de Petty, no ano passado, a família recusou-se a revelar qualquer informação, citando a confidencialidade do cliente.

https://zap.aeiou.pt/antepassados-joe-biden-escravos-431663

 

Reino Unido avança com terceira dose para maiores de 50 anos - Máscara pode regressar !

Boris Johnson anunciou hoje o plano de protecção do Reino Unido para o Outono e Inverno, que inclui medidas que vão entrar já em vigor e que prevê o regresso da máscara e a exigência de certificados de vacinação se os casos subirem.


O Ministro da Saúde britânico anunciou esta terça-feira que o Reino Unido vai administrar doses de reforço aos cidadãos mais vulneráveis, como parte do plano de inverno. Sajid Javid explica que a terceira dose deve ser tomada seis meses depois da segunda.

A decisão surge depois do Comité Conjunto de Vacinação e Imunização ter aconselhado dar doses de reforço aos grupos de risco. “Tal como muitas outras vacinas, há evidências que a protecção oferecida pela vacina da covid-19 reduz ao longo do tempo, nomeadamente em pessoas de idade que estão em maior risco”, justificou o Ministro.

O Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico vai já começar a administrar as doses de reforço a partir da próxima semana a profissionais de saúde, assistentes sociais, pessoas acima dos 50 anos ou jovens com problemas de saúde. “Este programa vai proteger os mais vulneráveis nos meses de inverno e fortalecer a nossa linha de defesa”, remata Javid.

Boris Johnson anunciou também o plano de inverno para o combate a pandemia, que se divide no plano A, criado para proteger o NHS da sobrecarga e promove a vacinação e os testes, e no plano B, que entrará em vigor caso o sistema de saúde esteja sob muita pressão, escreve a BBC.

O plano A inclui o apelo à vacinação, a oferta de uma única dose da vacina da Pfizer aos jovens entre 12 e 15 anos e a terceira dose para os mais vulneráveis. Aqueles que testam positivo têm de se manter em quarentena durante 10 dias e mesmo aplica-se aos adultos que não tenham sido vacinados e tenham tido contacto com um caso positivo.

As restrições às viagens vão continuar, com a exigência do teste antes de se entrar no Reino Unido e com critérios variados para a quarentena obrigatória num hotel dependendo do nível de risco do país de origem do viajante. O NHS vai receber uma injecção de 5.4 mil milhões de libras, cerca de 6.3 mil milhões de euros, avança o The Guardian.

Já o plano B abre a possibilidade de se exigirem certificados de vacinação para a entrada em discotecas e eventos em espaços fechados com 500 ou mais pessoas ou em espaços abertos com 4000 ou mais pessoas, se os casos aumentarem.

Desde 19 de Julho, o chamado “Dia da Liberdade” em que o país acabou com todas as restrições, que o teletrabalho foi deixado ao critério dos empregadores, mas o governo voltou a recomendar que se recorra ao trabalho à distância quando é possível.

Caso o plano B seja implementado, as máscaras podem também voltar em certos contextos, como transportes públicos ou em lojas. De momento, não há qualquer obrigatoriedade do uso de máscara no Reino Unido, à excepção de nos transportes públicos em Londres, por decisão do presidente da Câmara.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-avanca-com-terceira-dose-para-maiores-de-50-anos-431582

 

Uma bactéria que “come carne” está a causar mortes na Flórida !

A bactéria está mais presente na água do mar em zonas quentes e já matou 125 pessoas no estado norte-americano desde 2008.


Pelo menos oito pessoas já morreram este ano na Flórida devido a uma infecção causada pela espécie de bactéria Vibrio vulnificus, de acordo com os números oficiais. Este é o maior número de mortes registadas no estado norte-americano desde 2018, quando nove pessoas morreram com a mesma infecção, avança o IFL Science.

Os dados do Departamento de Saúde da Flórida do início de Setembro mostram que já houve 20 casos da infecção e desde 2008 que a bactéria já matou 125 pessoas. A última morte foi confirmada na sexta-feira.

A espécie de bactéria à base de água causa fasceíte necrosante, uma infecção que “come carne” e que se espalha rapidamente, causando a morte dos tecidos. A fasceíte necrosante pode causar sépsis – uma resposta do sistema imunitário que pode ser fatal. Felizmente, a infecção é rara.

A Vibrio vulnificus é parente da cólera, já que ambas são infecções gastrointestinais associadas a frutos do mar mal cozinhados, conhecidas como Vibrio genus.

V. vulnificus é normalmente encontrada em águas marinas quentes, como é o caso da Flórida, e podem também causar infecções perigosas quando entram em contacto com feridas abertas.

Este contacto com os ferimentos é fatal em uma em cada cinco pessoas e quando entra no sangue, a taxa de mortalidade da infecção salta para metade. Os sintomas incluem febre, calafrios, pressão sanguínea baixa, lesões na pele, vermelhidão, inchaço e dor.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças recomenda evitar a água salgada ou salobra quando se tem uma ferida ou uma cirurgia ou tatuagem recentes. A cobertura de feridas também é aconselhada quando se está a mexer em frutos do mar crus ou mal cozinhados e deve-se lavar as feridas com água e sabão caso haja contacto.

https://zap.aeiou.pt/bacteria-come-carne-florida-431535

 

Siemens vai criar comboio de alta velocidade que ligará Mar Vermelho e Mediterrâneo !

Um consórcio liderado pela multinacional alemã Siemens estabeleceu um contrato de 4,5 mil milhões de euros para construir uma linha ferroviária de alta velocidade que ligue Ain Sukhna, no Canal de Suez, a Alexandria e a Marsa Matruh, ou seja, o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo.


De acordo com o Spiegel, além de uma série de questões sociais e económicas, o Egito enfrenta há muito problemas nos transportes, com os autocarros de pequena dimensão sobrelotados, o trânsito caótico e as fracas estruturas e ferrovias. Os automóveis, as locomotivas e as tecnologias de sinalização desatualizadas completam o cenário.

Segundo o artigo, este projeto ficará concluído em 2027, sendo posteriormente estendido até Luxor e a cidade de Hurghada. A iniciativa proporcionará estímulo económico e criará empregos para cerca de 15.000 pessoas no Egito numa primeira fase, informou a Siemens. Duas empresas egípcias foram contratadas para a construção da rota.

A construção da ferrovia também criará empregos na Alemanha. A Siemens produzirá comboios de alta velocidade Velaro, em Krefeld, locomotivas para carga e transporte regional, em Munique, e tecnologia de sinalização, em Braunschweig.

Esta iniciativa é uma reminiscência de projetos de infraestrutura que empresas alemãs construíram na região durante as décadas de 1960 e 1970. Na época, Alemanha, França e outros países investiram em nações em desenvolvimento e emergentes, tendência que começou a diminuir na virada do milénio.

https://zap.aeiou.pt/siemens-comboio-alta-velocidade-mar-vermelho-mediterraneo-431436

 

Escola japonesa verifica a roupa interior dos alunos – e quem não cumprir as regras é punido !

Uma escola japonesa ficou no centro de uma polémica depois de ter vindo a público que obrigava os seus alunos a mostrar a roupa íntima. O diretor já fez um pedido de desculpas.


Os alunos do primeiro ano do ensino secundário da escola Yamato, na província de Saga, iniciaram as aulas na semana passada – e com direito a uma prática considerada invasiva.

Os estudantes foram convidados a fazer uma fila para que a sua roupa interior fosse verificada antes de entrarem na escola. A ideia é que os alunos levantem a camisa alguns centímetros para que os professores do mesmo sexo possam confirmar se estes estão a usar uma camisola interior.

Segundo a VICE, a prática é comum em escolas públicas japonesas de todo o país. Porém, os alunos e os pais têm mostrado cada vez mais indignação perante esta e outras regras que os jovens têm de cumprir. Este conjunto de regulamentações são conhecidas como buraku kosoku.

Durante os anos 70 e 80, as regras buraku kosoku foram introduzidas para conter os casos de violência e bullying estudantis. As normas podem ditar o comprimento do cabelo dos alunos, a cor das meias, da roupa íntima e o comprimento do uniforme. As explicações para estas regras podem variar, desde o respeito à tradição até às preocupações com a saúde dos alunos – como é o caso da escola de Yamato.

Na passada sexta-feira, o tema ganhou algum destaque nas redes sociais e em alguns meios de comunicação, sendo que a medida acabou por ser duramente criticada por invadir a privacidade dos alunos.

Neste sentido, Kenji Koga, diretor da escola em questão, acabou por fazer um pedido de desculpas público a todos os alunos que foram sujeitos a esta prática. “Entendo que os deixamos muitos desconfortáveis. Foi inapropriado”, referiu em declarações à VICE.

Também o Conselho de Educação da cidade de Saga, onde está localizada a escola, recebeu algumas queixas após as noticias sobre o tema ganharem destaque.

“Os tutores, assim como os residentes da cidade, têm telefonado para dizer que a verificação da camisa é um exemplo de poder e assédio sexual. É um exemplo de violação dos direitos individuais dos alunos, e aconselhamos a escola a interromper esses métodos imediatamente”, destacou Katsuo Yonekura, representante do conselho em conversa com a VICE.

Depois do pedido de desculpas público, Koga garantiu que a escola suspendeu temporariamente a verificação de camisolas interiores, ainda assim, o responsável explicou que o objetivo desta prática é garantir que quando os alunos suam os seus uniformes não ficam sujos, como tal, é importante usar uma camisola interior para que estes não fiquem “pegajosos”.

O diretor referiu ainda que, por norma, os alunos do segundo e terceiro ano raramente são sujeitos a verificações, pois presume-se que já conheçam as regras vigentes. No entanto, os estudantes do primeiro ano – muitos dos quais nunca usaram uniforme antes – são mais propensos a violar as regras.

Apesar de ter havido um pedido de desculpas e um reconhecimento público de que esta prática não será a mais adequada, esta ainda não foi totalmente suspensa da escola.

Assim, embora os castigos severos sejam raros, os alunos podem ser repreendidos caso quebrem as regras.

https://zap.aeiou.pt/escola-japonesa-verifica-roupa-interior-431354

 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Merkel: Adesão dos Estados dos Balcãs à União Europeia é de “interesse estratégico” mútuo !

A chanceler alemã Angela Merkel defendeu esta segunda-feira que é do interesse estratégico da União Europeia integrar os Estados dos Balcãs e que a Sérvia e outros países da região devem fazer mais reformas democráticas para aderirem ao bloco.


“Todos nós, que já somos membros da União Europeia, devemos sempre deixar claro para nós mesmos que existe um interesse geoestratégico absoluto em realmente incluir esses países na UE”, disse Merkel em conferência de imprensa com o presidente sérvio Aleksandar Vucic, em Belgrado.

“Também há influências de outras regiões do mundo e se a União Europeia não agir rápido o suficiente … então é claro que [os países da região] serão forçados a arranjar outros parceiros”, disse Merkel.

Os Estados dos Balcãs Ocidentais – que incluem Sérvia, Bósnia, Macedónia do Norte, Albânia, Montenegro e Kosovo – procuram a adesão à UE há décadas, mas dada a falta de progressos têm vindo a encontrar outras alianças, nomeadamente na Rússia e China.

Vucic, uma ex-ultranacionalista, elogiou Merkel como uma verdadeira aliada que, durante os seus 16 anos como chanceler alemã, conseguiu “manter a paz” nos Balcãs, que viveram violentos conflitos na década de 1990. “Ela foi, sem dúvida, a verdadeira líder da Europa. Tenho medo de quem a substitua“, disse Vucic.

Merkel nunca criticou publicamente Vucic pelo que os seus opositores internos, e alguns observadores internacionais, consideram políticas antidemocráticas, que afastam o país dos critérios de adesão ao bloco europeu.

“Acho que a honestidade nas nossas conversas e a capacidade de ouvir uns aos outros e, em seguida, desenvolver medidas concretizáveis a partir disso caracteriza nosso relacionamento”, disse Merkel na segunda-feira. “Conheci Aleksandar Vucic como uma pessoa que não faz falsas promessas e também tenta cumprir o que promete”.

Merkel exortou a Sérvia a dar “mais passos na direção do Estado de direito, da democracia e da pluralidade da sociedade”.

Enquanto na Alemanha a campanha eleitoral para a sucessão de Merkel entra na reta final das eleições de 26 de setembro, Merkel prosseguirá o seu périplo pelos Balcãs em Tirana, a capital albanesa, na terça-feira, onde deve se encontrar com os líderes de cinco outros países dos Balcãs Ocidentais que lutam pela adesão à UE.

https://zap.aeiou.pt/merkel-adesao-dos-estados-dos-balcas-431322

 

Alemanha indemniza homossexuais perseguidos ou condenados até 1969 !

As autoridades alemãs indemnizaram quase 250 pessoas que foram perseguidas ou investigadas pelas leis adotadas pelo regime nazi sobre homossexualidade e que se mantiveram em vigor após o final da II Guerra Mundial.


O Departamento Federal de Justiça disse na segunda-feira que, até ao final do mês de agosto, 317 pessoas pediram compensações sendo que 249 foram indemnizadas.

Até ao momento, o valor total das indemnizações ronda os 860 mil euros.

Neste momento, 14 processos ainda estão a ser analisados, 18 foram rejeitados e 36 arquivados, disse o organismo.

O limite para a apresentação dos processos referentes a esta questão terminou no passado dia 21 de julho.

Em 2017, os legisladores alemães aprovaram a anulação de milhares de condenações sob o artigo 175 que se manteve em vigor na República Federal Alemã até 1969.

A lei foi adotada pelo regime nacional-socialista e manteve-se em vigor após 1945 pelos governos de Bona.

As novas medidas de 2017 abriram caminho para o pagamento de uma indemnização de três mil euros por condenação e 1.500 euros por cada ano de prisão, no caso das pessoas condenadas.

Em 2019, o governo alargou o âmbito das compensações às pessoas que foram investigadas ou interrogadas, apesar de não terem sido condenadas.

Nestes casos, a indemnização corresponde a 500 euros por cada investigação, 1.500 euros por cada ano em que o processo se manteve em julgado e 1.500 euros por outros danos que eventualmente tenham atingido a saúde das pessoas ou danos profissionais.
A lei que criminalizou os homossexuais do sexo masculino foi adotada no século XIX e agravada pelo regime nazi.

A legislação não foi alterada pela República Federal Alemã que condenou 50 mil homens entre 1949 e 1969.

No ano 2000, o Parlamento aprovou uma resolução em que lamentava a manutenção do artigo 175 após o final da II Guerra Mundial.

Dois anos depois, as condenações dos homossexuais durante o nazismo foram anuladas mas mantiveram-se as condenações do pós-guerra.

As mesmas compensações aplicam-se igualmente aos homens condenados pelo regime comunista da República Democrática (RDA) que manteve uma versão do artigo 175 até 1968.

No total, 68.300 pessoas foram condenadas sob as várias formas do artigo 175 nos dois Estados alemães do pós-guerra, antes da reunificação (03 de outubro de 1990).

https://zap.aeiou.pt/alemanha-indemniza-homossexuais-perseguidos-ou-condenados-ate-1969-431337

 

Presidente de clube de futebol detido por posse de arma, mas há muito para investigar !

Prisão em flagrante delito do presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior. Há várias denúncias ao funcionamento das camadas jovens do clube.


O clube é da cidade Juiz de Fora e agora o seu presidente terá, pelo menos, um juiz à sua frente. O presidente do Tupi foi detido nesta segunda-feira.

A Polícia Civil confirmou a prisão, em flagrante delito, de José Luiz Mauler Júnior, por posse de arma. O dirigente tinha armas de fogo em casa, cuja situação não está regularizada. Foi também apreendido o telemóvel de Mauler Júnior, dois computadores e diversos documentos.

Esta operação envolveu dois mandados de busca e apreensão: um na sede do clube e um na casa do presidente, na manhã desta segunda-feira.

A detenção ocorreu por causa das armas mas há muito material que está a ser investigado pela polícia, lembra o Globoesporte. As denúncias têm aparecido, sobretudo nas redes sociais, e focam-se no funcionamento das camadas jovens do Tupi.

O Grupo Multisport gere os escalões dos mais novos há um ano e meio e haverá irregularidades nessa gestão, essencialmente nas chamadas “peneiras” – captações, em Portugal, as selecções de jovens jogadores para as equipas.

Suspeita-se de falta de transparência, de informações e de falta de reembolso, há dúvidas em relação aos critérios de selecção dos futebolistas, a pagamentos em troca de aceitação de jogadores que foram reprovados nos treinos, intimidação de jogadores e venda de profissionalizações, entre outras suspeitas.

https://zap.aeiou.pt/presidente-clube-detido-posse-arma-431316

 

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