domingo, 19 de setembro de 2021

“Erro trágico”: Pentágono admite que ataque com drone em Cabul não matou terroristas, mas civis !

Uma investigação independente concluiu que entre 22 mil e 48 mil civis morreram vítimas de ataques aéreos das forças dos EUA desde o 11 de Setembro. O Pentágono admitiu também que o ataque a um veículo em Cabul não matou qualquer membro do ISIS-K e que as verdadeiras vítimas foram 10 civis.

O 11 de Setembro assinalou o início da guerra contra o terror, mas essa guerra tem causado a morte de milhares de inocentes.

De acordo com os cálculos do site Airwars, composto por jornalistas e investigadores de conflitos internacionais que se dedicam a monitorizar os efeitos da guerra nas populações civis, os ataques aéreos norte-americanos mataram entre 22 e 48 mil civis desde 2001.

Os investigadores apontam que a maioria dos meios de comunicação se focam apenas nas mortes dos soldados norte-americanos nas guerras depois dos atentados e ou ignoram as mortes de civis ou referem-nas “quase exclusivamente em generalidades, falando de dezenas, centenas ou milhares”.

O projecto Custos da Guerra da Universidade de Brown estima que 387 mil civis morreram durante a guerra contra o terror, mas o Airwars focou-se especificamente nos ataques aéreos. O site concluiu que o número varia entre pelo menos 22 679 e 48 308 mortos e explica que a grande variação “reflecte os muitos factores desconhecidos quando se trata do sofrimento dos civis em guerra”.

“Os beligerantes raramente acompanham os efeitos das próprias acções – mesmo quando o fazem, é pobremente. Fica a cargo das comunidades locais, da sociedade civil e das agências internacionais contar os custos”, escrevem os investigadores.

Nos últimos 20 anos, o Pentágono declarou um mínimo de 91 340 bombardeamentos aéreos nos sete países que os Estados Unidos invadiram ou se envolveram na guerra – Afeganistão, Líbia, Iraque, Somália, Paquistão, Síria e Iémen.

Em Junho, a Senadora Elizabeth Warren e o Congressista Ro Khanna apelaram ao Departamento de Defesa que revisse “discrepâncias significativas na contagem de mortes de civis“, o que levantou dúvidas sobre os dados oficiais.

No seu relatório anual, o Pentágono apontou que “aproximadamente 23 civis tinham morrido e 10 civis tinham ficado feridos” nas acções militares norte-americanas em 2020. Os números ficam muito aquém das estimativas de investigações independentes do Airwars, que calculou que o número de mortes fosse 102, ou do Custos da Guerra.

“As fontes dizem que o número real de mortes é quase cinco vezes maior. Proteger os civis deve ser uma prioridade. O representante Khanna e eu queremos que o Secretário Austin investiguem”, escreveu Elizabeth Warren no Twitter, apelando à averiguação de Lloyd Austin, Secretário da Defesa.

Dadas as dúvidas lançadas sobre os dados oficiais, a Airwars fez as contas usando “todas as avaliações confiáveis de danos causados a civis pelas acções dos EUA”, o que inclui informações do Bureau of Investigative Journalism, a publicação The Nation, a missão de assistência ao Afeganistão das Nações Unidas e a organização Iraq Body Count.

A análise aponta que 2003 foi o ano mais mortífero, com a morte mínima de 5529 civis. Seguiu-se 2017, com o mínimo 4931. No entanto, 2017 pode ter sido o pior ano, se forem incluídas as estimativas máximas, que chegam aos 19 623 mortos. O Airwars estima que 97% das mortes de civis tenham ocorrido no Iraque, no Afeganistão e na Síria.

Já há vários anos que a política de drones dos EUA é criticada. Uma investigação do The Intercept em 2015 apelidada Drone Papers revelou o procedimento para a aprovação de um bombardeamento e mostrou que durante a Operação Haymaker, que decorreu entre Janeiro de 2021 e Fevereiro de 2013, as forças americanas mataram mais de 200 pessoas e que apenas 35 eram o alvo desejado.

Durante um período de cinco meses da operação, quase 90% das vítimas mortais dos bombardeamentos eram civis. O secretismo e dúvidas em volta do programa de drones obrigou Obama a assinar uma ordem executiva em 2016 que obrigava a inteligência americana a publicar o número de civis mortos fora de zonas de guerra.

No entanto, os verdadeiros números ficaram ainda mais difíceis de calcular quando o sucessor de Barack Obama reverteu esta ordem executiva em 2019 e deixou de reportar as mortes de civis.

Trump aumentou de forma exponencial os ataques de drones em relação a Obama, que já expandido muito o programa em relação a Bush, e ordenou 2234 bombardeamentos nos primeiros dois anos do mandato, em comparação com os 1878 de Obama nos seus oito anos na Casa Branca, segundo o Bureau of Investigative Journalism.

Pentágono reconhece que ataque em Cabul matou civis

Estas revelações do Airwars surgiram pouco antes da polémica causada pelo ataque de drone levado a cabo em Cabul pelos Estados Unidos, na altura em que o aeroporto estava a sofrer atentados terroristas dos ISIS-K.

O alvo era um veículo carregado com explosivos e conduzido por “múltiplos bombistas suicidas”, segundo o exército americano, e o ataque não teria matado inocentes. No entanto, a imprensa afegã noticiou que o ataque matou nove civis, incluindo crianças.

“Estamos cientes de relatos de mortes de civis a seguir ao nosso ataque no veículo em Cabul hoje. Ainda estamos a avaliar os resultados deste ataque. Ficaríamos profundamente tristes com a potencial perda de vidas inocentes”, afirmou na altura Bill Urban, porta-voz do Comando Central.

As dúvidas sobre a versão dos eventos do exército norte-americano foram também levantadas por uma investigação do The New York Times, que analisou imagens e fez entrevistas que puseram em causa a ideia de que havia explosivos no veículo, a suposta ligação do condutor ao grupo terrorista Daesh e se houve uma segunda explosão depois do míssil ter atingido o carro.

O assessor de imprensa do Pentágono, John F. Kirby, inicialmente afirmou que o Comando Central estava a investigar o ocorrido. “Não me vou antecipar ao que o Comando Central está a fazer com a sua avaliação desse ataque. Não tenho ideia de qualquer opção que coloque os investigadores no solo de Cabul para completar a investigação”, declarou.

Os responsáveis militares afirmaram que não sabiam a identidade do condutor do veículo quando o drone disparou, mas que o consideraram suspeito devido às suas actividades naquele dia pois teria supostamente visitado um abrigo do Estado Islâmico e carregado o carro com o que pensavam que era explosivos.

A investigação do NYT identificou o homem em questão como Zemari Ahmadi, um trabalhador de longa data de um grupo de ajuda humanitária dos Estados Unidos. O jornal escreveu também que as suas viagens nesse dia consistiram em levar colegas ao trabalho e que aquilo que foi carregado no veículo podem ter sido vasilhas de água.

O ataque deve ter causado a morte a 10 civis, incluindo sete crianças, segundo o Times, contrariamente aos três apontados pelas autoridades americanas.

O Pentágono acabou por recuar na sua defesa inicial do ataque e admitiu que uma revisão interna mostrou que apenas civis morreram no ataque e que nenhuma das vítimas era um terrorista do ISIS.

O ataque foi um erro trágico. Estou agora convencido que até 10 civis, incluindo até sete crianças, tenham morrido tragicamente no bombardeamento. Além disso, concluímos agora que é improvável que o veículo e aqueles que morreram estava associados ao ISIS-K ou a uma ameaça directa às forças dos EUA”, confessou o General Frank McKenzie.

https://zap.aeiou.pt/ataques-aereos-eua-mataram-ate-48-mil-civis-pentagono-admite-cabul-431587

 

Comissão nos EUA desaconselha terceira dose da Pfizer a maiores de 16 anos !

Uma comissão consultiva da agência reguladora dos EUA para os medicamentos e a alimentação (FDA, na sigla em inglês) pronunciou-se esta sexta-feira contra a aplicação de uma terceira dose da vacina Pfizer contra a covid-19 para pessoas com 16 anos ou mais.


Esta opinião é considerada como um revés para o governo do presidente Joe Biden, depois de a Casa Branca ter anunciado a intenção de promover a vacinação de todos os cidadãos que tivessem recebido a sua segunda dose há oito meses, na condição de a FDA o aprovar.

Os técnicos daquela comissão estimaram que uma terceira dose poderia justificar-se para uma faixa etária mais restrita, a das pessoas idosas.

Numa votação posterior, a comissão pronunciou-se a favor de uma terceira dose da vacina Pfizer contra a covid-19 para pessoas com 65 anos ou mais, bem como para pessoas com alto risco de desenvolver uma forma grave da doença.

Esta dose de reforço é recomendada pelos especialistas norte-americanos a partir de seis meses após a segunda dose.

Os especialistas deliberaram ainda, após um dia de discussões, que os profissionais de saúde também deveriam ser incluídos entre essas pessoas de “alto risco”.

A recomendação para esta terceira dose, enquadra-se no contexto de uma autorização de emergência, especificaram, segundo a AFP.

As recomendações da comissão não são vinculativas, mas muito raramente não são seguidas pela FDA.

Durante a votação, a maioria destes técnicos – investigadores, epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas – pronunciou-se contra uma campanha de vacinação para a população em geral, por 16 votos, contra apenas dois.

Entre os seus argumentos estiveram as inquietações com os riscos de miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, entre os jovens adolescentes e adultos masculinos.

Não ficou claro, imediatamente após o voto, se os técnicos iriam votar de novo, neste caso sobre faixas etárias diferentes.

A covid-19 provocou pelo menos 4.667.150 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.895 pessoas e foram contabilizados 1.007.911 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

https://zap.aeiou.pt/comissao-nos-eua-desaconselha-terceira-dose-da-pfizer-a-maiores-de-16-anos-432524

 

sábado, 18 de setembro de 2021

A polícia holandesa achava que tinha em mãos o mafioso mais procurado da Europa - Afinal, era só um fã de F1 !

Um homem de Liverpool de 54 anos pensava que o grande evento da sua viagem aos Países Baixos seria assistir ao Grande Prémio de Fórmula 1, mas acabou detido numa prisão de alta segurança por ser confundido com um chefe da máfia.

A polícia holandesa pensava que tinha feito uma captura digna de aparecer nos jornais – e fez, mas por outras razões. As autoridades achavam que tinham finalmente apanhado um chefe da máfia da Sicília que é um dos fugitivos mais procurados no mundo, mas na verdade era só um adepto de Fórmula 1 inglês.

A detenção ocorreu nos Países Baixos na semana passada e a polícia chegou a apontar as armas ao homem de 54 anos, que foi identificado pelo seu advogado apenas pelo nome Mark L.. O sósia foi capturado e vendado enquanto estava a comer com o seu filho num restaurante na cidade de Haia.

Mark L. tinha ido aos Países Baixos para ver o Grande Prémio de Fórmula 1 de 5 de Setembro, tendo sido libertado mais tarde. O homem tinha também um sotaque de Liverpool e um relatório da Europol do chefe da máfia em questão afirma que a sua única língua é o italiano.

Leon van Kleef, advogado do inglês, afirma que o homem estava “zangado e incrédulo” mas que também se riu da “situação ridícula”. “Imagine que num momento está a comer e no próximo está numa prisão holandesa de alta segurança. Ele é um fã normal de Fórmula 1. Seria genial um italiano ter um sotaque de Liverpool tão carregado”, refere.

O verdadeiro alvo da polícia era Matteo Messina Denaro, considerado o padrinho da máfia da Cosa Nostra da Sicília e descrito como “o homem mais procurado da Europa“. Denaro está associado a bombardeamentos que mataram 10 pessoas e feriram outras 93 em 1993 e está desaparecido desde então.

O mafioso, que terá agora 59 anos, ganhou ainda mais notoriedade depois de aparecer na série de documentários da Netflix “World’s Most Wanted”, que relata as histórias dos fugitivos mais procurados pelo mundo, onde foi referido como Diabolik, já que a sua fama de playboy que usa roupas de marca e carros rápidos condiz com o vilão dos quadradinhos.

Denaro é suspeito de um total de 50 homicídios e, segundo o documentário da Netflix, já se gabou de “ter matado pessoas suficientes para encher um pequeno cemitério“. É agora visto como o maior chefe da máfia da Sicília depois da prisão de Bernardo Provenzano em 2006 e de Salvatore Lo Piccolo em 2007.

Em 1993, terá também tentado ajudar a organizar o rapto e morte de um rapaz de 12 anos numa tentativa de silenciar o seu pai, que estava prestes a ajudar as autoridades e entregar provas contra o grupo de crime organizado.

https://zap.aeiou.pt/policia-holandesa-chefe-mafia-era-fa-f1-432468

 

EUA - Advogado planeou o próprio assassinato para o filho receber seguro ! Foi detido por fraude |

Um influente advogado norte-americano, cuja esposa e um dos filhos foram assassinados, foi acusado de fraude contra uma empresa de seguros e falso testemunho por organizar o seu próprio assassinato. 


Segundo avançou a agência France-Presse, o intuito de Alex Murdaugh, de 53 anos, era que o filho mais novo recolhesse um prémio de 10 milhões de dólares de um seguro de vida. O homem entregou-se à polícia da Carolina do Sul na quinta-feira, sendo depois colocado em liberdade condicional após pagar uma fiança de 20 mil dólares.

Apesar de ter negado responsabilidade na morte da esposa, Maggie, de 52 anos, e do filho Paul, de 22, admitiu ter pedido a um ex-cliente que atirasse nele para que o seu filho mais novo pudesse obter o prémio. O atirador feriu-o na cabeça em 4 de setembro, mas o advogado sobreviveu.

Na audiência de quinta-feira, o seu advogado, Dick Harpootlian, disse que o cliente sofreu durante 20 anos de uma dependência em opiáceos. Enquanto espera o julgamento, será submetido a um tratamento de desintoxicação.

A polícia da Carolina do Sul também está a investigar acusações de sonegação num escritório de advogados, bem como a morte da sua empregada doméstica, Gloria Satterfield, em 2018. A morte foi classificada como “natural”.

Em junho, foi reaberta uma investigação sobre a morte de Stephen Smith, de 19 anos, encontrado em 2015 perto da casa de Murdaugh, com sinais de atropelamento. A polícia explicou ter tomado esta decisão após receber informações.

O filho, Paul, sofreu um acidente de navegação em 2019, durante o qual uma jovem morreu. Este foi acusado de “conduzir um barco em estado de embriaguez com resultado de morte”, mas o seu julgamento nunca foi agendado. A sua morte pôs fim ao processo.

https://zap.aeiou.pt/eua-advogado-assassinato-seguro-fraude-432246

 

O sonho de Christo concretizou-se, 60 anos depois - O Arco do Triunfo foi embrulhado como um presente !


Já desde o início dos anos 60 que Christo imaginava como seria cobrir o Arco do Triunfo em tecido. A sua visão foi finalmente concretizada e pode ser visitada entre 18 de Setembro e 3 de Outubro.

Era o primeiro sonho de Christo e foi também o seu último desejo a ser concretizado. Foi há quase seis décadas que, ao avistar o Arco do Triunfo da janela do seu apartamento em Paris, que o artista plástico búlgaro Christo Vladimirov Javacheff teve pela primeira vez a ideia que marcaria a sua carreira – embrulhar monumentos e edifícios em tecido.

Infelizmente, nem Christo nem a sua esposa Jeanne-Claude estão vivos para ver essa ideia finalmente a tornar-se realidade. A partir de 18 de Setembro e até 3 de Outubro, os parisienses e os turistas vão poder ver o Arco do Triunfo empacotado. A visão foi concretizada por Vladimir Javacheff, um sobrinho do casal.

O monumento de 50 metros de altura está inteiramente coberto com 25.000 metros quadrados de tecido de polipropileno prateado com reflexos azuis reciclado, amarrado por 3.000 metros de corda vermelha. A instalação ocorreu 24 horas por dia, em três turnos de oito horas, e exigiu o trabalho de 1200 pessoas.

“Será como um objeto vivo que ganhará vida com o vento e refletirá a luz“, tinha explicado Christo ao apresentar o seu projecto final para o Arco do Triunfo, dois anos antes da sua morte, que aconteceu em 2020 em Nova Iorque.

O embrulho tem um custo de 14 milhões de euros, sendo a sua concretização totalmente paga com a venda dos desenhos, maquetes e litografias da Fundação Christo. “Acompanhar a instalação de uma obra como esta, nas actuais circunstâncias, é mágico”, afirma Bruno Cordeau, administrador do Arco do Triunfo.

O responsável pelo monumento acrescenta que o arco “não é um monumento como os outros”. “É o da harmonia nacional. É também um lugar de cultura. A obra de Christo tem a elegância e a humildade de ser efémera. Ao fim de duas semanas, ela vai desaparecer”, diz. Já Javacheff prefere dizer “temporário“, já que o tio não gostava do termo “efémero”.

“Testamento póstumo de sua genialidade artística, o Arco do Triunfo empacotado é um presente formidável aos parisienses, aos franceses e a todos os aficionados da arte. Querido Christo, aí nas estrelas, obrigada por teres amado tanto a França e por nos dares este presente incrível. Obrigada pelo génio, obrigada pela loucura, obrigada pela poesia”, disse a Ministra da Cultura, Roselyne Bachelot, na apresentação do projecto.

Também presentes na apresentação estiveram Anne Hidalgo, presidente da Câmara de Paris; Philippe Béval, Presidente do Centro de Monumentos Nacionais, Emmanuel Macron, Presidente da França e também Michael Bloomberg, ex-autarca de Nova Iorque.

Anne Hidalgo explicou que a experiência parisiense anterior com Christo quando o artista embrulhou a Pont Neuf, em 1985, foi decisiva para autorizar uma repetição com o Arco do Triunfo. A autarca afirma que o projecto da ponte ajudou a “despertar esta cidade“.

“Christo perturba-nos, transtorna-nos, leva-nos a falar. Há quem goste e quem não, mas, bom, no fundo essa é a função da arte que Christo nos propôs por toda a sua vida. Ele leva-nos a sentirmo-nos vivos“, elogiou Hidalgo.

A obra não é consensual devido ao desperdício de tecido numa altura em que a indústria da moda é tão criticada por causa da chamada fast fashion, sendo essa uma das críticas do arquitecto Carlo Ratti, amigo de Christo. No entanto, Yavacheff respondeu que o tecido é reciclável, assim como metade o metal usado para os andaimes.

https://zap.aeiou.pt/sonho-christo-arco-triunfo-embrulhado-como-presente-432479

 

Cobertura global de corais caiu para metade desde 1950, revela relatório !

A cobertura global de recifes de coral caiu para metade desde 1950, cenário originado pelo aquecimento global, pesca excessiva, poluição e destruição de habitats naturais, revelou uma análise divulgada esta sexta-feira.


Desde a Grande Barreira de Corais, na Austrália, até ao Banco Saya de Malha, no Oceano Índico, os recifes de coral e a diversidade de espécies de peixes que estes sustentam estão em declínio acentuado, uma tendência que deverá aumentar enquanto o planeta continua a aquecer, mostrou o relatório, publicado na One Earth e citado pelo Guardian.

No estudo – que contém dados recolhidos em 87 países -, os especialistas constataram que a cobertura total dos recifes caiu para metade e a diversidade de espécies nesses locais diminuiu mais de 60%.

Os recifes de coral são uma fonte vital de alimento para milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente para as comunidades indígenas de zonas onde os peixes são a principal fonte de proteína animal.

O líder do estudo, Tyler Eddy, cientista da Universidade Memorial de Newfoundland, no Canadá, ficou surpreso com a extensão da escala do declínio global dos recifes de coral. “Os recifes de coral estão entre os ecossistemas mais sensíveis do planeta, sendo os primeiros a experimentar os efeitos das mudanças climáticas”, referiu.

“Se olharmos para as tendências da cobertura de recifes de coral ao nível dos países, constatamos que alguns dos maiores declínios ocorrem na Papua Nova Guiné, na Jamaica e em Belize”, continuou.

A equipa notou igualmente que a composição das espécies nos recifes estava a mudar em algumas áreas, com as espécies de peixes mais resistentes a se tornarem dominantes.

John Bruno, ecologista marinho da Universidade da Carolina do Norte e coautor do estudo, disse que, apesar das diferenças regionais, a saúde global dos recifes continua em declínio.

“Continuamos a perder corais na maioria dos recifes do mundo”, indicou. A rápida intensificação das ondas de calor marinhas têm levado “a branqueamentos mais frequentes e graves, incluindo em alguns dos recifes de coral mais isolados do mundo”, sublinhou.

No Caribe, um estudo recente revelou que os recifes estão a diminuir cerca de 0,25% ao ano. “Nos últimos anos, os recifes caribenhos foram atingidos por furacões e novas doenças, ambos ligados ao aquecimento dos oceanos”, acrescentou Bruno.

https://zap.aeiou.pt/relatorio-cobertura-corais-metade-1950-432438

 

Tribunal da África do Sul recusa anular pena de prisão do ex-Presidente Jacob Zuma !

O mais alto tribunal da África do Sul rejeitou o pedido do ex-Presidente Jacob Zuma para anular a sua sentença de 15 meses de prisão por não comparecer a uma sessão de inquérito por corrupção.


Em julho, Zuma – atualmente no hospital a recuperar de uma cirurgia – pediu ao tribunal que revogasse a sentença, argumentando que a prisão colocaria em risco a sua saúde, noticiou o Independent. A condenação surgiu um mês antes, por aquele não ter comparecido ao inquérito, numa investigação ao seu mandato de nove anos.

“O pedido de rescisão foi indeferido”, disse a juíza Sisi Khampepe ao ler a decisão, que incluía uma ordem para que o ex-Presidente pagasse as custas do processo. “Zuma se recusou a participar do processo” e “dispensou novas oportunidades quando convidado a fazê-lo”, indicou.

Zuma, de 79 anos, foi detido em julho. Logo depois saiu em liberdade condicional. A sua detenção desencadeou alguns dos piores tumultos na África do Sul das últimas décadas. Mais de 300 pessoas foram mortas e milhares de empresas e fábricas invadidas.
 
O Presidente Cyril Ramaphosa, que ocupou o cargo em 2018, classificou o tumulto como uma “insurreição fracassada”.

Zuma renunciou há quatro anos, em meio a alegações de corrupção. O seu mandato, de 2009 a 2018, foi marcado por escândalos e má gestão. O ex-Presidente enfrenta ainda acusações de corrupção noutro processo, por alegadamente aceitar subornos através do negócio de armas.

https://zap.aeiou.pt/africa-sul-prisao-presidente-jacob-zuma-432463

 

Caso George Floyd - Polícia condenado a 22 anos de prisão pode ver a sentença revertida !

A intervenção do Supremo Tribunal do Minnesota num outro caso de violência policial para reduzir a pena de um agente pode abrir um precedente para que haja alterações na sentença de Derek Chauvin.


Segundo avança a Vice, a condenação de Derek Chauvin, o polícia que pressionou o joelho no pescoço de George Floyd durante nove minutos, pode ser revertida devido a um caso anterior também na cidade de Minneapolis.

O ex-agente Mohamed Noor foi condenado a 12 anos e meio de prisão depois de ter atirado e matado uma mulher australiana que não estava armada e que chamou a polícia para denunciar uma suspeita de abuso sexual. O caso remonta a 2017, quando a mulher ouviu alguém a gritar por ajuda e suspeitou que estivesse a ocorrer uma violação.

O polícia foi condenado por morte em terceiro grau sem intenção e também por homicídio em terceiro grau. Mohamed Noor começou a servir a pena em Junho de 2019.

No entanto, o Supremo Tribunal do Minnesota reverteu a condenação por homicídio, neste que tinha sido o primeiro caso no estado que envolvia um polícia. A decisão pode abrir um precedente que pode ser usado para reverter a acusação contra Derek Chauvin, o agente que foi condenado a 22 anos e meio de prisão pela morte de George Floyd.

O Tribunal mais alto do estado decidiu que a acusação de homicídio em terceiro grau contra Noor não se sustentava porque o polícia não tinha a intenção de matar ninguém que estava presente. A decisão vai reduzir a pena do agente em oito anos.

“Chauvin vai provavelmente ver a sua decisão revertida porque é legalmente incompatível dizer que alguém é culpado por fazer algo intencionalmente e que ao mesmo tempo é culpado por fazer algo sem querer”, explica à VICE Andrew Wilson, parceiro no escritório de advogados Wilson Criminal Defense, em Minneapolis.

Com a queda da acusação de homicídio em terceiro grau, a pena de Noor vai ser apenas de quatro anos de prisão por causa da pena por morte involuntária, que ainda se mantém. O polícia pode estar livre daqui a três meses e meio, pois o estado do Minnesota só exige que os prisioneiros cumpram dois terços da pena antes de poderem ser considerados para sair em liberdade condicional.

Os procuradores do Minnesota e a defesa de Chauvin não concordou ainda este ano sobre se a pena do agente devia ser de homicídio em terceiro grau devido às dúvidas sobre se os critérios da acusação se podiam aplicar às circunstâncias do dia da morte de George Floyd.

A decisão em tribunal acabou por ser desfavorável a Chauvin, que citou o caso de Noor como um precedente. Agora que a condenação de Noor foi alterada, a de Chauvin pode sofrer o mesmo destino. Contudo, uma reversão na sentença não deve diminuir a pena de Chauvin, já que o agente foi condenado baseado noutras acusações mais graves.

Derek Chauvin e os três outros polícias da força de Minneapolis responsáveis pela morte de George Floyd estão também envolvidos num processo civil federal, tendo todos declarado que são inocentes numa audição na terça-feira.

https://zap.aeiou.pt/caso-george-floyd-policia-condenado-a-22-anos-de-prisao-pode-ver-a-sentenca-revertida-432444

 

Apoiantes de Navalny acusam Google e Apple de “censura” política !

Os apoiantes de Alexei Navalny acusaram hoje as empresas Google e Apple de terem suprimido o apelo ao voto “útil” proposto pelo oposicionista através das respetivas plataformas, denunciando “censura” num processo eleitoral em que a oposição foi “banida”.


“Hoje, às 08:00, hora de Moscovo (06:00 em Lisboa), a Google e Apple suprimiram a nossa aplicação Navalny. Quer dizer que cederam à chantagem do Kremlin”, disse Leonid Volkov um dos mais próximos aliados do opositor russo através de uma mensagem difundida pela rede Telegram.

Hoje, a aplicação não constava da lista disponível na Google e Apple, nem na Rússia nem em França, refere a France Presse.

“Suprimir a aplicação Navalny das plataformas é um ato de censura política. O governo autoritário e a propaganda russos vão ficar encantados”, disse no Twitter Ivan Jdnaov, diretor da organização de Alexei Navalny – Fundo de Luta Contra a Corrupção.

Navalny, que se encontra preso, apelou aos apoiantes para ao voto “útil” (“inteligente”), nomeadamente nos comunistas, que se encontram, em muitas regiões, melhor colocados para dificultarem o partido Rússia Unida, no poder.

A aplicação digital do oposicionista permitia aos utilizadores saberem – em cada circunscrição – qual o nome do candidato capaz de fazer face aos representantes do partido Rússia Unida.

Moscovo que tem criticado as empresas de internet devido a “conteúdos ilegais” convocou na quinta-feira representantes da Apple e Google a uma comissão parlamentar na Câmara Alta (Conselho da Federação).

https://zap.aeiou.pt/apoiantes-navalny-google-apple-censura-432295

 

Bolsonaro garante que irá à Assembleia Geral da ONU mesmo sem estar vacinado !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que recusa vacinar-se contra a covid-19, afirmou que participará ainda assim na Assembleia Geral da ONU, na próxima semana, em Nova Iorque, onde deverá ser exigido um certificado de vacinação.


“Estarei na Assembleia Geral da ONU na próxima semana. Darei o discurso de abertura [na terça-feira]. Um discurso sereno, bastante objetivo, focado nos pontos de interesse para nós”, disse Bolsonaro na quinta-feira (madrugada de sexta-feira em Lisboa), no seu tradicional discurso semanal nas redes sociais, apontando como exemplos a gestão da pandemia no Brasil, os agronegócios e a energia.

O chefe de Estado, infetado com o coronavírus no ano passado, reafirmou também que não vai tomar a vacina, defendendo que já está imunizado.

“Você toma a vacina para quê? Para ter anticorpos, não é isso? A minha taxa de anticorpos está lá em cima”, disse Bolsonaro.

Para que é que eu vou tomar? Todo mundo já tomou vacina no Brasil? Depois que todo mundo tomar vou decidir meu futuro aí”, acrescentou o chefe de Estado, falando ao ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, a quem mostrou um documento alegadamente com resultados a um exame médico.

Em resposta, o ministro disse a Bolsonaro: “O senhor precisa se vacinar”.

A participação de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU foi posta em causa na quarta-feira, quando o líder da Assembleia, Abdulla Shahid, anunciou que todos os participantes devem estar vacinados, citando uma política da cidade de Nova Iorque, que impôs a apresentação de um certificado de vacinação para ter acesso à reunião.

O comissário da Saúde da cidade, Dave Chokshi, sublinhou que o anfiteatro da Assembleia Geral era “um centro de convenções” sujeito às mesmas regras que a maioria dos espaços de atividade interior em Nova Iorque.

No entanto, horas mais tarde, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que não podia impor essa restrição aos chefes de Estado.

Até ao momento, ainda não ficou claro como é que a regra será aplicada. Os porta-vozes de Shahid e Guterres disseram que as discussões estão em andamento, e o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, sugeriu que poderá haver “uma solução aceitável para todos”.

A questão sobre se Bolsonaro será, eventualmente, vacinado ainda é tema de especulação no Brasil, onde a covid-19 já matou mais de 589 mil pessoas.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com maior número de óbitos, depois dos Estados Unidos.

A vacinação contra a doença no Brasil encontra-se agora num ritmo mais acelerado, após um início lento, o que levou o número de mortes a diminuir significativamente no país.

Reconhecido mundialmente pela sua capacidade de realizar campanhas em massa de imunização em tempo recorde, este país de 213 milhões de habitantes só iniciou a vacinação contra a covid-19 em meados de janeiro, mais de um mês após a maioria dos países europeus ou da vizinha Argentina.

Quando as vacinas estavam prestes a ser lançadas, no final do ano passado, Jair Bolsonaro foi intransigente, dizendo repetidamente que não se vacinaria, nem obrigaria ninguém a fazê-lo.

“Não vou tomar a vacina, ponto final”, disse o chefe de Estado em dezembro passado. Já em abril, o mandatário afirmou que só decidirá se receberá o antídoto “depois de o último brasileiro ter sido vacinado e se sobrarem vacinas”.

Invocar a liberdade pessoal combina com a sua ampla oposição às restrições impostas por governadores para impedir a propagação do vírus. Bolsonaro, um cético em relação à gravidade da pandemia e defensor de fármacos sem eficácia contra a doença, continua a declarar que ninguém deve ser impedido de “ir e vir” quando quiser.

Na sua primeira participação na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2019, Bolsonaro protestou contra o socialismo e contra o que descreveu como sensacionalismo da imprensa em relação aos incêndios na Amazónia.

No ano seguinte, num vídeo gravado, Bolsonaro afirmou que o Brasil foi vítima de desinformação ambiental e ressaltou o prejuízo económico causado pelas recomendações de isolamento social face à pandemia.

Este ano, mais de 100 chefes de Estado e 23 ministros planeiam fazer discursos na ONU pessoalmente. Outros líderes falarão por vídeo, a única opção disponível no ano passado.

Por tradição, o líder brasileiro fala em primeiro lugar e é seguido pelo homólogo norte-americano. A administração de Bolsonaro tem trabalhado para demonstrar a Joe Biden, Presidente dos EUA, o seu compromisso em conter a desflorestação na Amazónia, tema que poderá ser abordado no seu discurso.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-assembleia-geral-da-onu-432245

 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Líder militar dos EUA temeu que Trump iniciasse guerra nuclear com a China – E chegou a ligar aos chineses !

As revelações aparecem em Peril, o novo livro de Bob Woodward e Robert Costa sobre os bastidores da Casa Branca. Trump já respondeu.


O General Mark Milley, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, telefonou duas vezes ao seu homólogo chinês para o tranquilizar sobre um possível ataque surpresa dos EUA contra a China.

As revelações fazer parte do novo livro de Bob Woodward sobre a administração Trump chamado Peril, que foi escrito em colaboração com Robert Costa, jornalista do The Washington Post. Este é o terceiro livro de Woodward sobre a Casa Branca, depois de Medo: Trump na Casa Branca e Rage, e vai ser publicado dia 21 de Setembro.

A primeira chamada teve lugar a 30 de Outubro de 2020, quatro dias antes das presidenciais e foi feita depois de Milley ter sido informado pela inteligência americana de que os chineses acreditavam que os Estados Unidos se estavam a preparar para atacar a China. Os autores escrevem que os chineses temiam um ataque devido aos exercícios militares no Mar do Sul da China e na retórica agressiva de Trump.

“General Li, quero assegurá-lo que o governo americano está estável e que tudo vai ficar bem. Não vamos atacar ou conduzir quaisquer operações cinéticas contra vocês”, prometeu Milley. O livro revela que Milley chegou a dizer que avisaria as autoridades chinesas caso os EUA atacassem, dizendo que “lhe ligaria antecipadamente“.

O General chinês acreditou em Milley, avança o livro. A segunda chamada teve lugar a 8 de Janeiro, dois dias depois da insurreição de apoiantes de Trump no Capitólio, e serviu para acalmar os medos chineses sobre o que se tinha passado. “Estamos 100% estáveis. Está tudo bem, mas a democracia pode ser desleixada às vezes“, garantiu.

Li continuou de pé atrás e o livro detalha que Milley não informou Donald Trump desta conversa. O General acreditava que Trump estava em declínio mental desde a eleição e teve conversas com Nancy Pelosi, Presidente da Câmara dos Representantes, sobre os seus receios de que o chefe de Estado não tivesse condições de ocupar a Casa Branca.

Ele é maluco. Você sabe que ele é maluco”, disse Pelosi, segundo uma transcrição do telefonema. “Concordo consigo em tudo o que disse”, terá respondido o militar. Pelosi chegou mesmo a questionar se há precauções que evitem que um Presidente instável “ordene um ataque nuclear”. Milley garantiu que “há muitas verificações no sistema”.

No mesmo dia, Mark Miller chamou os comandantes para uma reunião onde lhes lembrou que fazia parte da ordem de comando e que teria de ser consultado mesmo que Trump ordenasse um ataque nuclear. O livro relata mesmo que Miller olhou cada um nos olhos e que considerou as respostas um juramento.

Milley não era o único nos corredores da administração que temia as acções de Donald Trump. A directora da CIA, Gina Haspel, terá chegado a dizer ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas que os EUA estavam “a caminho de golpe de estado de direita“.

Trump responde a Milley

Muitos apoiantes de Trump estão a encarar as acções de Milley como um acto de traição e exigem que Joe Biden o afaste do cargo, incluindo Marco Rubio, Senador Republicano da Flórida, que escreveu uma carta à Casa Branca a pedir a sua demissão. Biden já respondeu, dizendo que tem “grande confiança no General Milley“.

O próprio Donald Trump, em entrevista à estação Newsmax, acusou Milley de traição. “Eu nunca pensei em atacar a China”, disse o ex-Presidente.

O livro aborda também as dúvidas do vice de Trump, Mike Pence, na altura de confirmar Biden como novo Presidente. O vice-presidente dos EUA lidera também o Senado e Trump queria que Pence não certificasse a vitória de Biden na eleição devido às acusações infundadas de fraude eleitoral.

Isto já se sabia, mas a novidade é que, pelos vistos, Pence estava dividido entre a sua lealdade a Trump e o seu dever e pediu conselhos a Dan Quayle, vice de George Bush que teve de certificar a vitória de Bill Clinton, sobre como devia proceder.

“Mike, não tens nenhuma flexibilidade. Nenhuma. Zero. Esquece isso”, respondeu Quayle a Pence quando este o questionou sobre se podia aceder ao pedido de Trump devido aos processos de fraude que ainda estava abertos.

Pence acabou por confirmar a vitória de Biden e disse a Trump que não podia fazer nada, já que o seu papel era só “abrir os envelopes”. “Já não quero ser teu amigo se não fizeres isto. Traíste-nos. Eu criei-te. Tu não eras nada“, terá respondido o então Presidente. Pence acabou por se tornar um dos alvos dos apoiantes de Trump, tendo a multidão que invadiu o Capitólio gritado a apelar o seu enforcamento.

https://zap.aeiou.pt/lider-militar-trump-guerra-china-432060

 

Empresa canadiana debaixo de fogo por publicar anúncios de emprego destinados a não vacinados !

Uma empresa de canoagem, sediada no Canadá, está debaixo de fogo depois de ter colocado anúncios de emprego destinados, exclusivamente, a pessoas não vacinadas contra a covid-19.


“Por favor, NÃO se candidate se tiver tomado quaisquer vacinas contra a covid-19”, lia-se no anúncio de emprego da Souris River Canoes. “Só iremos considerar indivíduos não vacinados.”

Segundo o The Independent, os proprietários da empresa canadiana estavam à procura de candidatos para dois cargos a tempo inteiro e um a tempo parcial, com uma duração de seis meses e potencial para serem renovados.

Os anúncios provocaram uma reação negativa por parte dos clientes nas redes sociais. “Exigir que o pessoal não seja vacinado contra a covid-19 como condição de emprego é, simultaneamente, irresponsável e imprudente nesta fase da pandemia”, escreveu Rob Prdn, no Facebook.

No Reddit, foi divulgado um e-mail dos proprietários Keith e Arlene Robinson, no qual defendiam ser “contra a intimidação governamental e empresarial do direito das pessoas à liberdade sanitária, usando mandatos e passaportes de vacinas”.

“Têm direito às vossas atitudes e opiniões de julgamento, tal como nós temos o direito de tomar as nossas próprias decisões de contratação de negócios”, acrescentaram.

Estes anúncios surgiram numa altura em que muitos empregadores, das mais variadas indústrias do Canadá, estão a pedir aos funcionários para se vacinarem. Caso contrário, terão de procurar outro emprego.

https://zap.aeiou.pt/anuncios-de-emprego-a-nao-vacinados-432011

 

O Hawaii quer remover a sua “escadaria para o paraíso” – E a culpa é dos turistas !


Em causa estão preocupações com a segurança e vandalismo, que têm aumentado com a explosão de popularidade da escadaria Ha‘ikū nas redes sociais.

É caso para dizer que a Stairway to Heaven vai para o inferno – e não, não estamos a falar da música dos Led Zeppelin, mas antes da escadaria Ha‘ikū, em Kaneohe, no Hawaii.

A origem desta obra data da Segunda Guerra Mundial, quando a Marinha dos Estados Unidos usava escadas de madeira para se movimentar nas montanhas durante a construção da estação de rádio Haʻikū, que foi usada de forma confidencial para enviar sinais de rádio aos navios militares no Pacífico. A obra tem quase 4000 degraus.

A Guarda Costeira substituiu nos anos 50 a madeira por metal e a obra foi aberta ao público a partir da década de 70. Já desde 1987 que as escadas de Haiku são de acesso restrito devido a preocupações com segurança e vandalismo e, em 2002, a cidade de Honolulu gastou quase 900 mil dólares em obras para poder reabrir totalmente as visitas.

No entanto, a cidade nunca assegurou o acesso legal ao público e os caminhantes continuam a subir a escadaria sem autorização. As multas para os infractores chegam até aos 1000 dólares, mas isso não os detém, e cerca de 4000 visitantes aventuram-se anualmente na obra em busca de selfies para publicar nas redes sociais.

A aparição na série televisiva Magnum P.I. também ajudou a desvendar este segredo havaiano ao resto do mundo e levou a que ainda mais turistas começassem a visitar a escadaria diariamente.

Por causa disto, na semana passada a assembleia municipal de Honolulo aprovou por unanimidade uma resolução para “remover as escadas Ha‘ikū e as estruturas acessórias para evitar o trespasse, reduzir o incómodo nas comunidades locais, aumentar a segurança pública, remover potenciais responsabilidades para a cidade e proteger o ambiente”.

“Devido ao aumento do trespasse ilegal, as escadas Ha‘ikū são uma responsabilidade significativa e cara para a cidade e afectam a qualidade de vida dos residentes de perto”, afirmou a deputada municipal Ester Kiaaina.

Mas a decisão já se fazia anunciar há muito tempo. Em 2019, o quadro de abastecimento de água de Honolulu, que detém a escadaria, publicou um comunicado onde deixou claro que não se responsabiliza pelos custos de segurança da vigilância à atracção turística.

“Nos finais de Abril de 2016, um baloiço foi ilegalmente instalado perto do topo das escadas Ha‘ikū, o que apresenta riscos que põem em perigo a vida”, detalha o relatório. Vários turistas publicaram vídeos no baloiço antes deste ser removido.

Em Maio, a polícia prendeu 93 pessoas por tentarem entrar no trilho em apenas 10 dias. Entre Agosto de 2017 e Março de 2020, as autoridades mandaram embora quase 11.500 pessoas que estavam a tentar subir a escadaria.

A cidade já reservou um milhão de dólares para avançar com a remoção, mas o autarca Rick Blangiardi é quem tem nas mãos a decisão final. No entanto, o grupo “Amigos das Escadas Ha‘ikū” protestou contra a decisão em frente à Câmara.

Perder as escadas seria uma catástrofe“, afirmou o presidente Vernon Ansdell, que propõe que o acesso ao público seja “gerido” como alternativa.

https://zap.aeiou.pt/hawaii-remover-escadaria-paraiso-culpa-turistas-432187

 

 

França suspende 3.000 profissionais de saúde que recusaram vacina contra covid-19 !

A França suspendeu 3.000 profissionais de saúde sem remuneração por se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19, revelou o ministro responsável pela pasta, Olivier Véran.


Segundo Véran, citado esta quinta-feira pelo Guardian, “várias dezenas” de profissionais de saúde preferiram pedir demissão ao invés de tomar a vacina contra a covid-19. Mas, com os cerca de 2,7 milhões de profissionais desta área na França, “a continuidade da saúde está garantida”, sublinhou o responsável.

Em julho, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse aos profissionais de saúde e aos bombeiros que tinham até 15 de setembro para se vacinarem, de forma parcial ou total. Contudo, a Santé Publique – autoridade de saúde francesa -, estima que 12% do pessoal hospitalar e 6% dos médicos privados não foram vacinados.

Atualmente, 81,4% da população com mais de 12 anos está totalmente vacinada e 86,1% já receberam uma dose. Entre os bombeiros, cerca de 80% estão vacinados.

“Um grande número dessas suspensões será temporário”, referiu Véran à rádio RTL. “Estas incluem maioritariamente o pessoal do serviço de apoio, como os que trabalham nas lavandarias ou na preparação de refeições”, esclareceu, frisando que são poucos os médicos e enfermeiros ainda não vacinados.

O número de infeções no país caiu para menos de 100 por 100.000 habitantes pela primeira vez desde meados de julho. Existem agora cerca de 10.000 novos casos por dia, o que significa que as restrições, incluindo o passe de saúde, devem permanecer.

“A situação melhorou consideravelmente devido à vacinação em massa”, às medidas de restrição, “à vigilância das pessoas” e “ao passe de saúde”, destacou o ministro, acrescentando: “nove em cada 10 pessoas elegíveis para serem vacinadas foram vacinadas. Somos hoje um dos países mais vacinados do mundo”.

Porém, o presidente da Fédération Nationale de la Mobilité Sanitaire (Federação Nacional para a Mobilidade Sanitária), Thierry Schifano, disse que 13% dos motoristas de ambulâncias e veículos de saúde não foram vacinados, “nem querem ser”. “Corremos o risco” de haver “interrupção de tratamentos e “um aumento na escassez de ambulâncias”.

https://zap.aeiou.pt/franca-profissionais-saude-vacina-432141

 

Facebook e Google criticados por anúncios de “reversão do aborto” !

O Facebook já veiculou anúncios de “reversão do aborto” 18,4 milhões de vezes desde janeiro de 2020, de acordo com um relatório do Center for Countering Digital Hate (CCDH), promovendo um procedimento “não comprovado, antiético” e “perigoso”.


Já o Google, avançou o Guardian, mostra esses anúncios na maioria dos resultados relacionados ao aborto em pesquisas associadas a termos de pesquisa como “gravidez indesejada” e “pílula de aborto”, em várias cidades dos Estados Unidos (EUA).

Os anúncios promovem o uso de altas doses de progesterona para “reverter” os efeitos do mifepristone, um dos fármacos usados nos abortos. Porém, um estudo publicado no New England Journal of Medicine refere que há “falta de evidências médicas que demonstrem a segurança e a eficácia do tratamento”, podendo causar hemorragias graves.

Apesar disso, oito estados norte-americanos exigem que as pessoas que procuram um aborto recebam informações que afirmam que tal reversão é uma opção. Esses anúncios, disseram os autores do estudo, “encorajam as mulheres a participarem de uma experiência de pesquisa não monitorizada”.

“É nojento que grupos que buscam minar os direitos sexuais e reprodutivos fundamentais sejam capazes de espalhar desinformação para mulheres e meninas vulneráveis. O que é pior: o Facebook e o Google estão a ganhar dinheiro com essa propaganda”, disse Imran Ahmed, diretor da CCDH.

Os especialistas já haviam classificado os “anúncios das ‘reversões da pílula do aborto’ como desinformação médica potencialmente letal e antiética. É por isso que não se vêem na televisão ou em jornais ou em sites de boa reputação”, continuou.

No Facebook, análises da própria plataforma revelaram que até 1,5 milhões de utilizadores no Reino Unido e 3 milhões na República da Irlanda podem ter sido alvo de anúncios que promovem essa utilização, pagos pelos grupos anti-aborto SPUC e no Life Institute.

A Google proíbe os anunciantes de promover “informações enganosas sobre produtos” e “produtos não aprovados pelo governo, comercializados” como se fossem “seguros ou eficazes”. O Facebook, por seu lado, proíbe anúncios do género de serem direcionados a jovens dos 13 aos 17 anos.

“Removemos muitos dos anúncios identificados no relatório – a maioria dos quais estavam inativos e tinham meses ou anos – por violarem as nossas políticas de oferta de produtos e serviços para adultos”, referiu um porta-voz do Facebook.

https://zap.aeiou.pt/facebook-google-anuncios-reversao-aborto-432092

 

Austrália, Reino Unido e EUA assinam pacto de defesa para conter China !

A Austrália, os Estados Unidos (EUA) e o Reino Unido anunciaram o “Pacto de Aukus”, que visa frente às pretensões territoriais da China no Indo-Pacífico e envolverá a construção de uma frota de submarinos com capacidade nuclear e projetos de guerra cibernética, inteligência artificial e computação quântica.


Este acordo, no âmbito da Segurança e Defesa, permite que a Austrália possa construir, pela primeira vez, submarinos com capacidade nuclear, com a participação de empresas norte-americanas e britânicas no processo de fabricação, avançou o Independent.

Na conferência conjunta, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e os primeiros-ministros Boris Johnson e Scott Morrison não fizeram referências diretas à China. O acordo, contudo, é visto como uma resposta norte-americana ao expansionismo de Pequim no Mar do Sul da China e das ameaças chinesas a Taiwan.

O acordo, considerado pelos especialistas como um dos mais significativos desde a Segunda Guerra Mundial, foi anunciado na quarta-feira em Washington, Londres e Camberra, tendo a iniciativa de construção da frota partido do governo australiano.

Sobre os submarinos, os EUA e a Austrália garantiram que Camberra não irá recorrer a armas nucleares ainda que estes tenham capacidade para as transportar. O país é um dos signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que visa impedir a aquisição e desenvolvimento de armas nucleares.

Apenas a China e a Índia operam submarinos com capacidade nuclear na região do Indo-Pacífico. A Índia é aliada dos australianos e os dois países realizam exercícios militares e navais juntos.

Já as relações entre a Austrália e a China estão cada vez mais tensas depois que Camberra pediu uma investigação independente sobre as origens do coronavírus e criticou a repressão chinesa em Hong Kong, o tratamento aos uigures em Xinjiang e a atuação em águas territoriais.

Por sua vez, a China estabeleceu restrições às importações australianas e ‘hackers’ ligados a Pequim foram acusados ​​de realizar ataques cibernéticos contra vários alvos na Austrália.

A Austrália torna-se, assim, no sétimo país do mundo a operar submarinos com capacidade nuclear, depois de EUA, Reino Unido, França, China, Índia e Rússia.

https://zap.aeiou.pt/australia-reino-unido-eua-pacto-china-432068

 

“Dezenas de pessoas” da comitiva de Putin infetadas com covid-19 !

O Presidente russo, Vladimir Putin, informou que dezenas de pessoas da sua comitiva testaram positivo para o coronavírus, doença que afetou mais de 7 milhões de habitantes no país.


Putin entrou em isolamento no início desta semana, após anunciar um surto entre membros da sua comitiva. “Casos de coronavírus foram detetados no meu círculo íntimo. Não apenas uma ou duas, mas várias dezenas de pessoas”, indicou o Presidente num vídeo, citado esta quinta-feira pelo Guardian.

Putin deveria estar presente na reunião da Organização do Tratado de Cooperação e Segurança (CSTO), em Dushanbe, no Tajiquistão, mas acabou por participar remotamente. Imunizado com a vacina russa Sputnik V, se encontrou esta semana com o Presidente sírio, Bashar al-Assad, e com atletas que regressaram dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio.

A Rússia tem o quinto maior número de casos de covid-19 e tem lutado para controlar as infeções, apesar do fácil acesso às vacinas. Segundo dados recentes, o país registou mais de 7 milhões de casos e 195.041 mortes por covid-19 – o mais alta na Europa -, num país cético em relação à vacinação.

Na terça-feira, cerca de 40,2 milhões dos 146 milhões de russos haviam sido totalmente vacinados, de acordo com o site Gogov. O país tem várias vacinas caseiras disponíveis gratuitamente ao público, mas não distribui nenhuma vacina de fabricação ocidental.

O país introduziu a vacinação obrigatória numa série de regiões, incluindo Moscovo, com Putin a apelar repetidamente para que a população se vacine.

As autoridades russas foram acusadas de minimizar os efeitos da pandemia e, após um primeiro bloqueio rígido em 2020, se abstiveram de introduzir novas medidas restritivas. Ao invés disso, depositou as esperanças de reduzir a pandemia nas suas quatro vacinas caseiras – Sputnik V, EpiVacCorona, CoviVac e a Sputnik Light.

https://zap.aeiou.pt/dezenas-de-pessoas-da-comitiva-de-putin-infetadas-com-covid-19-432111

 

Líder do Estado Islâmico no Grande Saara morto por forças francesas !

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta madrugada que o líder do grupo terrorista “Estado Islâmico no Grande Saara” (EIGS), Adnan Abu Walid Sahraoui, foi “neutralizado” por forças militares francesas.


“Trata-se de um novo grande sucesso no combate que conduzimos contra os grupos terroristas no Sahel”, escreveu o Presidente francês na rede social Twitter.

Na mensagem, Macron acrescentou que o país “pensa esta noite em todos os seus heróis mortos pela França no Sahel nas operações Serval e Barkhane, nas famílias enlutadas, em todos os seus feridos. O seu sacrifício não é em vão”.

O líder do EIGS “morreu após um ataque da força Barkhane”, escreveu a ministra da Defesa francesa, Florence Parly, no Twitter, saudando “um golpe decisivo” contra o grupo terrorista.

O EIGS, criado em 2015 por Adnan Abu Walid Sahraoui, tinha sido designado como “inimigo prioritário” no Sahel, na cimeira de Pau (sudoeste da França), em janeiro de 2020.

É considerado como estando por detrás da maioria dos ataques na região das “três fronteiras”, uma vasta área que abrange o Mali, Níger e Burkina Faso, entre os países mais pobres do mundo.

Em particular, reivindicou o ataque de Tongo Tongo, em outubro de 2017, no Níger, perto da fronteira maliana, uma emboscada que provocou a morte de quatro soldados norte-americanos e de outros tantos nigerinos.

A região é alvo recorrente de ataques de dois grupos jihadistas armados, o Estado Islâmico no Grande Sahara (EIGS) e o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em francês), associado à Al-Qaeda.

Pelo menos 5.100 militares franceses estiveram destacados nesta vasta região desértica, na operação Barkhane, a partir de 2014, sucedendo à operação Serval, lançada em 2013 pelo então Presidente francês François Hollande, para impedir que grupos jihadistas no norte do Mali assumissem o controlo do país.

Macron anunciou o fim da operação Barkhane no início de junho, considerando que a presença francesa “não pode substituir” os Estados da região que “decidem não assumir as suas responsabilidades” e não garantem a segurança ou os serviços públicos no seu território.

Meia centena de soldados franceses morreram nesta missão, que custa à França cerca de mil milhões de euros por ano.

Ao anunciar a redução das forças francesas no Sahel, em 10 de junho, Macron disse que a luta contra o terrorismo seria levada a cabo por forças especiais estruturadas em torno das operações Takuba e EUTM Mali, com participação francesa.

A operação Barkhane também contou com sete aviões de combate, 20 helicópteros, cinco a oito aviões de transporte estratégico, 280 veículos de combate pesados, 220 veículos ligeiros e 400 veículos logísticos, segundo o Ministério da Defesa francês.

Para além da luta contra o terrorismo, a estratégia francesa na região visava também assegurar que os países do chamado G5 Sahel (Níger, Mauritânia, Burkina Faso, Mali e Chade) conseguissem garantir a sua própria segurança de forma autónoma.

https://zap.aeiou.pt/lider-estado-islamico-morto-francesas-432016

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O “maior escritório flutuante do mundo” foi construído para resistir às alterações climáticas !


Um edifício flutuante foi construído em Roterdão, na Holanda, para resistir às alterações climáticas — se o nível da água subir, o “maior escritório flutuante do mundo” acompanhará a maré.

De acordo com o New Atlas, a construção do Escritório Flutuante de Roterdão (FOR, na sigla em inglês) foi recentemente concluída.

O edifício foi projetado para acompanhar a subida do nível da água — causado pelas alterações climáticas —, será alimentado por energia solar e pode ser facilmente reciclado quando chegar ao fim da sua vida útil.

Descrito como “o maior escritório flutuante do mundo” pela Powerhouse Company, a empresa criadora, o edifício foi recentemente inaugurado pelo Rei Willem-Alexander dos Países Baixos, ao lado do antigo Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon e da diretora administrativa da Fundo Monetário Internacional.

O escritório, que fica no porto de Rijnhaven, em Roterdão, servirá de sede para o Centro Global de Adaptação, acolhe o banco ABN Amro, a RED Company, a própria empresa de design Powerhouse e ainda um restaurante. O projeto faz parte de um esforço de reabilitação na área.

O FOR tem 3.606 metros quadrados, é feito de madeira pré-fabricada e repousa em cima de 15 pontões de betão feitos à medida que são ancorados juntos para criar uma base flutuante sólida. É composto por três andares, uma grande área de terraço e um telhado verde.

Toda a energia necessária para o edifício provém de uma matriz de painéis solares de 800 metros quadrados, e a água do porto é usada para dissipar o calor e para ajudar a fornecer aquecimento e arrefecimento eficientes.

O edifício inovador estará no porto de Rijnhaven até 2031. Depois será transferido para outro local ou poderá acolher outros inquilinos.

“Desenvolvemos o nosso escritório flutuante para refletir os valores dos seus residentes: o Centro Global sobre Adaptação”, explicou a Powerhouse Company.

“Esta organização não governamental com sede em Roterdão, presidida por Ban Ki-moon, visa promover o planeamento, o investimento e a tecnologia para mitigar as alterações climáticas. O edifício neutro em carbono foi concebido para ser resistente ao clima e flutuará se o nível do mar subir devido às alterações climáticas. O nosso escritório resistente ao clima é tanto uma ilustração da missão do centro como um exemplo de como construir estruturas flutuantes sustentáveis”, concluem.

https://zap.aeiou.pt/maior-escritorio-flutuante-do-mundo-431503

 

 

Remodelação no Reino Unido - Johnson demite ministros da Educação, Justiça e Habitação !

Os ministros da Educação, Habitação e Justiça foram hoje demitidos do Governo britânico no âmbito da remodelação que o primeiro-ministro, Boris Johnson, iniciou, na sequência de várias crises, como a da pandemia ou a da retirada do Afeganistão.


O ministro da Educação, Gavin Williamson, foi, sem surpresas, o primeiro a confirmar a saída, afirmando ter sido “um privilégio servir como Ministro de Educação desde 2019”. “Apesar dos desafios da pandemia mundial, estou particularmente orgulhoso das reformas transformacionais que conduzi”, escreveu na rede social Twitter.

Bastante criticado pela forma como geriu o cancelamento dos exames do ensino secundário e o encerramento das escolas durante a pandemia covid-19, era um dos que mais tinha a continuidade em causa.

A “ministra sombra” do Partido Trabalhista, na oposição, Kate Green, disse que Williamson deixa um legado de “dois anos de caos nos exames e funcionários abandonados, sem apoio e desmoralizados”.

Também demitidos foram o ministro da Justiça, Robert Buckland, e o ministro da Habitação, Robert Jenrick.

Dominic Raab, que tem estado sob pressão desde que foi conhecido que continuou as férias na Grécia durante o pico da crise de retirada britânica do Afeganistão, perdeu a pasta do Ministério dos Negócios Estrangeiros, passando para a Justiça.

Designado por Johnson para o substituir na chefia do Governo enquanto esteve hospitalizado, em abril passado, Raab passa agora a ter o título oficial de vice-primeiro-ministro.

Para o seu lugar passa a atual ministra do Comércio Internacional, Liz Truss, que se tem destacado na negociação de acordos pós-Brexit, pelo que a transferência é considerada pelos analistas como uma promoção.

O secretário de Estado do Conselho de Ministros, Michael Gove, considerado um dos mais eficazes no executivo, passa a ser responsável pelo pelouro da Habitação.

Gove é um dos ministros mais experientes do Governo, tendo no passado liderado as pastas da Educação, Ambiente e Justiça, pelo que acumulará com as missões de concretizar o “nivelamento do país”, uma das promessas de Johnson, e de manter as relações com as províncias da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Intocáveis parecem ser a ministra do Interior, Priti Patel, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, duas figuras populares na ala direita do Partido Conservador.

Apesar de ter sido acusada e considerada culpada de intimidar funcionários públicos e criticada por não conseguir controlar as travessias de imigrantes ilegais do Canal da Mancha, Patel mantém-se nas funções que ocupa desde 2019.

Sunak, cuja popularidade subiu durante a pandemia devido às medidas de apoio à economia e trabalhadores, tornando-se um potencial sucessor de Johnson, continua responsável pelo orçamento e política fiscal.

Após semanas de especulação sobre a iminência de uma remodelação governamental, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, iniciou hoje uma renovação dos seus ministros e membros do executivo.

A última remodelação governamental teve lugar em fevereiro do ano passado, depois de o Reino Unido sair formalmente da União Europeia (UE), mas, mesmo nessa altura, Boris Johnson manteve a maioria dos ministros em funções desde 2019 nos seus lugares.

Fonte do Governo disse à BBC que a remodelação pretende formar “uma equipa forte e unida” focada na recuperação da pandemia e “na união e nivelamento de todo o país”.

A reconfiguração da equipa começou esta tarde, após o debate semanal do primeiro-ministro na Câmara dos Comuns com os deputados, e deverá prolongar-se nos próximos dias.

Na semana passada, o líder do Partido Conservador negou que uma mexida no executivo fosse prioritária, tendo respondido aos jornalistas que “a população do país está focada na recuperação da [pandemia] de covid-19”.

Na imprensa britânica, vários comentadores referiram que a hesitação se deve, sobretudo, a uma questão de caráter de Johnson.

“Um dos piores defeitos de um primeiro-ministro é a necessidade de ser apreciado e Boris Johnson tem isso em excesso. Ele fica chocado quando é confrontado por alguém que pensa que ele não é mais do que um adorável monte de diversão. É por isso que odeia remodelações. Significa que tem de fazer inimigos”, explicou Iain Dale, no jornal Daily Telegraph.

https://zap.aeiou.pt/remodelacao-reino-unido-johnson-demite-ministros-educacao-justica-habitacao-431878

 

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