terça-feira, 19 de outubro de 2021

Tem uma carreira de sonho na Nike, mas cometeu um homicídio há 65 anos !

O presidente da Jordan Brand, Larry Miller, revelou que, há 56 anos, matou um adolescente nas ruas de Filadélfia, nos Estados Unidos.


O presidente da Jordan Brand — marca do ex-jogador de basquetebol Michael Jordan — sempre pareceu usufruir de uma vida de conforto e privilégios, com grandes conquistas e amizades de celebridades. Mas, afinal, não é bem assim.

Miller recebeu as luvas vermelhas de Muhammad Ali, uma bola de basquetebol comemorativa de Obama e até notas assinadas do próprio Michael Jordan. Mas manteve um segredo obscuro bem guardado.

Numa entrevista à revista Sports Illustrated, Larry Miller falou sobre o tempo que passou na prisão, depois de ter assassinado um adolescente, em 1965, quando tinha apenas 16 anos.

Miller pertencia ao gangue Cedar Avenue desde os 13 anos e na altura em que matou o outro adolescente tinha 16.

Depois de um amigo de Miller ter sido morto por um membro de um gangue rival, o adolescente ficou bêbado com os amigos e foi em busca de vingança — disparou uma arma de calibre .38 em direção ao peito de Edward White, de 18 anos, que acabou por ter morte imediata no local.

“Isso é o que torna as coisas ainda mais difíceis para mim, não foi por nenhuma razão”, disse, citado pela BBC.

“Quer dizer, não havia nenhuma razão válida para isto acontecer (…) Penso nisto todos os dias”, continuou.

Larry Miller cumpriu pena de prisão pelo assassinato e, apesar de não ter mentido sobre o assunto em nenhuma entrevista de emprego, admite que o manteve em segredo por muito tempo.

No próximo ano, o empresário, agora com 72 anos, vai lançar um livro de memórias onde fala sobre o acontecimento trágico.

“Isto estava a consumir-me”, disse, explicando que revelar o seu passado irá libertá-lo e fazer com que possa discutir as suas experiências com jovens em risco e pessoas que se encontram na prisão, mostrando que continuam a poder desempenhar um papel na sociedade.

O diretor da Jordan Brand queria que os factos se tornassem públicos nos seus termos e na sua linha temporal, revelando-os agora, antes que qualquer detalhe pudesse ser conhecido antes da publicação do livro.

“Esta foi uma decisão realmente difícil para mim”, disse.

Nos últimos meses, Miller tem informado as pessoas do seu círculo interno — incluindo Jordan, Knight, o comissário da NBA Adam Silver e vários executivos da Nike — para garantir que descobriam a partir de si próprio.

“Fiquei impressionado com o quão positiva tem sido a resposta”, disse Miller, chamando ao processo “um verdadeiro exercício de libertação”.

“Trata-se realmente de garantir que as pessoas compreendam que ex-presos podem dar um contributo [à sociedade].”, continuou.

Miller está na Nike desde 1997 e gere as operações da área ligada ao basquetebol, como as marcas de Michael Jordan e a Converse.

Em comunicado, a Nike disse à BBC News que a vida de Miller foi “uma incrível história de segundas oportunidades”.

“Estamos orgulhosos de Larry Miller e da esperança e inspiração que a sua história pode oferecer”, disse a empresa, acrescentando que apoia políticas que ajudam ex-prisioneiros a “abrir novas portas de oportunidade e a seguir em frente com as suas vidas”.

Miller espera que a sua história possa ajudar a afastar jovens em situação de risco de uma vida de violência e inspirar pessoas que estão presas a saber que “ainda podem contribuir para a sociedade.”

“O erro de uma pessoa, ou o pior erro que cometeu na sua vida, não deve controlar o que acontece com o resto da sua vida”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/carreira-sonho-nike-homicidio-ha-65-anos-438769

 

Duas décadas depois, uma cidade neozelandesa decidiu despedir o seu feiticeiro !

Ian Brackenbury Channell, o "feiticeiro de Christchurch"

Vinte e três anos depois, a autarquia de Christchurch, na Nova Zelândia, decidiu despedir Ian Brackenbury Channell, o famoso feiticeiro da cidade.

Desde 1998 que Ian Brackenbury Channell era o “feiticeiro de Christchurch”, sendo responsável por “atos de feitiçaria” e por promover a cidade neozelandesa (um trabalho que lhe garantia um ordenado de 16 mil dólares australianos por ano, ou seja, cerca de 10 mil euros).

Mas agora, conta a BBC, o seu reinado no mundo da feitiçaria chegou ao fim, com a autarquia a dizer que a cidade está a apostar numa direção mais moderna. Por seu lado, Channell, de 88 anos, mostrou não estar muito preocupado com o fim do contrato, dizendo que também já não se enquadrava nas “vibrações” da cidade.

“Dizem que sou chato e velho, mas não há ninguém como eu em Christchurch. Não gostam de mim porque são um bando de burocratas velhos e chatos que não têm imaginação”, afirmou ao site de notícias Stuff.

Segundo o site All That’s Interesting, é verdade que, em parte, a sua demissão acontece porque os neozelandeses já não se divertem tanto com a sua figura como antes. Mas também devido aos polémicos comentários sobre mulheres que fez, em abril, num programa satírico neozelandês.

No “New Zealand Today”, o mago disse que as mulheres “usam a sua astúcia para conseguir homens estúpidos” e aconselhou ainda: “Nunca batam numa mulher porque elas magoam-se com muita facilidade… e vão dizer aos vizinhos.”

Christchurch é a única cidade a ter um feiticeiro oficial desde 1982, segundo o site oficial. Além de ter sido uma atração turística, recorda a BBC, Channell ficou conhecido por fazer danças da chuva tanto na Nova Zelândia e na Austrália durante períodos de seca e por ter tido um papel de destaque durante os protestos contra a demolição de património classificado, após os sismos de 2011.

Nascido em Londres, o feiticeiro estudou Sociologia e Psicologia na Universidade de Leeds, tendo-se mudado depois para a Austrália, onde foi professor na Universidade de Nova Gales do Sul.

Nos anos 70, o inglês mudou-se para Christchurch, tendo-se tornado uma presença regular na praça central da cidade, onde falava, do alto de uma escada, vestido com a sua longa capa e usando um chapéu pontiagudo.

A polícia tentou detê-lo, o que só enfureceu os locais, por isso, a praça acabou por ser transformada numa área designada para falar em público. Em 1990, foi o próprio primeiro-ministro, na altura Mike Moore, a dizer que Channell deveria considerar tornar-se o feiticeiro oficial da Nova Zelândia.

Em declarações ao mesmo site, o britânico garantiu que vai continuar a andar pela cidade e a falar com as pessoas, como sempre fez. “Vão ter de me matar para me impedir.”

https://zap.aeiou.pt/cidade-neozelandesa-despediu-feiticeiro-438870

 

Vítimas do ataque na Noruega foram mortas com facadas e não com arco e flecha !

A polícia norueguesa esclareceu, esta segunda-feira, que as cinco vítimas mortais do ataque perpetrado na semana passada foram esfaqueadas, afastando assim a tese inicial que as mortes tinham sido provocadas por um arco e flechas.


Segundo a polícia, o suspeito do ataque, um cidadão dinamarquês de 37 anos, terá presumivelmente perdido ou deitado fora o arco e as flechas enquanto percorria as ruas de Kongsberg, pequena cidade com cerca de 25 mil habitantes, onde ocorreu na passada quarta-feira o ataque, que também fez três feridos.

“A certo momento, o suspeito deitou fora ou perdeu o seu arco e flechas”, afirmou o inspetor Per Thomas Omholt, numa conferência de imprensa, acrescentando: “Na zona de Hyttegata, matou cinco pessoas com facas, tanto em lugares privados como no espaço público”.

Inicialmente, a polícia informou que o suspeito, identificado como Espen Andersen Brathen, estava armado com um arco e flechas e duas outras armas brancas, mas não especificou a natureza das armas para efeitos da investigação.

“Tudo indica que estas vítimas foram mortas ao acaso“, disse o mesmo inspetor.

Segundo a polícia, mais de uma dezena de pessoas foram também atingidas pelo suspeito com o arco e as flechas, mas nenhuma sofreu ferimentos mortais.

Suspeito de radicalização islâmica, Espen Andersen Brathen, que foi colocado em prisão preventiva numa instituição medicalizada por um período de quatro semanas, as duas primeiras das quais em isolamento total, admitiu durante os interrogatórios ter cometido o ataque e ter matado cinco pessoas e ferido mais três.

Na sexta-feira passada, a polícia norueguesa referiu que a investigação do ataque reforçava, até àquela data, a tese de um ato cometido devido a doença.

“Quanto ao motivo, a doença continua a ser a hipótese principal. No que diz respeito à conversão ao Islão, essa hipótese está enfraquecida”, acrescentou Per Thomas Omholt.

Uma avaliação psiquiátrica está em curso para determinar se o suspeito pode ou não ser responsabilizado criminalmente pelos seus atos.

No sábado, a polícia norueguesa identificou as cinco vítimas mortais, quatro mulheres e um homem, de idades compreendidas entre os 52 anos e os 78 anos.

https://zap.aeiou.pt/vitimas-ataque-noruega-mortas-com-facadas-438840

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Morreu com covid-19 o ex-secretário de Estado dos EUA Colin Powell !

O ex-secretário de Estado do ex-Presidente George W. Bush morreu, aos 84 anos, devido a “complicações de covid-19”, anunciou a família, esta segunda-feira.

O ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell

“O general Colin L. Powell, ex-secretário de Estado dos EUA e presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior, faleceu esta manhã devido a complicações da covid-19. Tinha a vacinação completa. (…) Perdemos um marido, pai, avô notável e amoroso e um grande americano”, comunicou a família, em comunicado.

Powell foi o primeiro afro-americano a ocupar o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, antes de se tornar o chefe da diplomacia norte-americana sob a presidência republicana de George W. Bush.

O general foi uma peça chave no Governo de George W. Bush na luta contra o terrorismo, após os ataques de 11 de setembro de 2001, tirando proveito do conhecimento adquirido em particular pela sua passagem como chefe do Estado-Maior Conjunto, onde chegou em 1990.

Em 1989, Powell foi o estratego da invasão militar norte-americana do Panamá, que visou derrubar o ditador Manuel Noriega, cujo sucesso lhe valeu a atribuição da responsabilidade da operação Tempestade no Deserto, durante a Guerra do Golfo (1990-91).

Powell retirou-se da carreira militar em 1993, mantendo a sua atividade nessa área limitada a dar conferências e a escrever livros, tendo sido por várias vezes apontado como um possível candidato do Partido Republicano, apesar da sua condição de independente.

Em 2008, contudo, Powell manifestou publicamente o seu apoio à candidatura presidencial do democrata Barack Obama, no seu primeiro mandato.

https://zap.aeiou.pt/morreu-covid-19-colin-powell-438771

 

Grupo 400 Mowozo apontado como responsável pelo rapto de 17 missionários estrangeiros no Haiti

Grupo raptado era composto por 14 adultos e três crianças que se encontravam em território haitiano no quadro de uma missão de solidariedade dinamizada pela Christian Aid Ministries.


Um grupo armado intitulado 400 Mawozo, considerado um dos mais perigosos do Haiti, tem sido apontado como o responsável pelo sequestro de 17 pessoas, a maioria missionários norte-americanos e canadianos, às portas de um orfanato localizado na localidade de Ganthier, a qual será, segundo fontes internacionais, controlada por este gangue.

No grupo de pessoas raptadas, incluem-se 14 adultos, membros da associação Christian Aid Ministries, localizada no Ohio, e três crianças. A instituição, escreve o The Guardian, apoia cerca de nove mil crianças haitianas, tendo emitido apelos após o sucedido para que os indivíduos raptados fossem libertados em segurança. Segundo o The New York Times, o incidente terá acontecido quando o grupo regressava a casa depois de visitar um orfanato em Fond Parisien — foram mandados parar pelo grupo fortemente armado.

De acordo com o The Washington Post, um dos elementos raptados conseguiu enviar uma mensagem de Whatsapp durante o período em que estava a ser transportado para uma localização incerta. “Por favor, rezem por nós” Estamos a ser feitos reféns, eles raptaram o nosso motorista. Rezem, rezem, rezem. Não sabemos para onde nos estão a levar“, escreveu.

No que concerne ao 400 Mawozo, recentemente focou a sua ação em igrejas e grupos religiosos. Em abril já haviam sequestrado 100 pessoas, nomeadamente líderes religiosos que foram posteriormente libertados — ficando este caso associado à demissão do do então primeiro-ministro haitiano, Joseph Jouthe.

Ao longo dos últimos meses, os casos de sequestros no Haiti têm vindo a aumentar de forma sucessiva, contabilizando-se, desde o início de 2021, um total de 628 raptos, incluindo de 29 estrangeiros de três nacionalidades. Esta tornou-se uma forma de financiamento dos grupos armados que, após os sequestros, pedem resgates às famílias das vítimas em troca da sua libertação.

A estratégia aplicada pelo grupo 400 Mawozo neste sequestro tem sido, de resto regra, desde que começou a realizar raptos em larga escala: montam barricadas em estradas muito frequentadas, de forma a apanhar qualquer indivíduo que por ali passe seja de carro ou autocarro.

https://zap.aeiou.pt/grupo-400-mowozo-apontado-como-responsavel-pelo-rapto-de-17-missionarios-estrangeiros-no-haiti-438703

 

Facebook quer criar 10.000 novos empregos na UE nos próximos cinco anos !

Projeto que a gigante norte-americana quer criar em solo europeu consiste num metauniverso, um espaço virtual que permite a reunião de pessoas que não estão juntas fisicamente, com recurso a realidade virtual e aumentada.


O Facebook anunciou hoje que vai criar dez mil novos empregos na União Europeia nos próximos cinco anos e fazer da região uma prioridade nos seus planos para ajudar a construir o metaverso.

“O Facebook encontra-se no início de uma jornada para ajudar a construir a próxima plataforma de computação” e “juntamente com outras pessoas e entidades” está “a desenvolver o que é chamado de metaverso: trata-se de um projeto ambicioso que pretende criar espaços virtuais para pessoas que não estão juntas fisicamente se reunirem, através da utilização de tecnologias como a realidade virtual e aumentada“.

No centro do metaverso, explica a empresa, “está a ideia de que, ao criar um maior senso de ‘presença virtual‘, a interação ‘online’ pode tornar-se muito mais próxima da experiência de interação pessoal”.

Para a rede social, o metaverso “tem o potencial de ajudar a desbloquear o acesso a novas oportunidades criativas, sociais e económicas” e o Facebook acredita que os europeus vão moldar o metaverso desde o início. “Nenhuma empresa será proprietária e operará o metaverso”, acrescenta, adiantando que, “tal como a Internet, a sua principal característica será a sua abertura e interoperabilidade“.

Tornar este plano realidade “irá exigir colaboração e cooperação entre empresas, ‘developers’, criadores e legisladores” e para a rede social irá também exigir “um investimento contínuo em produto e talento tecnológico, bem como no crescimento em toda a empresa”.

Por isso, a empresa anunciou “um plano para criar dez mil empregos altamente qualificados na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos”, afirma Javier Olivan, vice-presidente para área de ‘central product services’ do Facebook, na publicação sobre o anúncio. “Este investimento é um voto de confiança na indústria tecnológica europeia e no potencial do talento tecnológico europeu”, notou.

Na publicação faz-se ainda referência a uma Europa que é “extremamente importante” para a empresa e “este é um momento emocionante para a tecnologia europeia”.

O Facebook salienta que a UE tem “uma série de vantagens que a tornam num ótimo lugar para as empresas de tecnologia investirem — um grande mercado de consumo, universidades de topo e, principalmente, talentos de alta qualidade“. A gigante tecnológica aponta que as empresas europeias “estão na vanguarda de vários campos, seja a biotecnologia, alemã que ajudou a desenvolver a primeira vacina MRNA, ou a coligação de neobancos europeus que lideram o futuro das finanças”.

A título de exemplo, “Espanha conta com níveis recorde de investimento em ‘startups’ que tudo resolvem, desde a entrega ‘online’ de mercearia à neuroeletrónica, enquanto a Suécia caminha para se tornar na primeira sociedade do mundo sem dinheiro em 2023“, exemplifica.

“Há muito tempo que o Facebook acredita que o talento europeu é líder mundial e é por isso que investiu tanto nele ao longo dos anos — desde o financiamento de bolsas na Universidade Técnica de Munique até à abertura do seu primeiro grande laboratório europeu de pesquisa de IA e programa acelerador FAIR em França, e à estreia do escritório do Facebook Reality Labs em Cork”, recorda a rede social.

O Facebook salienta também que a UE tem um “papel importante a desempenhar na definição das novas regras da Internet” e que os legisladores europeus “estão a liderar o caminho para ajudar a incorporar valores europeus como a liberdade de expressão, privacidade, transparência e os direitos dos indivíduos no trabalho diário da Internet”.

A rede social diz que “partilha desses valores e realizou medidas consideráveis ao longo dos anos para defendê-los“, esperando “ver a conclusão do Mercado Único Digital para apoiar as vantagens existentes na Europa, bem como a estabilidade dos fluxos de dados internacionais, que são essenciais para uma economia digital próspera”.

Destacando como urgente a necessidade de engenheiros altamente especializados, o Facebook afirma-se “ansioso para trabalhar com governos em toda a União Europeia de forma a encontrar as pessoas certas e os mercados certos para levar isso adiante, como parte de um próximo esforço de recrutamento em toda a região”.

https://zap.aeiou.pt/facebook-quer-criar-10-000-novos-empregos-na-ue-nos-proximos-cinco-anos-438683

 

“Instituição desadequada” para um país moderno - Podemos quer acabar com a monarquia espanhola na próxima década !

O partido de esquerda tem como objetivo instalar uma República plurinacional em Espanha, pondo fim ao poder monárquico.


O Podemos tem-se mostrado contra a monarquia em diversos momentos, mas agora assumiu como projeto para a próxima década acabar com o sistema monárquico espanhol para fundar uma República plurinacional em Espanha.

Nas principais conclusões da sua Universidade de Outono, o Podemos assume como objetivo “inalienável” para a próxima década lutar para que o país tenha uma Constituição do “século XXI” que ponha fim ao regime existente até agora.

De acordo com o documento final da Universidade de Outono, a que a Europa Press teve acesso, o partido agora liderado por Ione Belarra, quer lutar para acabar com uma “instituição desadequada” para um país moderno.

Para o Podemos, a monarquia “é uma gangrena que nenhum sistema democrático pode suportar”.

O partido destaca ainda que a criação da República plurinacional não é só um desejo, nem um objetivo político, é “irremediável” porque não se pode continuar a admitir que em pleno século XXI o chefe de Estado “não se escolha por sufrágio, mas por fecundação”.

Por outro lado, considera que o “centralismo monárquico” é “um dos principais focos dos conflitos territoriais” que acontecem em Espanha, que diminuiriam de sobremaneira se o atual sistema monárquico desse lugar a uma nova República, como a efémera II República que governou o país entre 14 de Abril de 1931 e o fim da Guerra Civil, em Março de 1939.

Refere ainda que a monarquia espanhola encontra-se até sob a “ameaça evidente” de ser manietada pela “direita e a extrema-direita” com a “reivindicação inflamada” que esta faz da figura do rei Felipe VI.

O partido também faz referência aos escândalos de corrupção em que a instituição monárquica se tem visto envolvida, e dá como exemplo a atuação dos tribunais em relação “ao mais grave caso de corrupção institucional” da história da democracia espanhola, “a fraude fiscal massiva de Juan Carlos”, o pai de Felipe VI que abdicou do trono e deixou o país.

https://zap.aeiou.pt/podemos-acabar-monarquia-espanhola-438655

 

Vaticano tem três celas e um só prisioneiro - Uma onda de julgamentos pode mudar isso !

Dez pessoas vão ser julgadas no Vaticano por crimes relacionados com a venda de um edifício em Londres. Visto como limitado e sombrio, o sistema judicial da cidade-estado está a mudar.


Carlo Capella é o único prisioneiro do Vaticano. O clérigo foi condenado, em 2018, a uma pena de cinco anos por posse e partilha de pornografia infantil.

A cidade-estado só tem três celas e raramente o seu tribunal viu criminosos serem julgados nele. A verdade é que este sistema judicial, outrora limitado e sombrio, está agora a mudar. Uma nova e inédita onda de julgamentos pode transformar esta realidade, segundo o The Washington Post.

O Vaticano está subitamente a conduzir julgamentos com uma frequência sem precedentes na sua história. O seu primeiro julgamento de abuso sexual terminou na semana passada, absolvendo dois padres — embora tenha sido apresentado recurso da decisão.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) rejeitou esta terça-feira 24 queixosos que já tinham tentado perante tribunais belgas processar o Vaticano por atos de pedofilia cometidos por padres.

O TEDH invocou em particular “a imunidade” do Vaticano reconhecida pelos “princípios do direito internacional”, dando assim razão à justiça belga, que tinha rejeitado os queixosos de nacionalidade belga, francesa e holandesa e invocado a imunidade da jurisdição do Vaticano.

Agora, o cardeal Angelo Becciu, destituído pelo Papa Francisco em setembro por diversos escândalos financeiros, será julgado, assim com outras nove pessoas, por crimes relacionados com a venda de um edifício em Londres.

Os arguidos são acusados dos crimes de abuso de poder, extorsão, branqueamento de capitais, fraude, falsa escritura pública e privada, violação do sigilo do cargo e peculato.

Embora o julgamento deva arrastar-se durante meses, o simples facto de estar a acontecer já é sinal de progresso para o sistema judicial do Vaticano.

“Agora temos muitas normas e regras que não tínhamos antes”, disse Juan Ignacio Arrieta, secretário do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos, ao jornal norte-americano.

Cada uma das três celas da penitenciária do Vaticano tem a sua própria sanita, além de uma cama de ferro e uma mesa fixada na parede. As janelas têm grades, mas o vidro pode ser aberto. A comida, relata o The Washington Post, é boa.

Paolo Gabriele, antigo mordomo do Papa Bento XVI, foi um dos reclusos que já esteve preso no Vaticano, após se ter descoberto que tinha divulgado documentos confidenciais.

Gabriele esteve numa cela do Vaticano em dois meses da sua sentença de 18 meses, até que Bento XVI o ter perdoado.

O ex-mordomo retratou a vida de prisioneiro do Vaticano como dura. Gabriele diz que durante o julgamento foi colocado numa sala tão pequena que não conseguia esticar totalmente os braços; a luz estava constantemente acesa; e, inicialmente, nem almofada lhe deram.

Nem todos pintam esta imagem da prisão do Vaticano.

“Era uma prisão luxuosa”, disse por sua vez Ambra Giovene, advogada de Gianluigi Torzi, um dos dez acusados no atual julgamento. Outro advogado disse que a experiência do seu cliente foi “muito positiva”.

https://zap.aeiou.pt/vaticano-onda-julgamentos-438393

 

Start-up israelita quer fazer roupa a partir de algas !

A Algaeing, criada em 2016, é uma empresa que converte as algas numa fórmula líquida, que depois pode ser usada como corante ou transformada num tecido.


A indústria da moda é uma das responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa e pela enorme quantidade de resíduos que acabam incinerados em aterros. É por isso que uma start-up israelita está a criar um tecido biodegradável e que tem um baixo consumo de energia – feito a partir de algas.

“Queremos aproveitar o poder das algas para criar um impacto real e genuíno contra as alterações climáticas”, disse à cadeia televisiva CNN Renana Krebs, CEO e uma das fundadoras da empresa Algaeing.

Criada em 2016, a marca conta com a ajuda da empresa Algatech, também israelita, que fornece as algas através da sua produção em “hortas verticais”, na água do mar, que funcionam com energia solar. Isto significa que, ao contrário do algodão, não ocupam terrenos agrícolas, nem têm as emissões de carbono associadas ao uso de fertilizantes.

A Algaeing converte as algas numa fórmula líquida, que pode depois ser usada como corante ou transformada num tecido quando combinada com celulose, uma fibra vegetal, que os fabricantes podem eles mesmo fazer ao usar a receita patenteada desta empresa.

Além da poluição associada à indústria, a produção de algodão também implica a utilização de milhões de litros de água. Segundo a sua co-fundadora, as fibras da Algaeing também reduzem o uso de água em 80%.

E não nos podemos esquecer do impacto humano, uma vez que quem trabalha na indústria têxtil costuma estar exposto a químicos perigosos e metais pesados. Neste caso, o corante à base de algas também não é tóxico e não contém alergénios, sendo não só uma vantagem para estes trabalhadores, mas também para os próprios consumidores.

Krebs acrescenta que o foco da Algaeing é mudar a cadeia de abastecimento da indústria e revelou que a empresa está a preparar-se para o lançamento comercial da sua tecnologia patenteada, já no próximo ano.

“Estamos a criar uma nova geração, uma nova categoria de produtos“, concluiu na entrevista à estação norte-americana.

https://zap.aeiou.pt/start-up-israelita-quer-fazer-roupa-a-partir-de-algas-438359

 

domingo, 17 de outubro de 2021

“Amazónia está próxima do ponto de não retorno”, alerta ex-ministra brasileira !


“A Amazónia já está próxima desse ponto de não retorno“, avisou Marina Silva, que fez parte do Governo de Lula da Silva, durante o evento organizado pelo Departamento de Estudos Latino-Americanos e Ibéricos da UCSB.

“Já começa a sequestrar menos carbono do que as emissões. Antes era uma consumidora de carbono, agora já não é – e é um stock de carbono”, frisou a ex-ministra, sublinhando que a floresta, apelidada de “pulmão do mundo”, já foi destruída em cerca de 20%.

A ex-política disse também que, mesmo que 100% das metas ambientais atuais sejam cumpridas, já não será possível evitar um aumento da temperatura na ordem dos dois graus centígrados, com “desequilíbrios terríveis para o planeta”, que já estão a acontecer.

“Se fizermos tudo a que nos comprometemos no Acordo de Paris, ainda assim estaremos devedores”, alertou.

A ex-governante mostrou-se muito crítica das políticas ambientais do atual Governo, liderado por Jair Bolsonaro, referindo que, em três anos, houve um desmantelamento das estruturas criadas pelos Executivos anteriores.

“Estamos a viver uma situação de completa desarticulação das políticas socioambientais no Brasil”, afirmou Marina Silva, apontando para “regressões” em áreas em que o Brasil já tinha conseguido “diversos avanços”.

A historiadora e ambientalista referiu que o país enfrenta “o grave problema dos desmatamentos”, com um Governo que tem um modelo de desenvolvimento desatualizado e cortou o orçamento das entidades que fiscalizam a integridade das florestas.

“Se mudar a legislação como eles querem mudar para não ter mais licenciamento ambiental, não ter mais demarcação de terras indígenas, começar a desenvolver grandes projetos e rodovias que estão a ser propostas e são altamente impactantes para a destruição da floresta, isso é o fim”, vaticinou.

Caracterizando o Governo Bolsonaro como “negacionista em relação à ciência” e “de visão autoritária”, com desprezo pela contribuição das instituições académicas e organizações que trabalham na pesquisa sobre a Amazónia, Marina Silva expressou a opinião de que o Presidente não será reeleito.

“Não acredito que terá um segundo mandato”, afirmou. “Há uma resistência muito grande por parte da sociedade brasileira para que ele não continue a cometer crimes de lesa-pátria, crimes de lesa-humanidade”, continuou. “Porque ele ataca o meio ambiente, a saúde pública, a educação, os direitos humanos. É um Governo que se distancia de qualquer padrão civilizatório”.

A ex-governante disse preferir que o Presidente seja “interditado” através de impeachment, “porque o Brasil não aguenta mais 13 meses de governo Bolsonaro”, mas considerou que se tal não acontecer, ele será derrotado nas urnas eleitorais.

Defendendo um “Plano Marshall” para articular todos os países que partilham a Amazónia (Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname), Marina Silva salientou também a importância de proteger os direitos das populações indígenas e apelou ao activismo generalizado.

“É uma causa de todos os brasileiros, mas também de toda a Humanidade”, afirmou. “É o momento de agir na justiça, dentro das academias e em todos os lugares”.

https://zap.aeiou.pt/amazonia-esta-proxima-do-ponto-de-nao-retorno-438574

 

Arquitetura em nome do amor - Homem constrói casa giratória para que a esposa possa escolher a vista !

Na Bósnia, um autodidata de 72 anos construiu uma casa invulgar: a habitação gira 360 graus para mudar de vista.

Algumas das mais bonitas obras arquitetónicas do mundo nasceram em nome do amor. É o caso do imponente Taj Mahal, um monumento em mármore branco do século XVII. Quando foi construído, o imperador Mughal Shah Jahan dedicou-o à sua esposa, Mumtaz Mahal, que morreu no parto.

A obra arquitetónica de Vojin Kusic não está ao nível do monumento indiano, mas é igualmente romântica. O projeto deste autodidata de 72 anos é uma casa giratória. O objetivo? Agradar a sua esposa.

Tudo começou quando Vojin e Ljubica Kusic se casaram. Na altura, conta o Interesting Engineering, Ljubica queria que os quartos recebessem muita luz solar, pelo que Vojin construiu a habitação a pensar nessa prioridade.

No entanto, para concretizar esta exigência, a sala de estar tinha de ficar voltada para o lado oposto da rua. A esposa não gostava nada dessa condição, porque não conseguia ver quem entrava no seu quintal.

Cansado das queixas, Kusic decidiu remodelar a casa e deu uma volta de 360º – literalmente.

Montada num pedestal de cimento, a casa rotativa gira graças a motores elétricos e a rodas de um antigo veículo de transporte militar. A uma velocidade constante que pode ser alterada de acordo com o seu gosto, a vista alterna entre campos de milho, terras agrícolas, rio e florestas.

Vojin criou o projeto sozinho e elaborou-o de forma a que a habitação pudesse fazer uma rotação completa em 22 segundos. Na forma mais lenta, completa uma volta em 24 horas.

Além de original, tem um benefício inesperado associado: é mais resistente a terramotos do que as casas estacionárias.

Vojin construiu a habitação inteiramente sozinho. O projeto invulgar levou cerca de seis anos a estar completamente concluído.

https://zap.aeiou.pt/homem-constroi-casa-giratoria-438107

 

O tukdam – um estado mental “meio-morto” dos monges budistas – é o novo fascínio da ciência !

Os monges budistas conseguem chegar a um estado de meditação tão profunda que não é detectada qualquer actividade cerebral.

Homem budista a meditar

No Budismo no Tibete, há um conceito mítico conhecido como “thukdam” ou “tukdam”. Acredita-se que este é o estado de mente em que um meditador experiente consegue chegar que é comparável ao que acontece na altura da morte.

É como se o cérebro estivesse “morto”, sem conseguir registar impressões sensoriais. No entanto, ainda há uns flashes de consciência restantes no corpo. O domínio do tukdam pode também ajudar um meditador a prolongar o processo da morte, escreve o IFLScience.

Depois de entrar neste estado, uma pessoa pode ser declarada como morta, mas o corpo vai continuar sentado e a sua pele vai continuar normal. Segundo Dalai Lama, os indivíduos que entram neste estado “podem ficar assim durante uma semana ou até um mês, de acordo com o seu desejo”.

Este fenómeno tem fascinado numerosos neurocientistas, médicos, psicólogos, antropólogos e filósofos nos últimos anos e muitos estão a tentar perceber como funciona.

Foi neste sentido que uma equipa multidisciplinar do Centro para as Mentes Saudáveis da Universidade do Wisconsin-Madison publicou o primeiro estudo revisto por pares sobre este estado mental.

A investigação foi publicada na Frontiers in Psychology em Janeiro. Os cientistas compararam a actividade cerebral de 14 meditadores experientes com a de outros 13 que recentemente faleceram depois de terem entrado no estado de tukdam.

Não foi detectada nenhuma actividade cerebral nos 13 monges mortos, mas os cientistas ressalvam que a análise mais próxima da hora da morte que fizeram foi já 26 horas depois do falecimento. Já a crença de que os seus corpos continuam como se estivessem vivos depois de morrerem continua sem ser confirmada.

Mesmo assim, os investigadores continuam animados com os resultados – especialmente por este ser um fenómeno ainda pouco estudado na medicina ocidental, que encara a morte como um estado binário que ou já aconteceu, ou ainda não.

“Na medicina Ocidental, a morte é conceptualizada num estado binário – ou estamos vivos num momento ou mortos no outro. Mas os processos biológicos não funcionam numa maneira on-off tão simples. Esperamos que este estudo catalise a conversa sobre o processo da morte e que levante questões sobre a morte enquanto processo e não como um interruptor binário”, refere Richard Davidson, autor do estudo mais recente.

Mas este paradigma parece estar a mudar. Um outro estudo publicado na New England Journal of Medicine este ano concluiu que o coração pode parar e voltar a bater várias vezes durante a morte antes de parar de vez.

Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de analisarem ao detalhe os sinais vitais de mais de 600 pacientes com doenças graves quando estes foram desligadas as máquinas que os mantinham vivos.

Apesar de ainda se estar longe de ter respostas concretas sobre como o estado mental pode influenciar a morte, já sugere que os nossos últimos momentos são mais um processo do que um único momento em que morremos de uma vez só.

https://zap.aeiou.pt/tukdam-mental-meio-morto-monges-438124

 

Exército dos EUA pode agora imprimir edifícios de cimento em 3D em zonas de desastre !

Edifícios impressos em 3D pelo exército norte-americano

O objectivo da tecnologia é facilitar a construção de casas e pontes quando são precisas com urgência em zonas afectadas por catástrofes.

O Corpo de Engenheiros do exército norte-americano pode agora imprimir quartéis, bunkers e outras estruturas em ambientes desafiadores e de catástrofes naturais. O Programa chama-se Construção Automatizada de Estruturas Expedicionárias (ACES) e tem também planos para criar a primeira ponte para veículos impressa em 3D.

“A nossa prioridade era desenvolver a capacidade utilizando a tecnologia de impressão a 3D para uso num ambiente expedicionário, especialmente para propósitos militares” afirma Megan Kreiger, do Centro de Pesquisa de Engenharia e Desenvolvimento do exército, citada pela New Scientist.

“Isto significa que tem de se enviar os edifícios num contentor, tem de se usar materiais locais, tem de se trabalhar num ambiente sujo e que se é preciso que aguente com muito desgaste e continue seguro”, acrescenta.

Kreiger explica que as impressoras para materiais parecidos com cimento ainda não têm esta robustez e que geralmente precisam de uma argamassa especial. Mas a tecnologia ACES pode imprimir cimento em 3D feito com argamassa local.

Já várias impressoras foram criadas como parte do programa ACES, incluindo uma chamada ACES Lite feita em parceria com a Caterpillar. Segundo o Corpo de Engenheiros do exército americano, alguma da tecnologia ACES pode construir uma amostra das estruturas num único dia, com uma equipa de três pessoas.

Isto dá também mais liberdade de design, por exemplo, com a construção de quartéis 3D com paredes curvadas na base para terem mais força e lisas mais acima. O isolamento e outras características podem ser construídas consoante a necessidade. “Podemos construir formas complexas muito facilmente com custo pouco ou nenhum adicional”, diz Kreiger.

Os edifícios impressos a 3D continuam a exigir telhados e outros toques finais como qualquer outro trabalho de construção, acrescenta. Em áreas onde os materiais e a mão de obra são abundantes, a tecnologia pode não trazer muitas vantagens, mas é já bastante mais útil em zonas remotas, especialmente em zonas afectadas por desastres onde estruturas como casas e pontes são precisas urgentemente.

https://zap.aeiou.pt/exercito-eua-imprimir-edificios-3d-438057

 

No Japão, o suicídio entre crianças atingiu um número recorde !

Segundo um relatório divulgado pelas autoridades japonesas, o receio de uma infeção pelo novo coronavírus foi a justificação mais invocada por crianças e jovens para faltarem às aulas durante um longo período de tempo.


Durante o ano de 2020, o número de crianças japonesas em idade escolar que se suicidou atingiu um valor recorde desde que o fenómeno começou a ser contabilizado pelas autoridades competentes, em 1974. De acordo com um relatório divulgado esta semana, estima-se que 415 crianças tenham colocado termo à própria vida. São várias as justificações apontadas para esta realidade, nomeadamente problemas familiares, maus resultados escolares, más relações com outras crianças ou até doenças, avançou a televisão pública japonesa NHK.

Apesar do relatório detalhado que foi publicado, não são avançadas causas para mais de metade dos suicídios cometidos no período em análises. É, ainda assim, sabido que o número representa um aumento de 31% face ao ano anterior, quando 317 crianças morreram desta forma, escreve a CNN.

“O aumento é extremamente preocupante” alertou Eguchi Arichika, responsável pelo departamento de Crianças e Jovens do ministério da Educação do Japão. Paralelamente, o relatório também revela que mais de 190 mil estudantes do ensino básico e secundário estiveram 30 dias ou mais afastados das atividades letivas, outro número recorde que representa um aumento de 8% face ao ano anterior — com o receio de uma infeção pela SARS-CoV-2 a ser apontada como a principal justificação para a ausência.

“Os resultados mostram que esta pandemia tem causado mudanças nos ambientes escolares e familiares que tiveram impacto no comportamento das crianças”, explicou Eguchi. “Queremos promover esforços para tornar mais fácil a partilha de métodos que tornem possível às pessoas encontrar ajuda e assegurar-nos de que as crianças que não podem ir à escola podem continuar a aprender”, adiantou a responsável.

Neste momento, ainda não é claro como é que a pandemia e os confinamentos contribuíram para o aumento das faltas à escola no Japão. Ali, as escolas com ensino primário e básico estiveram fechadas desde março até maio de 2020, sendo que o ano letivo japonês começa em abril e termina em março do ano seguinte.

https://zap.aeiou.pt/japao-suicidio-criancas-numero-recorde-438428

 

Praia intocada no Japão é uma das últimas do país - A sua pureza está a ser violada !

A praia em Katoku, no Japão, é parte do Património Mundial da UNESCO. A construção de um paredão está a dividir a população local.

A praia de Katoku, no Japão.

Nesta praia cercada por montanhas em Katoku, no Japão, quase não há sinais de presença humana. São poucas as casas que se escondem entre a vegetação, deixando a praia intocada pela civilização.

Em julho deste ano, a praia passou a fazer parte do Património Mundial daUNESCO, já que é a casa de quase uma dúzia de espécies em vias de extinção.

Dois meses depois, a praia estava cheia de retroescavadoras prontas a retirar uma grande parte da duna de Katoku e enterrar dentro dela uma enorme parede de cimento destinada a conter a erosão.

Segundo o The New York Times, o projeto do paredão demonstra como nem mesmo os mais preciosos tesouros ecológicos conseguem sobreviver à obsessão de construção do Japão. Esta tem sido uma resposta comum à ameaça de desastres naturais — e uma fonte vital de estímulo económico e capital político.

Os apoiantes do projeto — a maioria dos seus 20 residentes — dizem que a sobrevivência da vila está em jogo, uma vez que foi atingida por fortes tempestades nos últimos anos. Os opositores, por sua vez, argumentam que um paredão destruiria a praia e o seu ecossistema.

Jean-Marc Takaki, imigrante francês de 48 anos, começou a fazer campanha contra o paredão em 2015, depois de se mudar para uma cidade próxima para ficar mais perto da natureza. Quando visitou Katoku pelo primeira vez, em 2010, Takaki diz que nunca tinha visto um sítio assim.

“Se eles terminarem de construir isto, não sei o que vamos fazer aqui”, disse Takaki ao jornal norte-americano.

Katoku não é um caso único. Ao longo de cada centímetro habitável da costa japonesa, há estruturas de cimento semelhantes à desta praia. Foi esta a solução encontrada para preparar o país para um evento semelhante ao terramoto e tsunami de 2011.

“Em que medida é que o cimento está lá por causa das coisas que precisam de ser protegidas e até que ponto isso faz parte da cultura japonesa?”, pergunta Jeremy Bricker, professor da Universidade de Michigan, especializado em engenharia costeira.

Em alguns casos, o cimento pode ser substituído por amortecedores naturais, como areia ou vegetação, explicou Bricker.

“O Japão está tão focado em promover o trabalho para empreiteiros tradicionais — isto significa usar cimento — que não houve tanto ênfase em soluções flexíveis”, acrescentou.

Em Katoku, durante décadas, os habitantes locais recusaram as ofertas do governo para blindar a costa com cimento. No entanto, em 2014, dois tufões varreram a praia e arrancaram as árvores que protegiam a aldeia — abalando a confiança dos residentes locais na capacidade de proteção da baía.

O governo local recomendou uma parede de cimento de mais de 500 metros de comprimento para impedir que o oceano devorasse a praia. Devido à contestação de alguns habitantes, concordou-se em diminuir o tamanho para metade.

Tomohiko Wada é um dos vários advogados que estão a processar para impedir a construção: “Os moradores queriam fazer algo, e o governo local disse ‘cimento’, porque é isso que o Japão faz”.

https://zap.aeiou.pt/praia-intocada-no-japao-e-uma-das-ultimas-do-pais-a-sua-pureza-esta-a-ser-violada-438140

 

sábado, 16 de outubro de 2021

Pela primeira vez, um drone transportou os pulmões de um dador em segurança. - Voo demorou seis minutos !

Pela primeira vez na história da medicina, um drone aéreo transportou os pulmões de um dador com rapidez e segurança entre dois hospitais.

O voo, que durou apenas seis minutos, ocorreu no passado dia 25 de setembro – e fez uma ligação entre o Toronto Western Hospital e o Toronto General Hospital.

Esta inovação no transporte de órgãos mostra-se muito relevante pois tem o potencial de acelerar a transferência de órgãos do dador para o recetor, principalmente em áreas urbanas.

Segundo o Toronto Star, os minutos poupados na viagem podem fazer a diferença entre a vida ou a morte dos pacientes que aguardam por um transplante. Nestes casos, o tempo é ainda fundamental para garantir que os órgãos que serão transplantados continuam a ser viáveis.

Notavelmente, os pulmões são um dos órgãos mais desafiantes no que diz respeito à sua conservação, já que mantê-los oxigenados e funcionais não é uma tarefa fácil.

Tal como indica o Toronto Star, 80% dos pulmões que são doados acabam por não ser usados em transplantes por esse motivo.

“Este é um passo importante tanto na perspetiva de aviação como na perspetiva da saúde”, referiu Mikaël Cardinal, vice-presidente da gestão de programas para sistemas de distribuição de órgãos da Unither Bioélectronique, a empresa responsável pelo desenvolvimento dos drones, em comunicado.

Apesar do voo ter durado apenas seis minutos, os engenheiros da Unither Bioélectronique têm trabalhando arduamente na preparação da curta viagem ao longo dos últimos 18 meses.

Para o transporte, a equipa criou um contentor leve de fibra de carbono capaz de resistir a mudanças de elevação, pressão e vibrações. Os voos de teste foram realizados com pacotes fictícios, e o contentor foi equipado com um paraquedas e um sistema GPS antes de ser declarado apto para a viagem.

“Momento muito emocionante”

Shaf Keshavjee, cirurgião-chefe da Rede Universitária de Saúde do Canadá, esperou ansiosamente pela chegada do drone.

“Vê-lo passar por cima dos prédios foi um momento muito emocionante”, referiu o médico, acrescentando que deu um “suspiro de alívio” quando o drone pousou e pode verificar que “estava tudo bem”.

No entanto, os pulmões, não são o primeiro órgão a subir aos céus. Em 2019, um rim foi entregue por drone em Baltimore, enquanto córneas e um pâncreas também já fizeram uma viagem aérea.

A equipa por trás da inovação espera que esta possa abrir caminho para a entrega de órgãos semi-autónomos, melhorando a disponibilidade e distribuição eficaz de órgãos para transplante.

“Com esta tecnologia única, poderemos um dia transportar órgãos com menos barreiras logísticas e eliminar a necessidade de transportar equipas cirúrgicas inteiras em aeronaves maiores. Os drones podem ajudar os órgãos a chegar às pessoas que precisam deles, de forma mais rápida e económica”, sublinha a Unither Bioélectronique.

A empresa pretende agora estender o alcance das suas aeronaves, na esperança de desenvolver drones que podem voar 160 quilómetros, e que mais tarde alcancem os 320 quilómetros.

“Em última análise, pretendemos que os drones aéreos entreguem pulmões, corações e rins em toda a América do Norte”, afirmou Martine Rothblatt, CEO da United Therapeutics, empresa que controla a Unither Bioélectronique.

https://zap.aeiou.pt/drone-transportou-pulmoes-seguranca-438171

 

La Palma regista sismo de 4,6, a maior magnitude desde o início da erupção !

Um total de 36 sismos foram registados na ilha de La Palma desde a noite passada, um deles registado em Mazo com 4,6, o de maior magnitude desde que a erupção do vulcão Cumbre Vieja começou há quase um mês.

Vulcão Cumbre Vieja lança lava, cinzas e fumo em La Palma

De acordo com informações do Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN), este sismo de magnitude 4,6 foi registado a uma profundidade de 37 quilómetros às 04h41. Várias horas depois, às 06h07, houve outro sismo com uma magnitude de 4,5 na mesma área e profundidade. Os restantes sismos oscilaram entre 3,1 e 2,3 graus de magnitude.

Segundo o IGN, em Mazo foram registados 14 movimentos e em Fuencaliente 22. Dois sismos foram localizados em Tenerife, um com magnitude 1 em Santiago del Teide e a uma profundidade de cinco quilómetros; e outro em Guía de Isora de 1,7 a uma profundidade de quatro quilómetros.

O vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção no passado dia 19 de setembro, obrigando à retirada de milhares de pessoas das zonas afetadas. A atividade sísmica aumentou e têm sido registados dezenas de abalos em La Palma.

Segundo o jornal El Mundo, esta sexta-feira, abriu-se uma nova boca eruptiva no vulcão, a sudeste do cone principal, estando a emitir cinzas e piroclastos.

O diretor técnico do Plano de Emergências Vulcânicas das Canárias (Pevolca), Rubén Fernández, assinalou, em declarações à Televisión Canaria, que se trata de um “processo normal” dentro do “complexo processo eruptivo”, tendo por isso enviado uma mensagem de tranquilidade à população.

A ilha espanhola, que tem cerca de 85 mil habitantes, vive atualmente a terceira erupção vulcânica num século, após a do vulcão San Juan, em 1949, e a do Teneguía, em 1971.

Uma nuvem de dióxido de enxofre emitido pela erupção atingiu a Península Ibérica esta semana, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

https://zap.aeiou.pt/la-palma-regista-sismo-de-4-6-438527

 

Bolsonaro será acusado de 11 crimes na gestão da pandemia, entre os quais homicídio !

O senador Renan Calheiros, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a gestão da pandemia, anunciou que Jair Bolsonaro deverá ser indiciado de 11 crimes, entre os quais o de homicídio.


O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga alegadas falhas e omissões do Executivo brasileiro na gestão da pandemia, o senador Renan Calheiros, anunciou que Jair Bolsonaro deverá ser acusado de 11 crimes.

Calheiros, que vai apresentar na próxima semana o relatório final da investigação, afirmou à rádio CBN que deverá acusar o Presidente de epidemia com resultado em morte; infração de medidas sanitárias; emprego irregular de verbas públicas; incitação ao crime; falsificação de documento particular; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crime contra a Humanidade; crime de responsabilidade; e homicídio por omissão.

O senador explicou que a acusação de homicídio significa, neste caso, que o Presidente não cumpriu o seu dever legal de evitar a morte de milhares de brasileiros durante a pandemia.

Além de do chefe de Estado brasileiro, ministros, ex-ministros e filhos de Bolsonaro também deverão constar na lista de acusados.

Depois da apresentação do relatório final da investigação, no dia 19 de outubro, a expectativa é que o relatório seja votado logo no dia seguinte (20), adianta o portal G1. De seguida, o texto será enviado ao Ministério Público brasileiro, responsável por decidir se leva para a frente, ou não, os pedidos feitos pela CPI.

Esta sexta-feira, Jair Bolsonaro optou por ironizar a possível acusação de homicídio feita por esta comissão. “Sabiam que eu fui indiciado hoje por homicídio? A CPI indiciou-me por homicídio. Renan Calheiros indiciou-me por homicídio. Onze crimes”, disse o Presidente, entre risos, numa conversa com apoiantes no Palácio da Alvorada, a sua residência oficial.

“O que nós gastamos com auxílio de emergência [subsídio dado a desempregados na pandemia] foi o equivalente a 13 anos de Bolsa Família [programa social criado pelo ex-Presidente Lula da Silva]. Há indivíduos que ainda criticam. O Renan chama-me de homicida. Um bandido daqueles. Bandido é um elogio para ele. (…) O Renan acha que eu não vou dormir porque está a chamar-me de homicida, está de ‘sacanagem’.”

“O que é que passa na cabeça do Renan Calheiros naquela CPI? (…) O que é que passa na sua cabeça com este indiciamento? Este indiciamento, para o mundo todo, é que eu sou homicida. Eu não vi nenhum chefe de estado [governador estadual] ser acusado de homicida no Brasil por causa da pandemia e olhem que eu dei dinheiro a todos eles“, afirmou ainda.

A Comissão foi instalada no Senado brasileiro em abril passado e, desde então, tem apurado indícios de inúmeras irregularidades, que vão desde a defesa de fármacos ineficazes contra a doença por parte do Governo, até possíveis casos de corrupção na negociação de vacinas.

Marcada por várias polémicas e revelações, a CPI ouviu mais de 50 pessoas, entre ministros e ex-ministros, especialistas em Saúde, empresários, advogados, funcionários públicos, entre outros, e abordou ainda alegadas falhas na gestão da pandemia, como a demora na aquisição de vacinas ou a crise de oxigénio no Amazonas, que matou dezenas de pacientes por asfixia.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-indiciado-11-crimes-gestao-pandemia-438531

 

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