terça-feira, 19 de outubro de 2021

Um dos microscópios de Darwin vai a leilão - Esteve nas mãos da sua família durante quase 200 anos !

Um microscópio que Charles Darwin ofereceu ao filho Leonard – e que esteve nas mãos da sua família ao longo de quase 200 anos – vai ser leiloado em dezembro e poderá valer cerca de 415 mil euros.


O instrumento foi projetado por Charles Gould para a empresa Cary por volta de 1825 e é um dos seis microscópios sobreviventes associados ao naturalista britânico, de acordo com a casa de leilões Christie’s.

Segundo a Reuters, a data da sua criação coincide com a época em que Darwin estudava zoófitos – organismos como corais e anémonas do mar.

É incrivelmente arrepiante olhar através disto e ver o mundo microscópico que Darwin terá visto nas décadas de 1820 e 30″, referiu à Reuters James Hyslop, diretor do Departamento de Instrumentos Científicos, Globos e História Natural da Christie’s.

“Mais tarde na sua vida, em 1858, há uma carta maravilhosa que ele escreve ao seu filho mais velho que diz que o jovem Lenny estava a dissecar no seu microscópio e ele disse ‘Oh papá, eu devia estar tão contente com isto a minha vida toda’. É maravilhoso ter aquela ligação familiar de Charles Darwin pouco antes de ele se tornar internacionalmente famoso”, refere Hyslop.

Darwin publicou a sua obra pioneira “A Origem das Espécies”, em 1859, eleito, em 2015, o livro académico mais influente de sempre​.

“Charles Darwin é um dos maiores nomes da história da ciência, e os colecionadores de Darwiniana são muitos”, destaca Hyslop.

O microscópio será proposto no leilão da Christie’s Valuable Books & Manuscripts, no dia 15 de dezembro, e tem um preço estimado entre as 250 mil e as 350 mil libras (entre 296 a 415 mil euros).

https://zap.aeiou.pt/microscopio-darwin-vai-a-leilao-438714

 

Pedro Sánchez promete abolir a prostituição em Espanha, por considerar que esta “escraviza” as mulheres

Espanha é um dos países europeus com mais trabalhadoras na indústria do sexo, as quais são sobretudo originárias de países da Europa mais pobres, da América Latina e de África.


O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez anunciou este fim de semana, no último dos três dias do congresso do Partido Socialista Operário Espanhol, que pretende abolir a prostituição no país por entender que esta “escraviza” as mulheres. As declarações de Sánchez reafirmam a intenção do partido, que já havia inscrito a medida no seu programa eleitoral para as eleições de 2019. Na altura, o documento caracterizava a prostituição como “um dos aspetos mais cruéis da feminização da pobreza e uma das maiores formas de violência contra a mulheres“.

Tal como lembra o The Washington Post, desde que foi descriminalizada em Espanha, em 1995, a prostituição explodiu, com o país a figurar nos primeiros lugares dos relatórios internacionais que sobre a prática — ficando apenas atrás da Tailândia e de Porto Rico. De acordo com as estimativas mais recentes, as receitas provenientes do negócio do sexo em Espanha cifram-se em cerca de 22 mil milhões de euros anualmente, com 300 mil pessoas a trabalhar na indústria.

No território europeu, a prostituição é legal em países como a Alemanha, Suíça, Áustria e Grécia. Os seus adeptos consideram que traz grandes benefícios para as mulheres que trabalham na indústria, por exemplo, ao nível da sua segurança. No entanto, os críticos da descriminalização defendem que esta acaba por resultar num aumento do tráfico humano, proxenetismo e outros crimes relacionados.

Na década de 80, a maioria das trabalhadoras do setor do sexo em Espanha nasceram ali, mas a realidade mudou anos mais tarde, com a maioria a ser proveniente dos países mais pobres da Europa, da América Latina e de África — o que as torna mais vulneráveis à exploração. Num passado recente (sobretudo desde que a esquerda assumiu o poder), o tema evoluiu para um dos tópicos mais discutidos na vida política espanhola, sobretudo pela sua ligação à imigração ilegal.

Em Espanha, a vasta maioria da prostituição não está regulamentada, não existindo molduras penais para aqueles (ou aquelas) que ofereçam serviços de cariz sexual por conta própria, desde que esses não decorram na via pública. Ainda assim, o proxenetismo ou atuar como elo de conexão entre um trabalhador da área do sexo ou um potencial cliente é ilegal.

Isto criou uma lacuna legal na qual os negócios podem obter licenças para a criação de espaços que podem funcionar como bordeis mas não podem contratar trabalhadores da área do sexo diretamente, ou seja, os trabalhadores devem “arrendar” os quartos onde trabalham — uma situação que significa que não usufruem de benefícios legais e outro tipo de proteções que os restantes trabalhadores têm à sua disposição.

No ano passado, a questão levou quase 100 personalidades (entre académicos, artistas, escritores, juristas e até antigas prostitutas) a assinar um manifesto a apelar à banição da prostituição em Espanha. O documento apontava, por exemplo, que uma percentagem muito significativa das mulheres que trabalham nesta área viviam na pobreza, sem que se pudesse dizer que escolheram a profissão em detrimento de outra alternativa viável.

Durante o anúncio da medida, Pedro Sánchez não explicou como é que pretende aplicar a medida. O anúncio já mereceu reações por parte de grupos de ativistas nestas áreas que defendem que, em vez de abolida, a prostituição devia ser reconhecida como uma atividade económica legítima e os seus trabalhadores beneficiários dos mesmos tipos de direitos dos trabalhadores das restantes áreas.

“Não é uma medida socialista acabar com o trabalho de 300 mil pessoas, na grande maioria mulheres imigrantes. Apenas direitos podem acabar com a exploração, não são rusgas ou ações de fiscalização da polícia”, escreveu no Twitter o Committee of Support for Sex Workers, um grupo britânico de defesa das mulheres na indústria do sexo. “Criminalizar clientes e locais de trabalho não acaba com a prostituição, apenas torna as trabalhadores mais inseguras e precárias“, acrescentaram.

https://zap.aeiou.pt/pedro-sanchez-abolir-prostituicao-espanha-escraviza-mulheres-438796

 

“Um milagre” - Dois jovens sobreviveram quase uma semana no deserto australiano !

Dois jovens, de 14 e 21 anos, sobreviveram durante quase uma semana no deserto, sem água e sem comida, depois de se terem perdido no Território do Norte, na Austrália. A polícia fala num verdadeiro “milagre”.


Mahesh Patrick, de 14 anos, e Shaun Emitja, de 21, foram encontrados, de forma separada, na sexta-feira e no sábado. Ambos estavam desidratados e exaustos, mas felizmente estavam bem, conta a BBC.

Segundo a emissora britânica, o veículo onde ambos se encontravam ficou atolado numa região arenosa no Território do Norte, na passada segunda-feira, depois de uma viagem de quatro horas. Incapazes de retirar dali o carro, os jovens decidiram passar a noite no veículo e partir na manhã seguinte para encontrar água.

De acordo com as autoridades, a dupla caminhou cinco quilómetros até uma colina, tendo-se apercebido depois que estava a ir na direção errada. Os dois jovens acamparam durante uma noite naquele local, onde a polícia acredita ter encontrado uma fonte de água.

“Acreditamos que a última vez que tiveram água à sua disposição terá sido na terça-feira”, disse a comandante Kirsten Engels, citada pela BBC.

Entretanto, os jovens decidiram separar-se. Mahesh caminhou cerca de 35 quilómetros sozinho, tendo a certa altura encontrado uma cerca que seguiu durante dois dias. Foi encontrado na última sexta-feira à noite.

“Milagrosamente, foi localizado por membros da comunidade que o levaram à sua família”, contou ainda Engels, acrescentando que o jovem ajudou depois a polícia numa busca aérea por Shaun, que acabaria por ser encontrado na noite de sábado.

“Eles têm muita sorte por estar vivos. Todos nós sabemos como é difícil” estar ali, disse ainda a comandante, numa alusão às temperaturas extremas da região, que costumam rondar os 40 graus.

https://zap.aeiou.pt/dois-jovens-sobreviveram-semana-deserto-australiano-438868

 

Os hipopótamos de Pablo Escobar começaram a ser esterilizados

O grupo de hipopótamos, mais uma parte do indesejado legado deixado na Colômbia pelo traficante de droga Pablo Escobar, está a ser esterilizado.


Quando o Cartel de Medellín estava no seu auge, Pablo Escobar gastou parte dos muitos milhões que possuía graças ao tráfico de droga num jardim zoológico privado, que tinha animais como rinocerontes, girafas, zebras e hipopótamos.

Em 1993, Escobar foi apanhado e morto pelas autoridades e, desde então, a maioria dos hipopótamos continuou a viver num campo perto da Hacienda Nápoles, a famosa propriedade do ‘rei’ do narcotráfico.

Em algumas décadas, os animais passaram de quatro para mais de 80 e uma equipa de investigadores já mostrou como a sua presença também está a fazer estragos nos ecossistemas aquáticos da Colômbia.

Agora, conta a BBC, o Governo colombiano está a levar a cabo um processo de esterilização, com um produto químico que os tornará inférteis, tendo sido esterilizados até ao momento 24 animais.

Na altura da morte de Escobar, a maioria dos animais do seu jardim zoológico privado foi realojada noutros zoos do país. Mas não os hipopótamos, não só pela logística complicada, mas também porque revelaram ser demasiado teimosos e agressivos.

“Era logisticamente difícil transportá-los, então as autoridades simplesmente deixaram-nos lá, provavelmente pensando que acabariam por morrer“, disse, no início deste ano, a bióloga colombiana Nataly Castelblanco à BBC.

De acordo com especialistas, os animais começaram a espalhar-se numa das principais vias navegáveis do país, o rio Magdalena. Com isso, os seus excrementos afundam no leito do rio e agem como um fertilizante potente, o que faz com que as algas e as bactérias da água cresçam. Isso não apenas drena a água de oxigénio e nutrientes importantes para outros organismos, como também pode resultar no aparecimento de algas prejudiciais.

Por outro lado, também há outros estudos que sugerem que estes animais também podem estar a ajudar o meio ambiente.

https://zap.aeiou.pt/hipopotamos-pablo-escobar-esterilizados-438876

 

Tem uma carreira de sonho na Nike, mas cometeu um homicídio há 65 anos !

O presidente da Jordan Brand, Larry Miller, revelou que, há 56 anos, matou um adolescente nas ruas de Filadélfia, nos Estados Unidos.


O presidente da Jordan Brand — marca do ex-jogador de basquetebol Michael Jordan — sempre pareceu usufruir de uma vida de conforto e privilégios, com grandes conquistas e amizades de celebridades. Mas, afinal, não é bem assim.

Miller recebeu as luvas vermelhas de Muhammad Ali, uma bola de basquetebol comemorativa de Obama e até notas assinadas do próprio Michael Jordan. Mas manteve um segredo obscuro bem guardado.

Numa entrevista à revista Sports Illustrated, Larry Miller falou sobre o tempo que passou na prisão, depois de ter assassinado um adolescente, em 1965, quando tinha apenas 16 anos.

Miller pertencia ao gangue Cedar Avenue desde os 13 anos e na altura em que matou o outro adolescente tinha 16.

Depois de um amigo de Miller ter sido morto por um membro de um gangue rival, o adolescente ficou bêbado com os amigos e foi em busca de vingança — disparou uma arma de calibre .38 em direção ao peito de Edward White, de 18 anos, que acabou por ter morte imediata no local.

“Isso é o que torna as coisas ainda mais difíceis para mim, não foi por nenhuma razão”, disse, citado pela BBC.

“Quer dizer, não havia nenhuma razão válida para isto acontecer (…) Penso nisto todos os dias”, continuou.

Larry Miller cumpriu pena de prisão pelo assassinato e, apesar de não ter mentido sobre o assunto em nenhuma entrevista de emprego, admite que o manteve em segredo por muito tempo.

No próximo ano, o empresário, agora com 72 anos, vai lançar um livro de memórias onde fala sobre o acontecimento trágico.

“Isto estava a consumir-me”, disse, explicando que revelar o seu passado irá libertá-lo e fazer com que possa discutir as suas experiências com jovens em risco e pessoas que se encontram na prisão, mostrando que continuam a poder desempenhar um papel na sociedade.

O diretor da Jordan Brand queria que os factos se tornassem públicos nos seus termos e na sua linha temporal, revelando-os agora, antes que qualquer detalhe pudesse ser conhecido antes da publicação do livro.

“Esta foi uma decisão realmente difícil para mim”, disse.

Nos últimos meses, Miller tem informado as pessoas do seu círculo interno — incluindo Jordan, Knight, o comissário da NBA Adam Silver e vários executivos da Nike — para garantir que descobriam a partir de si próprio.

“Fiquei impressionado com o quão positiva tem sido a resposta”, disse Miller, chamando ao processo “um verdadeiro exercício de libertação”.

“Trata-se realmente de garantir que as pessoas compreendam que ex-presos podem dar um contributo [à sociedade].”, continuou.

Miller está na Nike desde 1997 e gere as operações da área ligada ao basquetebol, como as marcas de Michael Jordan e a Converse.

Em comunicado, a Nike disse à BBC News que a vida de Miller foi “uma incrível história de segundas oportunidades”.

“Estamos orgulhosos de Larry Miller e da esperança e inspiração que a sua história pode oferecer”, disse a empresa, acrescentando que apoia políticas que ajudam ex-prisioneiros a “abrir novas portas de oportunidade e a seguir em frente com as suas vidas”.

Miller espera que a sua história possa ajudar a afastar jovens em situação de risco de uma vida de violência e inspirar pessoas que estão presas a saber que “ainda podem contribuir para a sociedade.”

“O erro de uma pessoa, ou o pior erro que cometeu na sua vida, não deve controlar o que acontece com o resto da sua vida”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/carreira-sonho-nike-homicidio-ha-65-anos-438769

 

Duas décadas depois, uma cidade neozelandesa decidiu despedir o seu feiticeiro !

Ian Brackenbury Channell, o "feiticeiro de Christchurch"

Vinte e três anos depois, a autarquia de Christchurch, na Nova Zelândia, decidiu despedir Ian Brackenbury Channell, o famoso feiticeiro da cidade.

Desde 1998 que Ian Brackenbury Channell era o “feiticeiro de Christchurch”, sendo responsável por “atos de feitiçaria” e por promover a cidade neozelandesa (um trabalho que lhe garantia um ordenado de 16 mil dólares australianos por ano, ou seja, cerca de 10 mil euros).

Mas agora, conta a BBC, o seu reinado no mundo da feitiçaria chegou ao fim, com a autarquia a dizer que a cidade está a apostar numa direção mais moderna. Por seu lado, Channell, de 88 anos, mostrou não estar muito preocupado com o fim do contrato, dizendo que também já não se enquadrava nas “vibrações” da cidade.

“Dizem que sou chato e velho, mas não há ninguém como eu em Christchurch. Não gostam de mim porque são um bando de burocratas velhos e chatos que não têm imaginação”, afirmou ao site de notícias Stuff.

Segundo o site All That’s Interesting, é verdade que, em parte, a sua demissão acontece porque os neozelandeses já não se divertem tanto com a sua figura como antes. Mas também devido aos polémicos comentários sobre mulheres que fez, em abril, num programa satírico neozelandês.

No “New Zealand Today”, o mago disse que as mulheres “usam a sua astúcia para conseguir homens estúpidos” e aconselhou ainda: “Nunca batam numa mulher porque elas magoam-se com muita facilidade… e vão dizer aos vizinhos.”

Christchurch é a única cidade a ter um feiticeiro oficial desde 1982, segundo o site oficial. Além de ter sido uma atração turística, recorda a BBC, Channell ficou conhecido por fazer danças da chuva tanto na Nova Zelândia e na Austrália durante períodos de seca e por ter tido um papel de destaque durante os protestos contra a demolição de património classificado, após os sismos de 2011.

Nascido em Londres, o feiticeiro estudou Sociologia e Psicologia na Universidade de Leeds, tendo-se mudado depois para a Austrália, onde foi professor na Universidade de Nova Gales do Sul.

Nos anos 70, o inglês mudou-se para Christchurch, tendo-se tornado uma presença regular na praça central da cidade, onde falava, do alto de uma escada, vestido com a sua longa capa e usando um chapéu pontiagudo.

A polícia tentou detê-lo, o que só enfureceu os locais, por isso, a praça acabou por ser transformada numa área designada para falar em público. Em 1990, foi o próprio primeiro-ministro, na altura Mike Moore, a dizer que Channell deveria considerar tornar-se o feiticeiro oficial da Nova Zelândia.

Em declarações ao mesmo site, o britânico garantiu que vai continuar a andar pela cidade e a falar com as pessoas, como sempre fez. “Vão ter de me matar para me impedir.”

https://zap.aeiou.pt/cidade-neozelandesa-despediu-feiticeiro-438870

 

Vítimas do ataque na Noruega foram mortas com facadas e não com arco e flecha !

A polícia norueguesa esclareceu, esta segunda-feira, que as cinco vítimas mortais do ataque perpetrado na semana passada foram esfaqueadas, afastando assim a tese inicial que as mortes tinham sido provocadas por um arco e flechas.


Segundo a polícia, o suspeito do ataque, um cidadão dinamarquês de 37 anos, terá presumivelmente perdido ou deitado fora o arco e as flechas enquanto percorria as ruas de Kongsberg, pequena cidade com cerca de 25 mil habitantes, onde ocorreu na passada quarta-feira o ataque, que também fez três feridos.

“A certo momento, o suspeito deitou fora ou perdeu o seu arco e flechas”, afirmou o inspetor Per Thomas Omholt, numa conferência de imprensa, acrescentando: “Na zona de Hyttegata, matou cinco pessoas com facas, tanto em lugares privados como no espaço público”.

Inicialmente, a polícia informou que o suspeito, identificado como Espen Andersen Brathen, estava armado com um arco e flechas e duas outras armas brancas, mas não especificou a natureza das armas para efeitos da investigação.

“Tudo indica que estas vítimas foram mortas ao acaso“, disse o mesmo inspetor.

Segundo a polícia, mais de uma dezena de pessoas foram também atingidas pelo suspeito com o arco e as flechas, mas nenhuma sofreu ferimentos mortais.

Suspeito de radicalização islâmica, Espen Andersen Brathen, que foi colocado em prisão preventiva numa instituição medicalizada por um período de quatro semanas, as duas primeiras das quais em isolamento total, admitiu durante os interrogatórios ter cometido o ataque e ter matado cinco pessoas e ferido mais três.

Na sexta-feira passada, a polícia norueguesa referiu que a investigação do ataque reforçava, até àquela data, a tese de um ato cometido devido a doença.

“Quanto ao motivo, a doença continua a ser a hipótese principal. No que diz respeito à conversão ao Islão, essa hipótese está enfraquecida”, acrescentou Per Thomas Omholt.

Uma avaliação psiquiátrica está em curso para determinar se o suspeito pode ou não ser responsabilizado criminalmente pelos seus atos.

No sábado, a polícia norueguesa identificou as cinco vítimas mortais, quatro mulheres e um homem, de idades compreendidas entre os 52 anos e os 78 anos.

https://zap.aeiou.pt/vitimas-ataque-noruega-mortas-com-facadas-438840

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Morreu com covid-19 o ex-secretário de Estado dos EUA Colin Powell !

O ex-secretário de Estado do ex-Presidente George W. Bush morreu, aos 84 anos, devido a “complicações de covid-19”, anunciou a família, esta segunda-feira.

O ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell

“O general Colin L. Powell, ex-secretário de Estado dos EUA e presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior, faleceu esta manhã devido a complicações da covid-19. Tinha a vacinação completa. (…) Perdemos um marido, pai, avô notável e amoroso e um grande americano”, comunicou a família, em comunicado.

Powell foi o primeiro afro-americano a ocupar o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, antes de se tornar o chefe da diplomacia norte-americana sob a presidência republicana de George W. Bush.

O general foi uma peça chave no Governo de George W. Bush na luta contra o terrorismo, após os ataques de 11 de setembro de 2001, tirando proveito do conhecimento adquirido em particular pela sua passagem como chefe do Estado-Maior Conjunto, onde chegou em 1990.

Em 1989, Powell foi o estratego da invasão militar norte-americana do Panamá, que visou derrubar o ditador Manuel Noriega, cujo sucesso lhe valeu a atribuição da responsabilidade da operação Tempestade no Deserto, durante a Guerra do Golfo (1990-91).

Powell retirou-se da carreira militar em 1993, mantendo a sua atividade nessa área limitada a dar conferências e a escrever livros, tendo sido por várias vezes apontado como um possível candidato do Partido Republicano, apesar da sua condição de independente.

Em 2008, contudo, Powell manifestou publicamente o seu apoio à candidatura presidencial do democrata Barack Obama, no seu primeiro mandato.

https://zap.aeiou.pt/morreu-covid-19-colin-powell-438771

 

Grupo 400 Mowozo apontado como responsável pelo rapto de 17 missionários estrangeiros no Haiti

Grupo raptado era composto por 14 adultos e três crianças que se encontravam em território haitiano no quadro de uma missão de solidariedade dinamizada pela Christian Aid Ministries.


Um grupo armado intitulado 400 Mawozo, considerado um dos mais perigosos do Haiti, tem sido apontado como o responsável pelo sequestro de 17 pessoas, a maioria missionários norte-americanos e canadianos, às portas de um orfanato localizado na localidade de Ganthier, a qual será, segundo fontes internacionais, controlada por este gangue.

No grupo de pessoas raptadas, incluem-se 14 adultos, membros da associação Christian Aid Ministries, localizada no Ohio, e três crianças. A instituição, escreve o The Guardian, apoia cerca de nove mil crianças haitianas, tendo emitido apelos após o sucedido para que os indivíduos raptados fossem libertados em segurança. Segundo o The New York Times, o incidente terá acontecido quando o grupo regressava a casa depois de visitar um orfanato em Fond Parisien — foram mandados parar pelo grupo fortemente armado.

De acordo com o The Washington Post, um dos elementos raptados conseguiu enviar uma mensagem de Whatsapp durante o período em que estava a ser transportado para uma localização incerta. “Por favor, rezem por nós” Estamos a ser feitos reféns, eles raptaram o nosso motorista. Rezem, rezem, rezem. Não sabemos para onde nos estão a levar“, escreveu.

No que concerne ao 400 Mawozo, recentemente focou a sua ação em igrejas e grupos religiosos. Em abril já haviam sequestrado 100 pessoas, nomeadamente líderes religiosos que foram posteriormente libertados — ficando este caso associado à demissão do do então primeiro-ministro haitiano, Joseph Jouthe.

Ao longo dos últimos meses, os casos de sequestros no Haiti têm vindo a aumentar de forma sucessiva, contabilizando-se, desde o início de 2021, um total de 628 raptos, incluindo de 29 estrangeiros de três nacionalidades. Esta tornou-se uma forma de financiamento dos grupos armados que, após os sequestros, pedem resgates às famílias das vítimas em troca da sua libertação.

A estratégia aplicada pelo grupo 400 Mawozo neste sequestro tem sido, de resto regra, desde que começou a realizar raptos em larga escala: montam barricadas em estradas muito frequentadas, de forma a apanhar qualquer indivíduo que por ali passe seja de carro ou autocarro.

https://zap.aeiou.pt/grupo-400-mowozo-apontado-como-responsavel-pelo-rapto-de-17-missionarios-estrangeiros-no-haiti-438703

 

Facebook quer criar 10.000 novos empregos na UE nos próximos cinco anos !

Projeto que a gigante norte-americana quer criar em solo europeu consiste num metauniverso, um espaço virtual que permite a reunião de pessoas que não estão juntas fisicamente, com recurso a realidade virtual e aumentada.


O Facebook anunciou hoje que vai criar dez mil novos empregos na União Europeia nos próximos cinco anos e fazer da região uma prioridade nos seus planos para ajudar a construir o metaverso.

“O Facebook encontra-se no início de uma jornada para ajudar a construir a próxima plataforma de computação” e “juntamente com outras pessoas e entidades” está “a desenvolver o que é chamado de metaverso: trata-se de um projeto ambicioso que pretende criar espaços virtuais para pessoas que não estão juntas fisicamente se reunirem, através da utilização de tecnologias como a realidade virtual e aumentada“.

No centro do metaverso, explica a empresa, “está a ideia de que, ao criar um maior senso de ‘presença virtual‘, a interação ‘online’ pode tornar-se muito mais próxima da experiência de interação pessoal”.

Para a rede social, o metaverso “tem o potencial de ajudar a desbloquear o acesso a novas oportunidades criativas, sociais e económicas” e o Facebook acredita que os europeus vão moldar o metaverso desde o início. “Nenhuma empresa será proprietária e operará o metaverso”, acrescenta, adiantando que, “tal como a Internet, a sua principal característica será a sua abertura e interoperabilidade“.

Tornar este plano realidade “irá exigir colaboração e cooperação entre empresas, ‘developers’, criadores e legisladores” e para a rede social irá também exigir “um investimento contínuo em produto e talento tecnológico, bem como no crescimento em toda a empresa”.

Por isso, a empresa anunciou “um plano para criar dez mil empregos altamente qualificados na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos”, afirma Javier Olivan, vice-presidente para área de ‘central product services’ do Facebook, na publicação sobre o anúncio. “Este investimento é um voto de confiança na indústria tecnológica europeia e no potencial do talento tecnológico europeu”, notou.

Na publicação faz-se ainda referência a uma Europa que é “extremamente importante” para a empresa e “este é um momento emocionante para a tecnologia europeia”.

O Facebook salienta que a UE tem “uma série de vantagens que a tornam num ótimo lugar para as empresas de tecnologia investirem — um grande mercado de consumo, universidades de topo e, principalmente, talentos de alta qualidade“. A gigante tecnológica aponta que as empresas europeias “estão na vanguarda de vários campos, seja a biotecnologia, alemã que ajudou a desenvolver a primeira vacina MRNA, ou a coligação de neobancos europeus que lideram o futuro das finanças”.

A título de exemplo, “Espanha conta com níveis recorde de investimento em ‘startups’ que tudo resolvem, desde a entrega ‘online’ de mercearia à neuroeletrónica, enquanto a Suécia caminha para se tornar na primeira sociedade do mundo sem dinheiro em 2023“, exemplifica.

“Há muito tempo que o Facebook acredita que o talento europeu é líder mundial e é por isso que investiu tanto nele ao longo dos anos — desde o financiamento de bolsas na Universidade Técnica de Munique até à abertura do seu primeiro grande laboratório europeu de pesquisa de IA e programa acelerador FAIR em França, e à estreia do escritório do Facebook Reality Labs em Cork”, recorda a rede social.

O Facebook salienta também que a UE tem um “papel importante a desempenhar na definição das novas regras da Internet” e que os legisladores europeus “estão a liderar o caminho para ajudar a incorporar valores europeus como a liberdade de expressão, privacidade, transparência e os direitos dos indivíduos no trabalho diário da Internet”.

A rede social diz que “partilha desses valores e realizou medidas consideráveis ao longo dos anos para defendê-los“, esperando “ver a conclusão do Mercado Único Digital para apoiar as vantagens existentes na Europa, bem como a estabilidade dos fluxos de dados internacionais, que são essenciais para uma economia digital próspera”.

Destacando como urgente a necessidade de engenheiros altamente especializados, o Facebook afirma-se “ansioso para trabalhar com governos em toda a União Europeia de forma a encontrar as pessoas certas e os mercados certos para levar isso adiante, como parte de um próximo esforço de recrutamento em toda a região”.

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“Instituição desadequada” para um país moderno - Podemos quer acabar com a monarquia espanhola na próxima década !

O partido de esquerda tem como objetivo instalar uma República plurinacional em Espanha, pondo fim ao poder monárquico.


O Podemos tem-se mostrado contra a monarquia em diversos momentos, mas agora assumiu como projeto para a próxima década acabar com o sistema monárquico espanhol para fundar uma República plurinacional em Espanha.

Nas principais conclusões da sua Universidade de Outono, o Podemos assume como objetivo “inalienável” para a próxima década lutar para que o país tenha uma Constituição do “século XXI” que ponha fim ao regime existente até agora.

De acordo com o documento final da Universidade de Outono, a que a Europa Press teve acesso, o partido agora liderado por Ione Belarra, quer lutar para acabar com uma “instituição desadequada” para um país moderno.

Para o Podemos, a monarquia “é uma gangrena que nenhum sistema democrático pode suportar”.

O partido destaca ainda que a criação da República plurinacional não é só um desejo, nem um objetivo político, é “irremediável” porque não se pode continuar a admitir que em pleno século XXI o chefe de Estado “não se escolha por sufrágio, mas por fecundação”.

Por outro lado, considera que o “centralismo monárquico” é “um dos principais focos dos conflitos territoriais” que acontecem em Espanha, que diminuiriam de sobremaneira se o atual sistema monárquico desse lugar a uma nova República, como a efémera II República que governou o país entre 14 de Abril de 1931 e o fim da Guerra Civil, em Março de 1939.

Refere ainda que a monarquia espanhola encontra-se até sob a “ameaça evidente” de ser manietada pela “direita e a extrema-direita” com a “reivindicação inflamada” que esta faz da figura do rei Felipe VI.

O partido também faz referência aos escândalos de corrupção em que a instituição monárquica se tem visto envolvida, e dá como exemplo a atuação dos tribunais em relação “ao mais grave caso de corrupção institucional” da história da democracia espanhola, “a fraude fiscal massiva de Juan Carlos”, o pai de Felipe VI que abdicou do trono e deixou o país.

https://zap.aeiou.pt/podemos-acabar-monarquia-espanhola-438655

 

Vaticano tem três celas e um só prisioneiro - Uma onda de julgamentos pode mudar isso !

Dez pessoas vão ser julgadas no Vaticano por crimes relacionados com a venda de um edifício em Londres. Visto como limitado e sombrio, o sistema judicial da cidade-estado está a mudar.


Carlo Capella é o único prisioneiro do Vaticano. O clérigo foi condenado, em 2018, a uma pena de cinco anos por posse e partilha de pornografia infantil.

A cidade-estado só tem três celas e raramente o seu tribunal viu criminosos serem julgados nele. A verdade é que este sistema judicial, outrora limitado e sombrio, está agora a mudar. Uma nova e inédita onda de julgamentos pode transformar esta realidade, segundo o The Washington Post.

O Vaticano está subitamente a conduzir julgamentos com uma frequência sem precedentes na sua história. O seu primeiro julgamento de abuso sexual terminou na semana passada, absolvendo dois padres — embora tenha sido apresentado recurso da decisão.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) rejeitou esta terça-feira 24 queixosos que já tinham tentado perante tribunais belgas processar o Vaticano por atos de pedofilia cometidos por padres.

O TEDH invocou em particular “a imunidade” do Vaticano reconhecida pelos “princípios do direito internacional”, dando assim razão à justiça belga, que tinha rejeitado os queixosos de nacionalidade belga, francesa e holandesa e invocado a imunidade da jurisdição do Vaticano.

Agora, o cardeal Angelo Becciu, destituído pelo Papa Francisco em setembro por diversos escândalos financeiros, será julgado, assim com outras nove pessoas, por crimes relacionados com a venda de um edifício em Londres.

Os arguidos são acusados dos crimes de abuso de poder, extorsão, branqueamento de capitais, fraude, falsa escritura pública e privada, violação do sigilo do cargo e peculato.

Embora o julgamento deva arrastar-se durante meses, o simples facto de estar a acontecer já é sinal de progresso para o sistema judicial do Vaticano.

“Agora temos muitas normas e regras que não tínhamos antes”, disse Juan Ignacio Arrieta, secretário do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos, ao jornal norte-americano.

Cada uma das três celas da penitenciária do Vaticano tem a sua própria sanita, além de uma cama de ferro e uma mesa fixada na parede. As janelas têm grades, mas o vidro pode ser aberto. A comida, relata o The Washington Post, é boa.

Paolo Gabriele, antigo mordomo do Papa Bento XVI, foi um dos reclusos que já esteve preso no Vaticano, após se ter descoberto que tinha divulgado documentos confidenciais.

Gabriele esteve numa cela do Vaticano em dois meses da sua sentença de 18 meses, até que Bento XVI o ter perdoado.

O ex-mordomo retratou a vida de prisioneiro do Vaticano como dura. Gabriele diz que durante o julgamento foi colocado numa sala tão pequena que não conseguia esticar totalmente os braços; a luz estava constantemente acesa; e, inicialmente, nem almofada lhe deram.

Nem todos pintam esta imagem da prisão do Vaticano.

“Era uma prisão luxuosa”, disse por sua vez Ambra Giovene, advogada de Gianluigi Torzi, um dos dez acusados no atual julgamento. Outro advogado disse que a experiência do seu cliente foi “muito positiva”.

https://zap.aeiou.pt/vaticano-onda-julgamentos-438393

 

Start-up israelita quer fazer roupa a partir de algas !

A Algaeing, criada em 2016, é uma empresa que converte as algas numa fórmula líquida, que depois pode ser usada como corante ou transformada num tecido.


A indústria da moda é uma das responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa e pela enorme quantidade de resíduos que acabam incinerados em aterros. É por isso que uma start-up israelita está a criar um tecido biodegradável e que tem um baixo consumo de energia – feito a partir de algas.

“Queremos aproveitar o poder das algas para criar um impacto real e genuíno contra as alterações climáticas”, disse à cadeia televisiva CNN Renana Krebs, CEO e uma das fundadoras da empresa Algaeing.

Criada em 2016, a marca conta com a ajuda da empresa Algatech, também israelita, que fornece as algas através da sua produção em “hortas verticais”, na água do mar, que funcionam com energia solar. Isto significa que, ao contrário do algodão, não ocupam terrenos agrícolas, nem têm as emissões de carbono associadas ao uso de fertilizantes.

A Algaeing converte as algas numa fórmula líquida, que pode depois ser usada como corante ou transformada num tecido quando combinada com celulose, uma fibra vegetal, que os fabricantes podem eles mesmo fazer ao usar a receita patenteada desta empresa.

Além da poluição associada à indústria, a produção de algodão também implica a utilização de milhões de litros de água. Segundo a sua co-fundadora, as fibras da Algaeing também reduzem o uso de água em 80%.

E não nos podemos esquecer do impacto humano, uma vez que quem trabalha na indústria têxtil costuma estar exposto a químicos perigosos e metais pesados. Neste caso, o corante à base de algas também não é tóxico e não contém alergénios, sendo não só uma vantagem para estes trabalhadores, mas também para os próprios consumidores.

Krebs acrescenta que o foco da Algaeing é mudar a cadeia de abastecimento da indústria e revelou que a empresa está a preparar-se para o lançamento comercial da sua tecnologia patenteada, já no próximo ano.

“Estamos a criar uma nova geração, uma nova categoria de produtos“, concluiu na entrevista à estação norte-americana.

https://zap.aeiou.pt/start-up-israelita-quer-fazer-roupa-a-partir-de-algas-438359

 

domingo, 17 de outubro de 2021

“Amazónia está próxima do ponto de não retorno”, alerta ex-ministra brasileira !


“A Amazónia já está próxima desse ponto de não retorno“, avisou Marina Silva, que fez parte do Governo de Lula da Silva, durante o evento organizado pelo Departamento de Estudos Latino-Americanos e Ibéricos da UCSB.

“Já começa a sequestrar menos carbono do que as emissões. Antes era uma consumidora de carbono, agora já não é – e é um stock de carbono”, frisou a ex-ministra, sublinhando que a floresta, apelidada de “pulmão do mundo”, já foi destruída em cerca de 20%.

A ex-política disse também que, mesmo que 100% das metas ambientais atuais sejam cumpridas, já não será possível evitar um aumento da temperatura na ordem dos dois graus centígrados, com “desequilíbrios terríveis para o planeta”, que já estão a acontecer.

“Se fizermos tudo a que nos comprometemos no Acordo de Paris, ainda assim estaremos devedores”, alertou.

A ex-governante mostrou-se muito crítica das políticas ambientais do atual Governo, liderado por Jair Bolsonaro, referindo que, em três anos, houve um desmantelamento das estruturas criadas pelos Executivos anteriores.

“Estamos a viver uma situação de completa desarticulação das políticas socioambientais no Brasil”, afirmou Marina Silva, apontando para “regressões” em áreas em que o Brasil já tinha conseguido “diversos avanços”.

A historiadora e ambientalista referiu que o país enfrenta “o grave problema dos desmatamentos”, com um Governo que tem um modelo de desenvolvimento desatualizado e cortou o orçamento das entidades que fiscalizam a integridade das florestas.

“Se mudar a legislação como eles querem mudar para não ter mais licenciamento ambiental, não ter mais demarcação de terras indígenas, começar a desenvolver grandes projetos e rodovias que estão a ser propostas e são altamente impactantes para a destruição da floresta, isso é o fim”, vaticinou.

Caracterizando o Governo Bolsonaro como “negacionista em relação à ciência” e “de visão autoritária”, com desprezo pela contribuição das instituições académicas e organizações que trabalham na pesquisa sobre a Amazónia, Marina Silva expressou a opinião de que o Presidente não será reeleito.

“Não acredito que terá um segundo mandato”, afirmou. “Há uma resistência muito grande por parte da sociedade brasileira para que ele não continue a cometer crimes de lesa-pátria, crimes de lesa-humanidade”, continuou. “Porque ele ataca o meio ambiente, a saúde pública, a educação, os direitos humanos. É um Governo que se distancia de qualquer padrão civilizatório”.

A ex-governante disse preferir que o Presidente seja “interditado” através de impeachment, “porque o Brasil não aguenta mais 13 meses de governo Bolsonaro”, mas considerou que se tal não acontecer, ele será derrotado nas urnas eleitorais.

Defendendo um “Plano Marshall” para articular todos os países que partilham a Amazónia (Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname), Marina Silva salientou também a importância de proteger os direitos das populações indígenas e apelou ao activismo generalizado.

“É uma causa de todos os brasileiros, mas também de toda a Humanidade”, afirmou. “É o momento de agir na justiça, dentro das academias e em todos os lugares”.

https://zap.aeiou.pt/amazonia-esta-proxima-do-ponto-de-nao-retorno-438574

 

Arquitetura em nome do amor - Homem constrói casa giratória para que a esposa possa escolher a vista !

Na Bósnia, um autodidata de 72 anos construiu uma casa invulgar: a habitação gira 360 graus para mudar de vista.

Algumas das mais bonitas obras arquitetónicas do mundo nasceram em nome do amor. É o caso do imponente Taj Mahal, um monumento em mármore branco do século XVII. Quando foi construído, o imperador Mughal Shah Jahan dedicou-o à sua esposa, Mumtaz Mahal, que morreu no parto.

A obra arquitetónica de Vojin Kusic não está ao nível do monumento indiano, mas é igualmente romântica. O projeto deste autodidata de 72 anos é uma casa giratória. O objetivo? Agradar a sua esposa.

Tudo começou quando Vojin e Ljubica Kusic se casaram. Na altura, conta o Interesting Engineering, Ljubica queria que os quartos recebessem muita luz solar, pelo que Vojin construiu a habitação a pensar nessa prioridade.

No entanto, para concretizar esta exigência, a sala de estar tinha de ficar voltada para o lado oposto da rua. A esposa não gostava nada dessa condição, porque não conseguia ver quem entrava no seu quintal.

Cansado das queixas, Kusic decidiu remodelar a casa e deu uma volta de 360º – literalmente.

Montada num pedestal de cimento, a casa rotativa gira graças a motores elétricos e a rodas de um antigo veículo de transporte militar. A uma velocidade constante que pode ser alterada de acordo com o seu gosto, a vista alterna entre campos de milho, terras agrícolas, rio e florestas.

Vojin criou o projeto sozinho e elaborou-o de forma a que a habitação pudesse fazer uma rotação completa em 22 segundos. Na forma mais lenta, completa uma volta em 24 horas.

Além de original, tem um benefício inesperado associado: é mais resistente a terramotos do que as casas estacionárias.

Vojin construiu a habitação inteiramente sozinho. O projeto invulgar levou cerca de seis anos a estar completamente concluído.

https://zap.aeiou.pt/homem-constroi-casa-giratoria-438107

 

O tukdam – um estado mental “meio-morto” dos monges budistas – é o novo fascínio da ciência !

Os monges budistas conseguem chegar a um estado de meditação tão profunda que não é detectada qualquer actividade cerebral.

Homem budista a meditar

No Budismo no Tibete, há um conceito mítico conhecido como “thukdam” ou “tukdam”. Acredita-se que este é o estado de mente em que um meditador experiente consegue chegar que é comparável ao que acontece na altura da morte.

É como se o cérebro estivesse “morto”, sem conseguir registar impressões sensoriais. No entanto, ainda há uns flashes de consciência restantes no corpo. O domínio do tukdam pode também ajudar um meditador a prolongar o processo da morte, escreve o IFLScience.

Depois de entrar neste estado, uma pessoa pode ser declarada como morta, mas o corpo vai continuar sentado e a sua pele vai continuar normal. Segundo Dalai Lama, os indivíduos que entram neste estado “podem ficar assim durante uma semana ou até um mês, de acordo com o seu desejo”.

Este fenómeno tem fascinado numerosos neurocientistas, médicos, psicólogos, antropólogos e filósofos nos últimos anos e muitos estão a tentar perceber como funciona.

Foi neste sentido que uma equipa multidisciplinar do Centro para as Mentes Saudáveis da Universidade do Wisconsin-Madison publicou o primeiro estudo revisto por pares sobre este estado mental.

A investigação foi publicada na Frontiers in Psychology em Janeiro. Os cientistas compararam a actividade cerebral de 14 meditadores experientes com a de outros 13 que recentemente faleceram depois de terem entrado no estado de tukdam.

Não foi detectada nenhuma actividade cerebral nos 13 monges mortos, mas os cientistas ressalvam que a análise mais próxima da hora da morte que fizeram foi já 26 horas depois do falecimento. Já a crença de que os seus corpos continuam como se estivessem vivos depois de morrerem continua sem ser confirmada.

Mesmo assim, os investigadores continuam animados com os resultados – especialmente por este ser um fenómeno ainda pouco estudado na medicina ocidental, que encara a morte como um estado binário que ou já aconteceu, ou ainda não.

“Na medicina Ocidental, a morte é conceptualizada num estado binário – ou estamos vivos num momento ou mortos no outro. Mas os processos biológicos não funcionam numa maneira on-off tão simples. Esperamos que este estudo catalise a conversa sobre o processo da morte e que levante questões sobre a morte enquanto processo e não como um interruptor binário”, refere Richard Davidson, autor do estudo mais recente.

Mas este paradigma parece estar a mudar. Um outro estudo publicado na New England Journal of Medicine este ano concluiu que o coração pode parar e voltar a bater várias vezes durante a morte antes de parar de vez.

Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de analisarem ao detalhe os sinais vitais de mais de 600 pacientes com doenças graves quando estes foram desligadas as máquinas que os mantinham vivos.

Apesar de ainda se estar longe de ter respostas concretas sobre como o estado mental pode influenciar a morte, já sugere que os nossos últimos momentos são mais um processo do que um único momento em que morremos de uma vez só.

https://zap.aeiou.pt/tukdam-mental-meio-morto-monges-438124

 

Exército dos EUA pode agora imprimir edifícios de cimento em 3D em zonas de desastre !

Edifícios impressos em 3D pelo exército norte-americano

O objectivo da tecnologia é facilitar a construção de casas e pontes quando são precisas com urgência em zonas afectadas por catástrofes.

O Corpo de Engenheiros do exército norte-americano pode agora imprimir quartéis, bunkers e outras estruturas em ambientes desafiadores e de catástrofes naturais. O Programa chama-se Construção Automatizada de Estruturas Expedicionárias (ACES) e tem também planos para criar a primeira ponte para veículos impressa em 3D.

“A nossa prioridade era desenvolver a capacidade utilizando a tecnologia de impressão a 3D para uso num ambiente expedicionário, especialmente para propósitos militares” afirma Megan Kreiger, do Centro de Pesquisa de Engenharia e Desenvolvimento do exército, citada pela New Scientist.

“Isto significa que tem de se enviar os edifícios num contentor, tem de se usar materiais locais, tem de se trabalhar num ambiente sujo e que se é preciso que aguente com muito desgaste e continue seguro”, acrescenta.

Kreiger explica que as impressoras para materiais parecidos com cimento ainda não têm esta robustez e que geralmente precisam de uma argamassa especial. Mas a tecnologia ACES pode imprimir cimento em 3D feito com argamassa local.

Já várias impressoras foram criadas como parte do programa ACES, incluindo uma chamada ACES Lite feita em parceria com a Caterpillar. Segundo o Corpo de Engenheiros do exército americano, alguma da tecnologia ACES pode construir uma amostra das estruturas num único dia, com uma equipa de três pessoas.

Isto dá também mais liberdade de design, por exemplo, com a construção de quartéis 3D com paredes curvadas na base para terem mais força e lisas mais acima. O isolamento e outras características podem ser construídas consoante a necessidade. “Podemos construir formas complexas muito facilmente com custo pouco ou nenhum adicional”, diz Kreiger.

Os edifícios impressos a 3D continuam a exigir telhados e outros toques finais como qualquer outro trabalho de construção, acrescenta. Em áreas onde os materiais e a mão de obra são abundantes, a tecnologia pode não trazer muitas vantagens, mas é já bastante mais útil em zonas remotas, especialmente em zonas afectadas por desastres onde estruturas como casas e pontes são precisas urgentemente.

https://zap.aeiou.pt/exercito-eua-imprimir-edificios-3d-438057

 

No Japão, o suicídio entre crianças atingiu um número recorde !

Segundo um relatório divulgado pelas autoridades japonesas, o receio de uma infeção pelo novo coronavírus foi a justificação mais invocada por crianças e jovens para faltarem às aulas durante um longo período de tempo.


Durante o ano de 2020, o número de crianças japonesas em idade escolar que se suicidou atingiu um valor recorde desde que o fenómeno começou a ser contabilizado pelas autoridades competentes, em 1974. De acordo com um relatório divulgado esta semana, estima-se que 415 crianças tenham colocado termo à própria vida. São várias as justificações apontadas para esta realidade, nomeadamente problemas familiares, maus resultados escolares, más relações com outras crianças ou até doenças, avançou a televisão pública japonesa NHK.

Apesar do relatório detalhado que foi publicado, não são avançadas causas para mais de metade dos suicídios cometidos no período em análises. É, ainda assim, sabido que o número representa um aumento de 31% face ao ano anterior, quando 317 crianças morreram desta forma, escreve a CNN.

“O aumento é extremamente preocupante” alertou Eguchi Arichika, responsável pelo departamento de Crianças e Jovens do ministério da Educação do Japão. Paralelamente, o relatório também revela que mais de 190 mil estudantes do ensino básico e secundário estiveram 30 dias ou mais afastados das atividades letivas, outro número recorde que representa um aumento de 8% face ao ano anterior — com o receio de uma infeção pela SARS-CoV-2 a ser apontada como a principal justificação para a ausência.

“Os resultados mostram que esta pandemia tem causado mudanças nos ambientes escolares e familiares que tiveram impacto no comportamento das crianças”, explicou Eguchi. “Queremos promover esforços para tornar mais fácil a partilha de métodos que tornem possível às pessoas encontrar ajuda e assegurar-nos de que as crianças que não podem ir à escola podem continuar a aprender”, adiantou a responsável.

Neste momento, ainda não é claro como é que a pandemia e os confinamentos contribuíram para o aumento das faltas à escola no Japão. Ali, as escolas com ensino primário e básico estiveram fechadas desde março até maio de 2020, sendo que o ano letivo japonês começa em abril e termina em março do ano seguinte.

https://zap.aeiou.pt/japao-suicidio-criancas-numero-recorde-438428

 

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