terça-feira, 9 de novembro de 2021

Partido Comunista Chinês reúne-se para aprovar resolução e abrir caminho a um lugar na história para Xi Jinping !


Em 2018, o presidente da República Democrática da China pôs fim ao limite de mandatos, pelo que no final de 2022 entrará no seu terceiro.

O Partido Comunista Chinês iniciou esta segunda-feira uma histórica reunião, na qual analisará e aprovará uma resolução sobre as “principais conquistas e experiências históricas” dos primeiros 100 anos do partido. No entanto, esta reunião é distinta de todas as outras realizadas no seio do partido, já que pretende cimentar o papel de Xi Jinping como grande líder chinês, ao nível de Mao Tsetung e de Deng Xiaoping.

Estes foram, de resto, os únicos líderes chineses a usar o mesmo processo para reafirmar o seu poder, mas também para colocar um ponto final na contestação interna relativa ao rumo que o partido e o país deveriam seguir. No caso de Xi, trata-se sobretudo aprovar uma estratégia que rompe com o passado – sobretudo com as estratégias definidas pelos seus antecessores mais recentes –, mas também de se colocar no centro do partido e das reformas que pretende implementar no futuro. No que respeita à trajetória que país deverá seguir no futuro, não são esperadas muitas mudanças para além das anunciadas por Xi num passado recente.

As últimas semanas que antecederam a reunião foram marcadas por um aumento da propaganda do regime nos meios oficiais. Por exemplo, no Diário do Povo, o jornal oficial do partido, foi possível ler as conquistas feitas por Xi, foram marcadas por “escolhas cruciais”, ao mesmo tempo que o presidente chinês “planeava, concretizava e avançava pessoalmente” em políticas importantes. A luta contra o coronavírus também não foi esquecida. “Cada parecer científico, cada avaliação, cada decisão de reverter a situação – tudo precisava de grande coragem política e sabedoria. Ao deste navio pesado estava um homem.”

A aprovação da resolução não tem como objetivo clarificar a visão oficial do partido perante qualquer tipo de contestação interna, já que, ao longo dos últimos anos, Xi Jiping tratou de assegurar que esta não existe. A sua filosofia pessoal passou a estar presente na formulação de políticas, da política, no exército e até nas escolas, onde os manuais usados pelas crianças têm referências às suas ideias.

No entanto, o foco do dirigente parece estar não na implementação das suas visões à força, o que poderia despoletar movimentos de contestação, mas por via da construção de instituições partidárias em seu redor, mas também por via da lei. A ideia é construir um novo sistema jurídico em que as regras partidárias e as leis do Estado coexistam, escreve o jornal Público.

Para trás, neste novo caminho que XI Jinping pretende traçar fica o modelo económico das últimas décadas, que tinha como objetivo fazer da sociedade chinesa uma sociedade “moderadamente próspera” – o líder chinês é da opinião que esta meta já foi atingida, com a pobreza extrema a ser erradicada por completo. Espera-se, assim, que ao nível da política económica, Xi Jinping continue a intervir na economia com medidas regulatórias e altamente politizadas, numa rutura com o pensamento de Deng.

No que respeita à união do território, dos planos do líder para atingir a “rejuvenescimento nacional” faz também parte Taiwan, a qual considera uma parte inevitável e crucial da China.

https://zap.aeiou.pt/partido-comunista-aprovar-resolucao-443228


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Cop26 - O que foi alcançado até agora e as decisões que ainda estão pendentes !

Presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante o evento Global Methane Pledge na COP26
Entre acordos sobre a desflorestação e redução de emissões do metano, já foram feitos alguns avanços na Cop26. No entanto, muitos activistas dizem que não chegam.

Com muitas expectativas de um lado e cepticismo do outro, os líderes mundiais já alcançaram alguns acordos na cimeira climática Cop26. A nível de compromissos com a redução das emissões de carbono, a Índia fez o anúncio mais ambicioso. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, comprometeu-se a gerar metade da electricidade para a Índia através de fontes renováveis até 2030 e conseguir chegar às zero emissões líquidas até 2070.

Esta segunda parte é bastante ambiciosa e, segundo a Nature, é mais provável que o plano indiano para chegar às zero emissões se refira apenas ao dióxido de carbono e não a todos os gases de efeito de estufa. A iniciativa da Índia vai muito além dos compromissos bem mais contidos de outros países, como a Rússia ou a Arábia Saudita, que são grandes poluidores.

Em relação ao metano, também já há desenvolvimentos. O dióxido de carbono é o principal responsável pelo aquecimento do planeta, mas o metano também é um importante gás com efeito de estufa que precisa de ser tido em conta, visto as suas emissões terem subido na última década e ser o causador de um terço da subida da temperatura causada pelas actividades humanas. 

Um grupo de 90 países que equivalem a dois terços da economia mundial, concordaram em reduzir as emissões de metano em pelo menos 30% relativamente aos níveis actuais até 2030. No entanto, a Rússia, a China e a Índia são três países grandes e importantes que ficaram de fora.

A iniciativa partiu dos Estados Unidos e da União Europeia. Segundo a Casa Branca, as indústrias do petróleo e gás são responsáveis por 30% das emissões de metano nos EUA, e as novas regulações mais apertadas vão ter estes sectores como alvo, com um maior controlo sobre vazamentos em oleodutos e gasodutos.

“Cortar nas emissões de metano é uma das coisas mais eficazes que podemos fazer para reduzir o aquecimento global a curto-prazo e mantê-lo a 1.5ºC”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Também já foi alcançado um acordo relativamente à desflorestação, visto que as florestas são os pulmões do planeta e essenciais para a absorção do dióxido de carbono. A desflorestação, que está a ocorrer a um ritmo de abate que equivale à destruição de um campo de futebol a cada minuto, deve acabar até 2030. Mais de 100 líderes mundiais assinaram este primeiro grande acordo da Cop26, incluindo o Brasil, onde a Amazónia tem sofrido bastante com a desflorestação para a agricultura e exploração pecuária.

Outros signatários incluem o Canadá, a Rússia, a China, a Indonésia, a República Democrática do Congo ou os Estados Unidos. No total, 85% das florestas mundiais localizam-se nos países que assinaram o compromisso. O acordo prevê também o investimento de 16.6 mil milhões de euros de fundos públicos e privados, sendo uma parte destinada à restauração de terras afectadas, ao combate a incêndios e ao apoio a comunidades indígenas em países em desenvolvimento.

Os especialistas elogiaram o progresso feito, mas lembraram que um acordo semelhante alcançado em 2014 não tem sido cumprido. Os governos de 28 países também se comprometeram a remover a desflorestação do comércio mundial de comida e outros produtos agrícolas, como o óleo de palma.

Já os gases emitidos pela queima de carvão são aqueles que individualmente contribuem mais para as alterações climáticas, sendo um corte drástico nestas emissões urgente para se limitar o aumento das temperaturas. “Acho que podemos dizer que o fim do carvão está à vista“, afirmou Alok Sharma, presidente britânico da Cop26, após o anúncio de que 46 países e várias instituições, incluindo bancos, tinham alcançado um compromisso para começar a abandonar o seu uso e cortar o financiamento.

Alguns dos principais utilizadores de carvão, como a Polónia, o Vietname ou o Chile, assinaram o acordo. No entanto, os Estados Unidos, a China, a Índia e a Austrália ficaram de fora, o que motivou críticas. “O ponto principal neste anúncio decepcionante é que o uso do carvão é basicamente deixado na mesma durante anos”, condenou Jamie Peters, director de campanhas na organização ambientalista Friends of the Earth.

Os signatários do acordo comprometeram-se a acabar com todos os investimentos na nova produção de energia gerada a carvão domesticamente e internacionalmente. A diminuição gradual do seu uso até 2030 para as maiores economias e 2040 para os países em desenvolvimento também ficou decidida. Num outro acordo à parte, 20 países, incluindo os EUA, garantiram que vão acabar com o financiamento público para projectos de combustíveis fósseis internacionais “que não diminuem” até ao fim de 2022.

Cerca de 37% da energia mundial em 2019 foi produzida usando carvão. O chefe da delegação da Greenpeace na Cop26 afirma que este acordo “fica aquém da ambição precisa” para cortar nos combustíveis fósseis “nesta década crítica”. “As letras pequenas aparentemente dão aos países uma margem enorme para escolherem a sua data de eliminação gradual, apesar das manchetes bonitas”, remata.

As instituições que detêm dois quintos dos activos financeiros mundiais, incluindo bancos, seguradoras e fundos de pensões, também assinaram um acordo para que até 2050 se consiga alcançar o objectivo de limitar as emissões e o aquecimento global até 1.5ºC. O plano define que estas instituições comecem a financiar projectos tecnológicos que diminuam ou erradiquem as emissões e que acabem com os investimentos no carvão, petróleo e gás natural.

Os compromissos alcançados até agora agradaram à Agência Energética Internacional. Faith Birol, director executivo da agência, afirmou que os acordos assinados limitariam o aquecimento até 1.8ºC. No entanto, essa ideia foi refutada por Selwin Hart, conselheiro sobre acção climática de António Guterres nas Nações Unidas, que refere que “o mundo está no caminho para um aumento de 2.7ºC“, o que seria “catastrófico”.
O que ainda falta decidir

Apesar de já ter havido alguns avanços, há ainda muita coisa por fazer. Os países mais pobres querem que as nações que ainda não têm planos nacionais para cortarem as emissões de gases com efeito de estufa para que se alcance o objectivo do 1.5ºC sejam obrigadas a negociar todos os anos a partir de agora.

Os cálculos da ONU apontam para um aumento de 2.7ºC — bastante acima dos 1.5ºC prometidos no Acordo de Paris. No entanto, os países signatários do Acordo de Paris apenas são obrigados a aumentar os seus compromissos, conhecidos como contribuições nacionais determinadas (NDC), a cada cinco anos, com o próxima data a cair em 2025. Os países em desenvolvimento afirmam que nessa altura, já será tarde demais.

“Os maiores poluidores têm de aumentar a sua acção climática agora, não em 2025, apoiada em passos concretos, como acabar com os subsídios a combustíveis fósseis nos próximos anos. O financiamento climático acessível e ampliado tem de acontecer agora para haver mais acções climáticas nos países em desenvolvimento, através de concessões e não de dívidas. Está na hora de trabalhar e concretizar-mos os nossos compromissos de concessões”, afirma Lia Nicholson, negociadora da Aliança de Pequenos Países Insulares, ao The Guardian.

Christiana Figueres, ex-chefe climática das Nações Unidas que supervisionou o Acordo de Paris, afirma que é possível os países terem de voltar às negociações todos os anos e que a Cop26 devia garantir esse compromisso. O Fórum Climático Vulnerável, que inclui 55 países pobres que vão sofrer com as crise climática, também quer que os países sejam obrigados a reportar anualmente a redução das suas emissões.

“Os países mais vulneráveis pediram um relatório anual sobre a ambição crescente de todos os governos, especialmente dos principais poluidores. Isto pode ser feito como um novo componente regular das Cops anuais e é permitido dentro do Acordo de Paris”, refere ao jornal britânico.

No entanto, já se antecipa muita resistência a esta iniciativa. A Greenpeace já acusou a Arábia Saudita de liderar os esforços para que o aumento da frequência dos relatórios sobre as emissões seja bloqueado.

A falta de compromissos e responsabilização legal para quem falha com eles também está a suscitar críticas entre os civis e activistas que protestam à porta da cimeira, em Glasgow. Sapna Agarwal é voluntária na Cimeira das Pessoas e acredita que tem havido “muito greenwashing” na Cop26. “Em Quioto fizeram-se compromissos obrigatórios, em Paris falava-se de promessas para serem revistas e agora é suposto haver essa revisão, mas o que vemos é que não há responsabilização [pelo que não foi feito]”, revela ao Público.

Estas preocupações também são partilhadas por Niklas Höhne, do Novo Instituto Climático. “Nenhum dos países que tem um objectivo de zero emissões tem implementado políticas suficientes a curto-prazo para essa trajectória. Agora é mais uma visão ou imaginação. E não coincide com a realidade“, critica.

Depois dos acordos conseguidos na semana passada, espera-se que as regulações sobre as medidas usadas nos relatórios de cada país sejam debatidas esta semana. A possível troca de carvão e o seu impacto no alcance dos compromissos e os planos de adaptação à crise climática também vão estar em cima da mesa.

O Adaptation Gap Report do Programa das Nações Unidas para o Ambiente foi apresentado na semana passada e detalhou a diferenças nos planos de adaptação às alterações climáticas em diversos países. A conclusão foi de que “o crescimento dos impactos climáticos está a ultrapassar largamente os nossos esforços para nos adaptarmos a eles”.

No entanto, há alguns sinais promissores, tendo havido um crescimento de 7% em 2021 dos países que adoptaram pelo menos um instrumento com o objectivo de melhorar a adaptação a nível nacional. Desta forma, 79% já têm um plano, estratégia ou lei destinada a lidar com os efeitos da crise climática, enquanto que 9% dos que ainda não fizeram algo parecido estão a preparar algo neste momento.

“151 das NDC entregues incluem informações sobre adaptação. 126 de 154 países em vias de desenvolvimento estão a trabalhar nos seus planos nacionais de adaptação”​, referiu o representante na conferência de imprensa da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla inglesa), Ovais Samard. Antecipa-se assim que os planos de adaptação sejam o grande tópico de discussão no que ainda falta da Cop26.

https://zap.aeiou.pt/cop26-alcancado-decisoes-pendentes-443141


Morte de grávida gera protestos contra a lei do aborto na Polónia !


Milhares de polacos saíram às ruas, no último sábado, para protestar contra a lei do aborto atualmente em vigor no país, depois de uma grávida ter morrido por ter sido impedida de optar por esse procedimento.

De acordo com a agência Reuters, a mulher de 30 anos, que estava grávida de 22 semanas, dirigiu-se a um hospital em Pszczyna, no sul da Polónia, em setembro, quando as águas rebentaram. Exames feitos anteriormente já tinham mostrado que se tratava de um feto com malformações.

“O bebé pesa 485 gramas. Neste momento, por causa da lei do aborto, tenho que ficar de cama. E não há nada que eles possam fazer. Vão esperar que o feto morra ou que algo comece e, se nada acontecer, posso ter uma septicemia”, escreveu Izabela numa mensagem de texto enviada à mãe.

Quando um exame mostrou que o feto já estava morto, os médicos decidiram avançar para uma cesariana. A advogada da família, Jolanta Budzowska, contou que o coração de Izabela parou no momento em que estava a ser levada para a sala de operações e que acabou por falecer, apesar dos esforços da equipa médica para tentar reanimá-la.

Budzowska iniciou uma ação judicial contra o tratamento recebido no hospital, acusando os profissionais em questão de negligência. Na última sexta-feira, o hospital revelou que dois médicos foram suspensos e foi já aberta uma investigação sobre o caso.

O caso já aconteceu em setembro, mas só foi tornado público na semana passada, tendo ganhado a atenção do público depois de a advogada ter partilhado um tweet com a hashtag #anijednejwiecej (“nem uma mais” em Português) e no qual se lia: “Os médicos ficaram à espera que o feto morresse. O feto morreu, a paciente morreu. Choque séptico.”

Ativistas contra a lei do aborto atualmente em vigor dizem que esta foi a primeira morte provocada pela nova legislação. A nova lei, que entrou em vigor em janeiro depois de um acórdão do Tribunal Constitucional polaco, praticamente proíbe o aborto no país. Neste momento, a interrupção voluntária da gravidez só é permitida em casos de violação ou de incesto, ou quando a vida da mãe se encontra em perigo.

Este sábado, milhares de polacos saíram às ruas em várias cidades do país para protestar contra a lei, mas também para homenagear Izabela. “Nem uma mais!”, gritaram os manifestantes em Varsóvia, num protesto em que, segundo a Deutsche Welle, esteve presente Donald Tusk, antigo presidente do Conselho Europeu e agora líder da oposição polaca.

Ativistas consideram que, atualmente, os médicos na Polónia têm medo de recorrer ao aborto, temendo represálias na justiça, e que esta mulher ainda poderia estar viva se a legislação não fosse tão rígida.

No sentido inverso, o partido no poder, Lei e Justiça (PiS), rejeita as acusações de que a nova lei do aborto seja a culpada pela morte de Izabela, atribuindo-a à negligência da equipa médica.

“Quando se trata da vida e da saúde da mãe, se estiver em perigo, é possível interromper a gravidez e a decisão não muda nada”, disse o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki.

https://zap.aeiou.pt/morte-gravida-gera-protestos-lei-aborto-polonia-443156

Polícia esfaqueado em Cannes - Atacante disse ter agido “em nome do profeta” !


Um polícia foi esfaqueado na cidade francesa de Cannes, esta segunda-feira, tendo sobrevivido ao ataque. O autor do esfaqueamento foi neutralizado e disse ter agido “em nome do profeta”.

De acordo com a BFM TV, citada pela agência Reuters, o atacante abriu a porta de um carro da polícia que estava estacionado à frente de uma esquadra e esfaqueou o agente que estava ao volante. O suspeito também tentou atacar um outro polícia que estava dentro do automóvel, mas um terceiro conseguiu disparar contra o atacante, ferindo-o com gravidade.

O polícia sobreviveu ao esfaqueamento e escapou a ferimentos mais graves graças ao colete à prova de balas que vestia, disse o ministro do Interior, Gerald Darmanin, que confirmou que o agressor foi “neutralizado” por outros polícias.

Fonte policial adiantou ainda que o atacante, que será de nacionalidade argelina e terá uma autorização de residência italiana, disse ter agido “em nome do profeta”, o que leva a investigação a colocar em cima da mesa a hipótese de terrorismo. No entanto, para já, a investigação está nas mãos de um procurador local, e não do procurador nacional anti-terrorismo.
 

Darmanin informou na sua conta do Twitter que vai “imediatamente” para o local ainda esta manhã e que vai dar “todo o apoio à polícia nacional e à cidade de Cannes”.

https://zap.aeiou.pt/policia-esfaqueado-em-cannes-atacante-disse-ter-agido-em-nome-do-profeta-443148

Cientistas descobrem “sensor” que faz humanos ficarem mais altos a cada geração !

Três pessoas – duas mulheres e um homem – a passear na rua com máscara

O facto de os seres humanos serem cada vez mais altos e atingirem a puberdade mais cedo pode ser explicado por um “sensor” no cérebro, dizem cientistas.

A altura média das pessoas aumentou 10 centímetros no Reino Unido e até 20 centímetros noutros países durante o século 20, à medida em que a saúde nutricional melhorou.

Mas não se compreendia o porquê. Agora, investigadores do Reino Unido fizeram uma descoberta que, segundo os próprios, pode levar ao desenvolvimento de medicamentos para melhorar a massa muscular e tratar o crescimento tardio.

Sabe-se, há muito tempo, que o acesso a alimentos saudáveis tende a fazer com que as pessoas cresçam mais e amadureçam mais rapidamente. Isto porque os sinais da alimentação chegam a uma parte do cérebro chamada hipotálamo, informando sobre a saúde nutricional do corpo e desencadeando o crescimento.

Um novo estudo, publicado na revista Nature e liderado por investigadores da Universidade de Cambridge, descobriu o recetor cerebral por trás desse processo.Chama-se MC3R e é o elo crucial entre o desenvolvimento e o crescimento alimentar e sexual.

“[O MC3R] diz ao corpo que estamos ótimos, temos muita comida, então pode crescer rapidamente, passar logo pela puberdade e fazer muitos bebés”, disse Stephen O’Rahilly, autor do estudo e professor em Cambridge.

“Não é magia — nós temos o diagrama completo de como isso acontece”, continuou.

Quando o recetor do cérebro não funciona normalmente, os cientistas descobriram que as pessoas tendem a ser mais baixas e a começar a puberdade mais tarde.

A equipa analisou a composição genética de meio milhão de voluntários inscritos no UK Biobank, um enorme banco de dados de informações genéticas e de saúde, e descobriu que as crianças com mutações genéticas que afetam o recetor cerebral eram todas mais baixas e pesavam menos — o que mostra que o efeito começa cedo na vida.

Uma das pessoas tinha mutações em ambas as cópias do gene para MC3R, o que é extremamente raro e prejudicial, e, por isso, era muito baixa e começou a puberdade apenas depois dos 20 anos.

A descoberta pode ajudar crianças com graves atrasos no crescimento e na puberdade, assim como aquelas que se tornam frágeis por conta de doenças crónicas e precisam de desenvolver os seus músculos.

“Pesquisas futuras devem investigar se as drogas que ativam seletivamente o MC3R podem ajudar a redirecionar as calorias para os músculos e outros tecidos magros, com a perspetiva de melhorar a funcionalidade física desses pacientes”, disse O’Rahilly.

Os cientistas já identificaram um recetor cerebral que controla o apetite, chamado MC4R, e aqueles que não o têm costumam sofrer de obesidade.

https://zap.aeiou.pt/cientistas-descobrem-sensor-que-faz-humanos-ficarem-mais-altos-a-cada-geracao-442831

 

Hackers estão a vender certificados de vacinação falsos !


Um grupo de piratas informáticos conseguiu obter a chave privada de encriptação usada pelo sistema europeu do passaporte contra a Covid-19 e está a vender certificados falsos para qualquer pessoa, incluindo já falecidos.

A chave privada de encriptação usada pelas autoridades europeias para autenticar os certificados digitais de vacinação contra a covid-19 na União Europeia está a ser usada por hackers para vender certificados a qualquer pessoa.

Para provar que tinham mesmo esta capacidade, os piratas geraram certificados para Adolf Hitler, para o rato Mickey e para o SpongeBob.

De acordo com a Bleeping Computer, estes certificados falsos apareciam como validados e os hackers pedem cerca de 300 dólares para cada certificado falsificado. 

Esta encriptação é aplicada nos certificados digitais verificados nos países da União Europeia para atestar que os viajantes estão vacinados. A emissão do certificado está a cargo de agências de saúde, centros de testagem e muitas outras entidades, pelo que ainda não é claro onde está a fuga que fez chegar a chave aos hackers.

A Comissão Europeia indica que o passe digital tem um código QR com uma assinatura digital que pretende evitar falsificações. Confrontada com esta situação, fonte da Comissão reforça que os certificados foram criados por “pessoas com credenciais válidas para acesso aos sistemas de TI nacionais ou por pessoas a fazer mau uso destas credenciais”, sublinhando que o episódio é causado por “atividades ilegais” e não por falha técnica.

Segundo os dados do código QR analisados pelo Bleeping Computer, os certificados falsos que circulam online foram emitidos em diferentes países, como é o caso de França, Alemanha, Itália, Holanda, Macedónia do Norte, ou Polónia, o que indica um problema que pode afetar toda a comunidade europeia.

O impacto desta situação pode ser expressivo, permitindo que pessoas não vacinadas circulem livremente e colocando em risco a saúde nas comunidades locais. Em situações limite, a fuga pode mesmo levar os governos a perder a confiança na legitimidade de todo o mecanismo.

“Em vários grupos (principalmente no Telegram) estão a circular vários certificados falsos com assinatura válida. Existe a possibilidade de que o banco de dados de chaves privadas esteja comprometido e isso pode gerar uma quebra da cadeia de confiança”, referiu o utilizador do GitHub, Emanuele Laface, citado pela Bleeping Computer.

https://zap.aeiou.pt/hackers-certificados-vacinacao-falsos-442926


“A imagem da bruxa é um dos primeiros exemplos da propaganda contra mulheres” - Aliado ao feminismo e ao TikTok, cresce o fascínio com o oculto !


As marchas das mulheres fazem repetidas referências às bruxas que foram perseguidas como símbolos feministas. O TikTok tem também alimentado o fascínio com a magia.

O dia das bruxas até já pode ter passado, mas, para alguns, todos os dias são dias para celebrar as rainhas do oculto. Com o crescimento nos últimos anos do movimento Me Too, muitas mulheres também têm reclamado a sua identidade enquanto mestres da magia e têm aumentado as referências a caças às bruxas em protestos.

Recentemente, nas manifestações nos Estados Unidos contra a lei do aborto no Texas, também se têm multiplicado os cartazes onde se pode ler: “Somos as bisnetas das bruxas que não conseguiram queimar“.

Mas afinal, qual é a ligação entre a exaltação da bruxaria e o feminismo? Para a fotógrafa e autora do livro Major Arcana: Portraits of Witches in America, publicado em 2020, Frances F. Denny, esta relação não tem nada de coincidência. 

“Se olharmos para a história do feminismo nos ano 60 e 70 e a história da feitiçaria moderna, andam de mãos dadas. As ondas acontecem ao mesmo tempo”, explica ao The Independent. Apesar de poder ser praticada por pessoas de todas as identidades de género, os enlaces históricos entre a bruxaria e a feminilidade são difíceis de ignorar. As “bruxas” eram muitas vezes apenas mulheres que não se enquadravam nos critérios da época, sejam esses sociais, religiosos ou médicos.

A luta contra o genocídio cultural dos rituais religiosos de povos colonizados, como o hoodoo e voodoo, também está intimamente ligada à história das caças às bruxas, com muitas destas tradições a serem associadas até aos dias de hoje á feitiçaria e ao oculto.

Enquanto fazia pesquisas para o seu primeiro livro em 2014, Denny descobriu que um dos seus antepassados tinha sido um juiz durante os julgamentos das bruxas em Salem, no Massachusetts, onde este tipo de julgamentos foi recorrentes em 1692.

A tradição de caça às bruxas em Salem até acabou por ser um atracção turística na vila. Mais de 200 pessoas foram acusadas, tendo 30 sido condenadas. Destas, 19 foram enforcadas, sendo a maioria mulheres.

Os julgamentos marcaram uma das eras mais tenebrosas das então colónias britânicas nos EUA, com o pânico puritano a ser alimentado por condições precárias de higiene e saúde — com um surto de varíola, um Inverno muito frio e instabilidade política local — que aumentaram ainda mais a paranóia sobre a mão do bruxedo nas dificuldades vividas.

Mas esta paranóia ainda persiste nos tempos modernos. Vários estados norte-americanos continuavam a punir judicialmente a bruxaria na década de 70. Uma das mulheres fotografadas por Denny, Zsuzanna Budapest, foi até presa na Califórnia por ler cartas de tarot em 1975 a uma agente de polícia à paisana. Depois de nove anos em lutas legais, conseguiu reverter a sentença com base na liberdade religiosa.

Uma das acusadas, Mary Bliss Parsons, também era uma familiar de Frances F. Denny. Apesar de não ter sido condenada, a acusação e as suspeitas acompanharam-na para o resto da vida. Foram estas descobertas que motivaram a fotógrafa a fazer uma viagem pelos EUA em busca das bruxas da idade moderna, entre os 20 e 85 anos.

Os retratos estão agora expostos em Salem, no Peabody Essex Museum, que é casa de muitas relíquias dos julgamentos do século XVII, como mandados de busca, cartas e até um vestido do estilista Alexander McQueen feito em honra da sua antepassada que também foi executada.

Outra das protagonistas do livro e da exposição em Salem é Shine Blackhawk, uma bruxa de Los Angeles que aprendeu as artes do oculto com a sua avó, uma mulher chamada Carlyn A Grande. Na casa dos 20 anos, a feiticeira conformou-se com a sua bruxaria “eclética”. “Sabia que tinha este poder desde criança. Apesar de não usar a palavra “bruxa” na altura, eu sabia que pertencia a algo diferente, um outro mundo. E passei muito tempo nesse mundo diferente”, confessa.

“Ter estas bruxas modernas ali para todas as mulheres cujas vozes foram roubadas há 300 anos é uma das coisas mais importantes de que já fiz parte. Os julgamentos foram uma parte muito difícil da nossa história, mas sermos entrelaçadas e ligadas juntas; é quase como se essas mulheres continuassem a respirar, a viver, a dançar e mexer-se através de nós. É épico fazer pare disso” considera Blackhawk sobre a exposição em Salem.

A introdução de Major Arcana refere também que “a imagem da bruxa é um dos primeiros exemplos da propaganda generalizada contra as mulheres”. “Algumas disseram-me que viram a sua identidade enquanto bruxas usada contra elas em processos de divórcio pelos ex-maridos. Essa foi a maior chamada para eu perceber que ainda há muito a perder com este projecto, com esta palavra. Ainda é tabu. Ainda é perigosa“, explica Denny ao jornal britânico.
A ascensão do WitchTok

A identificação com a feitiçaria tem crescido a pique nos últimos anos nos EUA, mas a reivindicação feminista do termo já não é de agora. Há 53 anos, um grupo de manifestantes autointituladas W.I.T.C.H. criaram um “feitiço” no Halloween contra Wall Street.

Vestidas a rigor todas de preto e com chapéus em bico, as mulheres esgueiraram-se entre as ruas apertadas de Manhattan durante a noite para entrarem na bolsa de Nova Iorque, onde espalharam cola nas trancas das portas. Na manhã seguinte, os bolsistas não conseguiam entrar e o índice caiu 13 pontos.

“Não nos considerávamos bruxas verdadeiras, mas usamos o termo por causa daquilo que representava: uma mulher poderosa“, afirmou Robin Morgan, uma das organizadoras da manifestação, que explica ao The New York Times que o acrónimo W.I.T.C.H. significava Women’s International Terrorist Conspiracy From Hell — Conspiração Terrorista Internacional do Inferno de Mulheres.

Já nos últimos anos, a popularidade das bruxas tem subido, seja com a obsessão millennial com o tarot ou a divulgação de podcasts e painéis de discussão sobre a feitiçaria, e já vários estudos, se debruçaram sobre o tema. Em 2014, o Pew Research Center concluiu que a identificação formal com a bruxaria está a crescer imenso nos EUA, com quase 1,5 milhões de feiticeiros.

Mas as redes sociais, especialmente o TikTok, também são um grande factor na recente explosão no fascínio com bruxas. A hashtag #WitchTok conta já com mais de 20.7 mil milhões de visualizações. Como termo de comparação, a hashtag #Biden tem apenas 13.8 mil milhões de visualizações.

Com vídeos curtos, o formato favorece conteúdo com um ritmo rápido e visualmente apelativo. Através de velas, garrafas, incenso, cristais, ervas, e roupas e maquilhagem dramáticas, cria-se um ambiente apropriado para pequenos tutoriais de feitiços que podem ser facilmente imitados pelos espectadores. Os alvos mais comuns dos feitiços parecem ser a busca pelo amor, o dinheiro, a saúde ou a vingança.

Os vídeos interactivos, onde os tabuleiros Ouija, as cartas de tarot, ou os pêndulos respondem a uma questão feita por quem vê são também muito populares, explorando o algoritmo ao máximo ao encorajar à participação da audiência.

No entanto, nem todos são fãs ou crentes no oculto. Há também utilizadores, geralmente cristãos, que partilham vídeos onde se mostram indignados contra os males da magia. Mas enquanto os mais religiosos acreditam que a feitiçaria é tão poderosa que vai valer às bruxas um lugar eterno no Inferno, há outros TikTokers mais cépticos, que se dedicam à desmistificação dos vídeos publicados por feiticeiros auto-intitulados.

Mas há ainda um terceiro grupo – as feiticeiras mais experientes que levam o culto da magia a sério e como uma carreira e que se dedicam ao estudo da teoria, história e complexidade dos rituais e dos feitiços.

O seu conteúdo mais educativo e longo já não é tão apetecível para a audiência do TikTok, mas ocasionalmente as mestres da magia tornam-se virais quando corrigem e educam as “bruxas bebés”, por vezes mostrando a sua frustração com questões sociais gerais que também se aplicam à feitiçaria, como a apropriação cultural.

A bruxa Georgina Rose tenta fazer a ponte entre o conteúdo educativo e o humor típico dos seus contemporâneos da geração Z, tanto no TikTok, como no Twitter e no YouTube, para lutar contra o “crescimento do anti-intelectualismo” entre os jovens nos “espaços ocultos online”, com a hashtag #DefendOccultBooks. O objectivo é atrair novos interessados no mundo da magia.

A tradição já existe há séculos e ainda persiste com a tecnologia, não havendo nenhum sinal de abrandamento na popularidade do bruxedo. De mãos dadas, a luta feminista alia-se à feitiçaria e continua em busca da igualdade para as mulheres, tanto bruxas como as comuns das mortais.

https://zap.aeiou.pt/bruxa-propaganda-mulheres-tiktok-442426


Franco, o ditador espanhol, era também colunista num jornal !


Francisco Franco, o ditador que governou Espanha de 1939 a 1975, escreveu artigos sob um pseudónimo num jornal estatal, Arriba.

De acordo com o The Independent, Francisco Franco usou três pseudónimos para escrever sobre assuntos atuais no Arriba.

O nome Hispanicus era utilizado para escrever sobre assuntos nacionais e Jakin Boor para dar a sua opinião sobre os Maçons, um grupo ao qual se opôs.

Mas os assuntos internacionais também estiveram debaixo de olho do ditador, quando Franco usou o pseudónimo Macaulay, que se acredita ser uma referência a Thomas Macaulay, um político Whig do século XIX.

O diário escreve que, em 1947, Franco voltou a sua atenção para as dificuldades económicas do pós-II Guerra Mundial na Grã-Bretanha. Apesar da oposição do Partido Trabalhista ao regime franquista, o ditador espanhol disse que não atribuía toda a culpa pela situação da Grã-Bretanha ao Governo de esquerda, chefiado por Clement Attlee.

“Fingir atribuir aos trabalhistas todos os erros [e] infortúnios da nação britânica constitui para nós uma injustiça e um erro lamentável, nem as fórmulas conservadoras servirão qualquer propósito, nem é a ordem capitalista que pode salvar a Grã-Bretanha na hora do seu infortúnio”, escreveu o colunista.

Após a vitória dos Aliados, em 1945, a economia britânica estava um caos, com indústrias-chave, como os transportes e o carvão, carentes de equipamento. O país não tinha nada para exportar, nem forma de pagar as importações.

O regime de empréstimos com os Estados Unidos, do qual a Grã-Bretanha dependia, terminou em 1945, e Londres viu-se obrigada a negociar um novo empréstimo de 3,75 mil milhões de dólares de Washington.

A Grã-Bretanha estava falida.

Enrique de Aguinaga, um antigo jornalista, descobriu cópias dos artigos de Franco datados de 1947, no qual abordava assuntos relacionados com a Grã-Bretanha.

Num artigo datado de 26 de agosto, os parágrafos sobre os Trabalhistas apareciam censurados, possivelmente devido à oposição do partido ao regime franquista em Espanha.

Durante o seu Governo, Franco censurou livros de George Orwell e Ernest Hemingway, letras de músicas e até os famosos filmes de James Bond.

https://zap.aeiou.pt/franco-era-colunista-num-jornal-442838


domingo, 7 de novembro de 2021

Polícia russa investiga jovens que tiram fotos sexualmente sugestivas em frente a locais históricos !


O país tem aumentado o controlo das redes sociais e este tipo de conteúdo é considerado ofensivo. Já há casos de pessoas condenadas.

A polícia russa está a investigar vários jovens que nas últimas semanas têm tirado fotografias ousadas perto de locais históricos do país. Segundo o jornal britânico The Guardian, as fotos são de pessoas parcialmente nuas ou têm conteúdo sexualmente sugestivo.

O mesmo jornal indica que foram relatados pelo menos quatro casos, o que tem levado a polícia russa a investigar, e até mesmo a deter, pessoas que partilharam nas redes sociais fotografias onde se mostram parcialmente nus ou em poses sexuais em frente a monumentos de grande relevância nacional, como é o caso do Kremlin, Catedral de São Basílio, Catedral de Santo Isaac em São Petersburgo e uma “chama eterna” dedicada à história da segunda guerra mundial.

Um exemplo foi um casal que foi condenado a dez meses de prisão depois da polícia ter descoberto uma fotografia sugestiva de sexo oral. A imagem foi captada mesmo em frente às cúpulas da Catedral de São Basílio em Moscovo.

Ruslan Bobiev e Anastasia Chistova, que na fotografia estavam a usar um casaco da polícia, foram, na semana passada, acusados por “insultar os sentimentos dos crentes”. A condenação marca a primeira vez que este tipo de acusação leva alguém a ser preso. Por sua vez, Bobiev, um influencer do Tajiquistão, também será deportado da Rússia.

O jornal The Guardian dá ainda conta de outras mulheres que foram detidas por registarem fotografias a mostrar as nádegas e os seios em frente a locais públicos em várias cidades. Ainda assim, e perante as acusações, alguns dos jovens admitem ter tirado as fotografias, mas negam ter colocado ​​o material online.

Os casos, que têm sido alvo de críticas ​​por parte de ativistas conservadores que fazem queixas à polícia, marcam mais um passo no controlo que a Rússia está a fazer nas redes sociais. Grande parte dos casos investigados são motivados por uma maior atenção às contas do Instagram usadas por cidadãos russos.

https://zap.aeiou.pt/policia-russa-jovens-fotos-sugestivas-442916


Arábia Saudita vai converter uma plataforma petrolífera num parque de diversões !


A Arábia Saudita anunciou, em outubro, que pretende converter uma plataforma petrolífera localizada no Golfo Pérsico num complexo com vários hotéis, restaurantes e um parque de diversões.

Em comunicado, o Fundo de Investimento Público (PIF) saudita, responsável pelo financiamento do projeto, anunciou o The Rig como o “primeiro destino turístico do mundo inspirado nas plataformas petrolíferas”.

A ideia é converter uma dessas plataformas localizada no Golfo Pérsico, que abrange uma área com mais de 150 mil metros quadrados, num complexo com três hotéis, onze restaurantes e uma espécie de parque de diversões com várias atrações e atividades, como parques aquáticos, montanhas-russas, bungee jumping e paraquedismo.

“Este projeto é uma atração turística única, que esperamos que possa atrair turistas de todo o mundo”, disse o PIF, embora sem referir quando é que a construção fica pronta.

No mesmo comunicado pode ler-se que este complexo está em linha com a estratégia definida por este fundo até 2025, que visa “impulsionar a inovação nos setores do turismo e entretenimento da Arábia Saudita”, através de “oportunidades de desenvolvimento promissoras” para a economia do país.

De acordo com a cadeia televisiva CNN, a Arábia Saudita está determinada em conseguir reposicionar-se como um destino turístico a nível global, que poderá competir no futuro com locais vizinhos como o Dubai, Abu Dhabi e Omã. O seu objetivo é atrair 100 milhões de turistas, todos os anos, até ao final da década.

No início deste ano, recorda a estação norte-americana, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman confirmou os planos do reino saudita de investir numa segunda companhia aérea nacional, para além da já existente Saudia, e de investir 127 mil milhões de euros em transporte e logística ao longo de nove anos.

Em fevereiro, o país também anunciou que vai ser a casa de uma montanha-russa que vai bater todos os recordes, a propósito do parque de diversões Six Flags Qiddiya, que tem data de abertura prevista para 2023.

https://zap.aeiou.pt/arabia-saudita-plataforma-petrolifera-parque-diversoes-442928


Primeiro-ministro iraquiano escapa de ataque de drone com uma bomba !


O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi, escapou ileso este domingo de um ataque com um drone com uma bomba à sua residência no centro de Bagdade, disseram as autoridades.

Houve “uma tentativa falhada de assassinato do primeiro-ministro, o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, por um drone com explosivos, lançado na sua residência na Zona Verde em Bagdade”, explicou a Célula de Informação de Segurança, citado pela agência noticiosa oficial iraquiana, INA.

Al-Kadhimi “não foi ferido e está de boa saúde”, acrescentou.

O próprio primeiro-ministro confirmou na sua conta do Twitter que está bem e apelou à população para permanecer calma face à tentativa de assassinato.

“Estou bem, louvo a Deus, entre o meu povo, e peço calma e moderação a todos, para o bem do Iraque”, escreveu.

Os Estados Unidos já reagiram ao ataque, através do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price: “Estamos aliviados por saber que o primeiro-ministro não está ferido. Este aparente acto de terrorismo, que condenamos veementemente, visava o coração do Estado iraquiano”, frisou, numa declaração.

Os Estados Unidos, garantiu, já ofereceram ajuda na investigação deste ataque e estão em “estreito contacto com as forças de segurança iraquianas encarregadas de defender a soberania e independência do Iraque”.

A Zona Verde, onde a residência do primeiro-ministro foi atacada hoje de madrugada, é uma área fortificada no centro de Bagdade, que também contém uma série de edifícios governamentais e embaixadas estrangeiras.

Este ataque surge num momento de tensão no Iraque, após violentos confrontos entre manifestantes e polícias durante uma manifestação na passada sexta-feira em Bagdade, em frente da própria Zona Verde, contra os resultados das eleições legislativas de 10 de outubro.

Os confrontos deixaram duas pessoas mortas e mais de uma centena feridas, muitas delas polícias.

Vários partidos iraquianos consideram os resultados eleitorais oficiais fraudulentos, especialmente os que representam as milícias que compõem a Multidão Popular, na sua maioria xiitas e pró-iranianos, pois sofreram uma grande perda de votos em comparação com as eleições de 2018.

Os seus apoiantes mantêm um campo de protesto em frente à Zona Verde há quase duas semanas.

Além disso, a área tem sido alvo de uma série de ataques com foguetes nos últimos dois anos, visando principalmente a embaixada dos EUA, na sequência do assassinato do poderoso comandante iraniano Qasem Soleimaní, em janeiro de 2020, num bombardeamento com um alvo específico em Bagdade.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-ministro-iraquiano-atacado-drone-443080


Este aeroporto na Alemanha parece ter sido vítima de uma maldição !


O Aeroporto Internacional Berlin-Brandenburg (BER) deveria ter sido inaugurado em 2011, mas os problemas na construção fizeram com que esta data fosse arrastada para 2020.

A inauguração do aeroporto foi adiada sete vezes o que gerou um aumento dos custos da construção da infraestrutura. Inicialmente foram calculados custos de 2.000 milhões de euros, mas, após sucessivos atrasos, devido a várias falhas de construção, o preço final aumentou 225%, ou seja, para 6.500 milhões de euros.

Na altura em que estava programada a primeira data da inauguração, os inspetores detetaram cerca de 120 mil falhas técnicas, que incluíam problemas de segurança e cerca de 170 mil quilómetros de cabos que estavam indevidamente ligados.

Com tantos problemas em mãos, os engenheiros responsáveis tiveram de fazer várias alterações – o que prolongou ainda mais as obras.

Mesmo depois da inauguração, a obra continuou a gerar controvérsia devido ao aparecimento de novos problemas: infiltrações de água, alguns tubos para o abastecimento dos aviões não se encaixavam, faltavam vários metros de corrimões em algumas escadas, não havia uma conexão estável de internet com o corpo de bombeiros, entre outros.

O site Aeroin também noticiou em janeiro deste ano que, desde a inauguração, 60 funcionários da área de segurança denunciaram ter recebido descargas elétricas enquanto atendiam os passageiros nos canais de inspeção. Em apenas um dia, 11 operadores foram vítimas de choques, e quatro deles precisaram mesmo de ser hospitalizados. A maior parte dos casos ocorreu durante a verificação de segurança das malas de mão no terminal 1.

Estas e outras falhas técnicas têm gerado grande controvérsia e, de acordo com a professora Genia Kostka, da Universidade Livre de Berlim, deveram-se ao facto do “conselho supervisor estar cheio de políticos que não faziam ideia de como supervisionar o projeto”. A especialista acredita que a inexperiência por parte destes responsáveis foi um dos pontos fulcrais para atrasar as obras por tanto tempo.
“Museu do capitalismo fóssil”

Ainda assim, muitos defendem que o projeto já estava condenado desde o início. Tudo começou em 1990 e arrastou-se ao longo de mais seis anos, uma vez que as autoridades responsáveis não estavam a conseguir chegar a um consenso sobre o local onde o aeroporto iria ser construído.

À medida que iam surgindo mais problemas, alguns investidores privados acabaram ainda por abandonar o projeto, deixando o Estado sozinho a financiar e supervisionar a construção. Por outro lado, a crise financeira global de 2008 também dificultou a tarefa de atrair um empreiteiro para construir e financiar o aeroporto.

Segundo o Interesting Engineering, na altura, o projeto deveria ter sido suspenso, mas os políticos seguiram em frente e usaram dinheiro público. Isso fez com que a abertura oficial fosse adiada repetidas vezes.

Foram precisos quase dez anos para resolver os problemas do aeroporto e, em outubro de 2020, as autoridades responsáveis anunciaram que a infraestrutura estava pronta para receber voos e passageiros. Contudo, o anúncio da inauguração veio numa altura em que também a aviação estava a passar por um mau momento devido à pandemia de covid-19. As circunstâncias fizeram com que as viagens diminuíssem e com isso o aeroporto acabou por permanecer vazio.

No momento da inauguração, o aeroporto ainda foi vítima de mais críticas. Um grupo de manifestantes mascarou-se de pinguins para protestar contra o papel do tráfego aéreo no aquecimento global. Em alguns cartazes, o aeroporto foi descrito como um “museu do capitalismo fóssil” e grupos de habitantes vizinhos também exigiram melhor proteção contra o ruído que o novo aeroporto vai gerar, escreveu o Dinheiro Vivo.

Com o regresso às viagens, e depois de tantas batalhas, espera-se agora que aeroporto se torne o terceiro mais movimentado da Alemanha, superando o aeroporto de Düsseldorf.

https://zap.aeiou.pt/aeroporto-alemanha-maldicao-442894


E se os barcos que limpam o lixo dos oceanos se alimentassem desse mesmo lixo ?


Um projeto de investigadores ingleses, o Ocean Cleanup Project, sugere avança com a possibilidade de os barcos usados na recolha de lixo oceânico serem também usados para transformar esse mesmo lixo em combustível para os alimentar.

Se é verdade que o lixo que atualmente vive nos oceanos é o reflexo dos comportamentos humanos, a maneira como este será eliminado também poderá ser o reflexo desses mesmos comportamentos, mas sobretudo do avanço que o Homem tem vindo a fazer ao nível tecnológico. Um novo projeto científico, por exemplo, avançou com a possibilidade de os barcos que percorrem os oceanos na tentativa de apanhar o referido lixo podem, na verdade, alimentar-se dele, ou seja, utilizá-lo como fonte de energia, o que pouparia muitas das viagens à costa.

Estas embarcações, numa primeira fase, ficavam simplesmente à tona, tirando partido da força das correntes marinhas que traziam até elas o lixo, no entanto, as últimas versões já se alimentam de combustíveis para funcionarem como autênticas rebocadoras para empurrarem as barreiras de lixo. Essas operações podem decorrer ao longo de vários quilómetros até à costa mais próxima, dando origem a mais emissões de dióxido de carbono e invertendo o propósito para o qual aqueles barcos foram inicialmente criados.

A ideia de transformar o lixo em energia tem vindo a ser explorada há algum tempo, com alguns projetos interessantes a surgirem. No caso específico deste projeto, o objetivo era provar que o lixo poderia ser usado da mesma forma que os combustíveis fósseis no que respeita à alimentação de transportes, com a transformação a acontecer nesses mesmo transportes através de reatores móveis, em vez das tradicionais fábricas de grandes dimensões.

A última grande investigação sobre o tema integrou cientistas, por exemplo, da Universidade de Harvard, que se centraram na liquefação hidrotérmica, uma técnica que pressupõe o aquecimento do plástico a temperaturas entre os 300º e os 550ºC e sujeitá-los a pressões cerca de 250 a 300 vezes superiores às registadas ao nível da água do mar. Isto faz com que o material se reduza a óleos que podem atuar como “diesel azul“, isto é, um combustível que, segundo os especialistas, tem uma densidade energética similar ao diesel marítimo.

Para testar a fiabilidade do modelo de transformação criado pelos cientistas, foram usadas como referência as barreiras colocadas a 25km de distância da Grande Mancha de Lixo do Pacífico, que os cientistas afirma ter uma ótima eficiência no que respeita ao recolher de lixo. À medida que as embarcações a atravessavam, o lixo recolhido estava a ser transportado para um processador através de um tapete rolante. Antes de chegar ao seu destino, ao lixo seriam removidas as suas impurezas e sais para que, posteriormente, não constituíssem um entrave à transformação. Desta forma, a inovação apresentada pelo novo projeto configura uma nova vantagem face aos métodos anteriores, os quais tinham trabalhadores a depositar manualmente o lixo em sacos.

De acordo com os investigadores, e no melhor dos cenários, este método conseguiria originar não só combustível suficiente para alimentar as embarcações e a liquefação hidrotérmica, mas também gerar um excedente de 480%, o qual poderá ser armazenado a bordo e usado nas viagens de regresso à costa.

Apesar do cenário azul traçado pelos investigadores, eles também notam que o consumo do “diesel azul” também resultará em emissões de gases com efeito de estufa, apesar de estimarem que num período de 10 anos isto representaria 0,02% do chamado orçamento global de carbono.

https://zap.aeiou.pt/barcos-limpam-lixo-oceanos-alimentassem-442683


Pfizergate - Entre teorias da conspiração e “confusão maluca”, vacina contra a covid-19 em xeque !


Um artigo publicado num jornal científico está a dar alento ao movimento anti-vacinas e a gerar uma onda de fake news nas redes sociais. Tudo porque uma denunciante revelou más práticas em alguns dos testes clínicos realizados à vacina da Pfizer. Mas, agora, coloca-se em causa o trabalho do jornalista que fez a notícia.

O “Pfizergate” tomou conta das redes sociais depois da publicação, no conceituado jornal científico British Medical Journal (BMJ), de um artigo que coloca em causa os testes clínicos realizados em torno da vacina da Pfizer contra a covid-19.

O texto baseia-se em denúncias de uma “directora regional”, Brook Jackson, de uma empresa sub-contratada pela Pfizer, a Ventavia, para fazer uma parte dos testes clínicos da vacina.

Brook Jackson denuncia más práticas, salientando que a Ventavia “falsificou dados” e contratou “vacinadores inadequadamente treinados”.

A mulher trabalhou na empresa apenas durante duas semanas, em Setembro de 2020, e é uma auditora de ensaios clínicos com “mais de 15 anos de experiência na coordenação e gestão de pesquisas clínicas”, como aponta o artigo.
Jornalista é um “teórico da conspiração”

É preciso notar que as denúncias a que Jackson se refere são relativas a apenas três centros de investigação dos 153 onde foram feitos os ensaios clínicos da Pfizer em vários países do mundo. Estão em causa 1000 participantes entre os 44 mil que estiveram envolvidos nos testes clínicos.

Portanto, o epidemiologista francês, Thibault Fiolet, nota que estamos a falar de apenas 2,3% dos ensaios clínicos realizados.

As alegadas más práticas nestes testes “não põem em causa a eficácia das vacinas” que até já foi “demonstrada em condições reais em múltiplos países e por múltiplas equipas de pesquisa independentes”, nota Fiolet em declarações à Franceinfo, onde lamenta a instrumentalização de assuntos sérios por teorias conspiracionistas.

De facto, o jornalista que assina a peça, Paul D. Thacker, é descrito pelo Conselho Americano de Ciência e Saúde como um “teórico da conspiração”. A entidade também acusa o jornalista especializado em ciência de disseminar informações falsas sobre a Organização Mundial de Saúde (OMS).

De resto, o seu artigo no BMJ baseia-se apenas nas declarações de Jackson, não tendo quaisquer espaço para o contraditório da Ventavia, nem da Pfizer. A peça também fala da autoridade do medicamento dos EUA, a US Food and Drug Administration (FDA), mas também esta não terá sido contactada.
Fake news colocam CEO da Pfizer na prisão

Entretanto, a notícia de Thacker está a ser aproveitada pelos anti-vacinas para divulgarem fake news. Nas últimas horas, surgiram rumores de que o CEO da Pfizer, Albert Bourla, teria sido preso pelo FBI por suspeitas de fraude quanto à eficácia da vacina. Mas não é verdade.

Bourla tem aparecido em vários programas de televisão a dar entrevistas sobre o novo medicamento contra a covid-19 que a Pfizer anunciou. E mesmo este lançamento é aproveitado pelos adeptos das teorias da conspiração que alegam que o anúncio foi feito para abafar o “Pfizergate”.

Certo é que já há políticos a aproveitarem estas dúvidas em torno da vacina, como é o caso do eurodeputado francês Florian Philippot, ex-número dois de Marine Le Pen que fundou o movimento Os Patriotas.

Philippot já pediu ao ministro da Saúde de França, Olivier Véran, a suspensão imediata da vacina da Pfizer em França. “A saúde pública acima de tudo”, salienta.

Entretanto, a Pfizer recusa-se a comentar o artigo no BMJ, mas sublinha que estão a decorrer investigações “internas”. A Ventavia anunciou também que vai “investigar as acusações de Brook Jackson”.

Já a FDA não comenta o assunto, mas assegura que mantém “total confiança nos dados que levaram a apoiar a autorização da vacina Pfizer/BioNTech”.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) salienta que as alegações feitas “não colocam em causa as conclusões sobre a segurança, eficácia e qualidade da própria vacina”, conforme declarações divulgadas pelo francês Le Parisien.
O que diz o artigo?

O texto que despoletou este “Pfizergate” que parece destinado a morrer nas redes sociais baseia-se totalmente nas denúncias de Brook Jackson que diz que a Ventavia “falsificou dados” e contratou “vacinadores inadequadamente treinados”.

Além disso, a ex-funcionária da empresa refere que os procedimentos adoptados podem ter revelado aos pacientes e aos investigadores se estavam a tomar a vacina anti-covid ou uma vacina placebo, o que vai contra as boas práticas dos testes clínicos.

Por outro lado, Jackson refere que a Ventavia reagiu de forma “lenta” aos efeitos adversos reportados na fase III dos testes, atrasando-se no contacto aos pacientes com sintomas.

A denunciante também nota que os participantes dos testes foram deixados num corredor, após a vacina, e sem monitorização clínica. Também fala em vacinas armazenadas em temperaturas desadequadas e em amostras de laboratório com marcação incorrecta.

Brook Jackson nota que alertou, por diversas vezes, a empresa para estes problemas, mas que nada foi feito. Assim, apresentou uma queixa à FDA e acabou por ser despedida no mesmo dia, refere o artigo.

O jornalista dá a entender que os problemas nos testes estariam relacionados com a pressa em acelerar a investigação para colocar a vacina no mercado o mais cedo possível.

A ex-funcionária cedeu ao BMJ “dezenas de documentos internos da empresa, fotos, gravações áudio e emails“, como se nota no artigo.

Entre as fotos reveladas ao jornal está uma que mostra “agulhas descartadas num saco plástico de risco biológico em vez de numa caixa para materiais cortantes”.

Há ainda outra foto onde surgem “materiais de embalagem das vacinas com os números de identificação dos participantes dos ensaios escritos e deixados à mostra, potencialmente revelando os participantes“, aponta o jornalista.

O artigo ainda cita um áudio de uma reunião de Setembro de 2020 em que terá ficado notório que a empresa não conseguia “quantificar os tipos e o número de erros encontrados ao examinar a papelada dos testes para controlo de qualidade”.

O jornalista conta que Brooke Jackson foi contactada pela FDA, mas que não recebeu mais dados sobre o que é que a entidade estaria a fazer quanto às suas denúncias.

Além disso, aquando do pedido de autorização para o uso de emergência da vacina enviado pela Pfizer à FDA, não terá havido qualquer referência aos problemas denunciados por Jackson.

A FDA terá feito inspecções a 9 dos 153 locais onde foram realizados os testes clínicos, não incluindo nenhum da Ventavia, assegura o BMJ.

O jornalista falou com mais dois ex-funcionários da Ventavia que confirmaram as denúncias de Jackson, recusando dar o nome “por medo de represálias e perda de perspectivas de emprego na coesa comunidade de pesquisa”.

“Não acho que sejam dados limpos e bons. É uma confusão maluca“, salienta um destes funcionários à publicação científica.

Após o despedimento de Jackson, a Pfizer terá sido informada dos problemas na Ventavia e terá feito uma auditoria. Não se conhecem os resultados obtidos, mas o artigo do BMJ relata que a Pfizer contratou a Ventavia para mais quatro testes clínicos relacionados com a vacina contra a covid-19, incluindo a investigação em torno de crianças e mulheres grávidas.

https://zap.aeiou.pt/pfizergate-vacina-covid-19-pfizer-443048


Vários feridos num ataque com faca num comboio na Baviera !


Várias pessoas ficaram hoje feridas num ataque com faca num comboio de alta velocidade na Baviera, no sul da Alemanha, tendo o alegado autor sido detido, segundo fontes da polícia.

“De acordo com as informações iniciais, várias pessoas ficaram feridas”, disse a polícia em comunicado, sem precisar um número, garantindo que “não há mais perigo”.

O comboio em questão, um dos ICE de alta velocidade da Alemanha, viajava entre as cidades de Regensburg e Nuremberga no momento do ataque.

Um porta-voz da polícia da região de Oberpfalz disse à emissora Bayerischer Rundfunk que ainda não se sabe se há uma motivação terrorista por trás do ataque.

Um porta-voz da rede ferroviária alemã confirmou que a estação em Seubersdorf, onde o comboio está parado atualmente, está fechada e que a viagem de comboio entre Regensburg e Nuremberga foi suspensa.

Segundo o tabloide “Bild”, o atentado fez três feridos, dois dos quais estão em estado grave, embora fora de perigo de vida.

https://zap.aeiou.pt/varios-feridos-ataque-faca-baviera-443035


Medicamento da Pfizer reduz em quase 90% risco de hospitalização e de morte por covid-19 !


A Pfizer disse na sexta-feira que o seu medicamento antiviral experimental contra a covid-19 reduz em cerca de 90% o risco de hospitalização ou morte em pacientes com comorbilidades.

A farmacêutica anunciou que vai pedir à agência do medicamento norte-americana (FDA na sigla em inglês) e aos reguladores internacionais que autorizem a utilização do seu medicamento o mais rapidamente possível.

Após o pedido de autorização, a FDA poderá tomar uma decisão em semanas ou meses, segundo refere a agência Associated Press (AP).

Esta quinta-feira o Reino Unido tornou-se o primeiro país do mundo a emitir uma autorização de uso condicional de um comprimido antiviral contra a covid-19 desenvolvido pela farmacêutica Merk, que estará disponível para os maiores de 18 anos.

O comprimido da Merk já está a ser analisado pela FDA, depois de resultados iniciais animadores.

A luta contra a pandemia tem estado baseada sobretudo na vacinação, mas desde o início que investigadores de todo o mundo têm procurado encontrar um comprimido contra a covid-19 que permita aliviar os sintomas, acelerar a recuperação e evitar hospitalizações ou desfechos fatais.

A existência de comprimidos antivirais que permitam tratar a covid-19 de forma precoce “seria um avanço muito importante”, considerou John Mellors, responsável pelo departamento de doenças infecciosas da Universidade de Pittsburgh, que não participou no estudo da Pfizer e que foi monitorizado por um painel independente de especialistas.

“Se alguém desenvolvesse sintomas e testasse positivo poderíamos ir à farmácia aviar uma receita como fazemos para tantas outras doenças infecciosas”, referiu.

Hoje a Pfizer divulgou os resultados preliminares do seu estudo com o novo medicamente antiviral que envolveu 775 adultos.

Os pacientes que receberem o medicamento da Pfizer em conjugação com outro antiviral logo após manifestarem sintomas da doença, registaram uma redução e 89% na taxa de hospitalizações ou morte após um mês, por comparação com o grupo de pacientes que tomou placebo.

Menos de 1% dos pacientes que tomaram o medicamento precisou de ser internado e nenhum morreu. No grupo e comparação, 7% das pessoas foram hospitalizadas e sete morreram.

“Tínhamos esperança de ter algo extraordinário, mas é raro ver grandes medicamentos surgirem com quase 90% de eficácia e 100% de proteção contra a morte”, disse, em entrevista, Micael Dolsten, diretor científico da Pfizer.

Os participantes neste estudo não foram vacinados, apresentavam sintomas e covid-19 leves a moderados, e foram considerados de risco elevado em termos de internamento devido aos problemas de saúde que apresentavam como obesidade, diabetes ou doenças cardíacas.

A Pfizer não adiantou muitos detalhes sobre efeitos adversos, tendo referido que as taxas de reações eram semelhantes entre os grupos, em cerca de 20%.

Um grupo independente de especialistas, que monitorizou o estudo, aconselhou que este fosse interrompido mais cedo devido ao facto de o padrão de resultados provisórios revelar uma taxa de benefício tão elevada.

Os dados não foram ainda publicados numa revista científica, um dos passos necessários no processo de verificação de um novo medicamento.

https://zap.aeiou.pt/medicamento-pfizer-reduz-risco-morte-443023


Pelo menos oito pessoas morreram em concerto de Travis Scott no Texas !


Pelo menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas numa onda de multidão na sexta-feira no Festival Astroworld, em Houston, no Texas, anunciaram hoje fontes oficiais no Texas.

O chefe dos bombeiros de Houston, Samuel Pena, disse em conferência de imprensa que a compressão da multidão em direção ao palco ocorreu enquanto o rapper Travis Scott atuava. As pessoas começaram a desmaiar e a confusão aumentou.

Vários vídeos nas redes sociais mostram pessoas a pedirem ajuda a membros da equipa de produção do concerto e a derrubar a barreira de segurança para entrar no recinto do festival. Há até vídeos que mostram pessoas a serem reanimadas em macas após colapsarem.

Os bombeiros levaram 17 pessoas para hospitais, sendo que 11 delas estavam em parada cardíaca. O incidente ocorreu por volta das 21:00 locais de sexta-feira à noite (02:00 de sábado, em Lisboa), e o concerto foi cancelado.

“Ninguém tem todas as respostas esta noite”, disse o chefe da polícia de Houston, Troy Finner. “Temos famílias feridas aqui”.

Travis Scott interrompeu várias vezes o concerto quando percebeu que havia fãs em perigo perto do palco. O artista norte-americano pediu aos seguranças que os tirassem da confusão.

O evento reuniu cerca de 50 mil pessoas e estava esgotado, de acordo com o site do Astroworld. Do cartaz faziam ainda parte nomes como SZA, Bad Bunny e 21 Savage.

https://zap.aeiou.pt/oito-morreram-concerto-travis-scott-443027


sábado, 6 de novembro de 2021

EUA em decadência, mas o orgulho fala mais alto - Fuzileiros navais dos EUA negam ter sido superados por comandos britânicos no exercício da Califórnia !


Em uma rara disputa entre dois principais aliados da OTAN. o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA emitiu um comunicado negando ter se rendido a colegas britânicos em um recente exercício de treinamento na Califórnia. A negação no sábado, 6 de novembro segue alegações na mídia britânica desde terça-feira que os comandos dos fuzileiros navais reais britânicos tinham "dominado" os fuzileiros navais dos EUA durante o exercício Green Dagger na área de treinamento do deserto de Mojave Twentynine Palms e os forçou a se render, após a maior parte de seus unidade foi “aniquilada”. Foi ainda alegado que as tropas americanas pediram um “reset” na metade do exercício, depois de sofrer muitas baixas.

As forças britânicas disseram que não só derrotaram os americanos, com sucesso em seus quartéis-generais, usando artilharia de longo alcance para destruir veículos americanos e outros alvos e lançando um ataque de comando de longo alcance, mas expandiram amplamente o território que controlavam de menos de 20% a mais de 65% da área de exercícios. Essa alegação foi relatada pela primeira vez pelo correspondente de defesa do London Telegraph, Dominic Nicholls.
A conta oficial do Twitter para 40 Commando Royal Marines também declarou que as forças britânicas haviam emergido “vitoriosas” no final do exercício. Participaram do jogo de guerra também Holanda, Canadá e Emirados Árabes Unidos.
Embora a disputa entre as forças armadas dos EUA e do Reino Unido esteja longe de terminar, as fontes de segurança do DEBKAfile dão uma olhada nas novas táticas introduzidas para as forças especiais britânicas. Sob o lema “Teimoso demais para morrer”, eles agora estão sendo treinados para “operar com confiança em um ambiente congestionado de sistemas de guerra eletrônica do inimigo. O Ministério da Defesa do Reino Unido explicou que o exercício de batalha Green Dagger “testou a implantação do novo Grupo de Resposta Litoral (LRG) em uma guerra de guerrilha contra oponentes bem equipados do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. O LRG é um dos dois novos grupos de tarefas da Marinha Real com foco em forças de comando que são capazes de responder a eventos mundiais, sendo um baseado na Europa e outro, o LRG South em Omã ”


Nossas fontes acrescentam que este grupo usará o porto de Duqm como ponto de partida para ameaças no Golfo, no Mar da Arábia e no Mar Vermelho
O DEBKAfile acrescenta que o LRG foi projetado para operar em sincronia com unidades aéreas, terrestres, navais e cibernéticas, muito parecido com o padrão seguido pelas Forças de Defesa de Israel em um exercício de guerra em grande escala na semana passada, em combinação com autoridades civis de emergência.
Foi o LRG South, baseado em forças de infantaria leve e tropas holandesas, que participou do jogo de guerra na Califórnia na semana passada.
Uma das lições tiradas do exercício Green Dagger é que, embora os sistemas tecnológicos avançados aumentem substancialmente a eficácia das forças de comando, eles não substituem as tropas terrestres com um poder de tiro forte e preciso.
Esta também é uma lição para as Forças de defesa de Israel. Sob a liderança do Chefe do Estado-Maior Tenente-General Aviv Kohavi, o IDF investiu bilhões de dólares no desenvolvimento de equipamentos de alta tecnologia para integração com forças especiais, possivelmente às custas de melhorias nas forças terrestres, incluindo infantaria. O lema da IDF, "Não desistimos até ganhar" foi substituído por "{Se você falhar], falhe rápido, falhe melhor."
Um ex-inspetor militar, Maj. Gen, (res.) Yitzhak Brik, disse recentemente: “Equipar as unidades de campo com os mais recentes equipamentos de alta tecnologia que custam megabilhões“ exige um exército disciplinado e profissional. Também requer uma cultura voltada para o bom funcionamento da liderança para os aspectos organizacionais e administrativos, bom controle e monitoramento, e a capacidade de tirar lições de erros e corrigi-los. ”
Ceneral Brik conclui: “Nenhuma dessas qualidades está atualmente presente nas forças de combate terrestre das FDI. Em vez disso, encontramos rejeição e desrespeito, contornos arraigados, branqueamento, conspirações de silêncio e medo de expressar opiniões contrárias àquelas defendidas pelo comandante. Por causa dessas falhas, a introdução de tecnologia cara de alto grau foi apenas parcialmente bem-sucedida e, portanto, não produziu os resultados desejados. ”
Esta descoberta de um crítico respeitado é imediatamente relevante. Enquanto os militares estão profundamente nos preparativos para uma possível guerra proveniente do Líbano, eles também estão prestes a embarcar na próxima semana em um exercício conjunto de três semanas com a 51/5ª Brigada Expedicionária de Fuzileiros Navais dos EUA, que chegou a Eilat esta semana. Este exercício deve incluir batalhas de guerrilha em áreas urbanas, desarmamento de bombas e o uso de um Sistema de Foguete de Artilharia de Alta Mobilidade.

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Natalie Wood terá sido abusada sexualmente aos 16 anos por Kirk Douglas, revela irmã da atriz !


No livro de memórias Little Sister, que será publicado na próxima semana, a irmã de Natalie Wood revela que a atriz terá sido abusada sexualmente por Kirk Douglas, quando tinha apenas 16 anos.

O rumor sobre uma alegada violação violenta na primavera de 1954 já circula há décadas em Hollywood.

Excertos do livro de memórias, a que a Associated Press teve acesso, dizem que tudo aconteceu no verão de 1955, depois de Lana, então com oito anos, e a mãe de ambas, Maria Zakharenko, terem deixado a atriz no hotel Chateau Marmont, em Los Angeles.

Lana Wood conta que o encontro entre as estrelas de Hollywood tinha sido organizado pela sua mãe, que tinha a esperança de que Kirk Douglas pudesse ajudar a abrir portas à jovem, na altura com 16 anos.

O ator, com 39 anos, era já um dos mais famosos e influentes da indústria cinéfila norte-americana, tendo protagonizado filmes como Spartacus, The Bad and the Beautiful e Gunfight at the O.K. Corral.

No livro, Lana Wood lembra que o encontro durou “muito tempo” e que quando a jovem atriz voltou a estar com a família, “estava horrível” e “zangada”.

“Alguma coisa má tinha aparentemente acontecido, mas – o que quer que fosse – eu era muito jovem”, assume a irmã da atriz.

Na altura, Lana tinha apenas oito anos. Nas memórias, conta que só em adultas é que discutiram o que se passou naquela noite.

Natalie Wood terá entrado no hotel e, já na suite do ator, terá sido abusada sexualmente. “Ele magoou-me“, lembra da conversa com a irmã, que ficou “confusa” e “assustada” com o que se passou.

Tanto Natalie como a sua mãe concordaram que acusar publicamente Kirk Douglas iria arruinar a carreira da jovem atriz.

O segredo foi agora revelado e Lana Wood tem a certeza que será perdoada por “quebrar a promessa” que fez à sua irmã, na altura, de nunca o contar.

O filho de Douglas reagiu às memórias de Lana Wood, mas não teceu qualquer comentário. “Que descansem os dois em paz”, referiu, em comunicado.

https://zap.aeiou.pt/natalie-wood-abusada-kirk-douglas-442993

 

Helsínquia deixa de servir carne em eventos oficiais !


Helsínquia quer servir apenas pratos vegetarianos e peixes locais sustentáveis, exceto em algumas “visitas de alto nível ou eventos semelhantes”.

A capital da Finlândia vai deixar de servir pratos de carne em seminários, cimeiras, reuniões de equipa, receções e outros eventos, a partir de janeiro de 2022. O objetivo é reduzir a pegada de carbono, anunciou o município de Helsínquia, esta sexta-feira.

Numa nota, a Câmara Municipal da capital finlandesa refere que a medida faz parte de um esforço mais amplo “que visa reduzir o impacto climático dos alimentos e reduzir a quantidade de recursos naturais utilizados pela cidade”.

A autarquia planeia oferecer apenas pratos vegetarianos e peixes locais sustentáveis.

A diretora de comunicação do município de Helsínquia, Liisa Kivela, disse à agência de notícias AP que a alteração de hábitos alimentares entrará em vigor em janeiro e excluirá escolas e refeitórios em locais de trabalho.

Liisa Kivela adiantou que a política adotada pela Câmara Municipal também permite exceções em algumas “visitas de alto nível ou eventos semelhantes” organizados pelo presidente, Juhana Vartiainen, ou pelos gerentes seniores da cidade, que tem cerca de 650.000 habitantes.

A medida estipula que café, chá e alimentos como bananas, oferecidos nos eventos, terá de ser adquiridos de produtores de comércio justo.

Além disso, o leite de aveia substituirá o leite normal, e lanches e bebidas não poderão ser mais servido em recipientes descartáveis.

Eleito presidente da Câmara de Helsínquia em agosto, Juhana Vartiainen disse, no entanto, estar feliz por a cidade manter a opção de servir carne em algumas ocasiões.

“Por exemplo, se o rei da Suécia vier para uma visita, a gastronomia local pode ser servida. Ou algum grupo para qual é natural oferecer carne. Deve haver discrição e bom senso”, disse o autarca ao jornal finlandês Iltalehti.

A decisão do município gerou esta semana um intenso debate nas redes sociais entre cidadãos e políticos.

Os deputados com constituintes na Finlândia rural, onde a caça é popular e pratos de caça são servidos com frequência, ficaram particularmente perturbados.

A carne de renas criadas é servida, de forma assídua, a dignitários estrangeiros em visita.

O Instituto de Recursos Naturais da Finlândia disse no início deste ano que o consumo de carne no país caiu dois anos consecutivos, uma vez que mais pessoas decidiram fazer hambúrgueres, salsichas e carne picada através de produtos vegetais.

https://zap.aeiou.pt/helsinquia-deixa-de-servir-carne-em-eventos-oficiais-442899


Com o tempo a esgotar-se, UE alerta para as “graves consequências” da suspensão do acordo sobre Irlanda do Norte !

O vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, na apresentação das propostas da UE para a Irlanda do Norte
Maros Sefcovic, vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, avisou que “o tempo está a esgotar-se”, depois de um encontro com o ministro britânico, David Frost.

A Comissão Europeia alertou, esta sexta-feira, para as “graves consequências“ que a suspensão do protocolo norte-irlandês teria nas relações entre a União Europeia e o Reino Unido, no final de uma reunião dos negociadores em Bruxelas.

“Isso significaria uma rejeição dos esforços da União Europeia para encontrar uma solução consensual” para a aplicação do acordo do Brexit, advertiu o comissário europeu Maros Sefcovic, após o seu encontro com o secretário de Estado britânico para as relações com a UE, David Frost, para renegociar a parte do acordo relativa ao comércio com a Irlanda do Norte.

Além da disputa sobre como agilizar as trocas comerciais com a Irlanda do Norte, depois de o complexo acordo do Brexit ter deixado a região também no mercado único da UE, ambas as partes estão em conflito por licenças de pesca de importância simbólica para o Reino Unido na zona do canal da Mancha, em águas territoriais francesas.

Londres ameaçou várias vezes acionar o artigo 16 do acordo, que permite suspender algumas das suas disposições, nomeadamente em caso de “grandes dificuldades económicas”.

Os britânicos imputam ao protocolo norte-irlandês dificuldades de abastecimento àquela província do Reino Unido.

No final da reunião de hoje, Frost declarou: “O fosso entre nós ainda é bastante significativo e o tempo está a esgotar-se”.

Segundo o secretário de Estado britânico, o procedimento de suspender partes do acordo do Brexit ao abrigo do artigo 16 “está muito em cima da mesa, e tem estado desde julho”.

“Ouvimos muito falar do artigo 16. Não há dúvida de que acionar esse artigo (…) teria graves consequências para a Irlanda do Norte, pois traduzir-se-ia em instabilidade e imprevisibilidade”, sublinhou, por sua vez, o comissário europeu, acrescentando que se deslocará a Londres para prosseguir as negociações a 12 de novembro.

Segundo analistas, seria apenas um pequeno passo entre acionar esse artigo do acordo do Brexit e uma guerra comercial declarada.

A Irlanda do Norte, parte do Reino Unido, partilha uma fronteira terrestre com a Irlanda, Estado-membro da UE. O acordo do Brexit atribui-lhe um estatuto comercial especial que garante a existência de uma fronteira aberta na ilha da Irlanda.

Esse é um pilar fundamental do processo de paz da Irlanda do Norte desde o acordo de Sexta-Feira Santa de 1998, que pôs fim a anos de conflito. Mas implica uma nova barreira alfandegária no mar da Irlanda para mercadorias que entram na Irlanda do Norte procedentes do resto do Reino Unido, apesar de serem parte do mesmo país.

Tal tem gerado mais burocracia para as empresas e causado problemas com a chegada de alguns bens ao território norte-irlandês.

A UE afirmou que já ofereceu grandes concessões na redução da burocracia no comércio entre a Grã-Bretanha e a Irlanda do Norte, mas Londres quer também ver-se livre da supervisão legal da mais alta instância judicial da UE, onde Bruxelas traçou um limite e não está disposta a ceder.

https://zap.aeiou.pt/com-o-tempo-a-esgotar-se-ue-alerta-para-as-graves-consequencias-da-suspensao-do-acordo-sobre-irlanda-do-norte-442958


Freira franciscana e cientista política é a primeira mulher “número dois” do Vaticano !

O Papa Francisco com a freira Raffaella Petrini
O Papa Francisco nomeou como secretária-geral da Governação do Estado da Cidade do Vaticano a freira franciscana e cientista política Raffaella Petrini, tornando-a assim a primeira mulher a ocupar o cargo de “número dois” do Vaticano.

Raffaella Petrini, de 52 anos, que até agora era funcionária da Congregação para a Evangelização dos Povos, nasceu em Roma e pertence à Congregação das Irmãs Franciscanas da Eucaristia.

É licenciada em Ciências Políticas pela Universidade Internacional Livre de Guido Carli e doutorada pela Pontifícia Universidade de San Tommaso d’Aquino, onde atualmente é professora de Economia do Bem-Estar e Sociologia dos Processos Económicos.

Como vice-secretário-geral o Papa Francisco nomeou o advogado Giuseppe Puglisi-Alibrandi, até agora chefe do setor jurídico da Governação do Estado da Cidade do Vaticano, lê-se ainda no site Vatican News.

Segundo o semanário Expresso, como nova secretária-geral, Petrini irá trabalhar na supervisão de todas as operações administrativas do Vaticano, incluindo os seus museus, que são uma das principais fontes de receitas.

O Papa Francisco tem vindo a dar visibilidade ao trabalho das mulheres na Igreja e, em agosto, escolheu seis como especialistas leigas do Conselho de Economia. Uma delas, a professora Charlotte Kreuter-Kirchhof, foi nomeada vice-coordenadora deste conselho em setembro.

Também em agosto, o Sumo Pontífice nomeou várias mulheres cientistas para a Pontifícia Academia de Ciências, incluindo Emmanuelle Marie Charpentier, fundadora e diretora da Unidade Max Planck para a Ciência de Patógenos, em Berlim, e Prémio Nobel da Química 2020.

Outra nomeada foi Donna Theo Strickland, professora de Física Óptica do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Waterloo e vencedora do Prémio Nobel da Física 2018 por ter inventado, em 1985, com Gérard Mourou, uma tecnologia de laser usada atualmente em milhões de cirurgias oculares.

https://zap.aeiou.pt/primeira-mulher-numero-dois-vaticano-442801


Diplomata russo encontrado morto no exterior da embaixada em Berlim !

Edifício da embaixada russa em Berlim, na Alemanha
A embaixada russa em Berlim revelou, esta sexta-feira, que um funcionário morreu no mês passado num “trágico acidente”.

Um diplomata russo foi encontrado morto em outubro, do lado de fora da sua embaixada em Berlim, incidente revelado esta sexta-feira.

O corpo sem vida do diplomata foi descoberto pela polícia no dia 19 de outubro, na calçada. Segundo as primeiras informações avançadas pela Der Spiegel, o homem aparentemente morreu ao cair do complexo da embaixada.

Um porta-voz do Ministério alemão das Relações Exteriores disse que o caso era do conhecimento “do Ministério”, mas não quis dar mais detalhes.

A Der Spiegel ouviu as reações da embaixada russa, que classificou a morte como um “trágico acidente” e não quis comentar o caso “por razões éticas”.

Segundo a mesma revista alemã, o falecido era um subsecretário da embaixada e tinha 35 anos. Afirma-se ainda que as autoridades alemãs suspeitavam de que seria um agente do serviço secreto russo FSB.

De acordo com as informações veiculadas, o diplomata poderia ter ligação com uma autoridade sénior da segunda secção do FSB, sendo que os serviços secretos ocidentais relacionam esta divisão ao assassinato de um cidadão georgiano num parque de Berlim, em 2019.

O georgiano Zelimkhan Khangoshvili, de 40 anos, levou dois tiros na cabeça, à queima-roupa, no Parque Kleiner Tiergarten, em 23 de agosto de 2019. Terá sido morto por um cidadão russo, preso pouco depois.

O suspeito, o russo Vadim Krasikov, também conhecido como Vadim Sokolov, de 55 anos, será julgado por um assassinato que o Ministério Público alemão acredita ter sido ordenado por Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/diplomata-russo-encontrado-morto-442964


Robôs autónomos fazem entregas de comida – E são um sucesso em campus universitários !

Usar uma aplicação de telemóvel para fazer pedidos de refeições é uma prática cada vez mais usual. O que não é habitual é que o entregador dos pedidos sejam pequenos robôs autónomos. Esta realidade já é visível nos EUA, sobretudo em campus universitários, e pode ser futuro.

Os robôs da Yandex facilmente passam despercebidos, pois dão pelo joelho dos humanos. Contudo, o seu tamanho compacto não o impede de ter uma excelente capacidade de transportar refeições. De acordo com o Tech Xplore, os robôs conseguem levar quatro pizzas ao mesmo tempo.

Atualmente, estes robôs podem ser observados a circular em campus universitários – e em raras exceções, em algumas ruas dos EUA.

Antes da pandemia de covid-19 despoletar, estes robôs estavam a ser testados em número limitado, mas de forma a dar resposta a uma maior procura de entregas sem contacto, os pequenos transportes ganharam uma relevância acrescida.
 
“Observamos a procura pelo uso de robôs a ir mais além”, referiu Alastair Westgarth, CEO da Starship Technologies. “Acho que a procura sempre esteve presente, mas foi antecipada pelo efeito da pandemia”, acrescentou.

Hoje em dia, a empresa conta com mais de 1.000 robôs na sua frota, contra os apenas 250 que tinha em 2019. Espera-se que brevemente sejam implementados mais robôs, uma vez que estes estão a ser um verdadeiro sucesso em pelo menos 20 campus universitários norte-americanos.

A nível de design, os robôs podem divergir. Alguns têm apenas quatros rodas, enquanto outros contam com seis. Geralmente, para se deslocarem, os pequenos veículos usam câmaras, sensores, GPS e, algumas vezes, scanners a laser que os ajudam a circular em ruas que são mais apertadas e escuras.

Os operadores remotos conseguem controlar vários robôs ao mesmo tempo, mas sublinham que é raro o momento em que é necessário intervir para que este não se disperse no seu percurso.

Quando o robô chega ao seu destino, os clientes devem digitar um código nos seus telemóveis de forma a conseguirem abrir a tampa e pegar a comida.

No entanto, a utilização destes robôs também tem desvantagens, sobretudo no que diz respeito à mobilidade. Um dos pontos menos positivos é o facto de serem elétricos, o que significa que têm de ser recarregados regulamente. Por outro lado, caraterizam-se por ser lentos e só terem capacidade para operar num pequeno raio que deve ser pré-identificado.

Os robôs são ainda pouco flexíveis, pois não permitem que o cliente peça para a comida ser deixada do lado de fora da porta, sem que haja qualquer tipo de contacto entre as duas partes. O ideal é que – para que o percurso corra sem percalços – o robô circule em ruas largas, daí os campus universitários serem um dos locais de melhor acesso.

Bill Ray, analista da empresa de consultoria Gartner, destaca que se registaram poucos relatos de problemas com os robôs, além de um grupo de crianças que cercou um deles e tentou confundi-lo.

Numa altura em que os pedidos de entrega de comida aumentaram mais de 60% nos EUA, esta é uma opção cada vez mais procurada pelos restaurantes, que têm cada vez mais dificuldade em dar resposta a esta tendência.

https://zap.aeiou.pt/robos-autonomos-fazem-entregas-de-comida-e-sao-um-sucesso-em-campus-universitarios-442004


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