Francisco Franco, o ditador que governou Espanha de 1939 a 1975, escreveu artigos sob um pseudónimo num jornal estatal, Arriba.
De acordo com o The Independent, Francisco Franco usou três pseudónimos para escrever sobre assuntos atuais no Arriba.
O nome Hispanicus era utilizado para escrever sobre assuntos nacionais e Jakin Boor para dar a sua opinião sobre os Maçons, um grupo ao qual se opôs.
Mas os assuntos internacionais também estiveram debaixo de olho do ditador, quando Franco usou o pseudónimo Macaulay, que se acredita ser uma referência a Thomas Macaulay, um político Whig do século XIX.
O diário escreve que, em 1947, Franco voltou a sua atenção para as dificuldades económicas do pós-II Guerra Mundial na Grã-Bretanha. Apesar da oposição do Partido Trabalhista ao regime franquista, o ditador espanhol disse que não atribuía toda a culpa pela situação da Grã-Bretanha ao Governo de esquerda, chefiado por Clement Attlee.
“Fingir atribuir aos trabalhistas todos os erros [e] infortúnios da nação britânica constitui para nós uma injustiça e um erro lamentável, nem as fórmulas conservadoras servirão qualquer propósito, nem é a ordem capitalista que pode salvar a Grã-Bretanha na hora do seu infortúnio”, escreveu o colunista.
Após a vitória dos Aliados, em 1945, a economia britânica estava um caos, com indústrias-chave, como os transportes e o carvão, carentes de equipamento. O país não tinha nada para exportar, nem forma de pagar as importações.
O regime de empréstimos com os Estados Unidos, do qual a Grã-Bretanha dependia, terminou em 1945, e Londres viu-se obrigada a negociar um novo empréstimo de 3,75 mil milhões de dólares de Washington.
A Grã-Bretanha estava falida.
Enrique de Aguinaga, um antigo jornalista, descobriu cópias dos artigos de Franco datados de 1947, no qual abordava assuntos relacionados com a Grã-Bretanha.
Num artigo datado de 26 de agosto, os parágrafos sobre os Trabalhistas apareciam censurados, possivelmente devido à oposição do partido ao regime franquista em Espanha.
Durante o seu Governo, Franco censurou livros de George Orwell e Ernest Hemingway, letras de músicas e até os famosos filmes de James Bond.
https://zap.aeiou.pt/franco-era-colunista-num-jornal-442838
De acordo com o The Independent, Francisco Franco usou três pseudónimos para escrever sobre assuntos atuais no Arriba.
O nome Hispanicus era utilizado para escrever sobre assuntos nacionais e Jakin Boor para dar a sua opinião sobre os Maçons, um grupo ao qual se opôs.
Mas os assuntos internacionais também estiveram debaixo de olho do ditador, quando Franco usou o pseudónimo Macaulay, que se acredita ser uma referência a Thomas Macaulay, um político Whig do século XIX.
O diário escreve que, em 1947, Franco voltou a sua atenção para as dificuldades económicas do pós-II Guerra Mundial na Grã-Bretanha. Apesar da oposição do Partido Trabalhista ao regime franquista, o ditador espanhol disse que não atribuía toda a culpa pela situação da Grã-Bretanha ao Governo de esquerda, chefiado por Clement Attlee.
“Fingir atribuir aos trabalhistas todos os erros [e] infortúnios da nação britânica constitui para nós uma injustiça e um erro lamentável, nem as fórmulas conservadoras servirão qualquer propósito, nem é a ordem capitalista que pode salvar a Grã-Bretanha na hora do seu infortúnio”, escreveu o colunista.
Após a vitória dos Aliados, em 1945, a economia britânica estava um caos, com indústrias-chave, como os transportes e o carvão, carentes de equipamento. O país não tinha nada para exportar, nem forma de pagar as importações.
O regime de empréstimos com os Estados Unidos, do qual a Grã-Bretanha dependia, terminou em 1945, e Londres viu-se obrigada a negociar um novo empréstimo de 3,75 mil milhões de dólares de Washington.
A Grã-Bretanha estava falida.
Enrique de Aguinaga, um antigo jornalista, descobriu cópias dos artigos de Franco datados de 1947, no qual abordava assuntos relacionados com a Grã-Bretanha.
Num artigo datado de 26 de agosto, os parágrafos sobre os Trabalhistas apareciam censurados, possivelmente devido à oposição do partido ao regime franquista em Espanha.
Durante o seu Governo, Franco censurou livros de George Orwell e Ernest Hemingway, letras de músicas e até os famosos filmes de James Bond.
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