Na Tailândia, vários casos de abuso sexual nas escolas, por parte de professores, são abafados. Vigora uma cultura de que a culpa é das mulheres — ou neste caso, das crianças e jovens.
“Eu bloqueei, fiquei parada e queria chorar. A minha mente estava em branco, congelou. As minhas mãos e pés estavam frios”. Estas são as palavras de Nalinrat Thuthubthim, vítima de abuso sexual por parte do seu professor.
Em entrevista à VICE, a jovem conta que era habitual ficar com o seu professor depois das aulas a trabalhar em discursos com para futuros concursos. Certo dia, o professor seguiu-a até à casa de banho, agarrou-a pelo pescoço e tocou-a intimamente.
No dia seguinte, apesar de ter ficado evidentemente traumatizada, contou a outra professora o que se tinha passado. A docente culpou as roupas que Nalinrat vestia, dizendo que expunham o formato do seu corpo e eram sexualmente provocantes. A jovem tailandesa tinha vestido uma t-shirt cinzenta e umas leggings pretas.
A professora também disse a Nalinrat para não contar nada aos seus pais, já que isso “poderia causar muitos problemas”.
A jovem acabaria por ser diagnosticada com transtorno de pânico relacionado com o incidente.
O caso de Nalinrat não é único na Tailândia. A Organização Mundial da Saúde diz que cerca de 30 mil mulheres são abusadas sexualmente na Tailândia todos os anos. Cerca de 60% delas são crianças e jovens dos cinco aos 20 anos, a maioria das quais estudantes.
Livros escolares tailandeses culpam as mulheres pela agressão sexual e associam as roupas à violação.
“Esse tipo de conteúdo não deveria estar nos livros escolares. Põe a culpa nas mulheres, mas não questiona os perpetradores de agressões sexuais, porque é que eles não conseguiram conter-se de agredir sexualmente outras pessoas”, acusa Angkana Intasa, do grupo de defesa Women and Men Progressive Movement Foundation.
“Eu bloqueei, fiquei parada e queria chorar. A minha mente estava em branco, congelou. As minhas mãos e pés estavam frios”. Estas são as palavras de Nalinrat Thuthubthim, vítima de abuso sexual por parte do seu professor.
Em entrevista à VICE, a jovem conta que era habitual ficar com o seu professor depois das aulas a trabalhar em discursos com para futuros concursos. Certo dia, o professor seguiu-a até à casa de banho, agarrou-a pelo pescoço e tocou-a intimamente.
No dia seguinte, apesar de ter ficado evidentemente traumatizada, contou a outra professora o que se tinha passado. A docente culpou as roupas que Nalinrat vestia, dizendo que expunham o formato do seu corpo e eram sexualmente provocantes. A jovem tailandesa tinha vestido uma t-shirt cinzenta e umas leggings pretas.
A professora também disse a Nalinrat para não contar nada aos seus pais, já que isso “poderia causar muitos problemas”.
A jovem acabaria por ser diagnosticada com transtorno de pânico relacionado com o incidente.
O caso de Nalinrat não é único na Tailândia. A Organização Mundial da Saúde diz que cerca de 30 mil mulheres são abusadas sexualmente na Tailândia todos os anos. Cerca de 60% delas são crianças e jovens dos cinco aos 20 anos, a maioria das quais estudantes.
Livros escolares tailandeses culpam as mulheres pela agressão sexual e associam as roupas à violação.
“Esse tipo de conteúdo não deveria estar nos livros escolares. Põe a culpa nas mulheres, mas não questiona os perpetradores de agressões sexuais, porque é que eles não conseguiram conter-se de agredir sexualmente outras pessoas”, acusa Angkana Intasa, do grupo de defesa Women and Men Progressive Movement Foundation.
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