Todos os crustáceos decápodes e moluscos cefalópodes, como os polvos, as lulas, as lagostas e os caranguejos, vão passar a ser reconhecidos como animais sencientes na lei britânica.
Num comunicado publicado na semana passada, o Governo britânico anunciou que, no âmbito do projeto de lei sobre bem-estar animal (senciência), todos os crustáceos decápodes e moluscos cefalópodes vão passar a ser reconhecidos como seres sencientes.
O Executivo explicou que esta mudança acontece depois das conclusões de uma revisão independente feita pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres, que concluiu que há fortes evidências científicas de que estes animais podem sentir.
Até agora, relembra o Governo, o mesmo projeto de lei já reconhecia todos os animais com espinha dorsal (vertebrados) como seres sencientes. No entanto, “ao contrário de alguns invertebrados (animais sem espinha dorsal), os crustáceos e os cefalópodes têm sistemas nervosos centrais complexos, que é uma das principais características da senciência”.
Apesar disso, esta novidade não vai afetar, para já, nenhuma da legislação em vigor ou as práticas de indústrias como a pesca e a restauração, assegurou-se no comunicado.
“O projeto de lei em causa dá a garantia crucial de que o bem-estar animal é corretamente considerado na hora de desenvolver novas leis. É agora claro que os decápodes e os cefalópodes podem sentir dor e, portanto, é justo que sejam abrangidos por esta peça vital da legislação”, afirmou, na mesma nota, Zac Goldsmith, ministro do Bem-Estar Animal.
Segundo o site IFLScience, vários outros países têm tomado medidas similares nos últimos anos. Por exemplo, a prática de ferver lagostas vivas sem as atordoar primeiro já é ilegal na Suíça, Noruega, Áustria e Nova Zelândia.
https://zap.aeiou.pt/polvos-sentimentos-protegidos-lei-britanica-446572
Num comunicado publicado na semana passada, o Governo britânico anunciou que, no âmbito do projeto de lei sobre bem-estar animal (senciência), todos os crustáceos decápodes e moluscos cefalópodes vão passar a ser reconhecidos como seres sencientes.
O Executivo explicou que esta mudança acontece depois das conclusões de uma revisão independente feita pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres, que concluiu que há fortes evidências científicas de que estes animais podem sentir.
Até agora, relembra o Governo, o mesmo projeto de lei já reconhecia todos os animais com espinha dorsal (vertebrados) como seres sencientes. No entanto, “ao contrário de alguns invertebrados (animais sem espinha dorsal), os crustáceos e os cefalópodes têm sistemas nervosos centrais complexos, que é uma das principais características da senciência”.
Apesar disso, esta novidade não vai afetar, para já, nenhuma da legislação em vigor ou as práticas de indústrias como a pesca e a restauração, assegurou-se no comunicado.
“O projeto de lei em causa dá a garantia crucial de que o bem-estar animal é corretamente considerado na hora de desenvolver novas leis. É agora claro que os decápodes e os cefalópodes podem sentir dor e, portanto, é justo que sejam abrangidos por esta peça vital da legislação”, afirmou, na mesma nota, Zac Goldsmith, ministro do Bem-Estar Animal.
Segundo o site IFLScience, vários outros países têm tomado medidas similares nos últimos anos. Por exemplo, a prática de ferver lagostas vivas sem as atordoar primeiro já é ilegal na Suíça, Noruega, Áustria e Nova Zelândia.
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