A Jordânia exigiu um teste de género a uma jogadora de futebol do Irão, na sequência da derrota frente àquela equipa nas eliminatórias para a Taça da Ásia Feminina.
A Jordânia solicitou à Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês) uma investigação para verificar o sexo de uma jogadora da equipa de futebol feminina iraniana.
De acordo com o jornal britânico The Independent, pedido surge na sequência do jogo de qualificação para a Taça Asiática de Futebol Feminino de 2022, que aconteceu no dia 25 de setembro e do qual o Irão saiu vencedor — sendo, pela primeira vez na sua história, qualificado para aquela competição.
A partida terminou empatada (0-0) e o resultado foi decidido já nas grandes penalidades, em que o Irão marcou quatro bolas contra duas da Jordânia — e quem fez a diferença foi a guarda-redes iraniana Zohreh Koudaei, ao defender dois pontapés de penálti.
Contudo, este domingo, o Príncipe Ali Bin Al-Hussein, presidente da Associação de Futebol da Jordânia, publicou no Twitter uma carta datada de 5 de novembro, em que é pedida “uma verificação de género” da guarda-redes iraniana, sugerindo que a jogadora era um homem a fazer-se passar por uma mulher.
“Por favor, acordem”, escreveu Ali Bin Al-Hussein, considerando que, “se for verdade”, este é um assunto muito grave.
A carta partilhada defende que “a equipa de futebol feminino iraniana tem histórico com questões de género e doping”. Em 2015, a equipa foi acusada de agir de forma pouco ética por oito membros da equipa serem, alegadamente, homens.
Em 2014, o país introduziu controlos aleatórios de género, depois de quatro homens que não completaram as operações de mudança de sexo —apesar das leis iranianas baseadas na sharia, as operações de mudança de sexo são alegadamente legais e comuns — terem sido encontrados a jogar na equipa feminina.
O Irão negou, no entanto, as alegações da Jordânia e disse estar disposto a fornecer documentação à Confederação Asiática de Futebol para comprovar a falsidade dos factos.
A selecionadora da equipa iraniana, Maryam Irandoost, disse que os adeptos da equipa de futebol não tinham nada com que se preocupar.
“O pessoal médico examinou cuidadosamente cada jogadora da equipa nacional em termos de hormonas para evitar quaisquer problemas a este respeito”, disse ao site de notícias desportivas Varzesh 3.
“Forneceremos toda a documentação que a Confederação Asiática de Futebol desejar, sem perda de tempo”, concluiu.
A Taça Asiática de Futebol Feminino de 2022 acontecerá em janeiro, na Índia.
https://zap.aeiou.pt/jordania-acusa-futebolista-iraniana-de-ser-um-homem-445105
A Jordânia solicitou à Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês) uma investigação para verificar o sexo de uma jogadora da equipa de futebol feminina iraniana.
De acordo com o jornal britânico The Independent, pedido surge na sequência do jogo de qualificação para a Taça Asiática de Futebol Feminino de 2022, que aconteceu no dia 25 de setembro e do qual o Irão saiu vencedor — sendo, pela primeira vez na sua história, qualificado para aquela competição.
A partida terminou empatada (0-0) e o resultado foi decidido já nas grandes penalidades, em que o Irão marcou quatro bolas contra duas da Jordânia — e quem fez a diferença foi a guarda-redes iraniana Zohreh Koudaei, ao defender dois pontapés de penálti.
Contudo, este domingo, o Príncipe Ali Bin Al-Hussein, presidente da Associação de Futebol da Jordânia, publicou no Twitter uma carta datada de 5 de novembro, em que é pedida “uma verificação de género” da guarda-redes iraniana, sugerindo que a jogadora era um homem a fazer-se passar por uma mulher.
“Por favor, acordem”, escreveu Ali Bin Al-Hussein, considerando que, “se for verdade”, este é um assunto muito grave.
A carta partilhada defende que “a equipa de futebol feminino iraniana tem histórico com questões de género e doping”. Em 2015, a equipa foi acusada de agir de forma pouco ética por oito membros da equipa serem, alegadamente, homens.
Em 2014, o país introduziu controlos aleatórios de género, depois de quatro homens que não completaram as operações de mudança de sexo —apesar das leis iranianas baseadas na sharia, as operações de mudança de sexo são alegadamente legais e comuns — terem sido encontrados a jogar na equipa feminina.
O Irão negou, no entanto, as alegações da Jordânia e disse estar disposto a fornecer documentação à Confederação Asiática de Futebol para comprovar a falsidade dos factos.
A selecionadora da equipa iraniana, Maryam Irandoost, disse que os adeptos da equipa de futebol não tinham nada com que se preocupar.
“O pessoal médico examinou cuidadosamente cada jogadora da equipa nacional em termos de hormonas para evitar quaisquer problemas a este respeito”, disse ao site de notícias desportivas Varzesh 3.
“Forneceremos toda a documentação que a Confederação Asiática de Futebol desejar, sem perda de tempo”, concluiu.
A Taça Asiática de Futebol Feminino de 2022 acontecerá em janeiro, na Índia.
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