Em 578, um renomado construtor coreano chamado Shigemitsu Kongo foi convidado para ir ao Japão pelo príncipe Shōtoku com o objetivo de construir um templo budista no país, conta o Interesting Engineering.
Como o budismo era uma religião nova no Japão, não havia artesãos com capacidade para construir ou liderar o projeto de um templo budista. Assim, Kongo foi contratado para construir o Shitennō-ji – Templo dos Quatro Reis Celestiais -, que hoje ainda existe em Osaka, no Japão.
Na altura, um familiar do Kongo decidiu abrir um negócio que acabou por sustentar a empresa Kongo Gumi. Desde então, a firma é administrada pelos descendentes de Kongo há 40 gerações.
A chave para a longevidade da empresa é o facto do negócio de construção de templos budistas ter-se mostrado de grande credibilidade, gerando 80% da receita da empresa. A firma também constrói santuários espirituais.
Ao longo de 14 séculos de história, e depois de sobreviver a muitos desastres naturais, crises políticas e económicas – e até duas bombas atómicas durante a Segunda Guerra Mundial – a empresa conseguiu manter-se operacional.
Ainda assim, em 2006, Kongo Gumi teve que liquidar os seus ativos devido à difícil situação financeira que a empresa atravessou. Isto porque em 1980, o Banco do Japão (BoJ) suprimiu as taxas de juros, o que causou uma bolha de ativos.
A bolha financeira estourou em 1989 e colapsou os preços dos ativos, sendo que as empresas ficaram com dívidas.
A empresa de Kongo Guni foi uma das que se viu nesta situação. As finanças da empresa sofreram um grande golpe, mas foi possível mantê-la firme por mais de duas décadas.
Mas em janeiro de 2006, como a receita gerada não era suficiente para pagar a dívida, a empresa acabou por se tornar uma subsidiária do Grupo de Construção Takamatsu.
https://zap.aeiou.pt/empresa-mais-antiga-do-mundo-447208
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