O convite dos EUA a Taiwan irritou as autoridades chineses, que dizem que os EUA não estão a cumprir a sua política da China única. Ontem, um navio norte-americano voltou a atravessar o Estreito de Taiwan pela primeira vez desde a reunião de Biden com Xi Jinping.
A ilha de Taiwan foi incluída entre os mais de 100 países convidados pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar na cimeira virtual sobre democracia, gerando protestos por parte da China.
A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, Zhu Fenglian, disse que a inclusão de Taiwan é um “erro”.
Zhu reiterou que a China, que não foi convidada para a cimeira, “opõe-se veementemente” a qualquer contacto oficial dos EUA com a “região chinesa de Taiwan”.
“A nossa posição é clara e consistente. Apelamos aos EUA que cumpram o princípio de “uma China” e aos três comunicados conjuntos”, rematou.
Já um porta-voz da presidência de Taiwan agradeceu a Biden o convite e disse que Taipé é uma “força para o bem na sociedade internacional” e que o convite já estava a ser negociado com Washington desde a Agosto, para o território partilhar a sua “experiência democrática”.
“Taiwan vai cooperar firmemente com países da mesma opinião para proteger os valores universais da liberdade, democracia e direitos humanos, e para garantir a paz regional, estabilidade e desenvolvimento”, afirmou Xavier Chang.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça usar a força caso a ilha declare a independência. A política de “uma China” dos Estados Unidos confirma a reclamação chinesa do território, mas não a reconhece oficialmente.
Desde que assumiu a presidência, Joe Biden tem continuado a apoiar esta posição antiga dos EUA, que reconhece Pequim e não Taipé, mas reforça que os Estados Unidos também se opõem a “esforços unilaterais para mudar o status quo ou minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”.
Nos últimos meses, a tensão entre a China e Taiwan tem aumentado bastante devido aos voos que Pequim tem feito sobre a zona de defesa militar de Taiwan.
A reunificação com a ilha é também uma das bandeiras do governo de Xi Jinping. Apesar de já ter ameaçado uma intervenção militar, o líder chinês afirmou recentemente que quer uma reunificação pacífica.
As palavras de Xi Jinping de nada serviram para acalmar o Ministro da Defesa de Taiwan, que acredita mesmo que a situação actual é a mais tensa dos últimos 40 anos e que até 2025, a China pode entrar em Taiwan e anexar o território.
Os Estados Unidos têm apelado à calma, mas a administração Biden já deixou claro que se compromete a defender Taiwan caso Pequim invada a ilha.
Na semana passada, o Presidente chinês, Xi Jinping, advertiu Joe Biden que encorajar a independência da ilha é “uma tendência muito perigosa que equivale a brincar com o fogo”.
Ontem, pela primeira vez desde a reunião com o líder chinês, um navio norte-americano equipado com mísseis atravessou o Estreito de Taiwan. A Sétima Frota dos EUA afirmou que foi uma deslocação de rotina.
Esta travessia “demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto”, revela num comunicado.
Os navios de guerra dos EUA realizam periodicamente exercícios nestas águas, o que irrita a China, que, para além da ilha, reivindica as águas em redor de Taiwan.
Para além dos Estados Unidos, o Reino Unido, França, Canadá e Austrália também consideram estas águas internacionais e de livre passagem.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, condenou a travessia, apontando-a como uma “tentativa deliberada de interromper e minar a paz e a estabilidade regionais”.
“Os Estados Unidos deveriam corrigir imediatamente o seu erro”, avisou.
Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949, quando os comunistas derrotaram os nacionalistas na guerra civil chinesa e estes se retiraram para a ilha. O território adoptou um sistema democrático na década de 90.
Em 1979, Washington rompeu as relações diplomáticas oficiais com Taipé, a favor de Pequim, embora tenha continuado a manter laços não oficiais com Taiwan.
Os Estados Unidos aprovaram a chamada Lei de Relações com Taiwan, que estabelece que Washington ajudará Taiwan em matéria de defesa, embora não garanta, nem exclua, que intervirá militarmente em caso de um ataque da China, numa linha política conhecida como “ambiguidade estratégica”.
A cimeira de dezembro será a primeira de duas sobre democracia que serão realizadas por Biden e visa uma “renovação democrática”, por meio de linhas de ação como a defesa contra o autoritarismo, o combate à corrupção ou o respeito pelos Direitos Humanos.
https://zap.aeiou.pt/biden-convida-taiwain-ignora-a-china-446593
A ilha de Taiwan foi incluída entre os mais de 100 países convidados pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar na cimeira virtual sobre democracia, gerando protestos por parte da China.
A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, Zhu Fenglian, disse que a inclusão de Taiwan é um “erro”.
Zhu reiterou que a China, que não foi convidada para a cimeira, “opõe-se veementemente” a qualquer contacto oficial dos EUA com a “região chinesa de Taiwan”.
“A nossa posição é clara e consistente. Apelamos aos EUA que cumpram o princípio de “uma China” e aos três comunicados conjuntos”, rematou.
Já um porta-voz da presidência de Taiwan agradeceu a Biden o convite e disse que Taipé é uma “força para o bem na sociedade internacional” e que o convite já estava a ser negociado com Washington desde a Agosto, para o território partilhar a sua “experiência democrática”.
“Taiwan vai cooperar firmemente com países da mesma opinião para proteger os valores universais da liberdade, democracia e direitos humanos, e para garantir a paz regional, estabilidade e desenvolvimento”, afirmou Xavier Chang.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça usar a força caso a ilha declare a independência. A política de “uma China” dos Estados Unidos confirma a reclamação chinesa do território, mas não a reconhece oficialmente.
Desde que assumiu a presidência, Joe Biden tem continuado a apoiar esta posição antiga dos EUA, que reconhece Pequim e não Taipé, mas reforça que os Estados Unidos também se opõem a “esforços unilaterais para mudar o status quo ou minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”.
Nos últimos meses, a tensão entre a China e Taiwan tem aumentado bastante devido aos voos que Pequim tem feito sobre a zona de defesa militar de Taiwan.
A reunificação com a ilha é também uma das bandeiras do governo de Xi Jinping. Apesar de já ter ameaçado uma intervenção militar, o líder chinês afirmou recentemente que quer uma reunificação pacífica.
As palavras de Xi Jinping de nada serviram para acalmar o Ministro da Defesa de Taiwan, que acredita mesmo que a situação actual é a mais tensa dos últimos 40 anos e que até 2025, a China pode entrar em Taiwan e anexar o território.
Os Estados Unidos têm apelado à calma, mas a administração Biden já deixou claro que se compromete a defender Taiwan caso Pequim invada a ilha.
Na semana passada, o Presidente chinês, Xi Jinping, advertiu Joe Biden que encorajar a independência da ilha é “uma tendência muito perigosa que equivale a brincar com o fogo”.
Ontem, pela primeira vez desde a reunião com o líder chinês, um navio norte-americano equipado com mísseis atravessou o Estreito de Taiwan. A Sétima Frota dos EUA afirmou que foi uma deslocação de rotina.
Esta travessia “demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto”, revela num comunicado.
Os navios de guerra dos EUA realizam periodicamente exercícios nestas águas, o que irrita a China, que, para além da ilha, reivindica as águas em redor de Taiwan.
Para além dos Estados Unidos, o Reino Unido, França, Canadá e Austrália também consideram estas águas internacionais e de livre passagem.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, condenou a travessia, apontando-a como uma “tentativa deliberada de interromper e minar a paz e a estabilidade regionais”.
“Os Estados Unidos deveriam corrigir imediatamente o seu erro”, avisou.
Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949, quando os comunistas derrotaram os nacionalistas na guerra civil chinesa e estes se retiraram para a ilha. O território adoptou um sistema democrático na década de 90.
Em 1979, Washington rompeu as relações diplomáticas oficiais com Taipé, a favor de Pequim, embora tenha continuado a manter laços não oficiais com Taiwan.
Os Estados Unidos aprovaram a chamada Lei de Relações com Taiwan, que estabelece que Washington ajudará Taiwan em matéria de defesa, embora não garanta, nem exclua, que intervirá militarmente em caso de um ataque da China, numa linha política conhecida como “ambiguidade estratégica”.
A cimeira de dezembro será a primeira de duas sobre democracia que serão realizadas por Biden e visa uma “renovação democrática”, por meio de linhas de ação como a defesa contra o autoritarismo, o combate à corrupção ou o respeito pelos Direitos Humanos.
https://zap.aeiou.pt/biden-convida-taiwain-ignora-a-china-446593
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