domingo, 12 de dezembro de 2021

Os pássaros não são reais - Há uma teoria da conspiração a tentar combater a desinformação !


Nos últimos dias, apareceram milhares de cartazes em Pittsburgh, Memphis e Los Angeles, nos Estados Unidos, a afirmar que “os pássaros não são reais”. Nas redes sociais, o Birds Aren’t Real tem acumulado centenas de milhares de seguidores, num movimento que pretende combater a desinformação.

A teoria da conspiração que alega que os pássaros não existem defende que as aves não passam de drones instalados pelo Governo norte-americano para espiar os cidadãos.

Segundo o The New York Times, o que o movimento Birds Aren’t Real tem de peculiar é o facto de o criador, Peter McIndoe, ter consciência de que os pássaros existem e que a sua teoria não passa disso mesmo: de uma teoria.

O movimento é, portanto, uma paródia com um propósito. Num mundo dominado por teorias de conspiração, os jovens têm-se mobilizado em torno desta missão para criticar, combater e ridicularizar da desinformação.

“A minha forma favorita de descrever o movimento é combater a loucura com loucura”, referiu Claire Chronis, de 22 anos.

Os membros defendem que, ao fazerem-se passar por teóricos da conspiração, encontraram uma comunidade com uma afinidade em comum.

“Birds Aren’t Real não é uma sátira superficial de conspirações vindas do exterior. É uma sátira do fundo do poço”, sustentou Peter McIndoe. “Muitas pessoas da nossa geração sentem a insanidade disto tudo, e este movimento tem sido uma forma de as pessoas processarem isso.”
Como nasceu o movimento?

Peter McIndoe esteve, quase desde sempre, mergulhado em conspirações. Cresceu com sete irmãos numa comunidade profundamente conservadora e religiosa, foi educado em casa e ensinaram-lhe que “a evolução era um enorme esquema de lavagem ao cérebro democrata e que Obama era o Anticristo“.

Na adolescência, leu livros como Remote Control, que fala sobre as mensagens anti-cristãs ocultas de Hollywood. Os meios de comunicação social ofereceram-lhe uma porta de entrada para a cultura mainstream, tal como os vídeos de Philip DeFranco e de outros youtubers, que abordavam assuntos atuais e cultura pop.

“Fui criado pela Internet, porque foi onde acabei por encontrar muita da minha verdadeira educação, através de documentários e do YouTube. Toda a minha compreensão do mundo foi moldada pela Internet”, disse, em declarações ao NYT.

Em janeiro de 2017, numa altura em que Donald Trump tinha acabado de tomar posse como Presidente dos Estados Unidos, McIndoe viajou para Memphis para visitar uns amigos.

Perante um aglomerado de manifestantes pró-Trump, McIndoe decidiu arrancar um cartaz de uma parede, virou-o e escreveu algumas palavras aleatórias: “As aves não são reais“.

“Era uma piada espontânea, mas era um reflexo do absurdo que todos sentiam”, contou.

Foi assim que nasceu a base da conspiração: o jovem dizia fazer parte de um movimento maior que acreditava que as aves tinham sido substituídas por drones de vigilância e que o encobrimento tinha começado nos anos 70.

Sem que ele soubesse, foi filmado e o vídeo foi colocado no Facebook. Acabou por se tornar viral, especialmente entre os adolescentes do sul dos Estados Unidos.

McIndoe decidiu então abraçar o Birds Aren’t Real. “Comecei a encarnar a personagem.”

Peter McIndoe e o amigo Connor Gaydos escreveram uma história, inventaram teorias elaboradas e produziram documentos e provas falsas para apoiar as suas reivindicações. “Conseguimos construir um mundo totalmente fictício que os media locais relataram como facto e que o público questionou.”

O dinheiro que angariam com o merchandise do movimento serve para “garantir que eu e o Connor podemos fazer isto a tempo inteiro”. “Tudo o que fizemos com Birds Aren’t Real foi concebido para garantir que não vai numa direção que possa ter um resultado final negativo”, explicou, acrescentando que “é uma forma de rir da loucura”.

https://zap.aeiou.pt/passaros-nao-sao-reais-teoria-449602


Congressista norte-americano ironizou sobre uma criptomoeda que não existe - Assim nasceu a Mongoose Coin !


O congressista Brad Sherman tornou-se uma inspiração para os criadores de criptomoedas, depois de desacreditar o mundo das moedas digitais.

Esta semana, durante uma audiência do Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Estados Unidos, o congressista democrático Brad Sherman disse que “a ameaça número um das criptomoedas são as próprias”.

No cenário do representante, a Bitcoin poderia “comer” a Ether, que seria eliminada pela Doge, que, por sua vez, acabaria destronada pela Hamster Coin.

Segundo a Bloomberg, o representante atreveu-se até a fazer uma analogia com a história de uma mulher que engole animais cada vez maiores para comer as criaturas que estes já haviam ingerido.

“O que poderia a Mongoose Coin fazer às criptomoedas?”, questionou Sherman, usando uma criptomoeda fictícia como metáfora. O mangusto, um animal da Eurásia meridional e da África continental, é conhecido pela sua voracidade e por se alimentar de roedores e cobras.  

Imediatamente após as declarações do congressista, a comunidade das moedas digitais sentiu-se inspirada. Começaram, então, a aparecer vários lotes de tokens relacionados com o mangusto na Avalanche (AVAX), Polygon (MATIC) e Binance Smart Chain (BSC).

A primeira criptomoeda a emergir foi a Mongoose Coin ($ MONG), que tem uma capitalização de mercado total de 14 milhões de dólares, embora tenha conseguido atingir um volume de mais de 35 milhões em poucas horas após a sua criação, noticia o Russia Today.

Numa entrevista à Bloomberg, publicada na quinta-feira, Brad Sherman disse que o “humor ridículo da indústria das criptomoedas” é uma ameaça a si próprio e acrescentou que os memes parecem apenas inspirar a ganância.

https://zap.aeiou.pt/congressista-mongoose-coin-449655


Dados apontam para que Ómicron seja mais benigna, mas mais transmissível !


A variante Ómicron parece ser mais transmissível do que a variante Delta, provocar sintomas mais leves e tornar as vacinas menos eficazes, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS) este domingo.

A OMS sublinha, no entanto, que estas conclusões assentam ainda em dados muito parciais.

A variante Ómicron está já presente em 63 países, explicou a OMS num ponto de situação feito hoje, citado pela AFP.

Segundo a agência da ONU, a variante Ómicron parece propagar-se mais rapidamente do que a variante Delta, que continua a ser predominante nas novas infeções no mundo.

A transmissão mais rápida foi constatada não apenas na África do Sul, onde a variante Delta não é tão prevalente, mas igualmente no Reino Unido, onde essa é a variante dominante.  

A OMS ainda não sabe, por falta de dados, se a taxa de transmissibilidade elevada em populações fortemente imunizadas advém do facto de a Ómicron “escapar à imunidade, beneficiar de uma transmissibilidade mais elevada inerente ou se decorre de uma combinação dos dois fatores”.

A organização admite como provável que a Ómicron venha a ultrapassar a Delta onde exista transmissão comunitária.

Os dados são ainda insuficientes até para determinar a gravidade da doença provocada pela nova variante, ainda que por agora os sintomas pareçam ser “ligeiros a moderados”, tanto na África Austral, onde a Ómicron foi inicialmente detetada, como na Europa.

Quanto às vacinas anti-covid-19, os poucos dados disponíveis, assim como o perfil genético da variante Ómicron, deixam antever “uma baixa de eficácia” no que diz respeito contra a infeção e a transmissão.

Vários laboratórios farmacêuticos anunciaram já estar a trabalhar numa alteração das vacinas por forma a abranger de forma mais eficaz a nova variante.

https://zap.aeiou.pt/dados-omicron-mais-benigna-mas-mais-transmissivel-449854


Coreia do Sul vai receber o primeiro protótipo de uma cidade flutuante !


A cidade sul-coreana de Busan irá abrigar o primeiro protótipo do projeto Oceanix, que pretende construir uma rede de cidades flutuantes para ajudar as áreas costeiras ameaçadas pela subida do nível do mar.

O projeto Oceanix, uma colaboração entre designers, arquitetos e engenheiros, revelou os seus planos para construir “cidades flutuantes” em 2019 e, desde então, os responsáveis têm procurado um lugar para construir um protótipo.

No mês passado, conta a CNN, o grupo assinou um acordo com Busan, uma grande cidade portuária na Coreia do Sul, e a UN-Habitat, a agência de desenvolvimento urbano da Organização das Nações Unidas (ONU), para construir o primeiro bairro flutuante na costa desta cidade.

Segundo os seus designers, sendo composta por uma série de plataformas interconectadas, esta “cidade flutuante” poderá acomodar 10 mil pessoas.

Inicialmente, cada um dos bairros, com cerca de dois hectares, foi projetado para abrigar 300 pessoas em prédios de até sete andares. No entanto, os responsáveis consideram que estas comunidades poderiam ser organizadas em redes maiores, através de caminhos e ciclovias.

De acordo com o Bjarke Ingels Group (BIG), o escritório de arquitetura dinamarquês que lidera o projeto, os bairros podem ser agrupados em torno de um porto central para formar comunidades maiores de 1650 pessoas.

Assim, em teoria, poderiam unir-se para formar uma metrópole mais ampla de 10 mil pessoas que, para além da componente habitacional, teria todos os serviços, desde restaurantes, espaços de co-working e hortas urbanas.

A Oceanix espera ainda uma “cidade flutuante” com um sistema inteiramente fechado, ou seja, onde a comida seria cultivada pelos que lá vivem, assim como a energia produzida, e o lixo reutilizado.

Tal como explica a estação televisiva, este projeto oferece uma solução drástica às áreas costeiras ameaçadas pela subida do nível do mar. É o caso do litoral sul da Coreia do Sul, onde Busan está localizada, considerada especialmente vulnerável a este problema.

Em declarações à CNN, a cofundadora da Oceanix, Itai Madamombe, disse que o primeiro protótipo de bairro em Busan estará concluído até 2025 e revelou que o projeto está atualmente em discussão com outros dez governos.

https://zap.aeiou.pt/coreia-do-sul-vai-receber-o-primeiro-prototipo-de-uma-cidade-flutuante-449643


sábado, 11 de dezembro de 2021

A crise sem fim da Bósnia pode ser resolvida deixando o país separar-se pacificamente !


A Bósnia está a caminhar para crise, mais uma vez. Milorad Dodik, o membro sérvio da presidência tripartida da Bósnia, está a ameaçar retirar a metade do país de maioria sérvia das instituições estatais.

O seu objetivo é a secessão. É um momento perigoso para a Bósnia. Mas não é o primeiro e, a menos que os Estados Unidos mudem a sua política em relação à Bósnia, não será o último. Os EUA ajudaram a criar a Bósnia e estão numa posição única para intervir. Mas a secessão é um sintoma; a doença é a Bósnia.

Após a 2.ª Guerra Mundial, a Bósnia era uma república dentro da Jugoslávia comunista e a única sem maioria étnica. Três grupos — bósnios, sérvios e croatas — viviam numa sociedade complexa e mesclada.

Quando a Jugoslávia entrou em colapso no início dos anos 90, bósnios e croatas votaram pela separação, mas os sérvios resistiram e uma guerra tríplice eclodiu.

As forças sérvias cometeram a maioria dos crimes de guerra. O seu ataque a Srebrenica matou cerca de 8.000 bósnios e foi declarado genocídio por dois tribunais internacionais. No final da guerra, todos os três territórios eram etnicamente homogéneos.

A administração Clinton interveio militarmente e forçou os três lados a negociações. Sem surpresa, dadas as profundas divisões criadas pela guerra, os Acordos de Paz de Dayton de 1995 criaram um estado altamente descentralizado com duas grandes “entidades” autogovernadas: República Srpska e a Federação Bósnia-Croata.

Os representantes das três comunidades no Parlamento e na Presidência da Bósnia detêm vetos efetivos sobre as ações das instituições centrais e mudanças na constituição.

O projeto original do que costuma ser chamado de “Bósnia Dayton” incluía poderes centrais mínimos, mas também deu aos EUA e a outros Estados um poder considerável para intervir na governação.

Na década seguinte a Dayton, os EUA planearam um exército centralizado, tributação e alfândega — as mesmas instituições das quais Dodik deseja agora se retirar.

Até hoje, os EUA e outros Estados têm autoridade de supervisão contínua, incluindo um veto efetivo sobre as mudanças na constituição. Um alto representante nomeado internacionalmente pode impor legislação, um poder raramente usado após a primeira década (embora em julho uma lei que criminaliza a negação do genocídio tenha sido adotada).

De uma presença inicial dos EUA e de 60.000 soldados da NATO, apenas algumas centenas de soldados europeus de manutenção da paz e um pequeno quartel-general da NATO permanecem. A política recente dos EUA tem-se baseado na promessa de uma eventual adesão da Bósnia à União Europeia para estimular a cooperação entre os grupos étnicos, mas os bósnios sabem que a UE não os admitirá.

Por um bom motivo. Desde Dayton, tem havido paz, mas pouco mais: uma economia moribunda, reconciliação fracassada, um país triplamente dividido. Dayton é frequentemente culpado pela disfunção da Bósnia, mas isto é uma meia verdade: “Bósnia Dayton” é disfuncional — mas qual parte está a falhar?

Não é Dayton: é projetado para garantir que nenhum dos três grupos da Bósnia domine os outros. Os compromissos de Dayton foram a culminação lógica da guerra da Bósnia.

Não, a disfunção é a Bósnia — a ideia de que este território, cujos três povos carecem de identidade compartilhada, é uma unidade sensata. Um quarto de século em suporte de vida sugere que não.

Os legisladores interpretam a crise atual como um teste à determinação ocidental: aumentar a pressão novamente, adicionar novas sanções ou enviar mais tropas. Mas para quê? Os EUA continuam a tentar consertar Dayton, mas tratam a Bósnia como um dado adquirido, e depois pergunta-se porque é que o tratamento não funciona. Não há estratégia de saída: apenas estabilize-se o paciente, novamente.

Enquanto isso, metade da população da Bósnia apoiaria a secessão e metade da sua juventude quer emigrar. Por que não ver o dilema da Bósnia como dados? A política da América não está a funcionar porque a Bósnia não funciona. Os EUA intervieram para encerrar a guerra, mas o desafio agora é diferente Biden apoiou essa intervenção, mas precisa de uma alternativa.

Há uma. A secessão não é apenas um sintoma. Pode ser uma cura.

Existem resultados plausíveis: uma Bósnia mais pequena que poderia governar-se com eficiência, fusões de áreas croatas e sérvias com a Croácia e a Sérvia, acordos de trânsito para enclaves.

Os EUA poderiam negociar o reconhecimento da independência por concessões sérvias sobre essas questões — reparações, desculpas formais, garantias para as minorias. Questões difíceis que a diplomacia teria que resolver. Mas os EUA não precisariam de impor divisão — não se oporem é o suficiente.

A Bósnia não é um imperativo moral. É um país falido — não porque seja pobre, corrupto e disfuncional, mas porque muitos bósnios não acreditam na Bósnia. A política dos Estados Unidos é insistir que mudem de ideias.

Se o motivo é evitar a secessão, pergunte-se porquê. Se a resposta for “para evitar a guerra”, pergunte-se para onde vai a atual política e quantas tropas são necessárias. E quando a crise atual passar, tenhamos a coragem de perguntar se insistir na Bósnia faz sentido.

https://zap.aeiou.pt/a-crise-sem-fim-da-bosnia-pode-ser-resolvida-deixando-o-pais-separar-se-pacificamente-449422


Lago norte-americano emite misteriosos ruídos ao estilo de Star Wars !

Lago Steamboat, no Colorado, Estados Unidos

A superfície congelada do Lago Steamboat, nos Estados Unidos, começou a fazer sons estranhos, muito parecidos com os de Star Wars.

O Departamento de Parques e Vida Selvagem do Colorado, nos Estados Unidos, publicou um vídeo no Twitter, no início do mês, no qual é possível ouvir os estranhos sons que emanam do Lago Steamboat.

A temperatura e a variação sazonal são os culpados destes misteriosos ruídos, muito semelhantes aos dos disparos de laser na saga Star Wars.

Segundo o Russia Today, o som é explicado pelas flutuações de temperatura que provocam a expansão ou a contração do gelo. Quando racha, o gelo emite um som muito parecido com o de um disco voador.

As mudanças na temperatura do ar são mais comuns durante o nascer e pôr-do-sol. É nesta altura que os estranhos sons costumam ser ouvidos.  

A explicação científica não foi suficiente para inibir os teóricos da conspiração de dar a sua opinião. Muitos acreditam que, debaixo do lago, existe uma base alienígena e que este corpo de água funciona como um grande amplificador de áudio.

Independentemente das teorias, o Departamento de Parques e Vida Selvagem do Colorado aproveitou a publicação para emitir um aviso: as pessoas que se aproximarem do lago por mera curiosidade devem estar cientes das precauções de segurança, uma vez que não é seguro caminhar sobre o gelo fino.

https://zap.aeiou.pt/lago-norte-americano-ruidos-star-wars-449334


IKEA arrenda minicasa em Tóquio por menos de 1 euro por mês !


A IKEA decidiu estrear-se no mercado imobiliário. Está a arrendar um estúdio, em Tóquio, por menos de 1 euro por mês.

Alugar um apartamento e pagar menos de um euro por mês é possível no Japão, graças a uma iniciativa da IKEA. Segundo a CNN, a filial japonesa da empresa sueca está a arrendar um estúdio, com 10 metros quadrados (m2), por 99 ienes por mês, uns irrisórios 77 cêntimos.

O estúdio localiza-se no distrito de Shinjuku e está totalmente mobilado com mobiliário e acessórios da IKEA.

O preço do arrendamento é muito baixo, se comparado com a média daquela região. Segundo o Digital Trends, alugar um apartamento de dois quartos em Shinjuku custa mais de 1.700 euros por mês.

A habitação dispõe de uma cama, frigorífico, máquina de lavar roupa e de uma mesa que se dobra para poupar espaço. No site da IKEA Japão, a minicasa é apresentada por um consultor imobiliário fora do comum: um tubarão.

As candidaturas decorreram até dia 3 de dezembro e os candidatos tinham algumas condições, como ser membro do programa Família IKEA e ter mais de 20 anos.

O arrendamento terá a duração de um ano, até 15 de janeiro de 2023, e os residentes só terão de pagar impostos e despesas do quotidiano.

De acordo com o comunicado da empresa sueca, a iniciativa faz parte da sua campanha Tiny Homes.

Viver em casas muito pequenas é comum no Japão, devido aos milhões de habitantes que o país asiático possui. A sua capital, Tóquio, é uma das cidades com maior densidade populacional do mundo.

https://zap.aeiou.pt/ikea-arrenda-minicasa-em-toquio-449346

 

 

Tornados em vários estados norte-americanos fazem mais de 50 mortos !


Os tornados como os que estão a afetar vários estados norte-americanos desde sexta-feira, provocando mais de 50 mortos, são um fenómeno relativamente comum nos Estados Unidos.

Desde sexta-feira, foram relatados pelo menos 30 tornados em seis estados: Arkansas, Illinois, Kentucky, Missouri, Mississípi e Tennessee.

Na cidade de Mayfield, Kentucky, morreram pelo menos 50 pessoas numa fábrica de velas que colapsou. As autoridades locais disseram que estavam na fábrica mais de 100 pessoas e admitiram que haverá mais vítimas mortais sob os escombros.

“Receio que haja mais de 50 mortos no Kentucky (…), estamos provavelmente mais perto de 70 a 100 mortos, é horrível”, disse o governador daquele estado norte-americano, Andy Beshear, numa conferência de imprensa, citado pela agência France-Presse.

“É muito difícil, muito duro, e estamos a rezar por cada uma dessas famílias. Antes da meia-noite, declarei o estado de emergência”, afirmou.

Também foram reportadas pelo menos quatro mortes nos estados do Tennessee e do Arkansas.

O tornado mais mortífero da história dos EUA passou pelo Missouri, Illinois e Indiana em 1925, matando 747 pessoas.

Estes são os tornados mais mortais numa década, segundo a AFP:
Mais de 30 mortos no Sul

Em 12 e 13 de abril de 2020, tornados mataram pelo menos 32 pessoas numa área que se estende do Texas à Carolina do Sul, passando pelo Mississipi, Geórgia, Tennessee e Arkansas.

25 mortos no Tennessee

Pelo menos 25 pessoas morreram quando tornados graves atingiram o Tennessee, incluindo a área de Nashville, na noite de 2 para 3 de março de 2020.

23 mortos no Alabama

No dia 3 de março de 2019, tornados severos mataram pelo menos 23 pessoas e causaram danos extensos no leste do Alabama. O tornado que atingiu o condado de Lee foi acompanhado por ventos de 218 a 266 quilómetros por hora (km/h).

28 mortos no Sul

De 23 a 26 de dezembro de 2015, uma onda de tornados atingiu a região Sul do país matando pelo menos 28 pessoas, incluindo 11 no Texas. Com ventos até 320 km/h, destruíram ou danificaram 600 edifícios. Os estados do Mississípi, Tennessee e Arkansas foram também atingidos.

35 mortes no Centro e no Sul

Em 27 e 28 de abril de 2014, pelo menos 35 pessoas morreram devido a uma série de tornados que devastaram seis estados do Mississípi, Alabama, Tennessee, Arkansas, Iowa e Oklahoma.

20 mortos no Oklahoma

Em 31 de maio de 2013, pelo menos 20 pessoas, incluindo sete crianças, morreram em poderosos tornados que varreram o Oklahoma.

24 mortos na cidade de Moore

Em 20 de maio de 2013, um tornado F5, o máximo na escala Fujita, com ventos de mais 320 km/h, atingiu o subúrbio sul da cidade de Moore, Oklahoma, matando 24 pessoas.

Cerca de 50 mortos no Midwest

Em 2 de março de 2012, no Centro-Oeste, cerca de 80 tornados atingiram o Kentucky e Indiana em particular, mas também Ohio, Tennessee e Illinois, causando pelo menos 38 mortes. Dois dias antes, 13 pessoas tinham morrido também devido a uma onda de tornados.

161 mortos na cidade de Joplin

Em 22 de maio de 2011, um tornado com rajadas de até 320 km/h devastou a cidade de Joplin no centro do Missouri, matando 161 pessoas. Deixou um rasto de destruição com 6,4 km de comprimento e mais de um quilómetro de largura.

300 tornados e 354 mortes no Sudeste

Entre 22 e 28 de abril de 2011, cerca de 300 tornados atingiram o Sudeste, matando 354 pessoas. O Alabama, onde comunidades inteiras como Tuscaloosa foram praticamente dizimadas, sofreu cerca de 250 baixas. Tennessee, Mississípi, Geórgia, Arkansas e Virgínia também foram afetados. Do total de vítimas, 314 morreram apenas no dia 27 de abril, nos cinco estados.

https://zap.aeiou.pt/tornados-estados-norte-americanos-mais-50-mortos-449801

 

Sri Lanka deu um passo em falso - Aposta na agricultura biológica precipita desastre económico !


O Sri Lanka decidiu proibir os fertilizantes químicos sem preparar os agricultores, provocando um aumento dos preços e desencadeando uma série de preocupações relacionadas com a escassez de alimentos.

O regresso do Sri Lanka à agricultura biológica – uma campanha governamental impulsionada por preocupações relacionadas com a saúde – durou apenas sete meses, mas foi o suficiente para causar estragos consideráveis.

Agricultores e especialistas agrícolas culpam o Governo pela queda acentuada no rendimento das colheitas e pelos preços que estão a agravar a economia já penalizada do país, além de levantar preocupações relacionadas com a escassez.

Segundo o The New York Times, os preços de alguns alimentos, como o arroz, subiram quase um terço em comparação com o ano anterior. Dados do banco central do Sri Lanka revelam ainda que o preço do tomate e da cenoura, por exemplo, quintuplicou.

Agora, o Governo do país está numa corrida contra o tempo para evitar uma crise. Em novembro, o ministro da Agricultura do Sri Lanka, Ramesh Pathirana, confirmou uma inversão parcial da política.

De acordo com o governante, o Executivo vai importar os fertilizantes necessários para o cultivo de chá e coco, por exemplo, dois dos produtos que constituem as principais exportações agrícolas do país.

“Iremos importar fertilizantes em função das necessidades do país”, disse ao diário norte-americano. “Não temos fertilizantes químicos suficientes porque não os importamos. Há uma escassez.”

É verdade que o mundo inteiro está a braços com um aumento no custo dos alimentos, à medida que os contratempos da cadeia de abastecimento impulsionados pela pandemia são lentamente resolvidos. Contudo, o Sri Lanka agravou essas pressões com os seus próprios passos em falso.
Economia estrangulada

Os fertilizantes químicos são essenciais para a agricultura moderna, mas os governos e os grupos ambientalistas têm vindo a demonstrar cautela perante a sua utilização excessiva. Além de serem poluentes, os cientistas têm encontrado riscos acrescidos de cancro do cólon, rins e estômago devido à exposição excessiva a nitratos.

Foi pelos impactos adversos na saúde e no ambiente que o Presidente Gotabaya Rajapaksa proibiu a importação de fertilizantes químicos em abril, uma promessa que tinha feito durante a sua campanha eleitoral em 2019.

Os críticos da medida têm outra preocupação: as reservas económicas do país, que estão em declínio acentuado.

Além dos prejuízos causados pela pandemia, a moeda nacional, a rupia, perdeu cerca de um quinto do seu valor, limitando a capacidade do Sri Lanka de comprar alimentos e abastecimentos no estrangeiro num momento em que os preços aumentavam.

Consequentemente, a situação contribuiu para agravar os problemas relacionados com a enorme carga de endividamento, incluindo empréstimos com juros elevados de bancos estatais chineses que lhe exigiam que contraísse ainda mais empréstimos.

“Os danos são tanto na agricultura como nas exportações relacionadas com a agricultura”, disse W. A. Wijewardena, antigo vice-governador do banco central do Sri Lanka, acrescentando “que vai demorar algum tempo até o país recuperar”.

https://zap.aeiou.pt/sri-lanka-agricultura-biologica-economia-449545


Mais do que entretenimento, os videojogos são cada vez mais uma forma de terapia !


Com a pandemia e o uso de consultas à distância, cada vez mais terapeutas decidiram incorporar os videojogos nas terapia. Entre redução da ansiedade ou treino da frustração, há bastantes benefícios.

No início da pandemia, o terapeuta familiar Monet Goldman tentou métodos comuns para tentar lidar com o stress, como o exercício físico ou a meditação. Nada estava a resultar, até Goldman voltar a um passatempo já conhecido – os videojogos.

Ao ver os seus colegas de profissão a ter dificuldades em dar apoio aos clientes à distância, o terapeuta começou a pensar se os jogos podiam ajudar a fazer essa ponte e a treinar outros especialistas para usar os jogos no trabalho, começando com o Roblox.

Tal como a terapia convencional que usa jogos e brinquedos para ajudar os pacientes a expressar os seus pensamentos, os videojogos são outro veículo que ajuda à comunicação, escreve a Wired.

Especialmente para pessoas com ansiedade sobre a sua aparência ou sobre como falam, os videojogos são uma oportunidade de descobrir “uma voz nas suas formas diferentes”, diz Goldman, que realça os bons efeitos na confiança das crianças.

O uso dos videojogos para fins terapêuticos não é novo, mas explodiu com a pandemia, que obrigou a que as consultas passassem a ser feitas à distância.

“Muitos terapeutas estavam a passar-se”, afirma Josué Cardona, fundador da Geek Therapy, uma organização sem fins lucrativos que apoia o uso destes jogos na terapia. Em Dezembro de 2019, o grupo de Facebook desta organização tinha menos de 1000 membros, agora são mais de 5400.

“Os videojogos são uma forma de captar a atenção e mantê-la”, o que pode ajudar os pacientes a controlar pensamentos negativos, segundo a psicóloga Aimee Daramus, que já usou estes métodos no tratamento de adultos com ansiedade, depressão e esquizofrenia. Nestas sessões, o estado de consciência plena é mais acessível.

Há até pesquisas que sugerem que os videojogos podem ser ainda mais eficazes que outras estratégias de terapia. Um estudo de 2017 concluiu que o jogo MindLight era tão eficaz como um programa de terapia cognitiva na redução da ansiedade das crianças e outra investigação mostrou que receitar um videojogo era melhor para reduzir a ansiedade dos pacientes do que adicionar outra medicação ao tratamento.

Já o clássico Tetris também ajuda a reduzir o risco de stress pós-traumático após a visualização de um filme traumático, concluiu um estudo de 2009, visto que o jogo “rouba a atenção e a memória que evitam que alguém pense nessas memórias constantemente enquanto o cérebro as forma”, afirma Daramus.

A regulação emocional também melhora, já que o uso dos jogos treina a tolerância à frustração nas crianças quando perdem e também a paciência, quando os jogos têm falhas e lag.

O possível incentivo ao vício também é uma preocupação, especialmente depois de uma análise em 2020 de 53 estudos ter concluído que aproximadamente 3% dos gamers estão viciados nos jogos.

Larry Rosen, ex-presidente do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia, defende que os videojogos podem promover a modificação comportamental e levar ao vício, já que quanto mais jogamos, mais hormonas como a dopamina ou a serotonina libertamos.

Com o crescimento dos jogos online, os clínicos precisam de regras éticas mais definidas sobre como usá-los, segundo Daramus. O desafio é garantir que os terapeutas não façam o seu trabalho da forma que é mais divertida, mas sim “da forma que é certa para o cliente”.

Mesmo quando a pandemia acabar e as consultas presenciais voltarem, o mais provável é que os videojogos continuem a ser usados na terapia, já que quando todas as estratégias tradicionais falham, o gaming pode ser o último recurso para ajudar os pacientes.

“A terapia pode ser intimidante e difícil”, afirma Goldman, pelo se for preciso ligarem-se a um cliente através do World of Warcraft, os terapeutas têm de fazer “o que for preciso” para os ajudar.

https://zap.aeiou.pt/entretenimento-videojogos-terapia-449685


Elon Musk está a pensar tornar-se “influencer” a tempo inteiro !


O CEO da Tesla disse, esta sexta-feira, que está a pensar deixar os seus projetos para se tornar influencer a tempo inteiro.

“Estou a pensar deixar os meus empregos e tornar-me influencer a tempo inteiro. O que acham disto?”, questionou Elon Musk aos seus seguidores no Twitter, sem dar mais detalhes.

A verdade é que o empresário é conhecido por gostar de “incendiar” a Internet com os seus tweets, portanto, ninguém sabe muito bem se estará a falar a sério.

E em janeiro deste ano, como recorda a CNN, Musk disse que esperava ser CEO da Tesla durante “muitos anos”.

Em novembro, o bilionário, que também está por detrás de projetos como a Space X, sondou os seus seguidores na mesma rede social sobre a eventual venda de 10% das 17% de ações que possui na Tesla.

Cerca de 57,9% dos 3,5 milhões de seguidores responderam a favor e, como o prometido é devido, o fundador da empresa vendeu dias depois as ações por 1,1 mil milhões de dólares, cerca de 958 milhões de euros.

https://zap.aeiou.pt/elon-musk-pensar-tornar-se-influencer-tempo-inteiro-449668


Por 175 milhões, “O Porta-Estandarte” de Rembrandt voltou a casa - Países Baixos compram obra aos Rothschild !

 
Os Rothschild queriam vender a obra há vários anos, mas o estado francês tentou impedir que a pintura saísse do país. Os Países Baixos acabaram por comprar a obra, com a Ministra da Cultura a garantir que esta voltou a casa e que nunca mais vai deixar de ser propriedade holandesa.

Pela módica quantia de 175 milhões de euros, os Países Baixos vão comprar a pintura “O Porta-Estandarte” (De Vaanderdrager) de Rembrandt, escreve o Expresso.

O Estado holandês vai desembolsar 150 milhões, enquanto que a Associação Rembrandt vai pagar mais 15. Os restantes 10 milhões de euros serão pagos pelo museu Rijksmuseum, localizado em Amesterdão.

O quadro, que foi pintado em 1636, está nas mãos dos Rothschild desde 1844, mas já teve vários donos ao longo da história, incluindo o rei inglês Jorge IV. A família Rothschild anunciaram que queriam vender a obra há alguns anos, mas o estado francês dificultou a venda ao impedir a pintura de sair do país.

A interdição acabou por ser levantada depois de não ter sido possível angariar os fundos suficientes para a compra do quadro e garantir que a obra ficava em território francês. Os Países Baixos avançaram com uma proposta depois do levantamento da proibição e agora só falta a luz verde final do parlamento holandês para a compra.

A Ministra da Educação, Cultura e Ciência dos Países Baixos, Ingrid van Engelshoven, considera que esta “aquisição conjunta” representa o regresso a casa definitivo do Porta-Estandarte depois de uma “viagem de séculos” e que “uma das obras mais belas de Rembrandt” está agora “acessível a todos”.

Quando chegar aos Países Baixos, a recém-comprada obra vai viajar pelo país antes de se instalar na sua nova casa definitiva, na galeria de honra do Rijksmuseum, no centro de Amesterdão. A Ministra da Cultura também garantiu no Twitter que o quadro nunca mais deixará de ser propriedade holandesa.

https://zap.aeiou.pt/175-milhoes-rembrandt-voltou-a-casa-449681


Adeus, Inteligência Artificial - Instagram vai voltar a ter feed em ordem cronológica !


Durante o seu testemunho no Senado norte-americano sobre o impacto do vício no Instagram nos mais jovens, o CEO Adam Mosseri foi questionado sobre se achava que os utilizadores deviam poder aceder à aplicação sem “serem manipulados por algoritmos”.

O executivo respondeu que a empresa está a desenvolver a opção dos utilizadores voltarem a ter um feed em ordem cronológica. “Acreditamos em mais transparência e responsabilidade e acreditamos em mais controlo. É por isso que estamos a trabalhar numa versão do feed cronológico que esperamos lançar no próximo ano”, afirmou.

Recorde-se que foi em 2016 que a ordem das publicações nos feeds do Instagram deixou de ser cronológica. Desde então, as publicações que apareciam eram seleccionadas por um algoritmo de inteligência artificial que se adapta aos comportamentos e gostos de cada utilizador, o que acaba por incentivar o vício.

A audição perante o Senado veio na sequência das denúncias de Frances Haugen no Washington Post, uma antiga funcionária da empresa-mãe do Instagram e do WhatsApp, o Facebook — agora conhecido como Meta.

Haugen revelou documentos internos que mostram que o Facebook sabe que a sua plataforma é usada para espalhar notícias falsas e do impacto nefasto do Instagram nos mais jovens, especialmente na auto-estima das raparigas, e que não faz nada para combater estes problemas.

Em antecipação desta audição, o Instagram divulgou um comunicado assinado por Adam Mosseri no qual afirma que “tem vindo a trabalhar para manter os jovens seguros na aplicação”. Entre outras medidas, o líder da rede social afirmou que “os pais e educadores ​​poderão ver quanto tempo os seus filhos passam no Instagram e definir limites de utilização”. Este ano, devido às notícias do WP, a Meta anunciou que ia suspender a criação de um Instagram só para crianças.

https://zap.aeiou.pt/adeus-inteligencia-artificial-instagram-vai-voltar-a-ter-feed-em-ordem-cronologica-449622


Jornalistas chineses enfrentam um pesadelo digno da era de Mao !


A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) chama à atenção para a crescente opressão dos jornalistas na China.

Os RSF acreditam que o jornalismo chinês está a dar um “grande passo atrás” e acreditam que os media de Hong Kong estão em “queda livre“. Um “pesadelo” digno da era de Mao, define o The Guardian.

A organização publicou um relatório esta terça feira, que explica as dificuldades enfrentadas pelos jornalistas na China. Trabalham num ambiente onde “o livre acesso à informação se tornou um crime e partilhar informação um crime ainda maior“.

O relatório acrescenta que “não importa o tema, aqueles que se recusam a cumprir a narrativa oficia são acusados de prejudicar a nação”.

O secretário geral da RSF, Christophe Deloire, realçou que antes de Xi Jinping chegar ao poder, em 2013, havia uma crescente melhoria no que toca à liberdade de imprensa. Mas o governo chinês “pôs um fim brutal” a essa evolução positiva.  

Este “passo atrás” do jornalismo na China é ainda mais “assustador, tendo em conta a quantidade de recursos financeiros e tecnológicos que o regime utilizou para cumprir o seu objetivo”, refere Deloire.

O relatório dos RSF lista o número crescente de situações adversas que os repórteres enfrentam na China. Desde censura online, espionagem, prisão sem direito a julgamento ou confissões forçadas na televisão, os jornalistas não têm liberdade.

O partido comunista dá instruções diárias à imprensa e, desde 2019, os jornalistas chineses são obrigados a usar uma aplicação chamada “Estuda Xi, Fortalece o País”, que consegue aceder aos dados pessoais e ao microfone do telemóvel.

Segundo os Repórteres Sem Fronteiras, tanto jornalistas locais como estrangeiros estão a ser assediados e intimidados pelo governo chinês, nomeadamente durante a cobertura das cheias que ocorreram em Henan, no início deste ano.

O governo regional de Henas lançou até um concurso para um sistema de vigilância de jornalistas, na época das cheias.

Em 2020 foram expulsos, pelo menos, 18 repórteres correspondentes dos Estados Unidos, enquanto outros foram obrigados a fugir, como foi o caso de John Sudworth, da BBC, e de Bill Birtles e Mike Smith.

Os dois últimos estavam a investigar a prisão da segurança nacional do pivot australiano Cheng Lei, da CGTN. Vários jornalistas chineses foram também presos por denunciarem o lockdown na cidade de Whuang, onde originou a covid-19.

A censura “já nem poupa Honk Kong, outrora campeão da liberdade de imprensa”. Agora, “um número crescente de detenções é conduzido em nome da segurança nacional”, revela Christophe Deloire.

O relatório dos RSF apelou às autoridades para combaterem o fenómeno e enumerou conselhos detalhados para os jornalistas se protegerem a eles próprios das fontes de vigilância tecnológicas e de intimidações.

A organização apelou também às democracias globais para “identificarem as estratégias apropriadas ao combate ao regime de Pequim e perseguições políticas”.

Este é um grito de ajuda direcionado aos cidadãos chineses que amam o seu país e querem defender o direito à informação.

https://zap.aeiou.pt/jornalistas-chineses-enfrentam-um-pesadelo-digno-da-era-de-mao-449389


A Alemanha “tem de assumir a responsabilidade” - Polónia quer indemnizações pela 2ª Guerra Mundial !

A Polónia pediu hoje ao novo Governo da Alemanha para estar preparado para assumir responsabilidades pela Segunda Guerra Mundial e iniciar negociações com vista a compensações pela ocupação do país.

O chefe da diplomacia da Polónia, Zbigniew Rau, disse que “espera que o novo Governo alemão esteja pronto para assumir essa responsabilidade, também sob a forma de conversas sobre indemnizações”.

Durante uma conferência de imprensa conjunta com Annalena Baerbock, a nova ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Rau aludiu à “devolução de bens culturais saqueados pela Alemanha” e sugeriu um “sistema de compensação pelos monumentos da cultura polacos”, destruídos pelo regime nazi.

Em resposta a este desafio, Baerbock garantiu ao seu homólogo polaco que a amizade entre os dois países “dentro da União Europeia é algo inestimável”, embora “não seja óbvio”, dadas “as perdas da Polónia, incomensuráveis durante a guerra e a ocupação”.

De acordo com a Alemanha, em 1953 a Polónia renunciou às reparações de guerra por parte da Alemanha Oriental e a questão foi finalmente resolvida com um tratado, assinado em 1990, entre os dois Estados alemães (ocidental e oriental) e os quatro países vencedores do conflito: os Estados Unidos, a URSS, o Reino Unido e a França.

Contudo, agora, o Governo polaco está a contestar o acordo de 1953, concluído durante a era comunista e, temendo um complexo debate jurídico, prefere insistir no “dever moral” dos alemães.

“Espero que encontremos soluções que fortaleçam a Europa. (…) É nossa tarefa histórica cultivar a paz e a amizade de maneira aberta e sincera”, disse Baerbock, que também depositou uma coroa de flores no túmulo do Soldado Desconhecido na capital polaca.

O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco reiterou a oposição do seu país ao gasoduto Nord Stream 2, que transportará gás desde a Rússia até à Alemanha, sublinhando que “não deixará de exigir o encerramento deste projeto que prejudica a Europa”.

Durante o encontro, os dois ministros também abordaram a questão do Estado de Direito na Polónia, com Baerbock a reconhecer “grandes diferenças” sobre esta matéria.

A ministra alemã também assegurou que a Alemanha apoiará a Polónia e os países bálticos na crise na fronteira com a Bielorrússia e sublinhou a necessidade de ajudar os migrantes que se tornaram “vítimas de um jogo cínico” do regime de Minsk.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-responsabilidade-polonia-449669




“Mediterrânico” e “viril” (e palhaço lol), o Trump francês que quer destronar Macron !


Desde que anunciou a candidatura a Presidente de França, o ex-jornalista Éric Zemmour, de 63 anos, está em queda nas sondagens. Mas o seu discurso típico de extrema direita consegue ser até mais inflamado do que o de Marine Le Pen, numa tentativa de conquista do eleitorado de direita contra Emannuel Macron.

As últimas sondagens colocam Éric Zemmour afastado de uma segunda volta eleitoral nas Presidências francesas do próximo ano, com apenas 13% das intenções de voto, atrás de Marine Le Pen (16%), da Frente Nacional, e de Valérie Pécresse (17%), do partido Les Républicains.

Assim, o ex-jornalista de 63 anos surge atrás das candidatas de direita, o que é em si uma grande ironia, considerando que Zemmour é conhecido pelas suas posições misóginas e sexistas.

Uma teoria que ele refuta, considerando que fica “desolado” por haver quem acredito nisso e notando que “é uma loucura”.

No recente debate com o actual ministro da Economia de Macron, Bruno Le Maire , no canal de televisão France 2, Zemmour sublinhou que essas críticas de sexismo reflectem a “mecânica de propaganda” contra si.

“Escrevi coisas e há quem as utilize contra mim, mas é o jogo”, apontou ainda, concluindo que o que vem nos livros que lançou tem de ser lido “no devido contexto”.

Além disso, frisou que o que, hoje em dia, ameaça as mulheres não são os seus discursos, mas “uma imigração desenfreada, violenta e impune”, referindo que há bairros, “e mesmo em Paris”, onde as mulheres “não podem usar saia”.
Mas o que é que Zemmour escreveu, afinal?

O ex-jornalista tem vários livros publicados de onde podem ser retiradas frases polémicas, com demonstrações claras de sexismo e um discurso que glorifica a violência masculina.

Uma das suas obras mais conhecidas é o ensaio “O primeiro sexo”, que lançou em 2006, num jogo com o título do livro “O Segundo Sexo” da escritora feminista Simone de Beauvoir. Zemmour definiu a obra como “um tratado sobre o saber-viver viril para uso de jovens gerações feminizadas”.

Nesta e noutras obras, o agora candidato presidencial escreveu frases como as seguintes:


“Há violência na relação sexual entre homem e mulher. É uma violência civilizada, claro. [O homem deve ser] um predador sexual civilizado. Há uma expectativa de virilidade, uma expectativa de violência”.

“Na sociedade tradicional, dominada pelos valores masculinos, as mulheres sofrem sem compreender, mas aceitam o seu destino. O seu destino.”

“[Nos anos 70] quando o jovem motorista de autocarro desliza a mão concupiscente sobre uma charmosa nádega feminina, a jovem não faz queixa por assédio sexual. A confiança reina.”

“O pelo é um traço, uma marca, um símbolo. Do nosso passado de homens das cavernas, da nossa bestialidade, da nossa virilidade. Da diferença dos sexos. Lembra-nos que a virilidade anda a par com a violência, que o homem é um predador sexual, um conquistador.”
Seis mulheres acusam Zemmour de abuso sexual

A juntar à polémica das suas obras, o jornal online Mediapart divulgou, em Abril de 2021, que seis mulheres acusam Zemmour de abuso sexual, referindo palavras inadequadas, toques e beijos forçados.

Mas o candidato presidencial nunca foi acusado em processos judiciais.

Confrontado com estes dados, o antigo jornalista diz que “é palavra contra palavra”. “Não tenho que responder. É a minha vida privada”, referiu ainda no debate no France 2, contornando o assunto.

Contudo, Zemmour não se inibiu de referir que o movimento Metoo visa a “erradicação dos homens”.

Em Novembro de 2021, já depois de se ter assumido como candidato presidencial, chegou a dizer na antena da TF1 francesa que a sua candidatura é a que “melhor defende as mulheres”.
“Eu enervo-me, sou mediterrânico”

Sobre os incidentes violentos que têm marcado a sua campanha, Zemmour desvalorizou-os e recusa pedir desculpas pelas agressões dos seus apoiantes a elementos do SOS Racismo.

O próprio candidato foi alvo de uma agressão, mas também foi captado a mostrar o dedo do meio.

“Eu enervo-me, sou mediterrânico, sou apaixonado”, apontou Zemmour na France 2, minimizando o seu comportamento.

Quanto à covid-19, mantém um discurso ambíguo, mas com ideias próximas dos movimentos anti-vacinas, manifestando-se “hostil à vacinação das crianças”. “Não podemos obrigar os pais a vacinar os filhos”, defendeu.

https://zap.aeiou.pt/trump-frances-destronar-macron-449570


“Apartheid de viagens” - Nigéria critica decisão britânica de adicionar o país à lista vermelha devido à Ómicron !


O Alto Comissário nigeriano no Reino Unido ecoou as críticas de António Guterres e disse esperar uma abordagem global de resposta à nova variante Ómicron.

O Reino Unido decidiu incluir a Nigéria na sua “lista vermelha” de países em relação às viagens. Desde esta segunda-feira que quem chegar a solo britânico oriundo do país africano tem de fazer uma quarentena de 10 dias num hotel com um custo de 2285 libras (2680 euros) e apresentar dois testes PCR negativos-

Esta decisão surgiu depois do Departamento de Saúde britânico ter reportado que 21 casos da Ómicron detectados estavam ligados a pessoas vindas da Nigéria. De momento, há 134 casos da nova variante no Reino Unido.

O Alto Comissário da Nigéria em Londres, Sarafa Tunji Isola, criticou a escolha do e concordou com o secretário-geral da ONU, António Guterres, descrevendo as medidas impostas contra os países da África austral como “apartheid de viagens“.

“A proibição de viagens é apartheid no sentido em que não estamos a lidar com uma endemia, mas sim uma pandemia. Quando temos um desafio, tem de haver colaboração. O que esperamos é uma abordagem global, não seletiva“, afirmou em entrevista à BBC.

Isola reforçou as críticas dizendo que a variante Ómicron ainda não causou hospitalizações ou mortes, sendo diferente da Delta: “A posição tem de ser baseada em provas científicas e empíricas. Não pode ser uma situação de pânico“.

Já o Ministro da Polícia britânico, Kit Malthouse, considerou os comentários do representante nigeriano como “linguagem muito infeliz”. “Percebemos as dificuldades criadas pelas restrições nas viagens, mas temos de tentar comprar algum tempo para que os nossos cientistas em Porton Down possam estudar o vírus e entender as dificuldades que vão trazer ao nosso país”, revelou ao Today.

Há agora 11 países na lista vermelha do Reino Unido, sendo todos localizados em África. As únicas pessoas autorizadas a entrar no país vindas das nações na lista são os cidadãos britânicos ou irlandeses ou residentes no Reino Unido.

Recorde-se que António Guterres já tinha comentado as proibições de viagens a países específicos para combater a Ómicron, dizendo que são “profundamente injustas” e “ineficazes“. “Temos os instrumentos para termos viagens seguras. Vamos usá-los para evitar este tipo inaceitável de apartheid de viagens”, apelou.

O diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, tinha feito afirmações semelhantes, dizendo ser “profundamente preocupante” ver os países africanos a serem penalizados por fazerem a coisa certa ao alertarem sobre a nova variante e a pedir aos países para adotarem medidas proporcionais.

A OMS também já tinha avisado que as proibições nas viagens dificultavam o envio dos investigadores da África do Sul no envio de amostras do vírus para serem estudadas noutros países.

Vários líderes políticos de países africanos também criticaram as medidas. O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse no domingo que as proibições eram “profundamente desapontantes” e que não eram baseadas na ciência. “A única coisa que a proibição vai fazer é prejudicar as economias dos países afectados ainda mais e reduzir a sua capacidade de responder e recuperar da pandemia”, afirmou.

Já o Presidente do Malawi escreveu no Facebook que as medidas têm de ser baseadas na ciência e não da “Afrofobia“.

https://zap.aeiou.pt/apartheid-viagens-nigeria-critica-britanica-448785


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Os líderes russos e americanos abandonaram suas respectivas manoplas retóricas, mas ninguém realmente espera que a Rússia invada a Ucrânia !


Então, o presidente russo Vladimir Putin, sozinho, e o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, cercados por assessores, finalmente tiveram sua videoconferência secreta de duas horas e dois minutos - com tradutores colocados em salas diferentes.

Essa foi a primeira conversa séria desde que se encontraram pessoalmente em Genebra em junho passado - a primeira cúpula Rússia-EUA desde 2018. Para a opinião pública global, levou a crer que uma "guerra" na Ucrânia era quase iminente, o que resta é essencialmente uma torrente de rotação.

Então, vamos começar com um exercício simples com foco na questão principal do link do vídeo - Ucrânia - comparando as versões da Casa Branca e do Kremlin do que aconteceu.

A Casa Branca: Biden deixou “claro” para Putin que os EUA e seus aliados responderão com “medidas econômicas e outras medidas decisivas” a uma escalada militar na Ucrânia. Ao mesmo tempo, Biden pediu a Putin que diminuísse a escalada em torno da Ucrânia e "retornasse à diplomacia".
Ele exortou os EUA a não transferirem “a responsabilidade sobre os ombros da Rússia” pela escalada da situação em torno da Ucrânia.
Kremlin: Putin ofereceu a Biden a anulação de todas as restrições ao funcionamento das missões diplomáticas. Ele observou que a cooperação entre a Rússia e os EUA ainda está em um estado "insatisfatório".
Casa Branca: Os EUA vão expandir a ajuda militar à Ucrânia se a Rússia tomar medidas contra isso.
Casa Branca: Biden não deu a Putin nenhum compromisso de que a Ucrânia permanecerá fora da Otan.
Kremlin: Putin disse a Biden que a Rússia está interessada em obter garantias legalmente fixas, excluindo a expansão da OTAN para o leste e a implantação de sistemas de ataque ofensivo nos países vizinhos da Rússia. Minsk ou busto Agora, o que realmente importa: a linha vermelha.
O que Putin disse diplomaticamente à equipe Biden, sentado à sua mesa, é que a linha vermelha da Rússia - sem Ucrânia na OTAN - é inabalável. O mesmo se aplica à Ucrânia transformada em um centro do império de bases do Pentágono e hospedeira do armamento da OTAN.

Washington pode negar ad infinitum, mas a Ucrânia faz parte da esfera de influência da Rússia. Se nada for feito para forçar Kiev a cumprir o Acordo de Minsk, a Rússia irá “neutralizar” a ameaça em seus próprios termos.
A raiz de todo esse drama, ausente de qualquer narrativa da OTAN, é direta: Kiev simplesmente se recusa a respeitar o Acordo de Minsk de fevereiro de 2015.
Ao longo dos anos, Kiev cumpriu menos de zero desses compromissos - enquanto a máquina de mídia da OTAN continuou girando que a Rússia estava violando Minsk. A Rússia nem mesmo é mencionada (grifo meu) no acordo.
De acordo com o acordo, Kiev deveria conceder autonomia ao Donbass por meio de uma emenda constitucional, conhecida como “status especial”; emitir uma anistia geral; e iniciar um diálogo com as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
Moscou sempre respeitou o Acordo de Minsk, que estabelece o Donbass como parte integrante e autônoma da Ucrânia. A Rússia deixou isso muito claro, repetidamente, que não tem nenhum interesse em promover a mudança de regime em Kiev.
Antes do link do vídeo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, observou: “Putin ouvirá as propostas de Biden sobre a Ucrânia‘ com grande interesse ’”. Mesmo a Casa Branca não propôs que Kiev obedecesse ao Acordo de Minsk. Portanto, independentemente do que Biden possa ter dito, Putin, pragmaticamente, adotará uma abordagem de "esperar para ver" e, então, agirá de acordo.

Na corrida para o link de vídeo, o hype máximo girava em torno de Washington, buscando impedir o Nord Stream 2 se a Rússia “invadir” a Ucrânia. O que nunca transparece da narrativa de "invasão", repetida ad nauseam em toda a OTAN, é que os falcões que supervisionam os EUA imensamente polarizados, corroídos por dentro, precisam desesperadamente de uma guerra no que o analista militar Andrei Martyanov chama de "país 404", uma brincadeira com a mensagem de erro quando uma página ou link online não existe. O cerne da questão é que os vassalos europeus não devem ter acesso à energia russa: apenas o GNL americano. E foi isso que levou os russófobos mais radicais em Washington a começar a ameaçar com sanções contra o círculo íntimo de Putin, os produtores de energia russos e até mesmo desconectar a Rússia do SWIFT. Tudo isso deveria impedir a Rússia de “invadir” o país 404. O secretário de Estado dos EUA, Tony Blinken - presente no link de vídeo - disse há poucos dias em Riga, Letônia, que “se a Rússia invadir a Ucrânia”, a OTAN responderá “com uma série de medidas econômicas de alto impacto”. Quanto à OTAN, está longe de ser agressiva: apenas uma organização “defensiva”. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, no início de dezembro na reunião do Conselho Ministerial da OCSE em Estocolmo, já estava alertando que a "estabilidade estratégica" na Europa estava "se desgastando rapidamente". Lavrov disse: “A OTAN recusa-se a considerar nossas propostas de redução das tensões e prevenção de incidentes perigosos ... Pelo contrário, a infraestrutura militar da aliança está se aproximando das fronteiras da Rússia ... O cenário de pesadelo de confronto militar está voltando.” Portanto, não é de admirar que o cerne da questão para Moscou seja a invasão da OTAN. A narrativa da “invasão” é uma notícia falsa e grosseira vendida como fato. Até mesmo William Burns da CIA admitiu que a inteligência dos EUA não tinha informações para "concluir" que a Rússia obedientemente responderá às orações da War Inc e finalmente "invadirá" a Ucrânia. Ainda assim, isso não impediu que um jornal sensacionalista alemão apresentasse todos os contornos da blitzkrieg russa, quando a verdadeira história é os EUA e a OTAN tentando forçar o "país 404" a cometer suicídio atacando as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Essa garantia juridicamente vinculativa É inútil esperar que o link do vídeo produza resultados práticos. Como a OTAN continua atolada em crises concêntricas, o atual nível de alta tensão entre a OTAN e a Rússia é um presente do céu em termos de manter a narrativa conveniente de um mal eslavo externo. É também um bônus extra para o complexo de think tank militar-industrial-inteligência-mídia. A tensão continuará a ferver sem se tornar incandescente apenas se a OTAN não se expandir de qualquer forma dentro da Ucrânia. Diplomatas em Bruxelas comentam rotineiramente que Kiev nunca será aceita como membro da OTAN. Mas se as coisas podem piorar, eles irão: Kiev se tornará um desses parceiros especiais da OTAN, um ator desesperadamente pobre, faminto por território e desonesto. Putin exigindo dos EUA - que dirigem a OTAN - uma garantia escrita e juridicamente vinculativa de que a aliança não avançará mais para o leste em direção às fronteiras russas é a virada do jogo aqui. A equipe Biden não pode entregar: eles seriam comidos vivos pelo “Incestabelecimento de Guerra”. Putin estudou sua história e sabe que a “promessa” de Daddy Bush a Gorbachev sobre a expansão da OTAN era apenas uma mentira. Ele sabe que aqueles que dirigem a OTAN nunca se comprometerão por escrito. Isso permite a Putin uma gama completa de opções para defender a segurança nacional russa. “Invasão” é uma piada; A Ucrânia, apodrecendo por dentro, consumida pelo medo, ódio e pobreza, permanecerá no limbo, enquanto Donetsk e Lugansk serão progressivamente interconectados com a Federação Russa. Não haverá guerra da OTAN contra a Rússia - como o próprio Martyanov demonstrou amplamente que a OTAN não duraria cinco minutos contra as armas hipersônicas russas. E Moscou se concentrará no que realmente importa geoeconomicamente e geopoliticamente: solidificar a União Econômica da Eurásia (EAEU) e a Parceria da Grande Eurásia.

Asia Times.

Novas alianças


A aliança de "equilíbrio" de fato em todo o hemisfério russo-indiana que foi acordada durante a Cúpula Putin-Modi desta semana é um dos desenvolvimentos diplomáticos mais significativos deste século até agora. É realmente um fator de mudança geoestratégico global devido ao papel insubstituível que pretende desempenhar na Nova Guerra Fria entre os Estados Unidos e a China.

A cúpula globalmente significativa

A visita do presidente russo Putin a Nova Delhi para se encontrar com o primeiro-ministro indiano Modi foi um desenvolvimento geoestrategicamente revolucionário no contexto da Nova Guerra Fria em curso. A “Parceria para Paz, Progresso e Prosperidade” com a qual ambos os lados concordaram equivale a uma aliança de fato em tudo, exceto no nome, e se baseia em seu “Tratado de Paz, Amizade e Cooperação” de 1971 de exatamente meio século atrás. Este documento de 99 pontos visa alinhar os atos de "equilíbrio" em todo o hemisfério oriental das Grandes Potências, a fim de otimizar ao máximo seu impacto na formação da dinâmica da emergente Ordem Mundial Multipolar. Pode ser considerado um dos desenvolvimentos diplomáticos mais importantes deste século até agora e provavelmente permanecerá relevante por décadas. 

Briefing de Contexto

O autor delineou os contornos de suas grandes estratégias complementares nas seguintes peças:

O que vem a seguir é um resumo simplificado do insight compartilhado acima. 

Atos Complementares de “Equilíbrio” 

Basicamente, a Rússia e a Índia aspiram a "equilibrar" as consequências da Nova Guerra Fria principalmente EUA-China, embora até agora tenham feito isso de maneiras diferentes: a Rússia se alinhou mais à China, enquanto a Índia fez o mesmo com os EUA . As suspeitas mútuas das grandes intenções estratégicas de cada um que isso suscitou foram finalmente resolvidas no início deste ano. A Rússia e a Índia perceberam que podem fazer mais se coordenarem suas políticas. Isso explica a cláusula 93 de seu pacto de parceria reafirmado, que declara que “As partes concordaram em explorar áreas de cooperação mutuamente aceitáveis ​​e benéficas em terceiros países, especialmente na Ásia Central, Sudeste Asiático e África.” 

O ”Neo-NAM”

 Essa política equivale informalmente a uma tentativa de organizar uma rede hemisférica de Estados "não alinhados" que compartilham o interesse da Rússia e da Índia em "equilibrar" entre os EUA e a China. Em outras palavras, é o protótipo do “Neo-NAM” sobre o qual o autor escreveu em maio de 2020 para o jornal oficial do Instituto Estadual de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO, administrado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia). Conforme ele explicou na publicação militar indiana Force dois meses atrás, o objetivo é permitir que ambas as grandes potências se adaptem com flexibilidade às circunstâncias geoestratégicas em constante mudança da Nova Guerra Fria por meio do que é descrito como sua visão de "bi-multipolaridade". Ato Indo-Sino de “Equilíbrio” da Rússia É crucial esclarecer que a Rússia não tem intenções de infringir os interesses da China, mesmo que alguém na Índia deseje secretamente que ela seja ou possa pelo menos ser induzida a fazê-lo. Em vez disso, a Grande Potência da Eurásia entende que tem a responsabilidade de desempenhar um papel insubstituível no gerenciamento pragmático das tensões entre seus companheiros do BRICS e da SCO, a fim de neutralizar as tentativas incessantes dos EUA de dividi-los e governá-los. Moscou parece ter aceitado que, se essa rivalidade não for embora por algum tempo, o Kremlin deve procurar garantir que isso não leve a outro conflito como o de Galwan, que poderia se transformar em uma guerra convencional total na pior das hipóteses. -cenário do caso. 

“Diplomacia Militar” 

Com isso em mente, a Rússia está praticando o que pode ser descrito como “diplomacia militar”, ou o uso de meios militares para atingir fins políticos. Neste caso, está exportando armas igualmente estratégicas e de alta qualidade para rivais China e Índia, a fim de manter o equilíbrio de poder entre eles, com vista a incentivá-los posteriormente a resolver suas disputas por meios políticos em vez de militares. Isso contrasta com a prática americana de “diplomacia militar”, que tenta dar ao seu parceiro preferencial em qualquer par de rivais a vantagem militar a fim de encorajar tentativas agressivas de resolver disputas existentes de forma unilateral em vez de por meio de uma série de compromissos políticos. RIC O cálculo do Kremlin é que, se a Índia vai se armar até os dentes de qualquer maneira, então é melhor fazê-lo com armas russas do que americanas. Embora a China possa, compreensivelmente, se sentir desconfortável com o enorme aumento militar da Índia, parece preferir discretamente que isso seja ajudado pela Rússia do que pelos EUA, se for aparentemente inevitável. Isso poderia, por sua vez, permitir que Moscou administrasse de maneira mais eficaz a influência perniciosa de dividir para governar de Washington sobre Nova Delhi e, assim, esperar estabilizar os assuntos da Eurásia. A prova desse conceito na prática foi vista no final do mês passado durante a reunião de Ministros das Relações Exteriores da Rússia-Índia-China (RIC), que ocorreu apesar das tensões existentes entre a China e a Índia, provavelmente devido ao papel mediador da Rússia. 

Nova Dinâmica da Guerra Fria 2.0

A China não acredita em fazer escolhas de soma zero para seus parceiros como os EUA, mas será cada vez mais compelida pela dinâmica hiper-competitiva influenciada pelos Estados Unidos na Nova Guerra Fria a aceitar que terceiros países estão sendo pressionados a escolher entre Pequim e Washington. Isso poderia colocar esses estados em posições muito desafiadoras, uma vez que sua cooperação com a China é mutuamente benéfica, mas eles também temem a ira da Guerra Híbrida dos EUA se não se submeterem às demandas dos Estados Unidos para se distanciarem da República Popular, como evidenciado pelo alto perfil exemplo que Washington está tentando fazer da Etiópia depois de sua recusa de princípio em fazê-lo. A “válvula de pressão” geopolítica O que é urgentemente necessário é uma "válvula de pressão" para fornecer a esses países a chamada "terceira escolha", por meio da qual eles podem encontrar um equilíbrio entre as duas superpotências sem ofender inadvertidamente uma ou outra. É aí que reside o grande significado estratégico do Neo-NAM que o autor propôs ser liderado conjuntamente pela Rússia e pela Índia. O primeiro mencionado é percebido como próximo da China, enquanto o segundo é visto como mais próximo dos Estados Unidos; no entanto, eles provaram sua autonomia estratégica por meio da última Cúpula de Putin-Modi. A Rússia continua a armar a Índia até os dentes, apesar das preocupações da China, enquanto a Índia continua comprando armas russas, apesar das ameaças de sanções dos EUA por fazê-lo. 

Alcance hemisférico 

Sua declaração de intenção de cooperar em terceiros países na Ásia Central, Sudeste Asiático e África envolve significativamente os maiores teatros de rivalidade na Nova Guerra Fria EUA-China e pode, assim, permitir que essas duas grandes potências otimizem ao máximo sua complementaridade hemisférica " equilibrar ”atos. Há também a chance de que eles expandam sua cooperação para incluir a Ásia Ocidental, considerando as relações estreitas que cada um tem com o Irã, "Israel" e os Emirados Árabes Unidos. Quando se lembra que eles também se comprometeram a trabalhar mais juntos nas regiões do Ártico russo e do Extremo Oriente, pode-se ver que sua aliança de “equilíbrio” de fato abrange todo o hemisfério oriental. 

A Dimensão Europeia 

Embora possa não ter muito impacto direto sobre a Europa na Eurásia Ocidental, na verdade tem um impacto muito influente no que diz respeito às suas consequências indiretas. O Corredor de Transporte Norte-Sul (NSTC) entre eles através do Irã e do Azerbaijão visa facilitar o comércio UE-Índia via Rússia, enquanto a possível expansão do Corredor Marítimo Vladivostok-Chennai (VCMC) para incluir a Rota do Mar do Norte (NSR) através do Ártico para conectar os oceanos Atlântico e Pacífico poderia alcançar este fim econômico através de meios marítimos para complementar o componente continental do NSTC. 

Rumo a um “pacto de não agressão” russo-americano 

Alguns céticos podem questionar a viabilidade política da Rússia em facilitar o comércio UE-Índia (seja por via continental ou marítima), considerando as tensões aumentadas entre Moscou e o Ocidente, mas é aqui que eles devem contemplar a intenção por trás das duas últimas Cúpulas de Putin-Biden. Eles têm como objetivo regular de forma responsável sua rivalidade para que possam, em última instância, chegar ao chamado "pacto de não agressão". Este resultado seria mutuamente benéfico, pois permitiria aos EUA redirecionar mais de seus recursos militares e outros para o "Indo-Pacífico" para "conter" a China de forma mais agressiva, enquanto restaurava as relações UE-Rússia para melhorar as economias em dificuldades uns dos outros. 

A Facção Anti-Rússia de “Estado Profundo” dos EUA 

Este cenário permanece dependente da capacidade do governo Biden de gerenciar a facção anti-russa das burocracias militares, de inteligência e diplomáticas permanentes dos EUA ("estado profundo") que estão tentando sabotar o esperado "pacto de não agressão" dos dois por alavancando sua rede de influência nos Estados Bálticos, Polônia e Ucrânia para provocar outra crise Leste-Oeste. No momento, seu rival anti-chinês é predominante no que diz respeito à formulação da grande estratégia dos EUA, conforme evidenciado pelas duas últimas Cúpulas Putin-Biden. Essa mudança na dinâmica de "estado profundo" dos EUA foi o legado mais duradouro do ex-presidente Trump e foi herdada por Biden, como acabamos de argumentar. 

Pensamentos Finais 

De volta ao tópico desta análise, a aliança de "equilíbrio" de fato em todo o hemisfério russo-indiana que foi acordada durante a Cúpula Putin-Modi desta semana é um dos desenvolvimentos diplomáticos mais significativos deste século até agora. É realmente um fator de mudança geoestratégico global devido ao papel insubstituível que pretende desempenhar na Nova Guerra Fria entre os Estados Unidos e a China. É da maior importância que os observadores reconheçam esta realidade emergente, a fim de formular as políticas mais eficazes para que seus países se adaptem a ela. O eixo russo-indiano é agora um dos mais importantes do mundo e provavelmente permanecerá assim por décadas, talvez até pelo resto do século 21.

https://undhorizontenews2.blogspot.com/

Dr. Morte projetou uma “cápsula do suicídio” que “não viola” nenhuma lei na Suíça !


Sarco, uma cápsula que permite aos ocupantes praticar eutanásia, foi aprovada numa análise legal na Suíça. Isto significa que o equipamento pode entrar em uso já no próximo ano.

A eutanásia é permitida na Suíça, desde que seja acompanhada por uma equipa médica. No entanto, o novo dispositivo dispensa esse requisito.

Assim que o processo inicia, a cápsula impressa em 3D é inundada com azoto, que reduz rapidamente os níveis de oxigénio do indivíduo que se encontra no interior. O processo faz com que a pessoa perca a consciência e morra em, sensivelmente, 10 minutos.

A morte acontece por um fenómeno conhecido como hipóxia – a diminuição de oxigénio nos órgãos – e outro denominado hipocapnia – que se trata do baixo teor de dióxido de carbono no sangue.

A “cápsula do suicídio” é ativada a partir do interior e tem também um botão de emergência.  

De acordo com a BBC, a empresa encomendou uma análise a um perito jurídico que constatou que a Sarco não viola nenhuma lei na Suíça.

Daniel Huerlimann, especialista jurídico e professor na Universidade de St Gallen, foi convidado a explorar se a utilização da cápsula violaria alguma lei suíça e concluiu que a cápsula “não constituía um dispositivo médico“, pelo que não seria abrangida pela Lei Suíça de Produtos Terapêuticos.

Além disso, acredita que o dispositivo não infringe as leis que regem o uso de nitrogénio, armas ou segurança dos produtos. “Isto significa que a cápsula não está coberta pela lei suíça”, disse, em declarações à cadeia britânica.

No entanto, há quem não concorde com as considerações do perito jurídico. É o caso da organização Dignitas.

À BBC, a associação suíça referiu que “não imagina que uma cápsula tecnológica para um fim de vida auto-determinado venha a encontrar muita aceitação ou interesse” no país.

Se a Sarco vier a receber uma autorização para utilização na Suíça, a cápsula não será oferecida para venda da forma convencional. O seu criador, Philip Nitschke (também conhecido como “Dr. Morte”), disse que planeava disponibilizar as plantas do projeto para que qualquer pessoa pudesse descarregar o desenho gratuitamente.

O objetivo é “des-medicalizar o processo de morte“, afirmou, numa entrevista publicada no website Exit International, uma instituição de caridade de assistência à morte voluntária que o próprio fundou. “Queremos eliminar qualquer tipo de revisão psiquiátrica do processo e permitir que o indivíduo controle o método por si próprio.”

Se precisa de apoio, pode contactar a linha SOS Voz Amiga todos os dias através dos números 213 544 545, 912 802 669 e 963 524 660, entre as 15h30 e as 00h30 e em regime de total confidencialidade e anonimato.

https://zap.aeiou.pt/dr-morte-projetou-capsula-do-suicidio-449370


Justiça britânica aceita recurso dos EUA - Extradição de Assange cada vez mais perto !


A justiça britânica aprovou o pedido de recurso dos Estados Unidos para a extradição do fundador do Wikileaks.

Tal como recorda a BBC, os Estados Unidos tinham recorrido de uma decisão judicial do Reino Unido que alegava que Julian Assange não poderia ser extraditado devido às preocupações com a sua saúde mental. A justiça britânica considerava que havia risco de o fundador do Wikileaks cometer suicídio numa prisão norte-americana.

As autoridades norte-americanas terão agora dado um conjunto de garantias face às suas condições de detenção, o que levou a justiça britânica a aceitar o recurso.

De acordo com a emissora britânica, os EUA ofereceram quatro garantias, nomeadamente a promessa de que Assange não seria sujeito a um confinamento solitário pré ou pós-julgamento e que não seria detido em ADX Florence Supermax, uma prisão de alta segurança no estado do Colorado.

Washington também assegurou que permitirá que o fundador do Wikileaks seja transferido para a Austrália, para poder cumprir qualquer pena de prisão mais perto de casa.  

Isto significa que Assange está cada vez mais perto de ser extraditado para os Estados Unidos, embora continuem a existir outros obstáculos. Segundo a agência Reuters, é provável que esta disputa ainda chegue ao Supremo Tribunal.

A noiva do ativista australiano, Stella Moris, já informou que a sua equipa jurídica vai recorrer da decisão anunciada esta sexta-feira.

Assange foi detido pela polícia britânica em abril de 2019, depois de ter passado sete anos recluso na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou quando estava em liberdade sob fiança, por temer uma extradição para os Estados Unidos ou para a Suécia, onde era alvo de uma acusação de violação que foi posteriormente abandonada.

Nos Estados Unidos, o ativista incorre numa pena que pode chegar aos 175 anos de prisão por ter divulgado, a partir de 2010, mais de 700 mil documentos secretos sobre as atividades militares e diplomáticas norte-americanas, nomeadamente no Iraque e no Afeganistão.

https://zap.aeiou.pt/justica-britanica-aceita-recurso-eua-extradicao-assange-449568



EUA e Comissão Europeia comprometem-se com programas de apoio às democracias após dias de debate na Cimeira promovida por Biden !


No discurso de abertura da cimeira, Joe Biden lembrou as dificuldades dos próprios Estados Unidos, num passado recente, em preservar a independência das suas instituições democráticas.

Depois de três dias de discursos e debates com centenas de líderes mundiais, a Cimeira da Democracia, promovida por Joe Biden, termina hoje. A iniciativa teve como objetivo “estabelecer uma agenda afirmativa para a renovação democrática e para enfrentar as maiores ameaças que as democracias enfrentam atualmente através da ação coletiva”. Como resultado, os Estados Unidos anunciaram o financiamento, na ordem de 375 milhões de euros, de projetos para concretizar até ao próximo ano — algo que a Comissão Europeia prosseguiu, com um anúncio de 1,5 mil milhões de euros até 2027.

No que respeita à iniciativa norte-americana — intitulada Renovação Democrática —, pretende apoiar a “governação transparente e responsável, incluindo o apoio à liberdade dos meios de comunicação social, o combate à corrupção internacional, o apoio aos reformados democráticos, a promoção de tecnologia que promova a descoberta, e a defesa do que é uma eleição justa”.

Por parte da instituição europeia, o foco será um programa — Europa Global — de direitos humanos e democracia, o qual deverá ser implementado entre 2021 e 2027. A sua execução deverá substituir um programa semelhante, que findou em 2020 e para o qual foram alocados 1,3 mil milhões de euros. Ursula von der Leyen aproveitou a ocasião — e a sua intervenção na cimeira — para destacar outro programa, a Ponte Global, anunciado no início deste mês.

Centrado no financiamento de infraestruturas até 2027, o programa tem um orçamento na ordem de 300 mil milhões de euros, os quais serão avaliados “em valores, em transparência e em sustentabilidade”. Trata-se sobretudo, apesar de este ponto não ter sido referido pela presidente da Comissão Europeia, de uma alternativa à iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota.
 
“Face aos desafios sustentados e alarmantes à democracia, aos direitos humanos universais e a todo o mundo, a democracia precisa de defensores“, adiantou o presidente dos Estados Unidos na abertura da cimeira, citado pelo Diário de Notícias. “E eu queria acolher esta cimeira porque aqui nos Estados Unidos, sabemos tão bem como qualquer pessoa que renovar a nossa democracia e reforçar as nossas instituições democráticas requer um esforço constante.”

https://zap.aeiou.pt/eua-comissao-europeia-apoio-democracias-449558


Áustria vai multar até 3.600 euros todos os que rejeitem vacinar-se contra a covid-19 !


A Áustria anunciou que tenciona multar até 3.600 euros todos os cidadãos com mais de 14 anos que recusem vacinar-se contra a covid-19.

A medida deverá entrar em vigor em fevereiro, abrindo exceção a grávidas, recuperados da doença há menos de seis meses e pessoas com justificação médica.

As diretrizes do plano de vacinação ainda estão a ser estudadas e reajustadas, mas de acordo com o Observador, que cita o Wiener Zeitung, será o primeiro a tornar-se obrigatório na Europa.

Os patrões também deverão poder despedir trabalhadores que se recusem a tomar a vacina contra a covid-19.

Está previsto um controlo trimestral para verificar quem está ou não vacinado. Quem não estiver, é multado em 600 euros. No trimestre seguinte, o processo deverá repetir-se. No limite, a acumulação de multas pode chegar a um total de 3.600 euros — o que corresponde a um ano e meio sem vacinação.  

No que toca ao mercado laboral, as autoridades de saúdes austríaca vão ainda ponderar se vão ou não permitir a utilização de testes negativos para aceder ao local de trabalho. Caso contrário, o despedimento estará em cima da mesa para quem recuse a inoculação.

A profissão e a possibilidade de teletrabalho são outras variáveis que podem pesar na decisão.

A vacinação obrigatória foi decretada pelo anterior chanceler, Alexander Schallenberg, que considerou “vergonhosamente baixas” as taxas de inoculação do país.

A Áustria é um dos países da Europa Ocidental com menor taxa de vacinação, tendo atualmente mais de 72% da população com uma dose da vacina e mais de 68% com o esquema vacinal completo.

https://zap.aeiou.pt/austria-multar-cidadaos-rejeitem-vacina-449503


Eis o maior bife do mundo feito com carne criada em laboratório, com ajuda da impressão 3D !


A empresa israelita MeaTech 3D quer massificar a produção de carne de laboratório e tornar os preços competitivos.

Parece um bife normal, mas não é. A empresa israelita MeaTech 3D mostrou o maior bife até agora produzido com carne feita em laboratório, tendo cerca de 110 gramas.

O bife é feito de músculo verdadeiro e de células de gordura derivadas de amostras de tecidos de uma vaca. As células estaminais de bovinos vivos foram incorporadas em “bio-inks” que foram colocados na impressora 3D da empresa para produzirem o bife, que foi depois maturado numa incubadora, onde as células estaminais foram diferenciadas em células de gordura e de músculo, escreve o The Guardian.

Empresas por todos os cantos do mundo estão na corrida para produzirem carne com células criadas em laboratório devido ao impacto ambiental da criação de gado para a alimentação e às preocupações com os direitos dos animais.

“Este avanço é a culminação de mais de um ano de esforços na biologia celular e de processos de alto rendimento na engenharia de tecidos, assim como a nossa tecnologia precisa de bioimpressão. Acreditamos que nos colocamos na frente da corrida do desenvolvimento de produtos de qualidade de carne baseada em células”, refere Sharon Fima, CEO da MeaTech.

O objectivo é que a empresa comece a produzir carne em laboratório ao mesmo preço da carne normal – mas ainda há um longo caminho até lá. Por enquanto, a primeira aventura no mercado vai ser com a venda de gordura feita em laboratório como um ingrediente para outros produtos, que vai arrancar em 2022.

O primeiro bife de laboratório foi criado em Dezembro de 2018 por outra empresa israelita, a Aleph Farms, com a empresa a dizer na altura que o sabor ainda não estava a 100%.

Devido às autorizações exigidas antes de se vender ao público, a primeira vez que carne de laboratório foi servida a clientes foi no fim de 2020, quando a Eat Just deu nuggets de frango a clientes em Singapura.

Outras empresas que estão a apostar neste mercado incluem a Mosa Meats, a Memphis Meats ou a Meatable.

Em Portugal, cientistas da Universidade de Lisboa também anunciaram um plano para criar filetes de robalo com células impressas em 3D.

https://zap.aeiou.pt/voila-maior-bife-mundo-carne-laboratorio-449464

 

CIA confirma rumores - Está a trabalhar em projetos que envolvem criptomoedas !

William Burns, diretor da CIA
A CIA pode não ter inventado a Bitcoin, mas gere vários projetos relacionados com criptomoedas. A confirmação foi feita por William Burns, diretor da agência de inteligência norte-americana.

Na segunda-feira, durante uma reunião que juntou os diretores executivos do The Wall Street Journal, William Burns confirmou que a Central Intelligence Agency (CIA) está a gerir vários projetos relacionados com criptomoedas.

Segundo o Business Insider, o diretor da agência de inteligência norte-americana referiu ainda que foi o seu antecessor, David Cohen, quem deu início os projetos.

Questionado sobre se a CIA foi capaz de restringir ataques de ransomware, Burns disse que o seu antecessor “colocou em movimento uma série de projetos diferentes focados em criptomoedas” com o objetivo de analisar “as consequências de segunda e terceira ordem” e “ajudar a fornecer informações sólidas” para os resolver.

Embora não tenha mencionado pormenores específicos, Burns disse que a CIA está a investigar as redes financeiras utilizadas por grupos criminosos.

Há várias teorias da conspiração que alegam que a CIA inventou a Bitcoin. A identidade de Satoshi Nakamoto, pai da Bitcoin, permanece um mistério e motiva este tipo de convicções.

Burns não foi tão longe, mas confirmou o envolvimento da agência em projetos que, segundo o próprio, são uma “prioridade importante” para a CIA.

Aliás, o organismo pretende mesmo recrutar especialistas em criptomoedas para a sua equipa de analistas e abrir linhas de comunicação com peritos da indústria.

Nos ataques de ransomware, os hackers bloqueiam o acesso aos computadores e encriptam os seus dados, obrigando as vítimas a pagar um resgate para os recuperar.

Em julho, o Presidente Joe Biden ordenou às agências de inteligência norte-americanas que investigassem as origens do ataque informático à Kaseya, um dos maiores ataques de ransomware de sempre, que tornou mais de 1.000 empresas internacionais reféns dos hackers.

https://zap.aeiou.pt/cia-confirma-rumores-criptomoedas-449258


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Evergrande falha pagamento de juros e entra oficialmente em incumprimento !


A empresa chinesa tinha escapado ao default nas últimas vezes ao conseguir pagar os juros nos últimos momentos, mas desta vez, isso não aconteceu.

Depois de vários meses em que se antecipava este cenário, a gigante imobiliária chinesa Evergrande entrou mesmo em incumprimento depois de falhar o pagamento dos juros de uma dívida emitida em dólares no estrangeiro.

A agência de rating Fitch já cortou a avaliação da empresa para restricted default, o que “reflecte o não pagamento de cupões vencidos a 6 de Novembro de 2021, findo o período de carência, que terminou a 6 de Dezembro”, justifica num comunicado.

Esta classificação significa que a Evergrande falhou a liquidação dos juros, mas que ainda não accionou os mecanismos para entrar em bancarrota, insolvência ou proteccção contra credores, continuando a operar.

A empresa também não forneceu informações sobre o destino dos cupões vencidos, segundo a Fitch. “Assumimos por isso que a dívida não foi paga”, afirmam.

Ainda na sexta-feira, a Evergrande já tinha alertado para a possibilidade de não conseguir saldar os próximos pagamentos que tinha de fazer no valor de 82,5 milhões de dólares (73 milhões de euros).

Os títulos de dívida em questão já tinham atingido a maturidade no início de Novembro. O período de carência de um mês para o pagamento dos juros terminou esta segunda-feira e, desta vez, a Evergrande não conseguiu saldar as dívidas no fim do prazo, como fez nas últimas três situações.

Já desde Setembro que a empresa tem falhado pagamentos, mas tem evitado entrar no default ao renegociar com os credores à última hora.

A Evergrande, que está cotada na bolsa de Hong Kong, é uma empresa imobiliária que foi uma das principais impulsionadoras do “milagre” económico da China. A empresa recorria a empréstimos para poder continuar a expandir o negócio e chegou ao ponto de ser o construtor mais endividado do mundo, tendo acumulado uma dívida maior do que a economia portuguesa — 274 mil milhões de euros.

As obrigações em causa neste incumprimento foram emitidas por uma subsidiária da Evergrande, a Tijan. Apesar dos receios iniciais de que a situação da empresa pudessem causar um contágio nos mercados semelhante ao que aconteceu com a queda do Lehman Brothers, em 2008, por enquanto, isso ainda não se verificou.

O banco central chinês fez uma injecção de 188 mil milhões de dólares nos últimos dias na empresa e vai ser criado um comité que integra representantes do estado para se avançar com uma reestruturação da dívida, o que está a ajudar a limitar as repercussões da entrada em incumprimento.

Na sexta-feira, a Evergrande anunciou esta reestruturação na dívida, dizendo que está a “avaliar a situação financeira global e, de acordo com os interesses de todos os stakeholders e no respeito dos princípios da justiça e legalidade, planeia negociar com os credores internacionais um plano de reestruturação viável da dívida que a empresa tem no exterior, para benefício de todos os stakeholders”.

A Fitch avisa, contudo, que as obrigações em dólares restantes podem ser resgatadas de imediato caso 25% dos titulares assim o entendam.

O presidente e fundador do grupo, Hui Ka Yan, é contra a venda de alguns dos activos mais valiosos para poder ajudar a pagar a dívida. O envolvimento do estado chinês pode também ditar o fim do seu império, tendo Hui Ka Yan já sido um dos homens mais ricos da Ásia.

Para além da crise da Evergrande, a Kaissa, outra empresa imobiliária chinesa, está a preocupar os mercados, pois entrou também em restricted default depois de não liquidar títulos de dívida no valor de 400 milhões de dólares (353 milhões de euros), que venceram na passada terça-feira.

https://zap.aeiou.pt/evergrande-falha-entra-incumprimento-449323


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