Sarco, uma cápsula que permite aos ocupantes praticar eutanásia, foi aprovada numa análise legal na Suíça. Isto significa que o equipamento pode entrar em uso já no próximo ano.
A eutanásia é permitida na Suíça, desde que seja acompanhada por uma equipa médica. No entanto, o novo dispositivo dispensa esse requisito.
Assim que o processo inicia, a cápsula impressa em 3D é inundada com azoto, que reduz rapidamente os níveis de oxigénio do indivíduo que se encontra no interior. O processo faz com que a pessoa perca a consciência e morra em, sensivelmente, 10 minutos.
A morte acontece por um fenómeno conhecido como hipóxia – a diminuição de oxigénio nos órgãos – e outro denominado hipocapnia – que se trata do baixo teor de dióxido de carbono no sangue.
A “cápsula do suicídio” é ativada a partir do interior e tem também um botão de emergência.
De acordo com a BBC, a empresa encomendou uma análise a um perito jurídico que constatou que a Sarco não viola nenhuma lei na Suíça.
Daniel Huerlimann, especialista jurídico e professor na Universidade de St Gallen, foi convidado a explorar se a utilização da cápsula violaria alguma lei suíça e concluiu que a cápsula “não constituía um dispositivo médico“, pelo que não seria abrangida pela Lei Suíça de Produtos Terapêuticos.
Além disso, acredita que o dispositivo não infringe as leis que regem o uso de nitrogénio, armas ou segurança dos produtos. “Isto significa que a cápsula não está coberta pela lei suíça”, disse, em declarações à cadeia britânica.
No entanto, há quem não concorde com as considerações do perito jurídico. É o caso da organização Dignitas.
À BBC, a associação suíça referiu que “não imagina que uma cápsula tecnológica para um fim de vida auto-determinado venha a encontrar muita aceitação ou interesse” no país.
Se a Sarco vier a receber uma autorização para utilização na Suíça, a cápsula não será oferecida para venda da forma convencional. O seu criador, Philip Nitschke (também conhecido como “Dr. Morte”), disse que planeava disponibilizar as plantas do projeto para que qualquer pessoa pudesse descarregar o desenho gratuitamente.
O objetivo é “des-medicalizar o processo de morte“, afirmou, numa entrevista publicada no website Exit International, uma instituição de caridade de assistência à morte voluntária que o próprio fundou. “Queremos eliminar qualquer tipo de revisão psiquiátrica do processo e permitir que o indivíduo controle o método por si próprio.”
Se precisa de apoio, pode contactar a linha SOS Voz Amiga todos os dias através dos números 213 544 545, 912 802 669 e 963 524 660, entre as 15h30 e as 00h30 e em regime de total confidencialidade e anonimato.
https://zap.aeiou.pt/dr-morte-projetou-capsula-do-suicidio-449370
A eutanásia é permitida na Suíça, desde que seja acompanhada por uma equipa médica. No entanto, o novo dispositivo dispensa esse requisito.
Assim que o processo inicia, a cápsula impressa em 3D é inundada com azoto, que reduz rapidamente os níveis de oxigénio do indivíduo que se encontra no interior. O processo faz com que a pessoa perca a consciência e morra em, sensivelmente, 10 minutos.
A morte acontece por um fenómeno conhecido como hipóxia – a diminuição de oxigénio nos órgãos – e outro denominado hipocapnia – que se trata do baixo teor de dióxido de carbono no sangue.
A “cápsula do suicídio” é ativada a partir do interior e tem também um botão de emergência.
De acordo com a BBC, a empresa encomendou uma análise a um perito jurídico que constatou que a Sarco não viola nenhuma lei na Suíça.
Daniel Huerlimann, especialista jurídico e professor na Universidade de St Gallen, foi convidado a explorar se a utilização da cápsula violaria alguma lei suíça e concluiu que a cápsula “não constituía um dispositivo médico“, pelo que não seria abrangida pela Lei Suíça de Produtos Terapêuticos.
Além disso, acredita que o dispositivo não infringe as leis que regem o uso de nitrogénio, armas ou segurança dos produtos. “Isto significa que a cápsula não está coberta pela lei suíça”, disse, em declarações à cadeia britânica.
No entanto, há quem não concorde com as considerações do perito jurídico. É o caso da organização Dignitas.
À BBC, a associação suíça referiu que “não imagina que uma cápsula tecnológica para um fim de vida auto-determinado venha a encontrar muita aceitação ou interesse” no país.
Se a Sarco vier a receber uma autorização para utilização na Suíça, a cápsula não será oferecida para venda da forma convencional. O seu criador, Philip Nitschke (também conhecido como “Dr. Morte”), disse que planeava disponibilizar as plantas do projeto para que qualquer pessoa pudesse descarregar o desenho gratuitamente.
O objetivo é “des-medicalizar o processo de morte“, afirmou, numa entrevista publicada no website Exit International, uma instituição de caridade de assistência à morte voluntária que o próprio fundou. “Queremos eliminar qualquer tipo de revisão psiquiátrica do processo e permitir que o indivíduo controle o método por si próprio.”
Se precisa de apoio, pode contactar a linha SOS Voz Amiga todos os dias através dos números 213 544 545, 912 802 669 e 963 524 660, entre as 15h30 e as 00h30 e em regime de total confidencialidade e anonimato.
https://zap.aeiou.pt/dr-morte-projetou-capsula-do-suicidio-449370
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