Criada por portugueses, a Bling é uma "rede social para pessoas que compram coisas", explica Fred Oliveira, um dos mentores do projeto a funcionar desde 29 de novembro de 2011 e já com "milhares" de utilizadores internacionais.
"O Bling é o twitter para as coisas que eu compro", explicou o criador da plataforma citado pela Agência Lusa, disponível em
http://bling.io/, que nasceu "de uma ideia" para um site onde as pessoas pudessem "descobrir promoções e bons negócios na sua vizinhança".
A ideia evoluiu, até porque o "mercado acabou por ficar saturado" com plataformas desse tipo, e a dupla Fred Oliveira e Pedro Freitas percebeu o interesse geral pela partilha em redes sociais já existentes de artigos comprados e desejados.
"Eu compro imensos livros e há imensa gente que gosta de saber o que eu leio. A ideia começou a tender para aí, para as pessoas partilharem as coisas que compram", contou Fred.
Na plataforma, que tem ligação ao Facebook e ao Twitter, é possível encontrar de tudo um pouco, desde o champô de chocolate acabado de comprar até à viagem pelo Expresso Oriente desejada, qual lista de prendas e desejos.
E se para já apenas os compradores, ou possíveis compradores, partilham as suas vontades e interesses, no futuro a vontade é "fazer com que as lojas possam comunicar ou estar mais próximas dos clientes".
"A ideia do Bling no futuro é então começar a fazer coisas com os dados e marcas. Podemos fazer coisas como dizer à Nike que tipo de modelos são mais comprados pelas pessoas em Coimbra", salientou o criador que destacou ainda o objetivo de "falar com as marcas para elas próprias arranjarem maneiras de fazer chegar os produtos mais baratos aos consumidores".
Como rede social que é, quem publica uma imagem de um artigo logo vai procurar artigos de utilizadores vizinhos que lhe possam interessar, criando-se assim uma rede de fotografias divididas por temas como livros, férias, automóveis, entretenimento, comida musica e até animais de estimação.
Ainda assim, o foco está, neste momento, na moda, nas passerelles, nas fashionistas e suas listas, nos Louboutin e nas Melissas, "mas no início era ligeiramente diferente".
"O que acho é que o nosso público tendeu muito rapidamente para essa área e isso faz com que o nosso crescimento seja rápido nesse mundo mas lento nos outros", referiu.
Para já o projeto de Fred e Pedro ainda não conta com protocolos ou apoios de marcas, mas na mesa está a ser cozinhada a participação de um fundo de investimento.
Fonte:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=2342768&page=-1