quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Apesar de serem prioritários, nem todos os indígenas estão a ser vacinados - Bolsonaro passa a defender vacinas !

Por esquecimento ou ceticismo, o processo de vacinação na comunidade indígena não está a correr de forma tão fluída como se esperava, mesmo com o grupo a ser considerado prioritário. Com 8,9 milhões de casos, e uma altura em que já morreram 219 mil de pessoas no Brasil, Bolsonaro muda o seu discurso anti-vacinas.


Apesar de os povos indígenas terem sido incluídos no grupo prioritário da primeira fase do plano nacional de vacinação, a maioria deles é exceção.

“Não há surpresa quanto à prioridade da vacinação para os indígenas. Em campanhas de vacinação anteriores, de prevenção de outras doenças, os indígenas foram também grupos prioritários. Isso ocorre porque são um grupo que possui uma imunidade mais baixa e são socialmente vulneráveis”, explica ao Expresso Priscilla Schwarzenholz, da organização Survival International Brasil.

Porém, “a prioridade foi dada apenas aos indígenas que vivem em aldeias, excluindo os que vivem nas cidades”, como os moradores do Parque das Tribos.

Entre os beneficiários estão milhares de membros da tribo Warao, oriunda da zona do delta do rio Orinoco, na Venezuela, que vive refugiada no Brasil desde o colapso económico do país, em 2018.

A exclusão de parte significativa da população indígena é incompreensível à luz dos números da pandemia, que comprovam a vulnerabilidade das tribos. “Os dados de infeção e óbitos de indígenas pela covid-19 mostram que ambas as taxas superam a média nacional”, diz a ativista brasileira.

“Os indígenas da região amazónica são cinco vezes mais atingidos pela covid-19 do que o resto do Brasil”, particulariza Priscilla Schwarzenholz.

“Esses povos são os mais vulneráveis do planeta. O contacto com o vírus pode significar o extermínio de todo um grupo.”

Para controlar estas maleitas, as vacinas têm sido fundamentais, como agora acontece em relação à covid-19. Mas como em qualquer sociedade desenvolvida, também entre os indígenas há resistência à toma da vacina, pois são vulneráveis à propagação de mentiras e boatos.

Na reserva guarani Te’yikue, no estado de Mato Grosso do Sul, acredita-se que a doença surge de feitiços e “espíritos maus” e que quem for vacinado virará vampiro. Mensagens de WhatsApp dizem que os índios são um grupo prioritário para funcionarem como cobaias e que a vacina provoca cancro e altera o ADN das pessoas.

Na sexta-feira passada, a APIB lançou a campanha “Vacina, Parente!” para exigir ao Governo federal a imunização de toda a população indígena e combater a desinformação. “Parente” é a expressão usada nas tribos para denominar indígenas de todas as etnias e diferenciá-los dos não-índios.

Jair Bolsonaro é um dos principais porta-vozes da atitude anti-vacinas no Brasil. O Presidente já disse não ter intenção de ser vacinado e alertou para efeitos colaterais em termos dignos de um filme de ficção. “Se você virar um jacaré, é problema seu”.

A forma como o Presidente desincentiva à toma da vacina é apenas a última das manifestações negligentes de Bolsonaro em relação aos povos indígenas. “Desde que Bolsonaro ganhou as eleições, o número de invasões e ataques a comunidades indígenas aumentou drasticamente”, refere Priscilla Schwarzenholz.

“O Governo Bolsonaro também está a incentivar a disseminação da covid-19 em territórios indígenas, deixando de os proteger contra invasores e bloqueando planos de proteção para o combate do vírus nas aldeias”, acrescenta.

Este histórico do Presidente brasileiro levou dois “caciques” (chefes índios) a denunciar Bolsonaro, sexta-feira passada, diante do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a Humanidade.

Raoni Metuktire e Almir Suruí responsabilizam Bolsonaro pelo avanço do desmatamento e das queimadas na região da Amazónia.

A queixa pretende também que o TPI reconheça o crime de ecocídio – destruição do meio ambiente a um nível tal que comprometa a vida humana – em face das consequências ambientais da política de Bolsonaro.

Bolsonaro muda discurso

O Presidente do Brasil mudou o tom do seu discurso sobre a pandemia, que colocava em causa a eficácia das vacinas contra a covid-19, e passou a defender que a vacinação em massa fará com que a “economia não deixe de funcionar”.

“Já somos o sexto país que mais vacinou no mundo. Brevemente estaremos nos primeiros lugares, para dar mais conforto à população, segurança a todos e de modo a que a nossa economia não deixe de funcionar”, disse Bolsonaro num evento virtual promovido pelo banco Credit Suisse.

O chefe de Estado brasileiro, que é um dos líderes mais céticos do mundo em relação à covid-19, contradisse afirmações suas anteriores ao alegar que sempre defendeu a compra de “qualquer vacina, uma vez aprovada pela Anvisa” [Agência Nacional de Vigilância Sanitária].

Em novembro passado, Bolsonaro afirmou publicamente que não compraria doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, alegando que a “vacina chinesa” não tinha comprovação científica de eficácia aprovada pela Anvisa e, mesmo se tivesse, não interessava ao Governo brasileiro.

Ainda assim, esta mudança de discurso não convence.

Vários líderes religiosos do Brasil entraram terça-feira com um pedido de destituição contra o Presidente, Jair Bolsonaro, por alegada negligência no combate à covid-19, num documento assinado por 380 pessoas, entre as quais bispos e pastores.

O pedido foi entregue esta terça-feira à Câmara dos Deputados do Brasil, cabendo-lhe analisar esta e as restantes 61 outras solicitações já apresentadas.

Entre os signatários do documento estão bispos, padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores. O pedido tem apoio do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, da Comissão Brasileira Justiça e Paz da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e da Aliança de Batistas do Brasil.

“A motivação principal deste pedido está relacionada com a ausência total de iniciativas da parte do Governo para diminuir e conter os impactos da pandemia de covid-19. O sufoco de Manaus é o sufoco do país inteiro, que neste momento tem população abandonada porque temos um Governo que nega o direito à vida”, defendeu por sua vez a pastora e representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Romi Márcia Bencke.

https://zap.aeiou.pt/indigenas-vacinados-bolsonaro-375998

 

Biden já falou ao telefone com Putin e divergiu da postura complacente de Trump !

O novo Presidente dos Estados Unidos falou com o seu homólogo russo, esta terça-feira, naquela que foi a primeira conversa telefónica entre os dois líderes mundiais.


Na chamada telefónica, Biden divergiu da postura mais complacente do seu antecessor, Donald Trump, em relação à Rússia, procurando aumentar a pressão sobre Putin, mas também preservar espaço para a diplomacia entre os dois países. Isto numa altura em que se aproxima o fim da vigência do tratado de controlo de armas nucleares entre ambos, segundo dois responsáveis da administração Biden ouvidos pela AP.

Na chamada, solicitada pelo chefe de Estado russo na semana passada, Biden defendeu que os dois países devem concluir uma extensão por cinco anos do tratado “New START”, o último entre os dois países sobre a questão, adiantaram as mesmas fontes.

Nos últimos dias, o sucessor de Trump manteve contactos com os aliados europeus, nomeadamente Reino Unido, França e Alemanha, e ainda esta terça-feira conversou com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

Biden disse que a sua administração está a avaliar o impacto do ataque cibernético SolarWinds, que penetrou nos sistemas informáticos de diversos departamentos do Governo norte-americano, incluindo o do Tesouro, e ainda informações de que a Rússia ofereceu recompensas a militantes radicais islâmicos talibãs para matar soldados norte-americanos no Afeganistão.

O Presidente norte-americano, ainda segundo as mesmas fontes, disse mesmo que os Estados Unidos podem retaliar através de sanções para se assegurarem de que a Rússia não comete tais atos com impunidade.

Em relação às alegadas interferências russas nas eleições norte-americanas de 2016 e 2020, Biden disse a Putin ter elementos concretos sobre as mesmas.

Outro assunto levantado pelo novo Presidente norte-americano foi a detenção do oposicionista Alexei Navalny e a repressão de manifestantes pacíficos com recurso a violência pelas forças policiais, atos que no passado sábado a Administração norte-americana já tinha condenado.

Segundo o comunicado emitido pelo Kremlin, o Presidente russo afirmou na conversa telefónica que uma “normalização” das relações bilaterais é desejável para os interesses dos dois países, mas também para os “de toda a comunidade internacional, dada a responsabilidade especial dos dois em manter a segurança e estabilidade no mundo”.

Tal como no caso norte-americano, o comunicado russo refere que os dois países trocaram documentação tendo em vista a extensão do acordo “New START”. “Nos próximos dias, as duas partes irão concluir os procedimentos necessários para assegurar o contínuo funcionamento” do pacto, que expira a 5 de fevereiro, refere ainda o Kremlin.

O New START foi assinado, em 2010, entre o ex-Presidente norte-americano Barack Obama e o ex-Presidente russo Dimitri Medvedev, limitando o arsenal de cada país a 1550 ogivas nucleares e 700 mísseis balísticos e bombardeiros, contemplando ainda medidas de controlo rigorosas para verificar o cumprimento.

https://zap.aeiou.pt/biden-falou-telefone-putin-376012

 

Voos e 2 mil libras - Reino Unido oferece incentivos a cidadãos da UE que queiram abandonar o país !

O Governo britânico está a oferecer incentivos financeiros para os cidadãos da União Europeia (UE) deixarem o Reino Unido, meses antes do prazo para solicitar o estatuto de residente permanente


De acordo com o jornal britânico The Guardian, os cidadãos da União Europeia (UE) foram discretamente adicionados ao regime de regresso voluntário do Governo, onde um apoio financeiro é oferecido como um incentivo para regressar ao seu país de origem.

Os pagamentos podem incluir voos e até 2.000 libras. O objetivo, segundo o diário, é ajudar alguns migrantes no Reino Unido a partirem voluntariamente.

Pessoas que trabalham para ajudar cidadãos vulneráveis ​​da UE no Reino Unido disseram que a oferta de dinheiro para voltar para o seu país de origem contradiz a alegação do Governo de que está a fazer tudo o que pode para encorajar as pessoas a registar-se para obter o estatuto de residente permanente.

O prazo para os europeus que vivem no Reino Unido se candidatarem ao regime de residente permanente é 30 de junho.

“Está claro no nosso trabalho de caso que alguns dos cidadãos mais vulneráveis ​​da UE ainda não resolveram a sua situação. Barreiras à aplicação e atrasos na tomada de decisões do Home Office continuam a ser fatores significativos. Esta mensagem confusa sobre o estatuto estabelecido de um lado e os retornos voluntários do outro prejudica seriamente a alegação do governo de que os direitos dos europeus vulneráveis ​​serão protegidos após o Brexit”, disse Benjamin Morgan, que dirige o projeto de direitos dos sem-abrigo da UE no Public Interest Law Center.

“Algumas pessoas podem optar por não obter o estatuto e podem não querer permanecer no Reino Unido após o prazo. É por isso que escrevemos às partes interessadas para informá-los de que os cidadãos que desejam deixar o Reino Unido podem agora ser elegíveis para apoio para ajudá-los a fazê-lo sob o esquema de retorno voluntário”, explicou um porta-voz do Home Office.

Esta notícia surge num momento em que um relatório o Conselho Conjunto para o Bem-Estar dos Imigrantes (JWCI) alertou que milhares de trabalhadores europeus corriam o risco de perder o seu direito legal de permanecer no Reino Unido.

O relatório adverte que milhares de cidadãos europeus que atualmente desempenham funções-chave de trabalhadores no setor de saúde, bem como aqueles que trabalham na construção, manufatura e agricultura, correm o risco de perder o seu estatudo no Reino Unido.

Também o Observatório da Migração expressou preocupação com o risco de alguns grupos não serem registados até 30 de junho. O ministro da imigração, Kevin Foster, disse que o relatório do JCWI apresentou “uma imagem incrivelmente enganosa do esquema de assentamento da UE”, uma vez que se baseou “numa pequena pesquisa com menos de 300 pessoas conduzida há um ano”.

“Desde então, milhões de pedidos foram recebidos pelo esquema”, disse Foster. “Já tivemos quase 4,9 milhões de inscrições para o esquema de assentamento da UE de enorme sucesso. Faltam agora menos de seis meses para o prazo final de 30 de junho de 2021 e eu encorajaria todos os elegíveis a inscreverem-se agora para garantirem os seus direitos sob a lei do Reino Unido”.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-oferece-ate-2-mil-libras-cidadaos-da-ue-queiram-376054

 

Descoberto fármaco “100 vezes mais potente” contra a covid-19 !

Uma equipa internacional de investigadores descobriu um medicamento antiviral que é “100 vezes mais potente” do que o remdesivir no tratamento da covid-19. Trata-se de um fármaco usado para tratar um cancro sanguíneo, que só foi aprovado na Austrália.


O composto químico plitidepsina, fabricado em Espanha a partir de uma substância produzida por um tipo de moluscos do mar Mediterrâneo conhecidos como seringas-do-mar, foi testado por uma equipa de cientistas internacionais como possível tratamento contra a covid-19.

Os testes em laboratório, liderados pelo virologista Adolfo García-Sastre, do Hospital Monte Sinai de Nova Iorque, concluíram que o fármaco é “100 vezes mais potente” do que o Remdesivir, que foi o primeiro antiviral aprovado para tratar a covid-19 e que não é totalmente eficaz.

Estes resultados foram publicados num artigo na revista Science e a investigação contou com a participação de especialistas da Universidade da Califórnia e do Instituto Pasteur, em Paris.

A plitidepsina é usada no medicamento Aplidina, desenvolvido pela empresa espanhola Pharmamar, que trata um cancro sanguíneo conhecido por mieloma múltiplo. Contudo, até agora, o medicamento só foi aprovado na Austrália.

“Mais potente do que o remdesivir”

Ainda não foi encontrado nenhum medicamento que se tenha revelado plenamente eficaz no tratamento da covid-19. Os médicos têm usado uma combinação de vários fármacos que podem ajudar a controlar certas complicações provocadas pela infecção, mas que não tratam efectivamente a doença.

Contudo, os investigadores acreditam que a plitidepsina pode vir a ser esse tratamento que tanta falta faz.

Este medicamento sintético baseia-se numa substância produzida por uma espécie de ascídias, organismos marinhos conhecidos como seringas-do-mar, e que podem ser encontradas no Mediterrâneo, presas às rochas, a conchas ou ao fundo de navios.

O estudo agora publicado nota que a plitidepsina “possui actividade anti-viral” e que se revela “mais potente do que o remdesivir contra o SARS-CoV-2” em testes in vitro, com “toxicidade limitada nas culturas de células”.

As experiências foram feitas com células humanas em laboratório e também com ratos infectados com covid-19.

Os investigadores notam que as conclusões indicam que é “uma terapêutica promissora” candidata a tratamento da covid-19, mas que também pode ajudar a criar outros antivirais genéricos contra muitos outros patógenos.

A investigação passou por analisar 47 substâncias que poderiam interferir com a forma como as proteínas do coronavírus interagem com as proteínas humanas.

A plitidepsina foi a que melhores resultados revelou, demonstrando que “é entre 9 e 85 vezes mais eficaz” do que outros fármacos, “impedindo a multiplicação do vírus”, constatam os autores do estudo.

Os cientistas compararam os efeitos da plitidepsina com os do remdesivir em ratos infectados com covid-19 e concluíram que a primeira “reduz a replicação do vírus umas 100 vezes mais” e que ainda “combate a inflamação nas vias respiratórias”.

Não ataca o vírus, mas a proteína humana eEF1A

O medicamento “não ataca directamente o vírus, mas uma proteína humana de que este precisa para sequestrar a maquinaria biológica das células e usá-las para fazer centenas de milhares de cópias de si mesmo”, salientam os investigadores.

Assim, bloqueia a proteína humana conhecida como eEF1A, sem a qual o vírus não consegue replicar-se.

Isto significa que será também eficiente contra as novas variantes do coronavírus, já que o alvo é uma proteína humana e a genética humana muda mais devagar do que a genética do vírus.

“A investigação confirma tanto a potente actividade como o alto índice terapêutico da plitidepsina que, dado o seu mecanismo especial de acção, inibe o SARS-CoV-2 independentemente de qual seja a sua mutação“, incluindo nas estirpes britânica, sul-africana e brasileira ou noutras variantes que possam aparecer, constata o presidente da Pharmamar, José María Fernández, em declarações ao El País.

Resultados prematuros

Contudo, estamos a falar de resultados preliminares, feitos em laboratório, em ambientes controlados. São, portanto, necessários estudos clínicos em ambientes hospitalares com pacientes de covid-19, para tirar conclusões.

A Pharmamar refere que, no início da pandemia, foram feitos alguns ensaios clínicos e que se confirmou que “o medicamento reduz a carga viral em pacientes hospitalizados“, conforme cita o El País. Mas não existem dados científicos que o comprovem.

A empresa espanhola já anunciou que vai pedir autorização para fazer um ensaio clínico de fase III – que implicam o envolvimento de um elevado número de doentes de diferentes hospitais e podem demorar vários anos a completar – em pacientes hospitalizados com covid-19 em vários países.

https://zap.aeiou.pt/farmaco-100-vezes-potente-covid-375896

Relatório alerta para insuficiente preparação dos laboratórios para próxima Pandemia !

 

As maiores empresas farmacêuticas do mundo estão pouco preparadas para a próxima pandemia, apesar da crescente resposta à covid-19, alertou um relatório da Access to Medicine Foundation, divulgado esta terça-feira.

Neste relatório, Jayasree K Iyer, diretora executiva da organização sem fins lucrativos sediada na Holanda, destacou o vírus Nipah, na China, que uma taxa de mortalidade de até 75%, como o próximo que poderá originar uma pandemia, noticiou o Guardian.

“O Nipah é outra doença infeciosa emergente que causa grande preocupação”, referiu a responsável, acrescentando que este vírus “pode explodir a qualquer momento”. “A próxima pandemia pode ser uma infeção resistente a medicamentos”, sublinhou.

O Nipah pode causar problemas respiratórios graves e encefalite e tem uma taxa de mortalidade de 40% a 75%, dependendo de onde ocorre o surto, sendo os morcegos o seu hospedeiro natural. Surtos em Bangladesh e na Índia estão, provavelmente, relacionados ao consumo de sumo de tâmaras.

Esta é uma das 16 doenças infeciosas identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com maior risco para a saúde pública, sem projetos de investigação nas empresas farmacêuticas, de acordo com o relatório bienal da fundação.

A lista elaborada pela fundação inclui ainda a febre do vale do Rift, a Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) – doenças respiratórias causadas por coronavírus, com taxas de mortalidade muito mais altas do que a da covid-19, mas menos infeciosas.

Quatro produtos estão em desenvolvimento para o vírus chikungunya, transmitido por mosquito, que se espalhou rapidamente nos últimos anos na América, em África e na Índia: uma vacina, um medicamento, uma ferramenta de diagnóstico e um novo spray inseticida, da Bayer, que é também eficaz para os vírus da dengue e da zika.

Fêmea de Aedes aegypti, mosquito que pode transmitir três doenças: zika, dengue e chikungunya

O relatório afirmou que a indústria farmacêutica, bem como a sociedade, estavam mal preparadas para a covid-19, não havendo antes da pandemia projetos para o desenvolvimento de fármacos. Agora, há um total de 63 vacinas e medicamentos covid-19 aprovados ou em desenvolvimento.

A resistência antimicrobiana também apresenta sérios riscos. “Temos antibióticos que ainda funcionam, mas o tempo está a esgotar para desenvolver substitutos”, disse Iyer. “A tuberculose, que achávamos que poderia ser erradicada, espalha-se em algumas comunidades devido a estirpes resistentes”, apontou.

A responsável indicou que uma pandemia de agentes patogénicos resistentes a medicamentos não é apenas “impensável, é inevitável, a menos que a indústria farmacêutica se comprometa seriamente a desenvolver antibióticos substitutos”.

O relatório da fundação monitorizou 20 empresas farmacêuticas e a disponibilidade dos seus medicamentos para 82 doenças em países de baixa e média receita, verificando que os esforços dessas continuam a se concentrar em doenças como o VIH, a tuberculose, a malária, o cancro e, agora, a covid-19.

O documento mostrou ainda que, atualmente, muitos medicamentos não estão a chegar aos países de baixa e média receita, anos após o lançamento. Cerca de 64 dos 154 produtos analisados ​​não são cobertos por qualquer estratégia de acesso – preços equitativos, licenciamento voluntário ou doações – em nenhum dos 106 países examinados.

A farmacêutica britânica GSK ficou novamente no topo do índice elaborado pela fundação, seguindo-se a suíça Novartis e as norte-americanas Johnson & Johnson e Pfizer, numa lista onde constam igualmente a britânica AstraZeneca, a alemã Meck, a francesa Sanofi e a japonesa Takeda.

A Access to Medicine Foundation é financiada pelo Reino Unido e pela Holanda, pela Bill & Melinda Gates Foundation, pelo Wellcome Trust e pela Axa Investment Managers.

https://zap.aeiou.pt/farmaceuticas-preparadas-pandemia-relatorio-375873

 

Reino Unido ultrapassa 100 mil mortes !

O Reino Unido ultrapassou as 100 mil mortes desde o início da pandemia covid-19 ao registar mais 1.631 mortes nas últimas 24 horas, de acordo com dados publicados esta terça-feira pelo governo britânico. 


No total, o país registou desde o início da pandemia 100.162 mortes confirmadas, mas o balanço sobre para 103.602 se forem somados os casos cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus como fator contributivo.

Este é um momento sombrio na pandemia. Cada morte é uma pessoa que era membro de uma família ou amigo”, lamentou a diretora médica da direção geral de saúde Public Health England, Yvonne Doyle, num comunicado.

Na segunda-feira tinham sido registadas 592 mortes e 22.195 novos casos de covid-19, mas os dados do fim de semana são regularmente mais baixos devido ao atraso no processamento administrativo.

Nas últimas 24 horas foram contabilizados 20.089 novos casos de infeção, mantendo a tendência de descida.

O quadro de dados também indica que, até agora, foram vacinadas 6.853.327 pessoas com uma primeira dose e 472.446 com a segunda dose de uma das duas vacinas atualmente aprovadas, a Pfizer/BioNTech e a Oxford/AstraZeneca.

O Reino Unido é o quinto país com maior número de mortes, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.

No início deste mês, o governo britânico avançou com um novo confinamento total, após ter sido detetada uma nova estirpe do Sars-CoV-2, mais contagiosa.

Segundo o The Guardian, a média de sete dias registada quarta-feira da semana passada era superior a 38 mil casos diários, indicando que o confinamento pudesse não estar a ser suficiente para fazer baixar o número de novas infeções.

A esperança era de que o lockdown pudesse ser levantado nos próximos meses, mas Boris Johnson já antecipou que pode durar até ao verão.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-ultrapassa-100-mil-mortes-375949

 

Ministro do Ambiente desafia eurodeputados a empenharem-se na lei climática !

O ministro do Ambiente desafiou esta segunda-feira o Parlamento Europeu a empenhar-se nas negociações com o Conselho Europeu para aprovar uma lei climática antes do fim do semestre.


“É inimaginável que a Europa não seja o primeiro continente a comprometer-se com a sua neutralidade carbónica”, declarou João Pedro Matos Fernandes numa audição virtual com a comissão do Parlamento Europeu para o Ambiente, assumindo que há divergências sobre como lá chegar mesmo no seio do Conselho Europeu.

“Pensam mal aqueles que acham que se não conseguirmos, a culpa é do Conselho. A culpa é de todos nós. Todos temos que fazer um trabalho para irmos ao encontro do que manifestamente os cidadãos europeus nos solicitam”, argumentou o ministro português, dirigindo-se aos deputados europeus que o questionaram sobre como é que a presidência portuguesa da União Europeia pretende agir.

Matos Fernandes assumiu que, mesmo dentro dos países da União Europeia, “há ainda posições divergentes” sobre temas como o “orçamento carbónico”, ou seja, o limite de emissões que cada país e a União como um todo tem para cumprir a meta de neutralidade carbónica, definida pela Comissão Europeia como 2050, e de limitação do aquecimento global.

“Posso garantir-vos que tudo faremos para que haja lei do clima no final deste semestre, mas não ponham a questão como se fosse só minha ou do conselho”, declarou, salientando que uma negociação só corre bem quando cada uma das partes define bem o que tem para dar, não apenas o que pretende da outra parte.

O ministro indicou que tem havido reuniões com os deputados europeus e afirmou esperar que o Parlamento “também tenha definido o que tem para dar neste processo”, com vista a aprovar uma lei do clima até ao fim da presidência portuguesa da União.

João Pedro Matos Fernandes salientou que, em relação aos esforços para atingir a neutralidade carbónica em 2050 e conseguir uma redução de 55% nas emissões até 2030, “é fundamental que se consiga fazer o caminho em conjunto”, notando que “quem está mais longe é também quem menos fez” na descarbonização da economia e na procura de uma transição energética para fontes “limpas”.

“É mesmo bom que cada país, dentro daquilo que pode fazer, tenha um compromisso muito sério para não ficar à espera que o país do lado o compense nas suas emissões”, afirmou.

Ressalvou que “a proposta do Conselho não é de uma obrigatoriedade para cada país, mas uma obrigatoriedade para o conjunto dos estados-membros” na redução de emissões.

Questionado sobre a designação de um “embaixador climático” para a Europa, à semelhança do que aconteceu com o ex-secretário de Estado norte-americano John Kerry, nomeado pela nova administração do Presidente Joe Biden, afirmou que a União Europeia “não sente necessidade” dessa figura porque “não tem que explicar nada ao mundo” em termos de ambição climática.

https://zap.aeiou.pt/ministro-eurodeputados-lei-climatica-375902

 

Biden quer substituir frota do Governo por carros elétricos produzidos na América !

O recém-empossado Presidente dos Estados Unidos quer substituir a atual frota do Governo norte-americano por carros elétricos. 


De acordo com o portal The Verge, o democrata Joe Biden iniciará em breve a eliminação dos veículos movidos a gás utilizados pelo Governo federal norte-americano, substituindo estes carros por outros movidos a eletricidade.

Durante a corrida à Casa Branca, Joe Biden prometeu trocar os veículos da frota do Governo por veículos elétricos fabricados nos Estados Unidos.

“O Governo federal possuiu uma enorme frota de veículos, que vamos substituir por veículos elétricos produzidos na América por trabalhadores americanos”, disse Joe Biden, citado pelo mesmo portal, em conferência de imprensa na passada segunda-feira.

O anúncio de Biden pode ser uma boa notícia para os fabricantes de elétricos sediados nos Estados Unidos, como é o caso da Tesla, Rivian e Lordstown, bem como os fabricantes de automóveis tradicionais, como a Ford e a General Motors.

Em 2019, existiam cerca de 650.000 veículos na frota do Governo federal: 245.000 veículos civis, 173.000 veículos militares e 225.000 veículos dos correios. Estes veículos percorreram, de forma combinada, cerca de 7 mil milhões de quilómetros em 2019.

O Presidente dos Estados Unidos prometeu ainda, sem avançar grandes detalhes sobre a iniciativa, criar um sistema de incentivos e descontos para que os consumidores substituíam os carros a gasolina por elétricos.

Biden tomou posse na semana passada e, no dia seguinte à cerimónia, assinou uma série de decretos que visam alterar o rumo dos Estados Unidos no combate à pandemia.

https://zap.aeiou.pt/biden-quer-substituir-frota-do-governo-carros-eletricos-375742

 

Irão aprova uso de vacina russa Sputnik V contra a covid-19 !

O Irão aprovou a vacina russa contra o coronavírus, anunciou esta terça-feira em Moscovo o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, cujo país está a ser profundamente afetado pela pandemia, mas rejeita as vacinas ocidentais.


“A vacina Sputnik V foi homologada ontem [segunda-feira] no Irão. Foi aprovada pelas nossas autoridades de saúde e, num futuro próximo, esperamos poder comprá-la, bem como iniciar a sua produção conjunta”, disse o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, numa conferência após uma reunião com seu homólogo russo, Sergey Lavrov.

O Irão, um dos países mais afetados pela pandemia no Médio Oriente, recusa as vacinas ocidentais, por causa de tensões geopolíticas, e as autoridades mostraram a intenção de recorrer à Índia, China ou Rússia ou iniciar a sua própria produção, noticiou a agência Lusa.

Batizada como Sputnik V, em homenagem ao primeiro satélite lançado pela URSS em 1957, a vacina russa contra o coronavírus tem sido recebida com ceticismo, após um anúncio da sua utilização considerado prematuro, em agosto, antes mesmo do início dos ensaios clínicos em massa (fase 3) e da publicação de resultados científicos.

Desde então, a vacina foi registada em vários países, incluindo Emirados Árabes Unidos, Argentina, Hungria, territórios palestinos, Sérvia e Bielorrússia, entre outros. As autoridades russas também solicitaram o registo da sua vacina na União Europeia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.140.687 mortos resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/irao-uso-vacina-russa-covid-19-375833

EUA incrementando presença no Mar Vermelho enfrentando a ameaça iraniana !


 
Os militares dos Estados Unidos marcaram a costa oeste da Arábia Saudita para uso do porto de Yanbu no Mar Vermelho e dois campos de aviação - a Base Aérea King Faisal em Tabuk e a Base Aérea King Fahd em Taif. Isso foi relatado pelos militares dos EUA a repórteres durante uma visita a Yanbu na segunda-feira, 25 de janeiro pelo general da marinha dos EUA Frank McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA 
 
Enfatizando o princípio de respostas "flexíveis", McKenzie disse que o Golfo Pérsico "seria águas contestadas em qualquer cenário de conflito armado com o Irã, então você olha para os lugares para onde moveria suas forças assim que entrarem no teatro de uma área contestada ”, explicou o general aos jornalistas. “Essas são medidas de planejamento militar prudente que permitem o acesso temporário ou condicional às instalações em caso de contingência e não são provocativas de forma alguma, nem são uma expansão da pegada dos EUA na região, em geral, ou no reino da Arábia Saudita, em particular.

Cerca de 2.500 soldados americanos agora operam jatos de combate e baterias de mísseis Patriot na Base Aérea Prince Sultan, a sudeste de Riade.
No sábado, Riade sofreu um misterioso ataque aéreo, que o Departamento de Estado dos Estados Unidos do novo governo Biden condenou como "uma tentativa de alvejar civis". Ainda não está claro se foi um míssil ou um drone usado no ataque. Riade foi atacado novamente do norte do Iêmen na terça-feira.
Em um novo impulso no mês passado, a linguagem militar de Teerã foi menos matizada. Em meados de dezembro, durante a transição presidencial dos Estados Unidos, a marinha iraniana destacou seu maior navio de guerra Makran, um navio logístico que transporta 7 helicópteros, e o porta-mísseis Zereh para o estreito de Bab-el-Mandeb, ponto de estrangulamento do Mar Vermelho. “Estamos mais uma vez na região do Mar Vermelho”, disse o chefe da marinha, major-general Mohammad Hossein Bagher.
O presidente Joe Biden evidentemente fez um balanço das participações dos EUA na região combustível em torno do Irã e, como novo comandante-chefe, não perdeu tempo em colocar em movimento contra-passos militares. Washington está demonstrando sua prontidão para lidar com qualquer movimento de Teerã para testar a determinação do novo presidente, enquanto os militares mostram a bandeira antes das negociações nucleares para as quais os EUA e o Irã estão se preparando.
A costa oeste da Arábia Saudita fornece às instalações dos EUA no oeste da Arábia Saudita distância adicional do Irã e seus mísseis balísticos - por um lado. Mas, por outro lado, avançados “drones suicidas” Shahed-136 iranianos foram implantados no norte do Iêmen, controlado por Houthi. Eles são estimados em um alcance efetivo de 2.000 a 2.200 km. As bases de Israel, Arábia Saudita e EUA estão bem dentro do alcance.
Os clientes iemenitas do Irã também receberam barcos explosivos e minas, representando uma ameaça à espreita para o transporte marítimo do Mar Vermelho nesta importante rota marítima internacional.

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Taiwan realizando testes militares contra ameaça chinesa !

Sputnik Brasil

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Guterres pede aliança internacional para combater ascensão neonazi !

O secretário-geral das Nações Unidas pediu uma aliança internacional coordenada contra o crescimento do neonazismo e da supremacia branca, xenofobia, antissemitismo e discurso do ódio provocado, em parte, pela pandemia.

António Guterres falava, esta segunda-feira, no Dia Internacional da Lembrança do Holocausto da ONU, em que foi assinalado o 76.º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, realizado virtualmente por causa da covid-19.

O secretário-geral da ONU defendeu uma ação global “para combater a propaganda e a desinformação” e apelou para uma maior educação sobre as ações nazis durante a II Guerra Mundial, salientando que quase dois terços dos jovens norte-americanos não sabem que seis milhões de judeus foram mortos durante o Holocausto.

O líder da ONU defendeu que a pandemia “exacerbou as injustiças e divisões de longa data”. “A propaganda que liga os judeus à pandemia, por exemplo, acusando-os de criar o vírus como parte de uma tentativa de dominação global, seria ridícula, se não fosse tão perigosa”, salientou.

“Esta é apenas a última manifestação de uma associação antissemita que data pelo menos do século XIV, quando os judeus foram acusados de espalhar a peste bubónica”, acrescentou.

O secretário-geral disse ser triste, mas não surpreendente, que a pandemia tenha desencadeado outra manifestação negacionista do Holocausto, de distorção e minimização da História.

“Na Europa, nos Estados Unidos e noutros lugares, os supremacistas brancos estão a organizar-se e a recrutar através das fronteiras, ostentando os símbolos e tropas nazis e a sua ambição assassina”, sustentou. “Tragicamente, após décadas na sombra, os neonazis e as suas ideias estão agora a ganhar terreno“, lamentou.

Em alguns países, adiantou Guterres, os neonazis infiltraram-se na polícia e nos serviços de segurança do Estado e as suas ideias podem ser ouvidas nos debates dos principais partidos políticos.

“A contínua ascensão da supremacia branca e da ideologia neonazi deve ser vista no contexto de um ataque global à verdade que reduziu o papel da ciência e da análise baseada em factos na vida pública”, disse.

Guterres alertou que a fragmentação dos media tradicionais e o crescimento das redes sociais estão a contribuir para a ausência de factos partilhados.

“Precisamos de uma ação global coordenada, à escala da ameaça que enfrentamos, para construir uma aliança contra o crescimento e propagação do neonazismo e da supremacia branca, e para combater a propaganda e a desinformação”, exortou.

https://zap.aeiou.pt/guterres-combate-ascensao-neonazi-375745
 

 

Destituição de Trump segue para o Senado com apresentação de acusação !

Representantes da câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos apresentaram na segunda-feira a acusação contra o ex-Presidente norte-americano Donald Trump, dando início ao processo de destituição em 8 de fevereiro.


Os nove congressistas democratas apresentaram a acusação “por incitação à insurreição” depois de ter sido aprovada pela Câmara dos Representantes, em 13 de janeiro, por 232 votos a favor, incluindo dez republicanos, e 197 contra.

Esta será a primeira vez que o Senado julga um ex-Presidente dos Estados Unidos, o que levou alguns republicanos a questionarem a legalidade do processo.

Para que o Senado condene Trump, que teria como consequência a inabilitação política, é necessário um mínimo de 67 votos, ou dois terços, um número improvável de alcançar uma vez que democratas e republicanos têm 50 lugares cada.

Caso todos os democratas votem a favor da condenação de Trump, 17 legisladores republicanos também teriam que o fazer e vários, incluindo o líder republicano, Mitch McConnell, mostraram-se pouco claros em relação à sua posição.

McConnell e o novo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Shumer, anunciaram na passada semana um acordo sobre as normas que vão reger o processo político e um calendário, com início na semana de 08 de fevereiro.

Este calendário foi ao encontro das exigências dos republicanos, que pediram tempo para que Trump pudesse preparar a defesa.

Este é o segundo processo de destituição contra Donald Trump, que ultrapassou o primeiro no início de 2020 originado pela pressão que exerceu sobre a Ucrânia para uma investigação à alegada corrupção do atual Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Trump é o primeiro Presidente sujeito a dois processos políticos e neste segundo enfrenta a acusação de “incitação à insurreição” pelo ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro, por uma multidão de apoiantes. Pelo menos cinco pessoas morreram no ataque, incluindo um polícia.

https://zap.aeiou.pt/destituicao-trump-segue-senado-apresentacao-acusacao-375711

 

Com o sistema de saúde saturado, Japão quer 10 mil médicos nos Jogos Olímpicos - Flórida disponível para receber evento !

O Governo japonês quer mobilizar 10 mil médicos e enfermeiros para os Jogos Olímpicos, no verão, em Tóquio, apesar de o sistema de saúde nipónico estar já saturado devido à covid-19.


“Estamos a tentar obter o pessoal médico necessário, cerca de dez mil pessoas, pedindo aos médicos e aos enfermeiros para trabalharem, cada um, cerca de cinco dias durante o período dos Jogos”, de 23 de julho a 8 de agosto, afirmou a ministra encarregada do evento, Seiko Hashimoto, perante o parlamento.

Relativamente poupado, até aqui, pela pandemia, o Japão registou cerca de cinco mil mortos devido à covid-19, mas os médicos já advertiram que o sistema de saúde corre o risco de se “afundar” se os Jogos Olímpicos agravarem o número de infeções.

Desde o início do mês que Tóquio e 10 outras regiões estão em estado de emergência para responder a um forte recrudescimento dos contágios no país. Perante estes receios, a oposição no parlamento criticou esta terça-feira os planos inalterados do Governo de Yoshihide Suga.

A organização continua a debater a questão das infraestruturas médicas necessárias e a forma de “tratar as infeções de covid-19” durante o evento, acrescentou Hashimoto.

O agravamento da pandemia em todo o mundo, incluindo no Japão, reavivou as dúvidas sobre a realização de Tóquio2020, já adiados no ano passado devido à covid-19.

Várias sondagens recentes mostraram uma queda no apoio à realização de Tóquio2020 na opinião pública japonesa. Na semana passada, o presidente da Associação Médica do Japão, Toshio Nakagawa, advertiu que, nas atuais circunstâncias, seria impossível admitir em hospitais espetadores estrangeiros infetados.

Cerca de 11 mil atletas de todo o mundo devem participar nos Jogos Olímpicos, mas responsáveis olímpicos consideraram recentemente a possibilidade de realizar o evento sem espetadores.

Os comités olímpicos norte-americano, canadiano e australiano declararam já que iam continuar a preparar os atletas para Tóquio2020.

O Comité Olímpico Internacional aconselha oficialmente a vacinação anticovid-19, mas não a pode impor.

Na semana passada, o jornal britânico The Times adiantou que Tóquio tinha decidido cancelar os Jogos Olímpicos, informação desmentida posteriormente pelo Governo japonês.

Florida propõe receber Jogos Olímpicos

O responsável das Finanças na Florida (sudeste dos Estados Unidos) escreveu ao Comité Olímpico Internacional (COI) para dizer que o estado está pronto a receber os Jogos Olímpicos, se Tóquio desistir de organizar o evento.

Numa carta dirigida ao patrão do COI, Thomas Bach, Jimmy Patronis encorajou-o “a considerar a transferência dos Jogos Olímpicos 2020 em Tóquio, no Japão, para os Estados Unidos, mais precisamente para a Florida”, de acordo com a missiva de Patronis divulgada online.

“Os meios de comunicação social noticiaram que os dirigentes japoneses tinham concluído ‘em privado’ que devido à pandemia, os Jogos Olímpicos 2021 não podiam realizar-se [em Tóquio]. Ainda há tempo para enviar uma equipa” do COI para a Florida “para reuniões com os responsáveis locais sobre a realização dos Jogos no Sunshine State“, acrescentou.

Na carta, Patronis elogiou os esforços de vacinação naquele estado, a reabertura económica, os eventos desportivos que recebeu durante a pandemia da covid-19, tal o campeonato de basquetebol da NBA, bem como os parques temáticos, como o Disney World, estarem abertos a empresas.

“Independentemente das medidas de precaução necessárias, é preciso encontrar uma solução e pô-la em prática”, adiantou.

Até ao momento, a Florida contabilizou mais de 25 mil mortos devido à covid-19, numa altura em que o número de óbitos nos Estados Unidos se aproxima dos 420 mil.

https://zap.aeiou.pt/japao-quer-10-mil-medicos-enfermeiros-nos-jogos-olimpicos-florida-375703

 

Da abolicionista negra numa nota, aos transexuais nas Forças Armadas - Biden continua a apagar legado de Trump !

O Presidente dos Estados Unidos continua comprometido em apagar o legado do seu antecessor, sobretudo em questões de igualdade racial e de género.


Esta segunda-feira, a Casa Branca anunciou que vai ser relançado o projeto emblemático de colocar o rosto da militante antiesclavagista negra Harriet Tubman nas notas de 20 dólares, que tinha sido abandonado por Donald Trump.

“O Departamento do Tesouro vai tomar medidas para relançar os esforços para colocar Harriet Tubman nas novas notas de 20 dólares. É importante que as nossas notas, o nosso dinheiro (…), reflitam a história e a diversidade do nosso país e a sua imagem na nova nota de 20 dólares reflete-as de maneira evidente”, indicou a porta-voz da Presidência, Jen Psaki.

A ativista vai ser a primeira personalidade afro-americana a figurar numa nota de banco nos Estados Unidos. Tubman (1822-1913) fugiu da escravatura e ajudou dezenas de escravos a passar para o norte dos EUA e do Canadá, antes e durante a Guerra da Secessão, antes de participar na luta pela atribuição do direito de voto às mulheres.

Este projeto foi iniciado, em 2016, pelo então Presidente Barack Obama. Tubman deveria ter substituído, no ano passado, o Presidente populista Andrew Jackson, personagem controversa admirada por Trump (que tinha a sua fotografia na Sala Oval).

Este general ficou conhecido pela sua vitória histórica sobre os ingleses em Nova Orleães, em 1815. Mas também ficou associado à deportação massiva das tribos índias para o Oeste, o designado “Trilho das Lágrimas”, que provocou milhares de mortos.

Mas o antigo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciou, em 2019, o adiamento do projeto pelo menos até 2028, alegando “questões de segurança” relativas a uma das notas mais usadas no país.

Durante a sua campanha eleitoral em 2016, Trump tinha qualificado a escolha de Harriet Tubman como “puro politicamente correto” e sugeriu que o rosto ficava melhor na nota de dois dólares, que já não é impressa.

Revogada proibição de transexuais nas Forças Armadas

No mesmo dia, e na presença do secretário de Defesa, Lloyd Austin, e do chefe do Estado-Maior General, Mark Milley, Joe Biden assinou uma ordem executiva segundo a qual “todos os norte-americanos qualificados para servir nas Forças Armadas dos Estados Unidos o poderão fazer”.

Esta medida anula uma proibição ordenada pelo ex-Presidente, anunciada numa mensagem no Twitter, durante o seu primeiro ano de mandato.

Na sua audiência de confirmação no Senado, Austin já tinha dado um sinal sobre a possibilidade de revogação da ordem de Trump sobre recrutamento de transgéneros. “Se alguém estiver apto e for qualificado para servir e conseguir manter os padrões, deve ter permissão para servir e pode esperar que eu apoie isso sempre”, tinha dito.

Para Biden, a identidade de género não deve ser uma barreira para o serviço militar. “A América é mais forte, internamente e no mundo todo, quando é inclusiva. Os militares não são exceção”, diz a ordem executiva assinada pelo novo Presidente.

“Permitir que todos os americanos qualificados sirvam o seu país uniformizados é melhor para os militares e melhor para o país, porque uma força inclusiva é uma força mais eficaz. Simplificando, é a coisa certa a fazer e é do interesse nacional”, acrescenta o texto.

A ordem direciona os departamentos de Defesa e Segurança Interna a tomar medidas para aplicar a medida junto dos militares e da Guarda Costeira, explicando que estes serviços devem reexaminar os registos dos funcionários que foram dispensados ou que viram o seu recrutamento negado devido a questões de identidade de género.

Janet Yellen confirmada como secretária do Tesouro

O Senado norte-americano confirmou, esta terça-feira, a nomeação de Janet Yellen para secretária do Tesouro da Administração Biden, a primeira mulher a exercer o cargo.

Yellen, anteriormente presidente da Reserva Federal (Fed), tornou-se a terceira nomeada pelo novo Presidente a passar a aprovação no Senado, com 84 votos a favor e 15 contra.

Tal como já tinha sido a primeira mulher a ocupar a presidência da Fed, banco central norte-americano, entre 2014 e 2018, Yellen será também a primeira mulher a liderar o Departamento do Tesouro, nos 232 anos de história da instituição.

Em intervenção antes da votação no Senado, o líder da maioria democrata, Chuck Schumer, afirmou que Yellen tem apoio bipartidário, refletindo “o quão bem talhada está para a gestão dos desafios económicos deste período”.

Uma das suas primeiras tarefas será assegurar a aprovação no Congresso do pacote de estímulo da nova Administração, avaliado em 1,9 biliões, que conta com oposição no Partido Republicano.

Na semana passada, numa audição na Comissão de Finanças do Senado, Yellen afirmou que, sem intervenção rápida, o país enfrentará uma recessão “mais longa e mais dolorosa”, reconhecendo que um estímulo desta magnitude acrescentará problemas ao “crescente peso da dívida” do país.

“Mas, atualmente, com a taxas de juro a níveis historicamente baixos, o mais inteligente que podemos fazer é ir em frente. A longo prazo, acreditamos que os benefícios vão superar os custos, sobretudo se nos preocuparmos em ajudar as pessoas que estão a sofrer há muito tempo”, frisou.

https://zap.aeiou.pt/biden-continua-apagar-legado-trump-375724

 

Variante brasileira do Covid 19 detetada pela primeira vez nos Estados Unidos !

Os Estados Unidos detetaram, pela primeira vez, a variante brasileira do coronavírus no território. Os especialistas dos laboratórios públicos britânicos vão trabalhar diretamente com amostras recebidas do estrangeiro ou disponibilizar consultoria especializada.


A variante brasileira do coronavírus foi detetada pela primeira vez nos Estados Unidos, numa pessoa infetada com covid-19, informou esta terça-feira o Departamento da Saúde do Minesota.

Em comunicado, as autoridades sanitárias detalharam que a pessoa infetada é um residente daquele Estado norte-americano “com um historial recente de viagens ao Brasil” e que a amostra foi colhida em 9 de janeiro. “A pessoa adoeceu durante a primeira semana [após o contágio] e informou que tinha viajado ao Brasil antes de adoecer.”

A variante brasileira do SARS-CoV-2 é uma das três que despertaram recentemente a atenção em todo o mundo, a par da britânica e da sul-africana. Tem origem em Manaus, capital amazónica do Brasil, e é considerada altamente contagiosa, uma vez que tem alterações genéticas similares às encontradas no Reino Unido e na África do Sul.

A Itália também anunciou esta terça-feira que detetou o primeiro caso da variante brasileira no país, enquanto a Alemanha o fez na sexta-feira.

Também esta terça-feira, a farmacêutica Moderna informou que a sua vacina, uma das primeiras a receber aprovação de várias agências de saúde a nível mundial, protege também contra as variantes britânica e sul-africana, mas que ainda não dispõe de dados sobre a brasileira.

Nos Estados Unidos está em vigor uma proibição de viagens desde o Brasil para controlar a pandemia, mas os cidadãos norte-americanos ou residentes permanentes estão isentos.

O ex-presidente Donald Trump ordenou o levantamento dessa proibição dois dias antes de deixar o poder, mas o seu sucessor, Joe Biden, restaurou hoje as restrições ao país sul-americano, assim como às nações europeias do espaço Schengen, Reino Unido e Irlanda, para além de incluir também a África do Sul.

Reino Unido oferece-se para identificar novas variantes

O Reino Unido vai oferecer a sua experiência em genómica para identificar novas variantes do vírus que causa a covid-19 a países que não disponham de recursos para o fazer, vai anunciar esta segunda-feira o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.

Os países interessados poderão aceder a esta ajuda através de uma Plataforma de Avaliação de Novas Variantes, dirigida pela Public Health England (PHE), equivalente à direção geral de Saúde em Portugal, que vai trabalhar juntamente com universidades e o Laboratório do Grupo de Trabalho sobre o SARS-CoV-2 da OMS.

Segundo o Ministério da Saúde, especialistas dos laboratórios públicos britânicos vão trabalhar diretamente com amostras recebidas do estrangeiro ou disponibilizar consultoria especializada e apoio remoto quando o país parceiro já tiver algumas capacidades mas solicitar assistência adicional, seja diretamente ao Reino Unido ou à OMS.

A colaboração pode ainda incluir formação e recursos, bem como pessoal e equipamento, segundo informação do Ministério da Saúde.

“Esta Plataforma ajudará não apenas a perceber melhor este vírus e como se espalha, mas também aumentará a capacidade internacional neste campo importante para que possamos estar todos melhor preparados para o que ainda está por vir”, vai dizer Matt Hancock no Instituto Real de Relações Internacionais Chatham House, segundo excertos avançados pelo seu gabinete.

A iniciativa faz parte de um discurso a propósito da presidência britânica do G7 do Reino Unido este ano, no qual Hancock vai defender um sistema de saúde internacional mais forte, mais colaborativo e eficaz, não apenas no combate à pandemia covid-19, mas para garantir que a comunidade internacional esteja mais bem preparada para ameaças futuras.

Segundo o Ministério da Saúde, o Reino Unido realizou mais da metade de todas as sequências do genoma do SARS-CoV-2 existentes no banco de dados global e essa capacidade ajudou os cientistas do serviço público britânico identificar a variante inglesa, designada por B117.

Na sexta-feira passada, o Governo revelou existirem dados preliminares de que a variante, além de ser mais contagiosa, é também entre 30-40% mais mortífera.

A descoberta de que se espalharia 30% a 70% mais rápido do que outras variantes levou à introdução de restrições antes do Natal e a um novo confinamento nacional em Inglaterra no início de janeiro com a duração de pelo menos seis semanas.

O Reino Unido é o quinto país no mundo com o maior número de mortes de covid-19, 98.531 desde o início da pandemia, das quais mais de 30 mil mas últimas cinco semanas.

https://zap.aeiou.pt/variante-brasileira-detetada-pela-primeira-vez-nos-estados-unidos-375693

UE pressiona AstraZeneca após atrasos na entrega de doses e exige maior controlo da produção !

A União Europeia quer que a AstraZeneca revele as doses que já produziu e a que países foram distribuídas. Além disso, quer que as farmacêuticas notifiquem as exportações de vacinas produzidas na Europa.


A AstraZeneca informou a União Europeia (UE) que reduziria em 60% as entregas da sua vacina devido a problemas de produção. Indignados, vários países manifestaram o seu descontentamento e Bruxelas foi pressionada a reagir.

“Reagimos com firmeza, batemos com os punhos na mesa e, finalmente, os atrasos anunciados de várias semanas foram reduzidos”, disse Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, no domingo.

“Temos um contrato, precisamos das vacinas agora”, disse, por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen,

A Comissão Europeia que ter um maior controlo das doses de vacinas produzidas no continente europeu, uma vez que as farmacêuticas estão a desrespeitar os contratos e a falhar com as datas de entrega. Assim, a UE quer que as farmacêuticas passem a notificar as exportações de vacinas para outros países.

A Comissária da Saúde, Stella Kyriakides, fala num “mecanismo de transparência das exportações” que será proposto aos Estados-membros.

Segundo o Expresso, a União Europeia bateu o pé à AstraZeneca exigindo saber o que aconteceu às doses contratualizadas que a empresa diz não conseguir entregar em fevereiro e março. A UE pretende garantir que as doses pré-financiadas não estão a ser entregues a outros países.

Sem revelar um valor específico gasto com a AstraZeneca, Kyriakides fala de um valor global de 2,7 mil milhões de euros investidos em seis contratos de desenvolvimento e produção de vacinas. Além disso, há mais dois contratos prestes a serem assinados, que prometem assegurar mais de dois mil milhões de doses.

Para além da AstraZeneca, também a Pfizer avisou que haveria uma quebra nas entregas das vacinas contra a Covid-19 na Europa. O laboratório norte-americano justificou que o atraso se deve à intenção de melhorar a sua capacidade de produção.

Em Portugal tomou-se a decisão de apenas administrar metade das doses recebidas, de forma a constituir uma reserva para a segunda dose. O primeiro-ministro português, António Costa, recomendou que os restantes países fizessem o mesmo, “para não haver nenhum risco”.

Por sua vez, a Itália vai processar a Pfizer e a AstraZeneca devido aos atrasos na entrega das vacinas contra a covid-19.

“Estamos a ativar todos os canais para que a Comissão Europeia faça todos os possíveis para que esses senhores respeitem os contratos”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi Di Maio, no passado domingo.

Já a Polónia vai esperar pelo próximo mês para decidir se avança com o processo, escreve o jornal ECO.

“Neste momento, temos uma situação em que o fabricante declara que estas diferenças serão cobertas”, disse o porta-voz do governo polaco, Piotr Muller. “Mas se não for este o caso, é claro que terão de ser consideradas medidas legais”.

Perante o atraso na entrega das vacinas, França e Países Baixos recomendaram adiar a toma da segunda dose com um espaço de intervalo de seis semanas, em vez de três. O Reino Unido e a Croácia também já avisaram que o processo de vacinação irá abrandar.

Vacina Pfizer eficaz em Israel. Quase 30% da população vacinada

Dados preliminares de um estudo clínico em Israel apontam para um grau de eficácia da vacina Pfizer para o covid-19 superior ao previsto, numa altura em que o país se aproxima dos 30% de população vacinada.

Segundo a Maccabi Healthcare Services, organização independente de prestação de cuidados de saúde, apenas 0,015% das pessoas contraíram covid-19 na semana após receberem a segunda dose da vacina Pfizer.

Anat Ekka Zohar, responsável pelo estudo, afirmou ao Times of Israel que os resultados “são muito bons” e, se a tendência se mantiver, “pode ser que a vacina seja mais eficaz do que apurou a Pfizer durante os ensaios clínicos”.

Os dados preliminares do estudo israelita indicam que, de 128.600 pessoas vacinadas, apenas 20 contraíram o coronavírus.

Zohar sublinhou que a informação é “muito preliminar”, mas também importante “já que todo o mundo está a prestar atenção a Israel para receber informação sobre a eficácia da vacina”.

Segundo a base de dados estatística Our World in Data, Israel lidera de longe a vacinação a nível global, com um total de 3,83 milhões de doses administradas, à frente dos Emirados Árabes Unidos com 2,57 milhões de doses.

O Ministério da Saúde israelita anunciou na semana passada que cerca de 2,5 milhões de pessoas, quase um terço da população do país, são consideradas vacinadas. O país mantém-se em confinamento, o terceiro, que deverá durar até, pelo menos, 31 de janeiro.

Israel registou 600 mil casos desde o início da pandemia, dos quais 70 mil se mantêm ativos e 1.140 são considerados graves. As autoridades de saúde israelitas começaram a administrar vacinas a adolescentes no sábado, de acordo com a imprensa israelita.

Fosso entre países ricos e pobres preocupa OMS

O fosso entre países ricos e pobres na capacidade de vacinação contra a covid-19 está a aumentar e preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), admitiu hoje o diretor-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A OMS continua a precisar de um investimento de 26 mil milhões no seu dispositivo para acelerar o acesso a ferramentas de combate à pandemia e, de acordo com um estudo da Câmara de Comércio Internacional, citado por Tedros, “o nacionalismo da vacinação pode custar à economia global até 9,2 biliões de dólares”.

“Quase metade desse montante, cerca de 4,5 biliões, serão perdidos pelas economias mais ricas”, acrescentou.

Na conferência de imprensa bissemanal da organização, o responsável máximo da OMS lembrou ainda que o programa para acelerar o acesso a ferramentas de combate à covid-19, denominado Acelerador ACT, ainda precisa de cerca de 26 mil milhões de dólares, ou seja, cerca de 21,4 mil milhões de euros.

Lançado no final de abril de 2020, o Acelerador ACT pretende acelerar o desenvolvimento e produção de produtos de diagnóstico, tratamentos e vacinas contra o novo coronavírus, além de garantir um acesso equitativo aos mesmos.

“O nacionalismo da vacinação pode servir objetivos políticos de curto prazo, mas é do interesse económico a médio e longo prazo que todas as nações apoiem a equidade da vacinação”, insistiu Tedros.

“Enquanto não metermos fim à pandemia em toda a parte”, advertiu o diretor-geral da OMS, “não vamos conseguir acabar com ela”.

“Os países ricos estão a lançar vacinas, enquanto os países menos desenvolvidos do mundo observam e esperam. A diferença ente os ricos e os pobres aumenta a cada dia que passa”, concluiu Tedros Adhanom Ghebreyesus.

https://zap.aeiou.pt/ue-pressiona-astrazeneca-atrasos-375688

 

Bunker nuclear da Guerra Fria à venda no Reino Unido !

Um bunker da Guerra Fria localizado perto de St Agnes em Cornwall, Reino Unido, está à venda na Rightmove, o maior portal imobiliário do Reino Unido.

De acordo com o jornal britânico Mirror, o bunker, localizado a quatro metros abaixo do solo, será vendido num leilão online no próximo dia 18 de fevereiro e o preço base de licitação está estimado entre os 25.000 a 30.000 libras.

Quem o comprar, terá acesso a um bueiro (uma abertura no terreno que dá acesso ao bunker), uma casa-de-banho química e duas camas já enferrujadas na sala de controlo.

“Recebemos muitas manifestações de interesse de muitas pessoas que, presumivelmente, querem utilizá-lo como o seu próprio esconderijo seguro da covid-19“, disse ao diário Adam Cook, diretor da casa de leilões Devon and Cornwall.

Este espaço foi construído em meados de 1961, altura de confronto máximo entre a URSS e o Ocidente atingiu. Foi utilizado como posto de guarda do Royal Observer Corps.

Durante este período, a Royal Observer Corps criou uma rede com 1.563 instalações deste tipo, que eram operadas por voluntários que recolhiam informações nucleares.

Estes voluntários trabalhavam como observadores, tendo na sua posse dispositivos com indicadores de potência de uma bomba atómica, bem como contadores Geiger utilizados medir a radioatividade de um objeto ou um determinado local.

Atualmente, nenhum destes bunkers funciona como posto de observação, uma vez que todos foram fechados em meados de 1991.

“Também conhecido como bunker nuclear, [este espaço] funcionou como ponto de observação da Guerra Fria, tendo sido inaugurado em 1961 e desativado em 1991. É uma coisa histórica, há um par de beliches antigos lá em baixo e uma pequena casa-de-banho química… É um pedaço da histórica britânica“, sintetizou Adam Cook.

https://zap.aeiou.pt/bunker-da-guerra-fria-venda-no-reino-unido-375427

 

Primeiro-ministro italiano vai apresentar demissão !

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, vai apresentar a sua demissão na terça-feira, devido à falta de apoio à sua coligação parlamentar, após a crise provocada pelo abandono do partido Itália Viva, de Matteo Renzi.


Conte apresentará a sua intenção de demissão num Conselho de Ministros convocado para as 9 horas locais (8 horas em Lisboa) de terça-feira, dirigindo-se de seguida ao Palácio Quirinale, em Roma, para uma reunião com o Presidente da República, Sergio Mattarella.

A intenção de Conte é conseguir que o chefe de Estado italiano proceda a uma nova nomeação para formação de Governo, a terceira em dois anos e meio, que permita ultrapassar a falta de apoio no Senado, após o abandono da coligação por parte do partido de Matteo Renzi.

Após semanas de críticas ao governo de Giuseppe Conte, nomeadamente sobre a gestão da pandemia e o programa de estímulo para aplicar mais de 200 mil milhões de euros a disponibilizar pela União Europeia (UE) no quadro do relançamento económico e do combate à crise sanitária, Matteo Renzi abriu uma crise política.

Na passada semana, Conte pediu ao Senado uma manifestação de apoio ao seu Governo, que tinha obtido no dia 17 de janeiro na Câmara de Deputados, mas falhou os 161 votos necessários para obter a maioria absoluta na câmara alta do Parlamento.

O abandono da coligação por parte do Itália Viva levou à demissão das duas ministras desta formação governamental e deixou o primeiro-ministro sem a maioria no Senado.

Terceira economia da zona euro e o primeiro país europeu a ser atingido duramente pela epidemia, Itália enfrenta a sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.

Uma crise governamental poderá ainda dificultar a aprovação de um novo plano de ajudas públicas de vários milhares de milhões de euros para apoiar os setores mais afetados pelos confinamentos para travar a progressão do novo coronavírus.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-ministro-italiano-demissao-375639

 

Presidente chinês alerta contra riscos de uma “nova guerra fria” !

O Presidente chinês, Xi Jinping, alertou esta segunda-feira contra a possibilidade de uma “nova guerra fria”, avisando que apenas levará a “um beco sem saída”, numa mensagem de vídeo para o Fórum Económico Mundial em Davos.


Sem nunca nomear os Estados Unidos, Xi apresentou-se como o grande defensor do multilateralismo e da globalização, tal como tinha feito no mesmo fórum, há quatro anos, pouco depois de Donald Trump ter chegado à Casa Branca.

Hoje, menos de uma semana depois de Joe Biden ter tomado posse como Presidente dos EUA, o Presidente chinês parece ter querido avisá-lo dos riscos da continuação de uma política de confronto entre os dois países, nomeadamente na área comercial e tecnológica.

Donald Trump e Xi Jinping encetaram uma dura guerra comercial, que ainda permanece, e Joe Biden prometeu manter um rumo de limitações às ambições expansionistas de Pequim, nomeadamente com a criação de uma liga de países democráticos que faça frente aos planos chineses.

Na mensagem endereçada ao Fórum Económico Mundial, o Presidente da China lançou avisos contra essa estratégia de criação de blocos.

Construir clãs ou iniciar uma nova guerra fria, rejeitar, ameaçar ou intimidar os outros, impor a dissociação, interromper cadeias de abastecimento ou impor sanções a fim de causar isolamento só vai empurrar o mundo para a divisão e até para o confronto”, alertou Xi Jinping.

“O confronto apenas nos conduzirá a um beco sem saída”, concluiu o líder chinês.

https://zap.aeiou.pt/presidente-chines-riscos-guerra-fria-375571

 

SpaceX envia recorde de 143 satélites e cinzas humanas num único foguete

A SpaceX enviou no domingo um recorde de 143 satélites num único foguete, como parte do novo programa de carga partilhada entre empresas a um custo mais baixo, entre elas a funerária Celestis, que mandou cápsulas de cinzas humanas.


A denominada missão Transporter-1, a partir de Cabo Canaveral, deu este domingo início ao programa de redução de custos SmallSat Rideshare, segundo o qual um pequeno satélite de uma empresa pode viajar até ao espaço em outras naves espaciais em vez de comprar um foguete completo a um preço muito mais elevado.

O preço por enviar 200 quilos de carga para uma órbita heliossíncrona é de um milhão de dólares (cerca de 821 mil euros, à taxa de câmbio atual).

Depois da tentativa fracassada no sábado, devido a más condições meteorológicas, a SpaceX lançou no domingo com êxito o foguete Falcon 9 com 133 satélites pequenos, entre eles um contentor cheio de restos humanos cremados da Celestis, e 10 mais do programa Starlink Internet da empresa.

O recorde anterior foi registado há quatro anos, com o foguete PSLV da Índia, com 104 satélites. A missão Transporter-1 acontece a quatro dias depois do lançamento de mais 60 satélites da rede Starlink da SpaceX, com os quais a empresa pretende fornecer Internet de alta velocidade em qualquer parte do mundo.

O objetivo da SpaceX é colocar 1584 satélites na órbita terrestre a 549 quilómetros acima da Terra, uma distância menor que a habitual para estes dispositivos comerciais.

A SpaceX foi fundada em 2002 pelo empresário Elon Musk, presidente executivo da Tesla.

https://zap.aeiou.pt/spacex-recorde-satelites-cinzas-humanas-375379

Instituto Pasteur interrompe desenvolvimento de vacina !

O Instituto Pasteur anunciou esta segunda-feira ter parado o desenvolvimento do seu principal projeto de vacina contra a covid-19, porque os primeiros ensaios demonstraram ser menos eficaz do que se esperava.
 

Um outro agente francês, o laboratório Sanofi, tinha anunciado em dezembro que a sua vacina estava atrasada e não estaria concluída antes do fim de 2021, devido a resultados menos bons dos que os esperados.

No caso da vacina do Pasteur, as respostas imunológicas induzidas “revelaram-se inferiores às observadas em pessoas curadas de uma infeção natural e também às observadas com as vacinas autorizadas” contra a covid-19, explicou o instituto para justificar a decisão de encerrar o projeto.

A vacina do Pasteur utilizava como base a vacina contra o sarampo, adaptada para combater a covid-19.

Para a conceção e distribuição, o instituto de investigação francês aliou-se ao laboratório farmacêutico MSD (nome do grupo norte-americano Merck nos Estados Unidos e no Canadá).

O MSD comprou no ano passado a empresa de biotecnologia austríaca Themis, com a qual o Pasteur trabalha há vários anos para a elaboração de diferentes vacinas, entre as quais a destinada à covid-19.

Os ensaios de fase 1 (primeiro estágio dos testes em humanos) começaram em agosto.

O Pasteur precisou que prossegue os trabalhos para outros projetos de vacina contra a covid-19, ainda num estado preliminar.

“O primeiro, administrável por via nasal, é desenvolvido com a sociedade de biotecnologia TheraVectys, especializada no desenvolvimento de vacinas. O segundo é um candidato a uma vacina de ADN”, indicou o Pasteur.

Estes dois projetos, estão “ainda em fase pré-clínica”, disse sem avançar quando os ensaios poderão ser realizados em pessoas.

Por outro lado, esta paragem “não põe em causa o desenvolvimento de outros projetos de investigação e vacinas em parceria com a Themis/Merck-MSD”, baseados na vacina contra o sarampo, acrescentou o Pasteur.

Segundo o instituto, estão em curso investigações para utilizar esta tecnologia contra outras doenças infecciosas.

O laboratório farmacêutico norte-americano Merck anunciou esta segunda-feira a interrupção do trabalho sobre duas potenciais vacinas contra a covid-19, incluindo a que está a desenvolver em colaboração com o Instituto Pasteur, considerando que não era mais eficaz do que as desenvolvidas por outras empresas.

O grupo prevê, no entanto, continuar a trabalhar em tratamentos contra o novo coronavírus, afirmou em comunicado.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/instituto-pasteur-interrompe-vacina-375544

 

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