sexta-feira, 2 de abril de 2021

Ataques em Moçambique - Deslocados enganam a fome com folhas de feijão e sal !

As folhas de feijão que crescem junto à casa precária em Pemba enganam a fome da família de 30 pessoas de Virgílio Chimuemue, 61 anos, deslocados da guerra em Cabo Delgado, norte de Moçambique.


“Sem ajuda, fico muitos dias com sacrifício, só com essas folhas aí. Sempre cozinhamos e damos com sal. E as crianças comem assim mesmo. Folhas de feijão que eles sempre recolhem e comem”, descreveu à agência Lusa.

Não há comida que chegue, “mas as crianças dormem melhor. As crianças podem brincar”, longe do som das armas dos grupos insurgentes que atacam a província há três anos e meio. O preço da segurança é a fome, porque Virgílio teve de largar as terras férteis de Muidumbe, onde sempre viveu a “culimar a machamba”, a arte de trabalhar a horta.

“Poupamos [os donativos] a comer uma vez por dia”, reservando sacos de farinha de milho para os mais novos, netos de Virgílio. “Verificamos as crianças e quando estão pior é quando vamos preparar”, disse, ao apontar para os sacos sob um abrigo de estacas e lonas onde tachos e panelas estão espalhados pelo chão arenoso. Esta quinta-feira é um dos dias em que os sorrisos se abrem para receber um apoio reforçado da Cáritas.

“Nestes sacos há feijão-nhembe, que coze mais rápido, porque sabemos que não têm carvão”, explicou Betinha Ribeiro, da equipa de apoio humanitário que calcorreia numa viatura de caixa-aberta os caminhos impróprios do bairro Expansão.

Caminhos com tantas valas escavadas pela chuva que deixam longe um bairro colado à cidade. Açúcar, esparguete, óleo, são luxos desta doação. Lá está também o arroz que vai logo ao lume num tacho que servirá para todos.

“Aqui eu não tenho emprego, fico assim, sempre, um deslocado”, queixou-se Virgílio, sem dinheiro “para comprar comida”.

Outra associação religiosa, a Arco-Íris, também traz alimentos ocasionalmente à família, sem mais respostas de apoio, apesar de estar identificada. “Só vêm aí, escrevem os nossos nomes, mas não trazem nada. Utilizam os nossos nomes de refugiados”, indicou Virgílio, sem conseguir perceber o que falha. Do que tem a certeza, é que não pode voltar atrás.

“Andámos duas semanas no mato, sem comer”, durante a fuga de Muidumbe, em 2020, e essa é a pior das memórias.

Os sacos estão contados, o poço de onde a família se abastece com água potável está verificado e é hora de a equipa de apoio humanitário voltar a Pemba. Há mais deslocados para receber, de Palma, alvo do mais recente ataque terrorista, a precisar de apoio alimentar que escasseia para responder a uma crise crescente em Cabo Delgado.

Forças governamentais querem devolver segurança

A Comissão Política da Frelimo, partido no poder em Moçambique, assegurou esta quinta-feira que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) “tudo têm feito” para garantir a segurança e o sossego na região norte, face aos ataques de grupos armados.

“A Comissão Política saúda o trabalho das Forças de Defesa e Segurança, que tudo têm feito para garantir a segurança e sossego das populações”, referiu uma nota daquele órgão da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), a que a Lusa teve acesso.

O partido no poder assinala que os “ataques e a brutalidade” de grupos armados na província de Cabo Delgado estão a provocar “sofrimento e drama às populações”.

A Comissão Política da Frelimo é o órgão decisório mais alto do partido no poder em Moçambique no intervalo entre as sessões do Comité Central e dos congressos e reúne-se semanalmente sobre a liderança do presidente da organização, que é também o Presidente da República, Filipe Nyusi.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas e o último aconteceu no passado dia 24, em Palma, em que dezenas de civis foram mortos, segundo o Ministério da Defesa moçambicano. A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados, segundo agências da ONU, e mais de duas mil mortes, segundo uma contabilidade feita pela Lusa.

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar a Maputo para combater estes insurgentes, cujas ações já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.

https://zap.aeiou.pt/ataques-mocambique-deslocados-fome-feijao-392105

 

Biden aumenta impostos e anuncia 2,3 biliões de dólares para infraestruturas !

O Presidente dos Estados Unidos anunciou, esta quarta-feira, um plano de investimentos de 2,3 biliões de dólares (dois biliões de euros) para renovar e modernizar as infraestruturas do país nos próximos oito anos.


Ao discursar no centro de formação do sindicato dos carpinteiros em Pittsburgh, Joe Biden classificou o projeto como “o investimento de uma geração na América”.

O Presidente foi ao ponto de comparar o seu projeto de transformação da economia dos EUA com a corrida ao Espaço e prometeu resultados tão grandes à escala como os programas ‘New Deal’, do Presidente Franklin D. Roosevelt, ou ‘Great Society’, do Presidente Lyndon B. Johnson, que formataram os Estados Unidos no século XX.

“Este é um investimento que se faz uma vez por geração, diferente de tudo o que se viu ou fez desde que construímos o sistema de autoestradas interestatal ou a corrida ao Espaço, há décadas. De facto, é o maior investimento em emprego nos EUA desde a II Guerra Mundial. Vamos criar milhões de empregos, empregos bem pagos”, declarou.

Dirigentes da Casa Branca adiantaram que o investimento vai gerar estes empregos à medida que o país sai dos combustíveis fósseis e combate os perigos das alterações climáticas.

O financiamento dos projetos virá de uma subida dos impostos sobre empresas. Ao fazê-lo, Biden vai passar as taxas sobre lucros de 21% para 28%, anulando a decisão dos republicanos de 2017.

Por outro lado, o chefe de Estado apontou o dedo à fuga fiscal: “91 das empresas da ‘Fortune 500’, incluindo a Amazon, não pagam um único cêntimo em impostos sobre lucros”.

O anúncio desta quarta-feira vai ser seguido, nas próximas semanas, por outro anúncio de um pacote equiparado de investimentos em cuidados infantis, créditos fiscais para famílias e outros programas internos. Este novo pacote de dois biliões de dólares vai ser pago por aumento de impostos sobre indivíduos e famílias com riqueza.

“Wall Street não construiu este país. Vocês, classe média, construíram este país. E os sindicatos construíram a classe média”, afirmou o Presidente norte-americano.

A Casa Branca já detalhou que a maior parte da proposta inclui 621 mil milhões de dólares para estradas, pontes, vias públicas, estações de carregamento de veículos elétricos e outras infraestruturas de transporte. Outros 111 mil milhões estão destinados à retirada de tubos de alumínio no transporte de água e modernização das redes de esgotos.

Segundo o jornal Público, se o anterior pacote de emergência contra a crise (de 1,9 biliões de dólares) passou por muitas dificuldades para passar no Congresso, agora as contas para este devem vir a ser ainda mais complexas.

Cisjordânia é um território “ocupado” por Israel

A administração norte-americana considerou que a Cisjordânia é um território “ocupado” por Israel, disse o Departamento de Estado numa atualização, depois da publicação de um relatório que parecia evitar essa formulação.

“É um facto histórico que Israel ocupou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e os montes Golã depois da guerra de 1967″, disse, esta quarta-feira, o porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, citado pela agência France-Presse.

O porta-voz assegurou que o relatório anual sobre os direitos humanos publicado na terça-feira por Washington “utiliza o termo ocupação no contexto atual da Cisjordânia”. “É a posição antiga de Governos precedentes”, tanto democratas como republicados, “há várias décadas”, insistiu.

No relatório, o departamento intitula de “Israel, Cisjordânia e Gaza” a secção relativa aos territórios e, antes do mandado do ex-Presidente Donald Trump, a secção chamava-se “Israel e os Territórios Ocupados”.

Desta forma, a Administração Biden pareceu também abster-se de falar explicitamente da Cisjordânia como um território “ocupado”, na linha da diplomacia mais favorável a Israel praticada pelo anterior Governo republicano.

Não tendo regressado à designação de “territórios ocupados”, o Departamento de Estado dos Estados Unidos inseriu, no entanto, um parágrafo a explicar que as palavras usadas “não refletem uma posição sobre nenhuma das questões relacionadas ao status final a ser negociado pelas partes no conflito, em particular as fronteiras específicas da soberania israelita em Jerusalém, ou as fronteiras entre Israel e um futuro estado palestiniano”.

“Essa secção do relatório cobre Israel (…), bem como os montes Golã e os territórios de Jerusalém-Este que Israel ocupou durante a guerra de junho de 1967”, de acordo com os autores do documento.

É também referido que “os Estados Unidos reconheceram Jerusalém como capital de Israel em 2017 e a soberania de Israel sobre os montes Golã em 2019″, sem voltar atrás nessas decisões tomadas durante a administração de Trump.

Ned Price declarou ainda que essa formulação não reflete uma mudança de posição da parte da Administração Biden que, contrariamente a Donald Trump, defende a solução de dois estados para Israel e Palestina.

Pentágono adota medidas que revogam veto de Trump às pessoas transgénero

O Pentágono anunciou, esta quarta-feira, uma série de medidas que revogam as políticas adotadas pela administração do ex-Presidente, que impedia pessoas transgénero de servirem nas forças armadas.

De acordo com a agência EFE, as novas disposições do Departamento de Defesa permitem aos membros desse coletivo alistarem-se e servirem com o género com que se identifiquem.

As pessoas terão também acesso a assistência médica no processo de mudança de sexo se o requerirem, explicou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em conferência de imprensa.

No mesmo dia, o Presidente dos Estados Unidos converteu-se no primeiro líder deste país a comemorar o Dia Internacional da Visibilidade Transgénero e pediu que se respeite “o valor e a dignidade” destas pessoas.

Nos últimos meses, a Defesa norte-americana tem estado a desenvolver estas medidas, depois de Biden ter ordenado, cinco dias depois da sua tomada de posse como Presidente, a derrogação do veto às pessoas transgénero nas forças armadas.

As medidas anunciadas agora pelo Pentágono, e que entrarão em vigor em 30 dias, proíbem ainda a discriminação por identidade de género.

O secretário da Defesa, Lloyd Austin, pediu também que se revejam os arquivos quanto a soldados que tenham sido dispensados ou a quem tenha sido negada a readmissão devido à sua identidade de género durante a administração do republicano.

As pessoas transgénero não puderam servir nas forças armadas dos Estados Unidos até à Administração de Barack Obama (2009-2017), em que Joe Biden foi vice-Presidente, ter levantado essa proibição.

https://zap.aeiou.pt/biden-2-bilioes-dolares-para-infraestruturas-391983

 

Bolsonaro contradiz novo ministro da Saúde e diz que não vale a pena ficar em casa !

Jair Bolsonaro fez as declarações, minutos depois de Marcelo Queiroga, o seu novo ministro da Saúde, ter pedido à população para usar máscara e manter o distanciamento social durante a Páscoa.


Apesar do esforço de auxiliares do governo e de parlamentares, o Presidente do Brasil continua a seguir na direção contrária às recomendações sanitárias.

Bolsonaro voltou a desvalorizar a pandemia e disse que não adianta ficar em casa, declarações que contrastam com as recomendações feitas pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo o Público, o novo governante participou de uma manifestação conjunta após a primeira reunião do comité de combate à crise do novo coronavírus, criado na quarta-feira passada.
 
No evento, Queiroga apelou ao uso de máscara e ao distanciamento social durante o feriado de Páscoa, apesar de se dizer ser contra medidas “extremas”.

Poucos minutos depois, no salão ao lado, no segundo andar do Palácio do Planalto, Bolsonaro apareceu para anunciar o calendário da nova rodada do auxílio emergencial e proferiu palavras bastante diferentes.

“Tínhamos e temos dois inimigos, o vírus e o desemprego. É uma realidade. Não é ficando em casa que vamos solucionar este problema”, afirmou o Presidente.

Bolsonaro disse que o Governo não pode continuar a pagar apoios porque “custa para toda a população e pode desequilibrar a nossa economia”.

“Queremos voltar à normalidade o mais rápido possível”, disse o Presidente, que também voltou a falar em medo de “problemas sociais gravíssimos no Brasil”. “Se a pobreza continuar avançando, não sei onde poderemos parar”.

Enquanto isso, em audiência na Câmara, Marcelo Queiroga voltava a defender o distanciamento, contudo mantém-se reticente quanto a um confinamento geral, como tem acontecido em vários países da Europa.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-contradiz-ministro-saude-391945

 

Há uma millenial que quer ser líder da ONU num “crime de lesa majestade” contra Guterres !

Aos 34 anos, a indo-canadiana Arora Akanksha anunciou a candidatura a secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) contra António Guterres, que vai tentar a reeleição. As suas hipóteses são quase nulas, mas Akanksha quer “abanar” uma entidade que se tornou “irrelevante”.

Arora Akanksha

Arora Akanksha apresenta a primeira candidatura de um elemento da chamada geração millennial e, se vencer, tornar-se-á a primeira mulher secretária-geral da ONU.

Ela assume-se como líder da “geração da mudança” e diz que quer “cumprir a promessa ao mundo” de uma ONU “que funcione”.

A sua principal bandeira é a defesa dos direitos dos 85 milhões de refugiados que existem no planeta. Ou não fosse ela própria neta de refugiados, já que os avós fugiram do Paquistão em 1947, instalando-se na Índia, onde viria a nascer.

Mas Arora é uma verdadeira cidadã do mundo. Cresceu na Arábia Saudita com os pais, ambos médicos, viveu parte da juventude na Índia e mudou-se para o Canadá com 18 anos.

Actualmente, vive em Nova Iorque, onde integra o Programa da ONU para o Desenvolvimento como auditora financeira, desde 2016, depois de ter sido recrutada numa empresa de contabilidade.

Após ter anunciado a sua candidatura a líder da ONU em Fevereiro passado, tirou uma licença sem vencimento para fazer a campanha que está a financiar com as suas próprias poupanças.

O seu orçamento é de apenas 30 mil dólares, segundo revela o New York Times (NYT).

“Um crime de lesa majestade” contra Guterres

O mandato de Guterres na liderança da ONU termina no final deste ano e o ex-primeiro-ministro português vai recandidatar-se. A expectativa é de que seja eleito para um segundo mandato.

“Tenho a certeza de que ela não tem hipóteses e estou igualmente certo de que ela sabe disso”, aponta ao NYT Edward Mortimer, um antigo assessor de Kofi Annan que foi secretário-geral da ONU entre 1997 e 2006.

“É uma forma corajosa de demonstrar o descontentamento que, sem dúvida, é amplamente compartilhado pelos seus colegas”, destaca ainda Mortimer.

Arora não tem qualquer experiência diplomática e trabalha na ONU “há apenas quatro anos”, além de ter “menos de metade da idade” de Guterres que tem 71 anos, como evidencia o NYT.

O jornal conclui, assim, que a candidatura é “uma jogada audaciosa para sacudir” a ONU.

“A ousadia de Arora tocou o nervo da organização de 193 membros e chamou a atenção para a forma historicamente opaca com que o seu líder é escolhido”, aponta ainda o NYT.

É que, como o jornal realça, apesar das boas intenções de Arora, na verdade, a ONU “tem pouco poder real” e o seu secretário-geral está basicamente submetido aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com direito a veto, respectivamente Grã-Bretanha, China, França, Rússia e EUA.

De resto, o voto destes cinco países é determinante para eleger o líder da organização.

A candidatura de Arora é quase “um crime de lesa majestade” contra Guterres, como destaca o jornal francês L´Express, vincando que “a abordagem da jovem contraria os hábitos e costumes vigentes” na ONU.

Já o jornal belga Le Soir aponta que a jovem é “totalmente desconhecida” e que as suas hipóteses são “muito fracas, quase inexistentes”.

Crítica feroz às contas da ONU

Alheia a jogos de bastidores e às poucas possibilidades que poderá ter, Arora diz que espera que a sua candidatura seja “um despertar para toda gente”, de forma a mudar o actual cenário em que a ONU é quase “irrelevante”, conforme declarações ao Público.

A auditora indo-canadiana refere que a ONU foi criada com “muito boas intenções de tornar o mundo um lugar melhor, de acabar com o sofrimento humano o mais depressa possível, de haver paz e segurança, de se respeitarem os direitos humanos e o Estado de direito e de trazer desenvolvimento e progressos”.

Contudo, a ONU “não cumpriu a promessa que fez ao mundo há 75 anos”, defende, realçando que a organização precisa de deixar de ser “espectadora das crises” para se tornar “líder” da mudança.

E o primeiro passo para isso seria tratar da distribuição desigual de vacinas pelo mundo, refere ao Público, em alusão à pandemia de covid-19.

“Acho que não podemos resolver problemas do século XXI com o pensamento do século XX”, aponta ainda no jornal.

Arora também retira da cartola as funções de auditora financeira para criticar a forma como as verbas da ONU são gastas.

“Eu não entendo como é que por cada dólar que recebemos, apenas 30% vai para as causas. A ONU continua a dizer que não consegue cumprir os seus objectivos, porque não tem financiamento — eu discordo. Eles têm financiamento, só não o usam apropriadamente”, constata.

Além dos refugiados, os pilares da sua candidatura são a tecnologia, a educação, a paz e segurança, e as crises humanitárias.

https://zap.aeiou.pt/millenial-contra-guterres-onu-391864

 

 

OMS critica lentidão “inaceitável” na Europa - Bruxelas desafia países a organizarem vacinação em massa !

Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) critica a lentidão “inaceitável” da vacinação contra a covid-19 na Europa, a Comissão Europeia pediu aos países que incrementem a capacidade de vacinação para quando houver mais produção.

“O ritmo lento da vacinação prolonga a pandemia”, disse o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, sublinhando que o número de novos casos na Europa aumentou fortemente nas últimas cinco semanas.

“As vacinas são a nossa melhor saída para a pandemia. Não só funcionam, mas também são muito eficazes na limitação de infeções. No entanto, a aplicação dessas vacinas está a decorrer a uma lentidão inaceitável”, continuou Kluge, em comunicado.

“Precisamos de acelerar o processo, aumentando a produção, reduzindo as barreiras à entrega da vacina e usando qualquer dose que tivermos em stock”, disse Kluge. “Atualmente, a situação regional é a mais preocupante que temos observado há vários meses”.

Na região da OMS na Europa, que inclui cerca de cinquenta países, incluindo a Rússia e vários Estados da Ásia Central, o número de novas mortes ultrapassou 24 mil na semana passada e está “rapidamente” a aproximar-se da marca de um milhão, segundo a organização.

O número semanal de novos casos chegou a 1,6 milhões. Há apenas cinco semanas, os números haviam caído para menos de um milhão, apontou a OMS.

Bruxelas quer países a organizarem vacinação em massa

A Comissão Europeia divulgou que, até sexta-feira, chegam 107 milhões de doses de vacinas contra covid-19 à União Europeia (UE), pedindo aos países que incrementem a capacidade de vacinação para quando houver mais produção, prevendo a imunidade coletiva em julho.

“A vacinação está a progredir de forma constante na União Europeia e, até final desta semana, 107 milhões de doses de vacinas terão chegado aos países”, indicou o executivo comunitário no Twitter.

Também através daquela plataforma, o comissário europeu do Mercado Interno, que é responsável por contactos com a indústria farmacêutica para aumentar a produção de vacinas contra a covid-19 para a UE, observou existir uma “forte aceleração da produção industrial das vacinas no terreno”.

Segundo as contas de Thierry Breton, a UE estará, “em meados de julho, em condições de fornecer aos Estados-membros doses suficientes para atingir a imunidade coletiva, [para vacinar] cerca de 70% da população adulta”. “Desde que, claro, as doses sejam administradas”, realçou o comissário europeu.

Thierry Breton vincou que, para isso, “os Estados-membros precisam de estar prontos para quando houver uma aceleração na entrega, organizando [ações de] vacinação em massa e campanhas para convencer os cidadãos a serem vacinados”.

Na publicação, o comissário europeu disse ainda que os dados esta quarta-feira divulgados são “um sinal positivo da expansão das capacidades de produção na UE, a médio e longo prazo”. “Louvo os esforços das mulheres e homens que estão a fabricar as vacinas e encontraram soluções para aumentar e estabilizar a produção industrial”, adiantou o responsável francês.

No final da semana passada, a Comissão Europeia divulgou que, até então, tinham sido administradas perto de 62 milhões de doses de vacinas em relação às 88 milhões distribuídas na UE.

Bruxelas atribuiu estes níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da Vaxzevria – o novo nome do fármaco da AstraZeneca – para a UE, exigindo que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.

A meta de Bruxelas é que, até final do verão, 70% da população adulta esteja vacinada.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará em distribuição em abril).

Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, terão chegado à UE mais 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/BioNTech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmente acordadas), da Vaxzevria (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmente acordadas) e da Moderna (10 milhões).

Para o segundo trimestre, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da Vaxzevria (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).

https://zap.aeiou.pt/oms-critica-lentidao-inaceitavel-na-europa-bru-391916

 

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Tiroteio na Califórnia faz quatro mortos, incluindo uma criança !

Quatro pessoas, incluindo uma criança, morreram na noite de quarta-feira num tiroteio num complexo de escritórios em Orange, no estado norte-americano da Califórnia.


De acordo com a NBC News, a polícia foi chamada ao local por volta das 17h30 locais. “Os nossos agentes envolveram-se num tiroteio”, explicou a porta-voz do departamento de polícia local Jennifer Amat.

O edifício da empresa, cujo não foi divulgado, parecia ter vários escritórios. Amat explicou que há um andar de cima, um andar de baixo e uma área de pátio. “É uma situação que estava a mudar de áreas, então, no meu entendimento, foi em toda essa área”, disse.

Segundo o Los Angeles Times, no complexo de escritórios existem cerca de uma dúzia de negócios, incluindo uma seguradora, um terapeuta de casal, uma loja de reparação de telemóveis, um terapeuta da fala e várias imobiliárias.

Quatro pessoas, incluindo uma criança, morreram no incidente.

Uma quinta pessoa foi atingida e levada para o hospital, tal como o suspeito do crime. Ambos estavam em estado crítico. O suspeito ficou ferido por uma arma de fogo, mas ainda não se sabe se foi autoinfligido.

Nenhum agente da polícia ficou ferido.

A polícia recuperou a arma usada no tiroteio e está a trabalhar para determinar um motivo do incidente. A investigação vai incluir várias agências, informou Amat.

O governador Gavin Newsom, que considerou os eventos “horríveis e comoventes”, disse, em comunicado, que “os nossos corações estão com as famílias afetadas por esta terrível tragédia esta noite”.

“Estou profundamente triste com os relatos de um tiroteio em massa no Condado de Orange e continuo a manter as vítimas e os seus entes queridos nos meus pensamentos à medida que continuamos a aprender mais”, disse a polícia Katie Porter, no Twitter. “A minha equipa e eu continuaremos a monitorizar a situação de perto.”

Este é o terceiro tiroteio em massa registado nos Estados Unidos nas últimas três semanas. Dez pessoas morreram na semana passada quando um atirador abriu fogo num supermercado de Boulder, Colorado. Uma semana antes, oito pessoas, incluindo seis mulheres de ascendência asiática, foram mortas em três spas da área de Atlanta.

Amat disse que não havia uma situação como este em Orange desde 1997, quando um atirador matou quatro pessoas num pátio de manutenção do Departamento de Transportes da Califórnia. O atirador naquele tiroteio, que tinha sido despedido pelo departamento por roubo, matou quatro trabalhadores e feriu outros antes de ser morto pela polícia.

https://zap.aeiou.pt/tiroteio-eua-california-crinaca-391883

 

O racismo anti-asiático foi esquecido durante muito tempo - Mas atingiu um ponto de ebulição !

 

No ano passado, a onda de incidentes de ódio e os tiroteios na Geórgia tornaram o racismo anti-asiático muito mais difícil de ignorar. A temática, que parecia esquecida, veio à tona abrir um debate necessário nos Estados Unidos.

No ano passado, os ásio-americanos fizeram soar os alarmes sobre a crescente discriminação de que eram alvo, alimentada, em parte, pela linguagem racista e falsas alegações sobre a origem do novo coronavírus do ex-Presidente Donald Trump.

Em declarações ao The New York Times, Angela Hsu, advogada de Atlanta, explicou que há “uma tendência para não acreditar que a violência contra ásio-americanos seja real”. “É quase como se precisássemos de algo muito chocante para fazer com que as pessoas acreditem que existe este tipo de descriminação.”

Apesar de o racismo anti-asiático poder ter sido evidenciado durante a pandemia de covid-19, não é uma novidade. Acontece há já vários anos e é alimentado pela ideia de que os asiático-americanos são como “estrangeiros perpétuos” ou pessoas que não são percebidas como totalmente americanas.

Esta discriminação assumiu a forma de pequenas agressões, como perguntar às pessoas “de onde elas realmente são” ou fazer piadas racistas sobre o sotaque e o formato dos olhos.

Estes atos tornaram-se tão normalizados que o próprio comediante Jay Leno pediu publicamente desculpas por décadas de piadas racistas, feitas contra a comunidade asiática nos Estados Unidos.

De acordo com a Blitz, o pedido de desculpas surge após uma batalha de 15 anos da organização Media Action Network for Asian Americans (MANAA), que lutou para que Leno parasse com as piadas e se desculpasse pelas mesmas.

O comediante afirmou ter pensado, “genuinamente”, que as suas piadas eram “inofensivas” e disse que o seu pedido de desculpas nada tem a ver com a chamada “cancel culture”: “Não creio que seja exemplo disso. Foi um erro legítimo da minha parte.”

A Vox escreve que a discriminação anti-asiática não é reconhecida, em parte, por causa do privilégio que alguns asiáticos têm em comparação com outros grupos minoritários – como negros e latino-americanos – e pela diferença do grau de racismo que enfrentam.

Este enquadramento enganoso obscurece o racismo que várias pessoas enfrentam dentro das comunidades asiático-americanas.

No entanto, os eventos do ano passado – incluindo os recentes ataques a idosos e o tiroteio que matou oito pessoas em Atlanta – foram um ponto de rutura para muitos ásio-americanos.

“A nossa comunidade sentiu-se invisível durante muito tempo”, revelou Cynthia Choi, co-fundadora da Stop AAPI Hate, uma organização que investiga e denuncia incidentes de ódio. “Essa é a razão pela qual começamos a Stop AAPI Hate. Não queríamos que isso fosse minimizado, queríamos ter os números. Não queríamos que houvesse negação.”

Desde março do ano passado, forma relatados 3.795 incidentes anti-asiáticos à Stop AAPI Hate, desde abuso verbal e rejeição a agressão física e danos materiais.

https://zap.aeiou.pt/racismo-anti-asiatico-ponto-ebulicao-391501

Myanmar - Militares “estão a cometer crimes de guerra há muito tempo”, diz ex-jornalista da Reuters !

A ex-jornalista da Reuters Aye Min Thant, premiada em 2019 com o Pulitzer por histórias que envolviam militares birmaneses e assassinatos da minoria rohingya, afirmou que “os militares estão a cometer crimes de guerra há muito tempo”.


Aye Min Thant nasceu em Rangum, em Myanmar, e mudou-se aos com a família para os Estados Unidos (EUA) em 2000. De volta ao país, voltou a sair – pela terceira vez – depois do golpe, a 01 de fevereiro. “Fiquei preocupada com a minha segurança”, referiu ao Expresso. “Os miúdos que estão nas ruas estão a lutar para manterem o futuro deles, para manterem a esperança e o otimismo que têm vindo a construir nos últimos 10 anos”.

Ao semanário, contou que o golpe começou por volta das 03:00, com os camiões dos militares a entrarem em Naypyidaw e a deter pessoas. “Não foi uma completa surpresa. Houve tensões em janeiro, que culminaram no 01 de fevereiro, quando os militares disseram que tinham preocupações com a fraude eleitoral [eleições de novembro]”, disse.

“A razão porque saí [do país] prende-se com a quantidade de pessoas que conheço, incluindo membros da minha família, que foram detidas ou perseguidas por forças de segurança. E isto inclui jornalistas, ativistas, pessoas que trabalharam na sociedade civil. E tendo trabalhado na comunicação social anteriormente, cobrindo especialmente temas como a crise dos rohingya e histórias sobre os militares, fiquei preocupada com a minha segurança desde que o golpe começou”, relatou.

Aye Min Thant abandonou Myanmar por três vezes. Em 2000, fugiu com a família – etnicamente chinesa – devido a uma discriminação generalizada na sociedade e em termos legais. Após ter publicado os artigos com a equipa da Reuters, foi barrada do país por seis meses. A terceira vez foi a 24 de março, após o golpe.

Para a jornalista, este foi um “golpe desleixado”. “O golpe aconteceu a 01 de fevereiro, que era quando o novo Governo ia tomar posse depois das eleições de novembro. Foi inteligente, estava toda a gente reunida na capital, Naypyidaw, para formar o Governo. Detiveram os membros do parlamento numa área residencial. Não os levaram para lado nenhum, cercaram-nos basicamente”, indicou.

O golpe “foi praticamente uma reação à reação popular, em oposição do que pensarias quando militares fazem um golpe, disciplinados, organizados e tudo planeado”, continuou, apontando que esse desleixo viu-se também nos media. “Revogaram a licença de cinco grupos de media, mas não de todos. Detiveram alguns jornalistas, outros não. Foram a casa de alguns jornalistas buscá-los, outros ainda andavam na rua, com câmaras muito grandes. Não era difícil apanhá-los, se quisessem”.

“Serve o mesmo para a sociedade civil e ativistas: as detenções pareceram aleatórias, assim como o quando e porquê, ao contrário de algo muito sistematizado. Viu-se isso nas fronteiras também. Algumas pessoas foram para o aeroporto, umas foram detidas, outras não. Isso foi o mais surpreendente”, acrescentou.

A ex-jornalista da Reuters indicou que “os militares estão a cometer crimes de guerra há muito tempo. Uma das piores coisas é terem matado 35 crianças, que saibamos, desde o início do golpe. Estamos com cerca de 500 mortos. Uma grande percentagem das mortes são crianças, especialmente se considerarmos o facto de que a maioria das pessoas nas ruas são jovens mas não são miúdos. Um bebé de um ano foi atingido a tiro. O mais novo a morrer tinha cinco anos. Houve um homem a quem pegaram fogo”.

E continuou: “Testemunhas no local disseram que ele era um vigilante do bairro, que foi agredido pela polícia ou militares. Ele foi agredido e depois levaram-no para uma barricada de um bairro, feita de pneus, e queimaram-no vivo. Eles também começaram a usar granadas em áreas residenciais. Recentemente, começaram a largar bombas em zonas rurais. Estão deslocadas entre 3000 e 10 mil pessoas do estado de Karen, onde largaram as bombas”.

“Já estamos a ver que os militares estão a atacar civis no estado de Karen, não há razões para não acreditar que continuarão a matar e a cometer crimes contra a Humanidade contra quem quiserem na verdade, mas especialmente contra grupos minoritários, para consolidarem o poder e para voltarem a focar-se nestas áreas onde estão minorias”, apontou igualmente.

Quanto aos presos políticos, indicou que nem todos estão detidos nas mesmas condições. “Aung Suu Kyi e outros membros da elite política estão detidos em prisão domiciliária, mas não é claro onde estão. No início, muitos deles foram detidos nas suas habitações, na capital. Muitos já foram libertados, mas os que não o foram estão em parte incerta. Muitos deles não tiveram possibilidades de contactar com as suas famílias ou com os advogados”.

Embora não tenha previsto os próximos dias, afirmou que o seu maior receio é que a situação evolua para uma guerra civil. “Não há como dar um passo atrás para os militares. Se estão a massacrar pessoas, se usam granadas e lançadores de granadas para dispersar manifestantes, não podem voltar aos canhões de água. Não vemos nenhum movimento em direção a um diálogo ou negociação”, concluiu.

Aung San Suu Kyi está bem de saúde, diz advogado

Min Min Soe, o advogado da líder deposta de Myanmar, Aung San Suu Kyi, de 75 anos e cujo paradeiro é desconhecido, disse à Reuters que esta está de boa saúde, depois de uma vídeo-chamada durante a qual discutiram o seu caso em tribunal. A sua próxima audiência em tribunal está marcada para quinta-feira, noticiou o Público.

Suu Kyi é acusada de violar uma lei de importação e exportação por ter seis walkie-talkies em casa, de violar as normas sanitárias de controlo da pandemia e incitamento a protestos públicos. Pode ser ainda ser acusada de corrupção. A defesa diz que todas as acusações são falsas e forjadas pelo exército.

Raras são as vezes em que Suu Kyi apareceu em público, com as audiências a ocorreram por vídeo-chamada. Dois membros do seu partido, que venceram as eleições de novembro de 2020, morreram depois de terem sido detidos.

Alemanha pede aos cidadãos que saiam de Myanmar

O Governo alemão pediu aos seus cidadãos que deixem Myanmar o mais rápido possível, devido ao agravamento da situação e aumento da violência, no mesmo dia em que a empresa francesa Voltalia anunciou que abandona o país, avançou esta quarta-feira a agência Lusa.

“Uma nova escalada de violência pelas forças de segurança não pode ser descartada e é imprevisível como a situação irá evoluir”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão num comunicado.

Os cidadãos alemães são, portanto, convidados a “deixar o país o mais rápido possível” e enquanto os voos comerciais estiverem disponíveis. Também é altamente recomendável evitar todas as concentrações e manifestações.

Por outro lado, a produtora francesa de energias renováveis Voltalia vai “pôr fim às suas atividades” em Myanmar, segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira pela companhia. “Devido à crise política e humanitária em Myanmar, a Voltalia decidiu retirar-se do país e tomou medidas para encerrar as suas atividades” no local, anunciou a empresa.

A Voltalia está presente em Myanmar desde 2018, fornecendo eletricidade a “156 torres de telecomunicações” em áreas rurais das regiões de Bago de Irrawaddy. Emprega “43 pessoas” e “está a fazer todo o possível” para garantir “a sua segurança”, com as suas atividades no país representarem “menos de 1% da produção da empresa”.

No domingo, o grupo francês EDF anunciou que tinha suspendido um projeto de barragem hidroelétrica em Myanmar. Várias organizações não-governamentais (ONG) também pediram à Total, ativa no setor de gás em Myanmar, que “pare de financiar a junta” militar.

O grupo petrolífero francês referiu-se domingo a um comunicado divulgado dois dias antes, no qual garante conduzir “as suas atividades de forma responsável, no respeito das leis e dos direitos humanos universais”.

Mais de 500 civis morreram, pelo menos uma centena deles no último fim de semana, devido à repressão aos protestos pró-democracia pela polícia e militares desde o golpe militar ocorrido a 01 de fevereiro, segundo dados da Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP).

O exército birmanês bombardeou civis em áreas controladas pelos guerrilheiros Karen ao longo da fronteira com a Tailândia, causando milhares de deslocados, enquanto o conflito com guerrilheiros da minoria a Kachin também aumentou.

https://zap.aeiou.pt/myanmar-militares-crimes-guerra-tempo-391619

 

Nova Iorque aprova projeto que legaliza o uso de canábis !

Os legisladores do estado de Nova Iorque aprovaram na terça-feira uma iniciativa que legaliza o uso recreativo do canábis.


Com o projeto de lei apoiado pelas duas câmaras do estado, onde os democratas de Andrew Cuomo têm maioria, Nova Iorque une-se agora a outros 14 estados americanos que já permitem o uso de canábis.

“Esta legislação histórica dá justiça a comunidades marginalizadas há muito tempo, abraça uma nova indústria que vai fazer a economia crescer e estabelece garantias de segurança substanciais para a população”, afirmou Cuomo num comunicado.

O gabinete do governador da cidade afirmou que a entrada em vigor da lei pode representar 350 milhões de dólares por ano em impostos e potencializa a criação de dezenas de milhares de postos de trabalho.

A nova lei irá permitir a maiores de 21 anos comprar canábis e cultivar plantas para consumo pessoal, com um plano para que parte dos recursos arrecadados, seja destinado ao tratamento contra a dependência química ou a campanhas de educação.

O estado de Nova Iorque também irá eliminar de forma automática os antecedentes de pessoas condenadas por crimes relacionados à canábis, sendo que estes não serão mais criminalizados.

A lei também vai eliminar as multas por posse da droga até 85 gramas – o que estabelece um novo limite de posse particular – e será ampliado o programa de uso medicinal da canábis.

A decisão acontece numa altura em que Cuomo enfrenta uma investigação por suposto assédio sexual e intimidação de funcionárias, além de acusações de que sua administração ocultou o número real de mortes relacionadas à covid-19 em lares.

https://zap.aeiou.pt/nova-iorque-legaliza-canabis-391611

 

Quase um ano depois de Floyd, morte de Victoria Salazar está a chocar o México e o mundo !

Quase um ano depois de o mundo ter assistido às imagens da morte de George Floyd, uma migrante oriunda de El Salvador foi morta durante uma detenção policial no México, de forma muito semelhante à do afro-americano.


A morte de Victoria Esperanza Salazar, uma migrante oriunda de El Salvador que faleceu no México depois de um agente da polícia da Direção Municipal de Segurança Pública de Tulum ter colocado o joelho em cima das suas costas durante vários minutos, está a indignar o país.

A AFP avança que a vítima mortal foi presa no sábado após uma discussão com o gerente de uma mercearia no balneário de Tulum, em Quintana Roo, e não estava armada quando foi detida.

Segundo a TSF, a autópsia concluiu que Victoria Salazar ficou com o pescoço partido devido à violência policial. Um dos agentes colocou o joelho em cima das costas da mulher, enquanto outros três agentes observavam, sem nada fazerem para o parar.

As imagens mostram que a migrante, de 36 anos, acaba por perder os sentidos. Depois, o corpo já imobilizado ainda algemado e colocado nas traseiras de uma carrinha da polícia.

De acordo com o Al Jazeera, as autoridades disseram que os quatro polícias – três homens e uma mulher – já foram demitidos, detidos e acusados ​​de feminicídio na justiça mexicana, por “uso de força excessiva e desproporcional”.

O diretor de Segurança Pública e Trânsito de Tulum, Nesguer Ignacio Vicencio Méndez, foi destituído do cargo e os agentes envolvidos transferidos para centros de detenção.

“Não haverá impunidade para aqueles que participaram na morte da vítima, e todas as forças da justiça serão chamadas a trazer os responsáveis a julgamento”, afirmou o gabinete do procurador-geral estatal.

Victoria Salazar, mãe solteira de duas filhas, estava a viver no México desde 2018, ao abrigo de um visto humanitário. Imigrou em busca de melhores oportunidades e condições de vida.

O feminicídio foi captado e divulgado nas redes sociais e está a gerar revolta no México e na comunidade internacional, um ano depois de o mundo ter assistido às imagens da morte de George Floyd.

Esta segunda-feira, a mãe de Victoria Salazar, Rosibel Arriaza, confessou sentir-se “indignada, impotente, frustrada“. “Devia ter estado lá como mãe.”

“Ela não merecia esta morte. As autoridades estão aí para proteger o ser humano, com todas as técnicas que têm para tentar dominar alguém. Mas isto foi um abuso de autoridade, por isso peço justiça”, acrescentou, em declarações aos jornalistas.

Andrés Manuel López Obrador, Presidente mexicano, já reagiu ao sucedido, descrevendo o incidente como um “assassinato brutal“.

“Ela foi tratada com brutalidade e morta: é um facto que nos enche de tristeza, dor e vergonha”, disse o governante, durante uma conferência de imprensa. “Aos familiares dela, às mulheres salvadorenhas e mexicanas, às mulheres do mundo, a todos, homens e mulheres, quero dizer que os responsáveis ​​serão punidos.”

O presidente de El Savador, Nayib Bukele, também reagiu, dizendo, no Twitter, estar confiante de que “o Governo mexicano aplicará todo o peso da lei aos responsáveis”. Além disso, deu a garantia de que o Governo do país irá ajudar as duas filhas que a mulher deixa.

O governante ressalvou, no entanto, que a população mexicana não deve ser responsabilizada pela situação.

“Vejo milhares de mexicanos escandalizados, a exigir justiça pela nossa compatriota. Não nos esqueçamos de que não foi o povo mexicano quem cometeu este crime, foram alguns criminosos na polícia de Tulum”, afirmou.

O assassinato de Victoria Salazar tem motivado vários protestos no Estado mexicano de Quintana Roo. Na segunda-feira, alguns manifestantes colocaram um vaso de plantas e algumas velas no local onde Victoria foi morta e escreveram no chão: “Foi aqui que mataram Victoria“.

https://zap.aeiou.pt/quase-um-ano-depois-de-floyd-morte-de-victoria-salazar-esta-a-chocar-o-mexico-e-o-mundo-391742

 

 

Vacina da Pfizer 100% eficaz em adolescentes entre os 12 e os 15 anos !

A vacina desenvolvida pela Pfizer revelou uma eficácia de 100% em adolescentes entre os 12 e os 15 anos. Em 2.260 jovens vacinados, não houve nenhuma infeção.


A vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 é 100% eficaz em adolescentes entre os 12 e os 15 anos, segundo os resultados de um ensaio clínico, anunciados esta quarta-feira pelos dois laboratórios. As empresas esperam que a vacinação desta faixa etária comece antes do próximo ano letivo.

Os ensaios de fase 3 realizados em 2.260 adolescentes nos Estados Unidos “demonstraram uma eficácia de 100% e respostas robustas de anti-corpos”.

A norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech vão agora submeter estes dados às diferentes autoridades de regulação no mundo “na esperança de começar a vacinar este grupo etário no início do próximo ano escolar“, declarou em comunicado Albert Bourla, diretor-geral do gigante farmacêutico norte-americano.

Por parte do laboratório alemão, Ugur Sahin, considerou que os resultados sobre a faixa dos 12-15 anos são “muito encorajadores, tendo em conta a tendência observada nas últimas semanas relativamente à propagação” da variante do vírus inicialmente detetada no Reino Unido.

A vacina da Pfizer/BioNTech, baseada na tecnologia inovadora de RNA mensageiro (mRNA), foi a primeira contra a covid-19 aprovada no ocidente, no final de 2020. Os Estados Unidos e a União Europeia autorizaram a utilização para as pessoas com 16 e mais anos.

Até agora, a vacina foi usada em milhões de adultos com mais de 65 anos.

Um estudo em condições reais realizado em 1,2 milhões de pessoas em Israel demonstrou uma eficácia de 94%. As crianças são menos propensas a casos graves da doença, motivo pelo qual a vacinação não é prioritária neste momento.

No entanto, a vacinação nas faixas etárias mais baixas pode vir a ser crucial para atingir a imunidade de grupo.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.805.004 mortes no mundo, resultantes de mais de 128,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/vacina-pfizer-100-eficaz-adolescentes-391689

 

Rússia aprova primeira vacina contra a covid-19 para animais !

A Rússia registou a primeira vacina contra a covid-19 para animais. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo Rosselkhoznadzor, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária do país. 

Os testes mostraram que a vacina gerava anticorpos contra o vírus em cães, gatos, raposas e martas. Segundo a Reuters, a produção em massa da vacina, chamada Carnivac-Cov, pode começar já em abril.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com a transmissão do vírus entre humanos e animais. O regulador disse que esta vacina, cujos ensaios clínicos iniciaram em outubro de 2020, será capaz de proteger espécies vulneráveis ​​e impedir mutações virais.

“Os resultados dos ensaios permitem-nos concluir que a vacina é segura e altamente imunogénica, uma vez que os animais vacinados desenvolveram anticorpos contra o coronavírus em 100% dos casos”, disse o líder do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária, Konstantin Savenkov.

Os testes indicam que a imunidade dura seis meses depois da vacinação, mas estes parâmetros vão continuar a ser avaliados.

Segundo a agência, os setores da agricultura em países como os Estados Unidos, Canadá, Singapura e membros da União Europeia estão interessados nesta vacina para animais.

A Rússia já aprovou três vacinas contra o SARS-CoV-2 para humanos, a mais conhecida das quais é a Sputnik V.

https://zap.aeiou.pt/russia-primeira-vacina-covid-animais-391685

 

“Horror absoluto” - Activista acusa Governo moçambicano de saber do ataque a Palma e nada fez !

O ataque à vila de Palma, na província moçambicana de Cabo Delgado, que provocou centenas de mortes e de deslocados poderia ter sido evitado. Quem o afirma é uma activista que trabalha na região há três anos e que garante que o Governo de Moçambique foi avisado e que nada fez para evitar o “massacre”.

Deslocados dos ataques a Palma, Moçambique

“É uma tragédia, é um massacre”, e “podia ter sido evitado”. É desta forma que a activista Jasmine Opperman, investigadora do Observatório Cabo Ligado, se refere, em declarações à TSF, ao ataque à vila de Palma que provocou três mil deslocados e 800 desaparecidos, além de dezenas de mortos.

Contudo, os números das organizações não-governamentais são “conservadores”, aponta Jasmine Opperman, notando que haverá, “pelo menos, 40 mil” pessoas afectadas pela violência.

“O ataque podia ter sido prevenido”, diz ainda, notando que “os serviços de informação avisaram o Governo moçambicano e as embaixadas estrangeiras três dias antes do ataque”.

Porque é que não se fez nada? Não há indicação de que [o aviso] tenha sido levado a sério”, lamenta ainda a activista na TSF.

Jasmine Opperman sublinha também que “o Governo moçambicano precisa de ajuda“. “Precisamos de segurança em Cabo Delgado agora”, apela, apontando ainda que “não podemos descartar a hipótese de um ataque como este voltar a acontecer noutro sítio”.

Assim, a activista pede ajuda internacional, considerando que os terroristas estão a receber ajuda de outros países.

“O aperfeiçoamento, a sofisticação, os planos de longo prazo, o acesso a munições e armas enquanto o ataque estava a decorrer” mostram que “eles receberam treino por parte de estrangeiros”, destaca.

“Ligações significativas ao Estado Islâmico”

O ataque foi levado a cabo por um grupo local conhecido por Shabaab ou Juventude em Português, que tem sido responsável por vários episódios de violência na região de Cabo Delgado.

Em 2019, o Shabaab foi admitido no grupo Província da África Central do Estado Islâmico (ISCAP na sigla em Inglês) e passou a chamar-se Ahl al-Sunnah wa al Jamma’ah.

Desde então, assumiu o controlo do porto estratégico de Mocimboa da Praia e ocupou agora Palma.

O ISCAP assumiu os louros pelo ataque à vila de Cabo Delgado e a agência de notícias do Daesh celebrou o episódio, referindo as “mortes de 55 forças moçambicanas e Cristãos, incluindo trabalhadores de fora do país”.

O que é certo é que o grupo de terroristas que atacou a vila moçambicana estava altamente organizado, surgindo de “três direcções numa operação bem planeada”, como reporta a CNN.

“Alguns dos atacantes usavam uniformes militares“, mostrando “comando, controle e disciplina aprimorados”, e conseguiram “confundir o pequeno número de tropas” que estavam no local, acrescenta a estação internacional.

Moçambique tem tentado controlar o grupo terrorista, contando com a ajuda de militares russos e sul-africanos contratados, mas sem sucesso.

Um elemento do Departamento de Estado dos EUA revela à CNN que o país está “convencido dos ligações substanciais e significativas [do grupo terrorista] ao Estado Islâmico”.

“As tácticas e as manobras dos extremistas durante estes últimos meses, bem como a sua efetividade no combate, além de outros indicadores, convenceram-nos que há apoio significativo do Isis”, aponta este elemento referindo-se ao grupo terrorista também conhecido por Daesh.

Analistas contactados pela CNN acreditam que o Shabaab integra combatentes da Tanzânia que partilham a mesma “origem linguística e étnica”.

“O que aconteceu em Palma é um horror absoluto”

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) registou 3.361 deslocados internos em Moçambique causados pelos ataques em Palma. É o equivalente a “672 famílias”, segundo o porta-voz da OIM, Paul Dillon.

O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, considera que a situação em Palma é “um horror absoluto”, que causará a deslocação de outras “milhares de pessoas” pelo país inteiro, “em direcção à fronteira com a Tanzânia”.

“O que aconteceu em Palma é um horror absoluto”, frisa Jens Laerke, apontando que “fizeram coisas horríveis e continuam a fazê-las”.

O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Andrej Mahecic, refere que “as pessoas foram mortas ou mutiladas, as casas foram saqueadas e queimadas e os campos foram destruídos”.

Mulheres e meninas foram “sequestradas, forçadas a casar, em alguns casos violadas e submetidas a outras formas de violência sexual“, relata ainda Andrej Mahecic.

“Também há relatos de recrutamento de crianças à força para os grupos armados insurgentes”, acrescenta.

Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, a população moçambicana precisa da ajuda urgente de cerca de 254 milhões de dólares (cerca de 217 milhões de euros) “para enfrentar a tripla crise resultante da violência, das crises climáticas e da pandemia de covid-19”.

A ONU indicou que apenas 1% do valor necessitado foi angariado até agora.

Presidente de Moçambique desvaloriza ataque

Apesar dos números trágicos e dos apelos de ajuda para a província de Cabo Delgado, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, considera que o ataque a Palma “não foi maior que tantos outros” que o país já sofreu.

Em declarações divulgadas pela Rádio Moçambique e citadas pela Rádio Renascença, Filipe Nyusi diz que o ataque só está a receber mais atenção mediática por causa do projecto da petrolífera Total na província.

Não percamos o foco, não fiquemos atrapalhados. Vamos abordar o inimigo como temos estado a abordar, porque a falta de concentração é o que os nossos inimigos – internos e externos – querem”, apela Nyusi.

A descoberta de gás natural naquela região motivou grandes investimentos de multinacionais, mas também poderá estar associada ao aumento dos ataques, segundo alguns analistas.

A violência em Cabo Delgado tem levado milhares de pessoas a fugirem para o mato ou a deslocarem-se para outras áreas do país. Haverá quase 700 mil deslocados, segundo números das Nações Unidas.

Em declarações à TSF, o pároco de Palma diz que “não sabe da maioria das pessoas da sua paróquia”. “As pessoas não sabem se os seus familiares estão vivos, se não estão vivos, se foram raptados. As pessoas que fugiram estão a passar fome. É tudo dramático”, lamenta o padre.

Entretanto, o secretário-geral da União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa (UCCLA), Vítor Ramalho, revela na TSF que vai ser realizada uma reunião por videoconferência para estudar medidas para acabar com a violência na província moçambicana.

Até porque o que aconteceu em Palma, “pode acontecer amanhã em qualquer cidade”, avisa Vítor Ramalho.

https://zap.aeiou.pt/governo-mocambicano-ataque-palma-391627

 

Merkel, Macron e Putin negociam o uso da vacina russa Sputnik V na Europa !

O Kremlin adiantou que o presidente russo Vladimir Putin, a chanceler alemã Angela Merkel e presidente francês Emmanuel Macron discutiram a vacina russa Sputnik V e o seu uso na Europa numa teleconferência esta terça-feira.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, que cita um comunicado de Moscovo, os líderes russos, alemães e franceses discutiram as perspetivas de registo da vacina Sputnik V na União Europeia (UE) e a possibilidade de embarques e produção conjunta em países da UE.

Além disto, os três líderes também discutiram o impasse nuclear iraniano e os conflitos no leste da Ucrânia, Líbia e Síria, e Putin respondeu a perguntas sobre o líder da oposição russo, Alexei Navalny, durante uma discussão “franca e profissional”.

O governo alemão confirmou na semana passada que estará aberto ao uso do Sputnik V se e quando for aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, disse que uma eventual luz verde da EMA tornaria a tentativa “válida para a Alemanha”.

A própria chanceler disse que a Alemanha “deve usar qualquer vacina que tenha sido aprovada” pela EMA, enquanto o ministério da saúde alemão afirmou “todas as vacinas são bem-vindas se tiverem sido aprovadas pela EMA”.

A França tem sido mais cautelosa. O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, acusou a Rússia e a China de usar as suas vacinas para ganhar influência e marcar pontos no exterior. “Em termos de como é administrada, [a vacina Sputnik V] é mais um meio de propaganda e diplomacia agressiva do que um meio de solidariedade e ajuda à saúde”, disse Le Drian, em declarações à rádio France Info.

Thierry Breton, o comissário francês da UE que chefia a task-force de vacinas, disse que o bloco “não tem absolutamente nenhuma necessidade do Sputnik V”, uma vez que “claramente tem capacidade para distribuir de 300 a 350 milhões de doses” até ao final de junho.

A fabricante da Sputnik V reagiu agressivamente, dizendo que Breton era “claramente tendencioso” e exigente: “Se esta é uma posição oficial da UE, informe-nos que não há razão para procurar a aprovação da EMA por causa dos seus preconceitos políticos”.

O regulador europeu lançou uma revisão contínua da Sputnik V no início deste mês, um passo para que seja aprovada como a primeira vacina não ocidental a ser usada em todo o bloco.

Especialistas da UE devem visitar a Rússia em abril para verificar os resultados dos testes clínicos e inspecionar o processo de produção.

A Rússia registou a vacina em agosto, antes de testes clínicos em grande escala, gerando temores iniciais sobre a sua segurança. Contudo, as análises desde então têm sido amplamente positivas, sendo a vacina segura e mais de 90% eficaz.

Os fabricantes russos não conseguiram aumentar a produção nacional para atender à demanda interna e externa, mas o governo disse que o país pretende produzir 178 milhões de doses individuais de Sputnik V e duas outras vacinas, EpiVacCorona e CoviVak, até ao final de junho.

A empresa também disse que espera vacinar totalmente 30 milhões de russos até à mesma data, deixando uma quantidade possível de 118 milhões de doses produzidas no país para exportação.

A fabricante também estabeleceu acordos de produção com outros 10 países para produzir as suas vacinas fora da Rússia.

https://zap.aeiou.pt/merkel-macron-e-putin-negociam-o-uso-d-391565

 

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