Um novo medicamento para Alzheimer apresentou benefícios para pacientes
em estágio inicial da doença. O aducanumab foi testado em um pequeno
estudo clínico com 166 pacientes, e os resultados foram apresentados na
sexta-feira, na Conferência Internacional de Doença de Alzheimer e
Parkinson e Doenças Neurológicas Relacionadas, na França.
Forma mais comum de demência senil, o Alzheimer é causado
pelo depósito de placas de proteínas beta-amiloides e tau no cérebro e
não tem cura. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer
(Abraz), a doença afeta 35,6 milhões de pessoas no mundo,
das quais 1,2 milhão no Brasil. Com o aumento da longevidade, o número
de pacientes deve dobrar até 2030 e triplicar até 2050. Nos Estados
Unidos, já é a sexta maior causa de morte na população.
Os participantes do estudo foram divididos em cinco grupos. Quatro
receberam doses diferentes do remédio e um quinto tomou placebo. O
tratamento diminuiu as placas de proteína beta-amiloide no cérebro dos
pacientes. O efeito foi mais intenso quanto maior a dose que os
pacientes receberam.
A farmacêutica Biogen Idec, responsável pelo desenvolvimento
do produto, vai começar o estudo clínico de fase III, mais amplo, ainda
este ano. George Scangos, diretor da empresa, disse em entrevista que
os participantes do estudo foram selecionados cautelosamente, para
excluir outras formas de demência diagnosticadas erroneamente como
Alzheimer.
Resultado - Pacientes que receberam 3, 6 ou 10
miligramas do remédio por quilograma de peso mostraram uma redução nas
placas com 26 semanas de tratamento. A queda foi ainda mais acentuada
nos pacientes com doses de 3 e 10 miligramas depois de 54 semanas. Os
dados sobre o grupo de 6 miligramas com 54 semanas não foram obtidos,
porque esses voluntários começaram o tratamento mais tarde. O quarto
grupo, medicado com 1 miligrama, não apresentou melhoras.
O estudo também usou testes cognitivos para avaliar o desempenho
da droga. Em um deles, o desempenho dos pacientes do grupo de controle
caiu 3,14 pontos depois de um ano, enquanto os pacientes tratados com 3
miligramas do medicamento apresentaram um declínio de 0,75 ponto e os
com 10 miligramas, 0,58 ponto.
Fonte: http://www.meionorte.com/noticias/novo-remedio-ajuda-a-barrar-a-progressao-do-alzheimer-saiba-268372
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