sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Os talibãs estão “sentados” em depósitos minerais valiosos no valor de um bilião de dólares !

Os talibãs regressaram ao poder de Cabul, desencadeando uma crise humanitária. A ofensiva também evidenciou a riqueza mineral inexplorada do Afeganistão, recursos que poderiam transformar as perspetivas económicas do país.


Apesar de o Afeganistão ser uma das nações mais pobres do mundo, oficiares militares e geólogos norte-americanos revelaram, em 2010, que o país estava “sentado” em depósitos minerais no valor de quase um bilião de dólares.

Minerais como ferro, cobre e ouro estão espalhados pelas províncias de todo o país. Segundo a CNN, existem também minerais raros e – talvez o mais importante – o que poderia ser um dos maiores depósitos de lítio do mundo.

Este mineral poderá desempenhar um papel muito importante no rumo à descarbonização, além de ser um componente essencial, mas escasso, em baterias recarregáveis e outras tecnologias vitais para enfrentar a crise climática.

“O Afeganistão é, certamente, uma das regiões mais ricas em metais preciosos tradicionais, mas também em metais [necessários] para a economia emergente do século XXI”, disse Rod Schoonover, cientista e especialista em segurança e fundador do Ecological Futures Group.

No passado, desafios relacionados com a falta de segurança, de infraestruturas e secas severas impediram a extração da maioria dos minerais valiosos e é improvável que o cenário mude em breve sob o controlo dos talibãs.

Ainda assim, há interesse por parte de países como a China, o Paquistão e a Índia, que podem tentar a sua sorte, apesar do caos.

Mesmo antes de o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter anunciado a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, no início deste ano, as perspetivas económicas do país já eram pouco animadoras.

Em 2020, cerca de 90% dos afegãos viviam abaixo do nível de pobreza determinado pelo Governo norte-americano, vivendo com dois dólares por dia, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso dos Estados Unidos, publicado em junho.

Os talibãs conquistaram Cabul no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

https://zap.aeiou.pt/talibas-depositos-minerais-valiosos-426136

 

Responsável diplomático britânico sob fogo por não ordenar evacuação de civis que trabalharam nos seus serviços !

Falha de comunicação entre Londres e Cabul impossibilitou a evacuação atempada dos civis afegãos que ao longo das duas últimas décadas colaboraram com as autoridades britânicas no terreno.


O governo britânico está a ser alvo de acérrimas críticas depois de ser tornada pública a informação de que nenhum oficial ordenou a evacuação de cidadãos afegãos que trabalharam nos serviços britânicos em Cabul como tradutores. Segundo noticia a imprensa local, Dominic Raab, secretário para os Assuntos Exteriores estava demasiado ocupado para contactar o seu homólogo afegão, tendo delegado a tarefa a um responsável inferior do executivo de Boris Johnson na última sexta-feira.

O aviso terá chegado a Raab através de conselheiros seniores ao longo da última semana, com estes a sublinhar a urgência da situação e da importância de ser Dominic Raab a assumir a realização da tarefa. De facto, Hanif Atmar, ministro dos Negócios Estrangeiros do Afeganistão até domingo, terá recusado falar com um governante secundário, de acordo com os relatos da imprensa britânica, que avança que o responsável terá adiado a conversa para o dia seguinte, quando esperava já falar com Raab.

No entanto, o contacto nunca terá acontecido com os talibãs a tomarem Cabul antes do que seria expectável. Agora, Raab — que na altura dos acontecimentos se encontrava de férias na ilha de Creta, na Grécia — enfrente pedidos de demissão por parte da oposição. Os trabalhistas já questionaram Boris Johnson com o objetivo de perceberem se o primeiro-ministro teria falado com Raab enquanto o secretário para os Assuntos Exteriores estava ausente e se este recebeu autorização para abandonar o Reino Unido.

Lisa Nandy, ministra-sombra dos Negócios Estrangeiros para os tories, afirmou que o facto de “o primeiro-ministro e o secretário para os Assuntos Externos estarem de férias durante a maior crise de política externa numa geração é um falhanço de liderança imperdoável”.

Colonel Richard Kemp, antigo comandante das tropas britânicas no Afeganistão, contou à BCC que a atitude de Dominic Raab é demonstrativa da “falta de urgência ministerial” em relação ao conflito que já dura há mais de vinte anos. Segundo o The Times, estão atualmente de férias os principais ocupantes dos cargos nos ministério dos Assuntos Externos, da Administração Interna e da Defesa.

O secretário dos Assuntos Exteriores britânico já se veio defender das críticas, afirmando que no tempo em que esteve fora manteve-se em contacto com responsáveis diplomáticos de outros países e com os restantes ministros britânicos, tendo regressado a Londres “assim que a situação se começou a deteriorar e o exigiu“.

A aparente atitude negligente do responsável britânico pode ter consequências dramáticas, já que os mais recentes relatos provenientes de Cabul revelam que os talibãs redobrado os esforços — com buscas porta a porta — para encontrar cidadãos afegãos que ao longo das últimas décadas colaboraram com as forças da coligação internacional que em 2001 invadiu o Afeganistão que correm, assim, risco de vida.

Para estes, as autoridades britânicas constituíram a Política de Assistência e Relocalização Afegã, no âmbito da qual os cidadãos afegãos incluídos na situação se podem candidatar a pedidos de asilo. De acordo com o ministério da Administração interna britânico, o país recebeu 2 mil afegãos que trabalharam nos seus serviços funcionários e as respetivas famílias. A meta é que o número aumente para 5 mil até ao final do ano.

No entanto, as condições em que as evacuações estão a decorrer, devido à invasão das pistas do aeroporto de Cabul, têm dificultado as operações, com a aterragem e descolagem dos aviões a ter que ser interrompida.

https://zap.aeiou.pt/afeganistao-responsavel-diplomatico-britanico-sob-fogo-por-nao-ordenar-evacuacao-de-civis-que-trabalharam-nos-seus-servicos-426056

 

México construiu um falso templo asteca em vez de restaurar o original !

A réplica da pirâmide foi apresentada ao público num espetáculo noturno, na semana passada. A capital mexicana quis homenagear a “resistência indígena” dos mexicanos ou astecas no 500.º aniversário da conquista.


O Templo Mayor, um centro sagrado asteca, foi encerrado em abril depois de uma tempestade de granizo ter causado o colapso de um telhado metálico no sítio arqueológico. Quase quatro meses depois, ainda não foi reparado e os restos da pirâmide e do museu adjacente permanecem fechados aos visitantes por falta de fundos.

Uma empresa mexicana, a Ocesa, decidiu investir uma boa quantia de dinheiro para construir uma réplica da lendária pirâmide asteca. Segundo a Vice, a construção foi apresentada na semana passada, num espetáculo noturno de luzes néon que iluminaram as falsas paredes de poliestireno da pirâmide.

A iniciativa de se construir uma réplica ostentosa ao lado do sítio sagrado incendiou o Twitter mexicano, que se encheu de memes e críticas.

Não se sabe quanto dinheiro foi gasto na construção da réplica, nem tampouco por que não foi atribuída qualquer quantia para reparar o templo original. Segundo as autoridades da Cidade do México, citadas pela Vice, a Ocesa recebeu um bónus fiscal pela realização do espetáculo de apresentação da réplica.

Os media mexicanos têm noticiado que, desde que tomou posse, o Presidente Andrés Manuel López Obrador cortou o orçamento do Templo Mayor em 75%, o que impediu a continuação dos esforços de escavação.

Além disso, deixou o Instituto Nacional de Antropologia e História do país sem dinheiro para reparar o telhado danificado.

O Presidente do México esteve presente na inauguração da réplica, na praça central Zócalo, naquela que foi uma estranha homenagem ao aniversário da captura da cidade e do último imperador asteca, Cuauhtémoc, pelo exército espanhol de Hernán Cortés e seus aliados, a 13 de agosto de 1521.

A réplica do Templo Mayor vai permanecer na gigantesca praça da capital durante algumas semanas para comemorar o aniversário.

https://zap.aeiou.pt/mexico-construiu-falso-templo-asteca-425707

 

Cientistas vão investigar possível junção da vacina da covid-19 com a da gripe !

Cientistas britânicos vão investigar a possibilidade de combinar as vacinas da gripe e da covid-19 numa só para agilizar futuros programas de imunização, avançou o diretor do Centro de Produção e Inovação de Vacinas de Inglaterra.


O Centro de Produção e Inovação de Vacinas de Inglaterra (VMIC), fundado por várias universidades do Reino Unido e que conta com 215 milhões de libras (cerca de 252 milhões de euros) de financiamento público, foi anunciado pelo Governo em 2018 e a sua construção foi acelerada devido à pandemia, prevendo-se que inicie a sua atividade nos próximos meses.

Combinar as duas vacinas poderia poupar “muito tempo”, disse Matthew Duchards, diretor do VMIC, acrescentando, em declarações ao diário britânico The Telegraph, que seria “muito mais prático” dar apenas uma injeção, pelo que esse será um dos aspetos que cientistas e produtores de vacinas vão estudar.

O diretor do VMIC referiu ainda que o centro biotecnológico, no qual participam a Universidade de Oxford, o Imperial College de Londres e a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, pode produzir cerca de 70 milhões de doses de vacinas em quatro ou cinco meses a partir do momento em que esteja operacional.

Duchards disse que o Reino Unido já tem asseguradas as vacinas necessárias para 2021, pelo que a produção saída do VMIC não será necessária antes do próximo ano.

https://zap.aeiou.pt/possivel-juncao-vacina-covid-19-gripe-425802

 

Em Vermont, “esquilos suicidas” estão a atirar-se para debaixo dos carros !

Em Vermont, nos Estados Unidos, os esquilos estão a atirar-se para debaixo dos automóveis. A causa é o aquecimento global, que está a provocar um aumento da população destes roedores.


“Não há outra forma de o dizer: matei dezenas de esquilos este verão. Talvez centenas.” É desta forma que Kevin Cullen inicia um artigo publicado no The Boston Globe, no qual desabafa sobre a tragédia que tem vivido ultimamente.

“Adoro animais, e nunca faria mal a um de propósito”. Mas, independentemente disso, assume: “Eu sou, tecnicamente falando, um assassino em série de esquilos“.

O jornalista notou, recentemente, que muitos “chipmunks” – uma espécie de roedor próximo do esquilo – tinham morrido numa estrada que costuma percorrer para ir a Vermont. Intrigado com a situação, Cullen quis resolver o mistério dos “esquilos suicidas”, uma vez que, muitos deles, atiraram-se para debaixo das rodas do seu Crosstrek.

“Na semana passada, um desses roedores descuidados parou no meio da estrada e olhou diretamente para mim com os seus adoráveis olhos castanhos enquanto eu passava por cima dele. Para adicionar um insulto à lesão fatal, o condutor atrás de mim deu-lhe uma pancada com sua pickup“, contou.

No artigo, Kevin Cullen diz que havia já vários sinais que indicavam que este ano ia ser recorde para os esquilos. No final do inverno, um amigo atingiu um destes animais enquanto esquiava em Okemo, um sinal de que os roedores tinham saído da hibernação mais cedo do que o habitual.

Bill Killpatrick, biólogo e professor da Universidade de Vermont, explicou que este aumento drástico da população destes pequenos esquilos é visível em New England.

Devido às alterações climáticas e invernos mais amenos, os períodos de hibernação são mais curtos, pelo que o número de ninhadas é maior. Isto faz com que muitos roedores tenham a necessidade de proteger o seu território e perseguir outros esquilos, não hesitando em ir para a estrada para o fazer.

Além de esquilos aflitos, a situação cria também condutores traumatizados, que não sabem se devem acelerar, travar, abrandar ou simplesmente fechar os olhos enquanto sentem as rodas do carro a passar por cima de um pequeno corpo. “Todas estas mortes – e todo este remorso – tem um efeito prejudicial no meu sono”, confessa Kevin Cullen.

https://zap.aeiou.pt/esquilos-suicidas-de-vermont-425475

 

Biden diz que talibãs estão a passar por uma “crise existencial” !

Joe Biden insistiu, esta quinta-feira, na ideia de que a retirada das tropas norte-americanas dos Estados Unidos foi uma decisão “correta”.


O Presidente norte-americano disse também não acreditar que os talibãs tenham mudado e sublinhou o facto de o grupo estar a enfrentar uma “espécie de crise existencial” em relação a querer um reconhecimento como “governo legítimo” e integração na comunidade internacional.

Numa entrevista ao programa Good Morning América, do canal ABC, Biden diz os talibãs continuam focados nas suas crenças, embora “também se preocupem se haverá comida para comer, rendimentos, forma de administrar a economia, e se conseguirão manter unida uma sociedade que dizem amar tanto”.

Diante das críticas de abandono de mulheres e raparigas ao regime fundamentalista, Biden destacou que a ideia de que se pode “defender os direitos das mulheres no mundo com força militar não é racional”. “A maneira de lidar com isso não é com uma invasão militar. É por meio da pressão diplomática da comunidade internacional”, vincou.

Joe Biden deixou claro que o seu objetivo é completar a retirada do país antes de 31 de agosto, mas se isso não for possível, será determinado “naquele momento” quem falta ser retirado e o que os militares devem fazer.

O Presidente disse que mesmo, com os talibãs no poder, vê uma ameaça maior em locais dominados pela Al-Qaida e pelos seus grupos afiliados noutros países, e que já não era “racional” continuar a concentrar o poder militar dos EUA no Afeganistão.

“Devemos concentrar-nos onde a ameaça é maior (…). E a ideia de que podemos continuar a gastar mil milhões de dólares e ter dezenas de milhares de forças norte-americanas no Afeganistão, quando temos o norte de África e a África Ocidental, a ideia de que podemos fazer isso e ignorar esses problemas iminentes, problemas crescentes, não é racional”, sublinhou.

Biden citou a Síria e a África Oriental como lugares onde o grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico (EI) representa uma “ameaça significativamente maior” do que no Afeganistão e disse que o EI “sofreu uma metástase”.

Falando da possibilidade de prolongar a presença militar dos Estados Unidos, Biden apenas mencionou a necessidade de retirar os cidadãos norte-americanos e não falou dos afegãos que trabalharam com os militares do seu país nos últimos 20 anos.

Segundo o Presidente, ainda há entre 10 mil e 15 mil norte-americanos no Afeganistão que têm de ser retirados, além de 50 mil a 65 mil afegãos e suas famílias que os Estados Unidos querem tirar do país.

Os talibãs assumiram o controlo de Cabul no último domingo depois dos seus combatentes entrarem na capital sem encontrar resistência, com quase todas as províncias sob seu controlo, e após a fuga do até então Presidente afegão, Ashraf Ghani.

https://zap.aeiou.pt/biden-talibas-crise-existencial-425891

 

Serviços de informação americanos alertaram em julho para o rápido avanço dos talibãs !

No seu discurso, Joe Biden mostrou-se surpreendido pelo rápido avanço dos talibãs. No entanto, documentos confidenciais revelam que os serviços de informação norte-americanos alertaram para esta possibilidade em julho.


Documentos classificados de agências de espionagem norte-americanos revelam que, durante o verão, estas organizações pintaram um quadro sombrio na perspetiva de uma possível tomada talibã no Afeganistão, tendo alertado para o rápido colapso das Forças Armadas afegãs.

Segundo o The New York Times, muitos relatórios da inteligência dos Estados Unidos ficaram mais pessimistas em julho. Questionavam, por exemplo, se as forças de segurança afegãs teriam resistência e se o Governo poderia resistir em Cabul.

O Presidente Biden disse, no dia 8 de julho, que era improvável que o Governo afegão caísse e que não haveria evacuações caóticas de norte-americanos, como aconteceu no fim da Guerra do Vietname. O discurso adotado pelo governante norte-americano entra em contradição com o conteúdo dos documentos classificados, que faziam menção ao agravamento da situação no Afeganistão.

O NYT escreve que os avisos feitos pelos serviços de informação dos EUA “levantam questões sobre a preparação dos funcionários do Governo Biden e a dos responsáveis militares no Afeganistão” para lidar com a “entrada dos talibãs em Cabul, o que inclui falhas na segurança no aeroporto” e acessos, o único local por onde, neste momento, é possível retirar estrangeiros e afegãos do país.

Um relatório de análise histórica, entregue ao Congresso norte-americano, dizia que os talibãs “tinham aprendido com a experiência adquirida na década de 1990”.

“Desta vez, o grupo garantiria primeiro o controlo das fronteiras e das capitais das províncias, áreas do Norte do país, e só depois avançaria para Cabul. Esta previsão mostrou-se correta“, lê-se.

Esta terça-feira, o vice-Presidente deposto afegão, Amrullah Saleh, declarou-se Presidente legítimo do país, devido à fuga do ex-chefe de Estado, e prometeu não se submeter aos talibãs.

O antigo chefe dos espiões do país, inimigo dos islamistas que tomaram o poder, retirou-se para a última região ainda não controlada pelos talibãs: o Vale Panchir, a nordeste da capital.

“Segundo a Constituição afegã, em caso de ausência, fuga, demissão ou morte do Presidente, o primeiro vice-Presidente torna-se o Presidente em exercício. Estou atualmente no meu país e sou o Presidente em exercício legítimo. Apelo a todos os líderes para apoio e consenso”, escreveu na sua conta do Twitter.

“Não vou dececionar os milhões de pessoas que me ouviram. Nunca estarei sob o mesmo teto que os talibãs”, escreveu no domingo, pouco antes de se esconder.

https://zap.aeiou.pt/servicos-informacao-americanos-alertam-425581

 

Apelo desesperado - Mães afegãs atiram bebés sobre arame farpado para os militares britânicos !

No Afeganistão, pais e mães desesperados estão a tentar fazer com que os seus filhos deixem o território a qualquer custo.


As redes sociais estão repletas de vídeos filmados perto do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, que mostram crianças a serem levantadas sobre a multidão para chegarem às mãos das tropas britânicas.

Segundo o relato de um militar britânico, citado pela Sky News, algumas mães desesperadas chegam a atirar os bebés por cima de cercas com arame farpado. “Foi terrível: as mulheres atiravam os seus bebés por cima do arame farpado, pedindo aos soldados que os levassem. Alguns ficaram presos no arame”, contou.

Ao The Independent, outro militar do regimento de paraquedas britânico mostrou-se chocado com as imagens. “As mães estavam desesperadas, estavam a ser espancadas pelos talibãs. Gritavam ‘salve o meu bebé‘ e atiravam-nos para nós.”

“Alguns caíram no arame farpado. Foi horrível o que aconteceu. No final da noite não havia nenhum homem entre nós que não estivesse a chorar”, desabafou.

Apesar do desespero de alguns afegãos, o Governo britânico já afirmou que não irá aceitar menores desacompanhados.

Segundo a Vice, o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, pediu que as famílias afegãs não entreguem as suas crianças às tropas britânicas, uma vez que os menores desacompanhados não serão colocados nos voos de repatriamento.

Muitos receiam uma escala da violência nas ruas de Cabul depois de, no domingo, os talibãs terem conquistado a capital, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

https://zap.aeiou.pt/maes-afegas-atiram-bebes-arame-farpado-425906

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Três vulcões entraram em erupção ao mesmo tempo no Alasca !

Três vulcões localizados na Cordilheira das Aleutas, no Alasca, Estados Unidos, entraram em erupção ao mesmo tempo.


Segundo a rede televisiva NBC News, os três vulcões – Pavlof, Great Sitkin e Semisopochnoi –, na Cordilheira das Aleutas, entraram em erupção ao mesmo tempo, na semana passada, e pelo menos dois estão a expelir baixos níveis de cinzas e vapor.

De acordo com o Observatório de Vulcões do Alasca (AVO), as erupções simultâneas não representam, neste momento, uma ameaça para as comunidades vizinhas. De qualquer forma, desde domingo que os três vulcões se encontram num nível de alerta laranja.

Além disso, acrescenta o site Science Alert, o vulcão Monte Cleveland e o complexo vulcânico de Atka também têm mostrado sinais de atividade: aumento de calor e pequenos terramotos, respetivamente. Ambos estão num nível de alerta amarelo.

“O Alasca tem muitos vulcões e normalmente vemos, em média, uma erupção por ano. Ter três erupções de uma só vez é menos comum, mas acontece“, disse à NBC Matthew Loewen, geólogo do AVO, acrescentando que este fenómeno já não acontecia há pelo menos sete anos.

Tal como recorda esta rede televisiva norte-americana, as ilhas vulcânicas que formam o chamado Arco Aleutian fazem parte de uma zona em forma de ferradura ao longo da orla do Oceano Pacífico, onde ocorrem muitos terramotos e erupções vulcânicas.

Esta região, conhecida como “Anel de Fogo do Pacífico”, é muito sísmica e vulcanicamente ativa porque está localizada nos limites de várias placas tectónicas que continuamente colidem e se misturam.

Gringer / wikimedia

Anel de Fogo do Pacífico

Este Anel de Fogo do Pacífico é um arco de linhas de falhas na Bacia do Pacífico com mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 continuam ativos. A região, com grande atividade sísmica e vulcânica, regista cerca de sete mil terramotos por ano – na sua grande maioria moderados.

https://zap.aeiou.pt/tres-vulcoes-em-erupcao-no-alasca-425393

 

Haiti atingido por graves cheias depois do terremoto !

Chuvas torrenciais inundaram os hospitais onde os feridos do terremoto de último fim-de-semana recuperavam.


Depois do terremoto de 7,2 na escala de Ritcher, a bonança ainda não chegou. O povo do Haiti parece não ter descanso, desta feita com uma tempestade que assolou a costa sul do país a causar inundações em vários pontos do território. De acordo com o The Guardian, o fenómeno meteorológico veio agravar ainda mais as condições, depois do sismo ter provocado a morte de pelo menos 1941 pessoas.

Segundo os relatos, várias partes das ilhas das Caraíbas ficaram inundadas depois de numa hora chover 50 litros de água por metro quadrado. Em algumas das regiões mais afetadas ainda não há eletricidade, rede e os hospitais também ficaram inundados.

A situação agrava-se ainda mais se considerarmos que os hospitais estão repletos de feridos causados pelo terremoto — que terá feito quase dez mil feridos, muitos deles graves, e destruído 60 mil casas.

O sismo teve um epicentro a 125 quilómetros a oeste da capital, Port-au-Prince, causando a destruição de cidades e deslizamentos de terras, que dificultaram a chegada de socorristas às zonas mais afetadas. Segundo o Observador, o abalo terá danificado escolas, igrejas e complexos empresariais, assim como hospitais.

O Haiti é o país mais pobre do Hemisfério Ocidental e lida atualmente com a pandemia da Covid-19, a violência de gangues, a pobreza e a incerteza política que resultou do assassino de Jovenel Moïsem, presidente do país, a 7 de julho. Recentemente, os dirigentes políticos viram-se obrigados a negociar com os gangues de Martissant de forma a que a passagem de duas colunas humanitárias pela área fosse viável, de acordo com o serviço da organização das Nações Unidas para os Humanitários.

Segundo a diretora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, “pouco mais de uma década depois, o Haiti está outra vez a cambalear“, referindo-se ao sismo de 2010 que resultou na morte de dezenas de milhares de pessoas. “Este desastre coincide com a instabilidade política, o aumento da violência dos gangues, alarmantes e elevadas taxas de subnutrição infantil e a pandemia de Covid — para a qual o Haiti só recebeu 500 mil vacinas, apesar de precisar de muitas mais”, explicou.

O país, onde vivem 11 milhões de pessoas, recebeu as primeiras doses de vacinas depois de uma doação dos Estados Unidos da América no mês passado.

https://zap.aeiou.pt/haiti-atingido-por-graves-cheias-depois-do-terremoto-425556

 

Com a vitória dos talibãs no vizinho Afeganistão, a China teme uma ameaça terrorista em Xinjiang !

A vitória dos talibãs no Afeganistão tem alimentado os medos do governo chinês de um possível crescimento do radicalismo islâmico na região fronteiriça de Xinjiang – e pode levar a um aperto nas medidas para os muçulmanos uigures.


Os medos da China em relação ao terrorismo radical islâmico já são conhecidos e foram o argumento usado pelo governo de Xi Jinping para justificar a criação de campos específicos para centenas de milhares da população muçulmana uigur em 2017, na região de Xinjiang, que faz fronteira com o Afeganistão.

A China argumenta que são apenas campos de reeducação e que servem para combater o terrorismo. No entanto, o Ocidente impôs sanções ao país por suspeitas de violações dos direitos humanos, argumentando que o governo chinês está a obrigar os uigures a adoptar a cultura han predominante e que está a deter muçulmanos indiscriminadamente. Os EUA chegaram mesmo a dizer que as políticas são genocidas.

Os uigures falam a sua própria língua, que é parecida com o turco, e têm parecenças culturais e étnicas com os países do centro da Ásia. De acordo com o governo chinês, 12 milhões vivem na região de Xinjiang, cerca de metade da população da região.

Actualmente, a China reconhece os uigures como uma das 55 minorias étnicas no país e como nativos à região de Xinjiang – mas algumas facções nacionalistas da população defendem a criação de um estado independente, uma posição que é oposta firmemente por Pequim, tendo já havido alguns ataques terroristas levados a cabo por separatistas.

Esta situação tem alimentado as suspeitas e os medos das autoridades chinesas, isto depois de em 2002, apenas um ano depois dos Estados Unidos invadirem o Afeganistão, uma especialista em segurança chinesa ter alertado os responsáveis da China para o possível perigo da proximidade dos talibãs, avança o Washington Post.

De acordo com o estudo de Wang Yaning, professora da Academia da Força de Polícia Armada da China, mais de 400 separatistas em Xinjiang tinham sido treinados pelos talibãs para o uso de armas e de explosivos.

China em conversa com os talibãs

Com a tomada do Afeganistão pelo grupo radical, o medo do crescimento do terrorismo em Xinjiang tem aumentado. No entanto, o afastamento das tropas ocidentais dá à China a oportunidade de assumir um papel mais importante no plano internacional e a reunião entre os talibãs e as autoridades chinesas em Julho foi exemplo disso.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, recebeu o grupo islâmico em Tianjin, no norte da China, que descreveu como uma importante força militar e política no Afeganistão, e disse esperar que este desempenhe um papel importante no “processo de paz, reconciliação e reconstrução” do país.

Na reunião, Yi também exigiu que os talibãs cortassem os laços com o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (ETIM), um grupo separatista que a China tem culpado pelos ataques em Xinjiang. O ministro ofereceu-se inclusivamente a dar ajudas económicas e reconhecimento internacional aos talibãs em troca do corte de relações.

A ameaça de que o Afeganistão se torne um refúgio para os radicais islâmicos “é real”, afirma Haiyun Ma, professor associado da Universidade Frostburg, ao Post. No entanto, é  difícil entender se o perigo parte especificamente de uigures ou de outros grupos islâmicos.

Mas a China deve esperar para saber se os talibãs são de confiança, visto que é perigoso para o grupo lutar “contra o ETIM, porque perderiam a sua legitimidade” enquanto jihadistas, e esta divisão das lealdades pode criar clivagens dentro dos próprios talibãs.

O governo de Xi Jinping tem agora de perceber como lidar com o potencial de maior radicalização e com uma possível crise de refugiados. Recentemente, foram enviadas mais forças de segurança para Xinjiang, o que pode levar a mais contestação do Ocidente.

Já depois da recente tomada do poder pelos talibãs, a China mostrou-se disponível para conversar outra vez. “Os talibã têm expressado a expectativa de desenvolver boas relações com a China e de ver a China a participar na reconstrução e desenvolvimento do Afeganistão. Apreciamos essa vontade. A China respeita a vontade e a escolha do povo afegão”, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Segundo Sean Roberts, professor da Universidade George Washington, a situação no Afeganistão vai ser um teste para a intenção chinesa de não se imiscuir nos assuntos internos de outros países.

Caso o controlo dos talibãs alimente o extremismo na Ásia e comece a afectar os interesses económicos chineses, “será difícil manter a falácia da dicotomia entre envolvimento político e económico”, revela Roberts, ao Washington Post.

https://zap.aeiou.pt/vitoria-talibas-china-teme-ameaca-terrorista-xinjiang-425492

 

Vice-Presidente deposto diz ser Presidente legítimo e promete lutar contra os talibãs !

Os talibãs continuam a tentar dar sinais de uma mudança de mentalidade, no entanto, a população afegã continua cética. Entretanto, o vice-Presidente deposto declarou-se Presidente legítimo do país e prometeu lutar contra o novo regime.


Numa conferência de imprensa a partir de Cabul, esta terça-feira, os talibãs quebraram o silêncio e falaram pela primeira vez desde que assumiram o controlo do Afeganistão.

Zabihullah Mujahid, o seu porta-voz, assegurou que o território não será usado para cometer ataques contra pessoas ou países e, em relação ao futuro das mulheres, adiantou que serão autorizadas a trabalhar e a estudar.

No mesmo dia, e para mostrar precisamente esta mudança de paradigma, um outro porta-voz talibã, Abdulhaq Hemad, sentou-se à mesa com a jornalista Beheshta Arghand, do canal privado Tolo, que o entrevistou em direto.

Mas apesar das promessas, a maioria da população afegã mantém-se cética, devido ao ultraconservadorismo islâmico defendido pelos talibãs nos anos 90, que incluía severas restrições às mulheres e punições como apedrejamentos e amputações públicas.

Além disso, avança o jornal The Guardian, começam a surgir relatos de mulheres e crianças que estão a ser espancadas e chicoteadas em ponto de passagem para sair de Cabul.

Na capital, impera o medo. As montras de lojas que tinham fotografias de mulheres desapareceram e há relatos de mulheres a quem lhes foi negado o transporte público por medo de represálias.

Sobre os relatos de talibãs que têm aparecido em casa de afegãos, o grupo garantiu que há pessoas que se estão a fazer passar por eles, aproveitando para roubar e pilhar, apelando à população que não lhes abra a porta.

Esta terça-feira, o mullah Abdul Ghani Baradar, cofundador e número dois dos talibãs, regressou ao Afeganistão, deixando o Qatar, onde liderava o gabinete político da organização.

Entretanto, o vice-Presidente deposto afegão, Amrullah Saleh, declarou-se Presidente legítimo do país, devido à fuga do ex-chefe de Estado, e prometeu não se submeter aos talibãs.

O antigo chefe dos espiões do país, inimigo dos islamistas que tomaram o poder, retirou-se para a última região ainda não controlada pelos talibãs: o Vale Panchir, a nordeste da capital.

“Segundo a Constituição afegã, em caso de ausência, fuga, demissão ou morte do Presidente, o primeiro vice-Presidente torna-se o Presidente em exercício. Estou atualmente no meu país e sou o Presidente em exercício legítimo. Apelo a todos os líderes para apoio e consenso”, escreveu na sua conta do Twitter.

“Não vou dececionar os milhões de pessoas que me ouviram. Nunca estarei sob o mesmo teto que os talibãs”, escreveu no domingo, pouco antes de se esconder.

No dia seguinte, foram publicadas nas redes sociais imagens de Saleh com Ahmad Massoud, o filho do famoso comandante Ahmed Shah Massoud, assassinado em 2001 pela Al-Qaeda, no Vale do Panchir, à beira do maciço do Hindu Kush. Os dois parecem estar a lançar as bases do que será uma rebelião contra o novo regime, uma vez que homens armados começaram a reagrupar-se em Panchir.

Cimeira do G7 sobre o Afeganistão

Esta terça-feira, o Presidente dos Estados, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acordaram realizar, na próxima semana, uma cimeira virtual do G7 sobre o Afeganistão.

No mesmo dia, o Departamento de Estado norte-americano disse que o país está pronto para manter a presença diplomática em Cabul, frisando esperar que os talibãs “cumpram” as suas promessas relativamente aos direitos humanos.

“Se [a situação] for segura, e se for responsável para nós ficarmos mais tempo, podemos olhar para isso”, sublinhou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, questionado numa conferência de imprensa em Washington.

Price sublinhou que, “se os talibãs disserem que vão respeitar os direitos dos seus cidadãos”, Washington “espera que estejam à altura desse compromisso”.

Na União Europeia, os chefes da diplomacia estiveram reunidos para abordar a situação no Afeganistão, tendo decidido avançar com a retirada de civis e diplomatas (cerca de 400 pessoas) devido à “situação perigosa”.

Outra conclusão da reunião extraordinária é que “é necessário assegurar que a nova situação política criada no Afeganistão não conduza a um movimento migratório em grande escala para a Europa”, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e ainda que “é preciso dialogar com as autoridades em Cabul, independentemente de quem sejam”.

“Os talibãs ganharam a guerra, por isso temos de falar com eles, de modo a encetar um diálogo tão cedo quanto possível”, afirmou o Alto Representante da UE para a Política Externa.

Ao mesmo tempo, garantiu, a UE estará particularmente “vigilante relativamente às obrigações internacionais” daquelas que são as novas autoridades afegãs.

Por fim, quando questionado sobre se acredita que os talibãs mudaram ao longo dos últimos 20 anos, tal como proclamam, Josep Borrell respondeu que, “aparentemente, parecem os mesmos, mas falam melhor inglês”.

Restos humanos em trem de aterragem de avião C-17

“Para além dos vídeos colocados online e dos relatos de imprensa de pessoas que caíram do avião durante a partida, foram encontrados restos humanos no trem de aterragem do C-17, quando aterrou na Base Aérea de Al Udeid, no Qatar”, disse a porta-voz da Força Aérea dos EUA, Ann Stefanek.

“A investigação será minuciosa para que possamos obter todos os factos sobre este trágico incidente”, acrescentou, em comunicado.

A Força Aérea norte-americana irá rever todos os vídeos que circulam nas redes sociais do avião de transporte C-17, que centenas de pessoas perseguiram, algumas tentando desesperadamente agarrar-se aos flancos ou às rodas. Outro vídeo mostrou a mesma aeronave em voo sobre Cabul e aquilo que parecia serem duas pessoas a cair da mesma.

A porta-voz da Força Aérea dos EUA não adiantou um número total de mortos, nem confirmou relatos de que uma pessoa foi esmagada pelas rodas do avião antes da descolagem.

O C-17 tinha transportado para Cabul equipamento para os reforços militares americanos, enviados para o Afeganistão para assegurarem evacuações civis.

Os talibãs conquistaram Cabul no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

https://zap.aeiou.pt/vice-deposto-diz-ser-presidente-legitimo-425509

 

Heróstrato queria que o mundo não esquecesse o seu nome e destruiu uma das 7 maravilhas do mundo !

O templo de Artemis, em Éfeso, era considerado uma das sete maravilhas da antiguidade. Mas em 21 de julho de 356 a.C. aconteceu uma catástrofe.


A polis, ou cidade-Estado independente da Grécia antiga, ficava perto da atual cidade portuária de Esmirna, na Turquia. A patrona de Éfeso era Artemis, a deusa da caça, dos animais selvagens, das terras virgens, dos nascimentos, das donzelas e da virgindade.

Segundo o historiador grego Heródoto, o templo havia sido erguido com recursos do rei Creso de Lídia e, segundo o romano Plínio, tinha 127 colunas, 36 das quais finamente talhadas com desenhos em relevo.

No centro daquele que foi um dos maiores templos gregos da História e o primeiro construído quase completamente em mármore, estava a colossal figura de Artemis, feita em madeira enegrecida.

Além dos seus propósitos religiosos, a construção era um íman que atraía turistas, comerciantes e até reis que faziam homenagens oferecendo diversas joias e outros tesouros. Servia também de proteção aos perseguidos, porque ninguém se atreveria a fazer algo que pudesse profanar o templo.

Em 21 de julho de 356 a.C. aconteceu uma catástrofe. Enquanto a deusa Artemis estava ausente do santuário, ajudando no nascimento de Alexandre, o Grande, um homem chamado Heróstrato queimou deliberadamente o templo que havia levado um século para ser construído, segundo o historiador grego Plutarco.

Depois de terem ardido as portas, as escadas, os móveis, o teto e a adorada imagem de Artemis, tudo o que restou do templo foram as colunas arruinadas.

Heróstrato foi preso e confessou que havia incendiado o santuário para que, “através da destruição dessa construção tão bela, o seu nome fosse difundido por todo o mundo“, segundo um relato de Valerio Máximo, autor da coleção Factorum et dictorum memorabilium (“Feitos e ditos memoráveis”).

Além de ter sido torturado e executado, Heróstrato foi castigado com o esquecimento através do que, mais tarde, passou a ser chamado de damnatio memoriae – literalmente “condenação da memória”. Todos os registos da sua existência foram apagados e a mera menção ao seu nome foi proibida sob pena de morte.

Apesar de a medida ter sido acatada, Heróstrato acabou por alcançar o seu objetivo: o historiador contemporâneo Teopompo mencionou o nome do incendiário numa obra escrita naquele mesmo século. Sabemos muito pouco sobre Heróstrato, mas nunca foi esquecido.

Na literatura, vários grandes nomes como Victor Hugo, Anton Tchekhov, Jean-Paul Sarte, Miguel de Unamuno e até Dom Quixote de La Mancha, personagem de Miguel de Cervantes, violaram a “condenação da memória”.

O nome do incendiário também permanece vivo na Ciência. O “complexo de Heróstrato” é um termo utilizado na psiquiatria moderna para pessoas que sofrem de sentimento de inferioridade, mas que desejam sobressair a qualquer custo.

Para alcançar esse fim, recorrem a ações agressivas, como destruir objetos de arte, patrimónios públicos, objetos socialmente úteis e torturam ou matam animais ou pessoas.

https://zap.aeiou.pt/herostrato-destruiu-uma-7-maravilhas-425207

 

O maior “cemitério de aviões” do mundo tem quase 4.000 aeronaves “mortas” !

As companhias aéreas podem colocar os seus aviões reformados em museus de aviação ao ar livre (é o caso do famoso Concorde), mas a maioria das aeronaves acaba em “cemitérios” depois de se reformarem.


Existem alguns “cemitérios” de aviões a pontilhar os desertos do sudoeste dos Estados Unidos, mais o maior do mundo situa-se na Base da Força Aérea Davis-Monthan, em Tucson, no Arizona, e é a casa de milhares de aeronaves reformadas.

O 309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group (309th AMARG), vulgarmente conhecido como Boneyard, é a maior instalação de armazenamento e preservação de aviões do mundo.

Segundo o Interesting Engineering, a área, de 10,5 quilómetros quadrados, abriga quase 4.000 aeronaves e 13 veículos aeroespaciais da Força Aérea dos Estados Unidos, Exército, Guarda Costeira, Marinha, Corpo de Fuzileiros Navais e Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA).

Apesar de ser a casa de vários tipos de aviões, o grosso das aeronaves preservadas no Davis-Monthan pertence à aviação militar.

Tucson foi o lugar escolhido, em primeiro lugar, pelas condições climáticas do Arizona. O calor seco e a baixa humidade fazem com que as aeronaves demorem mais tempo a enferrujar e a degradar-se, tornando-as menos suscetíveis à corrosão e facilitando a sua manutenção em condições de trabalho adequadas.

Em segundo lugar, o facto de os desertos oferecerem uma grande quantidade de espaço por um preço acessível.

A geologia do deserto, com o seu solo alcalino, também é suficientemente dura para evitar que as aeronaves se afundem no solo. Os aviões podem, assim, ser estacionados no deserto sem serem necessárias rampas de estacionamento dispendiosas.

Se estiver curioso e quiser visitar as longas filas de aviões no calor do Arizona, está com sorte: o maior “cemitério” de aeronaves do mundo pode ser visitado através de uma excursão de autocarro.

https://zap.aeiou.pt/o-maior-cemiterio-de-avioes-do-mundo-425339

 

Bolsonaro usou dados falsos para afirmar que mortes foram inflacionadas na pandemia !

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado brasileiro apurou hoje que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, usou dados falsos para afirmar que o número de mortos por covid-19 foi inflacionado por governadores e prefeitos.


A comissão parlamentar ouviu o depoimento de Alexandre Marques, funcionário do Tribunal de Contas da União (TCU), que admitiu ser autor de um documento de trabalho que Bolsonaro citou, como se fosse um documento oficial daquele órgão fiscalizador, para afirmar que o país teve pelo menos “50% menos mortes” por covid-19 do que o anunciado pelos dados oficiais.

O Presidente fez essa afirmação em junho passado, quando o país já registava 475 mil mortes pelo novo coronavírus e acusou prefeitos e governadores de “inflar” esses números para receber mais recursos financeiros para enfrentar a crise de saúde.

A informação foi negada na época pelo TCU, mas mesmo assim Jair Bolsonaro insistiu que “documentos” daquele órgão admitiam a possibilidade de que as mortes de covid-19 fossem fraudulentamente exageradas.

O funcionário do TCU especificou perante a comissão que este documento de trabalho era apenas parte de uma discussão preliminar que foi deixada de lado quando se constatou que não houve fraudes no número de mortos, que ao contrário poderiam sofrer “subnotificação” devido à falta de testes em muitas áreas do país.

“Foi uma discussão muito inicial”, explicou Marques, que confessou ter enviado este documento de trabalho ao pai, o coronel Ricardo Silva Marques, que por sua vez enviou ao Presidente brasileiro.

“Meu pai é amigo do Presidente e mandou para ele. Fiquei indignado com isso porque nunca imaginei que ele fosse compartilhar com ninguém”, declarou.

O funcionário do TCU esclareceu ainda que no documento que o Presidente fez circular em alguns grupos de mensagens havia sido acrescentado a logótipo do TCU, que não constava do documento original que havia enviado ao pai.

Segundo Marques, o discurso do Presidente brasileiro com base nesse documento de trabalho” foi “totalmente irresponsável”.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da pandemia, a inserção da logótipo do TCU “para dar caráter oficial” a esse documento pode significar algo mais sério do que a própria divulgação de informações falsas.

“Podemos estar perante um crime contra a fé pública e um caso de falsificação de documentos”, declarou Rodrigues, apoiado por outros senadores da oposição.

A comissão parlamentar, que investiga ações e possíveis omissões do Governo brasileiro diante da pandemia já apurou negociações irregulares com vacinas e também outros assuntos suspeitos, como a distribuição de medicamentos ineficazes contra o novo coronavírus na rede pública de saúde.

O Brasil registou 569.492 vítimas mortais e 20.378.570 casos de covid-19 desde o começo da pandemia.

A covid-19 provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

Afastamento de dois juízes do Supremo brasileiro

Bolsonaro reafirmou que apresentará ao Senado um pedido de afastamento dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que vêm adotando medidas judiciais contra o mandatário.

“Essa semana tenho novidades, dentro das quatro linhas da Constituição, temos novidades pela frente. Vou entrar com pedido de impedimento dos juízes no Senado, colocar lá. O que o Senado vai fazer? Está com o Senado agora, é independência”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Capital Notícia, de Cuiabá.

“Não vou agora tentar cooptar senadores, de uma forma ou de outra, oferecendo uma coisa para eles, etc, para votar o ‘impeachment’ deles”, acrescentou.

No último sábado, Bolsonaro já tinha informado, nas suas redes sociais, que entraria com um pedido de afastamento dos dois magistrados, a quem acusa de violar a Constituição brasileira.

“Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma rutura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os juízes Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF, extrapolam com atos os limites constitucionais. Na próxima semana, levarei ao Presidente do Senado um pedido para que instaure um processo sobre ambos, de acordo com o art. 52.º da Constituição Federal”, escreveu o Presidente no Twitter.

Bolsonaro citou assim o artigo da Constituição que permite ao Congresso abrir juízos políticos de destituição a magistrados.

Jair Bolsonaro é atualmente alvo de cinco processos no Supremo Tribunal Federal e um na Justiça Eleitoral pelos seus ataques ao sistema eleitoral, por divulgar um documento sigiloso, por defender a difusão de mensagens antidemocráticas, por uma suposta ingerência na Polícia Federal e por alegada prevaricação na compra de vacinas contra a covid-19.

“Nós continuamos dentro das quatro linhas da Constituição. Do lado de lá, já saíram das quatro linhas, em alguns momentos já saíram. A gente espera que volte para a normalidade. Ninguém quer uma rutura. Uma rutura tem problemas internos e externos”, avaliou o chefe de Estado durante a entrevista que concedeu hoje.

O Presidente do Brasil reforçou que para o próximo dia 7 de setembro estão previstos, por todo o país, atos em defesa da “democracia, liberdade e contra a interferência de alguns magistrados na seara de outro Poder”.

Bolsonaro não confirmou, porém, se participará nas manifestações.

“Temos de ouvir o povo, a voz do povo que tem que dar o norte para nós. Não podem alguns poucos juízes, algumas poucas autoridades, se tornarem donos do mundo, donos da verdade”, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-dados-falsos-mortes-425497

 

Costa do Marfim tem um caso de ébola e um suspeito - Não havia casos desde 1994 !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, esta terça-feira, que, além do caso confirmado de ébola na Costa do Marfim, foi identificado mais um caso suspeito e outros nove casos de contacto.


Temos um caso confirmado, uma jovem mulher, e há também outro caso suspeito”, disse a porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, durante uma conferência de imprensa em Genebra, na qual anunciou também que “existem atualmente nove casos de contacto identificados”.

O caso da febre hemorrágica de ébola foi detetado em Abidjan, no último sábado, numa jovem guineense de 18 anos, que chegou à Costa do Marfim a 11 de agosto proveniente da cidade guineense de Labe, no norte do país, depois de viajar mais de 1500 quilómetros por estrada.

A doente está atualmente a ser tratada num hospital em Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim e uma cidade com quatro milhões de pessoas. O país iniciou, esta segunda-feira, a vacinação contra o vírus do ébola, tendo disponíveis cinco mil doses, sendo prioritários o “pessoal de saúde, familiares próximos da vítima e os seus contactos”.

Na conferência de imprensa, citada pela agência France-Presse, a OMS disse que é “extremamente preocupante” que o caso tenha ocorrido nesta metrópole, dois meses depois de ter sido anunciado que a epidemia de 2021 na Guiné-Conacri tinha terminado.

“Relativamente às primeiras investigações sobre a sequência genética do vírus do ébola que foi identificado em Abidjan, de momento não temos qualquer indicação de que este surto na Costa do Marfim esteja relacionado com o surto de ébola na Guiné-Conacri no início deste ano”, disse Tarik Jasarevic.

O caso é o primeiro na Costa do Marfim desde 1994. A Guiné-Conacri registou recentemente um novo surto de ébola, declarado extinto em junho.

https://zap.aeiou.pt/costa-do-marfim-caso-de-ebola-e-um-suspeito-425536

 

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

O vulcão Etna continua a crescer (e está mais alto do que nunca !


A cratera sudeste do Etna cresceu em altura após seis meses de atividade, tornando aquele que já é o vulcão ativo mais alto da Europa ainda mais imbatível.

Segundo a agência AFP, que cita o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), com sede na cidade siciliana da Catânia, a cratera mais jovem e ativa do vulcão Etna atingiu um novo recorde de 3357 metros acima do nível do mar.

“Graças à análise e ao processamento de imagens de satélite, a cratera sudeste é agora muito mais alta do que a sua ‘irmã mais velha’, a cratera nordeste, que foi durante 40 anos o pico indiscutível do Etna”, escreveu o INGV, em comunicado.

Cerca de 50 episódios de cinzas e lava a sair da boca da cratera, desde meados de fevereiro, levaram a uma “transformação conspícua dos contornos do vulcão”, referiu ainda o mesmo instituto italiano.

Segundo o Science Alert, a cratera nordeste do Etna atingiu uma altura recorde de 3350 metros em 1981, mas um colapso nas suas bordas reduziu-a para 3326 metros, valor esse registado em 2018.

A cratera tem libertado fumo e cinzas desde fevereiro, mas continua a representar uma ameaça pouco perigosa para as aldeias vizinhas. As autoridades da Sicília estimaram, em julho, que foram limpas até agora 300 mil toneladas métricas de cinzas.

Segundo a agência noticiosa francesa, as cinzas incomodam as áreas circundantes, pois deixam as ruas sujas, reduzem a velocidade do trânsito e prejudicam as colheitas.

Na Catânia, cidade que fica a duas horas de carro do vulcão, Tania Cannizzaro, italiana já reformada, disse à AFP que o Etna tanto tem algo de bonito como de incómodo, com as suas cinzas a caírem por vezes “como se fossem chuva”.

“Dependendo do vento, os estrondos do vulcão chegam à Catânia e fazem tremer as janelas”, contou a moradora, acrescentando que as cinzas deixam as ruas e as varandas pretas.

“Mas também há aquele espetáculo, especialmente à noite, quando se vê aquela pluma vermelha a mover-se”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/o-vulcao-etna-continua-a-crescer-e-esta-mais-alto-do-que-nunca-424706

 

Talibãs anunciam que querem mulheres no governo - Rússia, China e Irão dispostos a conversar !

Apesar de se mostrarem mais moderados, os talibãs continuam a preocupar muitos afegãos, especialmente mulheres. Num comunicado à nação, Joe Biden respondeu à situação causada pela saída das tropas ocidentais.


Segundo avança a Associated Press, os talibãs declararam que querem que mulheres integrem o novo governo, mas não especificaram que medidas vão aplicar nesse sentido.

Esta intenção foi proclamada por Enmullah Samangani, membro da Comissão Cultural do Emirado Islâmico, na televisão do estado, que foi controlada pelos talibãs no Domingo.

O comunicado surge numa tentativa de acalmar os ânimos, depois do caos instalado no aeroporto de Cabul com a tentativa de fuga de centenas de pessoas que se agarraram aos aviões que iam para os Estados Unidos. Pelo menos sete pessoas morreram.

Muitos residentes da capital afegã ficaram em casa com medo depois do grupo islâmico ter assumido o controlo do país. Quando anteriormente controlaram o Afeganistão, os talibãs faziam uma interpretação literal da lei de Sharia, o que obrigava as mulheres a ficar em casa e foram introduzidos castigos como apedrejamentos.

O responsável diz que “o Emirado Islâmico não quer que as mulheres sejam vítimas” e que devem integrar “o governo de acordo com a lei de Sharia”. “A estrutura do governo ainda não completamente clara, mas com base na experiência, deve haver uma liderança totalmente islâmica e todos os lados devem juntar-se”, explica.

Apesar da mensagem mais moderada dos talibãs, muitos afegãos continuam com medo e cépticos. A equipa de futebol feminina do Afeganistão inclui-se neste grupo. Khalida Popal dirige a equipa nacional e tem recebido chamadas de outras jogadoras preocupadas.

“Tenho encorajado a que apaguem os perfis nas redes sociais, apaguem fotos, que fujam e que se escondam. Isto parte-me o coração porque estes anos todos temos trabalhado para aumentar a visibilidade das mulheres e agora estou a dizer-lhes que se calem e que desapareçam. As vidas delas estão em perigo“, afirma à AP numa entrevista.

Aos 34 anos, Popal vive na Dinamarca, depois da sua família ter fugido quando os talibãs conquistaram Cabul em 1996. Há vinte anos, regressou ao Afeganistão e viveu num campo de refugiados no Paquistão. Agora, mal consegue compreender a rapidez com que o governo afegão caiu.

“A minha geração tinha a esperança de reconstruir o país, melhorar a situação para a próxima geração de mulheres e homens no país. Então, comecei com outras raparigas a usar o futebol como uma forma de dar mais poder às mulheres e meninas”, revela.

Popal ajudou a expor os abusos sexuais que ocorriam na liderança da federação afegã e teve de procurar refúgio na Dinamarca em 2016 quando recebeu ameaças por se referir aos talibãs como os “inimigos”.

Agora, mostra-se desiludida com o abandono da comunidade internacional às mulheres. “Abandonaram-nos porque já não tinham mais interesses nacionais. É isto que as minhas raparigas que estão a chorar e mandar mensagens me dizem. Porque é que não nos disseram que iam sair desta forma? Pelo menos podíamos ter-nos protegido”, acusa.

Num discurso à nação, Joe Biden respondeu à queda do governo do Afeganistão e confessou que aconteceu mais rápido de que os americanos tinham previsto. “Demos-lhes todas as oportunidades para determinar o seu próprio futuro. Não pudemos dar-lhes a vontade de lutar por esse futuro”, disse.

Biden reforça que “as tropas americanas não podem e não devem combater e morrer numa guerra que as forças afegãs não estão dispostas a combater por si próprias” e justifica novamente a decisão de retirar as tropas com a defesa dos interesses dos EUA.

“Depois de 20 anos aprendi que nunca houve um bom momento para retirar as forças norte-americanas. Nunca se supôs que a missão no Afeganistão fosse construir uma nação. O nosso único interesse nacional vital no Afeganistão continua a ser hoje o que sempre foi: prevenir um ataque terrorista na pátria norte-americana“, reforça.

Sobre as preocupações com os direitos das mulheres, o presidente americano garante que vai continuar “a erguer a voz pelos direitos básicos do povo afegão, das mulheres e das meninas”.

Rússia, Irão e China sentam-se à mesa com talibãs

Segundo avança o Público, a Rússia, a China e o Irão estão dispostos a reunir-se com um representante talibã e os três países mantêm as embaixadas abertas em Cabul.

Esta notícia surge depois do porta-voz do grupo radical, Mohammad Naeem, ter apelado numa entrevista à Al-Jazeera que “todos os países e entidades” se sentassem à mesa de negociações para resolver “quaisquer questões”.

A Rússia já tinha recebido uma delegação talibã em Moscovo em Julho e a China também já tinha criado laços com o grupo antes. O governo chinês afirma estar disposto a colaborar com o grupo na reconstrução do país.

“Os talibã têm expressado a expectativa de desenvolver boas relações com a China e de ver a China a participar na reconstrução e desenvolvimento do Afeganistão. Apreciamos essa vontade. A China respeita a vontade e a escolha do povo afegão”, anuncia o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O embaixador russo, Dmitria Zhirnov, vai reunir-se com um representante do novo governo talibã esta terça-feira, depois de Moscovo já ter criado “contactos de trabalho” com o grupo radical. O embaixador russo na ONU, Vassely Nebenzia, afirmou que “não vale a pena entrar em pânico”, numa reunião do Conselho de Segurança.

No caso do Irão, o novo presidente, Ebrahim Raisi, afirma que o “fracasso militar” dos Estados Unidos traz “uma oportunidade para restaurar a vida, a segurança e uma paz duradoura no Afeganistão”.

O diplomata Mohammad Javad Zarif, que foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e acompanhou a situação no Afeganistão, vai continuar em contacto com o presidente. O Irão vai também construir abrigos em três províncias no leste para afegãos que cheguem ao país.

https://zap.aeiou.pt/talibas-anunciam-que-querem-mulheres-no-governo-russia-china-e-irao-dispostos-a-conversar-425234

 

Os turistas estão a roubar areia das praias da Sardenha ! Alguns para a vender online !

Autoridades têm implementado inúmeras estratégias destinadas a dissuadir os turistas de tais comportamentos, apesar de todos os dias serem apanhados delatores nos controlos de bagagens dos aeroportos e portos da ilha italiana.


“Leave nothing behind but footprints.” Esta é uma frase recorrente em muitas praias do mundo, quando as autoridades locais tentam alertar os visitantes para a necessidade de não deixar lixo nos areais devido às consequências que podem resultar para os ecossistemas existentes. No entanto, parece que há uma nova tendência entre turistas que passa não por “deixar”, mas sim por “levar“.

Na Sardenha, um dos comportamentos mais nefastos registados entre os turistas que visitam a ilha tem que ver precisamente com a retirada de areia das praias, a qual é muitas vezes armazenada em garrafas de plástico e posteriormente levada e utilizada em aquários domésticos, como objeto decorativo ou, até, como bem para venda online.

Andrea Abis é autarca de Cabras, uma cidade e um município da Sardenha que contem 32 quilómetros de costa com areal dourado, e contou ao The Guardian que recentemente um casal acompanhado por uma criança foi visto por outro banhista a encher uma garrafa de água com grãos de areia, o que levou a testemunha a chamar a polícia.

Perante a presença das forças da autoridade, o casal negou a acusação, enterrando a garrafa na areia por baixo das toalhas. Foi-lhes cobrada uma multa de mil euros no local — as multas pelo roubo de areia das praias da Sardenha pode ir dos 500€ aos 3000€. “É preciso fé, mas este não é um caso isolado”, confessou Abis.

Apesar desta ser uma ação punida por lei desde 2017, e que nos casos mais graves podem mesmo representar sentenças com penas de prisão, todos os anos desaparecem toneladas de areia das praias da Sardenha.

Segundo as autoridades, a maior parte dos delatores são estrangeiros que não conseguem resistir ao apelo de levar para casa amostras de areia que funcionarão como recordações de umas férias idílicas ou como decoração para os seus aquários. No entanto, há ainda casos de pessoas que optam por vender os grãos online.

Os turistas do norte da Europa são aparentemente os que mais cometem o crime com mais frequência, já que tendem a ter nas suas auto caravanas garrafas de plástico com areia de todas as praias que visitaram durante as suas viagens.

Um dos casos mais graves foi o de um casal francês que em 2019 foi apanhado com 40 quilogramas de areia armazenada em 14 garrafas de plástico que estavam guardadas no seu carro — a descoberta foi feita pelas autoridades locais quando o casal se preparava para apanhar um ferry em direção a casa. “Esse foi o caso mais chocante até à data”, lembra Carlo Lazzari, comandante do grupo local do equivalente à CMVM italiana. “O casal queria areia verdadeira da Sardenha para decorar o seu aquário.”

Lazzari integra uma unidade especial da polícia que vigia os três aeroportos e portos da ilha, pelo que está habituado a que todos os dias sejam encontrados casos de turistas com areia armazenada quando estão a passar pelos dispositivos de controlo de bagagens. A unidade especial dedica-se também a varrer a internet à procura de anúncios de vendas ilegais. “Há um mercado online dedicado a isto e a procura por areia da Sardenha é elevada. A parte dos dos compradores consiste em colecionadores“, explicou Lazzari.

Apesar dos milhares de euros em multas que já foram emitidos este ano, as autoridades consideram que os turistas muitas vezes não têm conhecimento do motivo da infração que estão a cometer, pelo que aceitam pagar as multas apenas para evitar problemas maiores com a justiça italiana. Como forma de alertarem a população e os turistas para o flagelo — e dissuadir comportamentos deste género — campanhas informativas têm passado pelas televisões e rádios locais, assim como pelas redes sociais.

Há também vigilantes e avisos que alertam os turistas para a ilegalidade do gesto e para as consequências que dele podem resultar tanto a nível criminal como ambiental. “Não queremos assustar os turistas, eles são um recurso para a Sardenha, mas alertá-los”, explica Lazzari. “Mais do que qualquer coisa, o objetivo é proteger o nosso ambiente“, acrescentou.

Tal como aponta o The Guardian, nos últimos anos os ambientalistas italianos têm temido que a retirada de areia das praias resulte na diminuição dos areais, especialmente os da península de Sinis, os quais contêm grãos brancos e rosa de quartzo que resultaram da erosão das rochas. “Chamámos-lhe areia fóssil porque, do ponto de vista geológico, os grãos não se reproduzem, por isso cada grão que perdemos não pode ser substituído”, disse Abis.

Em 2015, funcionários dos aeroportos e portos da Sardenha juntou-se para criar o “Sardenha Roubada e Saqueada” um grupo de voluntários que denuncia publicamente incidentes relacionados com o roubo de areia e que passa parte do inverno a devolver os grãos de areia às praias de onde haviam sido retirados. Segundo Franco Murro, presidente do grupo, trata-se de um “grande trabalho”.

“Ao mesmo tempo é também recompensador porque sabemos que estamos a fazer algo positivo para o ambiente. Nós, habitantes da Sardenha, somos muito ligados à nossa ilha”, disse Murro que considera que a remoção da areia “cria distúrbios para o ecossistema e para as suas dinâmicas”.

Para além da areia das praias da península de Sinis, também os grãos provenientes de Bundelli, uma ilha deserta situada a norte da costa da Sardenha famosa pela praia Spiaggia Rosa, costumavam ser roubados antes dos turistas serem banidos na década de 80.

Quase tão frequentes como os roubos são as confissões dos mesmos e as tentativas de devolução dos grãos roubados. Alguns podem ser vistos no museu mineralógico e da vida selvagem de Caprera, uma ilha próxima de Budelli.

Apesar das admissões de culpa e tentativas de restituição, muitos dos voluntários sentem que o seu trabalho é muitas vezes “em vão”. “Para nós, ambientalistas, às vezes parece uma batalha perdida. Somos muito insultados sempre que tentamos educar as pessoas nas praias”, admite Tommaso Gamboni, um dos diretores do referido museu e voluntário nos grupos que patrulha as praias da Sardenha.

O desalento é partilhado também por Andrea Abis. “Sempre que alguma areia é removida, sinto que um bocado do futuro dos meus filhos está a ser-lhes roubado. As pessoas estão a tirar algo que não pode ser devolvido”, atira.

https://zap.aeiou.pt/praias-da-sardenha-menos-areia-online-425136

 

Amazon quer monitorizar o teclado e o rato dos funcionários !

A Amazon quer observar de perto os seus funcionários de atendimento ao cliente. O objetivo é proteger os dados pessoais dos consumidores.


A gigante do comércio eletrónico Amazon quer implementar uma tecnologia de supervisão para evitar que os funcionários tenham acesso aos dados confidenciais dos clientes.

A notícia foi avançada pela Vice, que escreve que as equipas de segurança, de finanças e o departamento jurídico da Amazon concordaram em usar um sistema biométrico comportamental da empresa de segurança cibernética BehavioSec.

De acordo com o documento confidencial, consultado pela Motherboard, a solução proposta envolveria o uso de algoritmos para gerar um perfil da atividade inerente ao teclado e ao rato de um trabalhador. O sistema verificaria continuamente a “pegada biométrica” ​​do indivíduo, certificando-se de que é, de facto, a mesma pessoa a usar o dispositivo.

Por motivos de privacidade, o sistema não regista que aplicações ou sites os funcionários consultam, nem monitoriza as comunicações dos trabalhadores.

A ferramenta serviria para evitar que pessoas mal-intencionadas se fizessem passar por funcionários e tivessem acesso a dados confidenciais dos clientes, algo que, segundo o documento, já aconteceu várias vezes.

Sem comentar diretamente o relatório a que a Vice teve acesso, Kelly Nantel, diretora de relações públicas da Amazon, disse à Insider que “manter a segurança e a privacidade dos dados de clientes e funcionários está entre as nossas maiores prioridades”.

“Embora não partilhemos detalhes sobre as tecnologias que usamos, exploramos e testamos continuamente novas maneiras de proteger os dados dos clientes, ao mesmo tempo que respeitamos a privacidade dos nossos funcionários”, acrescentou. “E fazemos isso enquanto permanecemos em conformidade com as leis e regulamentos de privacidade.”

https://zap.aeiou.pt/amazon-monitorizar-teclado-rato-425218

 

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