O acordo alcançado este sábado pelos ministros das Finanças do G7, para a aplicação de um imposto mínimo de 15% sobre as empresas, pode deixar a gigante Amazon de fora.
Especialistas ouvidos pelo The Guardian defendem que, tal como está redigido, o projeto para tributação mínima de 15% dos lucros das multinacionais deixará de fora algumas empresas que, embora lucrem milhares de milhões de euros todos os anos, apresentam margens relativamente reduzidas.
O projeto de tributação mínima global de 15% estipula que só será tributável a parte do lucro acima de uma margem de 10%. No caso da Amazon, a empresa vem apresentando margens inferiores.
Em 2020, a gigante teve uma margem de lucro de apenas 6,3%, tendo em conta que tem um modelo de negócio sustentado em margens de lucro muito baixas. Além de fazer um grande reinvestimento, isso permite-lhe ganhar quota de mercado.
“Com base no que diz o comunicado, a Amazon não é contemplada”, afirmou Paul Monaghan, chefe executivo da britânica Fair Tax Foundation. Se houver outro nível de detalhe que permita que a Amazon seja contemplada, ótimo, mas até agora não se soube nada sobre isso.”
“Isto pode ser uma falsa esperança, a menos que afinem os detalhes“, acrescentou Richard Murphy, professor de contabilidade da Universidade de Sheffield.
No sábado, os ministros das Finanças do G7 alcançaram, em Londres, um acordo “histórico” para a aplicação de um imposto mínimo de 15% sobre as empresas.
Em causa está uma proposta que prevê a aplicação de um IRC de 15%, assegurando que “as empresas certas paguem os impostos certos, nos locais certos”.
https://zap.aeiou.pt/acordo-g7-deixar-amazon-de-fora-407445
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