Agência Europeia de Medicamentos anunciou hoje que antecipou a reunião de revisão da vacina Pfizer-BioNTech contra a covid-19 para 21 de dezembro, o que significa que deverá aprovar nesse dia o uso da vacina na União Europeia (UE).
A entidade, que regula a aprovação de medicamentos na UE, tinha agendado a reunião para 29 de dezembro, mas decidiu antecipar justificando que o fez depois de ter recebido dos laboratórios que a produzem informação adicional sobre a vacina, avançou esta terça-feira a agência Lusa.
A antecipação da data da reunião surge depois de o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, ter pressionado o regulador europeu a acelerar a aprovação da vacina.
O ministro considerou a situação “especialmente irritante” porque o uso da vacina desenvolvida pela BioNTech, da Alemanha, e pela farmacêutica norte-americana Pfizer foi autorizada em países como o Reino Unido, Estados Unidos (EUA) ou Canadá, mas ainda está à espera de aprovação da EMA, não podendo, por isso, ser usada na Alemanha ou em qualquer um dos 27 países da UE.
Spahn aumentou a pressão, juntando-se a uma importante associação de hospitais e legisladores para exigir que a agência aprove uma vacina contra o coronavírus antes do Natal. “O nosso objetivo é que haja uma aprovação antes do Natal para que ainda possamos começar a vacinar este ano”, disse o ministro.
“Uma vacina que foi desenvolvida na Alemanha não pode ser aprovada e ministrada (no país) só em janeiro”, reforçou a deputada federal do Partido Democrata Livre, Christine Aschenberg-Dugnus.
Também a Associação Alemã de Hospitais divulgou esta terça-feira um comunicado, exigindo que a UE encurte o longo processo de aprovação e emita uma autorização de emergência para a vacina Pfizer-BioNTech.
A Alemanha tem batido recordes do número de novas infeções e mortes diárias. Nesta terça-feira, 4670 pessoas estavam nos cuidados intensivos. O país entrará em novo confinamento nacional rígido na quarta-feira, até pelo menos 10 de janeiro, para impedir o aumento de infeções.
O Instituto Robert Koch, a agência alemã responsável pelo controlo e prevenção de doenças, contabilizou 14.432 novos casos confirmados e 500 novas mortes, o que representa o terceiro maior número de mortes diárias desde o início da pandemia. O país regista, no total, mais de 22.600 mortes pelo coronavírus.
EUA: vacina da Moderna não apresenta problemas
A vacina contra a covid-19 produzida pela Moderna não apresenta “nenhum problema específico de segurança”, disse esta terça-feira a agência de medicamentos do EUA – a FDA -, que reúne quinta-feira para decidir sobre a sua autorização urgente.
A vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana de biotecnologia deve ser a segunda vacina a receber luz verde nos EUA, após a produzida pela Pfizer/BioNTech, que começou a ser administrada em hospitais norte-americanos na segunda-feira.
A Moderna indicou que, em ensaios clínicos, a sua vacina demonstrou eficácia de 94,1% na prevenção da doença e de 100% na prevenção de casos graves.
“A FDA determinou que o fabricante forneceu informações adequadas para garantir a qualidade e consistência da vacina para autorização do produto”, disse a agência, num comunicado divulgado esta terça-feira.
Na quinta-feira, uma comissão consultiva independente vai reunir para avaliar a nova vacina, num encontro em que se aguarda a sua aprovação e que dará luz verde para iniciar o seu fornecimento nos EUA, nos próximos dias.
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