segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Afinal, não foi Genghis Khan que acabou com civilizações da Ásia Central !

Afinal, Genghis Khan não foi o responsável pelo fim de várias civilizações da Ásia Central. A verdadeira culpada é a seca, que limitou o acesso à água por parte de várias cidades-estado.


Genghis Khan é muitas vezes visto como o responsável pelo fim de várias civilizações da Ásia Central. Com o Império Mongol, tornou-se o líder militar que mais território conquistou na história, controlando quase 20 milhões de quilómetros quadrados. No entanto, um novo estudo sugere que Khan pode não ter sido mais do que o bode expiatório da queda de muitas civilizações asiáticas no início do século XIII.

Uma equipa de investigadores analisou a dinâmica a longo prazo dos rios e antigas redes de irrigação e sugere que as mudanças no clima e as condições mais secas podem ter sido a verdadeira causa para o declínio das povoações próximas à bacia do Mar de Aral, na Ásia Central.

Os autores do estudo descobriram que a diminuição do caudal dos rios foi igualmente importante, se não mais, para o abandono destas cidades-estado.

“O nosso estudo mostra que foram as alterações climáticas, e não Genghis Khan, que mais impacto tiveram no desaparecimento das civilizações fluviais esquecidas da Ásia Central”, garante o autor principal do estudo, Mark Macklin, investigador da Universidade de Lincoln, em Inglaterra.

“Descobrimos que a Ásia Central recuperou rapidamente após as invasões árabes nos séculos VII e VIII devido às condições húmidas favoráveis. Mas a seca prolongada durante e após a destruição subsequente dos mongóis reduziu a resistência da população local e impediu o restabelecimento da agricultura baseada na irrigação”, lê-se ainda no comunicado citado pela Europa Press.

O abandono dos sistemas de irrigação coincide com uma fase de erosão do leito do rio Arys, no Cazaquistão, entre os séculos X e XIV, que coincidiu com um período de seca, em vez de coincidir com a invasão mongol.

https://zap.aeiou.pt/genghis-khan-civilizacoes-asia-366178

 

domingo, 20 de dezembro de 2020

Cidade norte-americana está a leiloar a oportunidade de fazer explodir antigo hotel e casino de Trump !

Durante cerca de seis anos, o fantasma  do Trump Plaza Hotel and Casino tem assombrado a rua de Atlantic City, na Nova Jérsia. Agora, a cidade está a leiloar a oportunidade de fazer explodir o edifício.

O antigo hotel e casino de Donald Trump deverá ser demolido no final do próximo mês – e a cidade está a leiloar a oportunidade de derrubá-lo “com as suas próprias mãos”, de acordo com o NPR.

“Estamos a ver a experiência de apertar o botão para implodir o Trump Plaza“, explica a Bodnar’s Auction, uma casa de leilões independente que a cidade contratou para recolher lances para a implosão planeada do prédio em 29 de janeiro – apenas nove dias após de terminar o mandato de Trump como Presidente dos Estados Unidos.

“Isto será feito remotamente e pode ser feito em qualquer lugar do mundo, bem como perto do Plaza, uma vez que podemos levá-lo com segurança lá”, segundo a casa de leilões.

Segundo as autoridades municipais, a receita do leilão vai beneficiar o Boys & Girls Club de Atlantic City, uma organização sem fins lucrativos dedicada a fornecer serviços para crianças e adolescentes da cidade.

“Alguns dos momentos icónicos de Atlantic City aconteceram lá, mas, na sua saída, Donald Trump ridicularizou abertamente Atlantic City, dizendo que ganhou muito dinheiro e depois saiu”, disse o autarca local Marty Small, em declarações à Associated Press. “Queria usar a demolição deste local para arrecadar dinheiro para caridade.”

O Trump Plaza, uma das três principais propriedades da cidade que já pertenceu ao Presidente, foi formalmente fechado após diversas demissões em 2014. Naquela altura, Trump já se tinha livrado da maior parte da sua participação no casino, retendo apenas 10% da Trump Entertainment Resorts, a empresa-mãe do casino, como parte de um negócio após a empresa declarar falência em 2009.

O casino é agora propriedade do empresário bilionário Carl Icahn. Enquanto outras propriedades importantes de Trump em Atlantic City – o Taj Mahal e a Trump Marina – reviveram com mudanças no nome e na propriedade, o Trump Plaza definhou em abandono durante quase uma década.

No início deste ano, testemunhas filmaram os ventos fortes a arrancar pedaços da fachada em ruínas, que caíam de grandes alturas.

O trabalho de demolição do casino começou no início deste ano, depois de Icahn e as autoridades municipais chegarem a um acordo para que a estrutura fosse finalmente demolida.

Small espera que o direito de fazer explodir o edifício atraia lances superiores a um milhão de dólares. Até agora, segundo o Business Insider, os lances chegaram a 102 mil dólares.

Segundo a AP, os leiloeiros solicitarão ofertas até 19 de janeiro e reunirão os maiores licitantes para um leilão ao vivo 10 dias depois.

https://zap.aeiou.pt/cidade-norte-americana-esta-a-leiloar-a-opotunidade-366833

 

“A Leiteira” - Filme censurado na Nigéria é possível candidato aos Óscares !

“A Leiteira” é um potencial candidato aos Óscares. Na Nigéria, o filme foi parcialmente censurado, com o Governo a cortar algumas das cenas mais poderosas.

“A Leiteira” é um filme nigeriano, escrito e realizado por Desmond Ovbiagele, que é potencial candidato à próxima cerimónia dos Óscares. O filme conta a história de Zainab, uma leiteira de uma minoria étnica africana que enfrenta extremistas religiosas na procura pela sua irmã desaparecida.

A crítica cinematográfica argumenta que é o melhor filme nigeriano dos últimos anos. No entanto, o Conselho Nacional de Censores de Cinema e Vídeo da Nigéria não é particularmente fã.

O Governo nigeriano não ficou satisfeito com a versão final do filme e censurou diversas cenas, com medo que pudesse ofender os muçulmanos. Foram removidos cerca de 24 minutos do filme original, salienta o portal OZY.

Desta forma, a longa-metragem ficou desprovida de alguma das cenas mais impactantes e poderosas. Outras cenas retiradas soam banais ao cidadão ocidental moderno. Por exemplo, uma delas envolve uma personagem feminina a manifestar desejo sexual.

“Qualquer coisa que possa causar um alvoroço não deve ser incluída porque sabemos onde estamos como sociedade”, avisou Alonge Oyadiran, diretor do Conselho de Censura. O realizador, Desmond Ovbiagele, discorda.

“Algumas coisas não faziam sentido. Tivemos que cortar tudo – guarda-roupa, linguagem, diálogo que era uma representação autêntica de uma religião em particular, embora não haja nada no filme que afirme que a religião foi diretamente responsável pela violência”, argumenta o artista.

A versão original do filme foi enviada para os Óscares, mas apenas a versão censurada pode ser exibida na Nigéria.

O filme retrata a guerra contra o Boko Haram, a organização jihadista islâmica sunita responsável pela morte de mais de 37 mil pessoas na Nigéria. Para perceber melhor a realidade deste conflito, Ovbiagele leu milhares de páginas de notícias e relatórios, e falou com vítimas reais que escaparam à violência deste grupo terrorista.

“Os sobreviventes narravam as mais terríveis experiências de uma maneira muito desapaixonada. Eles conseguiam revelar quase casualmente como entes queridos foram massacrados à frente deles“, conta Ovbiagele.

O realizador pretende negociar com uma plataforma de streaming para que “A Leiteira” possa ser exibido sem qualquer tipo de censura.

https://zap.aeiou.pt/filme-censurado-nigeria-oscares-366489

 

Agência de espionagem britânica desafia “homens e mulheres sábios” a resolver enigma num postal de Natal !

A maior agência de espionagem do Reino Unido, o Government Communications Headquarters (GCHQ), enviou o seu cartão de Natal anual com um enigma por resolver.

“A solução de problemas está no cerne do que fazemos. Aceitar este brinde de Natal dá uma visão das habilidades de que precisa para ser um analista do GCHQ“, disse um porta-voz do Government Communications Headquarters (GCHQ), em comunicado publicado esta sexta-feira. “Reúna uma mistura de mentes partilhando com os homens e mulheres sábios da sua casa para encontrar a solução.”

De acordo com a CNN, as instruções são as seguintes: “Complete as nove sequências a seguir e escreva as suas respostas de uma única letra nos nós dourados correspondentes no cartão. Siga o fluxo das setas de algum lugar gelado para desbloquear uma mensagem.”

As sequências são: GFEDCB_; NOHHPQ_; MDCLXV_; POIUYT_; DPLLMS_; HHELIB_; NAMWON_; EOEREX_; e GMRDPR_.

A resposta do quebra-cabeça de Natal será publicada na conta do Twitter, assim como no Instagram e no site do GCHQ.

O GCHQ é uma agência de inteligência, cibernética e segurança, de acordo com o seu site.

A agência é conhecida pelas suas operações durante a II Guerra Mundial, quando se mudou para Bletchley Park em Buckinghamshire. Lá, decifradores de código, incluindo Alan Turing, revelaram mensagens em alemão codificadas, famosamente descriptografadas usando a máquina de criptografia Enigma.

Mais recentemente, o GCHQ foi criticado pela Big Tech por fazer uma “proposta fantasma” que lhes permitiria espiar mensagens criptografadas.

No final de 2018, funcionários de alto escalão sugeriram que os provedores de serviços poderiam “adicionar silenciosamente um participante da aplicação da lei” a grupos de mensagens ou chamadas em grupo criptografadas.

Em maio de 2019, grupos de defesa, especialistas em segurança e gigantes da tecnologia, incluindo a Apple, Google e WhatsApp, assinaram uma carta aberta ao GCHQ, exigindo que os seus espiões sejam proibidos de aceder a mensagens digitais privadas.

A conta do Twitter do GCHQ publica enigmas semanalmente para os seus seguidores decifrarem.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-agencia-de-espionagem-desafia-homens-366760

Bicicletas de neve elétricas vão “rasgar” silenciosamente os Alpes !

Chegou a época do ano em que máquinas experimentais de neve totalmente elétricas começam a sair das suas garagens de grande altitude. Este ano, a bicicleta de neve totalmente elétrica MoonBike, feita em França, veio “rasgar” a neve no seu próprio canto dos Alpes.

A startup francesa MoonBikes Motors está a conquistar algum espaço entre as categorias de e-snowmobile e e-dirt bike, tendo criado uma moto de neve elétrica de aceleração total, destinada a viajar com leveza e proporcionar uma alegria nítida e explosiva na neve.

Projetada para emoções extremas na neve e para uma utilidade obediente, a MoonBike apresenta uma combinação semelhante a um snowmobile de tração traseira e esqui frontal.

Um motor com 3 quilowatts de potência contínua empurra a bicicleta a velocidades de até 45 quilómetros por hora.

Em vez de usar uma única bateria fixa, a MoonBike pode armazenar uma ou duas baterias de 2 quilowatts, permitindo que os pilotos dupliquem o alcance. Uma única bateria alimenta a bicicleta por entre 18 e 35 quilómetros – dependendo de quão forte o ciclista está a usar o acelerador. Uma bateria dupla duplica esse alcance para 36 a 70 quilómetros.

As baterias também são removíveis.

As MoonBikes não têm a velocidade total ou gama de motos de neve com motor a gás, mas o seu motor é silencioso e limpo.

A bicicleta elétrica supera uma grande moto de neve de mais de 181 quilogramas na sua construção compacta de 80 quilogramas (com uma bateria) que garantirá um transporte e armazenamento muito mais fáceis.

A MoonBikes Motors planeia disponibilizar as suas bicicletas para encomenda no final de janeiro. O preço ainda não foi finalizado, será anunciado durante a campanha de encomenda. A empresa ressalta ainda que os modelos retratados são protótipos e não o produto finalizado. Da mesma forma, as especificações ainda estão sujeitas a alterações.

A empresa espera que as primeiras entregas para a América do Norte comecem em dezembro de 2021.

https://zap.aeiou.pt/bicicletas-de-neve-eletricas-rasgam-silenciosamente-os-alpes-366146

 

Ex-mulher de Bezos doou mais de 4 mil milhões de dólares em quatro meses !

MacKenzie Scott, antiga esposa do CEO da Amazon, Jeff Bezos, doou, nos últimos quatro meses, mais de 4 mil milhões de dólares para bancos alimentares e fundos de ajuda de emergência norte-americanos. 


A revelação foi feita pela própria MacKenzie Scott, num artigo publicado no portal Medium.

No texto, a escritora, que se separou de Jeff Bezos no ano passado, afirma que procurou com os donativos ajudar os norte-americanos que estão a sofrer com a pandemia de covid-19, que fez dos Estados Unidos o país mais afetado do mundo.

Tal como escreve a emissora britânica BBC, MacKenzie Scott é a 18.ª pessoa mais rica do mundo, tendo visto a sua fortuna crescer de 23,6 mil milhões para 60,7 mil milhões de dólares em 2020 graças à valorização da gigante tecnológica Amazon.

A empresa foi fundada por Bezos há mais de 25 anos, em 1994, um ano depois de se terem casado e MacKenzie foi uma das primeiras funcionárias.

Em 2019, quando se divorciaram, MacKenzie Scott ficou com cerca de 35,6 mil milhões de euros, sendo o seu ex-marido o homem mais rico do mundo, com um património avaliado em cerca de 185 mil milhões de dólares.

Esta pandemia tem sido demolidora na vida dos americanos que já se encontravam em dificuldades”, escreveu MacKenzie Scott, acrescentando que fez donativos para mais de 380 instituições, que foram identificadas por si e por um grupo de especialistas.

“Aproveitamos essa base de conhecimento coletivo numa colaboração que incluiu centenas de e-mails e entrevistas de telefone e milhares de páginas de análise de dados sobre as necessidades das comunidades, resultados do programa e a capacidade de cada organização sem fins lucrativos para absorver e fazer um uso eficaz dos recursos doados”, disse, explicando o processo que conduziu às doações.

E escreveu ainda: “As perdas económicas e impactos na saúde têm sido piores para as mulheres, minorias étnicas e pessoas que vivem em situações de pobreza. Em simultâneo, houve um aumento substancial da fortuna dos bilionários“.

https://zap.aeiou.pt/ex-mulher-bezos-doou-4-mil-milhoes-dolares-quatro-meses-366201

 

sábado, 19 de dezembro de 2020

Segredos dos EUA podem ter sido expostos em ataque informático !

Alguns dos segredos institucionais mais bem guardados dos Estados Unidos podem ter sido roubados após um ataque informático alegadamente perpetuado pelo Governo russo.


O jornal britânico The Guardian escreve que alguma da informação é relativa a segredos nucleares, dados da vacina contra a covid-19 e sistemas de armas de próxima geração.

No domingo, a empresa SolarWinds alertou os clientes de que uma “nação externa” tinha encontrado uma maneira de acessar software utilizado por algumas das maiores agências governamentais e empresas dos Estados Unidos.

O Pentágono é um dos departamentos que utiliza o software em causa, mas, “por razões de segurança operacional”, não revela se os seus sistemas foram pirateados ou não.

Os departamentos do Tesouro e do Comércio foram apenas dois das dezenas de alvos dos ataques. Em causa estará uma atualização de software comercial distribuída por milhares de clientes da SolarWinds. Nos meses desde que a atualização foi lançada, os hackers extraíram cuidadosamente os dados, muitas vezes criptografando-os para cobrir a operação.

Especialistas em cibersegurança argumentam que as técnicas utilizadas para o ataque informático são típicas da SVR, o Serviço de Inteligência Estrangeiro dos russos.

Thomas Rid, da Universidade Johns Hopkins, diz que a provável eficácia do ataque é comparável à invasão “Moonlight Maze”, uma operação russa que visou, durante os anos 90, alvos como a NASA e o Pentágono.

Os agentes de inteligência normalmente procuram as últimas novidades em tecnologias de armas e sistemas de defesa antimísseis. Além disso, desenvolvem dossiês sobre funcionários rivais do Governo, potencialmente para recrutamento como espiões.

https://zap.aeiou.pt/segredos-eua-expostos-ataque-366456

 

YouTuber faz descoberta que resolve antigo caso de jovem desaparecido !

Um YouTuber resolveu o caso do desaparecimento de um jovem, nos Estados Unidos, em 2013. Jason Leisek encontrou o carro e o cadáver de Ethan Kazmerzak num lago.

Na manhã do dia 15 de setembro de 2013, Ethan Kazmerzak desapareceu juntamente com o seu carro, sem rasto de onde possa ter ido. O jovem de 22 anos de Hampton, Iowa, nos Estados Unidos, tinha ido a uns bares e ligou à sua mãe a dizer que já estava a ir em direção a casa. Foi essa a última vez que alguém viu ou ouviu Ethan.

As autoridades investigaram o seu desaparecimento mas nunca conseguiram oferecer uma resposta para o paradeiro do jovem norte-americano.

No entanto, em outubro deste ano, o YouTuber Jason Leisek estava a mergulhar num lago onde as autoridades tinham feitos buscas pelo corpo de Ethan no passado.

De acordo com o Interesting Engineering, Jason acabou por ter mais sorte do que a polícia e encontrou o carrodeEthan, um Volkswagen Jetta, a 2,5 metros de profundidade.

Anteriormente, Jason já tinha feito esforços para encontrar o corpo de Ethan, mas sem sucesso. Contudo, um dos seus seguidores avisou-o que talvez estivesse a procurar no sítio errado, já que Ethan tinha estado numa festa perto de outro lago. O YouTuber decidiu investigar a pista, acabando por encontrar o carro.

Desta forma, o mistério do desaparecimento de Ethan Kazmerzak fica resolvido sete anos depois. A polícia está agora a investigar as causas que podem ter levado ao trágico evento que resultou na sua morte.

https://zap.aeiou.pt/youtuber-resolve-caso-jovem-desaparecido-366817

Caçador de tesouros e África do Sul disputam riquezas encontradas em naufrágio da 2.ª Guerra !

Esta quarta-feira, um Tribunal do Almirantado Britânico decidiu a favor de um caçador de tesouros que disputa com a África do Sul a propriedade de cerca de 60 toneladas de prata, avaliadas em mais de 43 milhões de dólares, recuperadas de um navio naufragado no oceano Índico em 1942, durante a II Guerra Mundial.

De acordo com o jornal britânico The Times, o tesouro disputado – 2.364 lingotes de prata – tinha sido adquirido pela Casa da Moeda sul-africana. No entanto, o navio que o carregava, o SS Tilawa, foi atacado por submarinos japoneses no seu trajeto da cidade indiana de Bombaim até à costa africana, afundando a cerca de 1.500 quilómetros a nordeste das ilhas Seychelles.

Os 2.364 lingotes de prata, que pesam cerca de 60 toneladas, estão avaliadas em mais de 43 milhões de dólares (equivalente a 35 milhões de euros).

Depois de localizar os destroços em 2014, Ross Hyett, um ex-piloto britânico de corridas de automóveis, iniciou, em 2017, uma operação secreta para recuperar a carga.

Durante os seis meses da expedição, a prata permaneceu escondida no fundo do mar em águas internacionais para evitar que fosse confiscada pelas autoridades.

Os lingotes foram transportados para Southampton, no Reino Unido, pelo Cabo da Boa Esperança, evitando assim a travessia do Canal de Suez, onde a carga teria de ser declarada ao Shipwreck Receiver, instituição que fiscaliza o cumprimento das leis de salvamento.

No entanto, em 2016, a Odyssey Marine Exploration, empresa de resgate de naufrágios dos Estados Unidos, contactou as autoridades sul-africanas e ofereceu-se para localizar e recuperar a carga do SS Tilawa em troca de 85% do tesouro.

Porém, antes de as operações para recuperar a carga pudessem começar, o tesouro já tinha sido removido por Hyett.

Neste contexto, o Governo da África do Sul entrou com uma ação no Tribunal do Almirantado, argumentando que a prata pertencia à Casa da Moeda, portanto, deveria ser considerada propriedade do Estado.

No entanto, o juiz responsável pelo caso decidiu que os lingotes estavam destinadas ao uso comercial, negando ao Estado africano os direitos sobre elas.

“Com toda a probabilidade, a prata foi esquecida até 2016, quando a Odyssey Marine Exploration lembrou a República da África do Sul da sua existência”, decidiu o juiz.

https://zap.aeiou.pt/cacador-de-tesouros-e-africa-do-sul-disputam-60-toneladas-366723

 

Barco “fantasma” deu à costa nas Ilhas Marshall com 650 quilos de cocaína a bordo !

Um barco abandonado deu à costa nas Ilhas Marshall, no Oceano Pacífico, com 649 quilogramas de cocaína escondidos a bordo, numa mercadoria avaliada em 80 milhões de dólares, cerca de 65 milhões de euros. 


A embarcação “fantasma”, com 5,5 metros de comprimento, foi encontrada por um morador local no atol de Ailuk, segundo escreve a emissora britânica BBC.

As autoridades acreditam que o barco, que será oriundo da América Latina, pode ter estado à deriva durante mais de um ano no Pacífico antes de chegar às Ilhas Marshall.

“Poderá ter ficado à deriva durante um ou dois anos”, disse o procurador-geral Richard Hickson, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

A cocaína foi encontrada num compartimento escondido no convés barco. Em causa estavam pacotes de um quilograma envoltos em plástico, nos quais se podia ver um logótipo vermelho com as letras KW, detalha a revista norte-americana Newsweek.

A polícia local informou que toda a mercadoria foi incinerada na passada terça-feira, à exceção de duas embalagens que serão analisadas pela US Drug Enforcement Agency.

São várias as embarcações que vão dando à costa nas Ilhas Marshall com estupefacientes a bordo, uma vez que esta zona do Pacífico é um ponto conhecido nas rotas do tráfico, mas esta foi a maior apreensão já efetuada pela polícia local.

As autoridades das Ilhas Marshall afirmam que estes episódios têm agudizado os problemas com drogas no país, levando mais pacientes aos hospitais com problemas causados pelo consumo de estupefacientes, porque alguns dos moradores locais acabam por vender as substâncias encontradas em vez de notificar as autoridades.

https://zap.aeiou.pt/barco-fantasma-deu-costa-nas-ilhas-marshall-650-quilos-cocaina-366786

 

Estados Unidos autorizam vacina da Moderna - Europa antecipa decisão !

A agência que regula o mercado do medicamento e dos alimentos nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou o uso da vacina contra a covid-19 da empresa de biotecnologia norte-americana Moderna.


A autorização dada à vacina da Moderna surge uma semana depois de a FDA ter decidido autorizar o uso da vacina da farmacêutica Pfizer, cujas primeiras doses já estão a ser administradas nos Estados Unidos.

“Com duas vacinas disponíveis para a prevenção da covid-19, a FDA deu outro passo crucial na luta contra esta pandemia que está a causar um elevado número diário de hospitalizações e mortes nos Estados Unidos”, disse, em comunicado, o diretor da agência, Stephen Hahn.

O responsável garantiu que as duas vacinas, apesar da “acelerada autorização”, “cumprem os rigorosos padrões de segurança, eficácia e qualidade de fabrico necessários para garantir a autorização de uso de emergência que o povo norte-americano espera da FDA”.

Em quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aprovação e a distribuição imediata da vacina contra a covid-19 da Moderna, numa mensagem difundida na rede social Twitter, sem que a FDA tivesse ainda confirmado a decisão.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (310.325) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 17,1 milhões) em todo o mundo.

A administração norte-americana garantiu já que na próxima semana vão ser distribuídas 5,9 milhões de doses da vacina da Moderna e dois milhões de doses da vacina da Pfizer por todo o país. Estes 7,9 milhões de doses vão somar-se aos 2,9 milhões de doses da vacina Pfizer distribuídos esta semana, que já começaram a ser administrados.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.662.792 mortos resultantes de mais de 74,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A Agência Europeia do Medicamento, EMA, anunciou esta sexta-feira uma reunião extraordinária a 6 de janeiro para concluir a avaliação da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Moderna. A reunião de avaliação da EMA estava anteriormente prevista para 12 de janeiro.

A EMA recebeu “antes do previsto” o último pacote pendente de dados clínicos necessário para os seus especialistas avaliarem o pedido da Moderna de licença condicional de comercialização do seu fármaco na União Europeia, o que pode permitir a essa agência antecipar o anúncio de suas conclusões sobre a segurança e eficácia da vacina.

Segundo a diretora executiva da EMA, Emer Cooke, a agência europeia tem mostrado que soube reagir à situação de urgência provocada pela pandemia da covid-19 na Europa.

“Graças ao incrível esforço de todos os envolvidos neste processo, pudemos rever os nossos calendários de avaliação das vacinas contra o Covid-19”, salientou Emer Cooke.

De acordo com os investigadores da farmacêutica, os ensaios clínicos realizados em 30.400 participantes mostraram uma eficácia média de 94,1% da vacina da Moderna.

https://zap.aeiou.pt/estados-unidos-autorizam-vacina-da-moderna-366936

 

BP pagou milhões após desastre do Deepwater Horizon - México não prova como os gastou !

 

O México recusa-se a mostrar recibos dos alegados gastos com custos de deslocação dos seus embaixadores. O uso de parte dos 21 milhões de euros pagos pela BP após o desastre do Deepwater Horizon continua um mistério.

No dia 20 de abril de 2010, a plataforma de petróleo Deepwater Horizon, no Golfo do México, explodiu. Depois de dois dias em chamas, afundou e uma enorme mancha de mais de três milhões de barris de petróleo espalhou-se pelo mar. Só no dia 17 de julho é que a BP, que operava a plataforma, conseguiu estancar o derrame.

Oito anos depois, o México assinou um controverso acordo com a BP, com a multinacional britânica a comprometer-se a pagar cerca de 21 milhões de euros de indemnização pelo desastre ambiental.

Milhares de pescadores mexicanos manifestaram-se em revolta pelo acordo, cujo valor envolvido consideraram insuficiente e não oferecia nenhuma compensação às populações costeiras afetadas. Comparativamente, os EUA receberam quase 50 mil milhões de euros, já que o desastre aconteceu na parte norte-americana do Golfo do México.

Desde então, os pescadores têm enviado numerosas cartas ao Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, pedindo que o caso seja revisto. De pouco lhe valeu, já que ainda não receberam dinheiro nenhum desde o desastre da Deepwater Horizon.

Uma investigação da VICE e da watchdog de transparência empresarial PODER questiona o uso de mais de 4 milhões de euros do acordo entre o Governo mexicano e a BP.

Embora os documentos sugiram que este dinheiro foi utilizado para cobrir as despesas de deslocação dos diplomatas mexicanos, o Governo recusa-se a divulgar faturas ou recibos dos gastos.

A VICE e a PODER tiveram acesso ao orçamento do Secretariado dos Negócios Estrangeiros mexicano, disponível aqui, que mostra aumentos astronómicos no orçamento das suas embaixadas. O gabinete recusou-se a minuciar o tipo de gastos, indicando apenas que se trataram de despesas de deslocação.

Os pescadores não se mostram dispostos a esquecer o assunto, principalmente após uma investigação de 2018 da PODER ter mostrado que o Governo do então presidente mexicano Enrique Peña Nieto potencialmente ignorou estudos sobre os efeitos do derramamento de petróleo nas águas do país.

Em vez disso, explica a VICE, o Governo avançou com uma reforma para privatizar o setor de energia, que permitiu vários acordos com a BP. Não só a empresa ganhou direitos de exploração petrolífera no Golfo do México, como também abriu 500 postos de gasolina, no México, nos últimos quatro anos.

https://zap.aeiou.pt/bp-deepwater-horizon-mexico-366517

Facebook acusa indíviduos ligados a militares franceses de administrar contas troll - A ideia seria influenciar eleições em África !

O Facebook acusou indivíduos ligados a militares franceses de conduzirem uma operação secreta de influência online. A empresa disse que as campanhas de desinformação tinham como objetivo enganar os utilizadores na República Centro-Africana antes das eleições que se deverão realizar a  27 de dezembro.


As táticas supostamente usadas, que incluem o uso do Facebook para se passar por locais nos países-alvo, refletem as campanhas de desinformação. A empresa acredita que as pessoas que estavam a administrar as contas têm fortes ligações a militares franceses.

O Facebook disse que suspendeu três redes, totalizando quase 500 contas e páginas, devido ao chamado “comportamento inautêntico coordenado”.

Uma das redes estava ligada a “indivíduos associados a militares franceses”, referiu a gigante das redes sociais. As outras duas tinham conexões com “indivíduos associados a atividades anteriores da Agência Russa de Pesquisa na Internet”, bem como a Evgeny Prigozhin, um empresário russo indiciado nos Estados Unidos por interferência eleitoral.

Segundo o CNN, não houve comentários por parte do Ministério da Defesa e do Comando Militar francês. Questionado sobre as acusações em África, Prigozhin, que negou as acusações feitas pelos EUA, disse à agência de notícias Reuters, que considerava o Facebook uma ferramenta da CIA que retirava páginas para atender aos interesses dos EUA.

O presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadera, é um aliado russo, um relacionamento frequentemente visto como uma ameaça à influência da França no país de língua francesa.

O recente regresso do ex-presidente François Bozize ao país, onde tentou disputar o cargo, despertou temores de um retorno à violência. Bozize assumiu o poder em 2003 antes de ser derrubado pelo Seleka, uma coligação rebelde formada em grande parte pela minoria muçulmana.

No entanto, Bozize voltou atrás com a sua decisão de concorrer ao cargo mais alto do país, anunciando que aceitou a decisão do Tribunal Superior de o impedir de disputar as eleições.

O Facebook disse que as duas campanhas de desinformação se concentraram amplamente no República Centro-Africana, mas também tinham utilizadores em 13 outros países africanos, incluindo Argélia, Camarões, Líbia e Sudão.

Ben Nimmo, diretor de investigações da empresa de análise de media social Graphika, disse que ambas as campanhas usaram contas falsas para se passarem por moradores locais, muitas vezes partilhando fotos adulteradas.

https://zap.aeiou.pt/facebook-individuos-contas-troll-366232

Sobrecarga nas morgues leva cidade alemã a utilizar unidades móveis refrigeradas

A cidade alemã de Hanau, perto de Frankfurt, teve que disponibilizar unidades refrigeradas móveis devido a sobrecarga das morgues, causada pelo número crescente de mortes por covid-19.


“Somos forçados, pela primeira vez, a usar os refrigeradores móveis porque as clínicas em Hanau estão sobrecarregadas”, escreveu no Twitter o presidente da câmara de Hanau, Claus Kaminsky. “É extremamente triste que estejamos nesta situação horrível”, indicou,  na quinta-feira pela CNN.

De acordo com comunicado da câmara da cidade, Hanau arrendou o aparelho em abril, mas só agora teve necessidade de o ativar. O presidente da câmara “Claus Kaminsky lamenta uma nova escalada da situação de pandemia”, informou o comunicado.

A Alemanha tem registado um grande aumento nas infeções e mortes por coronavírus. Na terça-feira, o centro de controle de doenças do país registou o maior número de mortes num único dia (952).

https://zap.aeiou.pt/sobrecarga-morgues-cidade-alema-unidades-refrigeradas-moveis-366744

 

Unicef alimenta crianças no Reino Unido pela primeira vez na história

O Fundo da Nações Unidas para a Infância (Unicef) vai alimentar, pela primeira vez nos seus 70 anos de história, crianças no Reino Unido que se encontram em situação de emergência, com fome, devido à pandemia de covid-19.


Num comunicado, a agência da ONU indicou que irá colaborar com ajuda de emergência no Reino Unido com uma subvenção de 25 mil libras (cerca de 27.700 euros) para o projeto comunitário School Food Matters (“A Alimentação na Escola Importa”).

A verba será utilizada para fornecer 18 mil pequenos-almoços – que incluem 1,2 toneladas de fruta e de legumes – a 25 escolas de Southwark, um distrito a sul de Londres, que está a ser bastante afetado com a crise pandémica e económica.

A oferta de alimentos será proporcional às famílias durante das férias de Natal, pormenorizou a Unicef.

“Muitas famílias em situação precária estão a enfrentar uma realidade crua de umas férias Natal sem acesso às refeições escolares gratuitas”, declarou Stephanie Slater, fundadora e diretora executiva da organização School Food Matters.

“O financiamento será uma ajuda durante este período, embora seja necessária uma solução a longo prazo para se analisar as causas fundamentais da pobreza”, escreveu, por seu lado, a diretora de programas da Unicef Reino Unido, Anna Kettley, ao diário britânico The Guardian.

A secretária-geral adjunta do Partido Trabalhista, o maior da oposição no Reino Unido, escreveu na rede social Twitter ser “uma vergonha” que a Unicef tenha de intervir no Reino Unido, “um dos países mais ricos do mundo”.

“[O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o seu ministro da Economia, Rishi Sunal,] deveriam estar envergonhados por uma organização de caridade que opera em zonas de guerra e de desastres naturais ter de alimentar as nossas crianças”, acrescentou a dirigente trabalhista.

https://zap.aeiou.pt/unicef-alimenta-criancas-reino-unido-366672

 

França - Terrorista responsável por ataque em comboio em 2015 condenado a prisão perpétua !

O marroquino Ayoub El-Khazzani, que em 2015 atirou em duas pessoas durante um atentado num comboio de alta velocidade, foi na quinta-feira condenado num tribunal francês à prisão perpétua por tentativa de homicídio, posse de armas e participação em grupo terrorista.


Durante o atentado no comboio – cuja viagem ligava Amsterdão (Holanda) a Paris (França) -, Ayoub El-Khazzani, de 31 anos, foi travado por três turistas norte-americanos e um britânico, depois de atirar em dois passageiros.

Segundo noticiou o Guardian, a acusação disse em tribunal que, de acordo com as agências de inteligência francesas, o ataque foi planeado na Síria e arquitetado por Abdelhamid Abaaoud, que acreditam ter orquestrado os atentados e tiroteios de novembro de 2015, em Paris, causando 130 mortos.

Testemunhas disseram em tribunal que Ayoub El-Khazzani saiu da casa de banho do comboio, despido da cintura para cima e com uma espingarda automática no ombro, logo depois que o comboio cruzou a fronteira da Bélgica para o norte da França.

O homem atirou num passageiro francês que conseguiu tirar-lhe a espingarda, utilizando uma segunda arma. Quando disparou contra outros passageiros, foi travado pelo grupo. Quatro pessoas ficaram feridas no ataque.

Ayoub El-Khazzani, que carregava 300 cartuchos de munição, estava na lista de risco das autoridades francesas. No início dos interrogatórios, afirmou que havia embarcado no comboio para roubar os passageiros, mas depois admitiu que queria “matar norte-americanos”, em retaliação aos bombardeios na Síria.

Dois dos três passageiros norte-americanos, o estudante Anthony Sadler e o membro da guarda nacional Alek Skarlatos, testemunharam no julgamento. Spencer Stone, um militar da Força Aérea, deu o seu depoimento por vídeo, indicando que Ayoub El-Khazzani tentou matá-lo três vezes.

O passageiro britânico, Chris Norman, de 67 anos, ajudou a amarrar o atirador antes da chegada da polícia. Os quatro homens receberam a Légion d’honneur, tornando-se cidadãos honorários de França.

https://zap.aeiou.pt/franca-terrorista-ataque-comboio-prisao-perpetua-366728

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Japão aprova construção de navios de guerra para instalar sistemas antimísseis

O Governo do Japão aprovou esta sexta-feira a construção de dois novos navios de guerra, que vão ser dotados com sistemas antimísseis Aegis, depois de ter sido afastada a instalação de bases terrestres, disseram fontes oficiais.


O objetivo deste sistema de defesa é defender o Japão das ameaças do regime da Coreia do Norte.

Em junho, a instalação de sistemas de interceção de mísseis Aegis Ashore em bases terrestres no norte e sudoeste do Japão foi suspensa, por razões económicas e técnicas, que levaram as autoridades nipónicas a procurar alternativas.

Na reunião do Conselho de Ministros japonês foi dada “luz verde” a uma das alternativas em análise e foram descartadas outras duas, uma que era a instalação do sistema em navios privados, enquanto outra apontava para plataformas marítimas.

Em conferência de imprensa, o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, indicou que as autoridades vão continuar a analisar outras medidas para reforçar os sistemas antimísseis.

A instalação de baterias dotadas com sistemas antimísseis Aegis Ashore foi aprovada em 2017, na sequência da crescente ameaça que representa os programas de mísseis balísticos e nuclear da Coreia do Norte.

Desde então, a região viveu momentos de redução da tensão com a aproximação entre Washington e Pyongyang e a discussão da desnuclearização da península coreana, o que coincidiu também com uma reavaliação japonesa do sistema Aegis Ashore.

https://zap.aeiou.pt/japao-navios-guerra-sistemas-antimisseis-366624

 

China vai vacinar 50 milhões de pessoas até 12 de fevereiro - Guterres e Cruz Vermelha apelam a ajuda internacional !

A China vai vacinar 50 milhões de pessoas, de grupos profissionais específicos, até 12 de fevereiro do próximo ano, para prevenir novos surtos durante as celebrações do Ano Novo Lunar, a maior migração interna do planeta. Guterres e Cruz Vermelha apelam a esforços internacionais na área da vacinação.

Segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post, profissionais de saúde e membros da polícia vão ser os primeiros a beneficiar desta campanha maciça de vacinação.

Cerca de 50 milhões de pessoas é quase cinco vezes a população de Portugal, mas representa apenas 3,5% do total da população da China, o país mais populoso do mundo.

Na quarta-feira, os funcionários dos centros de controlo e prevenção de doenças de toda a China foram convocados para um encontro virtual, destinado a preparar a campanha de distribuição de 100 milhões de doses das vacinas das farmacêuticas chinesas Sinovac e Sinopharm. A vacinação divide-se em duas doses, adiantou o South China Morning Post (SCMP).

A campanha deverá começar em breve, mas a data específica pode variar, dependendo das províncias do país, embora as primeiras 50 milhões de doses devam estar prontas em 15 de janeiro e a segundas em 05 de fevereiro.

A campanha visa reduzir o risco de novos surtos na China, antes do feriado do Ano Novo Lunar, que este ano se comemora entre 11 e 17 de fevereiro.

Trata-se da principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais. Milhões de chineses regressam à terra natal para festejar a passagem do ano lunar.

A data ocorre em meados do inverno, pelo que representa um risco acrescido para a contenção da pandemia, praticamente sob controlo na China, apesar da ocorrência pontual de pequenos surtos.

O Governo chinês decidiu a 23 de janeiro deste ano, dois dias antes do Ano Novo Lunar, colocar a cidade de Wuhan, no centro do país, sob uma quarentena de facto, para evitar a disseminação do novo coronavírus. Os primeiros casos de covid-19 foram detetados em Wuhan no final de 2019.

Na reunião de quarta-feira, os técnicos de saúde chineses receberam instruções sobre armazenamento, transporte e registo, além de como identificar e tratar os sintomas adversos durante a inoculação.

Entre os grupos prioritários para a vacinação estão também bombeiros, agentes alfandegários e de controlo das fronteiras ou trabalhadores do setor da logística e dos transportes.

A vacinação para a população chinesa em geral não deve começar antes do Ano Novo Lunar, de acordo com o SCMP.

Guterres apela a países ricos para apoiarem os pobres com vacinas

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos países ricos para apoiarem os pobres na aquisição de vacinas para combater a pandemia de covid-19.

Guterres, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP), indicou que o programa Covax, apoiado pela ONU, necessita de 5.000 milhões de dólares (cerca de 4.100 milhões de euros) até ao final de janeiro de 2021. O programa, criado para garantir a todos os países o acesso às vacinas para a Covid-19, necessita de pelo menos de 20.000 milhões de dólares (16.430 milhões de euros), lembrou o secretário-geral da ONU.

“Ao mesmo tempo, vejo países que compraram vacinas num volume várias vezes superior às respetivas populações, ou pelo menos fizeram ofertas nesse sentido”, frisou Guterres, exortando os governos a doarem as doses em excesso à Covax.

O antigo primeiro-ministro português observou ser “do melhor interesse do mundo” garantir uma “ampla imunização”.

O programa mundial de vacinação, batizado como Covax e coliderado pela Gavi (Aliança de Vacinação), é uma iniciativa global de distribuição justa de futuras vacinas contra a covid-19 lançada pela Organização Mundial de saúde (OMS), mas enfrenta um elevado risco de fracasso, podendo potencialmente deixar os países mais pobres e milhões de pessoas sem acesso às vacinas até 2024.

Cruz Vermelha pede inclusão dos migrantes nas campanhas de vacinação

A Cruz Vermelha Internacional pediu que os migrantes sejam incluídos nas campanhas nacionais de vacinação para a covid-19, advertindo que estes não podem ser remetidos para segundo plano na estratégia de combate contra o novo coronavírus.

“É essencial que abordemos as múltiplas barreiras à cobertura internacional da saúde e que os migrantes sejam plenamente incluídos nas campanhas nacionais de vacinação“, defendeu o presidente da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), Francesco Rocca, num comunicado.

“A pandemia está a ter um impacto catastrófico nas pessoas em movimento, que demasiadas vezes são esquecidas quando se trata de aceder a serviços de saúde essenciais”, prosseguiu Francesco Rocca na mesma declaração.

De acordo com a IFRC, os migrantes correm um risco muito elevado de serem excluídos das campanhas nacionais de vacinação, realçando que uma distribuição desigual de vacinas não só irá deixar para trás os mais marginalizados, como também constitui um risco sanitário global caso o vírus não seja controlado em comunidades vulneráveis.

Além disso, segundo sublinhou a IFRC, os refugiados constam entre aqueles que mais sofreram com as consequências económicas da pandemia da doença covid-19.

Por exemplo, na Turquia o endividamento entre os refugiados duplicou e mais de 80% dos inquiridos num estudo conduzido pela Cruz Vermelha naquele país afirmaram que tinham perdido o trabalho devido à pandemia.

Também nas Honduras e na Guatemala, de acordo com a organização internacional, a situação dos refugiados é crítica por causa do impacto da covid-19, cenário que se agravou com a época de furacões e o aumento da violência.

A IFRC destacou igualmente a situação na Grécia, outro país com grande fluxo migratório. Depois do incêndio que destruiu o campo de refugiados de Moria (na ilha grega de Lesbos) em setembro, as condições do campo preparado para o substituir, Kara Tepe, estão longe de atender aos padrões internacionais, segundo frisou a organização internacional com sede em Genebra.

A IFRC lembrou ainda que a situação não está igualmente melhor nos campos de refugiados no Sudão, que receberam mais de 50.000 etíopes desde que um conflito começou no seu país no início de novembro passado.

https://zap.aeiou.pt/china-vacinar-50-milhoes-guterres-366656

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