O marroquino Ayoub El-Khazzani, que em 2015 atirou em duas pessoas durante um atentado num comboio de alta velocidade, foi na quinta-feira condenado num tribunal francês à prisão perpétua por tentativa de homicídio, posse de armas e participação em grupo terrorista.
Durante o atentado no comboio – cuja viagem ligava Amsterdão (Holanda) a Paris (França) -, Ayoub El-Khazzani, de 31 anos, foi travado por três turistas norte-americanos e um britânico, depois de atirar em dois passageiros.
Segundo noticiou o Guardian, a acusação disse em tribunal que, de acordo com as agências de inteligência francesas, o ataque foi planeado na Síria e arquitetado por Abdelhamid Abaaoud, que acreditam ter orquestrado os atentados e tiroteios de novembro de 2015, em Paris, causando 130 mortos.
Testemunhas disseram em tribunal que Ayoub El-Khazzani saiu da casa de banho do comboio, despido da cintura para cima e com uma espingarda automática no ombro, logo depois que o comboio cruzou a fronteira da Bélgica para o norte da França.
Ayoub El-Khazzani, que carregava 300 cartuchos de munição, estava na lista de risco das autoridades francesas. No início dos interrogatórios, afirmou que havia embarcado no comboio para roubar os passageiros, mas depois admitiu que queria “matar norte-americanos”, em retaliação aos bombardeios na Síria.
Dois dos três passageiros norte-americanos, o estudante Anthony Sadler e o membro da guarda nacional Alek Skarlatos, testemunharam no julgamento. Spencer Stone, um militar da Força Aérea, deu o seu depoimento por vídeo, indicando que Ayoub El-Khazzani tentou matá-lo três vezes.
O passageiro britânico, Chris Norman, de 67 anos, ajudou a amarrar o atirador antes da chegada da polícia. Os quatro homens receberam a Légion d’honneur, tornando-se cidadãos honorários de França.
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