sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Bolsonaro diz que “a melhor vacina” contra a covid-19 é o próprio vírus !

O Presidente brasileiro, um dos líderes mundiais mais céticos em relação à pandemia, afirmou, esta quinta-feira, que a “melhor vacina” contra a covid-19 é o próprio vírus, que já matou quase 190 mil pessoas no país.


Eu tive a melhor vacina: foi o vírus. E sem efeito colateral”, disse Jair Bolsonaro – que contraiu o novo coronavírus em julho –, a um grupo de apoiantes, a grande maioria sem máscara, durante a sua visita à cidade de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina, na fronteira com a Argentina.

Tal como já fez nos últimos dias, o Presidente brasileiro voltou a reunir-se com apoiantes sem recorrer ao uso de equipamentos de proteção contra a covid-19 e chegou a declarar a um dos seus seguidores que “não usa” esse tipo de material.

O chefe de Estado costuma reunir-se com os seus ministros, participar em eventos públicos e receber apoiantes fora do Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília, sem usar máscara ou sem manter o distanciamento social.

Desde o início da pandemia no Brasil, registada oficialmente no país em fevereiro, Bolsonaro minimizou em várias ocasiões a gravidade do novo coronavírus, que chegou a classificar de “gripezinha”, embora tenha reconhecido na semana passada que se houve “extrapolações ou exageros” foi no intuito de encontrar uma solução para a pandemia.

O líder também defendeu o uso de tratamentos sem comprovação científica para combater a doença, como a hidroxicloroquina, e, mais recentemente, opôs-se à obrigatoriedade da vacina, que acabou por ser determinada pelo Supremo Tribunal Federal do país.

Esta semana, Bolsonaro criticou ironicamente a vacina do consórcio Pfizer-BionTech, ao dizer que aquele fabricante se eximiu de responsabilidades pelos possíveis efeitos colaterais do imunizante.

“Lá, no contrato da Pfizer, está bem claro: nós [a Pfizer] não nos responsabilizamos por qualquer efeito secundário. Se você se tornar num jacaré, o problema é seu“, publicou o chefe de estado na rede social Twitter.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (189.220) e mais de 7,3 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

São Paulo diz que CoronaVac é eficaz, mas adia publicação de dados

As autoridades do estado brasileiro de São Paulo informaram que a potencial vacina chinesa contra a covid-19 CoronaVac é eficaz, mas adiaram novamente a divulgação dos dados que comprovam a alegada eficácia do imunizante.

Segundo o Instituto Butantan, centro de investigação científica de São Paulo que coordena a testagem da Coronavac no Brasil, foi o próprio Sinovac Biotech, laboratório chinês que criou a vacina, que impediu a divulgação dos dados, devido a uma cláusula no contrato.

“Temos um contrato com a Sinovac que especifica que o anúncio deste número precisa de ser feito em conjunto, no mesmo momento. Então, ontem [terça-feira] apresentámos esses números à nossa parceria que, no entanto, solicitou que não houvesse a divulgação do número pelo motivo que eles necessitam analisar cada um dos casos para poder aplicá-los à agência NMPA [Associação Nacional de Produtos Médicos], que é a agência reguladora da China”, disse o diretor do Butantan, Dimas Covas.

Segundo as autoridades de São Paulo, o estado brasileiro mais afetado pela pandemia de Covid-19, o laboratório chinês quer unificar e equalizar os dados com os ensaios feitos noutros países, como a Turquia e a Indonésia, para evitar que índices diferentes sejam divulgados.

Em conferência de imprensa, Dimas Covas afirmou que, além de comprovar que a vacina é segura, o estudo da fase três mostrou que o imunizante tem uma eficácia superior a 50%, recusando-se, porém, a revelar esse índice.

“Recebemos também os dados de eficácia. Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso de emergência da vacina, seja aqui no Brasil, seja na China”, declarou Covas.

Já o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, informou que a eficácia da Coronavac calculada pelo estudo do Butantan foi diferente da eficácia verificada em outros países em que a vacina foi aplicada, podendo ter sido essa discrepância nos dados que motivou o atraso na divulgação final, segundo a imprensa local.

“Eles [Sinovac] entenderam o facto de nós termos eficácia superior a isso [50%], porém, diferente de outros países em que essa vacina está em uso, merecendo uma reavaliação”, explicou Gorinchteyn.

“Não pode haver uma eficácia aqui, uma lá e outra acolá. É isso que a própria empresa entendeu. Ela quer isonomia. Ela quer que todos os resultados sejam iguais, sem nenhuma disparidade”, completou.

O adiamento dos dados que comprovam a eficácia gerou desilusão e protestos junto dos brasileiros, que fizeram notar o seu descontentamento ao longo da transmissão da conferência de imprensa nas redes sociais: “Lamentável este novo adiamento”, “triste, estava esperançosa”, “O Butantan não sabia dessa cláusula do contrato antes?”, “que desilusão fazerem essa conferência de imprensa sem dados”, escreveram alguns cibernautas.

Esta não é a primeira vez que a divulgação é adiada. A previsão inicial era a de que os dados fossem apresentados a 15 de dezembro, no entanto, a data passou para esta quarta-feira, sendo adiada novamente e sem que haja uma previsão oficial para a efetiva difusão do relatório.

O Butantan tinha também previsto para ontem o envio dos dados de eficácia à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador brasileiro. A taxa mínima recomendada pela Anvisa como parâmetro de proteção para aprovação da vacina é de 50%.

A Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac e que será produzida pelo Butantan, já havia demonstrado ser segura e capaz de provocar resposta imune em até 97% dos participantes de etapas anteriores do estudo feitas na China.

O secretário de Saúde do estado de São Paulo disse ainda que, apesar do atraso, a vacinação no estado terá início a 25 de janeiro.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-melhor-vacina-proprio-virus-368106

 

Tiros, pessoas esfaqueadas e casas incendiadas - Massacre faz mais de 100 vítimas na Etiópia !

Mais de cem pessoas morreram esta quarta-feira num tiroteio na região de Benishangul-Gumuz, no oeste da Etiópia. O ataque, que foi confirmado pela Comissão Etíope de Direitos Humanos, ocorreu de madrugada de quarta-feira na aldeia de Bekoji, no condado de Bulen onde vivem vários grupos étnicos.


O ataque ocorreu um dia depois do primeiro-ministro Abiy Ahmed visitar a região para apelar à calma dos cidadãos após vários incidentes violentos nos últimos meses, incluindo um ataque a um autocarro no dia 14 de Novembro que matou 34 pessoas.

A Etiópia, que é segunda nação mais populosa da África, tem enfrentado episódios de violência frequentes desde que Abiy Ahmed tomou posse em 2018 e acelerou reformas democráticas no país e que diminuiriam a influência do Estado sobre rivalidades regionais no país. Com mais de 80 grupos étnicos, as tensões culturais na Etiópia são um dos grandes desafios de Abiy, Nobel da Paz em 2019.

Belay Wajera, um fazendeiro que foi baleado nos ataques de Bulen, disse à agência Reuters que contou pelo menos 82 cadáveres num campo ao pé da sua casa. A mulher e cinco dos seus filhos estavam entre as vítimas. Os outros quatro filhos estão desaparecidos. Segundo Wajera, a família acordou ao som de tiros na madrugada de quarta-feira e correu para fora de casa enquanto ouviam homens a gritar “agarrem-nos”.

Hassen Yimama, outro morador da cidade, disse que homens armados invadiram a área por volta das 6 da manhã. Ao ouvir os tiros, Yimama foi buscar uma arma para se poder defender, mas foi baleado no estômago. Desde então, diz que já viu pelo menos 20 cadáveres na região.

Um médico no local diz que já tratou 38 pessoas feridas, a maioria com ferimentos de bala. Muitos dos pacientes falam de familiares que morreram esfaqueados ou em casas incendiadas.

“Não estávamos preparados para isto e estamos sem medicamentos”, disse uma enfermeira à Reuters, acrescentando que uma criança de cinco anos morreu enquanto era transferida para a clínica.

Algumas pessoas em aldeias remotas permaneciam cercadas e sob ameaça hoje à noite, disse o chefe do Movimento Nacional do partido político Amhara, Belete Molla, que afirmou que o número total de mortos superava os 200. O responsável disse que tinha falado por telefone com alguns residentes.

Ainda não é claro quem são os autores do ataque, embora Belete Molla tenha afirmado que se tratava de membros da milícia Gumuz. O grupo também será responsável por um ataque naquela região no início de Outubro que matou pelo menos 14 civis, e por outros em Setembro que deixaram 300 pessoas sem casa.

As eleições previstas para 2021 intensificaram ainda mais as tensões étnicas sobre a terra, o poder e os recursos. Os ataques na região de Ahmara não estão relacionados com o conflito na região de Tigré do norte da Etiópia, onde as forças etíopes e as forças regionais aliadas começaram a combater as forças regionais de Tigré no início de Novembro.

https://zap.aeiou.pt/massacre-100-vitimas-etiopia-368139

 

Revelados detalhes do envenenamento de Navalny - Temperatura corporal caiu para 33,5 graus !

Os médicos de Berlim que trataram Alexei Navalny divulgaram esta quarta-feira os detalhes clínicos do seu envenenamento com Novichok, enquanto o opositor russo saudou a publicação desta “prova” médica que Moscovo reclamava há meses.


“Um envenenamento grave com um inibidor da colinestérase foi diagnosticado no Charité [hospital universitário de Berlim”, explicam os cientistas neste artigo de quatro páginas, publicado na revista científica The Lancet, que traça pela primeira vez os sintomas desencadeados pelo agente neurotóxico do grupo Novichok desenvolvido pela União Soviética na década de 1980.

“A verificação do envolvimento de um agente Novichok só foi feita vários dias após ter sido estabelecido o diagnóstico de intoxicação e não afetou as decisões de tratamento”, continuam.

De acordo com o artigo publicado com o consentimento de Navalny, o opositor russo, depois do início dos primeiros sintomas, entrou em coma, a frequência cardíaca desacelerou drasticamente e a sua temperatura corporal caiu para 33,5 graus Celsius.

“O seu bom estado de saúde antes do envenenamento provavelmente favoreceu a recuperação”, prosseguem os cientistas, contradizendo as conclusões dos médicos russos que por um tempo questionaram o estilo de vida e o estado geral de saúde de Navalny.

Um crítico feroz do regime de Vladimir Putin, Alexei Navalny adoeceu gravemente em 20 de agosto num avião na Sibéria, enquanto fazia campanha para as eleições locais e regionais.

Depois de ser tratado num hospital da Sibéria, foi transferido para o hospital Charité de Berlim, de onde recebeu alta algumas semanas depois.

Desde então, Navalny acusa os serviços secretos russos de estarem por trás da tentativa da assassínio, alegação considerada “delirantes” por Moscovo, que até agora negou que tenha sido envenenado, por falta de acesso a provas de intoxicação.

Navalny reagiu hoje à divulgação do estudo na Lancet com ironia.

O mais importante é que Vladimir Putin esteja aliviado. Em cada conferência de imprensa, ele exclamava agitando as mãos ‘quando é que os alemães vão fornecer os seus dados?’… Isso já não importa, os dados médicos estão publicados e disponíveis para todo o mundo”, declarou, na sua conta do Facebook.

A União Europeia exigiu explicações a Moscovo e aplicou sanções, às quais a Rússia responde na terça-feira com contramedidas.

https://zap.aeiou.pt/detalhes-envenenamento-navalny-368152

 

Brexit consumado - União Europeia e Reino Unido chegam a acordo !

A União Europeia e o Reino Unido chegaram esta quinta-feira a um acordo comercial pós-Brexit, anunciou a presidente da Comissão Europeia.


“Chegámos finalmente a um acordo. Foi um longo caminho, mas temos um bom acordo, que é justo e equilibrado”, anunciou Von der Leyen numa conferência de imprensa com o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, na sede do executivo comunitário.

A uma semana do final do “período de transição” para a consumação do Brexit e da saída do Reino Unido do mercado único, o bloco europeu e Londres evitaram assim um divórcio desordenado, fechando um acordo de comércio livre que regerá as relações futuras.

União Europeia e Reino Unido levaram a cabo, noite dentro, uma maratona negocial com vista a fechar o acordo sobre as futuras relações comerciais e anúncio estava pendente do compromisso final sobre as pescas, segundo várias fontes diplomáticas.

“Finalmente conseguimos chegar a um acordo, depois de percorrermos uma estrada longa e com muitos obstáculos. É um acordo justo, equilibrado e é a atitude responsável a tomar para ambos os lados”, disse ainda Ursula von der Leyen, citada pelo jornal Expresso.

É hora de virar a página e olhar para o futuro”, afirma.

Também o primeiro-ministro britânico, Boris Johson, já reagiu, recorrendo às redes sociais.

https://zap.aeiou.pt/brexit-consumado-uniao-europeia-reino-unido-chegam-acordo-368294

 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Temas polémicos e um aviso - Uma “falsa” rainha Isabel II vai deixar uma mensagem de Natal !

Este ano, a mensagem de Natal alternativa do Channel 4 será entregue por um deepfake – um doppelgänger criado digitalmente – da Rainha Isabel II.


De acordo com a emissora britânica BBC, uma versão “deepfake” da Rainha Isabel II entregará a mensagem alternativa do dia de Natal do Channel 4 este ano. A monarca criada digitalmente, interpretada pela atriz Debra Stephenson, vai alertar sobre informações e notícias falsas.

A tecnologia Deepfake pode ser usada para criar conteúdo de vídeo convincente, mas totalmente fictício, e é frequentemente usada para espalhar informações incorretas. Segundo o Channel 4, o objetivo é dar um “alerta total” sobre notícias falsas na era digital.

“Na BBC, nem sempre consigo falar abertamente e com o coração. Portanto, estou grata ao Channel 4 por me dar a oportunidade de dizer o que eu quiser, sem ninguém colocar palavras na minha boca”, vai dizer o deepfake da Rainha.

A mensagem de cinco minutos vai referir uma série de tópicos polémicos, incluindo a decisão do duque e da duquesa de Sussex de deixar o Reino Unido. Também fará alusão à decisão do duque de Iorque de renunciar aos deveres reais no início deste ano, após uma entrevista que deu à BBC sobre o seu relacionamento com Jeffrey Epstein.

O final da mensagem mostra as imagens criadas artificialmente a piscar antes de desaparecer para revelar a tela verde usada para fabricar imagens do Palácio de Buckingham e mostrar que era, na verdade, a atriz Debra Stephenson a interpretar a Rainha.

Embora a tecnologia atual permita deepfakes vocais, a voz da rainha será dobrada pela atriz britânica Debra Stephenson. A atriz já foi a voz de um fantoche da monarca no renascimento do programa satírico Spitting Image em 2020. “Como atriz, é emocionante, mas também é assustador se se considerar como isto pode ser usado noutros contextos”, disse Stephenson.

“Houve inúmeras imitações da Rainha. Esta não é particularmente boa. A voz soa ao que é – uma tentativa bastante pobre de se passar por ela. O que torna isso preocupante é o uso da tecnologia de vídeo para tentar sincronizar os seus lábios com as palavras que estão a ser faladas”, criticou o especialista da BBC em assuntos reais Nicholas Witchell.

O Channel 4 transmite uma mensagem alternativa de Natal desde 1993. No ano passado, coube ao ex-presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, esse papel. Este ano, a Mensagem de Natal Alternativa será exibida às 15h25 de 25 de dezembro.

https://zap.aeiou.pt/uma-falsa-rainha-isabel-ii-vai-deixar-uma-mensagem-368129

 

Caos no porto de Dover - Camionistas retidos entram em confronto com a polícia !

O exército britânico juntou-se esta quarta-feira aos trabalhadores da saúde para realizar testes rápidos à covid-19 aos milhares de camionistas bloqueados junto ao porto de Dover, para acelerar as viagens após a reabertura da fronteira francesa. Confrontos com a polícia lançaram o caos no local.

O encerramento da fronteira ordenado pela França na noite de domingo, em resposta à descoberta de uma nova variante do coronavírus em Inglaterra, causou o caos nas áreas próximas dos pontos de travessia do Canal da Mancha, com cerca de quatro mil camionistas forçados a passar duas noites no interior dos veículos.

Após intensas negociações entre Londres e Paris, França concordou na noite passada reabrir a fronteira e autorizar a passagem de cidadãos franceses, residentes britânicos em França e motoristas de camião, desde que tenham um teste de covid-19 negativo.

Para acelerar o descongestionamento em Dover, os soldados britânicos juntaram-se ao pessoal do serviço de saúde britânico (NHS, sigla em inglês) para realizar testes aos camionistas. Estes testes, que conseguem detetar a nova mutação do coronavírus, são semelhantes aos que se fazem para a gravidez e permitem o resultado em apenas 30 minutos.

Os motoristas receberão o resultado do teste no telemóvel, por mensagem de texto, o que será suficiente para permitir a travessia do Canal da Mancha.

Apesar dessas medidas, o descongestionamento da área deve demorar vários dias, uma vez que há camionistas tanto nas estradas como em parques de estacionamentos na zona.

O ministro das Comunidades britânico, Robert Jenrick, disse esta quarta-feira à Sky News que estarão cerca de quatro mil camiões em Dover e que levará “vários dias” para fazer os testes antes de os motoristas poderem seguir viagem rumo a França. “Espero que esta manhã vejamos pessoas e camiões a atravessar o canal”, disse Jenrick.

Confrontos entre camionistas e a polícia

A AFP relata que vários camionistas confrontaram a polícia na quarta-feira, reclamando de instalações precárias e falta de testes de vírus.

Estamos aqui há dois dias e sem banho, sem água para beber”, disse a polaca Patricia Szeweczyk, uma das motoristas presas no porto de Dover. Os motoristas não têm nada para comer e a cozinha é “perigosa” no estacionamento de camiões, reclamou.

Vestindo uma capa de chuva amarela, Szeweczyk discutiu com um polícia, enquanto várias dezenas de manifestantes bloqueavam uma rotatória fora do aeroporto de Manston, em Kent, sudeste da Inglaterra.

Os motoristas levantaram os braços e empurraram a polícia, gritando, durante os confrontos.

A polícia colocou um homem numa carrinha antes de convencer os manifestantes a voltarem para os seus veículos e aguardar o teste de vírus para permitir que continuassem as suas viagens.  “Um homem foi preso por obstruir uma rodovia em Dover e continua sob custódia”, disse a polícia.

Nesta época do ano, cerca de 10 mil camiões por dia atravessam de Dover para Calais, em França, para transportar alimentos frescos e outras mercadorias para as férias. Alguns supermercados britânicos alertaram para a possibilidade de falta de comida fresca nos próximos dias devido a atrasos na entrega de produtos por causa da situação em Dover.

O Reino Unido atingiu na terça-feira o pico de infeções por covid-19, com 36.804 casos, impulsionado em grande parte pela mutação do coronavírus encontrada neste país. O número diário de mortes subiu para 691, segundo o governo.

https://zap.aeiou.pt/dover-caos-camionistas-policia-368109

 

Trump lança “bomba” nas vésperas de Natal criticando segundo pacote anticovid e veta orçamento de Defesa !

Além de não ter promulgado o pacote de 900 mil milhões de dólares contra a covid-19, Donald Trump também não assinou o orçamento federal até setembro de 2021 e vetou um amplo projeto de lei de financiamento da Defesa.


Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, publicou um vídeo no Twitter, de apenas quatro minuto, que alarmou o Congresso norte-americano nas vésperas de Natal.

O governante considerou o pacote de resposta à segunda vaga da covid-19, no valor de 900 mil milhões de dólares (cerca de 740 mil milhões de euros), “uma desgraça“. Além disso, ameaçou com o encerramento de serviços a partir da próxima terça-feira ao deixar na gaveta o novo orçamento até setembro de 2021.

O Presidente cessante reclama um cheque de 2.000 dólares em vez de 600 para os contribuintes norte-americanos e a eliminação de vários financiamentos que denunciou como estando no pacote anticovid, mas que, na verdade, são parte do orçamento federal.

De acordo com o Expresso, a batata quente está agora nas mãos de Micth McConnell, líder Republicano do Senado que reconheceu Joe Biden como presidente eleito. Até ao momento, McConnell ainda não deu instruções sobre o que os Republicanos vão fazer.

No vídeo, Donald Trump não ameaça explicitamente com um veto, mas a decisão do Presidente deixa uma aberta para os congressistas regressarem aos trabalhos e aprovarem as alterações que ele pretende.

Nancy Pelosi, líder dos Democratas na Câmara de Representantes, respondeu ao desafio: “Vamos a isso!”, referiu, adiantando que, na sessão de véspera de Natal, esta quinta-feira, pode avançar com nova proposta e fazê-la aprovar nesta câmara, onde tem a maioria.

Também esta quarta-feira, Trump vetou um amplo projeto de lei de financiamento da Defesa, argumentando que favorece a Rússia e a China.

O projeto de lei de Autorização de Defesa Nacional, que atribui 740 mil milhões de dólares (cerca de 600 mil milhões de euros) para o orçamento militar, “não inclui medidas críticas de segurança nacional, inclui disposições que não respeitam os nossos veteranos e a nossa história militar e contradiz os esforços de meu governo para colocar os Estados Unidos em primeiro lugar nas nossas ações de segurança nacional e política externa”, argumentou.

Trump opõe-se à disposição que limita a retirada de tropas do Afeganistão e da Europa e a uma outra que remove os nomes de antigos líderes da Confederação das bases militares. Além disso, qualificou o projeto de lei como um “presente para a China e Rússia“.

Os legisladores no Congresso aprovaram a medida com ampla maioria e margem suficiente para ficar à prova de veto. Isto significa que a rejeição pode ser anulada.

Se o Congresso não anular o veto, que exige maioria de dois terços em ambas as câmaras (Representates e Senado), será a primeira vez em 60 anos que o Ato de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) não se tornará lei.

Trump indulta pai do genro

Esta quarta-feira, Donald Trump assinou mais uma série de indultos presidenciais aos seus aliados, entre eles ao pai de Jared Kushner, marido da filha Ivanka. Além do perdão a Charles Kushner, o ainda Presidente indultou o seu diretor de campanha Paul Manafort e o aliado de longa data Roger Stone, avança a AFP.

Ao todo, foram 26 pessoas indultadas esta quarta-feira. No dia anterior, o governante atribuiu indultos a, pelo menos, 15 outras pessoas, incluindo a indivíduos ligados ao processo da interferência russa nas eleições de 2016 e a quatro seguranças da empresa de segurança Blackwater, que foram condenados pelo homicídio de cidadãos iraquianos.

Perdoá-los alimenta a impunidade e tem o efeito de encorajar outros a cometer o mesmo tipo de crimes no futuro”, lê-se num comunicado do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, dirigido pela ex-Presidente chilena Michelle Bachelet.

https://zap.aeiou.pt/trump-ameaca-vetar-pacote-anticovid-368099

 

União Europeia e Reino Unido com acordo “iminente” ainda antes do Natal !

Ainda antes do Natal, a União Europeia e o Reino Unido estão em negociações intensas com vista a chegar a um acordo sobre a futura relação comercial. Fontes diplomáticas europeias admitem que possa ser alcançado “nas próximas horas”.


A cerca de uma semana do final do “período de transição” para a consumação do Brexit, e após 10 meses de negociações que por diversas vezes pareceram definitivamente condenadas ao fracasso, um acordo parece agora “iminente”, de acordo com várias fontes europeias citadas pelas agências noticiosas AFP e EFE, que admitem que o compromisso possa mesmo ser fechado ainda esta quinta-feira.

Nenhum dos responsáveis diretamente envolvidos nas negociações confirmam publicamente a iminência de um acordo, que, a acontecer nas próximas horas, evitará um “divórcio” sem acordo comercial em 31 de dezembro, data em que o Reino Unido deixa em definitivo o mercado único europeu.

Apesar de o Parlamento Europeu já não ter tempo de ratificar um acordo comercial nos poucos dias que restam até ao final do ano, os Estados-membros da União Europeia podem aprovar a entrada em vigor com cariz provisório de um acordo comercial com Londres em 1 de janeiro de 2021, tendo fontes europeias garantido que já estão a ser desenvolvidos procedimentos nesse sentido.

Se houver um novo volte-face nas negociações e não for alcançado um acordo, a partir de 1 de janeiro o comércio entre o Reino Unido e a União Europeia será feito sob as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), à semelhança do que acontece entre a União Europeia e a Austrália, o que implica a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação.

https://zap.aeiou.pt/uniao-europeia-reino-unido-busca-um-acordo-ainda-do-natal-368077

 

Milhares de barcos de pesca estão a usar mão de obra escrava - Agora, a IA está a encontrá-los !

Uma equipa de investigadores está a recorrer à Inteligência Artificial para descobrir embarcações de pesca que provavelmente estejam a usar trabalho forçado.


A pesca em alto mar é um mistério, economicamente falando. Essas áreas de oceano aberto além da jurisdição territorial de qualquer nação são geralmente consideradas áreas de pesca de alto esforço e baixo rendimento, embora os pescadores continuem a trabalhar nelas de qualquer maneira.

Gavin McDonald é um cientista de dados ambiental que utiliza dados e técnicas analíticas para responder a perguntas críticas sobre a gestão de recursos naturais. Em 2018, os seus colegas do Laboratório de Soluções de Mercado Ambiental descobriram que a pesca em alto mar muitas vezes parece ser um empreendimento quase totalmente não lucrativo.


Mesmo assim, os pescadores continuam a pescar em alto mar em números surpreendentes, sugerindo que esta atividade está a ser apoiada financeiramente além de apenas subsídios governamentais. 

O trabalho forçado é um problema conhecido na pesca em alto mar, mas a escala tem sido muito difícil de rastrear historicamente. A equipa de investigadores, liderada por McDonald, acredita que talvez muitas destas embarcações estejam, de certo modo, a ser subsidiadas através de baixos custos de mão de obra. Estes custos podem até ser zero se as embarcações estiverem a usar mão de obra escrava.

Assim, a equipa de investigadores desenvolveu uma maneira de prever se um navio de pesca tinha um risco alto de usar trabalho forçado. O estudo mostra que até 100.000 pessoas podem ter sido vítimas de trabalho forçado entre 2012 e 2018 nesses navios. Os resultados foram publicados esta semana na revista científica PNAS.

E se as embarcações que usam trabalho forçado se comportarem de maneiras observáveis, fundamentalmente diferentes das embarcações que não o fazem?

Para responder a isto, os cientistas examinaram 22 embarcações conhecidas por terem usado trabalho forçado. Pegaram nos seus dados históricos de rastreamento por satélite da Global Fishing Watch e usaram-nos para encontrar semelhanças no comportamento destas embarcações.

Esta lista de indicadores inclui o comportamento dos navios, como passar mais tempo em alto mar, viajar para mais longe dos portos do que outros navios e pescar mais horas por dia do que outros barcos. Por exemplo, às vezes, essas embarcações suspeitas ficavam no mar por muitos meses seguidos.

Os cientistas examinaram 16.000 navios de pesca usando dados de 2012 a 2018. Entre 14% e 26% desses barcos mostraram um comportamento suspeito que sugere uma alta probabilidade de estarem a usar trabalho forçado. Isto significa que, nesses seis anos, até 100.000 pessoas podem ter sido vítimas de trabalho forçado.

Não se sabe se esses barcos ainda estão ativos ou quantos navios de alto risco podem haver no mar hoje.

https://zap.aeiou.pt/barcos-pesca-mao-obra-escrava-367654

 

Destino de Trump “não será melhor” do que o de Saddam Hussein, vaticina o Presidente do Irão !

O Presidente do Irão disse esta quarta-feira que o Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, terá um destino semelhante ao do ditador iraquiano morto Saddam Hussein, que iniciou uma guerra contra a República Islâmica.


“O destino de Trump não será melhor do que o de Saddam. Saddam e Trump foram dois loucos que impuseram uma guerra militar e económica à nação do Irão”, declarou Hassan Rohani durante a reunião semanal do seu gabinete, segundo o site oficial da presidência.

O presidente iraniano indicou que Trump fracassou no seu confronto, que tentava acabar com o sistema da República Islâmica, tal como Saddam o tentou fazer na sua guerra contra o país persa, entre 1980 e 1988.

“Tivemos duas criaturas loucas que impuseram a guerra contra o nosso povo. Um louco foi Saddam e o outro Trump: um impôs a guerra militar e o outro a guerra económica”, disse.

“Na guerra militar unimo-nos e tornámos unânime a nossa voz para conquistar a vitória, e no dia que enforcaram o louco assistimos à vitória final“, adiantou.

O Presidente cessante norte-americano retirou em 2018 o seu país do acordo nuclear entre as grandes potências e o Irão, assinado em 2015, e restabeleceu duras sanções a Teerão. A vida dos iranianos foi grandemente afetada pela consequente crise económica.

Neste momento o desenvolvimento da vacina contra a covid-19 é mais um desafio para as autoridades iranianas. Com mais de 54.000 mortos entre um milhão de infetados, o Irão é o país mais afetado pela pandemia no Médio Oriente.

Rohani tentou esta quarta-feira tranquilizar os cidadãos, prometendo que todos terão acesso à vacina. “Em relação à covid-19 não temos qualquer preocupação para o futuro, nem para a elaboração, nem para a produção da vacina”, disse o Presidente, assegurando também que “para a compra da vacina produzida no exterior o Banco Central e o Ministério da Saúde estão a desenvolver todos os esforços”.

A vacina iraniana entrou esta semana na fase de ensaios em humanos e espera-se que a sua produção em massa se inicie em finais de junho de 2021.

https://zap.aeiou.pt/destino-trump-nao-sera-melhor-do-saddam-hussein-368039

 

FBI revela acidentalmente que grupo planeou ataque a centrais de energia se Trump perdesse eleições !

Supremacistas brancos planearam um ataque a centrais de energia no sudoeste dos Estados Unidos e tinham um plano para operacionalizar um ataque caso o presidente Donald Trump perdesse as eleições, revelou um depoimento ao FBI.


Segundo um depoimento ao FBI, que foi revelado acidentalmente, um adolescente de Ohio estaria alegadamente envolvido e terá revelado o plano que previa a atuação dos supremacistas brancos caso Donald Trump não fosse reeleito nas presidenciais de novembro, que foram ganhas por Joe Biden.

O adolescente estava num grupo de mensagens encriptadas, juntamente com mais de uma dezena de pessoas, quando no outono de 2019 apresentou a ideia de poupar dinheiro para comprar um terreno onde pudessem realizar treino militar, revela o depoimento do FBI, que foi arquivado sob sigilo juntamente com um pedido de mandado de busca e apreensão no Tribunal Distrital do Leste dos Estados Unidos de Wisconsin em março.

Os documentos foram inadvertidamente divulgados na semana passada, e após o erro ser detetado foram imediatamente selados de novo, noticia a agência AP.

O adolescente de Ohio, que tinha 17 anos na altura, partilhou os seus planos sobre uma conspiração para causar uma quebra de energia em centrais de energia no sudeste dos Estados Unidos, através da utilização de armas automáticas.

Esta operação foi intitulada como “Light’s Out” e estava prevista para o verão de 2021, podia ler-se ainda nos depoimentos revelados.

Um dos membros do grupo, do Texas, terá confessado ao informador do FBI que “a quebra de energia acordaria as pessoas para a dura realidade da vida, causando estragos em todo o país”.

Apesar da declaração identificar três pessoas e fazer referência a outras pertencentes a este grupo, a agência AP não citou nenhum nome porque as acusações ainda não foram apresentadas publicamente. Nenhum dos três identificados respondeu a mensagens por correio eletrónico ou por telemóvel, e um dos pais não fez qualquer comentário sobre este caso.

O adolescente queria que o grupo estivesse operacional nas presidenciais de 2024, porque acreditava que provavelmente seria um democrata a vencer, mas o depoimento acrescentava que “o cronograma para estar operacional seria acelerado se o presidente Trump perdesse as eleições de 2020”.

Uma fonte revelou aos investigadores que o adolescente “definitivamente queria estar operacional para a violência, mas também para o ativismo“.

A porta-voz do Ministério Público dos Estados Unidos do distrito sul de Ohio, Jennifer Thornton, disse que não podia fornecer informações adicionais pelo facto da investigação estar em andamento mas assegurou que “não há ameaça iminente à segurança pública relacionada a este assunto”.

O depoimento divulgado detalha uma investigação sobre os membros do grupo, que alegadamente compartilham a ideologia supremacista branca.Estes comunicavam através de mensagens encriptadas, compartilhando leituras recomendadas sobre literatura da supremacia branca, exigiam um uniforme para simbolizar o seu compromisso e conversavam sobre o fabrico de armas.

Esta investigação terá começado após um quarto homem, do Canadá, ter sido detido quando tentava entrar nos Estados Unidos. Este terá dito na fronteira que ia visitar o adolescente de Ohio, que tinha conhecido através de um grupo, segundo o depoimento. Os agentes encontraram imagens de nazistas e relacionadas com supremacia branca no seu telefone.

https://zap.aeiou.pt/fbi-revela-acidentalmente-que-grupo-planeou-ataque-a-centrais-367857

 

Cidade chinesa testa seis milhões de habitantes após detetar 17 casos de Covid !

A cidade de Dalian, no nordeste da China, está a testar mais de seis milhões de residentes para o novo coronavírus, depois de ter detetado 17 casos na semana passada, anunciou a Comissão Municipal de Saúde.


A campanha de testes em massa arrancou esta terça-feira e vai durar três dias, segundo uma nota divulgada pelas autoridades locais.

Entre 15 e 21 de dezembro, Dalian detetou 17 casos de covid-19, entre os quais 12 são assintomáticos. Todos os casos ocorreram por contágio local. A estes casos soma-se um caso confirmado e mais oito assintomáticos anunciados hoje.

Segundo a agência noticiosa Serviço de Notícias da China, cerca de 1,5 milhões de residentes foram testados na terça-feira, mas nenhum deu positivo.

A 16 de dezembro, as autoridades daquela cidade portuária informaram que quatro trabalhadores da indústria de alimentos congelados testaram positivo para a doença.

As autoridades chinesas culpam os alimentos congelados importados, sobretudo embalagens de carnes e peixes, pelos recentes surtos no país.

A China praticamente erradicou a doença, após ter implementado restritas medidas de prevenção, no primeiro trimestre do ano.

A imprensa oficial já promoveu a narrativa de que o surto inicial da pandemia, registado na cidade de Wuhan, centro do país, poderá estar relacionado à importação de alimentos congelados.

As autoridades de saúde de Dalian pediram aos cidadãos que não saíssem da cidade a menos que fosse imprescindível. Neste caso, têm de apresentar um documento que comprove que a pessoa em questão deu negativo no teste de ácido nucléico nos sete dias anteriores.

Em julho passado, Dalian sofreu um surto que registou dezenas de casos, embora ninguém tenha morrido, segundo os dados oficiais.

De acordo com os dados publicados hoje pela Comissão Nacional de Saúde da China, existem atualmente 320 casos ativos no país asiático.

A Comissão não anunciou novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4634, o mesmo desde maio passado. O país somou, no total, 86.882 infetados desde o início da pandemia.

De acordo com a CNN, Taiwan também registou o primeiro caso por contágio local em mais de 250 dias. O último tinha sido reportado em abril.

Suécia aperta medidas, mas a estratégia é igual

A Suécia, que durante a primeira vaga se destacou pela estratégia mais relaxada, com muitas recomendações, e por registar a maior mortalidade dos países nórdicos, promoveu uma linha mais intervencionista no último mês e meio.

O Governo ordenou o ensino à distância em institutos e universidades, limitou a oito o número de pessoas permitido em reuniões públicas, restringiu a atividade de restaurantes e recomendou pela primeira vez o uso de máscaras em transportes públicos.

Desde ontem, as autoridades também impuseram o encerramento de fronteiras durante um mês aos estrangeiros provenientes do Reino Unido devido à nova variante da SARS-CoV-2 e recomendaram a realização de dois testes a todos os que chegaram do território britânico à Suécia na última semana.

O encerramento de fronteiras afeta também a vizinha Dinamarca, mas, neste caso, para reduzir o risco de aglomerações e de propagação de vírus em centros comerciais e em restaurantes do sul do país, zona frequentemente visitada por turistas dinamarqueses.

No entanto, em declarações à emissora SVT, o primeiro-ministro, Stefan Löfven, afirmou que a estratégia não foi alterada. “Na sua essência é exatamente a mesma estratégia, que é garantir a propagação o mais baixa possível. (…) “Claro que tem de ser possível fazer mudanças, dependendo da situação”, cita o Diário de Notícias.

Irlanda repõe confinamento geral a partir do Natal

A Irlanda vai repor o confinamento geral por causa do agravamento da pandemia de covid-19, de 24 de dezembro até 12 de janeiro, com alguns abrandamentos e exceções para as festas natalícias, anunciou, esta terça-feira, o Governo.

O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, anunciou que o país vai regressar ao nível máximo de alerta por causa da pandemia, pedindo às pessoas para ficarem em casa, encerrando o comércio, com exceção de algumas lojas, e permitindo visitas entre agregados familiares apenas durante a celebração do Natal, até 26 de dezembro.

“Infelizmente, na semana passada, assistimos a um crescimento extraordinário na disseminação do novo coronavírus”, disse Martin, numa comunicação ao país, referindo-se à possibilidade de o agravamento da situação se dever à nova estirpe do vírus que surgiu no sul de Inglaterra.

“Embora ainda não tenhamos uma prova formal de que a nova estirpe mais virulenta já esteja no nosso país (…), a coisa mais segura e responsável a fazer é agir supondo que assim é”, disse o primeiro-ministro irlandês, lembrando que as estatísticas de saúde indicam um crescimento diário de cerca de 10% dos casos de infeção.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.703.500 mortos resultantes de mais de 77,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/dalian-testa-seis-milhoes-habitantes-367875

 

Antes de sair da Casa Branca, Trump nomeia conselheiros para cargos públicos e distribui indultos !

O presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou esta terça-feira vários conselheiros mais próximos para cargos de administração de instituições públicas, num sinal da preparação da sua saída da Casa Branca.


Apesar de continuar a não reconhecer a derrota nas eleições presidenciais, Trump deve “entregar as chaves” da Casa Branca ao seu sucessor, Joe Biden, a 20 de janeiro, data da posse do novo presidente dos Estados UNidos.

Segundo noticia a agência AFP, o republicano nomeou o ex-embaixador na Alemanha, Richard Grenell, que também é um de seus mais fervorosos defensores na comunicação social, para o Conselho de Curadores do Memorial do Holocausto em Washington.

A sua assessora mais próxima, Hope Hicks, que já trabalhou para a Trump Organization antes de ingressar na primeira campanha presidencial em 2015, quando tinha apenas 26 anos, fará parte do conselho de diretores da Bolsa Estrangeira Fulbright, um programa de bolsas de estudo de prestígio para estudantes estrangeiros nos Estados Unidos e estudantes americanos no exterior.

Já a muito discreta ex-porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, fará parte do Conselho Nacional de Ciências da Educação, um órgão consultivo.

O comunicado à imprensa com que anunciou mais de 40 nomeações soma-se a outros semelhantes já divulgados nas últimas semanas.

Donald Trump também colocou a ex-procuradora-geral da Florida, Pam Bondi, no conselho de diretores do prestigioso centro de artes John F. Kennedy, em Washington. Bondi fez parte da equipa jurídica que defendeu o presidente cessante do seu julgamento de impeachment no Senado e, mais recentemente, juntou-se à batalha judicial de Trump contra a eleição do democrata Joe Biden.

Trump dá indultos a figuras ligadas interferência russa

Trump concedeu pelo menos 15 indultos, dois dos quais a duas figuras da investigação à interferência da Rússia das presidenciais de 2016, que não deverão ser os últimos até ao final do mandato.

Entre as clemências concedidas, na terça-feira, pelo republicano Donald Trump está George Papadopoulos, um antigo conselheiro de política externa do Presidente cessante durante a campanha de 2016 que se declarou culpado, em 2017, de prestar declarações falsas às autoridades federais durante a investigação conduzida por Robert Mueller.

Alex van der Zwaan, um advogado que também se declarou culpado, em 2018, da mesma acusação que Papadopoulos também foi indultado pelo Presidente cessante.

Estas duas figuras proeminentes no inquérito que procurou encontrar provas da interferência do Kremlin nas presidenciais que elegeram Trump estiveram detidas durante um curto período e agora foram perdoadas.

A agência de notícias Associated Press (AP) dá conta de que Trump concedeu 15 indultos. No entanto, o jornal The New York Times sublinha que são ao todo 20 e que o ainda chefe de Estado norte-americano deverá conceder mais até abandonar a Casa Branca, em 20 de janeiro.

A lista de perdões também incluiu quatro seguranças da empresa Blackwater que foram condenados pelo homicídio de cidadãos iraquianos enquanto trabalhavam como empreiteiros em 2007.

Um dos quais é Nicholas Slatten, empreiteiro da empresa controversa Blackwatter e que foi condenado a prisão perpétua pelo Departamento da Justiça dos Estado Unidos pelo envolvimento no homicídio de 17 civis iraquianos na Praça de Nisour, em Bagdad.

Também três antigos membros do Congresso foram perdoados por Donald Trump: Duncan Hunter (Califórnia), Chris Collins (Nova Iorque) e Steve Stockman (Texas).

Duncan Hunter ia começar a cumprir uma pena de 11 meses a partir de janeiro depois de se ter declarado culpado, em 2019, de má utilização de fundos de uma campanha.

Já o antigo congressista de Nova Iorque, um dos primeiros apoiantes de Trump na corrida à Casa Branca em 2016, está atualmente a cumprir uma pena de 26 meses depois de também se ter declarado culpado, no ano passado, de prestar falsas declarações ao Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla inglesa) e de conspirar para cometer fraude na área da segurança.

Steve Stockman foi condenado em 2018 por fraude e lavagem de dinheiro e estava a cumprir uma pena de dez anos.

Esta onda de perdões não deverá ser a última de Trump no último mês enquanto Presidente. Os indultos concedidos a pessoas próximas do Presidente cessante ou de processos que envolvem Trump mostra que o republicano não tem quaisquer problemas em utilizar as clemências para proveito político e pessoal.

Os “Founding Fathers” dos Estados Unidos (“Pais Fundadores”, consensualmente: John Adams, Samuel Adams, Benjamin Franklin, Alexander Hamilton, Patrick Henry, Thomas Jefferson, James Madison, John Marshall, George Mason e George Washington) concederam ao Presidente a possibilidade de ser o último travão do sistema judicial norte-americano, podendo conceder indultos a qualquer pessoa que o chefe de Estado considere que mereça.

Contudo, Trump tem utilizado este poder sem qualquer pudor para favorecimento pessoal. Jack Goldsmith, professor da Harvard Law School, contabilizou todas as 45 clemências concedidas por Trump até terça-feira, 22 de dezembro de 2020, e concluiu que cerca de 88% auxiliavam alguém que tem um laço ao Presidente ou que poderiam, em contrapartida, auxiliá-lo nas ambições políticas.

A concessão de indultos a pessoas associadas à investigação à interferência de Moscovo nas presidenciais de 2016, por exemplo, ajudou o ex-procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, a arruinar essa investigação, desacreditando-a e ilibando figuras cujo envolvimento estava comprovado ou que tinham admitido ter participado nesta campanha de intromissão russa.

Uma dúvida que ainda persiste a menos de um mês da saída de Trump da Casa Branca é a possibilidade de o Presidente cessante contemplar o indulto próprio.

A Constituição é omissa neste assunto, que divide constitucionalistas, uma vez que nunca foi contemplada por um Presidente em exercício. E, apesar de Trump nada dizer sobre se contempla esta possibilidade, vários analistas políticos norte-americanos consideram que o republicano poderá tentar utilizar essa eventual lacuna para perdoar crimes, como por exemplo, de evasão fiscal.

O perdão, no entanto, não deverá ser dado ao antigo diretor de campanha de Trump, Paul Manafort, que foi condenado em 2018 a sete anos de prisão por inúmeras acusações, entre as quais fraude fiscal e bancária.

No início do ano, Manafort começou a cumprir prisão domiciliária por causa dos receios associados à propagação da pandemia e, entretanto, concordou em cooperar com os investigadores que analisam a interferência russa.

Contudo, Paul Manafort foi descartado pelos investigadores, que o acusaram de os estar a enganar e de nada servir para a investigação.

Por causa deste fator, sublinha o diário norte-americano The New York Times, o círculo próximo de Manafort espera que Trump o perdoe.

https://zap.aeiou.pt/sair-da-casa-branca-trump-nomeia-conselheiros-cargos-publicos-367803

 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Boris pressionado a manter escolas fechadas - Fauci diz que nova variante pode já estar nos EUA !

O Governo britânico está a ser pressionado para manter as escolas fechadas em janeiro, decisão que já foi tomada pela Escócia. Tudo devido a uma variante do novo coronavírus, que parece ser mais contagiosa.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, Neil Ferguson, “arquiteto” do confinamento britânico durante a primeira vaga e agora membro do Grupo de Aconselhamento de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (Nervtag), disse que dados preliminares sugeriam que a nova variante poderia infetar crianças de forma mais eficaz, embora a causalidade não tenha sido estabelecida.

“Acho que veremos nas próximas duas semanas, enquanto as escolas ainda estão fechadas, que provavelmente todas as variantes do vírus em circulação estarão a diminuir, mas estaremos a rastrear com muito cuidado se podemos ver diferenças nessa taxa de declínio”, disse o especialista, em entrevista à BBC Radio 4.

Wendy Barclay, outro membro do Nervtag, explicou como é que as mutações na proteína spike da variante – a parte do vírus que permite que se infiltre nas células dos pulmões, garganta e cavidade nasal ao interagir com um recetor chamado ACE-2 – poderiam explicar o potencial ligação em crianças.

Muitos alunos do ensino secundário de Inglaterra regressam às escolas a 4 de janeiro para fazer testes em massa para isolar os casos de covid-19 em crianças. Os dados mais recentes do Office of National Statistics mostraram que a taxa de positividade era mais alta entre crianças em idade escolar.

A National Education Union (NEU) pediu aulas online para substituir o ensino presencial para todos, exceto os alunos vulneráveis e os filhos de funcionários importantes nas escolas de Inglaterra.

Numa carta aberta a Boris Johnson e Gavin Williamson, o secretário de educação, o NEU disse que um atraso de duas semanas para o ensino presencial deveria ser usado para começar a vacinar os funcionários e os profissionais de saúde.

Na Escócia, a decisão já foi tomada. Para a maioria dos alunos, as férias serão prolongadas uma semana até 11 de janeiro, seguindo em ensino à distância até ao dia 15 de janeiro.

Na Irlanda, será reposto o confinamento geral entre 24 de dezembro e 12 de janeiro, não sendo ainda certo se o regresso às escolas é adiado ou não.

Porém, em Londres, Boris Johnson não dá sinais de mudar de opinião: “Queremos, se for possível, ter as escolas de volta no início de janeiro”, defendeu.

Fauci diz que variante pode ter chegado aos EUA

O epidemiologista norte-americano Anthony Fauci, nomeado conselheiro sobre a covid-19 pelo Presidente eleito Joe Biden, considerou esta terça-feira que se deve assumir que a nova variante do coronavírus, mais contagiosa, já está nos Estados Unidos.

Fauci, que integrou o grupo de crise criado pelo Presidente Donald Trump para a pandemia, disse numa entrevista ao programa televisivo matinal “Good Morning America” ser “certamente possível” que a variante detetada no Reino Unido já esteja no seu país.

Kevin Dietsch / EPA Pool

O epidemiologista norte-americano Anthony Fauci

“Quando se dá o nível de contágio que ocorreu no Reino Unido, deve-se presumir que já está aqui, embora não sendo a variante dominante, não ficaria surpreendido que já cá estivesse”, indicou.

O imunologista recomendou que não se exagere na reação ao aparecimento desta nova variante, considerando “draconianas” as medidas de suspensão de voos com o Reino Unido tomadas por vários países europeus.

Em alternativa, Fauci apoiou medidas como as propostas pelo governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, de reforçar os testes aos viajantes vindos daquele país, defendendo que “o mais importante é vigiar”.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, advertiu esta terça-feira que os “dias mais escuros na batalha” contra a pandemia ainda não chegaram, “por mais frustrante que seja de ouvir”, e que muitas pessoas ainda poderão morrer, apesar de haver vacinas.

Entre as primeiras medidas que deverão ser implementadas pelo executivo liderado por Joe Biden está a obrigatoriedade de utilização de equipamentos de proteção individual.

França autoriza regresso de pessoas do Reino Unido

França vai autorizar, a partir de quarta-feira, o regresso de algumas pessoas provenientes do Reino Unido, mas apenas com um teste para detetar o SARS-CoV-2 que seja negativo nas 72 horas anteriores, foi anunciado esta terça-feira.

A autorização vai permitir o regresso de cidadãos franceses e de outros países europeus que estejam a voltar do Reino Unido, cidadãos britânicos e de outras nações que residam habitualmente em França ou em outros países europeus e também pessoas que tenham de “fazer viagens essenciais”, indicou o gabinete do primeiro-ministro francês, Jean Castex, citado pela France-Presse (AFP).

Contudo, as pessoas que queiram regressar vão estar “sistematicamente sujeitas à obrigação de ter, antes da partida, o resultado negativo de um teste [à presença do SARS-CoV-2] inferior a 72 horas”. São aceites testes de reação em cadeia da polimerase (PCR, na sigla inglesa) ou antigénio, desde que sejam sensíveis à variante que foi detetada em território britânico.

Vários países da União Europeia (UE) suspenderam as ligações com o Reino Unido depois de identificada uma variante do SARS-CoV-2 que pode ser até 70% mais contagiosa. Portugal optou por possibilitar a chegada de voos provenientes do Reino Unido apenas para cidadãos portugueses ou residentes em Portugal, sendo, no entanto, exigido um teste negativo.

Venezuela desenha plano para combater variante

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na terça-feira que as autoridades sanitárias estão a desenhar um plano para evitar a propagação local da variante.

“A Venezuela está a preparar-se para travar esta nova onda de coronavírus, produto de um vírus mutante”, disse à televisão estatal venezuelana.

O Presidente da Venezuela explicou que “está a começar uma nova etapa do coronavírus no mundo”, que é “tão perigosa e alarmante” como a anterior. “A mutação que houve em Inglaterra, na Europa, ameaça com uma onda pavorosa da covid-19“, frisou.

Maduro avançou que nos próximos dias anunciará medidas de biossegurança que vão ser ativadas a partir de janeiro de 2021, já que há um aumento de casos confirmados no país.

Essas medidas, disse, vão modificar o atual esquema venezuelano de sete dias de flexibilização seguidos por sete dias de confinamento restrito.

https://zap.aeiou.pt/boris-pressionado-fechar-escolas-367785

 

Famílias de vítimas da covid-19 vão processar primeiro-ministro e ministro da Saúde de Itália !

As famílias de vítimas da covid-19 em Itália estão a entrar com uma ação legal contra o primeiro-ministro, o ministro da saúde e o presidente da região da Lombardia por alegada negligência criminosa no tratamento da pandemia.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, o grupo de 500 500 famílias vai entrar com o processo civil esta quarta-feira junto dos procuradores da província de Bergamo, na Lombardia, que foi duramente atingida durante a primeira onda da pandemia.

As famílias alegam afirmam que os três líderes – Giuseppe Conte, Roberto Speranza e Attilio Fontana – contribuíram para as quase 70 mil mortes por covid-19 em Itália.

O processo concentra-se na ação das autoridades para reabrir um hospital na cidade de Alzano Lombardo, em Bérgamo, horas depois que um surto ter lá ocorrido em 23 de fevereiro e subsequente falha em colocar imediatamente a cidade em quarentena, apesar dos conselhos de cientistas no início de março.

Um elemento crucial da ação legal será a alegada ausência de um plano nacional de pandemia atualizado e o fracasso das autoridades regionais em implementar um plano local que deveria ter sido desenvolvido a partir do plano nacional.

O movimento legal está a ser conduzido por membros do Noi Denunceremo, um grupo para parentes enlutados que se reuniu em abril. O comité de Noi Denunceremo já apresentou 300 queixas legais, que detalham como algumas das vítimas morreram, a procuradores em Bérgamo, que iniciaram uma investigação sobre a suposta negligência das autoridades em junho.

Consuelo Locati, a advogada que lidera o caso, está a pedir 259 mil euros de indemnização para cada uma das 500 famílias que estão a entrar com o processo.

“O governo e a região são responsáveis pela violação das regras e pelo abandono de funções”, disse Locati. “A lei obrigava a Itália a ter um plano nacional adequado e que a autoridade regional implementasse um plano regional adequado.”

Locati afirma que não só o plano pandémico de Itália estava severamente desatualizado, mas que nunca foi testado para perceber se realmente funcionava.

Locati, cujo pai morreu de covid-19, acrescentou que o objetivo não era a compensação financeira, mas sim que as autoridades assumissem a responsabilidade. “Pode ser apenas um euro, mas o que esse euro demonstraria é responsabilidade e a admissão de responsabilidade”, disse.

https://zap.aeiou.pt/familias-vitimas-da-covid-19-367846

 

Uma luz ao fundo túnel - LGBTQ e ativistas pelos direitos das mulheres europeus veem Biden como um aliado !

A proibição de abortar na Polónia, ou a não permissão para casais do mesmo sexo adotarem crianças na Hungria, são alguns dos assuntos que estão a agitar o ocidente. Porém, questões relacionadas com a comunidade LGBT ou com os direitos das mulheres podem ser “refrescadas” sob a influência americana de Joe Biden. Pelo menos é isso que os ativistas esperam.


Nos últimos anos, ativistas e especialistas observaram uma reação crescente contra os direitos LGBTQ e os direitos das mulheres em partes da Europa Central e Oriental, afirmando que, em parte, isso se deveu à administração Trump que acabou por encorajar essa reação e provavelmente contribuiu para que os líderes autoritários redobrassem os ataques contra estes grupos.

“Os Estados Unidos sempre foram vistos como um aliado na luta pelos direitos LGBTI, pelos direitos das mulheres, pelos direitos humanos e, de repente, isso deixou de acontecer”, disse Terry Reintke, membro do Parlamento Europeu, à Time.

Reintke, tal como outros especialistas e ativistas, tem grandes expectativas em relação ao novo governo de Joe Biden e Kamala Harris. “Agora, há realmente uma equipa com a qual podemos trabalhar nessas questões importantes”, referiu.

O papel da administração Trump

Muitos ativistas defendem que as condutas mais repressivas vieram à tona quando Donald Trump chegou ao poder, sugerindo que grupos de direita religiosa e conservadores não só foram capazes de agir sem a condenação do presidente dos EUA, como também foram autorizados por altos funcionários do governo para desenvolveram ações menos positivas para com a comunidade LGBT e também no que diz respeito aos direitos das mulheres.

Na Hungria e na Polónia, vários especialistas sublinham que os líderes populistas têm como alvo a comunidade LGBTI, as mulheres, os direitos humanos e a democracia.

Em maio, a Hungria aprovou uma lei que impossibilita os transgéneros de mudar legalmente de sexo. Também em outubro, a publicação de um livro infantil que incluía personagens LGBTQ originou uma reação furiosa por parte dos políticos do país.

Na Polónia, durante o mês de agosto, vários protestos eclodiram no país durante, contra a proibição quase total do aborto.

Durante as manifestações, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo co-organizou um evento virtual com o Ministério das Relações Exteriores da Polónia, com o objetivo de abordar a perseguição religiosa.

“O governo de Donald Trump atacou os direitos ao aborto, os direitos LGBTQ e outros direitos humanos em várias situações”, disse Molly Bangs, diretora da Equity Forward, uma organização sediada nos Estados Unidos com foco em saúde reprodutiva e direitos das mulheres.

Mike Pompeo foi também um dos organizadores da Declaração do Consenso de Genebra, uma declaração assinada por 35 governos em grande parte não liberais ou autoritários, entre eles Hungria, Polónia, Brasil e Arábia Saudita.

Virar a página

Com a eleição de Biden para a Casa Branca, muitos ativistas estão esperançosos que próxima administração seja um marco nestas questões.

De acordo com Rémy Bonny, cientista político e consultor sobre questões LGBTI, será muito mais difícil para o governo polaco continuar a trilhar o mesmo caminho, uma vez que Varsóvia tem poucos aliados internacionais.

“É bastante óbvio que Biden não vai tolerar qualquer retórica anti-LGBT”, diz Bonny, apontando para o tweet do presidente eleito condenando as “zonas livres de LGBT” da Polónia. “Com a eleição de Biden, a retórica anti-mulheres e anti-LGBT vinda do governo polaco é basicamente um suicídio diplomático”.

Na Hungria, Bonny prevê que a situação possa ser um pouco mais difícil de reverter, devido aos laços mais próximos do país com a Rússia.

Ainda assim, a esperança permanece e baseia-se em sinais que deram aos ativistas motivos para um novo otimismo.

A 15 de dezembro, Biden escolheu o ex-candidato democrata rival Pete Buttigieg como seu secretário de transportes, o que o torna a primeira pessoa assumidamente gay na história dos EUA a ser confirmada pelo Senado para um cargo de gabinete.

Para observadores na Europa, essa escolha envia uma mensagem bastante forte. “É claro que estou feliz que uma pessoa LGBTQ tenha sido colocada numa posição tão importante”, realça Bonny. “Mas espero que mais pessoas LGBTQ sejam colocadas em cargos no serviço estrangeiro, especialmente nos países em que os estes direitos estão sob ameaça”.

Para a legisladora Reintke, reforçar a parceria entre a Europa e os EUA e enaltecer os direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito é o caminho a seguir. “Espero que Joe Biden e Kamala Harris entendam que a União Europeia não é apenas um bloco económico, mas também uma comunidade de valores”, conclui.

https://zap.aeiou.pt/lgbtq-direitos-mulheres-biden-aliado-366841

 

Esfaqueado e de roupa interior - Mais um cientista russo morre após cair da janela do seu apartamento !

O cientista russo Alexander Kagansky caiu da janela do seu apartamento, um 14º andar em São Petersburgo. Inicialmente, pensou-se ser um suicídio, mas o cientista tinha feridas de arma branca.


Alexander Kagansky foi diretor do Centro de Medicina Genómica e Regenerativa da Universidade Federal Russa do Extremo Oriente em Vladisvostok e estava a trabalhar no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus.

Antes de regressar à Rússia, Kagansky passou 13 anos a estudar doenças de foro oncológico em Edimburgo, na Escócia. Também foi professor assistente em Vladivostok.

De acordo com o New York Post, as autoridades russas prenderam um suspeito, um amigo de infância, interrogaram-no durante 48 horas e libertaram-no após ter feito o teste do polígrafo.

O jornal russo Fontanka.ru garantiu que é o jornalista Igor Ivanov. O detido disse, segundo o Moscow Times, que estavam a comemorar o aniversário do cientista quando o próprio Kagansky se esfaqueou antes de saltar da janela em roupa interior.

A morte de Kagansky torna-se ainda mais estranha após, em abril, vários médicos terem caído misteriosamente de janelas de hospitais, na Rússia, num período de apenas duas semanas. Dois morreram e um ficou hospitalizado.

O médico que sobreviveu à queda, chamado Alexander Shulepov, caiu da janela do 2.º andar do hospital Novousmanskaya, onde trabalhava e onde estava a ser tratado após ter testado positivo para o novo coronavírus.

No mesmo dia, Shulepov e o seu colega Alexander Kosyakin partilharam um vídeo a acusar a instituição de o obrigar a trabalhar mesmo estando infetado.

Em maio, Elena Nepomnyashchaya, diretora clínica interina de um hospital em Krasnoyarsk, morreu, depois de ter estado uma semana nos cuidados intensivos.

A médica terá caído de uma janela durante uma reunião com as autoridades de saúde regionais, na qual foi discutida a possibilidade de transformar a clínica num centro de tratamento covid-19. Alegadamente, Nepomnyashchaya não terá concordado com as mudanças devido à falta de material de proteção existente no hospital.

https://zap.aeiou.pt/esfaqueado-e-de-roupa-interior-mais-um-cientista-russo-morre-367829

 

Putin promulga lei que lhe garante imunidade após saída do Kremlin !

O Presidente da Rússia promulgou uma lei que irá garantir-lhe a imunidade quando sair da Presidência russa (Kremlin) e que torna quase impossível qualquer processo judicial contra si na qualidade de ex-chefe de Estado.


A partir de agora, e segundo o diploma esta terça-feira aprovado por uma iniciativa do partido de Vladimir Putin, (Rússia Unida), os ex-Presidentes russos não podem ser processados, nem administrativamente nem criminalmente, e não podem ser detidos, presos, revistados ou interrogados.

Até à data, um ex-chefe de Estado russo só gozava de imunidade em relação a atos cometidos durante o respetivo mandato presidencial ou a acontecimentos que estivessem relacionados ao exercício do seu cargo. Não estava protegido de processos criminais ou administrativos relacionados com situações anteriores ou posteriores.

Na atualidade, esta nova lei só irá beneficiar Putin e o seu antecessor, Dmitri Medvedev, que exerceu o cargo de Presidente entre 2008 e 2012.

À luz do novo diploma, um ex-Presidente só pode ser privado da imunidade pelo Senado com base numa acusação de alta traição apresentada pela Duma (câmara baixa do Parlamento russo) ou pela prática de um crime grave, acusações estas que devem ser corroboradas pelo Supremo Tribunal russo.

Uma acusação contra um ex-Presidente terá de ser apoiada por dois terços dos membros que compõem as câmaras alta e baixa do Parlamento russo, mediante a proposta de pelo menos um terço dos deputados da Duma.

O Senado terá um prazo de três meses para tomar uma decisão.

Caso o prazo seja ultrapassado, a acusação é considerada como rejeitada.

Anteriormente, um ex-Presidente poderia ver-se privado da imunidade se o Comité de Instrução russo iniciasse um processo penal por um crime grave cometido durante o exercício do cargo. Posteriormente, o ex-governante seria sancionado pelas duas câmaras do Parlamento russo. As novas regras vão passar a constar na nova Constituição russa que foi aprovada em referendo no passado dia 1 de julho.

O anterior procedimento relativo à imunidade dos ex-chefes de Estado figurava numa lei federal que abrangia os antigos governantes, bem como as respetivas famílias.

Apoiadas pela maioria dos russos, as emendas constitucionais escrutinadas no referendo de julho permitem a Vladimir Putin continuar no Kremlin após 2024, ano em que termina o seu atual mandato de seis anos, e permanecer no poder até 2036, ao conceder-lhe o direito de concorrer à reeleição.

Putin, que em 2036 terá 83 anos, está à frente dos destinos da Rússia desde 2000, tendo ocupado por quatro vezes o cargo de Presidente.

Entre 2008 e 2012, ocupou o cargo de primeiro-ministro, evitando então violar a lei, que permitia apenas dois mandatos consecutivos, tendo sido substituído por Dmitri Medvedev, visto como um seu protegido político.

https://zap.aeiou.pt/putin-promulga-lei-lhe-garante-imunidade-apos-saida-do-kremlin-367746

 

Israelita morre após ser reinfetado por estirpe diferente do Coronavírus !

Três meses depois de ser infetado pelo coronavírus pela primeira vez, um israelita voltou a contrair a doença e acabou por morrer, sendo este o primeiro caso de morte após reinfeção reportado pelo país.


Segundo noticiou esta terça-feira o Diário de Notícias, citando a agência Europa Press, o homem – que na segunda vez foi infetado por uma nova variante do vírus -, residia num lar de idosos. Uma nova estirpe do vírus foi detetada no Reino Unido e na África do Sul.

O homem, de 74 anos, contraiu o vírus pela primeira vez em agosto, sendo reinfetado em novembro, altura em que foi novamente internado com problemas respiratórios, acabando por morrer no mesmo dia em que foi hospitalizado.

“É muito preocupante se uma pessoa puder ficar várias vezes doente com covid-19 quando o vírus muda”, afirmou a responsável pela unidade de Doenças Infeciosas do Centro Médico de Sheba, Galia Rahav, citada pelo Times of Israel.

“Este é um daqueles casos em que é claro que se trata de uma reinfeção e que não há dúvidas de que o falecido recuperou totalmente na primeira vez”, afirmou Rahav, acrescentando: “São duas estirpes do vírus completamente diferentes”.

Em outubro, a Holanda registou a primeira morte no mundo de uma pessoa contagiada pela segunda vez – uma mulher de 89 anos, que também sofria de uma forma rara de cancro de medula óssea.

A 18 de novembro, o Público noticiou o primeiro caso de reinfeção em Portugal – uma mulher de 48 anos. Na mesma altura, outros cinco países reportaram reinfeções.

https://zap.aeiou.pt/israelita-reinfetado-estirpes-virus-367712

 

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