quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Cartas inéditas revelam influência do pai na personalidade de Hitler !

Várias cartas até então desconhecidas, escritas por Alois Hitler, pai de Adolf Hitler, lançam um olhar mais profundo sobre as origens familiares do ditador alemão. Os manuscritos servem como base para um livro que foi lançado na última segunda-feira, na Áustria.


O livro, publicado apenas em língua alemã, chama-se “Hitlers Vater – Wie der Sohn zum Diktaror wurde”, que significa “Pai de Hitler: Como o filho se tornou um ditador”, na tradução em português.

O autor e historiador austríaco Roman Sandgruber argumenta que Alois Hitler desempenhou um papel-chave na formação psicológica do filho e, consequentemente, na sua personalidade.

O livro baseia-se em 31 cartas que o pai de Adolf Hitler escreveu ao construtor de estradas Josef Radlegger após comprar a sua quinta em Hafeld, no norte da Áustria. Embora Alois Hitler não tivesse nenhuma experiência na agricultura, afirma o livro, “sempre quis ser um agricultor profissional (…) melhor do que os outros”.

O autor descreve Alois Hitler, que morreu em 1903 e era guarda na alfândega austríaca – o seu trabalho exigia mudanças constantes de residência e, por isso, a família teve de mudar de casa pelo menos 18 vezes – como um misto de autodidata, presunçoso e uma pessoa que se super estimava excessivamente.

O trabalho de Sandgruber usa como base correspondências inéditas, perdidas durante décadas num sótão, entregues a ele próprio pela neta de Radlegger, há cinco anos.

O autor do livro refere que as cartas revelam que Alois usava a mesma caligrafia que o filho: a Kurrentschrift, antiga forma manuscrita da língua alemã, com ângulos afiados e mudanças de direção.

A obra revela ainda que o antissemita e genocida Adolf Hitler tentou, provavelmente, esconder o facto de a sua família ter vivido numa propriedade judaica em Urfahr, perto da cidade de Linz, às margens do rio Danúbio.

Além disso, as cartas mostram que a mãe de Hitler, Klara, foi tratada por um médico judeu que mais tarde fugiu para os Estados Unidos.

É ainda referido pelo autor que Hitler já era antissemita na juventude. Ainda jovem, mudou-se para a cidade por volta de 1908 com o objetivo de se tornar num artista, mas acabou por ser recusado na escola que pretendia frequentar.

As últimas descobertas vão ao encontro dos relatos de August Kubizek, amigo de Hitler durante a adolescência, que é frequentemente citado por outros historiadores.

Como líder do partido nazi, Hitler emergiu como chanceler alemão em 1933, desencadeou a Segunda Guerra Mundial e promoveu o assassinato em massa de judeus e outras minorias.

A única revolta significativa de Adolf Hitler contra o seu pai, observa Sandgruber, foi o facto deste rejeitar o desejo de Alois de que o filho também seguisse uma carreira no serviço público, porém “Hitler queria ser um artista livre e não seguir os passos do seu pai”, escreve Sandgruber.

Ainda assim, afirma o autor, tanto o pai como o filho partilhavam o desprezo pela autoridade e eram anticlericais, ainda que Hitler não tenha abandonado a Igreja Católica.

Alexandra Föderl-Schmid, numa crítica que escreveu para o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, realça que o livro é importante porque até agora não havia “quase nenhuma fonte” sobre Alois.

https://zap.aeiou.pt/cartas-revelam-influencia-pai-hitler-382860

“Catástrofe inimaginável” - Em Itália, centenas de caixões caíram ao mar após deslizamento de terra em cemitério !

Na segunda feira, um deslizamento de terra num cemitério da costa italiana, perto de Génova, arrastou cerca de 200 caixões para o mar.

O cemitério de Camogli, construído há mais de 100 anos, está situado ao longo de uma área de falésias rochosas à beira-mar. Francesco Olivari, presidente da Câmara de Camogli, classificou o sucedido como uma “catástrofe inimaginável”.

Estima-se que 200 caixões tenham caído ao mar, mas apenas 10 foram recuperados, segundo Giacomo Giampedrone, assessor regional de proteção civil. A recuperação dos restantes “irá depender do estado do mar nos próximos dias”, explicou. Pelo menos 190 continuavam desaparecidos ontem.

Na terça-feira, após uma análise ao local, as autoridades informaram que vão continuar a trabalhar na recuperação não só dos caixões, como dos cadáveres.

O responsável da Proteção Civil esclareceu ainda que a zona costeira perto do cemitério foi bloqueada de modo a evitar que qualquer caixão se desloque para alto mar.

No passado sábado, os funcionários do cemitério de Camogli notaram uma fissura na parede do cemitério durante trabalhos de manutenção de rotina, referiu o autarca local.

“Observamos alguns sinais de fissuras, por isso decidimos encerrar o cemitério”, referiu Olivari à CNN.

“Este tipo de colapso é muito difícil de detetar ou prever”, disse ainda, acrescentando que “a região é bastante suscetível a este tipo de colapso – é muito frágil”.

O departamento da Proteção Civil de Ligúria foi chamado para perceber se podem ocorrer mais deslizamentos de terra, bem como avaliar a verdadeira extensão dos danos.

Uma equipa de geólogos do departamento está também a usar drones para visualizar melhor os estragos e determinar se há perigo de outro deslizamento.

https://zap.aeiou.pt/italia-centenas-caixoes-cairam-mar-382962

 

AstraZeneca garante que vai cumprir a entrega de 180 milhões de doses à UE !

A farmacêutica anunciou que poderá fabricar na Europa apenas metade das doses que deve fornecer à União Europeia (UE) no segundo semestre e produzir o restante das doses prometidas aos europeus noutros lugares.


A AstraZeneca “está a trabalhar para aumentar a produtividade na sua cadeia de abastecimento na UE” e usará “a sua capacidade global para garantir a entrega de 180 milhões de doses à UE no segundo semestre do ano”, disse à agência France-Presse um porta-voz do grupo anglo-sueco.

“Cerca de metade do volume esperado deve vir da cadeia de abastecimento da UE” e o resto virá da rede internacional da empresa, afirmou.

Estas declarações acontecem depois de, esta terça-feira, citando declarações de uma fonte da UE, a agência Reuters ter divulgado que, do total de vacinas contratualizadas para o segundo quadrimestre deste ano, só metade deveriam chegar aos países.

Este anúncio ocorre depois da polémica sobre as entregas da vacina da AstraZeneca-Oxford à União Europeia no primeiro trimestre, que gerou tensões entre o Executivo comunitário e o grupo farmacêutico.

Antes da aprovação da vacina pela UE, no final de janeiro, a empresa gerou polémica entre os líderes dos Estados-membros ao anunciar que não seria capaz de cumprir a meta de entregar 400 milhões de doses à União Europeia por falta de meios de produção.

O caso também causou tensão diplomática com a Grã-Bretanha, que deixou o bloco europeu, com Bruxelas implicitamente a acusar a AstraZeneca de reservar tratamento preferencial à Grã-Bretanha em detrimento da UE.

O Governo do Reino Unido já imunizou milhões de pessoas com esta vacina desde o final de 2020. Mas a empresa não começou a distribuir na UE até o início deste mês, depois de o regulador europeu de medicamentos ter aprovado o uso da vacina.

Passaporte de vacinação volta a ser debatido

Segundo o semanário Expresso, a criação de um certificado de vacinação vai voltar a ser debatida pelos líderes europeus na reunião por videoconferência desta quinta-feira.

Entre os defensores desta ideia que facilita a circulação dos cidadãos – e poderá ajudar a salvar o turismo nos meses de verão que se avizinham – estão a Grécia e o Chipre. No entanto, ao nível europeu, ainda está longe de gerar consenso.

A Comissão Europeia destaca a informação passada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), que alerta que ainda não há provas suficientes de que uma pessoa vacinada não possa ainda ser infetada e transmitir covid-19.

“Há atualmente provas insuficientes para isentar de quarentena ou de teste os viajantes que tiverem uma prova de vacinação”, disse Maroš Šefčovič, vice-presidente do Executivo comunitário, citado pelo mesmo jornal.

Mesmo assim, o responsável eslovaco quis reforçar que “ser-se vacinado não deve servir de pré-condição para que os cidadãos europeus possam exercer o seu direito fundamental à livre circulação”. Esta “deve continuar a ser possível”, acrescentou, mesmo que continuem a ser “exigidos testes e quarentenas”.

Para já, o único consenso existente, refere o Expresso, passa por criar um certificado de vacinação para fins médicos.

Vacina cubana avança para fase final de testes

Segundo o jornal Público, em Cuba, a vacina contra a covid-19 que está a ser desenvolvida, chamada Sovereign 2, vai avançar para a fase final de ensaios clínicos em março.

O objetivo do Governo cubano é produzir em massa esta vacina, assim que receber aprovação das autoridades de saúde, não só para vacinar a sua população, mas até mesmo os turistas que pretendam visitar o país.

A vacina em questão é apenas uma das quatro que estão a ser desenvolvidas em Cuba. De acordo com o mesmo diário, é constituída por três doses que devem ser administradas com intervalos de duas semanas, e, ao contrário das vacinas da Moderna e da Pfizer, não tem de ser armazenada a temperaturas muito baixas.

Nesta última fase de ensaios clínicos, a vacina será testada em cerca de 150 mil pessoas em Cuba e no Irão, que já demonstrou interesse na sua aquisição. O México também está em negociações para participar nesta terceira fase.

https://zap.aeiou.pt/astrazeneca-garante-cumprir-entrega-382937

 

Documento da OMS China “fez pouco” para descobrir origem do coronavírus !

Nos primeiros meses do surto, as autoridades chinesas “pouco” fizeram para descobrir as origens do novo coronavírus, que teve origem em Wuhan.


A informação é dada a conhecer através de um documento interno da Organização Mundial da Saúde (OMS) citado pelo jornal britânico The Guardian.

A primeira equipa da OMS que visitou a China, em agosto do ano passado, recebeu pouca informação e não lhe foram fornecidos documentos durante as longas discussões com as autoridades chinesas.

“No seguimento de longas conversas e da apresentação dos homólogos chineses, parece que pouco foi feito em termos de investigação epidemiológica nas redondezas de Wuhan desde Janeiro de 2020. Os dados apresentados oralmente deram mais alguns detalhes do que aqueles que foram apresentados nas reuniões de emergência de Janeiro de 2020. Não foram feitas apresentações PowerPoint e não foram partilhados documentos”, lê-se no relatório interno da OMS.

Na altura em que o documento foi redigido, o mundo registava cerca de 20 milhões de casos de covid-19. Atualmente, o mundo já contabilizou mais de 112 milhões de infeções pelo novo coronavírus.

Segundo o The Guardian, o documento descreve uma situação que sugere que os investigadores da OMS foram impedidos de estudar a origem da pandemia na China.

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, urgiu a todos os países, incluindo a China, que disponibilizassem os dados recolhidos durante os primeiros dias em que foram registados contágios de forma a que a investigação sobre o vírus seja “transparente e robusta”.

https://zap.aeiou.pt/china-fez-pouco-descobrir-origem-covid-382973

 

“Sangue nas nossas mãos” - Cidade associada à paz vai investir 35 milhões em base para empresa de armas !

Saffron Walden, em Essex, é uma cidade mercantil medieval que, devido à sua herança quaker, é há muito tempo associada à paz e ao pacifismo. Agora, a cidade planeia investir 35 milhões de libras de dinheiro público no desenvolvimento de uma nova base de manufatura para uma empresa global de armas.


De acordo com o jornal britânico The Independent, o conselho distrital de Uttlesford vai investir 35 milhões de libras dos contribuintes numa instalação de 56 mil quilómetros quadrados, como parte de um novo portfólio de propriedades com o objetivo de gerar receitas futuras.

A autoridade de Essex vai financiar a construção do complexo, localizado em Tewkesbury, Gloucestershire, e alugá-lo-á durante mais de 35 anos a uma empresa de defesa, que se recusou a identificar publicamente.

Os opositores do projeto apontam que a empresa será a fabricante norte-americana Moog, que recentemente aclamou a sua nova base de Tewkesbury “de última geração”, com inauguração prevista para 2023.

Moradores de Uttlesford expressaram horror sobre o acordo que efetivamente levará o seu imposto municipal a financiar uma empresa que vende armas de guerra em todo o mundo e que, no seu site, se orgulha de desenvolver tecnologia de “um tiro, uma morte”.

Segundo o jornal britânico, há quem aponte que a Moog, especializada em mísseis e caças, já vendeu produtos para países como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos – duas autocracias do Médio Oriente acusadas de massacrar civis na guerra no Iémen.

O projeto, chamado de “Oportunidade de Investimento 12”, fará com que a autoridade use o seu estatuto de classificação soberana para emprestar 35 milhões de libras a taxas extremamente baixas oferecidas apenas a órgãos públicos.

Em seguida, fará uma parceria com a Barberry Industrial e investirá esse dinheiro no desenvolvimento das instalações de Tewkesbury. Depois de concluído, Moog mudar-se-á para o local e pagará o aluguer ao município sob um contrato de arrendamento de 35 anos.

A nova instalação – descrita como “uma fábrica aeroespacial de última geração e instalação de design” – já tem permissão de planeamento do Tewkesbury Borough Council. A construção está prevista para começar nos próximos meses.

Os opositores lançaram uma petição, exigindo que o conselho – administrado pelo grupo local Residents For Uttlesford – cancele estes planos.

“Há tantas propriedades e negócios em que poderíamos investir, de modo que formar uma parceria eficaz com uma empresa de armas que lida com alguns dos regimes mais abomináveis ​​do mundo é nada menos do que escandaloso”, disse Daniel Brett, conselheiro paroquial e responsável pela petição.

“O conselho tem feito o possível para manter isto em sigilo, porque sabe muito bem que as pessoas ficariam enojadas se o dinheiro estivesse a ser usado dessa forma. Como um distrito, isso colocaria sangue nas nossas mãos – é tão simples quanto isso”, disse.

Num lugar com ligações tão específicas aos movimentos quakers – grupos religiosos conhecidos pela defesa do pacifismo e da simplicidade -, a mudança “era especialmente insensível”, acrescentou Brett.

Paul Fairhurst, líder do Partido Verde no Conselho Distrital de Uttlesford, está entre os que pedem que a decisão seja reconsiderada.

“É totalmente inapropriado”, disse. “Órgãos públicos que lidam com o dinheiro das pessoas precisam de obedecer a um padrão ético muito alto e não acho que alguém possa argumentar que investir neste tipo de indústria faz isso.”

Os Verdes e o partido Lib Dem local já tinham apresentado uma moção para o conselho implementar imediatamente uma nova política de investimento ético.

A empresa é descrita pela Campanha Contra o Comércio de Armas como a “93.ª maior empresa de armas e serviços militares fora da China”.

Em resposta aos planos do conselho, a Campanha Contra o Comércio de Armas disse estar preocupada. “O CAAT acredita que a pressão financeira, incluindo o desinvestimento, pode ser uma ferramenta valiosa para se opor às atividades prejudiciais da indústria de armas”, disse um porta-voz.

“Instamos qualquer autoridade local que decidir a sua política de investimento a considerar o impacto prejudicial do comércio de armas, do qual a Moog participa, sobre a paz global e os direitos humanos, e evitar investir nisso e desfazer-se de participações existentes na indústria de armas”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/sangue-maos-cidade-paz-investir-382489

 

Mais de 100 chilenas engravidaram depois de tomar pílulas com defeito dadas pelo Governo !

Mais de 100 chilenas acreditam ter engravidado depois de tomarem pílulas que são fornecidas pelo Governo. Contudo, nem o Estado nem a farmacêutica que fabricou os comprimidos oferecem qualquer ajuda às mulheres. O facto do aborto ser ilegal no país dificulta ainda mais a situação.


Quando Melanie Riffo descobriu que estava grávida, em setembro do ano passado, a jovem desconfiou que algo não estava bem. Com apenas 20 anos, a chilena garante que sempre foi cuidadosa no que diz respeito às práticas sexuais e garante que tomou as pílulas anticoncecionais que lhe foram prescritas e dadas pelo centro de saúde público, mas mesmo assim engravidou.

“Nunca pensei em ser mãe com esta idade. Eu queria ir para a universidade, mas agora será ainda mais difícil para mim”, disse Riffo, cuja gravidez inesperada pode ter sido culpa de pílulas anticoncecionais Anulette.

De acordo com a VICE, pílulas de placebo foram trocadas, por engano, por ativas – um erro que é responsável por mais de 100 gestações indesejadas.

O laboratório que fabrica o AnuletteSilesia – emitiu um alerta sobre o lote defeitusoso, mas não se desculpou pelo incidentes, nem ofereceu ajuda às mulheres que estão agora a passar por uma gravidez indesejada.

Em entrevista a uma televisão nacional, o laboratório explicou apenas 12 dos produtos tinham problemas, mas que não foi possível inspecionar todas as caixas.

Além disso, insistiu que o estado deveria ter verificado os comprimidos antes de os distribuir nos centros de saúde públicos.

“As mulheres confiavam nas pílulas que recebiam das clínicas estatais. A culpa não é só do laboratório, mas também do governo. Ambos são responsáveis ​​”, afirma Anita Peña Saavedra, diretora da organização chilena de direitos reprodutivos Corporacion Miles.

Atualmente, o grupo entrou com uma ação judicial em nome de todas as mulheres que engravidaram enquanto tomavam Anulette quando os comprimidos com defeito estavam em circulação.

Estima-se que cerca de 267 mil caixas de pílulas com defeito foram distribuídas em 26 centros de saúde do país, antes do comunicado da farmacêutica ter sido emitido e, pelo menos, 112 mulheres acreditam estar grávidas por causa dos comprimidos.

Vários ativistas defendem que a situação destaca a necessidade de serem revistos e estabelecidos mais direitos reprodutivos no Chile, onde o aborto é ilegal, exceto em casos de violação, se a vida da mãe estiver em risco, ou se o feto não tiver possibilidades de sobreviver após o parto.

“Este é um caso que mostra por que razão ter três exceções legais não é o suficiente. É sempre importante ter acesso ao aborto gratuito e legal”, frisa Paula Avila, advogada de direitos humanos, acrescentando que estas mulheres “não têm outro caminho a não ser dirigir-se a um serviço clandestino e colocar as suas vidas em risco”.

Também Melanie Riffo planeou interromper a gravidez através de um aborto clandestino. “Eu não queria ter o bebé”, disse a jovem, explicando que, por não querer correr o risco, considerou ser melhor “seguir em frente e ver o que acontece”, mas que neste momento está a passar por uma depressão.

Perante os acontecimentos, o ministro da Saúde do Chile, Enrique Paris, culpabilizou o laboratório pelo erro durante uma entrevista ao noticiário nacional, afirmando que as gravidezes comprovadamente causadas pelos comprimidos devem ser compensadas e que o Ministério ofereceu atendimento psicológico apenas a algumas mulheres afetadas.

Anita Peña Saavedra, da Corporation Miles, sublinha que a culpa é de uma “cadeia de erros” que começa no laboratório e termina no controlo de qualidade do governo. O objetivo da luta jurídica que a instituição está a travar é requerer indemnizações e respostas adequadas para estas mulheres.

O governo chileno garante à equipa jurídica da Corporation Miles que lançou uma investigação após receber a primeira reclamação sobre o lote B20034A em agosto de 2020.

https://zap.aeiou.pt/chilenas-engravidam-pilulas-defeito-382814

Sobrevivente de cancro junta-se à primeira missão espacial totalmente civil !

Hayley Arceneaux, de 29 anos, é a primeira sobrevivente de cancro a tornar-se astronauta, sendo igualmente a primeira pessoa com uma prótese a visitar o espaço e a mais jovem norte-americana a orbitar a Terra.


Segundo um artigo da BBC, divulgado esta terça-feira, a médica foi escolhida, em janeiro, para se juntar à tripulação da primeira missão espacial totalmente civil do mundo. “Guardei o maior segredo da minha vida durante um mês e meio. Agora posso compartilhá-lo com o mundo”, contou Hayley.

A escolha para a missão foi anunciada na segunda-feira pelo St Jude Children’s Research Hospital em Memphis, Tennessee, onde a jovem foi paciente quando era criança e no qual  trabalha atualmente.

A missão ocorrerá este ano, num foguetão Falcon 9, da SpaceX – empresa fundada por Elon Musk -, sem astronautas profissionais a bordo. “Acho que esta missão vai inspirar as pessoas de muitas maneiras. Isto prova que tudo é possível”, disse Hayley.

Na mesma iniciativa estarão outros dois civis e o comandante de voo Jared Isaacman, um bilionário de 38 anos que pagará a missão na totalidade. O empresário pretende utilizar esta viagem ao espaço para arrecadar 200 milhões de dólares (cerca de 165 milhões de euros) para o St Jude.

Dos quatro assentos disponíveis na aeronave, um foi oferecido a um funcionário do hospital. “Desde o início, queríamos um membro da tripulação que representasse o espírito de esperança da missão”, referiu Jared. “Não consigo pensar em pessoa melhor do que a Hayley para assumir essa responsabilidade”.

Aos 10 anos, Hayley teve cancro ósseo. Como parte do tratamento, fez quimioterapia e cirurgia para substituir alguns dos ossos da perna por próteses. Numa época diferente, isso seria um impedimento para que fizesse parte de uma missão espacial, devido aos rigorosos requisitos por parte da NASA.

“Esta missão está a abrir as viagens espaciais para pessoas que não são fisicamente perfeitas”, referiu Hayley, cujo irmão e cunhada – ambos engenheiros aeroespaciais – lhe garantiram que a viagem era segura.

Jared planeia selecionar e revelar os dois membros restantes da tripulação até março. Um deles será o vencedor de um sorteio, cujos lucros serão doados ao St Jude. O outro será o vencedor de um concurso que pede aos empresários que projetem uma loja online através um software feito pela Shift4, a empresa de tecnologia do próprio.

Uma vez selecionada, a tripulação passará por um rigoroso programa de treino, que durará meses e incluíra simulações em gravidade zero.

https://zap.aeiou.pt/sobrevivente-cancro-missao-espacial-382820

 

Esta pequena nação é o novo Silicon Valley para YouTubers !

“É como o Silicon Valley dos YouTubers”, disse Victor Domínguez sobre Andorra. O jovem é um dos vários YouTubers que se mudou recentemente para o principado.


Andorra é um pequeno principado independente situado entre França e Espanha nas montanhas dos Pirenéus. O país é conhecido pelas suas estações de esqui e pelo status de paraíso fiscal, mas agora tem atraído estrangeiros por outra razão: o local tornou-se recentemente um destino popular entre influenciadores das redes sociais.

“É como o Silicon Valley dos YouTubers – toda a gente está aqui”, diz Victor Domínguez, apresentador do canal Wall Street Wolverine no YouTube, em declarações à Bloomberg.

Victor Dominguez mudou-se para Andorra no ano passado, numa tentativa de fugir à pandemia de covid-19 e porque é mais fácil produzir conteúdo quando há “outro YouTuber a cinco minutos de distância”.

Embora não o tenha mencionado, uma das grandes razões para este jovem ter escolhido Andorra são os impostos baixíssimos: no máximo 10%, uma grande diferença comparativamente aos 54% de imposto em Espanha.

Famosos YouTubers espanhóis, como aLexBY11, Willyrex, Vegetta, The Grefg, Lolito e Staxx, também já deram o salto para o principado, escreve o New York Post.

“Pessoas conhecidas podem ter uma vida muito normal em Andorra. Podem ir às compras e fazer qualquer atividade sem ser o foco dos media ou sem qualquer pressão social”, disse o ministro da Economia de Andorra, Jordi Gallardo, à Bloomberg.

Pau Auge, advogado tributário local, disse que, quando se trata de registar uma empresa, os empresários podem colocar “YouTube” como o propósito da empresa desde 2019.

O fenómeno da chegada de YouTubers ao principado não é exclusivo a Espanha. Influenciadores de França e dos Países Baixos já começam a chegar ao microestado.

Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, os influencers do TikTok vão passar a poder juntar-se a um dos maiores sindicatos do país, ficando abrangidos por benefícios de saúde e reforma.

https://zap.aeiou.pt/andorra-novo-silicon-valley-youtubers-382559

 

Soldados bebem sangue de cobra e comem animais vivos em exercícios militares ! PETA alerta para risco de pandemia !

Os exercícios de treino militar em que os soldados bebem sangue de cobra e comem animais vivos podem desencadear uma nova pandemia. O alerta é do grupo Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA).


De acordo com o Russia Today, são milhares os soldados de diferentes países que participam, todos os anos, nos exercícios conjuntos Cobra Gold, na Tailândia.

Estes exercícios militares incluem um curso de sobrevivência, onde os instrutores ensinam os soldados a alimentar-se em condições extremas: extraem veneno de escorpiões e tarântulas para consumir os animais e bebem o sangue de cobras.

Na semana passada, a PETA enviou uma carta ao Secretário de Estado da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, na qual solicita que o responsável passe a exigir que os organizadores destas práticas “substituam permanentemente” o uso de animais vivos por outros métodos “mais eficazes e éticos”.

“O uso de animais vivos durante o Cobra Gold representa um risco de propagação de doenças zoonóticas semelhantes à covid-19, colocando em risco as tropas e o público em geral”, explica a organização.

A PETA lembra, na mesma missiva, que 75% das doenças infecciosas emergentes começaram como doenças em animais.

A organização condena os massacres “ritualísticos” e “bárbaros” e sublinha que a prática contribui para a extinção de espécies.

“O massacre brutal de animais durante este exercício anual não só põe em perigo a saúde pública e espécies vulneráveis ​​à extinção, incluindo a cobra-real, mas também desonra as nossas tropas”, afirmou a diretora de política científica da PETA, Julia Baines.

Citado pelo Independent, um porta-voz do Ministério da Defesa britânico garantiu que apenas “um pequeno número de responsáveis pelo planeamento militar” participou nos exercícios Cobra Gold e que nenhum soldado esteve envolvido neste tipo de treino.

https://zap.aeiou.pt/soldados-bebem-sangue-de-cobra-382609

 

Norte-americana morre após receber transplante de pulmões infetados com covid-19 !

Uma norte-americana do Michigan morreu após receber um transplante de pulmões infetados com o SARS-CoV-2, sendo este o primeiro caso de transmissão comprovada de doador para recetor.


Segundo avançou na segunda-feira o IFL Science, um relatório sobre caso – divulgado pelo American Journal of Transplantation – mostrou que apesar dos exames negativos aos órgãos, a mulher testou positivo para a covid-19 três dias após o transplante. Um dos cirurgiões que participou na intervenção foi também infetado, tendo entretanto recuperado.

Esses incidentes, lê-se no artigo, são extremamente raros, com a transmissão de infeções de doador para recetor a ocorrer em menos de 1% de todos os transplantes.

A norte-americana, que tinha doença pulmonar obstrutiva crónica e estava em ventilação assistida, foi medicada com metilprednisolona, para prevenir a rejeição dos órgãos. Recebeu os pulmões de outra mulher, que morreu num acidente de carro. Um teste à covid-19 não mostrou sinais de infeção, nem esta tinha relatado sintomas antes da morte.

Dois dias após o transplante, os médicos notaram que a paciente estava com o índice cardíaco baixo (medida do desempenho do coração em relação ao tamanho do corpo), desenvolvendo febre no terceiro dia. Depois de as amostras serem enviadas para teste, a mulher testou positivo para a covid-19.

Apesar das tentativas para combater o vírus, a mulher continuou a piorar e, 61 dias após o transplante, morreu por falência múltipla de órgãos e dificuldade respiratória.

Embora este seja o primeiro caso do género, os autores afirmam que um teste pode não ser suficiente para garantir que os órgãos estão totalmente livres do SARS-CoV-2, sendo necessário um segundo, obtido após 24 a 48 horas.

https://zap.aeiou.pt/mulher-transplante-pulmoes-covid-382787

 

EUA - Legisladores da Virgínia aprovam projeto de lei que acaba com a pena de morte !

Os legisladores aprovaram na segunda-feira um projeto de lei que acabará com a pena de morte na Virgínia, num estado que executou ao longo dos anos mais pessoas do que qualquer outro nos Estados Unidos (EUA).

Segundo noticiou o jornal britânico The Guardian, a legislação que revoga a pena de morte seguirá agora para o governador democrata, Ralph Northam, que já avançou que a aprovará, tornando a Virgínia o 23.º estado a impedir as execuções.

A nova maioria conquistada nas últimas eleições pelos democratas no estado da Virgínia tem defendido que a pena de morte foi aplicada desproporcionalmente a negros, doentes mentais e indigentes.

Já os republicanos expressaram preocupações sobre a justiça para as vítimas e os seus familiares, afirmando que há alguns crimes tão odiosos que os seus autores merecem ser executados.

Historicamente, o estado usou a pena de morte mais vezes do que qualquer outro, executando quase 1.400 pessoas, de acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte. Desde que a Supremo Tribunal dos EUA restabeleceu a pena de morte, em 1976, houve na Virgínia 113 execuções, ficando apenas atrás do Texas.

Há neste momento dois homens no corredor da morte na Virgínia: Anthony Juniper, condenado em 2004 pelos assassinatos da ex-namorada, de dois dos seus filhos e do seu irmão; e Thomas Porter, condenado pelo assassinato de um agente da polícia em Norfolk, em 2005.

A alteração na lei pode converter as suas sentenças em prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.

Em outubro, havia 2.553 condenados à pena de morte nos Estados Unidos, número que varia frequentemente em virtude de novas condenações ou comutações da pena. 98% são homens, 2% são mulheres. Em média, os condenados ficam 7 anos à espera no corredor da morte até serem executados— ou perdoados, algo que aconteceu a apenas 1.6%.

https://zap.aeiou.pt/legisladores-virginia-lei-pena-morte-382778

 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

União Europeia vai aplicar sanções à Rússia - Kremlin fala em decisão “ilegal” !

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) acordaram, esta segunda-feira, a aplicação de novas sanções à Rússia.


O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, anunciou que os chefes de diplomacia da União Europeia chegaram a um “acordo político” em relação às novas sanções à Rússia. Cabe agora ao Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, fazer uma proposta relativa aos indivíduos a serem sancionados.

Segundo o semanário Expresso, as sanções envolvem os responsáveis envolvidos na detenção, condenação e perseguição do opositor russo Alexei Navalny, assim como nas restrições à liberdade de manifestação e protesto da população russa.

As propostas concretas de sanções têm de ser submetidas para aprovação pelo Conselho da União Europeia, esperando-se que o processo esteja concluído dentro de uma semana.

Em conferência de imprensa após a cimeira que reuniu o conjunto dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva afirmou que “manifestamente, a Rússia está numa atitude muito agressiva para com a UE e o relacionamento entre os dois blocos está num dos pontos mais baixos de sempre”.

Josep Borrell também afirmou que “há um entendimento partilhado no Conselho de que a Rússia está a derivar em direção a um estado autoritário e a afastar-se da Europa“, cita o mesmo jornal.

Segundo o Expresso, o Alto Representante da União Europeia disse ainda que o conjunto dos ministros dos 27 concordou em três linhas de atuação na relação a ter com o Kremlin neste momento: “Retaliar”, quando a Rússia infringir o direito internacional e os direitos humanos, “conter”, quando aumentar a pressão sobre a UE, nomeadamente através da desinformação ou de ataques cibernáuticos, e “dialogar”, em matérias em que a Europa considere que é do seu interesse fazê-lo.

Santos Silva também referiu que, apesar das sanções, isso não impede que a UE não se mantenha “interessada” em “comunicar com a Rússia”, nomeadamente “em matérias de interesse comum”, nas quais a colaboração com Moscovo é “indispensável”, tendo o chefe da diplomacia português enumerado a “não proliferação” e o “controlo de armamento”.

As novas sanções serão similares à Lei Magnitsky, em vigor nos Estados Unidos, que castiga as violações dos direitos humanos e, a serem aplicadas na União Europeia, será uma estreia no espaço comunitário. Estas medidas repressivas consistem em proibir a entrada em território europeu de pessoas sancionadas, assim como o congelamento dos bens que tenham na UE.

Rússia considera decisão da UE “ilegal”

No mesmo dia, em reação ao anúncio da União Europeia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou a decisão “ilegal” e “dececionante”.

“Consideramos categoricamente inaceitáveis as constantes exigências ilegais e absurdas para a libertação de um cidadão da Federação Russa que foi condenado por crimes económicos por um tribunal russo, no território do nosso país e de acordo com a lei russa”, refere a nota do Ministério, citada pela agência russa Sputnik News.

As exigências europeias constituem “uma interferência nos assuntos internos de um Estado soberano”, adianta ainda a nota do ministério liderado por Serguei Lavrov.

No sábado, um tribunal russo declarou Navalny culpado de “difamação” de um veterano da II Guerra Mundial, horas depois de ter sido condenado, em recurso, a dois anos e meio de prisão num outro caso.

O Ministério Público solicitou, no caso de difamação, uma multa de 950 mil rublos (cerca de 10.600 euros) e exigiu a pena suspensa fosse convertida em pena de prisão.

A justiça russa confirmou ainda uma sentença de prisão efetiva de Nalvalny, por violação de medidas de controlo judicial, mas reduziu-lhe a pena em um mês e meio, pelo que o ativista irá cumprir uma pena de dois anos e meio de prisão.

Além do acordo político alcançado esta segunda-feira para a adoção de sanções, o envenenamento do opositor russo já tinha motivado a introdução de medidas restritivas em outubro de 2020.

Na altura, seis indivíduos e uma entidade que estavam “envolvidos na tentativa de homicídio” tinham sido sancionados, ficando proibidos de viajar para a Europa e tendo os seus bens congelados no espaço europeu.

Este fim-de-semana, numa entrevista ao jornal alemão Die Welt, o representante da Rússia junto da UE, Vladimir Chizhov, referiu que o país estava “pronto para responder” caso o bloco optasse por impor novas sanções.

Atualmente, a UE mantém sanções contra a Rússia também por causa da anexação da Crimeia e da guerra no leste da Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/ue-vai-aplicar-sancoes-russia-382687

 

Supremo Tribunal dos Estados Unidos recusa impedir o acesso a declarações fiscais de Trump !

O Supremo Tribunal dos EUA recusou esta segunda-feira intervir para impedir que um procurador federal obrigue o ex-Presidente Donald Trump a entregar as suas declarações fiscais.


A decisão judicial é um forte revés para Trump – que sempre procurou evitar e entrega das suas declarações fiscais, durante o seu mandato presidencial – e representa o culminar de uma longa batalha legal que já tinha chegado ao Supremo Tribunal anteriormente.

O Supremo Tribunal decidiu, contudo, que as declarações fiscais de Trump não devem ser tornadas públicas, fazendo apenas parte da investigação criminal do procurador federal de Nova Iorque que as solicitou.

Ainda assim, o acesso aos documentos torna esta investigação mais eficaz, sobretudo numa altura em que Trump já não pode invocar a sua presença na Casa Branca para limitar a ação do procurador, como fez no passado, quando se queixou que a ação judicial era uma “caça às bruxas” com objetivos políticos.

O Supremo Tribunal demorou vários meses até chegar a esta decisão e não apresentou qualquer justificação para o atraso.

Esta decisão judicial é uma vitória para o procurador de Manhattan Cyrus Vance Jr., que pede o acesso às declarações fiscais de Trump desde 2019, como parte de uma investigação que envolve pagamentos a duas mulheres – a atriz pornográfica Stormy Daniels e a modelo Karen McDougal – para comprar o seu silêncio sobre alegados casos sexuais, o que o ex-Presidente nega.

Em julho, os juízes do Supremo Tribunal, numa decisão 7-2, rejeitaram o argumento de Trump de que o Presidente está imune a investigações enquanto ocupar o cargo ou que um procurador deve demonstrar uma necessidade excecional para obter os documentos fiscais.

Os juízes Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh, nomeados para o Supremo durante o mandato de Trump, concordaram com essa decisão, que devolveu o caso aos tribunais inferiores, impedindo que as declarações fiscais fossem entregues ao procurador.

Desde essa decisão de julho, os advogados de Trump apresentaram novos argumentos, alegando que as declarações fiscais não deveriam ser entregues, mas voltaram a sair derrotados num tribunal de recurso de Nova Iorque.

https://zap.aeiou.pt/acesso-declaracoes-fiscais-trump-382657

 

OMS vai indemnizar vacinados com efeitos adversos e recomenda estudo sobre primeiras pistas do vírus !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou esta segunda-feira a criação de um programa que permite indemnizar pessoas vacinadas contra a covid-19 que tenham reações adversas graves, evitando que recorram a tribunais, um meio moroso e caro.


O programa, inédito, abrange apenas pessoas oriundas dos 92 países elegíveis (mais pobres) para vacinas financiadas pelo mecanismo de distribuição universal e equitativa Covax, codirigido pela OMS.

A iniciativa, sem custos para os beneficiários, é subsidiada pelos financiadores do Covax, por intermédio de uma pequena taxa adicionada a cada dose de vacina distribuída até 30 de junho de 2022.

Em comunicado, publicado na página da organização na Internet, a OMS refere que se trata de “um procedimento rápido, justo e transparente” para indemnizar possíveis lesados da vacinação, que tenham “efeitos adversos raros, mas graves”.

A OMS assinala que, apesar de as vacinas para a covid-19 adquiridas ou distribuídas pelo Covax terem uma “aprovação regulamentar” ou “autorização de uso de emergência” que confirmam a sua segurança e eficácia, podem, “em casos raros”, como “acontece com todos os medicamentos”, provocar “reações adversas graves”.

Até 31 de março será disponibilizado um portal com informações sobre o programa e a forma de acesso às compensações.

Na habitual videoconferência de imprensa, a OMS indicou que 200 milhões de doses de vacinas foram já administradas no mundo, sem qualquer “sinal de alarme” em termos de segurança.

Esta segunda-feira, o diretor da OMS acusou “certos países ricos de minar” o sistema de distribuição equitativa de vacinas contra a covid-19, o Covax, ao persistirem na abordagem direta aos fabricantes para ter acesso ao imunizante.

“Alguns países ricos estão atualmente a abordar fabricantes para garantir o acesso a doses adicionais de vacinas, o que tem efeito nos contratos com o Covax, e o número de doses alocadas ao Covax foi reduzido por causa disso”, criticou Tedros Adhanom Ghebreyesus durante uma conferência de imprensa conjunta por videoconferência com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

OMS recomenda estudo mais aprofundado sobre o vírus

O grupo de especialistas OMS) ue visitou a China para estudar a origem da pandemia da covid-19 vai recomendar um rastreamento “mais profundo” dos contactos do primeiro paciente conhecido.

De acordo com a televisão norte-americana CNN, os especialistas também querem saber mais sobre a cadeia de fornecimento de quase uma dúzia de comerciantes no mercado de Huanan, na cidade de Wuhan, que se acredita ter desempenhado um papel fundamental na propagação da doença, no final de 2019.

As recomendações do painel da OMS seguirão vários pontos-chave da investigação, segundo fontes familiarizadas com o relatório preliminar citadas pela CNN.

Em primeiro lugar, os especialistas vão solicitar mais detalhes sobre o histórico de contacto do paciente tratado no dia 8 de dezembro de 2019, em Wuhan – o primeiro caso confirmado pelos cientistas chineses. Trata-se de um funcionário de escritório, na casa dos 40 anos, que não fez viagens, nem tem histórico de contactos com outros infetados.

Este paciente esteve com a equipa da OMS e, no final da reunião, indicou que os seus pais visitaram “um mercado local de produtos frescos em Wuhan”, e não o mercado de Huanan.

Peter Daszak, membro da equipa da OMS, observou que os cientistas chineses garantiram que os pais do paciente testaram negativo para a doença, mas não parecem ter rastreado os contactos deles naquele mercado.

Cientistas independentes disseram à CNN que os especialistas chineses deveriam ter realizado uma investigação mais aprofundada sobre as origens do vírus há vários meses.

Jake Sullivan, o conselheiro de segurança nacional do Presidente dos EUA, Joe Biden, disse no domingo que a China não forneceu “dados importantes suficientes” sobre a origem e subsequente disseminação do coronavírus.

“Eles estão prestes a publicar um relatório sobre as origens da pandemia em Wuhan, na China, sobre o qual temos dúvidas, porque não acreditamos que a China tenha disponibilizado dados suficientes sobre as origens, sobre como a pandemia começou, na China, e depois em todo o mundo”, disse o funcionário à CBS News.

Em 9 de fevereiro, a missão da Organização Mundial da Saúde (OMS), que investigou a origem do novo coronavírus em Wuhan, afastou a possibilidade de o vírus ter tido origem num laboratório. “Não estou em posição de dizer como o covid-19 veio a este mundo. Estou apenas em posição de pedir à OMS que faça o seu trabalho”, apontou.

https://zap.aeiou.pt/oms-vai-indemnizar-vacinados-com-efeitos-adversos-e-recomenda-382627

 

Vacinar as crianças pode ser a chave para controlar a covid-19, dizem especialistas !

A vacinação de crianças e adolescentes pode ser a chave para controlar a pandemia, apontaram especialistas, à medida que os ensaios clínicos permitem estudar os efeitos das vacinas contra a covid-19 nestas faixas etárias.


Embora a covid-19 tenha uma incidência menor na mortalidade de jovens e as evidências indiquem que as crianças têm menos probabilidade de contrair a infeção, o papel que estas desempenham na transmissão do vírus não é claro, de acordo com o Royal College of Paediatrics and Child Health, citado esta segunda-feira pelo The Guardian.

O vírus pode causar infeções assintomáticas em todas as faixas etárias. Nessa lógica, a imunização das crianças permite proteger os idosos, indicou Stanley Plotkin, que participou na criação das vacinas contra a rubéola e o rotavírus e ajudou a desenvolver outras, incluindo para a poliomielite e para a raiva.

“Não consigo imaginar como podemos ter esperança de erradicar o vírus, a menos que estejamos dispostos a imunizar a maioria da população”, afirmou.

Os pesquisadores da Oxford/AstraZeneca lançaram um estudo para testar a sua vacina contra a covid-19 em crianças e jovens, entre os seis e os 17 anos. Outros fabricantes seguem o mesmo caminho. A Pfizer/BioNTech espera partilhar os dados do seu estudo com jovens entre os 12 e os 15 anos nos próximos meses e iniciar outro com crianças entre os cinco a 11 anos.

Os dados sobre a segurança e eficácia das diferentes vacinas nos mais jovens devem começar a chegar no verão. Para já há indícios de que algumas vacinas estão a reduzir a propagação do vírus, mas os dados ainda não são conclusivos, alertaram os cientistas.

Se for comprovado que estas têm um efeito significativo na transmissão, com todos os adultos imunizados ao longo deste ano, os grupos etários que impulsionarão a disseminação da doença serão os jovens, destacou Rinn Song, pediatra e clínico-cientista do Oxford Vaccine Group.

Paul Heath, professor de doenças infeciosas pediátricas da Universidade de Londres, e principal investigador do braço britânico dos testes da vacina Novavax Covid-19, indicou que a infeção contínua em crianças poderia servir como um reservatório de infeção para adultos e idosos não vacinados.

“Ainda pode ser uma estratégia razoável, portanto, vacinar as crianças para que não transmitam [a doença] a esses adultos suscetíveis”, referiu.

Outra razão para vacinar crianças é a segurança dos estabelecimentos de ensino, apontou Adam Finn, professor de pediatria no Bristol Children’s Vaccine Center. No entanto, advertiu, quando se trata de doenças infeciosas, geralmente é possível controlar os surtos sem imunizar toda a população.

Finn afirmou, contudo, que ainda não se sabe até que ponto o programa de vacinação deve ir para haver controlo da doença. “É provável que até o final deste ano estejamos” a vacinar “menores de 18 anos. Não é uma certeza, é uma probabilidade”, frisou, acrescentando que a decisão de imunizar crianças deve ser baseada na necessidade.

https://zap.aeiou.pt/vacinar-criancas-chave-controlar-covid-382477

 

Edvard Munch escondeu uma mensagem na pintura “O Grito” !

 

“O Grito” (1893), de Edvard Munch

Afinal, a pequena mensagem escondida na famosa pintura de Edvard Munch “O Grito” foi escrita pelo próprio artista. Uma nova investigação coloca, assim, um ponto final num dos mistérios mais duradouros da arte moderna.

Só podia ter sido pintado por um homem louco!” Esta é a frase quase invisível que se pode ler no canto superior esquerdo da pintura e que foi objeto de debate durante várias décadas. Até agora, escreve a CNN, pensava-se que a frase era o fruto de um ato de vandalismo.

Recentemente, curadores do Museu Nacional de Arte, Arquitetura e Design da Noruega, em Oslo, garantiram ter desvendado um dos mistérios mais duradouros da arte moderna. Afinal, terá sido o próprio Edvard Munch a escrever a frase.

“A escrita é, sem dúvida, do próprio Munch”, concluiu Mai Britt Guleng, curadora do museu. A inscrição “foi examinada agora com muito cuidado, letra por letra e palavra por palavra, e é idêntica em todos os aspetos à caligrafia de Munch.”

“Não há mais dúvidas”, sublinhou a responsável pela investigação.

A frase, praticamente impercetível a olho nu, foi analisada com ajuda de tecnologia de infravermelhos e comparada com as anotações e cartas do artista. Munch “não escreveu em letras grandes para que todos vissem, é preciso olhar com muita atenção para ver”, detalha Britt Guleng.

A obra-prima expressionista é uma das obras mais célebres dos tempos modernos, anunciada como uma representação atemporal da ansiedade humana. Edvard Munch (1863-1944) passou vários anos da sua vida numa clínica psiquiátrica, onde foi internado depois de um colapso nervoso, em 1908.

“O Grito” está a ser alvo de um restauro com vista a uma nova exposição. Depois de ter sido roubada em 2004 (e recuperada pouco depois), a obra esteve poucas vezes em exibição.

https://zap.aeiou.pt/munch-mensagem-pintura-o-grito-382578

Após a cimeira de Hanói, Trump ofereceu boleia a Kim Jong-un no Air Force One !

Donald Trump, antigo Presidente norte-americano, terá oferecido ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, uma boleia no Air Force One, depois da cimeira em Hanói, no Vietname.


Um dos pontos altos da presidência de Donald Trump foi a cimeira histórica entre o então Presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte, em Singapura, assinalada por um aperto de mão simbólico e pela assinatura de um acordo que prometeu ao mundo “uma grande mudança”.

Mas nenhum avanço significativo foi assinalado após o encontro em fevereiro de 2019, em Hanói, no Vietname. A reunião entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou de modo abrupto na questão sobre o alívio das sanções: os Estados Unidos recusaram-se a suspendê-las até que a Coreia do Norte abandonasse o seu programa nuclear.

No entanto, houve uma grande surpresa na cimeira de Hanói. Segundo o documentário da BBC, intitulado Trump Takes on the World, o ex-Presidente norte-americano “surpreendeu até os diplomatas mais experientes” com a oferta de uma boleia até à Coreia do Norte a Kim Jong-un, no Air Force One.

“O Presidente Trump ofereceu a Kim uma boleia para casa no Air Force One“, contou Matthew Pottinger, o maior especialista da Ásia no Conselho de Segurança Nacional de Trump. “O Presidente sabia que Kim havia chegado depois de uma viagem de comboio de vários dias e o Presidente disse: ‘Posso levá-lo para casa em duas horas, se quiser’.”

Mas Kim Jong-un recusou.

Se o líder norte-coreano tivesse aceitado a oferta, teria entrado no avião presidencial norte-americano, mas não só: a aeronave teria penetrado no espaço aéreo norte-coreano, o que levantaria várias questões de segurança.

A amizade entre Trump e Kim não durou muito tempo. No mês passado, o norte-coreano disse que os Estados Unidos são o “maior inimigo” do seu país e que a política norte-americana contra a Coreia do Norte “nunca mudará”, independentemente de “quem está no poder”.

https://zap.aeiou.pt/apos-a-cimeira-de-hanoi-trump-ofereceu-boleia-a-kim-jong-un-no-air-force-one-382451

 

Com a venda de telemóveis em queda após sanções dos EUA, Huawei aposta na suinicultura !

Depois das duras sanções aplicadas pelos Estados Unidos, a gigante chinesa Huawei está agora a aplicar as suas tecnologias noutros negócios, que incluem a suinicultura e o carvão, procurando diversificar as suas fontes de rendimento. 


A tecnológica, recorde-se, foi impedida de aceder a componente vitais e de realizar negócios com várias empresas, incluindo a Google, depois de o Governo do antigo Presidente norte-americano Donald Trump a ter considerado uma ameaça nacional.

O antigo líder da Casa Branca sugeriu que a Huawei pode partilhar dados dos clientes com o Governo chinês, alegação que a empresa negou repetidamente. Com as sanções, as vendas de smartphones caíram 42% no último trimestre de 2020.

Com o mercado dos telemóveis inteligentes em queda, a empresa procura agora diversificar as suas fontes de rendimento, aplicando as suas ferramentas tecnológicas a novos negócios, incluindo a suinicultura, conta a emissora britânica BBC.

A Huawei está a ajudar os produtores chineses a modernizar as suas instalações com a introdução de sistemas de Inteligência Artificial (IA) para detetar doenças e rastrear porcos. A tecnologia de reconhecimento facial pode identificar os animais individualmente, enquanto uma outra tecnologia controla o seu peso, dieta e atividade diária.

Outros gigantes chineses da tecnologia, incluindo a JD.com e a Alibaba, já estão a trabalhar com criadores de porcos na China para incluir novas tecnologias nos processos de criação de suínos. O país asiático, recorde-se, possui a maior indústria de suinicultura do mundo, abrigando metade dos suínos vivos de todo o mundo.

“A suinicultura é mais um exemplo de como tentamos revitalizar algumas indústrias tradicionais com tecnologias de ICT (Tecnologia da Informação e Comunicação) para criar mais valor para as indústrias na era 5G”, disse o porta-voz da Huawei.

Mas a suinicultura não é o único negócio que a Huawei tem debaixo de olho para diversificar as suas fontes de rendimento: no início de fevereiro, o fundador e presidente-executivo da gigante tecnológica, Ren Zhengfei, anunciou a criação de um laboratório de inovação em mineração carvão na província de Shanxi, no norte da China.

O objetivo passa por desenvolver tecnologias projetadas para minas de carvão que levarão, consequentemente, a “um menor número de trabalhadores, maior segurança e maior eficiência”, permitindo as mineiros “usar fato e gravata no trabalho”.

O mesmo responsável acrescentou ainda que a empresa está a expandir a sua capacidade noutros produtos de consumo, como televisões, computadores e tablets.

Podemos sobreviver mesmo sem depender das vendas de telemóveis“, afirmou, acrescentando que é muito improvável que os Estados Unidos retirem a Huawei da lista negra que impede empresas norte-americanas de trabalhar com a gigante chinesa.

https://zap.aeiou.pt/huawei-aposta-na-suinicultora-382266

 

Butão conta apenas uma morte por covid-19 desde o início da pandemia !

O Butão, um pequeno país que faz fronteira com a China e com a Índia, registou apenas uma morte por covid-19 desde o início da pandemia.


O pequeno Butão mostrou ser grande na batalha que o mundo trava contra a covid-19: o país, que faz fronteira com a China e com a Índia, é um exemplo de sucesso graças à campanha de prevenção levada a cabo pelo Governo desde janeiro de 2020 e à cooperação e solidariedade da população.

No dia 7 de janeiro, um cidadão de 34 anos, internado num hospital de Timbu com problemas de fígado e rins, acabou por morrer de complicações relacionadas com a covid-19. Quase um ano desde o início da pandemia, esta é a primeira e única morte derivada da doença registada pelo país, avança a CNN.

Quando o novo coronavírus começou a cavalgar no continente asiático, o Butão tinha reunidas todas as características de uma tempestade perfeita – a começar pelo facto de só ter 337 médicos para uma população de 760 mil pessoas, sendo que apenas metade destes médicos tinham treino avançado para cuidados intensivos. Além disso, o país só tinha uma máquina PCR para poder testar análises do vírus.

Numa primeira fase, a chave para o sucesso do Butão prendeu-se com a rapidez da reação aos primeiros avisos vindos da vizinha China, escreveu a jornalista Madeline Drexler na revista The Atlantic.

Apenas 11 dias depois de a China reportar pela primeira vez à Organização Mundial de Saúde (OMS) um “surto de pneumonia de origem desconhecida”, o Butão começou a preparar o seu plano de resposta nacional e a 15 de janeiro já impunha a medição de febre nos seus quatro aeroportos.

A intensa campanha de prevenção permitiu que o Butão só registasse o seu primeiro caso de covid-19 no dia  6 de março de 2020. Nas 6 horas seguintes à confirmação da primeira infeção, foram identificados e colocados em quarentena mais de 300 possíveis contactos do infetado, conta a Visão.

O Governo do Butão começou a fazer declarações claras e periódicas ao país; as escolas foram encerras – assim como ginásios, cinemas e instituições públicas -; as vistas de turistas foram proibidas e os horários de trabalho flexibilizados. Cinco dias depois de a OMS declarar a covid-19 como uma pandemia, a 16 de março, o Butão instituiu uma quarentena obrigatória para todos os cidadãos com possíveis exposições ao vírus.

Os casos positivos foram isolados, incluindo os assintomáticos, de forma a tratar os sintomas imediatamente e garantir acompanhamento psicológico aos pacientes em quarentena.

A participação e cooperação da própria população foi essencial para o sucesso do Butão face à pandemia. Como uma mão lava a outra, o Governo garantiu que o impacto económico na população era amparado através de um programa de assistência financeira, com a distribuição de 15 milhões de euros a mais de 34 mil cidadãos.

O Butão tem sido dos países mais eficazes a combater a pandemia. A orientação dos monarcas, o esforço conjunto das diferentes forças políticas parlamentares, o forte investimento na prevenção da covid-19 e a população pronta a acatar as regras de saúde pública graças foram a chave do sucesso.

https://zap.aeiou.pt/butao-apenas-uma-morte-covid-19-382594

 

“Dez países administraram 75% das vacinas, enquanto 130 ainda não receberam uma única dose” !

O secretário-geral da ONU alertou que a pandemia da covid-19 está a agravar as desigualdades, dando como exemplo a vacinação a nível mundial.


Num artigo de opinião publicado esta segunda-feira no jornal britânico The Guardian, António Guterres alerta que “o mundo está a enfrentar uma pandemia de abusos dos direitos humanos”.

“A covid-19 aprofundou divisões, vulnerabilidades e desigualdades preexistentes, e abriu novas fraturas, incluindo falhas nos direitos humanos. A pandemia revelou a interconexão da nossa família humana – e de todo o espectro dos direitos humanos: civis, culturais, económicos, políticos e sociais. Quando qualquer um destes direitos está sob ataque, outros estão em risco”, escreve o secretário-geral da ONU.

“Profissionais da linha da frente, pessoas com deficiências, idosos, mulheres, meninas e minorias foram especialmente atingidos. Numa questão de meses, o progresso feito na igualdade de género retrocedeu décadas”, continua Guterres, acrescentando também que a “pobreza extrema está a aumentar pela primeira vez em décadas”.

Para o secretário-geral português, o “mais recente ultraje moral” é o fracasso em assegurar a equidade na vacinação contra a covid-19. “Apenas dez países administraram mais de 75% de todas as vacinas. Enquanto isso, mais de 130 países ainda não receberam uma única dose”, destaca.

“O vírus está também a infetar os direitos civis e políticos, e a reduzir ainda mais o espaço cívico. Usando a pandemia como pretexto, as autoridades de alguns países implementaram respostas de segurança severas e medidas de emergência para esmagar os dissidentes, criminalizar liberdades básicas, silenciar o jornalismo independente e restringir as atividades de organizações não governamentais”, diz ainda.

“Defensores dos direitos humanos, jornalistas, advogados, ativistas políticos – até mesmo profissionais de saúde – foram detidos, processados e submetidos a intimidação e vigilância por criticarem as respostas dos seus Governos à pandemia”, lembra Guterres, acrescentando que as restrições relacionadas com a covid-19 também “têm sido usadas para subverter os processos eleitorais e enfraquecer as vozes da oposição”.

Guterres escreve ainda que a “desinformação mortal tem sido amplificada – até por aqueles que estão no poder” – e, ao mesmo tempo, há extremistas, “incluindo supremacistas brancos e neonazis, que têm instrumentalizado a pandemia para crescerem, através da polarização social e da manipulação política e cultural”.

“A pandemia também tornou os esforços de paz mais difíceis, restringindo a capacidade de conduzir negociações, exacerbando as necessidades humanitárias e minando o progresso noutros desafios relacionados com direitos humanos e ligados aos conflitos”.

Por todas estas coisas, o ex-primeiro-ministro português apela: “Este não é um momento para negligenciar os direitos humanos. Este é o momento em que, mais do que nunca, os direitos humanos são necessários para navegar nesta crise de uma forma que nos permita atingir o objetivo de alcançar um desenvolvimento inclusivo e sustentável e uma paz duradoura”.

https://zap.aeiou.pt/guterres-paises-vacinas-covid-19-382417

 

 

Embaixador italiano morto em ataque armado na República Democrática do Congo !

O embaixador italiano em Kinshasa, Luca Attanasio, foi morto a tiro num ataque armado a um comboio do Programa Alimentar Mundial (PAM), durante uma visita perto de Goma, no leste da República Democrática do Congo, avançaram esta terça-feira fontes diplomáticas.


O embaixador “morreu em consequência dos ferimentos”, disse à agência AFP , citada pela agência Lusa, uma fonte diplomática em Kinshasa. No ataque foram também mortas outras duas pessoas, de acordo com o porta-voz do exército na região do Kivu Norte, major Guillaume Djike, que não revelou a identidade das vítimas.

O Presidente italiano Sergio Mattarella denunciou o “ataque cobarde” que custou a vida ao embaixador, ao soldado italiano Vittorio Iacovacci e ao seu motorista. “A república italiana está de luto por estes servidores do Estado que perderam a vida no exercício das suas funções”, apontou, lamentando o “ato de violência” perpetrado contra um comboio do PAM.

Attanasio, que desempenhava as funções de embaixador na República Democrática do Congo desde início de 2018, foi “baleado no abdómen” e transportado “em estado crítico” para um hospital em Goma, segundo disse à agência AFP uma fonte diplomática.

O exército congolês disse, entretanto, que “as Forças Armadas Congolesas estão a tentar descobrir quem são os agressores”.

A União Europeia (UE) já reagiu e está a seguir “de perto”, ao nível de chefes de diplomacia, as “terríveis notícias” do ataque que resultou na morte do embaixador italiano.

Durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário, o porta-voz da Comissão, Eric Mamer, referiu que tinha acabado de tomar conhecimento das “terríveis notícias” e adiantou que o assunto está já a ser debatido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que se encontram reunidos presencialmente em Bruxelas.

De acordo com uma porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa, o Alto-Representante da UE, Josep Borrell, deu conta do sucedido no Conselho de Negócios Estrangeiros que decorre neste momento em Bruxelas, e “apresenta as suas condolências à Itália, às Nações Unidas e às vítimas da violência no Congo”.

Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, mostrou-se “chocado” com o ataque. “Chocado pelo ataque a um comboio do PAM na República Democrática do Congo e pelas vidas perdidas, entre as quais a do embaixador de Itália e de um militar”, reagiu, através da sua conta oficial no Twitter.

O ataque ao comboio do PAM teve lugar a norte de Goma, a capital da província do Kivu Norte, que tem sido flagelada pela violência de grupos armados há mais de 25 anos.

Esta região, que acolhe o Parque Nacional da Virunga, é também o cenário de conflito no Kivu Norte, onde dezenas de grupos armados lutam pelo controlo da riqueza do solo e subsolo. Criado em 1925, o parque é Património Mundial da UNESCO. Estende-se por 7.769 km2, desde Goma até ao território de Beni, entre montanhas e florestas.

https://zap.aeiou.pt/embaixador-italiano-morto-congo-382446

 

Carta revela possível envolvimento do FBI na morte de Malcolm X - Família exige reabertura do caso !

Quase 56 anos depois de Malcolm X ter sido assassinado em Nova Iorque, advogados e membros da família do líder nacionalista negro e defensor dos direitos civis divulgaram novas provas que, afirmam, mostram que a polícia de Nova Iorque (NYPD) e o FBI terão estado envolvidos na sua morte.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, numa carta revelada postumamente, um ex-agente infiltrado da Polícia de Nova Iorque alega ter sido pressionado por superiores a aliciar dois dos seguranças de Malcolm X a cometer crimes, alguns dias antes do seu assassinato, em 21 de fevereiro de 1965.

As detenções terão impedido os dois homens de gerir a segurança das portas do Audubon Ballroom, em Washington Heights, no dia do tiroteio que matou Malcolm X.

O antigo polícia, que queria que o seu depoimento se tornasse público apenas após a sua morte, afirma que a NYPD e o FBI mantiveram certos aspetos do caso em segredo.

A carta, escrita por Raymond Wood, foi autorizada para libertação póstuma por um primo e foi lida no sábado numa conferência de imprensa com a presença de três filhas de Malcolm X e membros da família de Wood. Não foram fornecidos detalhes sobre as circunstâncias e o momento da morte de Wood.

“Os meus supervisores disseram-me para encorajar líderes e membros de grupos de direitos civis a cometer atos criminosos”, lê-se na carta.

No ano passado, o assassinato foi o tema de um documentário de seis partes da Netflix, “Who Killed Malcolm X?”, que reviu questões antigas sobre se dois dos três homens condenados pelo crime eram inocentes. Em 2011, um detetive da NYPD envolvido no caso escreveu que  “a investigação foi malfeita”.

O documentário levou o procurador distrital de Manhattan, Cyrus Vance Jr, a rever as condenações no caso. Após a conferência de imprensa de sábado, o gabinete de Vance disse que a revisão foi “ativa e contínua”.

Numa declaração separada, o NYPD disse que “forneceu todos os registos disponíveis relevantes para o caso” a Vance e “continua empenhado em ajudar com esta revisão de qualquer forma”. O FBI não fez comentários.

Malcolm X foi baleado segundos depois de chegar a um púlpito para discursar. Dias antes, tinha dito numa entrevista que acreditava que membros da Nação do Islão estavam a tentar matá-lo. A sua casa em Queens foi atacada uma semana antes de ser morto.

Malcolm X estava a ser vigiado pelo FBI na época.

Uma das suas filhas, Ilyasah Shabazz, disse na conferência de imprensa de sábado que viveu com décadas de incerteza. “Qualquer evidência que forneça uma maior compreensão da verdade por trás desta terrível tragédia deve ser investigada exaustivamente”, disse.

https://zap.aeiou.pt/carta-revela-envolvimento-do-fbi-na-morte-de-malcolm-x-familia-382349

 

A China é agora o maior parceiro comercial da Europa !

Atualmente, a Europa comercializa mais mercadorias com a China do que com os Estados Unidos, uma situação que mostra a forma como a pandemia está a transformar a economia global.


Dados divulgados esta semana pelo serviço de estatísticas da União Europeia atribuíram a mudança a um aumento de 5,6% nas importações da China em 2020 e a um aumento de 2,2% nas exportações.

Ao mesmo tempo, houve uma “queda significativa” no comércio com os Estados Unidos, com as importações a descer 13,2% e as exportações a cair 8,2%.

Em 2020, o valor de bens comercializados entre a Europa e a China foi de 586 mil milhões de euros, cerca de 31 mil milhões a mais do que os que foram trocados entre a União Europeia e os EUA.

A economia da China cresceu 2,3% no ano passado, paralelamente a uma tentativa de recuperação pós-pandemia. Por outro lado, os Estados Unidos viram a sua produção encolher 3,5%. Este decréscimo permitiu que a China, a segunda maior potência económica do mundo, aumentasse ainda mais a sua influência.

Daniel Gros, investigador do Centro de Estudos de Política Europeia, refere à CNN que a mudança não é uma surpresa, tendo em conta a situação da China na indústria global.

No entanto, o especialista sublinha que os laços económicos que ligam a Europa aos EUA continuam muito fortes: a UE continua a exportar mais para a América do que para a China. Além disso, Gros alerta que os dados não têm em consideração o comércio transatlântico de serviços, que vale cerca de 494 mil milhões de euros por ano.

“O relacionamento transatlântico geral continua muito mais forte do que aquele entre a Europa e a China”, explica Gros, acrescentando que “é muito mais profundo porque tem  mais investimento internacional”.

Ainda assim, Bruxelas aprofunda cada vez mais o seu relacionamento económico com a China, apesar de ver o país como um “rival sistémico”. A Europa partilha das preocupações dos Estados Unidos sobre as práticas de comércio e tecnologia de Pequim, mas, no final do ano passado, finalizou um acordo de investimento com a China com o objetivo de aumentar o acesso ao mercado.

A Comissão Europeia realça que estabeleceu “obrigações claras para as empresas estatais chinesas”, que costumam ser fortemente subsidiadas, e estabeleceu regras contra transferências forçadas de tecnologia.

Apesar das garantias vindas da UE, o acordo gerou um certo desconforto com os Estados Unidos. Jake Sullivan, atual conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, pediu aos líderes da UE que tratassem das preocupações comuns sobre Pequim com o novo governo.

https://zap.aeiou.pt/china-parceiro-comercial-europa-381719

Os comentários de cinco leitores custaram 100 mil euros a um jornal online !

Um tribunal malaio condenou um jornal online a pagar 100 mil euros devido a cinco comentários de utilizadores a criticarem o judiciário do país.


Tal como o ZAP, muitos outros jornais online permitem aos seus leitores comentarem as notícias no fim dos artigos. A prática é bastante comum, mas pode ter saído bem caro a um jornal online da Malásia. Um tribunal decidiu que o site era legalmente responsável pelos comentários de leitores considerados insultuosos ao judiciário malaio.

O jornal Malaysiakini foi considerado culpado por desacatos, e o tribunal condenou-o a pagar uma multa de cerca de 100 mil euros devido a cinco comentários deixados por utilizadores, escreve o The New York Times.

O editor do jornal, Steven Gan, disse que a pesada multa foi uma tentativa de levar o Malaysiakini à falência. “Isto terá um impacto terrível e assustador nas discussões de questões de interesse público e será um golpe fatal na nossa campanha contínua de combate à corrupção“, disse Gan após a audiência.

Alguns leitores e apoiantes disseram que Gan e o Malaysiakini estavam a ser punidos pela cobertura noticiosa do jornal, que tem sido critico do Governo e que serve de voz à oposição na Malásia.

Os comentários dos leitores foram feitos numa notícia sobre o sistema judicial da Malásia. Embora tenham sido posteriormente removidos, não foi suficiente para evitar as acusações legais. O painel de juízes considerou que o jornal deveria ter examinado e eliminado os comentários.

A multa imposta acaba por ser bem superior à pedida pelos procuradores, que sugeriram uma coima de cerca de 40 mil euros.

Poucas horas depois de conhecido o veredito, um grupo de doadores lançou uma angariação de fundos que reuniu mais do que dinheiro suficiente para pagar a multa de 100 mil euros, de acordo com o próprio Malaysiakini. O jornal ainda está a deliberar qual o destino dos fundos excedentes.

Agradecemos aos nossos leitores e apoiantes por nos ajudarem, mesmo quando certamente muitos estão a passar por momentos difíceis durante esta pandemia”, disse o CEO do jornal online, Premesh Chandran.

“Isto espelha tudo o que é certo e errado neste país. Que o Rakyat [partido socialista da Malásia] está disposto a dar um passo em frente e fazer a sua parte para que as suas vozes sejam ouvidas e para tornar o país melhor, e contribuir para corrigir os erros”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/cinco-comentarios-custaram-100-mil-381952

 

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