sábado, 13 de março de 2021

Eurovisão rejeita música da Bielorrússia - Críticos dizem que legitima “regime sanguinário” de Lukashenko !

Os organizadores do Festival Eurovisão da Canção recusaram esta quinta-feira a inscrição de uma música da Bielorrússia devido às suas polémicas letras de caráter político.

A European Broadcasting Union (EBU) exigiu esta quinta-feira que a Bielorrússia apresentasse uma nova inscrição ou corre o risco de ser desqualificada da competição, de acordo com o Deutsche Welle.

“Concluiu-se que a música coloca em questão a natureza política do concurso“, disse a EBU, num comunicado divulgado nas redes sociais. “Além disso, as reações recentes à entrada proposta podem trazer descrédito à reputação do ESC [Festival Eurovisão da Canção].”

A canção, intitulada “I’ll teach you” (“Vou ensinar-te”, em tradução livre), ridiculariza as manifestações contra o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko. A canção, interpretada pelo grupo bielorrusso Galasy ZMesta, atraiu mais de meio milhão de visualizações na página oficial da competição no YouTube.

Os críticos da música acreditam que legitima o regime de Lukashenko, que foi acusado de fraude na eleição presidencial do ano passado contra a opositora Sviatlana Tsikhanouskaya. Tanto a União Europeia (UE) como os Estados Unidos não reconheceram Lukashenko como o presidente legítimo do país.

“Isto é uma brincadeira do povo da Bielorússia, de tudo o que está a acontecer no país”, disse a cantora Angelica Agurbash, que representou a Bielorússia na competição da Eurovisão em 2005, em declarações à agência Reuters. “Receber qualquer representante do regime sanguinário de Lukashenko seria errado”

Lukashenko é presidente da Bielorússia desde 1994 e tem sido criticado por observadores de direitos humanos pela sua repressão às liberdades civis e à imprensa. A agência de direitos humanos Freedom House caracterizou o país como “não livre”, descrevendo o país como um “Estado autoritário consolidado”, onde “as eleições são abertamente orquestradas e as liberdades civis são fortemente restringidas”.

A inscrição da canção bielorrussa é a última a gerar polémica no concurso deste ano, depois de a inscrição do Chipre ter atraído a condenação da comunidade religiosa do país no início deste mês. A Igreja de Chipre acredita que a entrada da música “El Diablo” (“O Diabo”) promove o culto satânico.

De acordo com o site oficial da competição, “El Diablo” é sobre “apaixonar-se por alguém tão mau como o diabo”. A música é interpretada pela cantora grega Elena Tsagkrinou.

Uma declaração do Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa de Chipre descreveu a entrada como um elogio à “submissão fatalista dos humanos ao poder do diabo”. Os manifestantes reuniram-se em frente à emissora estatal de Chipre para exigir a retirada da canção da competição.

O Festival Eurovisão da Canção acontecerá em maio na cidade holandesa de Roterdão.

https://zap.aeiou.pt/eurovisao-rejeita-musica-da-bielorrussia-387282

 

 

Discurso de Trump motivou a invasão ao Capitólio, admite ex-secretário da Defesa !

Christopher Miller, antigo secretário interino de Defesa da administração de Donald Trump, acredita que discurso do ex-Presidente terá motivado a invasão ao Capitólio.


O ex-secretário de Defesa Christopher Miller acredita que o discurso do ex-Presidente Donald Trump, na manhã do dia 6 de janeiro, incitou os manifestantes que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos.

“A questão é se alguém teria marchado até ao Capitólio e invadido o Capitólio sem o discurso do Presidente. Eu acho que é praticamente definitivo que isso não teria acontecido“, disse Miller à Vice no Showtime. “A questão é se ele sabia que estava a enfurecer a multidão. Isso eu não sei.”

De acordo com a CNN, Miller disse acreditar que o discurso de Trump no início desse dia teve um impacto de “causa e efeito” sobre aqueles que o ouviram e depois invadiram o Capitólio. Questionado sobre se acha que Trump é o responsável pelo tumulto, respondeu apenas: “Não sei, mas parece causa e efeito, sim.”

As declarações de Miller foram feitas durante uma entrevista exclusiva à Vice no Showtime, que será transmitida no próximo domingo, dia 14 de março. Para já, foi lançado um pequeno teaser da entrevista.

Depois de ouvir Donald Trump discursar, a multidão desceu até ao edifício do Capitólio para impedir a certificação da vitória de Joe Biden, o atual Presidente dos Estados Unidos. Na sequência do ataque à sede do Congresso norte-americano morreram cinco pessoas.

Donald Trump foi alvo de um processo de destituição por causa do ataque, mas acabou por ser absolvido pelo Senado da acusação de “incitamento à insurreição”.

https://zap.aeiou.pt/discurso-trump-motivou-invasao-387317

 

Tribunal Penal da Suíça invalida parte da investigação a presidente da FIFA !

O Tribunal Penal Federal da Suíça invalidou na quinta-feira alguns aspetos da investigação do promotor especial Stefan Keller, que se debruçou sobre possíveis delitos do presidente da FIFA, Gianni Infantino, anunciou o organismo de cúpula do futebol mundial.


Segundo o tribunal, citado pela agência Lusa, Keller excedeu o âmbito da investigação para que foi designado, que versava particularmente uma série de reuniões de Infantino com o antigo promotor geral da área fiscal da Suíça, Michael Lauber, que então investigava a corrupção no futebol.

“Em vez de cumprir esse mandato, Keller, que nove meses depois ainda não ouviu o presidente da FIFA, abordou nas suas pesquisas questões que nada têm a ver com o mandato que recebeu”, pode ler-se na nota daquele organismo.

A decisão do Tribunal Penal Federal anulou os interrogatórios de Keller com outras pessoas que caem fora do âmbito das suas competências, sendo eliminados do expediente.

O suíço iniciou no final de julho de 2020 uma investigação penal a Infantino, com uma reunião de 2017 com Lauber no centro do caso, com notícias de dezembro a darem conta do uso de um avião privado pelo líder da FIFA.

Keller avançou que podem estar em causa vários delitos, de abuso de poder a violação do segredo de justiça, além de incitação a prática criminosa.

https://zap.aeiou.pt/tribunal-suico-invalida-investigacao-presidente-fifa-387222

Bolsonaro critica confinamento e diz que é “fácil impor ditadura no Brasil” !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou, na quinta-feira, que é “fácil impor uma ditadura no Brasil”, numa crítica às medidas de confinamento decretadas por governadores e prefeitos para travar a disseminação da covid-19.


“Vou repetir: como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Estamos a ver guardas municipais, de cassetete, mantendo todo mundo dentro de casa. Imaginem umas Forças Armadas, com fuzil. Em nome da ciência, da sua vida, você vai ficar em casa mofando”, disse Bolsonaro, na sua habitual transmissão de vídeo na rede social Facebook.

“Uma pequena parcela da sociedade até pode ficar em casa mais tempo, mas a grande maioria não pode. Todos vão sofrer. Eu sou o garante da democracia. Usam o vírus para te oprimir, para quebrar a economia”, criticou o chefe de Estado.

Para justificar a sua rejeição às medidas de confinamento obrigatório, Bolsonaro recorreu à leitura de uma carta de despedida, escrita por um feirante que alegadamente se suicidou.

“Estou cansado de tanta humilhação aqui na feira. Estou fazendo isso porque não está dando para pagar as dívidas, por causa do governador e do prefeito. Decretou fecho de tudo e não está dando para vender”, leu Bolsonaro, reproduzindo o teor da carta, mas sem revelar a identidade da vítima.

O Brasil, que nos últimos dois dias registou mais de duas mil mortes diárias devido à covid-19 e que enfrenta agora o momento mais crítico da pandemia, tem vários hospitais em colapso e novas estirpes do vírus em circulação, o que levou governadores e prefeitos a decretar medidas restritivas de isolamento social.

Um ano após a pandemia ser oficialmente declarada no país, o Brasil acumula 10,3% das mortes notificadas no mundo por covid-19, sendo que tem apenas 3% da população global, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Contudo, Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais negacionistas em relação à gravidade da covid-19, defende que a população brasileira saia à rua em prol da economia, e “antevê problemas sérios” caso isso não aconteça.

“A pessoa com fome perde a razão, topa tudo. Estamos segurando o Brasil. Estou antevendo um problema sério no Brasil, não quero falar que problemas são esses porque não quero que digam que estou estimulando a violência, mas teremos problemas sérios pela frente”, pontuou.

Segundo o Presidente, “cerca de 20 governadores [dos 27 estados do Brasil] decidiram tomar medidas conjuntas para tentar barrar o vírus”, mas “há um ano que o país está em ‘lockdown’ [confinamento] e o coronavírus continua aí”.

Para o chefe de Estado, o efeito colateral do confinamento é mais danoso do que o próprio vírus e criticou governadores, como de São Paulo e do Distrito Federal, por imporem recolher obrigatório durante a noite e madrugada.

“Até quando a nossa economia vai resistir? Se colapsar, vai ser uma desgraça. O que poderemos ter brevemente? Invasão ao supermercado, fogo em ônibus [autocarros], greves, piquetes, paralisações. Onde vamos chegar?”, questionou.

Bolsonaro, que se encontra sem partido desde o ano passado, aproveitou ainda para admitir que voltou às conversações com o Partido Social Liberal (PSL), formação política pela qual foi eleito Presidente em 2018.

“Espero decidir até março o meu futuro político. Alguns partidos acenaram para mim, até o próprio PSL. Conversei com o PSL”, revelou.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, concentra 272.889 mortes e 11.277.717 casos de infeção, sendo um dos três países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Juiz do Supremo Tribunal Federal diz que ministro brasileiro publicou notícias falsas

O juiz Gilmar Mendes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para dizer que uma publicação do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, divulgou notícias falsas sobre a pandemia no país.

A discórdia começou quando Araújo publicou um vídeo do canal CNN em inglês sobre o recrudescimento da pandemia de covid-19 no Brasil, no qual um especialista atribuía ao governo do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, o descontrolo da crise sanitária e a falta de medidas para restringir a circulação de pessoas.

A CNN entende tudo de errado sobre o Brasil e a covid-19“, escreveu Araújo na rede social Twitter.

O ministro brasileiro acrescentou na rede social que, “depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal em abril de 2020, os governadores dos estados, não o Presidente, têm, na prática, toda a autoridade para estabelecer/gerir todas as medidas de distanciamento social“.

Em seguida, Araújo publicou uma série de dados sobre o dinheiro destinado pelo governo brasileiro para o combate à pandemia, que é pior no Brasil, onde ontem, quarta-feira, quando foi atingido o recorde de mortes diárias, de 2.286, ultrapassando os 270 mil mortos em pouco mais de um ano.

“Notícias falsas! Aqui está o facto real: o Supremo Tribunal Federal decidiu que as administrações federal, estadual e municipal têm autoridade para adotar medidas de distanciamento social. Todos os níveis de governo são responsáveis pelo desastre que estamos enfrentando”, respondeu, de seguida, Gilmar Mendes, sem esconder o seu desconforto.

Araújo, por sua vez, rebateu: “Leia novamente por favor. Eu falei ‘depois de uma decisão do STF’, que significa ’em consequência de’”, e “Eu disse ‘na prática’, indicando o real efeito da decisão prática, os governadores tomaram todas as medidas que queriam e o governo federal paga a conta”.

O que o ministro não mencionou é que Bolsonaro se opôs e criticou os governos regionais que adotaram medidas para restringir a circulação de pessoas e todas as atividades produtivas, às quais se opõe pelo efeito que têm na economia.

A própria CNN Brasil interveio sobre o assunto e afirmou que Araújo “usou argumentos infundados” para “refutar uma reportagem da CNN americana sobre as mortes por covid-19” no Brasil. “Na reportagem americana da CNN, o especialista Dennis Carroll culpou a política do governo do Presidente Jair Bolsonaro pela falta de controlo da doença, alegando falta de liderança”, disse o afiliado do canal no Brasil.

A rede esclareceu ainda que esse especialista “comparou as ações do Bolsonaro com Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos”, considerado um modelo pelo Presidente brasileiro e cuja gestão da pandemia também foi alvo de numerosas e duras críticas.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-critica-confinamento-387111

Matthew McConaughey está a “considerar seriamente” concorrer a governador do Texas !

Matthew McConaughey anunciou, na quarta-feira, que está a “considerar seriamente” concorrer a governador do Texas, o seu estado natal.

O ator norte-americano Matthew McConaughey está a “considerar seriamente” concorrer a governador do Texas, um ano antes da realização das eleições estaduais, escreve o The Guardian.

A intenção de avançar com a candidatura foi revelada na quarta-feira no podcast The Balanced Voice. O ator disse que a corrida ao cargo político estava “em verdadeira consideração”.

“Estou a pensar de novo na atualidade, qual é o meu papel? Eu acho que tenho algumas coisas para ensinar e partilhar, e qual é o meu papel? Qual é a minha categoria no próximo capítulo da vida em que vou entrar?”, questionou.

Se McConaughey decidir lançar-se nesta aventura política, irá enfrentar o republicano Greg Abbott, que irá candidatar-se à reeleição. A filiação política do ator não é conhecida.

Esta é a primeira vez que o ator, de 51 anos, fala na possibilidade de avançar para um cargo político. No ano passado, questionado pelo radialista Hugh Hewitt, disse que dependeria “mais das pessoas” do que de si próprio, mas salientou que a política era “um assunto fragmentado” e que só ganharia interesse quando “redefinisse o seu propósito”.

Apesar de não se conhecer espetro político de McConaughey, há quem considere que o ator se posiciona à esquerda pelas suas opiniões sobre a violência armada, uso de máscaras e redistribuição de fundos das polícias.

https://zap.aeiou.pt/matthew-mcconaughey-governador-texas-387155

 

Polónia proíbe homossexuais de adotarem crianças !

A Polónia endureceu as políticas contra os homossexuais. Depois de os casais homossexuais terem sido proibidos de adotar crianças juntos, o país decidiu criar uma nova lei.


Recentemente, a Polónia aprovou uma lei que proibia a adoção por parte de casais homossexuais. A legislação, anunciada esta quinta-feira, vai ainda mais longe e prevê que as autoridades verifiquem o estatuto de coabitação das pessoas que queiram adotar sozinhas.

Isto porque, se viverem com uma pessoa do mesmo sexo, não será possível seguir com a adoção, escreve o Público.

O plano da nova lei foi anunciado horas antes de o Parlamento Europeu aprovar uma resolução que declara que toda a União Europeia é uma “zona de liberdade” para as pessoas LGBTIQ, em resposta à introdução de “zonas livres de LGBT” na Polónia, que tem vindo a ser feita desde 2019.

Bruxelas argumenta que os direitos têm de ser respeitados em toda a União Europeia, enquanto que Varsóvia defende que “a ideologia LGBT” é uma ameaça aos seus valores católicos.

Nos últimos dois anos, mais de 100 cidades e zonas da Polónia vieram a declarar-se “zonas livres de LGBT”. A União Europeia suspendeu fundos para essas cidades, que o Governo polaco disse que iria substituir.

A resolução do Parlamento Europeu foi aprovada com 492 votos a favor, 141 contra e 46 abstenções. A declaração dizia que “os direitos LGBTI são direitos humanos” e todo o território da União Europeia é “uma zona de liberdade LGBTI”.

“As pessoas LGBTIQ em toda a UE devem gozar da liberdade de viver e mostrar publicamente a sua orientação sexual e identidade de género sem receio de intolerância, discriminação ou perseguição. As autoridades europeias a todos os níveis de governação devem proteger e promover a igualdade e os direitos fundamentais de todos, incluindo as pessoas LGBTIQ”, lê-se.

https://zap.aeiou.pt/polonia-homossexuais-adotar-criancas-387166

 

No primeiro discurso à nação, Biden mostrou-se otimista num regresso à normalidade até julho !

No primeiro discurso à nação enquanto Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden destacou os progressos na vacinação contra a covid-19, capazes de permitirem a esperança de um regresso à normalidade até à festa nacional de 4 de julho.


Num discurso à vez grave e otimista, que marcou o aniversário do confinamento para combater a pandemia, Joe Biden ordenou a todos os estados o levantamento progressivo das restrições de idade, para que todos os norte-americanos adultos possam ser vacinados até 1 de maio. “É mais cedo do que o previsto”, disse.

O chefe de Estado referiu-se a uma trajetória que permite ter “uma boa hipótese” de um 4 de julho festivo, dia em que se celebra a Independência dos Estados Unidos, e no qual os norte-americanos possam reunir-se em pequenos grupos em torno do tradicional churrasco.

Mas Biden deixou uma advertência: “Este combate está longe de ter terminado“, ressalvando que ainda não é tempo de deixar de ter certas precauções, como o uso de máscara e o distanciamento social.

No entanto, o Presidente quis manifestar a sua convicção de que “melhores dias” virão, tendo acrescentado que os Estados Unidos demonstraram bem cedo terem “vencido um dos períodos mais sombrios e mais duros” da sua história.

Depois de um “inverno sombrio”, afirmou Biden, aproxima-se “uma primavera e um verão promissores” e, por isso, “este não é o momento de desistir”, apelou ainda.

“Todos perdemos algo”, sublinhou, ao lembrar o ano passado, que ficou marcado pela pandemia. “As pequenas coisas da vida são as mais importantes e são essas que nos faltam”, acrescentou.

Joe Biden denunciou ainda os “ataques inaceitáveis” contra os norte-americanos de origem asiática e anunciou o destacamento de mais quatro mil soldados na campanha de vacinação, o que eleva o número total para seis mil.

Antes do discurso, Biden assinou o pacote de ajudas e estímulos económicos aprovado no Congresso por 220 votos a favor e 211 contra, entre eles um democrata.

O conjunto de medidas, aprovado na quarta-feira pela Câmara dos Representantes, ascende a 1,9 biliões (milhão de milhões) de dólares, cerca de 1,6 biliões de euros, com os quais o chefe de Estado afirma querer derrotar a pandemia e recolocar a economia com saúde.

A intenção inicial era assinar o documento esta sexta-feira, mas este chegou à Casa Branca mais cedo do que esperado. O chefe do staff da residência presidencial, Ron Klain, publicou a seguinte mensagem no Twitter: “Queremos avançar o mais depressa possível“.

Desde que tomou posse, a 20 de janeiro, a prioridade de Biden tem sido o combate à covid-19, com os Estados Unidos a permanecerem como o país mais afetado, com mais de 29 milhões de casos e quase 530 mil mortes.

Aprovadas medidas de reforço do controlo de armas

Esta quinta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou também duas iniciativas que visam reforçar o controlo de armas de fogo, faltando agora a luz verde do Senado.

A primeira medida, aprovada com 227 votos a favor e 203 contra, e que contou com o apoio de oito republicanos, obriga a que os compradores de armas comprovem os seus antecedentes penais de modo universal.

No atual quadro legislativo, esta condição não é imposta nos negócios entres particulares, sendo apenas obrigatória para os vendedores, fabricantes e importadores.

Já a segunda proposta, aprovada com 219 votos a favor e 210 contra, quer acabar com o limite de três dias dado para que o FBI possa fazer a verificação dos antecedentes numa operação de compra e venda de armas, esticando-o para dez dias.

Estas iniciativas já tinham sido aprovadas pela Câmara de Representantes em fevereiro de 2019, mas não passaram no Senado, na altura com maioria republicana.

Os democratas, que contam com o apoio da nova Administração, defendem que agora há um grande apoio público para um fortalecimento do controlo, apontando para a necessidade de acabar com a violência com armas de fogo, apostando na prevenção.

Mas mantém-se a incerteza sobre a aprovação destas medidas, dado o equilíbrio entre democratas (50) e republicanos (50) na ‘câmara alta’ norte-americana, com o voto de desempate a pertencer à vice-Presidente Kamala Harris, e face à necessidade de contar com um mínimo de 60 votos para serem aprovadas.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-discurso-nacao-biden-387164

Com os casos a aumentar e uma vacinação morosa, a covid-19 levou a melhor sobre a Europa !

A Europa, uma das primeiras regiões a ser duramente atingida pelo coronavírus, está a ficar para trás: os casos estão a aumentar e os processos de vacinação são muito demorados.


Em meados de maio do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Europa como o “epicentro” da pandemia. No verão, o continente ainda respirou de alívio, mas depressa os casos voltaram a aumentar.

Agora, a experiência europeia diverge da dos Estados Unidos e Reino Unido, que implementaram programas de vacinação eficazes e veem cair as taxas de novos casos. República Checa, Hungria, Estónia, Eslováquia, Itália, França, Polónia e Suécia encararam aumentos significativos na média de novos casos diários nas últimas semanas.

De acordo com a Time, a implementação lenta – e algo caótica – do plano de vacinação na União Europeia (UE) ameaça manter os países em confinamento, com graves consequências para a economia.

A República Checa viu os casos aumentarem acentuadamente nas últimas semanas e tem as taxas de infeção mais altas da Europa, com cerca de 110 novos casos por dia por 100.000 habitantes na semana passada.

A Estónia também está a braços com um surto, tendo registado cerca de 100 casos diários por 100.000 habitantes na semana passada, em comparação com os 40 registados no início de fevereiro. A Hungria, a Eslováquia, a Sérvia e a Suécia também registaram picos no início de março.

Mas a República Checa é, de longe, o país que mais sofre com a pandemia, que está a causar uma enorme pressão no sistema de saúde pública. No dia 5 de março, o Governo anunciou publicamente que havia pedido à Alemanha, à Suíça e à Polónia para acolher dezenas de pacientes com covid-19, com o objetivo de aliviar a carga nos hospitais.

A Time escreve que a “explicação mais provável” para o aumento de casos é a disseminação de uma nova variante, identificada pela primeira vez no sudeste de Inglaterra em dezembro. Estima-se que a variante, conhecida como B.1.1.7., seja cerca de 50% mais transmissível do que as formas anteriores do SARS-CoV-2.

Na República Checa, a falta de sequenciamento em massa do vírus, especialmente em dezembro e janeiro, significa que os cientistas não conseguiram identificar se e onde a variante B.1.1.7 se espalhou no país, esclareceu Rastislav Madar, chefe do Instituto de Epidemiologia e Saúde Pública na Universidade de Ostrava e ex-assessor do Governo.

Futuro da economia de mãos dadas com a vacinação

A economia da União Europeia contraiu 6,4% no ano passado, de acordo com o Eurostat. Carsten Brzeski, economista da empresa de serviços financeiros globais ING, considera que o futuro da economia depende da velocidade e eficácia da implementação da vacinação.

Com base na trajetória atual, Brzeski estima que a economia da Europa não recuperará os níveis anteriores à crise até ao final de 2022 ou início de 2023. “A Europa está provavelmente um ano atrás dos Estados Unidos.”

Nos EUA, 18,9% das pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina e 9,9% foram totalmente vacinadas até 10 de março, segundo a Time. No Reino Unido, 34,2% da população recebeu a primeira dose e 1,9% foi totalmente vacinada até 10 de março, segundo o Politico.

Já a União Europeia administrou a primeira dose da vacina a 7% da população e vacinou totalmente 3,09% até 10 de março.

A aprovação tardia das vacinas, processos burocráticos de aquisição e atrasos na produção são as principais explicações para o processo moroso no bloco, que ficou para trás em comparação com os Estados Unidos e o Reino Unido.

Dentro da UE, o quadro de recuperação económica varia de acordo com o país. Espera-se que a Alemanha e a Holanda atinjam os níveis anteriores à crise no final de 2021 ou no início do próximo ano, mas Espanha, Itália e Grécia, cujas economias dependem fortemente do turismo, provavelmente só irão atingir esse nível no final de 2023.

https://zap.aeiou.pt/covid-19-levou-melhor-sobre-europa-387130

sexta-feira, 12 de março de 2021

Tesla está a construir secretamente uma bateria gigante no Texas !

Há uns anos, a Tesla construiu uma bateria gigante no sul da Austrália, que foi aclamada um sucesso. Agora, a empresa pode estar fazer o mesmo no Texas.

De acordo com a revista Bloomberg, a nova instalação da bateria será maior do que 100 megawatts e armazenará energia suficiente para fornecer eletricidade a 20 mil residências num dia quente de verão.

A instalação está a ser construída pela Gambit Energy Storage LLC, mas esta sede está listada na mesma morada de um prédio da Tesla perto da sua fábrica de automóveis em Fremont.

Esta nova instalação de bateria é adjacente a uma subestação de energia TNMP, cuja empresa reivindica cerca de 255 mil clientes e foi recentemente adquirida pela Avangrid. A divisão de energia renovável da Avangrid, Avangrid Renewables LLC, é considerada a terceira maior operadora de energia eólica dos Estados Unidos.

Esses detalhes explicam a razão pela qua a TNMP pode estar a investir num grande sistema de bateria reserva, mesmo antes da grande tempestade de inverno no Texas. A Bloomberg não diz se a nova instalação da bateria foi comissionada antes ou depois da tempestade, mas a energia adicional armazenada poderia ter sido usada para proteger a demanda, enquanto o Texas lutava para manter os seus recursos de geração de energia.

Os problemas do Texas são um excelente argumento para backups de bateria, independentemente de a bateria ser implantada como parte de uma instalação renovável.

O Texas não perdeu energia porque depende parcialmente de energia renovável para atender às suas necessidades de energia. Perdeu energia porque a grande maioria dos seus equipamentos de geração de energia não foram preparados para o inverno. Turbinas eólicas e fontes de gás natural congelaram durante a tempestade, cortando o fornecimento de energia no momento em que os habitantes mais precisavam.

A nova instalação poderá fornecer eletricidade adicional ao ar condicionado nos momentos em que as instalações de geração convencionais são pressionadas pela demanda.

A vantagem das baterias, nesses casos, é que podem fornecer potência de pico instantaneamente, sem período de aceleração. A bateria é recarregada quando a demanda é menor, normalmente durante a noite e nas primeiras horas da manhã.

A bateria de 100 megawatts que a Tesla instalou na Austrália teve um desempenho suficientemente bom para que outra empresa australiana, a Neoen, tenha feito parceria com a Tesla para construir uma instalação ainda maior.

Uma nova instalação de 300 megawatts e 450 megawatts-hora está em construção em Victoria. Além de fornecer energia de reserva, servirá como uma instalação de balanceamento de carga, garantindo que a energia de pico possa ser entregue a Victoria e New South Wales.

Há também uma nova instalação na Califórnia, o Gateway Energy Storage de 250 megawatts. Assim como este novo projeto Tesla no Texas, a Gateway Energy Storage foi projetada para fornecer energia instantânea no pico de demanda e ajudar a prevenir os apagões contínuos que atingiram a Califórnia no ano passado.

É difícil encontrar dados concretos sobre o desempenho dos vários esforços de longo prazo para criar microrredes com bateria de apoio. A rede que a Tesla construiu na Samoa Americana em 2016 parece estar a ter um bom desempenho. A pandemia de covid-19 interrompeu os planos de expandir o uso de microrredes e energia solar, mas o trabalho deverá ser retomado em 2021.

Porto Rico também aprovou planos que preveem a construção de microrredes em toda a ilha para melhorar a sua segurança energética. A energia solar é responsável por apenas 1,4% da geração de energia de Porto Rico, mas há planos para adicionar 2,7 gigawatts de capacidade solar até 2025.

https://zap.aeiou.pt/tesla-esta-construir-secretamente-bateria-gigante-no-texas-386655

 

A “pior assassina em série da Austrália” foi presa por matar os seus 4 bebés mas a Ciência pode libertá-la !

Kathleen Folbigg, uma australiana da região de Hunter Valley, em New South Wales, está presa há quase 18 anos, acusada de matar os seus quatro filhos bebés. Agora, a Ciência pode libertá-la.

Marcada no seu julgamento em 2003 como “a pior assassina em série da Austrália”, Kathleen Folbigg já passou quase 18 anos na prisão após ter sido considerada culpada pelo homicídio culposo do seu filho primogénito Caleb e do assassinato dos seus três filhos seguintes, Patrick, Sarah e Laura.

No entanto, agora, novas evidências científicas pode virar o caso de pernas para o ar.

De acordo com a BBC, na semana passada, uma petição assinada por 90 cientistas, defensores da ciência e especialistas médicos foi entregue ao governador de New South Wales, solicitando perdão para Folbigg e a sua libertação imediata.

Entre os signatários estavam dois Prémios Nobel e dois australianos do ano, um ex-cientista-chefe e o presidente da Academia de Ciências da Austrália, John Shine. “Dadas as evidências científicas e médicas que agora existem neste caso, assinar esta petição foi a coisa certa a fazer, disse Shine.

Após vários recursos e uma investigação detalhada que reexaminou as condenações de Folbigg em 2019, os juízes da Austrália rejeitaram resolutamente a noção de dúvida no seu caso, dando maior peso às provas circunstanciais apresentadas no julgamento e aos textos ambíguos da australiana nos seus diários.

“Resta que a única conclusão razoavelmente aberta é que alguém intencionalmente causou danos às crianças e sufocar era o método óbvio”, disse Reginald Blanch, um ex-juiz que conduziu o inquérito. “As provas não apontavam para outra pessoa senão Folbigg.”

No entanto, a Ciência aponta para a conclusão de que deve haver dúvidas sobre estas convicções. “A ciência, neste caso, é convincente e não pode ser ignorada“, disse Jozef Gecz, geneticista humano.

É profundamente preocupante que as evidências médicas e científicas tenham sido ignoradas ao invés das evidências circunstanciais. Agora temos uma explicação alternativa para a morte das crianças Folbigg, continuou Fiona Stanley, investigadora de saúde infantil e de saúde pública.

O que diz a Ciência?

Esta explicação alternativa prende-se na recente descoberta de uma mutação genética em Kathleen Folbigg e as suas duas filhas que, segundo os cientistas, era “provavelmente patogénica” e que terá causado a morte das duas meninas, Sarah e Laura.

A descoberta inicial do gene mutante das duas meninas, CALM2 G114R, foi feita em 2019 por uma equipa liderada por Carola Vinuesa, professora de imunologia e medicina genómica da Australian National University.

“Encontrámos uma nova mutação nunca antes relatada em Sarah e Laura que foi herdada de Kathleen”, disse Vinuesa. “A variante estava num gene chamado CALM2 (que codifica a calmodulina). As variantes da calmodulina podem causar morte cardíaca súbita.”

Em novembro do ano passado, cientistas da Austrália, Dinamarca, França, Itália, Canadá e Estados Unidos relataram outras descobertas na revista médica Europace, publicada pela revista científica European Society of Cardiology.

Uma equipa, liderada por Michael Toft Overgaard, da Universidade de Aalborg, conduziu experiências projetadas para testar a patogenicidade da variante CALM2 e descobriu que os efeitos da mutação Folbigg eram tão graves quanto os de outras variantes CALM conhecidas, que regularmente causam paradas cardíacas e morte súbita, incluindo em crianças pequenas durante o sono.

“Consideramos que a variante provavelmente precipitou a morte natural das duas crianças do sexo feminino”, afirmaram os cientistas. As meninas sofreram de infecções antes de morrer e os cientistas sugeriram que “um evento arrítmico fatal pode ter sido desencadeado pelas suas infecções intercorrentes.”

Uma mutação genética diferente foi descoberta nos dois meninos, Caleb e Patrick, embora os cientistas reconheçam que são necessários mais estudos sobre ela. Cada um deles tinha duas variantes raras do BSN, um gene que causa epilepsia letal de início precoce em camundongos.

As recentes descobertas genéticas seguem os passos de opiniões médicas de especialistas anteriores, que apoiam a teoria de que todas as quatro crianças morreram de causas naturais.

Stephen Cordner, um patologista forense de Melbourne, reexaminou as autópsias das crianças em 2015. “Não há suporte patológico forense positivo para a alegação de que qualquer uma ou todas estas crianças foram mortas. Não há sinais de asfixia”, concluiu.

Três anos depois, em 2018, o patologista forense, Matthew Orde, professor associado Clínico da Universidade da Colúmbia Britânica, disse que estava “de acordo com o Professor Cordner, em que todas as quatro mortes de crianças podem ser explicado por causas naturais”.

Agora, Kathleen Folbigg aguarda na prisão pelo resultado da petição e por uma audiência. A australiana continua a protestar pela sua inocência.

Se Folbigg for libertada e as suas condenações forem anuladas, esta condenação será vista como o pior erro judicial da história da Austrália.

https://zap.aeiou.pt/kathleen-folbigg-foi-presa-por-matar-os-seus-4-bebes-e-a-cie-387006

 

China lidera aumento mundial ao nível da energia eólica !

A China construiu mais parques eólicos em 2020 do que os restantes países do mundo juntos, alcançado um recorde de instalações.


De acordo com um relatório da Bloomberg New Energy Finance, citado na quarta-feira pelo Guardian, a China construiu parques suficientes para abastecer quase três vezes o número de residências no Reino Unido, atingindo um aumento de 60% em relação a 2019.

O relatório revelou que a China construiu mais da metade da nova capacidade de energia eólica do mundo. Isabelle Edwards, a autora do documento, afirmou: “Embora todas as regiões tenham” aumentado a “capacidade eólica” em relação ao ano anterior, “o crescimento sem precedentes em 2020 deve ser creditado ao mercado eólico chinês”.

Os empreendedores chineses que atuam na energia renovável entraram no mercado antes de um corte iminente nos subsídios. Um relatório elaborado por ativistas norte-americanos do Global Energy Monitor mostrou que a China também construiu quase dois terços das usinas de carvão atualmente em operação no mundo.
 
Nos primeiros seis meses de 2020, continuou o relatório, a China também construiu 90% de todas as usinas a carvão a nível mundial e metade da capacidade no campo da eletricidade a carvão.

O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou o ano passado que o país reduziria as suas emissões de gases de efeito estufa nos próximos cinco anos, caindo para zero em 2060. Contudo, especialistas alertaram que o 14.º plano quinquenal da China, publicado este mês, pode levar a um crescimento nas emissões.

O aumento do parque eólico na China e nos EUA tirou a dinamarquesa Vestas da liderança ao nível de fabricantes de turbinas eólicas, posição que ocupava há cinco anos. A empresa foi ultrapassada pela norte-americana GE e pela chinesa Xinjiang Goldwind.

https://zap.aeiou.pt/china-aumento-energia-eolica-386753

Comprimido com câmara instalada permite detetar cancro no intestino !

Um comprimido com uma micro câmara instalada vai ser distribuído pelo Serviço Nacional de Saúde inglês – NHS. O objetivo é detetar doenças intestinais como a doença de Crohn e a presença de possíveis células cancerígenas.


Segundo o Correio da Manhã, o comprimido conta com um dispositivo que tem a capacidade de registar duas fotografias por segundo, enquanto viaja pelo sistema digestivo. Assim, permite os médicos realizar o diagnóstico em poucas horas.

O jornal indica que os especialistas garantem que o comprimido – que custa 500 libras (cerca de 580 euros) – é “muito conveniente, e poupa os pacientes de um exame desconfortável”.

Peter Johnson, diretor clínico do NHS, frisa a importância do novo método. “Nós sabemos que existem pessoas que sofrem os primeiros sintomas, como dores e inchaço no estômago e sangue nas fezes e não se manifestam”, destaca.

Agora, os novos comprimidos podem ajudar a reduzir os tempos de espera e detetar a doença cedo, altura em que esta é mais fácil de tratar.

No Reino Unido, cerca de 16 600 pessoas morrem de cancro do intestino todos os anos, de acordo com o instituto Cancer Research UK.

Em Portugal, este tipo de cancro é o mais mortal e com a pandemia o seu rastreio tem sido ainda mais difícil.

Segundo os dados da United European of Gastroenterology morrem em Portugal, diariamente, uma média de 11 pessoas por cancro colorretal.

https://zap.aeiou.pt/comprimido-camara-cancro-intestino-387088

 

“Atire até morrerem” - Polícias de Myanmar fogem para a Índia após recusarem acatar ordens !

Cerca de 100 cidadãos de Myanmar, a maioria agentes da polícia e as suas famílias, cruzaram a fronteira para a Índia desde o início dos protestos, revelou à agência Reuters um alto funcionário indiano.


Um dos exemplos é o do agente Tha Peng, que se recusou a atirar em manifestantes para dispersá-los, na cidade de Khampat, a 27 de fevereiro. “No dia seguinte, um agente ligou-me para perguntar se eu atiraria”, contou. O jovem, de 27 anos, recusou novamente e decidiu abandonar a força policial.

A 01 de março, deixou a família em Khampat e viajou durante três dias, até cruzar o estado de Mizoram, na Índia. “Não tive escolha”, disse à Reuters, à qual indicou apenas parte do nome. A agência confirmou a sua identidade através dos seus documentos e uma fotografia em que vestia um uniforme da polícia, força em que trabalhava há nove anos.

Tha Peng revelou que, juntamente com seis colegas, desobedeceu às ordens de um oficial superior, cujo nome não revelou. A descrição dos eventos é semelhante a outras fornecidas à polícia em Mizoram, a 01 de março, por parte de outro cabo e três agentes da polícia de Myanmar, que também cruzaram a fronteira para a Índia.

“À medida que a desobediência civil está a ganhar força e com os protestos em diferentes lugares, somos instruídos a atirar nos manifestantes”, disseram os quatro, num comunicado conjunto entregue na polícia de Mizoram. “Não temos coragem de atirar no nosso próprio povo, manifestantes pacíficos”, indicaram.

Os militares avançaram com um golpe de estado em Myanmar a 01 de fevereiro, depondo o governo do país. A junta militar afirmou estar a agir com contenção ao lidar com os “manifestantes rebeldes”, aos quais acusa de atacar agentes da polícia e prejudicar a segurança e a estabilidade nacional.

Tha Peng é um dos primeiros casos relatados pelos media de agentes que estão a fugir de Myanmar após desobedecerem às ordens da junta militar.

Protestos diários contra o golpe estão a ocorrer no país, com mais de 60 manifestantes mortos e 1.800 detidos, informou a Associação de Assistência para Prisioneiros Políticos, números que a Reuters não conseguiu confirmar. Entre os detidos está a vencedora do Nobel Aung San Suu Kyi, que já liderou o governo.

Tha Peng indicou que, de acordo com as regras da polícia, os manifestantes devem ser parados por balas de borracha ou alvejados abaixo dos joelhos. Mas, segundo o próprio, recebeu ordens dos seus superiores para “atirar até que morram”.

Ngun Hlei, agente da polícia na cidade de Mandalay, disse que também recebeu ordens para atirar, não especificando a data nem se a ordem era a de atirar para matar. O jovem de 23 anos também forneceu apenas parte do seu nome e mostrou os documentos, tendo chegado à Índia a 06 de março.

Já Dal, de 24 anos, referiu que trabalhava como agente da polícia na cidade de Falam. Embora o seu trabalho fosse administrativo, à medida que os protestos aumentaram, a jovem foi instruída a deter os manifestantes, ordem que recusou. Receando ser presa, decidiu fugir de Myanmar.

“Dentro da delegacia, 90% [dos agentes] apoia os manifestantes, mas não há um líder para uni-los”, disse Tha Peng.

Vigiada pelas forças paramilitares indianas, a fronteira entre a Índia e Myanmar tem um “regime de livre circulação”, que permite às pessoas se aventurem por alguns quilómetros em território indiano sem a necessidade de autorizações de viagem.

Saw Htun Win, vice-comissário do distrito de Falam, em Myanmar, escreveu na semana passada para a principal autoridade governamental de Champhai, a vice-comissária Maria C.T. Zuali, pedindo que oito agentes que entraram na Índia fossem devolvidos “para manter relações amistosas entre os dois países vizinhos”.

Zoramthanga, o ministro-chefe de Mizoram, disse à Reuters que seu governo forneceria comida e abrigo temporários para aqueles que fugissem de Myanmar, mas uma decisão sobre repatriações estava pendente do governo federal da Índia.

https://zap.aeiou.pt/policias-myanmar-india-acatar-ordens-387014

 

Número recorde de crianças migrantes sob custódia na fronteira com o México !

 

O número de crianças migrantes desacompanhadas que se encontram atualmente nas instalações da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (EUA), destinadas a adultos, ultrapassou os recordes, totalizando 3.400.

Segundo dados analisados ​​esta terça-feira pela CNN, mais de 3.400 crianças migrantes desacompanhadas estão sob a custódia da Alfândega e da Proteção de Fronteiras (CBP). Destas, 2.800 aguardam vaga em abrigos para menores, mas há menos de 500 leitos disponíveis para acomodá-los.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, não confirmou os números. De acordo com a responsável, é importante identificar as causas e o que está a ser feito do ponto de vista político para resolver os desafios com os quais o país se vê confrontado e os que as “crianças enfrentam quando cruzam a fronteira”.

O número crescente de crianças desacompanhadas despertou a atenção das autoridades responsáveis por encontrar um abrigo, tendo muitos destes locais diminuído o número de camas disponíveis devido às medidas para conter a pandemia de covid-19.

Os dados avançados enfatizam os obstáculos enfrentados pela administração Biden ao tentar adotar uma abordagem mais humanitária relativamente à imigração, ao mesmo tempo em que lida com questões na fronteira.

Em 2019 – quando as instalações estavam sobrelotadas e crianças dormiam no chão – havia cerca de 2.600 crianças desacompanhadas sob custódia da Patrulha de Fronteira, disse à CNN um ex-funcionário da CBP.

O aumento repentino de crianças na fronteira dos EUA com o México deve-se a um conjunto de fatores, apontou a CNN, incluindo a crise económica desencadeada pela pandemia na América Latina, aliada à percepção da flexibilização da fiscalização por parte da administração Biden.

https://zap.aeiou.pt/eua-criancas-migrantes-custodia-fronteira-mexico-386747

 

“Senti vergonha e tristeza” - Jogadora de voleibol foi despedida por ter engravidado !

Uma jogadora de voleibol italiana está a ser processada pelo clube que representava após ter engravidado. Lara Lugli foi despedida em março de 2019 do Pordenone, da segunda divisão do seu país, quando descobriu que estava grávida e revelou a notícia.


O caso está a gerar revolta e provocou a reação de várias figuras da política do país, coma a speaker do Senado, Maria Elisabetta Alberti Casellati, a classificar o caso como “violência contra as mulheres”.

Um mês após a abandonar o clube, a jogadora sofreu um aborto espontâneo e contactou a entidade para solicitar o pagamento do mês de fevereiro, o último em que tinha trabalhado integralmente antes da rescisão.

No entanto, o Pordenone rejeitou fazer o pagamento e acusando Lugli de “ter violado a boa fé contratual” ao “esconder seu possível desejo de engravidar” aquando do contrato, até porque a jogadora “já tinha 38 anos”.

O clube também culpa a jogadora porque, depois da sua saída, a equipa “desabou no campeonato” e perdeu patrocinadores, avança o The Guardian.

A situação foi partilhada pela jogadora no Facebook no dia 7 de Março, tendo como mote o Dia Internacional da Mulher, mas o caso ocorreu em março de 2019.

“Este não pode ser um precedente para outras jogadoras que se poderão encontrar numa situação como essa no futuro, porque se uma mulher engravidar não pode prejudicar ninguém nem deve compensar ninguém”, escreveu a voleibolista, que em maio vai estar presente em tribunal.

A atleta explica ainda que o clube recriminou-a por não se ter mostrado disponível para competir nos últimos meses do campeonato, nem que fosse para “estar no banco”.

“Deixando de lado o estado psicológico em que me encontrava na altura, é uma frase de monstruosa falta de elegância. Senti vergonha e tristeza”, disse Lugli ao jornal La Repubblica.

Citado pela Ansa, agência de notícias italiana, o presidente do clube, Franco Rossato diz ainda que a ação judicial movida contra Lara Lugli foi apenas uma tentativa de proteger judicialmente o Pordenone, após a jogadora tentar receber o salário de março.

“Apenas quando recebemos a injunção de pagamento, objetámos e ativámos os termos do contrato”, explicou o dirigente.

https://zap.aeiou.pt/jogadora-voleibol-despedida-gravida-387070

 

Em 2020, as forças de Nicolás Maduro assassinaram quase 3.000 pessoas em “falsos confrontos” !

A denúncia é feita pela ONG Provea, que investiga casos de violência policial na Venezuela. O relatório indica que as autoridades “agem com total liberdade, por terem a certeza de que a sua conduta não será investigada”.


Em 2020, as forças policiais e militares da Venezuela terão assassinado, pelo menos, 2.853 pessoas.

A denúncia é feita pela ONG Programa Venezolano de Educación-Acción en Derechos Humanos, que analisa e divulga dados sobre a violência policial no país e se foca nas “execuções extrajudiciais”, ou seja, todas aquelas em que as autoridades “fazem justiça pelas próprias mãos”.

Num relatório citado pelo El Español, a ONG diz que a Policía Nacional Bolivariana (PNB) é a responsável pelo maior número de mortes (672, o que representa 23,55% do total). A PNB inclui as Fuerzas de Acciones Especiales (FAES), cuja extinção já tinha sido pedida pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Por sua vez, o Cuerpo de Investigaciones Científicas Penales y Criminalísticas (CICPC) terá também assassinado 593 pessoas (17,52% do total). Entre as forças policiais responsáveis pelas mortes denunciadas pela ONG estão ainda as polícias autónomas de cada Estado, que terão sido, ao todo, responsáveis por 721 execuções.

A Provea realça a existência de “falsos confrontos”, que descreve como “uma encenação da cena do crime, onde as autoridades apresentam os factos como se as vítimas tivessem usado armas contra polícias e militares”.

Neste sentido, o documento indica que as autoridades “agem com total liberdade, por terem a certeza de que a sua conduta não será investigada nem punida e porque contam com o apoio de governadores, ministros e outras altas figuras da gestão pública”, frisa.

De acordo com a ONG, estas situações são mais comuns nos bairros pobres da Venezuela, sendo que “a maioria das vítimas” foram jovens entre os 18 e os 30 anos, “o que indica um padrão de discriminação que coloca em risco a vida dos jovens”.

Esse “padrão”, aliado à “exclusão” destas faixas etárias de “direitos como educação e trabalho”, são responsáveis pela “crescente migração forçada de jovens à procura de proteção noutros Estados“.

Os dados mostram ainda que nem mesmo o confinamento, devido à pandemia de covid-19, “fez diminuir as ações da polícia e das forças militares”.

https://zap.aeiou.pt/forcas-maduro-assassinaram-3-000-pessoas-386997

 

Comandante dos EUA teme que a China invada Taiwan nos próximos seis anos !

A China pode invadir Taiwan nos próximos seis anos, à medida que Pequim acelera os seus movimentos para suplantar o poder militar norte-americano na Ásia, afirmou na terça-feira o principal oficial militar de Washington na Ásia-Pacífico, o almirante Philip Davidson.


Taiwan é um país democrático, que vive sob ameaça de invasão por parte da China. A nação tornou-se independente do domínio chinês no final da guerra civil, em 1949.

“Preocupa-me” o facto de a China estar a “acelerar as suas ambições de suplantar os EUA e o nosso papel de liderança na ordem internacional até 2050″, disse Davidson. “Antes disso, Taiwan é claramente uma das suas ambições. Acho que a ameaça se manifestará durante esta década, nos próximos seis anos”, indicou no Senado.

Em 1979, Washington mudou o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China, mas o país continua a ser o mais importante aliado não oficial e patrocinador militar da ilha.

Enquanto o ex-Presidente norte-americano Donald Trump estreitou os laços com Taiwan – devido à disputa comercial com a China – a administração de Joe Biden declarou em janeiro que o compromisso dos EUA com a ilha era “sólido como uma rocha”.

O embaixador de Taiwan nos EUA foi formalmente convidado para a posse de Biden, um movimento sem precedentes desde 1979.

O almirante referiu ainda que a China tem reivindicado territórios no Mar do Sul da China, ameaçando ocupar a ilha norte-americana de Guam. “Guam é um alvo”, alertou, lembrando que os militares chineses divulgaram um vídeo no qual simulam um ataque a uma base insular muito semelhante às instalações dos EUA.

Davidson pediu aos legisladores que aprovassem a instalação de equipamentos anti-míssil em Guam, capazes de intercetar os mísseis chineses. Guam “precisa ser defendida e preparada para as ameaças que virão no futuro”, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/comandante-eua-invasao-china-taiwan-386771

 

EUA - Aborto em caso de violação ou incesto pode passar a ser ilegal no Arkansas !

O governador do estado norte-americano do Arkansas, o republicano Asa Hutchinson, aprovou uma lei que legaliza o aborto quando a vida da grávida está em risco, sem exceções para os casos de incesto e de violação.


Segundo noticiou na quarta-feira o Público, a lei – proposta pelo Partido Republicano e aprovada nas duas câmaras da Assembleia Geral do estado – deve ser travada pelos tribunais antes de entrar em vigor, mas é mais um passo do movimento antiaborto para fazer chegar a discussão ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos (EUA).

“A proibição entra em contradição com os precedentes estabelecidos pelo Supremo Tribunal”, disse o governador Hutchinson num comunicado, acrescentando: “Mas a intenção dos legisladores é prepararem terreno para que o Supremo reverta o entendimento atual”.

Hutchinson preferia que a lei tivesse sido aprovada com exceções, o que “aumentaria as hipóteses de vir a ser revista pelo Supremo Tribunal” depois de ser contestada e travada pelos tribunais estaduais e federais. Este ano, mais de 60 leis semelhantes foram propostas ou aprovadas em vários estados.

Para entrar em vigor, a lei tinha de ser aprovada pelo governador – defensor das restrições ao aborto -, mas esta decisão seria revertido na Assembleia Geral com uma maioria simples, apontou o Público.

Em 1973, o Supremo Tribunal dos EUA deliberou que as mulheres têm o direito ao aborto sem restrições excessivas por parte do governo, cabendo a cada estado a decisão de restringir a prática para além dos mínimos previstos na lei nacional. Assim, as leis sobre o tema variam de estado para estado.

O diário referiu ainda que se a lei for aprovada, a essência da decisão de 1973 pode ser alterada, permitindo às maiorias republicanas em vários estados aprovar leis mais restritivas do que as atuais.

https://zap.aeiou.pt/eua-aborto-violacao-incesto-ilegal-arkansas-386925

 

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