O Tribunal Penal Federal da Suíça invalidou na quinta-feira alguns aspetos da investigação do promotor especial Stefan Keller, que se debruçou sobre possíveis delitos do presidente da FIFA, Gianni Infantino, anunciou o organismo de cúpula do futebol mundial.
Segundo o tribunal, citado pela agência Lusa, Keller excedeu o âmbito da investigação para que foi designado, que versava particularmente uma série de reuniões de Infantino com o antigo promotor geral da área fiscal da Suíça, Michael Lauber, que então investigava a corrupção no futebol.
“Em vez de cumprir esse mandato, Keller, que nove meses depois ainda não ouviu o presidente da FIFA, abordou nas suas pesquisas questões que nada têm a ver com o mandato que recebeu”, pode ler-se na nota daquele organismo.
A decisão do Tribunal Penal Federal anulou os interrogatórios de Keller com outras pessoas que caem fora do âmbito das suas competências, sendo eliminados do expediente.
O suíço iniciou no final de julho de 2020 uma investigação penal a Infantino, com uma reunião de 2017 com Lauber no centro do caso, com notícias de dezembro a darem conta do uso de um avião privado pelo líder da FIFA.
Keller avançou que podem estar em causa vários delitos, de abuso de poder a violação do segredo de justiça, além de incitação a prática criminosa.
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