segunda-feira, 15 de março de 2021

Juiz do Supremo mantém anulação das condenações de Lula e envia caso para plenário !

O juiz Edson Fachin decidiu esta sexta-feira manter a anulação das condenações do ex-presidente do Brasil Lula da Silva no âmbito da Lava Jato no Paraná, e enviou o caso para o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro.


A decisão de Fachin foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) recorrer da anulação e ter pedido ao magistrado que reconsiderasse o entendimento ou submetesse o caso ao plenário do STF. Fachin deu um prazo de cinco dias para que os advogados de Lula se manifestem sobre o recurso da PGR. Depois disso, o caso será enviado para o presidente do Supremo, Luiz Fux, a quem cabe definir a data do julgamento no plenário.

O antigo chefe de Estado brasileiro havia sido condenado em dois processos abrangidos pelas investigações da Operação Lava Jato: o primeiro era relativo à posse de um apartamento de luxo no Guarujá e outro sobre obras de remodelação numa casa de campo no município de Atibaia, que alegadamente lhe teriam sido dados como suborno em troca de favorecimento pela antiga Odebrecht, atualmente chamada Novonor, e a OAS, em contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

Os outros dois processos ainda estavam pendentes de julgamento e dizem respeito a acusações envolvendo o Instituto Lula, organização criada pelo ex-presidente, que trabalha na área da cooperação e investigação nas áreas de economia e política.

Contudo, na segunda-feira, Edson Fachin determinou a anulação de todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba (Paraná) nestas quatro ações penais contra Lula da Silva e o envio dos casos para tribunais do Distrito Federal.

Na avaliação do magistrado, as ações deveriam ter sido julgadas em Brasília porque os factos apontados não têm relação direta com o esquema de desvios na Petrobras. Já a PGR do Brasil quer que seja reconhecida a atribuição da Justiça Federal paranaense de analisar os processos.

A anulação das condenações não quer dizer que Lula tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos anulados. Com a decisão, porém, o ex-mandatário voltou a ser elegível e recuperou os seus direitos políticos.

Cumpriu de prisão de 580 dias

Lula da Silva, de 75 anos, governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e, desde então, recorria da sua sentença em liberdade condicional. Paralelamente a este caso, corre ainda o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro na condenação de Lula da Silva.

Neste caso, os juízes do STF decidirão se Moro, que também já foi ministro da Justiça no atual Governo de Jair Bolsonaro, agiu com parcialidade ao condenar Lula da Silva no caso do apartamento triplex do Guarujá (São Paulo).

Numa entrevista concedida esta sexta-feira ao jornal O Globo, o juiz Fachin declarou que uma eventual suspeição de Sergio Moro “poderá ter efeitos gigantescos” e resultar até mesmo na anulação de todos os casos da Lava Jato nos quais Moro e o grupo de trabalho de Curitiba atuaram. Fachin expressou “grande preocupação” com o julgamento e ressaltou que a sua decisão de anular as condenações de Lula fica restrita apenas a esses casos.

Já Moro, que ainda não se tinha pronunciado publicamente sobre nenhum dos casos, usou as redes sociais para repudiar os ataques e perseguições contra Fachin, após a sua polémica decisão. “Repudio ofensas e ataques pessoais ao juiz Edson Fachin do STF, magistrado técnico e com atuação destacada na Operação Lava Jato. Qualquer discordância quanto à decisão deve ser objeto de recurso, não de perseguição”, escreveu o ex-ministro da Justiça na rede social Twitter.

https://zap.aeiou.pt/juiz-do-supremo-mantem-anulacao-das-condenacoes-lula-envia-caso-plenario-387395

 

sábado, 13 de março de 2021

Guarda de campo de concentração nazi considerado velho demais para ser julgado !

Um tribunal na Alemanha considerou que um ex-guarda de um campo de concentração nazi, atualmente com 96 anos de idade, não está em condições de saúde para ser julgado. Contudo, deverá pagar os honorários de todo o processo.


Harry S. foi acusado de ser cúmplice no assassinato de centenas de pessoas no campo de Stutthof. De acordo com o tribunal de Wuppertal, há um elevado “grau de probabilidade” de que o homem seja culpado pelos crimes.

Este é um de três processos judiciais relacionados com campo de Stutthof, que durante a Segunda Guerra Mundial esteva localizado na Polónia.

Harry S. foi guarda no campo entre junho de 1944 e maio de 1945. O homem teria também supervisionado o transporte de quase 600 prisioneiros para as câmaras de gás no campo de Auschwitz-Birkenau em setembro de 1944.

O campo de Stutthof tinha câmaras de gás e ficou conhecido pelas terríveis condições em que os cerca de 100 mil prisioneiros eram mantidos. Muitos morreram à fome e com vários tipos de doenças, enquanto outros foram baleados, submetidos a câmaras de gás ou a injeções letais.

Na passada quarta-feira, o tribunal de Wuppertal referiu em comunicado que, “devido à sua condição física”, Harry S. “não era capaz de representar razoavelmente os seus interesses dentro e fora do julgamento”, que foi iniciado em 2017.

Como há um “alto grau de probabilidade” de haver culpa, Harry S. deve arcar com as despesas no processo. Para já, ainda não se sabe qual é o valor e se o réu vai recorrer.

Stutthof foi oficialmente designado como campo de concentração em 1942. Foi o primeiro do tipo construído fora das fronteiras alemãs e o último a ser libertado pelo exército soviético, em 9 de maio de 1945. Acredita-se que mais de 65 mil pessoas morreram no local.

A Alemanha tem processado ex-funcionários de campos nazis desde uma decisão histórica, em 2011, que condenou um ex-guarda, John Demjanjuk, como cúmplice de assassinatos em massa. Porém, o homem morreu enquanto aguardava pelo recurso, mas a decisão abriu um precedente legal.

O ano passado, o tribunal de Hamburgo, na Alemanha, condenou a dois anos de prisão efetiva um antigo guarda de um campo nazi, de 93 anos, por cumplicidade na morte de milhares de pessoas na Polónia entre 1944 e 1945. Bruno Dey, atualmente com 93 anos também foi guarda no campo de Stutthof, em território polaco ocupado, entre 1944 e 1945.

Anteriormente, os tribunais exigiam evidências do envolvimento direto de funcionários nas atrocidades cometidas sistematicamente pelo regime nazi.

https://zap.aeiou.pt/guarda-campo-nazi-velho-julgado-387369

 

“Cronovisor” - Lenda sugere que o Vaticano esconde uma máquina do tempo !

O padre Pellegrino Ernetti.

O padre Pellegrino Ernetti garante que ajudou a construir uma máquina capaz de viajar no tempo, chamada Cronovisor, com a qual assistiu à crucificação de Cristo.

Desde os anos 60 até aos anos 90, o padre Pellegrino Ernetti alegou ter ajudado a criar uma máquina do tempo com a qual observou a crucificação de Jesus Cristo. Conhecida como Cronovisor, esta invenção permitia à pessoa ver eventos passados.

Embora a sua existência nunca tenha sido provada, um livro de 2002, intitulado “O Novo Mistério do Vaticano”, escrito pelo padre do Vaticano François Brune, sugere o contrário.

O livro argumenta que a máquina foi construida com a ajuda do monge beneditino Pellegrino Ernetti, que inicialmente manteve a tecnologia em segredo, mas que acabaria por confidenciar a sua existência a Brune. Segundo o monge, participaram na sua construção 12 cientistas, incluindo o Nobel da Física de 1938, Enrico Fermi, e o antigo cientista nazi que trabalhou na NASA, Wernher von Braun.

Alegado projeto para o Cronovisor.

Brune conheceu Ernetti nos anos 60, tendo o monge contado que tinha a capacidade de validar os factos da Bíblia através de uma máquina.

O Cronovisor era feito de raios catódicos, antenas e metais “misteriosos” que recebiam sinais de som e luz em todos os comprimentos de onda, detalha o All That’s Interesting. Um “localizador de direção” no dispositivo era sintonizado na Era específica que alguém queria ver, enquanto um ecrã exibia-a e um dispositivo de gravação gravava as imagens. Funcionava como uma televisão, explicou Ernetti.

O monge disse ter conseguido assistir a eventos históricos como a crucificação de Jesus Cristo e o discurso de Cícero ao senado romano em 63 a.C. Ernetti defendia que ele e a sua equipa observaram alguns dos acontecimentos mais importantes da Bíblia.

Um artigo de 1972 na publicação italiana La Domenica del Corriere, intitulado “Uma máquina que fotografa o passado finalmente foi inventada”, continha as alegações polémicas do monge italiano. O artigo sugeria que, por exemplo, Ernetti tinha testemunhado a Última Ceia e guardado uma fotografia como recordação.

Ernetti manteve-se fiel às suas alegações até à sua morte, em 1994, defendendo que a máquina estava escondida pelo Vaticano para que não caísse nas mãos erradas.

“O Papa Pio XII proibiu-nos de divulgar qualquer detalhe sobre este dispositivo porque a máquina era muito perigosa. Pode restringir a liberdade do homem”, escreveu Ernetti numa carta aberta pouco tempo antes da sua morte.

Curiosamente, o Vaticano decretou em 1988 que “qualquer pessoa que usasse um instrumento com tais características seria excomungado”.

Alguns dizem que o padre Pellegrino Ernetti confessou ter inventado toda a história antes da sua morte a 8 de abril de 1994, mas isso continua a ser contestado com veemência por alguns.

https://zap.aeiou.pt/cronovisor-lenda-vaticano-maquina-tempo-386667

 

Identificada no Brasil nova variante do novo coronavírus - É mais contagiosa !

Investigadores brasileiros identificaram uma nova mutação do coronavírus SARS-CoV-2 que circula em diferentes regiões do país há semanas e que, assim como a estirpe P.1 detetada no Amazonas, também é mais contagiosa.


A nova estirpe foi identificada após investigadores de cinco diferentes centros científicos e universitários do país terem realizado a sequência genética de 195 amostras do vírus recolhidas em 39 municípios do Brasil.

As análises genéticas identificaram em três das amostras uma nova variante da covid-19, com uma mutação que já foi associada a um maior contágio, informou em comunicado o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que coordenou o estudo.

Segundo o centro científico, os resultados das análises foram depositados na quinta-feira em diferentes bases de dados públicas internacionais e submetidos, no mesmo dia, à aprovação de uma revista científica internacional para a publicação do respetivo artigo de identificação da nova estirpe, assinado por 22 investigadores brasileiros.

De acordo com o estudo, a nova variante do vírus SARS-CoV-2 possui a mutação E484K, presente em outras estirpes e que já foi associada a uma maior capacidade de transmissão. Trata-se da mesma mutação identificada nas variantes detetadas no Brasil e no Reino Unido.

Os investigadores concluíram que a nova variante circula no Brasil, pelo menos, desde Agosto do ano passado e que já se propagou por quatro das cinco regiões do país.

Essa estirpe tem uma linhagem diferente da P.1 (variante detetada no Amazonas), que tem gerado preocupação mundial e à qual tem sido atribuído o agravamento da pandemia no Brasil e que tem levado vários países a suspenderem voos provenientes de território brasileiro.

Até agora, os cientistas não estabeleceram se a nova variante é capaz de resistir a anticorpos já gerados por pessoas que contraíram o novo coronavírus ou que já foram vacinadas.

As amostras utilizadas no estudo foram recolhidas de pessoas que têm teste positivo para a covid-19 entre 1 de Dezembro de 2020 e 15 de Fevereiro de 2021, e que tinham entre 11 e 90 anos.

A análise dos genomas permitiu reconstruir as rotas de transmissão das diferentes variantes no país, identificar desde quando a P.1 está em circulação e descobrir que outra variante inicialmente identificada no Rio de Janeiro (P.2) foi apresentando algumas diversificações à medida que se espalhou por outras regiões.

“A sequência genética de três das amostras permitiu-nos identificar uma possível nova variante do SARS-CoV-2, proveniente da linhagem B.1.1.33 que circula no Brasil desde o início de 2020. Essa nova linhagem contém a mutação E484K na proteína S, que já foi associada à evasão imunológica e que, portanto, pode ter implicações para o planeamento de novas estratégias de controlo da pandemia”, aponta o comunicado.

O laboratório acrescentou que decidiu antecipar os resultados do estudo antes da sua publicação em revista especializada, e da sua revisão por outros cientistas, devido à propagação de novas variantes da covid-19 que torna necessária a formulação de outras estratégias de combate à pandemia.

“Além disso, é clara a necessidade crescente de uma vigilância genética eficaz para identificar, antecipadamente, potenciais mutações virais e, assim, auxiliar no aprimoramento das vacinas atuais”, acrescenta a nota.

As autoridades sanitárias brasileiras atribuem à circulação de novas variantes o agravamento da pandemia no país, num momento em que em grande parte do mundo a situação tende a estabilizar-se.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, concentra 272.889 mortes e 11.277.717 casos de infeção, sendo um dos três países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo.

A média de mortes subiu na quinta-feira para 1703 diárias e a de infeções para 69.141, valores recordes desde o início da pandemia.

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Família de George Floyd indemnizada em 27 milhões de dólares !

A família do afro-americano George Floyd, morto em 2020 por um ex-polícia de Minneapolis, vai receber uma indemnização de 27 milhões de dólares (22 milhões de euros) do município norte-americano.


A família de Floyd, cuja morte desencadeou os protestos “Black Lives Matter” denunciando a violência policial contra afro-americanos, irá retirar o processo contra o município, naquele que o advogado Ben Crump afirmou ser o maior acordo pré-judicial de sempre nos Estados Unidos, relativo a direitos civis.

O acordo “envia uma potente mensagem de que as vidas de afro-americanos contam e de que a brutalidade policial contra as pessoas de cor tem de acabar”, disse o advogado da família Floyd em conferência de imprensa.

A decisão foi saudada por Lisa Bender, presidente do conselho municipal da cidade de Minneapolis, entidade que era acusada pela família de fomentar o uso excessivo de força, racismo e impunidade na polícia local.

Entretanto, mantêm-se os processos contra o agente que sufocou Floyd, Derek Chauvin, e outros três agentes que estavam presentes, todos já despedidos da polícia de Minneapolis.

Floyd foi morto a 25 de maio de 2020 após Chauvin ter pressionado com o joelho o pescoço do afro-americano durante cerca de nove minutos.

O vídeo da morte de Floyd, que se tornou viral, provocou uma onda de manifestações nos Estados Unidos e em todo o mundo contra o racismo e a violência policial.

Na quinta-feira, o juiz Peter Cahill, do condado de Hennepin, aceitou o pedido do Ministério Público para acrescentar uma acusação de assassínio em terceiro grau a Derek Chauvin.

Chauvin já tem pela frente as acusações de homicídio em segundo grau e de assassínio.

O tribunal prossegue hoje o processo de escolha dos potenciais jurados do julgamento de Chauvin, processo que começou terça-feira.

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Observada com binóculos e um telescópio - Assassino revela plano completo para matar jornalista maltesa !

Vincent Muscat, que confessou ter matado Daphne Caruana Galizia, deu em tribunal o relato mais completo até agora do plano para assassinar a jornalista maltesa.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, Vincent Muscat disse, perante jornalistas e familiares de Daphne Caruana Galizia, que usou, juntamente com outros dois homens, binóculos e um telescópio para acompanhar os movimentos da jornalista durante vários dias antes de plantar e disparar o carro-bomba que a matou em 2017.

A morte de Daphne Caruana Galizia foi recebida com indignação em toda a Europa e envolveu o partido do governo de Malta num escândalo político que levou à renúncia do primeiro-ministro em 2019.

Sete homens admitiram ou foram acusados ​​de cumplicidade no crime, incluindo o magnata Yorgen Fenech, que se declarou inocente de ser o mentor, e Melvin Theuma, um motorista de táxi que confessou ser o intermediário no assassinato.

Antes da audiência, Muscat pediu desculpas à família de Caruana Galizia.

Muscat, que como Theuma se tornou testemunha oficial, disse que conheceu dois outros homens acusados ​​de envolvimento direto no assassinato, George e Alfred Degiorgio, antes das eleições gerais de Malta em junho de 2017.

“Alfred Degiorgio chegou-se a mim e disse-me que havia um bom trabalho para mim”, disse Muscat ao tribunal esta quinta-feira. Segundo a testemunha, Degiorgio disse que o trabalho era matar Caruana Galizia e que tinha sido acordado um preço de 150 mil euros.

“O plano era seguir os seus passos e disparar quando chegasse a hora certa. Após a eleição, Theuma deu-nos sinal verde. Deu-nos um adiantamento de 30 mil euros numa bolsa de couro castanha. A quantia foi paga em notas de 50. Ficámos com 10 mil cada e começámos o trabalho. Alfred e eu seguimo-la até Bidnija”, a vida onde morava a maltesa.

Segundo Muscat, os três homens usavam binóculos e um telescópio para observar de perto os movimentos de Caruana Galizia e passaram dias inteiros a observá-la.

“Estaríamos sentados lá em dois tijolos”, disse. “Era desconfortável e ficavámos dolorido. Eu comprava três maços [de cigarros] de Rothmans Red por dia. Colocávamos as pontas numa garrafa de água para não deixar rastros. Vimos Daphne no seu sofá com um portátil até as duas da manhã. ”

Muscat disse que o plano original era disparar contra Caruana Galizia na sua casa: “O plano era fazer com que Alfred disparasse debaixo da árvore. Eu ia tirá-lo de cena num carro roubado. George começou a inventar desculpas [de como] a arma era muito barulhenta”.

Então, os homens optaram por usar uma bomba. “George Degiorgio sempre quis uma bomba… uma bomba coloca-se à noite e vai-se embora. Mais silencioso, menos pânico”.

Os homens começaram a discutir a obtenção de uma bomba de Jamie Vella, que se declarou inocente no mês passado de cumplicidade no assassinato. Muscat disse que a bomba tinha uma face de aço inoxidável e um aparelho no qual o cartão SIM seria inserido. “Envia-se uma mensagem específica para o cartão SIM da bomba”, disse. “Explodiria segundos depois.”

Muscat disse ainda que tinha dito aos supostos cúmplices que estava preocupado que um carro-bomba pudesse acabar por matar outras pessoas, ao que lhe responderam: “Vamos em frente, mesmo que outros estejam com ela no carro”.

Enquanto vigiavam a casa de Caruana Galizia, notaram na noite de 15 de outubro de 2017 que tinha estacionado o carro do lado de fora do portão da sua casa. Muscat pegou na bomba, que estava escondida numa caixa de sapatos, e, com os outros cúmplices, colocou-a debaixo do banco do motorista.

Às 5h da manhã seguinte, Muscat e Alfred Degiorgio voltaram a um ponto privilegiado com vista para a casa. No início da tarde, viram Caruana Galizia partir e informaram George Degiorgio, que estava num barco, pronto para disparar a bomba à distância.

George detonou a bomba antes que o irmão lhe desse permissão. O carro de Caruana Galizia estava fora de vista e Muscat disse que não ouviu a explosão, mas olhou para trás e viu uma nuvem de fumo.

Muscat reiterou as alegações que fez anteriormente à polícia de que levou Alfred Degiorgio para se encontrar com o ex-ministro da Economia Chris Cardona na preparação para o assassinato e que Cardona terá dado uma dica aos homens antes de serem presos em dezembro de 2017.

Ao jornal Malta Independent, Cardona disse que as alegações eram “loucura e mentiras flagrantes”. “Nunca soube de nenhum projeto para matar alguém”, disse Cardona. “Isso é pura ficção maligna.

https://zap.aeiou.pt/observada-com-binoculos-e-um-telescopio-assassino-revela-387176

Eurovisão rejeita música da Bielorrússia - Críticos dizem que legitima “regime sanguinário” de Lukashenko !

Os organizadores do Festival Eurovisão da Canção recusaram esta quinta-feira a inscrição de uma música da Bielorrússia devido às suas polémicas letras de caráter político.

A European Broadcasting Union (EBU) exigiu esta quinta-feira que a Bielorrússia apresentasse uma nova inscrição ou corre o risco de ser desqualificada da competição, de acordo com o Deutsche Welle.

“Concluiu-se que a música coloca em questão a natureza política do concurso“, disse a EBU, num comunicado divulgado nas redes sociais. “Além disso, as reações recentes à entrada proposta podem trazer descrédito à reputação do ESC [Festival Eurovisão da Canção].”

A canção, intitulada “I’ll teach you” (“Vou ensinar-te”, em tradução livre), ridiculariza as manifestações contra o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko. A canção, interpretada pelo grupo bielorrusso Galasy ZMesta, atraiu mais de meio milhão de visualizações na página oficial da competição no YouTube.

Os críticos da música acreditam que legitima o regime de Lukashenko, que foi acusado de fraude na eleição presidencial do ano passado contra a opositora Sviatlana Tsikhanouskaya. Tanto a União Europeia (UE) como os Estados Unidos não reconheceram Lukashenko como o presidente legítimo do país.

“Isto é uma brincadeira do povo da Bielorússia, de tudo o que está a acontecer no país”, disse a cantora Angelica Agurbash, que representou a Bielorússia na competição da Eurovisão em 2005, em declarações à agência Reuters. “Receber qualquer representante do regime sanguinário de Lukashenko seria errado”

Lukashenko é presidente da Bielorússia desde 1994 e tem sido criticado por observadores de direitos humanos pela sua repressão às liberdades civis e à imprensa. A agência de direitos humanos Freedom House caracterizou o país como “não livre”, descrevendo o país como um “Estado autoritário consolidado”, onde “as eleições são abertamente orquestradas e as liberdades civis são fortemente restringidas”.

A inscrição da canção bielorrussa é a última a gerar polémica no concurso deste ano, depois de a inscrição do Chipre ter atraído a condenação da comunidade religiosa do país no início deste mês. A Igreja de Chipre acredita que a entrada da música “El Diablo” (“O Diabo”) promove o culto satânico.

De acordo com o site oficial da competição, “El Diablo” é sobre “apaixonar-se por alguém tão mau como o diabo”. A música é interpretada pela cantora grega Elena Tsagkrinou.

Uma declaração do Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa de Chipre descreveu a entrada como um elogio à “submissão fatalista dos humanos ao poder do diabo”. Os manifestantes reuniram-se em frente à emissora estatal de Chipre para exigir a retirada da canção da competição.

O Festival Eurovisão da Canção acontecerá em maio na cidade holandesa de Roterdão.

https://zap.aeiou.pt/eurovisao-rejeita-musica-da-bielorrussia-387282

 

 

Discurso de Trump motivou a invasão ao Capitólio, admite ex-secretário da Defesa !

Christopher Miller, antigo secretário interino de Defesa da administração de Donald Trump, acredita que discurso do ex-Presidente terá motivado a invasão ao Capitólio.


O ex-secretário de Defesa Christopher Miller acredita que o discurso do ex-Presidente Donald Trump, na manhã do dia 6 de janeiro, incitou os manifestantes que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos.

“A questão é se alguém teria marchado até ao Capitólio e invadido o Capitólio sem o discurso do Presidente. Eu acho que é praticamente definitivo que isso não teria acontecido“, disse Miller à Vice no Showtime. “A questão é se ele sabia que estava a enfurecer a multidão. Isso eu não sei.”

De acordo com a CNN, Miller disse acreditar que o discurso de Trump no início desse dia teve um impacto de “causa e efeito” sobre aqueles que o ouviram e depois invadiram o Capitólio. Questionado sobre se acha que Trump é o responsável pelo tumulto, respondeu apenas: “Não sei, mas parece causa e efeito, sim.”

As declarações de Miller foram feitas durante uma entrevista exclusiva à Vice no Showtime, que será transmitida no próximo domingo, dia 14 de março. Para já, foi lançado um pequeno teaser da entrevista.

Depois de ouvir Donald Trump discursar, a multidão desceu até ao edifício do Capitólio para impedir a certificação da vitória de Joe Biden, o atual Presidente dos Estados Unidos. Na sequência do ataque à sede do Congresso norte-americano morreram cinco pessoas.

Donald Trump foi alvo de um processo de destituição por causa do ataque, mas acabou por ser absolvido pelo Senado da acusação de “incitamento à insurreição”.

https://zap.aeiou.pt/discurso-trump-motivou-invasao-387317

 

Tribunal Penal da Suíça invalida parte da investigação a presidente da FIFA !

O Tribunal Penal Federal da Suíça invalidou na quinta-feira alguns aspetos da investigação do promotor especial Stefan Keller, que se debruçou sobre possíveis delitos do presidente da FIFA, Gianni Infantino, anunciou o organismo de cúpula do futebol mundial.


Segundo o tribunal, citado pela agência Lusa, Keller excedeu o âmbito da investigação para que foi designado, que versava particularmente uma série de reuniões de Infantino com o antigo promotor geral da área fiscal da Suíça, Michael Lauber, que então investigava a corrupção no futebol.

“Em vez de cumprir esse mandato, Keller, que nove meses depois ainda não ouviu o presidente da FIFA, abordou nas suas pesquisas questões que nada têm a ver com o mandato que recebeu”, pode ler-se na nota daquele organismo.

A decisão do Tribunal Penal Federal anulou os interrogatórios de Keller com outras pessoas que caem fora do âmbito das suas competências, sendo eliminados do expediente.

O suíço iniciou no final de julho de 2020 uma investigação penal a Infantino, com uma reunião de 2017 com Lauber no centro do caso, com notícias de dezembro a darem conta do uso de um avião privado pelo líder da FIFA.

Keller avançou que podem estar em causa vários delitos, de abuso de poder a violação do segredo de justiça, além de incitação a prática criminosa.

https://zap.aeiou.pt/tribunal-suico-invalida-investigacao-presidente-fifa-387222

Bolsonaro critica confinamento e diz que é “fácil impor ditadura no Brasil” !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou, na quinta-feira, que é “fácil impor uma ditadura no Brasil”, numa crítica às medidas de confinamento decretadas por governadores e prefeitos para travar a disseminação da covid-19.


“Vou repetir: como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Estamos a ver guardas municipais, de cassetete, mantendo todo mundo dentro de casa. Imaginem umas Forças Armadas, com fuzil. Em nome da ciência, da sua vida, você vai ficar em casa mofando”, disse Bolsonaro, na sua habitual transmissão de vídeo na rede social Facebook.

“Uma pequena parcela da sociedade até pode ficar em casa mais tempo, mas a grande maioria não pode. Todos vão sofrer. Eu sou o garante da democracia. Usam o vírus para te oprimir, para quebrar a economia”, criticou o chefe de Estado.

Para justificar a sua rejeição às medidas de confinamento obrigatório, Bolsonaro recorreu à leitura de uma carta de despedida, escrita por um feirante que alegadamente se suicidou.

“Estou cansado de tanta humilhação aqui na feira. Estou fazendo isso porque não está dando para pagar as dívidas, por causa do governador e do prefeito. Decretou fecho de tudo e não está dando para vender”, leu Bolsonaro, reproduzindo o teor da carta, mas sem revelar a identidade da vítima.

O Brasil, que nos últimos dois dias registou mais de duas mil mortes diárias devido à covid-19 e que enfrenta agora o momento mais crítico da pandemia, tem vários hospitais em colapso e novas estirpes do vírus em circulação, o que levou governadores e prefeitos a decretar medidas restritivas de isolamento social.

Um ano após a pandemia ser oficialmente declarada no país, o Brasil acumula 10,3% das mortes notificadas no mundo por covid-19, sendo que tem apenas 3% da população global, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Contudo, Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais negacionistas em relação à gravidade da covid-19, defende que a população brasileira saia à rua em prol da economia, e “antevê problemas sérios” caso isso não aconteça.

“A pessoa com fome perde a razão, topa tudo. Estamos segurando o Brasil. Estou antevendo um problema sério no Brasil, não quero falar que problemas são esses porque não quero que digam que estou estimulando a violência, mas teremos problemas sérios pela frente”, pontuou.

Segundo o Presidente, “cerca de 20 governadores [dos 27 estados do Brasil] decidiram tomar medidas conjuntas para tentar barrar o vírus”, mas “há um ano que o país está em ‘lockdown’ [confinamento] e o coronavírus continua aí”.

Para o chefe de Estado, o efeito colateral do confinamento é mais danoso do que o próprio vírus e criticou governadores, como de São Paulo e do Distrito Federal, por imporem recolher obrigatório durante a noite e madrugada.

“Até quando a nossa economia vai resistir? Se colapsar, vai ser uma desgraça. O que poderemos ter brevemente? Invasão ao supermercado, fogo em ônibus [autocarros], greves, piquetes, paralisações. Onde vamos chegar?”, questionou.

Bolsonaro, que se encontra sem partido desde o ano passado, aproveitou ainda para admitir que voltou às conversações com o Partido Social Liberal (PSL), formação política pela qual foi eleito Presidente em 2018.

“Espero decidir até março o meu futuro político. Alguns partidos acenaram para mim, até o próprio PSL. Conversei com o PSL”, revelou.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, concentra 272.889 mortes e 11.277.717 casos de infeção, sendo um dos três países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Juiz do Supremo Tribunal Federal diz que ministro brasileiro publicou notícias falsas

O juiz Gilmar Mendes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para dizer que uma publicação do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, divulgou notícias falsas sobre a pandemia no país.

A discórdia começou quando Araújo publicou um vídeo do canal CNN em inglês sobre o recrudescimento da pandemia de covid-19 no Brasil, no qual um especialista atribuía ao governo do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, o descontrolo da crise sanitária e a falta de medidas para restringir a circulação de pessoas.

A CNN entende tudo de errado sobre o Brasil e a covid-19“, escreveu Araújo na rede social Twitter.

O ministro brasileiro acrescentou na rede social que, “depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal em abril de 2020, os governadores dos estados, não o Presidente, têm, na prática, toda a autoridade para estabelecer/gerir todas as medidas de distanciamento social“.

Em seguida, Araújo publicou uma série de dados sobre o dinheiro destinado pelo governo brasileiro para o combate à pandemia, que é pior no Brasil, onde ontem, quarta-feira, quando foi atingido o recorde de mortes diárias, de 2.286, ultrapassando os 270 mil mortos em pouco mais de um ano.

“Notícias falsas! Aqui está o facto real: o Supremo Tribunal Federal decidiu que as administrações federal, estadual e municipal têm autoridade para adotar medidas de distanciamento social. Todos os níveis de governo são responsáveis pelo desastre que estamos enfrentando”, respondeu, de seguida, Gilmar Mendes, sem esconder o seu desconforto.

Araújo, por sua vez, rebateu: “Leia novamente por favor. Eu falei ‘depois de uma decisão do STF’, que significa ’em consequência de’”, e “Eu disse ‘na prática’, indicando o real efeito da decisão prática, os governadores tomaram todas as medidas que queriam e o governo federal paga a conta”.

O que o ministro não mencionou é que Bolsonaro se opôs e criticou os governos regionais que adotaram medidas para restringir a circulação de pessoas e todas as atividades produtivas, às quais se opõe pelo efeito que têm na economia.

A própria CNN Brasil interveio sobre o assunto e afirmou que Araújo “usou argumentos infundados” para “refutar uma reportagem da CNN americana sobre as mortes por covid-19” no Brasil. “Na reportagem americana da CNN, o especialista Dennis Carroll culpou a política do governo do Presidente Jair Bolsonaro pela falta de controlo da doença, alegando falta de liderança”, disse o afiliado do canal no Brasil.

A rede esclareceu ainda que esse especialista “comparou as ações do Bolsonaro com Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos”, considerado um modelo pelo Presidente brasileiro e cuja gestão da pandemia também foi alvo de numerosas e duras críticas.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-critica-confinamento-387111

Matthew McConaughey está a “considerar seriamente” concorrer a governador do Texas !

Matthew McConaughey anunciou, na quarta-feira, que está a “considerar seriamente” concorrer a governador do Texas, o seu estado natal.

O ator norte-americano Matthew McConaughey está a “considerar seriamente” concorrer a governador do Texas, um ano antes da realização das eleições estaduais, escreve o The Guardian.

A intenção de avançar com a candidatura foi revelada na quarta-feira no podcast The Balanced Voice. O ator disse que a corrida ao cargo político estava “em verdadeira consideração”.

“Estou a pensar de novo na atualidade, qual é o meu papel? Eu acho que tenho algumas coisas para ensinar e partilhar, e qual é o meu papel? Qual é a minha categoria no próximo capítulo da vida em que vou entrar?”, questionou.

Se McConaughey decidir lançar-se nesta aventura política, irá enfrentar o republicano Greg Abbott, que irá candidatar-se à reeleição. A filiação política do ator não é conhecida.

Esta é a primeira vez que o ator, de 51 anos, fala na possibilidade de avançar para um cargo político. No ano passado, questionado pelo radialista Hugh Hewitt, disse que dependeria “mais das pessoas” do que de si próprio, mas salientou que a política era “um assunto fragmentado” e que só ganharia interesse quando “redefinisse o seu propósito”.

Apesar de não se conhecer espetro político de McConaughey, há quem considere que o ator se posiciona à esquerda pelas suas opiniões sobre a violência armada, uso de máscaras e redistribuição de fundos das polícias.

https://zap.aeiou.pt/matthew-mcconaughey-governador-texas-387155

 

Polónia proíbe homossexuais de adotarem crianças !

A Polónia endureceu as políticas contra os homossexuais. Depois de os casais homossexuais terem sido proibidos de adotar crianças juntos, o país decidiu criar uma nova lei.


Recentemente, a Polónia aprovou uma lei que proibia a adoção por parte de casais homossexuais. A legislação, anunciada esta quinta-feira, vai ainda mais longe e prevê que as autoridades verifiquem o estatuto de coabitação das pessoas que queiram adotar sozinhas.

Isto porque, se viverem com uma pessoa do mesmo sexo, não será possível seguir com a adoção, escreve o Público.

O plano da nova lei foi anunciado horas antes de o Parlamento Europeu aprovar uma resolução que declara que toda a União Europeia é uma “zona de liberdade” para as pessoas LGBTIQ, em resposta à introdução de “zonas livres de LGBT” na Polónia, que tem vindo a ser feita desde 2019.

Bruxelas argumenta que os direitos têm de ser respeitados em toda a União Europeia, enquanto que Varsóvia defende que “a ideologia LGBT” é uma ameaça aos seus valores católicos.

Nos últimos dois anos, mais de 100 cidades e zonas da Polónia vieram a declarar-se “zonas livres de LGBT”. A União Europeia suspendeu fundos para essas cidades, que o Governo polaco disse que iria substituir.

A resolução do Parlamento Europeu foi aprovada com 492 votos a favor, 141 contra e 46 abstenções. A declaração dizia que “os direitos LGBTI são direitos humanos” e todo o território da União Europeia é “uma zona de liberdade LGBTI”.

“As pessoas LGBTIQ em toda a UE devem gozar da liberdade de viver e mostrar publicamente a sua orientação sexual e identidade de género sem receio de intolerância, discriminação ou perseguição. As autoridades europeias a todos os níveis de governação devem proteger e promover a igualdade e os direitos fundamentais de todos, incluindo as pessoas LGBTIQ”, lê-se.

https://zap.aeiou.pt/polonia-homossexuais-adotar-criancas-387166

 

No primeiro discurso à nação, Biden mostrou-se otimista num regresso à normalidade até julho !

No primeiro discurso à nação enquanto Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden destacou os progressos na vacinação contra a covid-19, capazes de permitirem a esperança de um regresso à normalidade até à festa nacional de 4 de julho.


Num discurso à vez grave e otimista, que marcou o aniversário do confinamento para combater a pandemia, Joe Biden ordenou a todos os estados o levantamento progressivo das restrições de idade, para que todos os norte-americanos adultos possam ser vacinados até 1 de maio. “É mais cedo do que o previsto”, disse.

O chefe de Estado referiu-se a uma trajetória que permite ter “uma boa hipótese” de um 4 de julho festivo, dia em que se celebra a Independência dos Estados Unidos, e no qual os norte-americanos possam reunir-se em pequenos grupos em torno do tradicional churrasco.

Mas Biden deixou uma advertência: “Este combate está longe de ter terminado“, ressalvando que ainda não é tempo de deixar de ter certas precauções, como o uso de máscara e o distanciamento social.

No entanto, o Presidente quis manifestar a sua convicção de que “melhores dias” virão, tendo acrescentado que os Estados Unidos demonstraram bem cedo terem “vencido um dos períodos mais sombrios e mais duros” da sua história.

Depois de um “inverno sombrio”, afirmou Biden, aproxima-se “uma primavera e um verão promissores” e, por isso, “este não é o momento de desistir”, apelou ainda.

“Todos perdemos algo”, sublinhou, ao lembrar o ano passado, que ficou marcado pela pandemia. “As pequenas coisas da vida são as mais importantes e são essas que nos faltam”, acrescentou.

Joe Biden denunciou ainda os “ataques inaceitáveis” contra os norte-americanos de origem asiática e anunciou o destacamento de mais quatro mil soldados na campanha de vacinação, o que eleva o número total para seis mil.

Antes do discurso, Biden assinou o pacote de ajudas e estímulos económicos aprovado no Congresso por 220 votos a favor e 211 contra, entre eles um democrata.

O conjunto de medidas, aprovado na quarta-feira pela Câmara dos Representantes, ascende a 1,9 biliões (milhão de milhões) de dólares, cerca de 1,6 biliões de euros, com os quais o chefe de Estado afirma querer derrotar a pandemia e recolocar a economia com saúde.

A intenção inicial era assinar o documento esta sexta-feira, mas este chegou à Casa Branca mais cedo do que esperado. O chefe do staff da residência presidencial, Ron Klain, publicou a seguinte mensagem no Twitter: “Queremos avançar o mais depressa possível“.

Desde que tomou posse, a 20 de janeiro, a prioridade de Biden tem sido o combate à covid-19, com os Estados Unidos a permanecerem como o país mais afetado, com mais de 29 milhões de casos e quase 530 mil mortes.

Aprovadas medidas de reforço do controlo de armas

Esta quinta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou também duas iniciativas que visam reforçar o controlo de armas de fogo, faltando agora a luz verde do Senado.

A primeira medida, aprovada com 227 votos a favor e 203 contra, e que contou com o apoio de oito republicanos, obriga a que os compradores de armas comprovem os seus antecedentes penais de modo universal.

No atual quadro legislativo, esta condição não é imposta nos negócios entres particulares, sendo apenas obrigatória para os vendedores, fabricantes e importadores.

Já a segunda proposta, aprovada com 219 votos a favor e 210 contra, quer acabar com o limite de três dias dado para que o FBI possa fazer a verificação dos antecedentes numa operação de compra e venda de armas, esticando-o para dez dias.

Estas iniciativas já tinham sido aprovadas pela Câmara de Representantes em fevereiro de 2019, mas não passaram no Senado, na altura com maioria republicana.

Os democratas, que contam com o apoio da nova Administração, defendem que agora há um grande apoio público para um fortalecimento do controlo, apontando para a necessidade de acabar com a violência com armas de fogo, apostando na prevenção.

Mas mantém-se a incerteza sobre a aprovação destas medidas, dado o equilíbrio entre democratas (50) e republicanos (50) na ‘câmara alta’ norte-americana, com o voto de desempate a pertencer à vice-Presidente Kamala Harris, e face à necessidade de contar com um mínimo de 60 votos para serem aprovadas.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-discurso-nacao-biden-387164

Com os casos a aumentar e uma vacinação morosa, a covid-19 levou a melhor sobre a Europa !

A Europa, uma das primeiras regiões a ser duramente atingida pelo coronavírus, está a ficar para trás: os casos estão a aumentar e os processos de vacinação são muito demorados.


Em meados de maio do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Europa como o “epicentro” da pandemia. No verão, o continente ainda respirou de alívio, mas depressa os casos voltaram a aumentar.

Agora, a experiência europeia diverge da dos Estados Unidos e Reino Unido, que implementaram programas de vacinação eficazes e veem cair as taxas de novos casos. República Checa, Hungria, Estónia, Eslováquia, Itália, França, Polónia e Suécia encararam aumentos significativos na média de novos casos diários nas últimas semanas.

De acordo com a Time, a implementação lenta – e algo caótica – do plano de vacinação na União Europeia (UE) ameaça manter os países em confinamento, com graves consequências para a economia.

A República Checa viu os casos aumentarem acentuadamente nas últimas semanas e tem as taxas de infeção mais altas da Europa, com cerca de 110 novos casos por dia por 100.000 habitantes na semana passada.

A Estónia também está a braços com um surto, tendo registado cerca de 100 casos diários por 100.000 habitantes na semana passada, em comparação com os 40 registados no início de fevereiro. A Hungria, a Eslováquia, a Sérvia e a Suécia também registaram picos no início de março.

Mas a República Checa é, de longe, o país que mais sofre com a pandemia, que está a causar uma enorme pressão no sistema de saúde pública. No dia 5 de março, o Governo anunciou publicamente que havia pedido à Alemanha, à Suíça e à Polónia para acolher dezenas de pacientes com covid-19, com o objetivo de aliviar a carga nos hospitais.

A Time escreve que a “explicação mais provável” para o aumento de casos é a disseminação de uma nova variante, identificada pela primeira vez no sudeste de Inglaterra em dezembro. Estima-se que a variante, conhecida como B.1.1.7., seja cerca de 50% mais transmissível do que as formas anteriores do SARS-CoV-2.

Na República Checa, a falta de sequenciamento em massa do vírus, especialmente em dezembro e janeiro, significa que os cientistas não conseguiram identificar se e onde a variante B.1.1.7 se espalhou no país, esclareceu Rastislav Madar, chefe do Instituto de Epidemiologia e Saúde Pública na Universidade de Ostrava e ex-assessor do Governo.

Futuro da economia de mãos dadas com a vacinação

A economia da União Europeia contraiu 6,4% no ano passado, de acordo com o Eurostat. Carsten Brzeski, economista da empresa de serviços financeiros globais ING, considera que o futuro da economia depende da velocidade e eficácia da implementação da vacinação.

Com base na trajetória atual, Brzeski estima que a economia da Europa não recuperará os níveis anteriores à crise até ao final de 2022 ou início de 2023. “A Europa está provavelmente um ano atrás dos Estados Unidos.”

Nos EUA, 18,9% das pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina e 9,9% foram totalmente vacinadas até 10 de março, segundo a Time. No Reino Unido, 34,2% da população recebeu a primeira dose e 1,9% foi totalmente vacinada até 10 de março, segundo o Politico.

Já a União Europeia administrou a primeira dose da vacina a 7% da população e vacinou totalmente 3,09% até 10 de março.

A aprovação tardia das vacinas, processos burocráticos de aquisição e atrasos na produção são as principais explicações para o processo moroso no bloco, que ficou para trás em comparação com os Estados Unidos e o Reino Unido.

Dentro da UE, o quadro de recuperação económica varia de acordo com o país. Espera-se que a Alemanha e a Holanda atinjam os níveis anteriores à crise no final de 2021 ou no início do próximo ano, mas Espanha, Itália e Grécia, cujas economias dependem fortemente do turismo, provavelmente só irão atingir esse nível no final de 2023.

https://zap.aeiou.pt/covid-19-levou-melhor-sobre-europa-387130

sexta-feira, 12 de março de 2021

Tesla está a construir secretamente uma bateria gigante no Texas !

Há uns anos, a Tesla construiu uma bateria gigante no sul da Austrália, que foi aclamada um sucesso. Agora, a empresa pode estar fazer o mesmo no Texas.

De acordo com a revista Bloomberg, a nova instalação da bateria será maior do que 100 megawatts e armazenará energia suficiente para fornecer eletricidade a 20 mil residências num dia quente de verão.

A instalação está a ser construída pela Gambit Energy Storage LLC, mas esta sede está listada na mesma morada de um prédio da Tesla perto da sua fábrica de automóveis em Fremont.

Esta nova instalação de bateria é adjacente a uma subestação de energia TNMP, cuja empresa reivindica cerca de 255 mil clientes e foi recentemente adquirida pela Avangrid. A divisão de energia renovável da Avangrid, Avangrid Renewables LLC, é considerada a terceira maior operadora de energia eólica dos Estados Unidos.

Esses detalhes explicam a razão pela qua a TNMP pode estar a investir num grande sistema de bateria reserva, mesmo antes da grande tempestade de inverno no Texas. A Bloomberg não diz se a nova instalação da bateria foi comissionada antes ou depois da tempestade, mas a energia adicional armazenada poderia ter sido usada para proteger a demanda, enquanto o Texas lutava para manter os seus recursos de geração de energia.

Os problemas do Texas são um excelente argumento para backups de bateria, independentemente de a bateria ser implantada como parte de uma instalação renovável.

O Texas não perdeu energia porque depende parcialmente de energia renovável para atender às suas necessidades de energia. Perdeu energia porque a grande maioria dos seus equipamentos de geração de energia não foram preparados para o inverno. Turbinas eólicas e fontes de gás natural congelaram durante a tempestade, cortando o fornecimento de energia no momento em que os habitantes mais precisavam.

A nova instalação poderá fornecer eletricidade adicional ao ar condicionado nos momentos em que as instalações de geração convencionais são pressionadas pela demanda.

A vantagem das baterias, nesses casos, é que podem fornecer potência de pico instantaneamente, sem período de aceleração. A bateria é recarregada quando a demanda é menor, normalmente durante a noite e nas primeiras horas da manhã.

A bateria de 100 megawatts que a Tesla instalou na Austrália teve um desempenho suficientemente bom para que outra empresa australiana, a Neoen, tenha feito parceria com a Tesla para construir uma instalação ainda maior.

Uma nova instalação de 300 megawatts e 450 megawatts-hora está em construção em Victoria. Além de fornecer energia de reserva, servirá como uma instalação de balanceamento de carga, garantindo que a energia de pico possa ser entregue a Victoria e New South Wales.

Há também uma nova instalação na Califórnia, o Gateway Energy Storage de 250 megawatts. Assim como este novo projeto Tesla no Texas, a Gateway Energy Storage foi projetada para fornecer energia instantânea no pico de demanda e ajudar a prevenir os apagões contínuos que atingiram a Califórnia no ano passado.

É difícil encontrar dados concretos sobre o desempenho dos vários esforços de longo prazo para criar microrredes com bateria de apoio. A rede que a Tesla construiu na Samoa Americana em 2016 parece estar a ter um bom desempenho. A pandemia de covid-19 interrompeu os planos de expandir o uso de microrredes e energia solar, mas o trabalho deverá ser retomado em 2021.

Porto Rico também aprovou planos que preveem a construção de microrredes em toda a ilha para melhorar a sua segurança energética. A energia solar é responsável por apenas 1,4% da geração de energia de Porto Rico, mas há planos para adicionar 2,7 gigawatts de capacidade solar até 2025.

https://zap.aeiou.pt/tesla-esta-construir-secretamente-bateria-gigante-no-texas-386655

 

A “pior assassina em série da Austrália” foi presa por matar os seus 4 bebés mas a Ciência pode libertá-la !

Kathleen Folbigg, uma australiana da região de Hunter Valley, em New South Wales, está presa há quase 18 anos, acusada de matar os seus quatro filhos bebés. Agora, a Ciência pode libertá-la.

Marcada no seu julgamento em 2003 como “a pior assassina em série da Austrália”, Kathleen Folbigg já passou quase 18 anos na prisão após ter sido considerada culpada pelo homicídio culposo do seu filho primogénito Caleb e do assassinato dos seus três filhos seguintes, Patrick, Sarah e Laura.

No entanto, agora, novas evidências científicas pode virar o caso de pernas para o ar.

De acordo com a BBC, na semana passada, uma petição assinada por 90 cientistas, defensores da ciência e especialistas médicos foi entregue ao governador de New South Wales, solicitando perdão para Folbigg e a sua libertação imediata.

Entre os signatários estavam dois Prémios Nobel e dois australianos do ano, um ex-cientista-chefe e o presidente da Academia de Ciências da Austrália, John Shine. “Dadas as evidências científicas e médicas que agora existem neste caso, assinar esta petição foi a coisa certa a fazer, disse Shine.

Após vários recursos e uma investigação detalhada que reexaminou as condenações de Folbigg em 2019, os juízes da Austrália rejeitaram resolutamente a noção de dúvida no seu caso, dando maior peso às provas circunstanciais apresentadas no julgamento e aos textos ambíguos da australiana nos seus diários.

“Resta que a única conclusão razoavelmente aberta é que alguém intencionalmente causou danos às crianças e sufocar era o método óbvio”, disse Reginald Blanch, um ex-juiz que conduziu o inquérito. “As provas não apontavam para outra pessoa senão Folbigg.”

No entanto, a Ciência aponta para a conclusão de que deve haver dúvidas sobre estas convicções. “A ciência, neste caso, é convincente e não pode ser ignorada“, disse Jozef Gecz, geneticista humano.

É profundamente preocupante que as evidências médicas e científicas tenham sido ignoradas ao invés das evidências circunstanciais. Agora temos uma explicação alternativa para a morte das crianças Folbigg, continuou Fiona Stanley, investigadora de saúde infantil e de saúde pública.

O que diz a Ciência?

Esta explicação alternativa prende-se na recente descoberta de uma mutação genética em Kathleen Folbigg e as suas duas filhas que, segundo os cientistas, era “provavelmente patogénica” e que terá causado a morte das duas meninas, Sarah e Laura.

A descoberta inicial do gene mutante das duas meninas, CALM2 G114R, foi feita em 2019 por uma equipa liderada por Carola Vinuesa, professora de imunologia e medicina genómica da Australian National University.

“Encontrámos uma nova mutação nunca antes relatada em Sarah e Laura que foi herdada de Kathleen”, disse Vinuesa. “A variante estava num gene chamado CALM2 (que codifica a calmodulina). As variantes da calmodulina podem causar morte cardíaca súbita.”

Em novembro do ano passado, cientistas da Austrália, Dinamarca, França, Itália, Canadá e Estados Unidos relataram outras descobertas na revista médica Europace, publicada pela revista científica European Society of Cardiology.

Uma equipa, liderada por Michael Toft Overgaard, da Universidade de Aalborg, conduziu experiências projetadas para testar a patogenicidade da variante CALM2 e descobriu que os efeitos da mutação Folbigg eram tão graves quanto os de outras variantes CALM conhecidas, que regularmente causam paradas cardíacas e morte súbita, incluindo em crianças pequenas durante o sono.

“Consideramos que a variante provavelmente precipitou a morte natural das duas crianças do sexo feminino”, afirmaram os cientistas. As meninas sofreram de infecções antes de morrer e os cientistas sugeriram que “um evento arrítmico fatal pode ter sido desencadeado pelas suas infecções intercorrentes.”

Uma mutação genética diferente foi descoberta nos dois meninos, Caleb e Patrick, embora os cientistas reconheçam que são necessários mais estudos sobre ela. Cada um deles tinha duas variantes raras do BSN, um gene que causa epilepsia letal de início precoce em camundongos.

As recentes descobertas genéticas seguem os passos de opiniões médicas de especialistas anteriores, que apoiam a teoria de que todas as quatro crianças morreram de causas naturais.

Stephen Cordner, um patologista forense de Melbourne, reexaminou as autópsias das crianças em 2015. “Não há suporte patológico forense positivo para a alegação de que qualquer uma ou todas estas crianças foram mortas. Não há sinais de asfixia”, concluiu.

Três anos depois, em 2018, o patologista forense, Matthew Orde, professor associado Clínico da Universidade da Colúmbia Britânica, disse que estava “de acordo com o Professor Cordner, em que todas as quatro mortes de crianças podem ser explicado por causas naturais”.

Agora, Kathleen Folbigg aguarda na prisão pelo resultado da petição e por uma audiência. A australiana continua a protestar pela sua inocência.

Se Folbigg for libertada e as suas condenações forem anuladas, esta condenação será vista como o pior erro judicial da história da Austrália.

https://zap.aeiou.pt/kathleen-folbigg-foi-presa-por-matar-os-seus-4-bebes-e-a-cie-387006

 

China lidera aumento mundial ao nível da energia eólica !

A China construiu mais parques eólicos em 2020 do que os restantes países do mundo juntos, alcançado um recorde de instalações.


De acordo com um relatório da Bloomberg New Energy Finance, citado na quarta-feira pelo Guardian, a China construiu parques suficientes para abastecer quase três vezes o número de residências no Reino Unido, atingindo um aumento de 60% em relação a 2019.

O relatório revelou que a China construiu mais da metade da nova capacidade de energia eólica do mundo. Isabelle Edwards, a autora do documento, afirmou: “Embora todas as regiões tenham” aumentado a “capacidade eólica” em relação ao ano anterior, “o crescimento sem precedentes em 2020 deve ser creditado ao mercado eólico chinês”.

Os empreendedores chineses que atuam na energia renovável entraram no mercado antes de um corte iminente nos subsídios. Um relatório elaborado por ativistas norte-americanos do Global Energy Monitor mostrou que a China também construiu quase dois terços das usinas de carvão atualmente em operação no mundo.
 
Nos primeiros seis meses de 2020, continuou o relatório, a China também construiu 90% de todas as usinas a carvão a nível mundial e metade da capacidade no campo da eletricidade a carvão.

O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou o ano passado que o país reduziria as suas emissões de gases de efeito estufa nos próximos cinco anos, caindo para zero em 2060. Contudo, especialistas alertaram que o 14.º plano quinquenal da China, publicado este mês, pode levar a um crescimento nas emissões.

O aumento do parque eólico na China e nos EUA tirou a dinamarquesa Vestas da liderança ao nível de fabricantes de turbinas eólicas, posição que ocupava há cinco anos. A empresa foi ultrapassada pela norte-americana GE e pela chinesa Xinjiang Goldwind.

https://zap.aeiou.pt/china-aumento-energia-eolica-386753

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