A família do afro-americano George Floyd, morto em 2020 por um ex-polícia de Minneapolis, vai receber uma indemnização de 27 milhões de dólares (22 milhões de euros) do município norte-americano.
A família de Floyd, cuja morte desencadeou os protestos “Black Lives Matter” denunciando a violência policial contra afro-americanos, irá retirar o processo contra o município, naquele que o advogado Ben Crump afirmou ser o maior acordo pré-judicial de sempre nos Estados Unidos, relativo a direitos civis.
O acordo “envia uma potente mensagem de que as vidas de afro-americanos contam e de que a brutalidade policial contra as pessoas de cor tem de acabar”, disse o advogado da família Floyd em conferência de imprensa.
A decisão foi saudada por Lisa Bender, presidente do conselho municipal da cidade de Minneapolis, entidade que era acusada pela família de fomentar o uso excessivo de força, racismo e impunidade na polícia local.
Entretanto, mantêm-se os processos contra o agente que sufocou Floyd, Derek Chauvin, e outros três agentes que estavam presentes, todos já despedidos da polícia de Minneapolis.
Floyd foi morto a 25 de maio de 2020 após Chauvin ter pressionado com o joelho o pescoço do afro-americano durante cerca de nove minutos.
O vídeo da morte de Floyd, que se tornou viral, provocou uma onda de manifestações nos Estados Unidos e em todo o mundo contra o racismo e a violência policial.
Na quinta-feira, o juiz Peter Cahill, do condado de Hennepin, aceitou o pedido do Ministério Público para acrescentar uma acusação de assassínio em terceiro grau a Derek Chauvin.
Chauvin já tem pela frente as acusações de homicídio em segundo grau e de assassínio.
O tribunal prossegue hoje o processo de escolha dos potenciais jurados do julgamento de Chauvin, processo que começou terça-feira.
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