sábado, 27 de março de 2021

Brasil anuncia “vacina 100% nacional” - Lula culpa Bolsonaro por “maior genocídio” da história !

O ex-Presidente brasileiro defendeu que o atual chefe de Estado deve “pedir desculpa” pela sua gestão da pandemia de covid-19, que classificou como “o maior genocídio” da história brasileira.


“Na terça-feira, 3158 pessoas morreram de covid-19 no Brasil, o maior genocídio da nossa história. A nossa atenção não deve incidir sobre as eleições do próximo ano, mas sobre o combate ao vírus e a vacinação da população. Temos de salvar o Brasil da covid-19″, disse Lula da Silva numa entrevista ao semanário alemão Der Spiegel.

O Brasil registou esta quinta-feira, pela primeira vez, mais de 100 mil novos casos de covid-19 em 24 horas, numa altura em que o país soma já mais de 300 mil mortes devido à pandemia.

“Um Presidente não pode saber tudo. Mas ele deveria ter a humildade de consultar pessoas que sabem mais do que ele”, defendeu Lula, acrescentando que Bolsonaro deveria “falar com cientistas, médicos, governadores e ministros da saúde para desenvolver um plano para derrotar a covid-19”.

Bolsonaro, mesmo usando agora máscara, “não leva a covid-19 a sério”, acusou ainda o antigo líder. “Não acredita em vacinas, gastou uma fortuna com um medicamento chamado hidroxicloroquina, apesar de ter sido provado que não serve para nada”, prosseguiu.

“Aqueles que usavam máscaras, chamava-lhes ‘bichas’. Durante um ano, não levou este vírus a sério e mentiu-nos. Durante um ano, provocou todos aqueles que discordaram dele”, reforçou.

Para Lula da Silva, se Bolsonaro “tivesse alguma grandeza, teria pedido desculpa às famílias dos 300 mil mortos de covid-19 e dos milhões de pessoas infetadas”.

“É nossa responsabilidade, dos brasileiros, deter este homem e restaurar a democracia no país”, advertiu o antigo chefe de Estado, para quem “nunca na história” o Brasil teve “um Presidente tão irresponsável“.

Esta sexta-feira, o Brasil também anunciou que vai fabricar uma vacina própria, a Butanvac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, que aguarda autorização dos órgãos reguladores para começar imediatamente os testes em pessoas.

“É um anúncio histórico para o mundo. A vacina 100% nacional, com testes promissores e fruto do trabalho de uma instituição de 120 anos, que é a maior produtora de vacinas do hemisfério sul”, disse o governador de São Paulo, João Doria, numa conferência de imprensa na sede do instituto.

Esta primeira vacina brasileira contra a covid-19 será integralmente desenvolvida pelo Instituto Butantan e usará a mesma tecnologia aplicada na vacina da gripe. O governo paulista indicou que espera terminar a investigação com voluntários até julho, o que, em tese, permitiria a aplicação da vacina, caso a sua eficácia seja comprovada, no segundo semestre deste ano.

O Butantan informou que pretende iniciar a produção deste imunizante em maio. Segundo o governador paulista, a previsão é que 40 milhões de doses da Butanvac estejam disponíveis no país ainda este ano.

“Já estamos a falar de uma segunda geração de vacinas. Já é a vacina 2.0. Aprendemos com as vacinas anteriores e sabemos o que é uma boa vacina para a covid-19. Esta é mais imunogénica e, portanto, poderemos usar menores doses da vacina por pessoa”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

O responsável também frisou que o instituto pretende “oferecer esta vacina a países de baixa e média renda, que é onde é preciso combater a pandemia. Isto porque a “pandemia pode estar sob controlo na América do Norte e na Europa, mas o vírus continuará em países de África, Ásia e América Latina”, advertiu.

O medicamento ainda em desenvolvimento já passou pelos testes pré-clínicos, realizados em animais, para detetar possíveis efeitos positivos ou de toxicidade. Uma das características deste projeto de vacina é que já tem em conta a variante brasileira, chamada P1. Agora, os testes clínicos em humanos necessitam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Covas, a documentação e o pedido para a continuidade da pesquisa serão enviados ainda esta sexta-feira à agência reguladora. Se os testes em humanos forem autorizados, contarão com a participação de 1800 voluntários nas fases um e dois.

Na fase três, que determina a eficácia de uma vacina, a previsão é de seleção de sete mil a nove mil voluntários. O governo paulista também informou que enviará ainda sexta-feira à Organização Mundial de Saúde (OMS) toda a documentação para acompanhar o processo de desenvolvimento do medicamento em todas as suas fases.

A Butanvac foi criada dentro de um consórcio em parceria com órgãos de investigação do Vietname e da Tailândia.

O Butantan, um instituto de investigação brasileiro subordinado ao governo regional do estado de São Paulo, embala e também desenvolve a produção da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, que é usada em 90% dos vacinados no Brasil. Os outros 10% dos imunizados no país estão a receber doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

https://zap.aeiou.pt/lula-culpa-bolsonaro-maior-genocidio-390574

 

Zuckerberg responsabiliza Trump por assalto ao Capitólio ! Redes sociais vão ter mais regulação !

O criador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu na quinta-feira o papel da sua empresa durante o processo eleitoral de 2020 nos Estados Unidos (EUA) e nos meses seguintes, culpando o ex-Presidente Donald Trump pelo assalto ao Capitólio.


“Cumprimos o nosso trabalho para garantir a integridade das eleições. Então, no dia 06 de janeiro, o Presidente Trump fez um discurso no qual recusou os resultados e pediu às pessoas que lutassem”, afirmou Zuckerberg, durante uma audição perante a Câmara de Representantes dos EUA, citado pela agência Lusa.

O principal executivo da rede social foi chamado a testemunhar juntamente com os chefes do Twitter, Jack Dorsey, e da Google, Sundar Pichai, sobre as responsabilidades das suas empresas na disseminação de informações falsas e extremismo político na Internet.

“Podemos não ser capazes de suprimir todos os conteúdos proibidos pelas nossas normas de uso da comunidade, mas posso assegurar-lhes que tornamos os nossos serviços inóspitos para aqueles que queriam provocar danos”, vincou Zuckerberg aos congressistas.

“A desinformação não é um problema novo”, apontou, frisando: “O ataque ao Capitólio foi um ultraje. Acredito que o antigo Presidente deve ser culpabilizado”. “Posso dizer o que temos feito: trabalhámos com as autoridades para ajudar previamente”, sublinhou, acrescentando: “Quando vimos que o antigo Presidente incentivou à violência, banimo-lo”.

As redes sociais foram apontadas como uma ferramenta necessária para o assalto ao Capitólio de 06 de janeiro, no qual morreram cinco pessoas, já que foi através delas que os promotores coordenaram e apelaram à participação.

Além disso, o Facebook também é proprietário do Instagram e WhatsApp e, apesar de nos últimos tempos ter aumentado a moderação de conteúdo nas suas plataformas, os ativistas e políticos, na sua maioria progressistas, criticam que não faz o suficiente.

Ao mesmo tempo, as posições conservadoras consideram que essas práticas de moderação são uma censura encoberta, dedicada a suprimir as redes sociais dos pontos de vista de direita e que não correspondem com a ideologia da maioria das empresas e trabalhadores de Silicon Valley, região da Califórnia que alberga gigantes da tecnologia e ‘start-ups’.

Nesse sentido, o Facebook, Twitter e YouTube foram duramente criticados pelo Partido Republicano por terem proibido permanentemente as contas do ex-Presidente Trump, algo que fizeram depois do ataque de 06 de janeiro e quando ainda estava no cargo.

“Estou preocupado que as redes possam suprimir as vozes de líderes eleitos”, indicou Zuckerberg sobre essa questão, embora a sua plataforma seja uma das que mantém Trump banido.

Facebook, Twitter e Google vão ter mais regulação

As tecnológicas terão regras mais claras para as redes sociais, começando por uma mudança da secção 230, que permite às redes sociais não serem responsabilizadas por tudo o que os utilizadores fazem. “A autorregulação chegou ao fim”, concluíram vários representantes políticos dos EUA, citados pelo Observador.

“Não se deve acabar com a seção 230, mas alterá-la”, referiu o líder do Facebook. “Acho que as plataformas têm de publicar relatórios de transparência que mostram as categorias de todos os parâmetros (…) Algo como o modelo que o Facebook tem feito em todos os trimestres para identificar os problemas”, apontou.

Sobre a desinformação que tem levado à criação de grupos extremistas que o Facebook não bane e o aumento do suicídio adolescente, Zuckerberg foi evasivo nas respostas.

Já Dorsey defendeu: “Se começarmos a moderar tudo vamos ter um serviço utilizado por pouca gente. Depois, não temos publicidade”. O líder do Twitter – principal plataforma de comunicação de Trump – assumiu ainda ter tido a “responsabilidade final” quanto à suspensão do ex-Presidente da rede social.

Pichai – o único que não é fundador da empresa que lidera -, questionado se a Google tem concorrentes, respondeu: “Há muitas áreas nas quais estamos a entrar no mercado, como nos smartphones”. “Sentimos que há muita concorrência, as pesquisas pela Amazon são cada vez são maiores. Vejo um setor vibrante de tecnologia”, continuou.

Quando um dos congressistas acusou a Google de ter três centros de inteligência artificial na China, Pichai disse: “Não temos um centro de inteligência artificial na China”. Assumiu, contudo, que a empresa está a reduzir a presença na China, não oferecendo no país os seus serviços bases “ao contrário dos colegas [Facebook e Twitter]”.

“O YouTube promoveu vídeos a incentivar ao ataque a Capitólio?”, perguntou à Puchai outro dos congressistas. O CEO indicou apenas que a empresa “tem feito um trabalho para remover vídeos relacionados”, depois de já ter referido que a Google tem trabalhado sempre com as autoridades.

https://zap.aeiou.pt/zuckerberg-responsabiliza-trump-assalto-capitolio-390352

De olhos postos na recandidatura, Biden promete “resposta” à Coreia do Norte mas afasta confrontos com a China !

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu esta quinta-feira “uma resposta” à escalada de tensões com a Coreia do Norte e disse não querer confrontos com a China.


“Para já, estamos a consultar os nossos parceiros e aliados. E haverá uma resposta se eles escolherem a escalada. Responderemos em conformidade”, disse Biden, durante uma conferência de imprensa, referindo-se à ameaça da Coreia do Norte, que anunciou esta quinta-feira ter disparado dois mísseis balísticos no mar do Japão.

Tratou-se da primeira conferência de imprensa de Joe Biden desde que tomou posse no passado dia 20 de janeiro.

No relacionamento com Pyongyang, Biden disse estar “preparado para uma certa forma de diplomacia, mas sempre sujeita à condição da desnuclearização”, um ponto que os Estados Unidos colocam como fundamental para um entendimento com o Presidente norte-coreano, Kim Jong-un.

Biden reafirmou ainda que não quer confrontos com a China, mas reconheceu que haverá uma “concorrência renhida” com o regime de Pequim.

“Eu já disse isso várias vezes [ao Presidente chinês, Xi Jinping] pessoalmente: não queremos confrontos. Sabemos que haverá concorrência renhida, mas insistiremos em que a China respeite as regras internacionais: concorrência leal, práticas justas, comércio justo”, explicou o líder norte-americano.

Na conferência de imprensa, Biden falou ainda da situação no Afeganistão, dando a entender que não cumprirá o prazo de 1 de maio para a retirada de todas as forças militares norte-americanas desse país, tal como o ex-Presidente Donald Trump tinha negociado com os talibãs, no acordo de Doha. “Mas não tenciono ficar lá por muito tempo”.

Embora admitindo que não se pode comprometer ainda com um calendário para a retirada dos cerca de 2.500 soldados que permanecem no Afeganistão, Biden sugeriu que os Estados Unidos já não devem ter qualquer presença militar no próximo ano.

Fluxo migratório na fronteira “acontece todos os anos”

Biden relativizou o aumento do fluxo migratório registado na fronteira norte-americana com o México, afirmando que tal situação “acontece todos os anos” e não está relacionada com as políticas migratórias da atual administração. “Todos os anos, há um aumento significativo das chegadas à fronteira no inverno”, porque os migrantes “têm menos probabilidades de morrer de calor no deserto”, afirmou.

Os republicanos têm acusado Biden de encorajar milhares de migrantes, muitos deles menores não acompanhados, a tentarem entrar nos Estados Unidos, ao relaxar as políticas migratórias de Trump.

Biden argumenta que o aumento do fluxo migratório já tinha começado antes da sua entrada na Casa Branca. “Não vou pedir desculpa por abolir políticas que violavam o Direito Internacional e a dignidade humana”, disse.

Assim que tomou posse, Biden suspendeu as deportações de migrantes indocumentados durante um período de 100 dias e apresentou um projeto-lei que visa abrir caminho à atribuição da cidadania a migrantes.

Biden assinou um decreto a suspender novos registos no programa Protocolos de Proteção ao Migrante, também conhecido por “Permanecer no México”, que tinha sido instituído por Donald Trump.

Acusado de atrair os migrantes com uma imagem de “tipo simpático”, Biden admitiu que a ideia é até “lisonjeira”, contrapondo, porém, que não é essa a verdadeira razão do fluxo. “As pessoas deixam as Honduras, Guatemala ou El Salvador por causa dos sismos, das inundações, da falta de alimentos e da violência de grupos organizados”, sublinhou.

Biden quer voltar a candidatar-se

Biden anunciou que planeia concorrer às eleições presidenciais em 2024, acrescentando que a vice-Presidência seria entregue novamente a Kamala Harris. “A resposta é sim, pretendo candidatar-me à reeleição. É o que espero”, afirmou o Presidente norte-americano de 78 anos.

Questionado sobre se escolheria novamente Kamala Harris, Biden vincou esperar que “seja esse o caso”. “Ela está a fazer um ótimo trabalho e é uma ótima parceira”, indicou.

Apesar da resposta assertiva, Biden disse ainda que vai respeitar o “destino”. “Tenho um grande respeito pelo destino. Não posso planear com certeza com quatro anos e meio, três anos e meio de antecedência”, indicou.

Sobre a possibilidade de voltar a enfrentar Trump no próximo sufrágio, Biden disse “não pensar nisso” e “não ter ideia” de quem vai representar o Partido Republicano.

https://zap.aeiou.pt/de-olhos-postos-na-recandidatura-biden-390301

 

No Reino Unido, a vacinação já evitou pelo menos 6.100 mortes !

O Reino Unido registou 63 mortes e 6.397 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, divulgou o Governo britânico, que acredita que o programa de vacinação já evitou pelo menos 6.100 mortes em três meses.


A direção geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England) revelou esta quinta-feira ter comparado o número real de mortes com o número de mortes que seria de esperar se não houvesse vacinação e concluiu que foram poupadas 6.100 mortes de pessoas com 70 anos ou mais, em Inglaterra, até o final de fevereiro.

A análise foi baseada nos dados recolhidos entre o início do programa de vacinação, a 8 de dezembro, e o final de janeiro, e presumiu que levaria 31 dias para as pessoas inoculadas desenvolverem imunidade e ser observado o efeito da vacinação na curva de mortalidade.

Entre 8 de dezembro de 2020 e o final de janeiro de 2021 foram administradas mais de quatro milhões de primeiras doses a adultos com 70 anos ou mais.

Os cientistas admitem que um maior número de mortes possa ter sido evitado, se se provar que as vacinas também reduzem a transmissão do vírus.

“Esses resultados dão-nos esperança e lembram-nos da importância de receber a vacina assim que formos elegíveis”, afirmou o ministro da Saúde, Matt Hancock.

Na quarta-feira tinham sido registadas no Reino Unido 98 mortes e 5.605 casos, enquanto a média dos últimos sete dias é de 74 mortes e 5.489 infeções.

Entre 19 e 25 de março houve uma redução de 31,4% de mortes de covid-19 e de 2% no número de pessoas com um resultado de teste positivo confirmado em relação aos sete dias anteriores.

No total, morreram no Reino Unido 126.445 pessoas entre 4.319.128 casos de contágio confirmados desde o início da pandemia covid-19.

Até hoje, 28.991.188 pessoas receberam a primeira dose de uma vacina contra o novo coronavírus, das quais 2.775.481 receberam uma segunda dose, a qual é administrada com um intervalo de entre três a 12 semanas.

Certificado de vacinação ou teste negativo para ir a bares

Há uma nova controvérsia a pairar no Reino Unido, numa altura em que se desenha um tempo novo com menos medidas restritivas.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro Boris Johnson admitiu o cenário de os frequentadores de bares e pubs terem de apresentar um certificado de vacinação para entrar naqueles espaços.

A apresentação de um teste negativo também está em cima da mesa, mas a ideia não foi bem acolhida por deputados do seu próprio partido, conta a Sky News.

De acordo com o mesmo canal de televisão, há a possibilidade de até 60 deputados do Partido Conservador votarem contra o prolongamento por mais seis meses da legislação implementada durante a crise sanitária, visando o controlo da pandemia e a interrupção da propagação do vírus.

A Câmara dos Comuns votará esta quinta-feira um novo pacote de medidas para os próximos meses.

Johnson admite que essa realidade nos bares pode ficar entregue a quem gere os mesmos ou até aos proprietários do espaço. “O conceito de certificação de vacinas não deve ser totalmente estranho para nós”, referiu o PM britânico, lembrando que “os médicos tiveram de ser vacinados contra a hepatite B”.

Steve Baker, um deputado conservador, falou em “armadilha medonha”, defendendo que é injusto penalizar aqueles que estão aconselhados a não tomar a vacina, pode ler-se no artigo da BBC sobre o tema.

Johnson admitiu que está a refletir profundamente sobre a temática, mas deixou claro que, como primeiro-ministro, as pessoas daquele território esperam que ele tome decisões que as proteja.

Sobre a tal “armadilha medonha”, Steve Baker explicou que se prende com a possibilidade de alguns negócios correrem o risco de afastar clientes “de comunidades que demonstraram uma infeliz hesitação para tomar a vacina”.

Governo francês alerta para situação “extremamente preocupante”

O primeiro-ministro de França, Jean Castex, descreveu esta quinta-feira a situação epidemiológica atual no país como “extremamente preocupante”, lançando um apelo à população francesa para o cumprimento das medidas necessárias para travar a propagação do novo coronavírus.

“Mais do que nunca, todos temos de respeitar as medidas para travar” os contágios, disse Jean Castex, numa breve declaração à comunicação social no final de uma visita ao hospital de Melun.

Segundo o primeiro-ministro francês, “a situação é extremamente preocupante, com uma terceira vaga que está a atingir com força” e que está a encher as UCI com doentes “cada vez mais jovens”.

Na opinião de Jean Castex, tal situação vem confirmar que a denominada variante inglesa do SARS-Cov-2 (detetada pela primeira vez em setembro de 2020 no sudeste de Inglaterra), que já é maioritária em França, afeta toda a população e “é, sem dúvida, mais grave”.

As unidades hospitalares da região de Paris e arredores (Île de France) estão a viver momentos de forte pressão, ao contabilizarem neste momento mais de 1.400 doentes covid em serviços de UCI.

Em termos nacionais, e segundo os últimos dados, estão internados nos hospitais franceses 26.876 doentes covid, dos quais 4.651 estão nos cuidados intensivos, mais 300 pessoas do que na véspera.

De acordo com os dados atualizados na quarta-feira, a taxa de incidência num período acumulado de sete dias nesta região específica foi de 560 casos por cada 100 mil habitantes, enquanto a nível nacional é de 312 casos por cada 100 mil habitantes.

O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, irá apresentar algumas alterações ao plano de medidas restritivas que está em vigor no país desde o passado dia 20, altura em que foi decretado um novo confinamento em 16 departamentos, incluindo todos os da região de Paris, onde vive um pouco mais de 30% da população francesa.

Vários setores de atividade, como bares, restaurantes, cinemas, teatros, salas de espetáculos ou ginásios, estão fechados desde o final de outubro em todo o país.

Entretanto, a ministra da Cultura francesa, Roselyne Bachelot, diagnosticada com covid-19 e atualmente hospitalizada, informou, através das redes sociais, que está sob tratamento de “oxigenoterapia reforçada”.

Roselyne Bachelot, de 74 anos, é o segundo membro do governo francês infetado com o novo coronavírus a ser hospitalizado, depois da ministra do Trabalho, Elisabeth Borne, de 59 anos, ter tido alta hospitalar na quarta-feira.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-vacinacao-evitou-mortes-390330

 

Navio encalhado no Suez pode travar comércio durante várias semanas !

Um porta-contentores encalhado interrompeu a circulação pelo Canal do Suez há três dias, ‘arrastou’ o preço do petróleo e lançou a incerteza, já que os trabalho para libertar o navio, ainda que ininterruptos, podem demorar várias semanas.


O Canal do Suez, no Egito, uma via de circulação fundamental para levar o petróleo para o Médio Oriente, está interrompida desde a noite de terça-feira. A razão: um porta-contentores com cerca de 400 metros de comprimento, quase 60 metros de largura e 219.000 toneladas está a interromper a travessia, depois de ser desviado da rota habitual por ventos fortes.

Ao DN, o Banco Carregosa explica que “muito provavelmente teremos impactos desta restrição, mas perspetiva-se que sejam transitórios com os atuais níveis de inventários e stocks a poderem mitigar o impacto de atrasos nas encomendas“.

O banco realçou ainda que o incidente fez com que o valor dos fretes aumentasse, numa altura em que “já se tinha elevado para máximos de quase dez anos”.

Filipe Garcia, economista da IMF, considera que o aumento do preço do petróleo “foi muito momentâneo” e que, por isso, “não parece haver um receio de escassez no mercado”.

“É uma situação que não vai ter repercussões a médio prazo no preço do petróleo”, afirma, notando que o efeito é de “curto prazo no preço e já estará dissipado”. O especialista acredita que há stock suficiente para fazer frente ao congestionamento desta via de comércio.

Enquanto a situação não é retomada, as estimativas do Lloyd’s List apontam para um custo de 8,5 mil milhões de euros por dia de paragem.

As autoridades egípcias reabriram, entretanto, uma passagem antiga do canal para desviar algumas embarcações, dá conta a BBC, mas reabrir o via principal poderá levar semanas, apesar de as equipas que estão no local estarem a trabalhar incansavelmente para desencalhar o MV Ever Given.

Rebocadores e retroescavadores estão a trabalhar em contrarrelógio para desbloquear a via marítima que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho e que é o ‘caminho’ marítimo mais curto entre a Europa e a Ásia e por onde passa cerca de 12% do comercia global.

Contudo, nem com ao ‘auxílio’ da maré alta parece ser possível mover este colosso do transporte de mercadorias.

O MV Ever Given, registado no Panamá, saiu da China e deveria atracar em Roterdão, nos Países Baixos.

A Autoridade Egípcia do Canal do Suez anunciou que pelo menos 150 navios já sofreram com esta interrupção.

Durante a manhã de hoje havia “13 navios da rota norte [provenientes do Mediterrâneo] parados em áreas de esperar”, explicitou o porta-voz desta autoridade, George Safawat

https://zap.aeiou.pt/navio-encalhado-suez-travar-comercio-390273

sexta-feira, 26 de março de 2021

Facebook está a testar app para ajudar a reintegrar presos na sociedade !

A aplicação tem como objetivo apoiar pessoas detidas a “preparar-se para a vida depois da prisão com o apoio da comunidade”.

O Facebook está a trabalhar num serviço para pessoas que se encontram a fazer a transição entre a prisão e o regresso à sociedade, como parte de um esforço para criar mais produtos direcionados a comunidades marginalizadas, conta a agência Bloomberg.

Na quarta-feira, um anúncio a promover a nova aplicação, chamada “The Re-Entry App”, apareceu no feed de Instagram de alguns utilizadores, tendo-lhes sido proposto que experimentassem o serviço e dessem a sua opinião.

“Temos estado a explorar diferentes formas de ajudar a fechar as lacunas que as pessoas de comunidades marginalizadas enfrentam nas nossas aplicações”, disse, em comunicado, um porta-voz da rede social.

“Era suposto ter sido apenas um teste interno e retirámos o anúncio assim que percebemos que tinha sido publicado externamente por breves momentos”, acrescentou.

Tal como recorda a agência norte-americana, o Facebook costuma fazer experiências com ideias de serviços e aplicações que, depois, nunca se chegam a materializar ou se transformam noutra coisa.

A verdade é que o fundador e CEO da rede social, Mark Zuckerberg, disse, em junho, que queria que o Facebook começasse a “construir produtos para promover a justiça racial“.

Esta abordagem poderá ser um aparente esforço da gigante tecnológica para ‘ganhar pontos’ dentro da sua comunidade, depois de um ano marcado por críticas relativamente à forma como a empresa atua perante conteúdos de ódio.

https://zap.aeiou.pt/app-ajudar-reintegrar-presos-sociedade-390241

 

A trágica explosão de Beirute foi tão violenta que “sacudiu” a ionosfera !

A 4 de agosto de 2020, o porto de Beirute, capital do Líbano, foi palco de uma trágica explosão. Uma carga de 2.750 toneladas de nitrato de amónio explodiu, numa das maiores explosões artificiais não nucleares da história.


A devastadora explosão matou 210 pessoas, feriu 7.500 e deixou 300 mil desabrigadas.

Uma equipa de cientistas detalhou o efeito que a explosão teve na ionosfera, a camada externa da atmosfera. Segundo os investigadores, a explosão de Beirute rivalizou com os efeitos vistos anteriormente em erupções vulcânicas.

A ionosfera é a região ionizada da alta atmosfera da Terra e estende-se de 48 a 965 quilómetros. A radiação solar que atinge as moléculas dessa região ioniza-as, separando os seus eletrões.

A ionosfera pode ser perturbada por eventos espaciais como tempestades geomagnéticas, mas também por eventos que acontecem no solo – e não só eventos naturais como erupções vulcânicas. A atividade humana, como é o caso dos testes nucleares, também a afeta.

As mudanças na ionosfera afetam os sinais de GPS. Pequenas mudanças geralmente são levadas em consideração pelos recetores e transmissores de GPS, mas para eventos incomuns, os sinais podem ser usados ​​como uma forma de estudar a ionosfera.

A explosão em Beirute gerou uma onda através da ionosfera que teve uma magnitude maior do que a criada pela erupção do vulcão Asama, no Japão, em 2004. Outras erupções no arquipélago japonês que aconteceram ao longo da última década foram comparáveis ​​em magnitude ao evento de Beirute.

“Descobrimos que a explosão gerou uma onda que viajou na ionosfera em direção ao sul a uma velocidade de cerca de 0,8 quilómetros por segundo”, disse Kosuke Heki, da Universidade de Hokkaido, em comunicado.

A explosão ocorreu devido a nitrato de amónio – usado predominantemente como fertilizante e como ingrediente em explosivos – mal armazenado que tinha sido abandonado num armazém em 2014.

Um incêndio eclodiu no armazém, que também armazenava fogos de artifício. Estes explodiram primeiro, com uma força equivalente a cerca de duas toneladas de TNT. Meio minuto depois, todo o depósito explodiu com uma força de 1,1 quilotoneladas de TNT, semelhante à de uma bomba nuclear de baixo rendimento.

A energia da onda ionosférica gerada pela explosão de Beirute foi significativamente maior do que a explosão mais energética numa mina de carvão de Wyoming, nos Estados Unidos, em 1996.

A explosão foi ouvida no Chipre, a mais de 240 quilómetros de distância. Além disso, o evento foi registado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos como um evento sísmico de magnitude 3,3, e deixou uma cratera visível da órbita de 140 metros de diâmetro.

https://zap.aeiou.pt/tragica-explosao-beirute-ionosfera-389311

 

Relatório da ONU revela que povos indígenas são os melhores guardiões das florestas !

Os povos indígenas da América Latina são os melhores guardiões das florestas da região, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta para taxas de desmatamento até 50% mais baixas nos seus territórios comparativamente a outras regiões.

De acordo com o relatório, citado pelo Guardian, reconhecer os direitos dos indígenas às suas terras é uma das principais ações contra a crise climática. O documento apela a que esses povos sejam pagos pelos benefícios ambientais originados pela sua gestão e financiada a revitalização dos seus conhecimentos ancestrais.

A demanda por carne bovina, soja, madeira, óleo e minerais tem aumentado a ameaça aos povos indígenas. Nos últimos anos, centenas de líderes foram mortos devido a disputas por terras, com a pandemia da covid-19 a potenciar os perigos.

Segundo o relatório, a procura cada vez maior de direitos por parte dos indígenas surgiu com o aumento da perseguição, do racismo e dos homicídios. Os cientistas têm alertado que a Amazónia se está a aproximar de um ponto crítico – passando de floresta tropical para savana -, arriscando a libertação de biliões de toneladas de carbono na atmosfera.

Este relatório foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pelo Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (Filac), tendo por base mais de 300 estudos.

“Quase metade das florestas intactas na bacia amazónica encontram-se em territórios indígenas e a evidência do seu papel vital na proteção da floresta é cristalina”, afirmou a presidente da Filac, Myrna Cunningham.

E continuou: “Enquanto a área de floresta intacta diminuiu apenas 5% entre 2000 e 2016 nas áreas indígenas da região, nas áreas não indígenas caiu 11%. É por isso que a voz e a visão [dos povos indígenas] devem ser levadas em consideração em todas as iniciativas globais relacionadas às mudanças climáticas, biodiversidade e silvicultura”.

“Os povos indígenas têm um conceito diferente de floresta”, indicou, referindo: “Não é vista como um lugar de onde retiramos recursos para aumentar o dinheiro”, mas “como um espaço onde vivemos e que nos é dado para que o protejamos para as próximas gerações”.

Para Julio Berdegué, representante regional da FAO, os povos indígenas “são ricos em cultura, conhecimento e recursos naturais, mas são [ao mesmo tempo] alguns dos mais pobres quando se trata de receita e acesso a serviços”. Apoiá-los ajudaria a evitar novas pandemias, já que na maioria das vezes são o resultado da destruição da natureza, disse.

O relatório concluiu que a melhor proteção florestal é fornecida por esses povos que detêm títulos legais das suas terras. Um estudo desenvolvido ao longo de 12 anos na Amazónia boliviana, brasileira e colombiana mostrou que as taxas de desmatamento nesses territórios eram de apenas metade ou um terço das de outras florestas semelhantes. Embora os territórios indígenas cubram 28% da Bacia Amazónica, geraram somente 2,6% das emissões de carbono da região, apontou ainda o relatório.

Os povos indígenas ocupam 400 milhões de hectares de terras na região, mas em um terço dessa área não há reconhecimento legal dos seus direitos de propriedade. A concessão de direitos à terra aos povos indígenas aumentou nos últimas duas décadas, tendo entretanto diminuído nos anos mais recentes.

Pagar às comunidades indígenas pelos serviços ambientais dos seus territórios reduziu o desmatamento em países como Equador, México e Peru. A necessidade de proteção é urgente, disse o relatório, com as taxas de desmatamento anuais nos territórios indígenas do Brasil subindo de 10.000 hectares em 2017 para 43.000 hectares em 2019.

Em janeiro, líderes indígenas instaram o Tribunal Penal Internacional a investigar o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sobre o desmantelamento das políticas ambientais e sobre as violações dos direitos indígenas.

Entre 2000 e 2016, a área de floresta intacta em territórios indígenas diminuiu 59% no Paraguai, 42% na Nicarágua, 30% nas Honduras e 20% na Bolívia. As concessões de mineração e petróleo cobrem atualmente quase um quarto das terras nos territórios indígenas da bacia do Amazonas, concluiu o relatório.

https://zap.aeiou.pt/povos-indigenas-sao-os-melhores-guardioes-das-florestas-diz-relatorio-da-onu-390115

 

Após exporem uma rede de lavagem de dinheiro, Koko e Malela foram condenados à morte !

Dois antigos auditores de um banco congolês denunciaram uma rede de lavagem de dinheiro que envolvia o ex-Presidente e o magnata israelita Dan Gertler. Agora, foram condenados à morte num julgamento que não tiveram conhecimento.


Gradi Koko Lobanga e Navy Malela são dois antigos auditores bancários que recentemente abdicaram do seu anonimato para divulgar que eram as fontes por trás de um relatório que revelou uma alegada rede de lavagem de dinheiro na República Democrática do Congo.

Poucos dias depois, agora exilados na Europa, descobriram que tinham sido sentenciados à morte pelo Supremo Tribunal em Kinshasa, acusados de “conspiração criminosa”. Koko e Malela descobriram a sua sentença através das redes sociais, apesar de nunca terem sido chamados a tribunal para se defenderem.

O relatório que denunciava o alegado esquema de lavagem de dinheiro foi publicado pela Plataforma para a Proteção de Denunciantes em África (PPLAAF, em inglês) e pela organização não-governamental Global Witness, criada para averiguar vínculos entre a exploração de recursos naturais e conflitos, pobreza, corrupção e abusos de direitos humanos a nível mundial.

A rede foi alegadamente montada pelo magnata israelita Dan Gertler e era usada para ocultar o movimento de milhões de dólares, ajudar a contornar as sanções norte-americanas e adquirir novos ativos de mineração no Congo, escreve a VICE.

A República Democrática do Congo é uma das nações mais ricas em minerais da África, ostentando um excesso estimado de 24 biliões de dólares em riquezas naturais inexploradas.

O pequeno banco Afriland First Bank DRC, onde Koko e Malela trabalhavam, estava alegadamente no centro da rede de lavagem de dinheiro.

Os dois auditores nem tiveram conhecimento de que haveria um julgamento.

“Em vez disso, foram os representantes da Afriland e de Dan Gertler que informaram os jornalistas numa conferência de imprensa sobre uma sentença proferida 5 meses antes. E no dia seguinte à conferência de imprensa, a cópia do veredito, que nem Malela, nem Koko ou o seu advogado tinham visto, foi publicada online por um meio de comunicação congolês e depois compartilhada nas redes sociais. Foi assim que os dois descobriram o veredito pela primeira vez. Eles não sabiam da audiência”, conta uma representante da Human Rights Watch, uma ONG que defende os direitos humanos.

Os documentos divulgados por Koko e Malela mostram que a alegada “relação próxima” entre Dan Gertler e o antigo Presidente congolês Joseph Kabila ajudou o israelita a esconder os seus interesses “por trás de uma nova rede de empresas de fachada congolesas e contas bancárias proxy”.

Os advogados que representam Gertler negaram veementemente todas as alegações de irregularidades e dizem que alguns dos documentos bancários fornecidos no relatório foram “falsificados”.

https://zap.aeiou.pt/koko-malela-condenados-morte-389812

 

Depois das cheias, praga de aranhas e cobras assola Austrália !

As cheias no sudeste da Austrália causaram um êxodo em massa de aranhas e cobras para os terrenos e habitações dos residentes.

As fortes chuvas que assolaram a Austrália começaram na passada quinta-feira, dia 18 de março, no estado de Nova Gales do Sul. No entanto, segundo a CNN, a situação agravou-se no passado sábado, com o transbordo da barragem de Warragamba, que aumentou o volume dos rios.

Na segunda-feira, o governante de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, anunciou que mais de 18 mil pessoas já tinham sido evacuadas da região. Curiosamente, a área afetada este ano pelas enchentes é a mesma que, em 2020, enfrentava uma das piores secas e incêndios florestais catastróficos.

Nas redes sociais, são várias as imagens partilhadas pelos moradores que mostram a praga de aranhas e cobras provocadas pelas inundações.

Matt Lovenfosse, residente em Kinchela Creek, partilhou várias fotografias no Facebook. “É surpreendente e bizarro. As aranhas subiram para a casa, para a cerca, para todos os sítios onde conseguiram. Quando as águas sobem, também as cobras sobem para as árvores”, contou ao The Guardian Austrália.

No TikTok, a utilizadora Shenea Varley também partilhou um vídeo que retrata o sucedido. Na descrição lê-se: “Elas [as aranhas] também sobem para as pernas à procura de abrigo se não tivermos cuidado”.

Na quarta-feira, os australianos acordaram com sol, mas os moradores têm de se preparar para o influxo da aranha-teia-de-funil, escreve o Daily Telegraph.

Em comunicado, Tim Faulkner, do Australian Reptile Park, referiu que “o tempo quente que se aproxima e os altos níveis de humidade são a tempestade perfeita para um fluxo grande de aranhas-teia-de-funil nos próximos dias”.

No ano passado, depois dos incêndios florestais que assolaram o país, um grupo de especialistas alertou para o perigo de aranhas mortais se proliferarem. A Austrália é a casa de, pelo menos, 40 espécies de aranha-teia-de-funil. Uma delas é considerada a aranha mais letal para os seres humanos.

https://zap.aeiou.pt/cheias-praga-aranhas-australia-390185

 

 

Alemanha aprova lei para dar cidadania a descendentes de vítimas de nazis !

O governo alemão aprovou um projeto de lei para naturalizar descendentes de vítimas nazis que tinham, até à data, o pedido de cidadania rejeitado pelo país, uma medida descrita como um passo simbólico.


“Não se trata apenas de pôr as coisas no lugar certo, mas de pedir desculpa por uma profunda vergonha”, disse o ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, frisando ser “um grande privilégio para o nosso país haver pessoas que se querem se tornar alemãs, apesar de termos tirado tudo dos seus ancestrais”, noticiou o Guardian, citado pelo Expresso.

O país já permite que descendentes de judeus perseguidos reivindiquem a cidadania, mas faltava uma lei para evitar que muitos pedidos fossem rejeitados. Alguns foram negados porque os ancestrais fugiram da Alemanha e assumiram outra nacionalidade, e outros foram porque nasceram de mãe alemã e pai não alemão, antes de 01 de abril de 1953.

Este passo é visto pelo país como uma forma de dar aos cidadãos em causa “o valor que eles mereciam”. Para o presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha, Josef Schuster, “é um gesto de decência se as vítimas e seus descendentes podem reivindicar a cidadania alemã por motivos legais”.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-lei-cidadania-descendentes-vitimas-nazis-390075

 

Virgínia faz história, sendo o primeiro estado do sul dos EUA a abolir a pena de morte !

Virgínia, que possui o recorde de execuções nos Estados Unidos, tornou-se esta terça-feira o primeiro estado norte-americano do antigo sul segregacionista a abolir a pena de morte.


“Atualmente, não há lugar para a pena de morte neste estado, no sul e neste país”, disse o governador democrata Ralph Northam, numa cerimónia na prisão de Greensville, onde até agora eram levadas a cabo as execuções.

A abolição da pena de morte é “a coisa certa a fazer”, disse.

“Não se pode infligir essa punição final sem se ter 100% de certeza de que isso é o mais correto, sabendo que o sistema não funciona da mesma forma para todos”, acrescentou, lembrando que 296 dos 377 presos executados no século XX eram afro-americanos.

Após debates muito tensos, as duas Câmaras Estaduais votaram a favor de uma lei para abolir a pena de morte no início deste ano.

A Virgínia junta-se a 22 outros estados norte-americanos onde a pena de morte já foi abolida, mas a decisão é ainda mais simbólica porque nenhum estado do antigo sul confederado deu ainda esse passo.

O governador Northam apontou para a “longa e complicada” história da Virgínia, onde “o racismo e a discriminação” do passado “se repetem hoje no sistema judiciário”.

Os colonos europeus que se estabeleceram em Jamestown concretizaram em 1608 a que é considerada a primeira execução em solo norte-americano, a de um capitão acusado de espionagem.

Desde então, a Virgínia executou 1.391 condenados, de acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte (DPIC), mais do que qualquer outro território dos Estados Unidos.

Foi também na Virgínia que os primeiros escravos capturados em África desembarcaram no novo mundo, em 1619.

Jamestown foi o primeiro assentamento britânico fundado em caráter permanente no continente norte-americano a 14 de maio de 1607, no atual estado norte-americano de Virgínia.

Jamestown foi a capital da colónia durante 83 anos, entre 1616 até 1699.

https://zap.aeiou.pt/virginia-historia-abolir-pena-morte-390006

Vão ser divulgados mais avistamentos de OVNIS - Um deles quebrou barreira do som sem estrondo sónico !

Mais avistamentos inexplicáveis ​​de objetos voadores não identificados (OVNIs) serão desclassificados em junho – incluindo que quebrou a barreira do som sem produzir um estrondo sónico.


Em declarações à Fox News, citado pelo LiveScience, John Ratcliffe, ex-diretor da Inteligência Nacional, disse que os avistamentos de OVNIs são “difíceis de explicar”. O funcionário do Governo Trump esperava divulgar os relatórios durante o seu mandato, mas que só serão divulgados pelo Pentágono a 1 de junho.

De acordo com a Newsweek, o próximo relatório do Pentágono incluirá mais avistamentos e relatos de objetos a mover-se de formas aparentemente impossíveis ou a quebrar a velocidade do som sem um estrondo sónico que o acompanhe.

Segundo Ratcliffe, estes avistamentos inexplicáveis ​​ocorreram em todo o mundo e incluem eventos captados por sensores automatizados – e não só por olhos humanos.

“Há casos em que não temos boas explicações para algumas das coisas que vimos”, disse.

O relatório e a desclassificação destes avistamentos são exigidos pela Lei de Autorização de Inteligência de 2021.

Contudo, não é a primeira vez que os militares divulgam relatórios estranhos – e até vídeos – de OVNIs, conhecidos formalmente como fenómenos aéreos não identificados (UAPs).

Em abril de 2020, a Marinha dos Estados Unidos lançou três vídeos que parecem mostrar aeronaves a voar mais depressa do que a velocidade do som. Além disso, em janeiro, a CIA revelou três décadas de documentos sobre incidentes misteriosos relatados ou investigados pela agência.

Relatórios de inteligência do Senado revelam que o Pentágono ainda está à procura de OVNIs ou UAPs. Porém, é de notar que os militares geralmente estão mais preocupados com a possibilidade de estes UAPs serem aeronaves secretas ou armas desenvolvidas por outras nações do que em encontrar evidências de extraterrestres.

Por outro lado, os avistamentos podem nem representar tecnologia avançada da Terra. Há quem sugira que a aparente velocidade extrema da aeronave nos vídeos lançados em abril do ano passado poderia ser uma ilusão de ótica chamada paralaxe.

Esse efeito ocorre quando um objeto próximo da lente da câmara parece estar a mover-se, às vezes muito rapidamente, conforme a câmara se move, simplesmente porque está mais perto da lente do que os objetos no fundo. Assim, os objetos podem ser tão mundanos como aviões ou balões meteorológicos.

Alguns dos movimentos repentinos nos vídeos podem ser apenas a câmara a ampliar ou a aumentar a nitidez da imagem, de acordo com o Vice.

Existem também aeronaves experimentais desclassificadas que podem quebrar a velocidade do som sem o enorme estrondo sónico. A aeronave da NASA X-59 Quiet SuperSonic Technology, que ainda está em construção, foi projetada para voar mais depressa do que o som, sem fazer mais do que um baque suave para os ouvintes no solo.

Não se sabe se outros Governos têm tecnologia semelhante e secreta em testes ou uso.

https://zap.aeiou.pt/vao-ser-divulgados-mais-avistamentos-de-ovnis-um-dele-389782

 

É oficial - Já é possível comprar um Tesla com Bitcoin !

Elon Musk anunciou no Twitter que já é possível comprar um veículo da marca Tesla com bitcoin. Em fevereiro, a Tesla anunciou o investimento de 1,5 mil milhões de dólares em bitcoin e fez com que o valor da criptomoeda disparasse e atingisse um novo máximo.


Agora, e como já tinha sido antecipado, o fundador e líder da gigante de automóveis elétricos anuncia que os clientes da Tesla já podem podem comprar os carros utilizando criptomoedas.

De acordo com o DN, para já a opção só está disponível nos Estados Unidos, mas o CEO (que anunciou a mudança do título do seu cargo recentemente para Technoking) refere que a possibilidade vai chegar ao resto do mundo “mais tarde, este ano”.

Para que o pagamento através de criptomoedas seja possível, a Tesla revela que está a utilizar um software interno e software de código aberto.

Atualmente o valor de uma bitcoin até quase que já dá para comprar um Tesla Model 3 mais barato que, em Portugal, devido aos impostos, custa 50 mil euros.

O valor de uma bitcoin ronda nesta altura os 47 mil euros.

Os tweets de Musk a favor das criptomoedas e da bitcoin ajudaram a fazer o preço subir nas últimas semanas – disparou 142% nos últimos três meses.

Também o valor em bolsa da Tesla tem estado em alta, disparando 515% no último ano (caiu 6,5% no último mês).

https://zap.aeiou.pt/comprar-um-tesla-com-bitcoin-390032

 

Terroristas atacaram Palma após Total ter anunciado regresso ao trabalho !

O Ministério da Defesa de Moçambique confirmou, numa declaração à imprensa, um ataque armado à vila de Palma, apontando que “as forças de defesa e segurança estão a perseguir o movimento do inimigo e trabalham incansavelmente para restabelecer a segurança e a ordem com a maior rapidez”.


Omar Saranga, porta-voz do Ministério da Defesa moçambicano, referiu que o ataque realizado por grupos armados começou às 16h15 (14h15 em Lisboa) de quarta-feira, hora em que “terroristas atacaram a vila de Palma em três direções: cruzamento de Pundanhar – Manguna, via de Nhica do Rovuma e o aeródromo”.

O coronel admitiu ainda que as comunicações com Palma estão interrompidas, não havendo, até ao momento, informação sobre vítimas e danos causados.

O Ministério da Defesa apela para a população “se manter vigilante e serena enquanto procura espaços seguros”, pedindo colaboração com as autoridades, “denunciando os terroristas e homens armados para a sua neutralização”.

Várias fontes disseram à agência Lusa que a população estava a abandonar a vila e a refugiar-se na mata, cenário também confirmado pelo Ministério da Defesa. Segundo o jornal Público, muitos fugiram de barco em direção a Pemba.

Ainda segundo testemunhos, trabalhadores de diferentes nacionalidades ligados a obras na região de Palma, onde decorrem os projetos de gás do norte de Moçambique, fugiram juntamente com a população após o ataque de grupos armados à sede de distrito, segundo testemunhos. A vila acolhe várias empresas e pessoal devido aos investimentos ali em curso.

De acordo com o semanário Expresso, o ataque aconteceu um dia depois de a Total e o Governo moçambicano terem anunciado o regresso gradual à atividade nas instalações de liquefação de gás na península de Afungi.

A petrolífera tinha anunciado, em comunicado, que o Projeto Mozambique LNG iria retomar as atividades de construção no local de forma progressiva, na sequência da adoção de medidas de segurança adicionais.

O número de trabalhadores afetados e nacionalidades é incerto, mas algumas fontes relataram à Lusa a situação em Palma, que até aqui tinha sido poupada a três anos e meio de insurgência armada em Cabo Delgado, que está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

https://zap.aeiou.pt/terroristas-atacaram-palma-total-regresso-390211

 

Para salvar empregos no Vaticano, Papa Francisco corta salários dos cardeais !

O Papa Francisco ordenou que os cardeais recebam um corte de 10% na sua remuneração e reduziu os salários da maioria dos outros clérigos que trabalham no Vaticano para salvar os empregos dos funcionários.


A pandemia de covid-19 atingiu a receita do Vaticano. Assim, esta quarta-feira, o Papa Francisco emitiu um decreto a introduzir cortes proporcionais a partir de 1 de abril. Segundo um porta-voz, citado pela agência Reuters, a maioria dos funcionários leigos não será afetada pelos cortes.

O papa de 84 anos, que vem de uma família da classe operária, sempre insistiu não querer despedir pessoas em tempos económicos difíceis, mesmo quando o Vaticano continua a apresentar défices.

Acredita-se que os cardeais que trabalham no Vaticano e que vivem lá ou em Roma recebem salários de cerca de 4.000 a 5.000 euros por mês – e muitos moram em apartamentos grandes com alugueres bem abaixo do valor de mercado.

A maioria dos padres e freiras que trabalham nos departamentos do Vaticano vivem em comunidades religiosas em Roma, como seminários, conventos, paróquias, universidades e escolas, dando-lhes maior proteção contra crises económicas.

Estes religiosos têm despesas de subsistência muito mais baixas do que funcionários leigos – como polícias, porteiros, bombeiros, funcionários de limpeza, restauradores de arte e pessoal de manutenção – que vivem em Roma e muitos dos quais têm família.

É a estes funcionários que o Papa parece querer proteger, uma vez a maioria destas funções não foram listados no decreto papal.

Assim, além dos cardeais, outros clérigos terão os salários reduzidos entre 3% e 8%. Os aumentos salariais previstos para todos, exceto os três níveis salariais mais baixos, serão suspensos até março de 2023. 

Num prefácio de sete pontos no decreto, onde se explica por que esta ação é necessária, o Papa Francisco disse que a pandemia “afetou negativamente todas as fontes de rendimento da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”. Embora ambos tenham atualmente “capitalização adequada”, o chefe da Igreja Católica sente o dever de garantir “sustentabilidade e equilíbrio entre receitas e despesas” no atual clima económico.

Um importante prelado do Vaticano disse que se acredita que esta é a primeira vez que um Papa toma tal atitude.

A principal autoridade económica do Vaticano disse, no início deste mês, que a Santa Sé, o órgão administrativo central da Igreja Católica em todo o mundo, pode ter que usar 40 milhões de euros em reservas pelo segundo ano consecutivo. Espera-se um défice de cerca de 50 milhões de euros este ano. As receitas são esperadas em cerca de 213 milhões de euros em 2021, uma queda de 30% em relação a 2020.

A Cidade do Vaticano, incluindo os Museus do Vaticano e o Banco do Vaticano, tem um orçamento separado, embora as receitas de ambos sejam frequentemente transferidas para a Santa Sé para ajudar a compensar os défices. A receita da Santa Sé provém de doações, gestão imobiliária e investimentos.

https://zap.aeiou.pt/para-salvar-empregos-no-vaticano-papa-francisco-390019

 

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