terça-feira, 13 de abril de 2021

Brasil está a construir uma nova estátua gigante de Cristo - Vai ser mais alta que a do Rio de Janeiro !

Uma nova estátua gigante do Cristo que está a ser construída no sul do Brasil será ainda mais alta do que a icónica estátua do Cristo Redentor com vista para o Rio de Janeiro.


Cabeça e braços estendidos foram somados esta semana à estátua, que está em construção desde 2019 na cidade de Encantado. A conclusão do monumento está prevista para o final deste ano, segundo a Associação dos Amigos de Cristo, que coordena as obras.

“É um dia de celebração, de devoção”, disse Gilson Conzatti, vereador e filho de Adroaldo Conzatti, político que idealizou a ideia, citado pela France24.

O mais velho Conzatti, que era presidente da câmara da cidade, morreu em março devido a complicações da covid-19.

A estátua, que se chamará Cristo, o Protetor, terá 43 metros de altura, incluindo o seu pedestal, tornando-a uma das estátuas de Cristo mais altas do mundo com os braços estendidos.

A estátua terá 36 metros de comprimento e contará com um elevador interno e um mirante próximo ao topo.

O Cristo Redentor, em comparação, mede 38 metros de altura, pedestal incluído, e estende-se por 28 metros de mão na mão. Esta icónica estátua fará 90 anos em outubro.

Apenas a estátua de Jesus Buntu Burake, em Sulawesi, na Indonésia, com 52,55 metros incluindo pedestal, e Cristo Rei, em Swiebodzin, na Polónia, que tem 52,5 metros de altura, são mais altos, segundo a BBC. Existem, no entanto, dezenas de outras estátuas em todo o mundo que são mais altas, incluindo várias da Virgem Maria e numerosos Budas.

Encantado, uma cidade de 22 mil habitantes, fica a 145 quilómetros a noroeste da capital do estado, Porto Alegre.

O objetivo do projeto é inspirar fé e incentivar o turismo na região, afirmam seus promotores.

Uma equipe de escultores pai e filho, Genesio e Markus Moura, acompanha a obra.

O orçamento do projeto de dois milhões de reais (equivalente a 293 mil euros) está a ser inteiramente financiado com doações, de acordo com a Associação dos Amigos de Cristo, de base voluntária. O grupo continua a angariar fundos e quem doar pode habilitar-se ao sorteio de um carro.

https://zap.aeiou.pt/brasil-esta-a-construir-uma-nova-estatua-gigante-de-cristo-394321

 

Índia ultrapassa Brasil e é o segundo país mais afetado pela covid-19 !

A Índia é o segundo país mais afetado pela pandemia de covid-19, ultrapassando o Brasil, depois de registar um valor máximo de 168 mil novas contaminações nas últimas 24 horas.


O país, com 1,3 mil milhões de habitantes, registou um aumento súbito de novas contaminações nas últimas semanas. O número total de casos é atualmente de 13,5 milhões desde o início da crise sanitária, sendo que o Brasil contabiliza um total de 13,48 milhões de contágios.

Os especialistas alertam que a falta do uso de máscara, sobretudo nos estados indianos onde se têm realizado eleições ou grandes acontecimentos religiosos, favorece a propagação do novo coronavírus.

Todo o país tem sido complacente – nós temos autorizado reuniões sociais, religiosas e políticas”, disse à agência France-Presse (AFP) Rajib Sasqupta, professor na Universidade de Medicina de Jawaharlal Nehru, acrescentando que “as pessoas não respeitam” a distância de segurança sanitária.

A Índia registou mais de 873 mil contágios nos últimos sete dias, um aumento de 70% em relação à semana anterior, de acordo com a contagem efetuada pela AFP.

Em comparação, o Brasil registou cerca de 487 mil novos casos em igual período, uma tendência de alta de 10%, comparando com os valores da semana anterior. Os Estados Unidos, país mais afetado pela crise sanitária, contabilizaram 490 mil casos na última semana, com uma tendência de aumento de 9%.

O pico relativo aos valores dos contágios ocorrido na Índia, depois de um recuo de quase nove mil casos diários no início do mês de fevereiro, obrigou à imposição de restrições nos estados e territórios mais afetados pela pandemia.

O estado de Maharashtra, o mais abastado da Índia e principal foco de contaminações, impôs na semana passada um confinamento durante os fins-de-semana e o recolher obrigatório noturno.

Bombaim admite aplicar medidas de confinamento total, uma medida drástica que o Governo federal pretende adotar para proteger a economia local que já foi severamente tocada desde o início da pandemia.

O ministro chefe de Nova Deli, onde o recolher obrigatório está atualmente em vigor, disse no domingo que 65% dos novos casos de covid-19, na capital do país, estão a afetar pessoas com menos de 45 anos.

Alemanha ultrapassa os três milhões de casos

A Alemanha ultrapassou os três milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com dados do Instituto de virologia Robert Koch (RKI) atualizados esta segunda-feira.

O número total de infeções desde o início da pandemia situa-se em 3,011 milhões, mais 13.245 do que no dia anterior. Desde o início da pandemia morreram no país 78.452 pessoas devido à covid-19, indicou ainda o RKI.

A chanceler alemã, Angela Merkel, interveio novamente durante o fim-de-semana numa reunião dos deputados do seu partido a favor de uma forma rigorosa de confinamento nacional por um período relativamente curto.

O objetivo é tentar conter a terceira vaga da pandemia no país, que continua a crescer, apesar das restrições de movimento já em vigor.

Além disso, o seu Governo planeou endurecer a legislação nacional, de modo a poder impor confinamentos a nível nacional, incluindo a imposição de recolher obrigatório noturno, mesmo que isso signifique ultrapassar resistência local ou regional.

Venezuela vai produzir dois milhões de doses por mês da vacina cubana Abdala

Na Venezuela, o Presidente Nicolás Maduro anunciou, este domingo, que o país vai produzir dois milhões de doses por mês da vacina cubana Abdala.

“Assinámos um acordo para produzir, nos nossos laboratórios (…), dois milhões de vacinas por mês da vacina Abdala, já a partir do mês de agosto ou setembro”, disse.

O Presidente venezuelano garantiu que o país vai assinar acordos com a China, Rússia e “outros países” para produzir vacinas contra a covid-19.

A vacina Abdala ainda se encontra em fase de testes e, segundo Maduro, os estudos estão “a correr muito bem”.

Na quinta-feira, a vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodriguez, confirmou que a vacina cubana seria produzida num laboratório estatal em Caracas.

O Governo venezuelano afirmou que espera poder vacinar 70% da população, este ano, com vacinas da Rússia, da China, de Cuba e através do mecanismo Covax, coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Até agora, 750 mil vacinas chegaram ao país, das quais 250 mil são Sputnik V, fabricada pela Rússia, e 500 mil da Sinpharm, da China.

A Venezuela acumulou até domingo 174.887 casos de covid-19 e 1778 mortos desde o início da pandemia no país.

Austrália abandona objetivo de vacinar toda a população até ao final do ano

A Austrália, por sua vez, abandonou o objetivo de vacinar toda a sua população até ao final do ano, devido às incertezas relacionadas com o bloqueio às importações de vacinas, anunciou o primeiro-ministro australiano.

“O Governo não estabeleceu e não tem planos para estabelecer novos objetivos para completar as primeiras doses. Queremos que essas primeiras doses sejam administradas antes do final do ano, mas não será possível estabelecer esses objetivos devido a várias incertezas”, indicou Scott Morrison, no domingo, na sua conta do Facebook.

A Austrália, que iniciou a campanha de vacinação no dia 21 de fevereiro, tinha inicialmente como objetivo imunizar 25 milhões de pessoas até ao final de outubro.

No entanto, apenas inoculou cerca de 1,1 milhões de doses, com vacinas da Pfizer e AstraZeneca, um número que é bem inferior aos quatro milhões que estavam previstos para o final deste mês.

Morrison atribuiu o atraso ao bloqueio de 3,1 milhões de doses da AstraZeneca pela União Europeia, que as autoridades europeias negam, bem como aos problemas de distribuição causados pelas inundações no estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso do país.

A Austrália comprou até agora cerca de 40 milhões de doses da vacina da Pfizer e 53,8 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, das quais 50 milhões serão produzidos na Austrália.

Grupos de oposição criticaram a Austrália pelo seu lento programa de vacinação, em comparação com os países desenvolvidos, e por não ter adquirido outras vacinas, tais como as da Moderna ou da Johnson & Johnson.

Resort de ski no Canadá teve o maior surto da variante de Manaus fora do Brasil

Segundo o jornal online Observador, o maior surto provocado pela variante de Manaus ocorrido fora do Brasil deu-se num resort de ski em Whistler, no Canadá. A maioria dos infetados eram jovens que trabalhavam neste local.

Porém, as autoridades de saúde não sabem como é que esta variante chegou ao resort, uma vez que nenhum dos 84 infetados tinha estado fora do Canadá. Isto sugere que a variante brasileira já podia estar a circular muito antes nesta comunidade.

Tal como recorda o jornal digital, esta variante (P1) é muito infeciosa e não só parece ser mais letal entre os jovens do que outras variantes, como também parece ter a capacidade de reinfetar quem já teve a doença.

A pandemia da covid-19 já provocou, pelo menos, 2.929.563 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 135,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/india-ultrapassa-brasil-segundo-pais-mais-afetado-394331

 

Irão acusa Israel de ataque a central nuclear e promete “vingança” !

O Irão acusou Israel de responsabilidade num ataque que atingiu, este domingo, a instalação de enriquecimento de urânio de Natanz, deixando entender que se registaram danos nas centrifugadoras, e prometendo “vingança”.


“Com esta ação, o regime sionista vingou-se do povo iraniano pela paciência e sabedoria que demonstrou enquanto aguardava pelo levantamento das sanções”, disse o porta-voz dos Negócios Estrangeiros do Irão, Said Khatibzadeh, numa conferência de imprensa em Teerão.

Este domingo, a televisão estatal iraniana, citando o porta-voz do programa nuclear civil do Irão, noticiou que as instalações nucleares de Natanz tinham sofrido um “incidente” na rede de distribuição elétrica.

O porta-voz, Behrouz Kamalvandi, não forneceu mais detalhes, adiantando apenas que não se registaram feridos. “Houve um acidente numa parte da rede elétrica da instalação de enriquecimento”, disse.

O “acidente” aconteceu um dia depois do lançamento de novas cascatas de centrifugadoras no complexo Shahid-Ahmadi-Rochan, em Natanz, no dia em que o Presidente iraniano, Hassan Rohani, inaugurou remotamente a nova fábrica de montagem de centrifugadoras.

As novas centrífugadoras oferecem ao Irão a capacidade de enriquecer urânio mais rapidamente e em maiores quantidades, em volumes e com um grau de refinamento proibido pelo acordo de 2015 alcançado em Viena entre o país e a comunidade internacional.

Os Estados Unidos rescindiram unilateralmente esse acordo em 2018, durante a Administração Trump, restabelecendo as sanções que tinham sido levantadas ao abrigo desse pacto. Em retaliação, o Irão afastou-se da maioria dos compromissos-chave que assumiu em Viena para refrear as suas atividades nucleares, desde 2019.

Estão em curso conversações em Viena entre o Irão e os outros Estados partes no acordo de 2015 (China, França, Alemanha, Grã-Bretanha e Rússia) sobre como fazer regressar os EUA ao pacto e o Irão ao pleno cumprimento dos seus compromissos. Teerão sempre negou querer uma bomba atómica e Rohani reiterou no sábado que todas as atividades nucleares do seu país eram puramente “pacíficas”.

https://zap.aeiou.pt/irao-acusa-israel-ataque-central-nuclear-394311

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Rússia garante que não haverá guerra com Ucrânia - EUA desconfiam e prometem consequências !

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descartou este domingo a possibilidade de uma guerra com a Ucrânia, depois de Kiev ter manifestado preocupação com o reforço de tropas russas nas suas fronteiras.


“Ninguém está a embarcar no caminho da guerra”, garantiu Peskov, numa entrevista à emissora pública Rossya 1, que vai ser este domingo transmitida, mas de que se conhecem já passagens.

“Ninguém aceita a possibilidade de uma guerra civil na Ucrânia”, acrescentou o porta-voz do Kremlin, explicando que “a Rússia não ficará indiferente ao destino dos falantes de russo que vivem no sudeste” da Ucrânia, onde desde 2014 ocorrem confrontos armados entre as forças governamentais ucranianas e milícias pró-separatistas apoiadas por Moscovo.

O Kremlin não nega os movimentos militares na fronteira com a Ucrânia, mas garante que não está a fazer qualquer ameaça, acusando Kiev de “provocações” destinadas a “agravar a situação”.

“A Rússia está a fazer todos os esforços para ajudar a resolver este conflito”, disse Peskov, durante a entrevista.

No sábado, a Ucrânia admitiu que pode ser levada a responder às “provocações” da Rússia na região de Donbass. “A intensificação da agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia só é possível com uma decisão política tomada ao mais alto nível do Kremlin”, afirmou Andrii Taran, ministro da defesa ucraniano.

Os Estados Unidos não têm escondido a preocupação com o reforço de posições militares russas na fronteira com a Ucrânia e nos últimos dias anunciaram o envio de dois navios militares para o mar Negro.

Este domingo, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, avisou “haverá consequências” em caso de agressão russa na Ucrânia.

“Há mais tropas russas concentradas na fronteira [da Ucrânia] do que em qualquer momento desde 2014, quando da invasão russa”, disse o secretário de Estado norte-americano, numa entrevista televisiva este sábado difundida.

Blinken disse que posição dos Estados Unidos foi deixada muito clara pelo Presidente, Joe Biden, não havendo margem para várias interpretações.

“O Presidente foi muito claro: se a Rússia agir de forma imprudente ou agressiva, haverá custos, consequências”, disse Blinken, sem esclarecer o teor das consequências.

Antony Blinken, que esta semana discutiu a situação na Ucrânia com os seus homólogos francês e alemão, sublinhou que os Estados Unidos e os seus aliados europeus “partilham da mesma preocupação”.

Ucrânia e Rússia têm-se acusado mutuamente por responsabilidade direta no aumento da intensidade do conflito e, esta semana, o Kremlin já admitiu que reforçou o contingente militar ao longo da fronteira entre os dois países, provocando reações de preocupação por parte da União Europeia e dos Estados Unidos.

O confronto armado entre as forças ucranianas e rebeldes apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia, que começou em 2014, já custou a vida de cerca de 14 mil pessoas, em sete anos, de acordo com a ONU.

https://zap.aeiou.pt/russia-garante-que-nao-havera-guerra-com-ucrania-eua-394247

 

“É como ser queimado com ácido quente“ - Planta venenosa australiana causa dores que podem durar anos !

Os “cabelos” da planta gympie-gympie causam uma picada tão tóxica que a dor pode durar anos. Esta pode ser encontrada nas florestas australianas.

A gympie-gympie, ou dendrocnide moroides, é um tipo de arbusto que recebe o nome da cidade australiana de Gympie, onde os mineiros a identificaram e chamaram de “arbusto Gympie” na década de 1860.

A planta prospera em ambientes tropicais e é amplamente encontrada em toda a Austrália, em New South Wales, mas é mais comum no sul de Queensland. No entanto, também já foi encontrada na Indonésia.

A gympie-gympie é uma das quatro espécies de árvores ou arbustos que vivem na Austrália que picam – embora esta seja de longe a mais dolorosa. A planta venenosa, que também pertence à família das urtigas, pode crescer até 3 metros de altura e tem folhas em forma de coração que podem medir 60 centímetros de largura.

De aparência enganosamente macia, os cabelos da planta são bastante tóxicos. É através desses fios que esta liberta a sua substância neurotóxica.

Segundo o ATI, há um bulbo na haste de cada fio de cabelo que o supre com a toxina e cada fio de cabelo é facilmente separado da folha ou caule. Quando o cabelo se desprende do bulbo, adere à pele e liberta a sua toxina.

Os pelos são tão pequenos que praticamente desaparecem na pele com o contacto direto e podem continuar a causar dor meses depois.

A comunidade científica ainda não descobriu por que razão estes pequenos pelos causam tanta dor. A toxina do bulbo não é bem compreendida e é possível que haja uma reação química que acontece dentro do próprio cabelo, mas que ainda não foi descoberta.

A primeira sensação de picada foi descrita como 30 picadas de vespa. Depois disso, os nódulos linfáticos da vítima começarão a inchar, o que cria uma sensação de pressão imensa. Posteriormente, a dor só se intensifica até atingir o pico cerca de 30 minutos.

De acordo com o ATI, os pelos não precisam de entrar em contacto com a pele para que a planta cause danos. Basta ficar perto desta durante muito tempo e assim começam a surgir danos no sistema respiratório. A super exposição de várias pessoas causou hemorragias nasais, danos respiratórios e espirros intensos.

Para já, ainda não não há nenhum medicamento para a picada da planta. Contudo, Hugh Spencer, da Estação de Pesquisa Tropical Cape Tribulation, aconselha as vítimas a não esfregar a área infetada.

“Foi picado, ficou louco e morreu em duas horas”

Um dos primeiros relatos da forte dor causada pela gympie-gympie surgiu de um agrimensor chamado A.C. Macmillan, em 1866.

Enquanto pesquisava North Queensland, Macmillan relatou que o seu cavalo “foi picado, ficou louco e morreu em duas horas”.

Marina Hurley, entomologista e ecologista que estudou a planta enquanto fazia o seu doutorado em Queensland, no final dos anos 1980, descreveu a picada como o “pior tipo de dor que se possa imaginar. É como ser queimado com ácido quente e eletrocutado ao mesmo tempo”, escreveu no seu trabalho.

Durante a sua pesquisa, Hurley deparou-se com a história de Cyril Bromley. O homem caiu em cima de uma planta gympie-gympie durante o treino militar na Segunda Guerra Mundial e relatou que a dor era tão intensa que teve que ser amarrado a uma cama de hospital durante três semanas, sentindo-se “louco como uma cobra cortada”.

Embora Cyril tenha vivido para contar a história, conheceu um soldado que acabou por se suicidar por não aguentar a dor.

Atualmente, os silvicultores que trabalham no mato recebem luvas, respiradores e comprimidos anti-histamínicos para ajudar a proteger-se da planta.

Em 1968, o Exército Britânico expressou interesse na planta, e há algumas sugestões de que estavam interessados em usá-la para desenvolver uma arma biológica de guerra.

Contudo, mesmo que a ideia tivesse ido para à frente, fazê-lo seria uma violação do Protocolo de Genebra de 1925, que proibia o uso de tais armas após a Primeira Guerra Mundial.

https://zap.aeiou.pt/planta-venenosa-dores-insuportaveis-393289

 

Em menos de um ano, a polícia foi chamada a intervir pelo menos nove vezes na mansão dos Sussex !

A vida nos Estados Unidos não tem sido fácil para os duques de Sussex. No último ano, a polícia da Califórnia foi chamada pelo menos nove menos à mansão onde o casal habita desde que saiu de Londres.


De acordo com o The Guardian, o departamento de polícia de Santa Bárbara, na Califórnia, foi chamado a intervir pelo menos nove vezes em menos de um ano. Tudo porque solicitações de telefone, ativações de alarme e crimes contra a propriedade aterrorizaram a vida do príncipe e da ex-atriz.

Em julho de 2020, as autoridades foram chamadas quatro vezes, sendo um pedido de ajuda registado como solicitação telefónica e os demais classificados como “acionamento de alarme”. Todas as situações ocorreram de madrugada, segundo dados obtidos ao abrigo da legislação de liberdade de informação pela agência de notícias PA Media.

Também na véspera de Natal Harry e Meghan não tiveram sossego. Às 16h13, a polícia teve de dirigir-se até sua casa depois de um homem ser acusado de invasão de propriedade. Nickolas Brooks, de 37 anos, foi preso, mas posteriormente acabou por ser libertado.

O alerta mais recente foi às 2h21 do dia 16 de fevereiro e, ao que se sabe, também se tratou de uma ativação de alarme.

As questões de segurança relacionadas com os Sussex chegaram às capas dos jornais após a entrevista com Oprah Winfrey em março.

Meghan Markle, que se encontra grávida pela segunda vez, revelou que enviou cartas a implorar à família real britânica para não que não retirassem proteção pessoal aos três elementos, que agora cessaram qualquer tipo de compromisso com a Casa Real, alertando que tanto a própria, como Harry e Archie estavam a receber ameaças de morte.

Por sua vez, Harry assumiu que nunca pensou ver a sua proteção ser retirada, mesmo depois de se afastar dos deveres reais. “Eu nasci nesta posição. Herdei o risco. Isto foi um choque para mim”, lamentou o príncipe.

O casal revelou ainda que tinha estabelecido “acordos de segurança com financiamento privado” desde a sua mudança para os Estados Unidos, depois que o então presidente, Donald Trump, referiu que o país não iria pagar pela proteção da família.

https://zap.aeiou.pt/policia-mansao-sussex-393653

 

Especialista diz que Rivalidade entre China e Índia é obstáculo à maior aproximação entre os BRICS !

Apesar de os BRICS representarem “o tipo de relações entre países que queremos no século XXI”, a rivalidade entre a Índia e a China ainda é um obstáculo a uma maior integração, dizem os especialistas.


Na quinta-feira, vários especialistas debateram as relações entre os BRICS e a União Europeia em seminário organizado pelo Clube Valdai de Discussões Internacionais.

As relações entre a Europa e diversos membros do BRICS, como Brasil, Índia e África do Sul, foram historicamente marcadas pelo colonialismo.

A Rússia diverge dos demais países do BRICS, uma vez que enfrentou e enfrenta conflitos em fase aguda com a Europa”, frisou o diretor do programa Política Externa da Rússia da Escola Superior de Economia de Moscou, Dmitry Suslov.

“Atualmente, a Rússia já não trata a Europa como um outro significativo. As suas relações com a China, Índia e Brasil não são usadas como moeda de troca para o seu relacionamento com o Ocidente”, notou Suslov.

Além disso, “a Rússia nem sempre olha para a Europa como um grupo independente, mas sim como um ator fortemente influenciado pelos EUA”.

Para o especialista, diferente da União Europeia, os BRICS garantem um espaço de diálogo equitativo entre os membros.

“As relações entre os países do BRICS representam exatamente o que a Rússia espera de uma nova ordem mundial: policentrismo, diversidade e respeito pelas diferenças”, disse Suslov.

O diretor do Clube Valdai, Timofei Bordachev, concordou, ao referir que “no BRICS nenhum país pode impor o seu ponto de vista a outro, nem se comportar de maneira hegemónica, ao contrário do que vemos em alguns organismos ocidentais modernos”.

“Os BRICS representam o tipo de relações entre países que queremos ver no século XXI”, resumiu Bordachev.

Pedra no sapato

Apesar do potencial, um dos maiores obstáculos para uma maior integração entre os países do BRICS é a rivalidade entre Índia e China.

“Mesmo que a China seja o maior parceiro comercial da Índia, essas relações económicas não estão a traduzir-se num melhor relacionamento político”, disse a investigadora Nivedita Kapoor, da Observer Research Foundation, à Sputnik.

“Para que as relações comerciais possam garantir melhores relações políticas, é necessário que as relações económicas sejam relativamente equilibradas”, disse Vasily Kashin, investigador da Escola Superior de Economia de Moscovo.

“O volume de comércio entre China e Índia é enorme, mas geram um défice considerável para Nova Deli”, notou Kashin. “Para fazer da economia uma base para as relações políticas, as partes terão que trabalhar muito”, sublinhou. Para Kapoor, “uma relação comercial forte não é o suficiente”.

O especialista frisa que “os acontecimentos no leste de Ladakh, que ocorreram durante a pandemia, estremeceram as bases políticas das relações entre Índia e China”.

Entre junho e julho de 2020, os soldados da China e da Índia entraram em confronto na região contestada de Ladakh. Além de várias vítimas, o conflito gerou uma onda de provocações mútuas, notícias falsas e desconfiança.

“A Índia atualmente tem uma forte perceção de que a ascensão da China como potência representa uma ameaça à sua segurança, especialmente porque Pequim e Nova Deli têm disputas territoriais”, refere Kashin.

A China e a Índia não possuem fronteiras claramente delimitadas tanto na região de Ladakh, como na Caxemira, onde a situação ainda envolve o Paquistão.

De acordo com Kashin, “os problemas poderiam ser resolvidos através do diálogo, mas as partes precisariam de estar prontas para fazer concessões, o que nem sempre é o caso”.

A rivalidade entre Índia e China exigirá “trabalho diplomático árduo” por parte dos BRICS, concluiu o especialista.

https://zap.aeiou.pt/rivalidade-entre-china-e-india-e-obstaculo-a-maior-aproximacao-entre-os-brics-diz-especialista-394034

 

Variante sul-africana pode resistir à Pfizer - China pondera misturar vacinas !

A variante do coronavírus descoberta na África do Sul pode “romper” a vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech até certo ponto, concluiu um estudo em Israel, embora a sua prevalência no país seja baixa e a investigação não tenha sido revista por pares.


De acordo com a agência Reuters, o estudo comparou quase 400 pessoas com teste positivo à covid-19, 14 dias ou mais após terem recebido uma ou duas doses da vacina, contra o mesmo número de pacientes não vacinados com a doença.

A variante sul-africana, B.1.351, foi considerada responsável por cerca de 1% de todos os casos de covid-19 em todas as pessoas estudadas, de acordo com o estudo da Universidade de Tel Aviv e o maior provedor de saúde de Israel, Clalit.

Porém, entre os pacientes que receberam duas doses da vacina, a taxa de prevalência da variante foi oito vezes maior do que aqueles não vacinados – 5,4% contra 0,7%.

Isso sugere que a vacina é menos eficaz contra a variante sul-africana, em comparação com o coronavírus original e a variante britânico que passou a compreender quase todos os casos de covid-19 em Israel

“Encontramos uma taxa desproporcionalmente maior da variante sul-africana entre as pessoas vacinadas com uma segunda dose, em comparação com o grupo não vacinado. Isso significa que a variante sul-africana é capaz, até certo ponto, de romper a proteção da vacina”, disse Adi Stern, da Universidade de Tel Aviv.

Os cientistas alertaram que o estudo teve apenas uma amostra pequena de pessoas infetadas com a variante sul-africana por causa da sua raridade em Israel e que a investigação não pretendia deduzir a eficácia geral da vacina contra qualquer variante.

Em 1 de abril, a Pfizer e BioNTech disseram que a sua vacina foi cerca de 91% eficaz na prevenção de covid-19. Em relação à variante sul-africana, entre um grupo de 800 voluntários na África do Sul, houve nove casos de covid-19 entre participantes que receberam o placebo. Desses, seis ocorreram entre indivíduos infetados com a variante sul-africana.

Quase 53% da população de 9,3 milhões de Israel já recebeu ambas as doses da Pfizer. Israel reabriu a sua economia nas últimas semanas, numa altura em que a pandemia parece estar a abrandar, com taxas de infeção, doenças graves e hospitalizações a cair drasticamente.

China pondera misturar vacinas

O diretor do Centro de Controlo de Doenças da China, Gao Fu, admitiu que a eficácia das vacinas chinesas para a covid-19 é baixa e que o governo está a considerar misturá-las para as impulsionar.

Numa rara admissão da fraqueza das vacinas chinesas, a autoridade máxima de controlo da doença reconheceu que as vacinas “não têm taxas de proteção muito elevadas”.

Pequim distribuiu centenas de milhões de doses noutros países, enquanto também tenta levantar dúvidas sobre a eficácia das vacinas ocidentais. “Está agora formalmente em análise se devemos usar diferentes vacinas de diferentes linhas técnicas no processo de imunização”, indicou Gao.

As taxas de eficácia da vacina para o coronavírus da Sinovac, um fabricante chinês, na prevenção de sintomas infecciosos foi estimada em 50,4% por investigadores no Brasil.

Pequim ainda não aprovou qualquer vacina estrangeira para uso na China. Nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau estão disponíveis vacinas estrangeiras.

Gao não forneceu detalhes sobre possíveis mudanças na estratégia, mas apontou o uso de tecnologia RNA mensageiro (mRNA), uma técnica experimental já usada pelos fabricantes ocidentais de vacinas enquanto os produtores de fármacos na China usam tecnologia tradicional.

“Todos devem considerar os benefícios que as vacinas mRNA podem trazer para a humanidade”, assumiu Gao. “Devemos seguir isto com cuidado e não ignorar só por já termos vários tipos de vacinas”.

Especialistas dizem que misturar vacinas, ou imunização sequencial, pode reforçar as taxas de eficácia. Ensaios em todo o mundo estão a analisar a mistura de vacinas ou administração de um reforço após um período mais longo. Investigadores em Inglaterra estão a estudar a possível combinação de vacinas da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca.

https://zap.aeiou.pt/variante-sul-africana-pode-resistir-a-pfizer-china-pondera-misturar-vacinas-394210

 

Mapa online interativo ajudou indígenas do Panamá a fazer frente à pandemia !

Quando a covid-19 chegou ao Panamá no ano passado, o cartógrafo Carlos Doviaza temeu pelas pessoas indígenas da sua comunidade. Por isso, para as ajudar, dedicou-se a fazer aquilo que faz melhor: mapas.


“Pensei: ‘Porque não usar os meus pontos fortes para construir uma plataforma, criada por povos indígenas para povos indígenas, que mostre informação relevante sobre a pandemia de uma forma visual e fácil?”, explicou o panamiano, de 26 anos, à National Public Radio.

O cartógrafo nasceu numa aldeia indígena sem eletricidade, em El Salto, no coração de uma floresta tropical. Durante a adolescência, mudou-se com os pais para a Cidade do Panamá para ter melhores condições de vida, mas acabou por abandonar a universidade, onde estudava Engenharia de Computação, por não conseguir pagar as propinas.

No entanto, sendo um verdadeiro crente no poder da cartografia, decidiu aprender sozinho tudo o que sabe hoje e começou a fazer mapas para ajudar as comunidades indígenas a lidar com vários problemas.

“Aprendi que os dados e os mapas geralmente são mais poderosos do que as palavras”, declarou Doviaza, um dos 400 mil membros da comunidade nativa do Panamá (12% da população do país).

No início da pandemia, o jovem temeu que a sua já vulnerável comunidade – que corre um maior risco de contrair doenças devido à falta de acesso a água potável e cuidados de saúde – fosse duramente atingida.

“Sempre estivemos em desvantagem e eu sabia que tínhamos de nos preparar para o pior”, explicou à NPR.

Foi então que o cartógrafo criou um mapa online interativo para monitorizar a situação pandémica nas comunidades indígenas. O mapa sobrepõe o número diário de casos de covid-19 relatados pelo Ministério da Saúde em cada distrito com as localizações dessas comunidades.

A plataforma, criada em maio do ano passado com a ajuda da fundação de caridade Rainforest Foundation, também mostra quais são os recursos que estão em falta em cada comunidade, como chegar a estas aldeias e onde estão as diferentes organizações que estão a oferecer ajuda.

O mapa foi ideal porque mostra não só os dados relativos à covid-19, como também todas as informações estruturais de que precisamos para fazer face à crise nestes lugares”, declarou Beatriz Schmitt, coordenadora nacional dos programas de pequenas doações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP) no Panamá.

Reynaldo Santana, líder da comunidade indígena Naso e conhecido no Panamá como o “último rei das Américas”, partilha da mesma opinião, sobretudo depois de vários meses a ver as pessoas a lutar contra a fome e a falta de cuidados médicos no confinamento.

“Mesmo na cidade mais próxima, as pessoas não nos conhecem e não sabem onde vivemos, muito menos o Governo. Com este mapa, passámos a existir.”

https://zap.aeiou.pt/mapa-ajudou-indigenas-panama-pandemia-393304

 

Perdoar o passado, celebrar o renascimento e cumprir tradições - A primavera traz o Nowruz, o ano novo persa !

Assim que as flores começam a desabrochar e os dias ficam mais longos, fica claro que o Nowruz está prestes a chegar. A celebração do ano novo iraniano é secular, com raízes que remontam a mais de 3.000 anos.


Também conhecido como Nauryz, Navruz ou Nowrouz (que significa “novo dia”), o ano novo persa começou no dia 20 de março e não é por acaso que coincide com o primeiro dia da primavera.

O calendário iraniano é um calendário solar, o que significa que o tempo é determinado, através de observações astronómicas, pelo movimento da Terra à volta do Sol. É por isso que o primeiro dia do ano começa sempre com o fenómeno natural do equinócio.

Segundo a CNN, o Nowruz não é um feriado religioso, mas uma celebração universal de novos começos: o objetivo é desejar prosperidade e dar as boas-vindas ao futuro enquanto se desfaz do passado. A celebração dura cerca de um mês e é repleta de festas, comida, artesanato, apresentações de rua e rituais públicos.

Em 2010, o dia 21 de março foi oficialmente reconhecido como o Dia Internacional do Nowruz pelas Nações Unidas a pedido de países como o Afeganistão, a Albânia, a Índia, o Irão, o Cazaquistão, a Turquia e o Turquemenistão.

Atualmente, de acordo com a cadeia televisiva norte-americana, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo celebram o Nowruz.

Como qualquer celebração, o ano novo persa está envolto em tradições. Uma das mais conhecidas é saltar por cima de fogueiras, uma tradição trazida pelos zoroastrianos, que adoravam o fogo como um sinal de força e saúde eternas.

Na última quarta-feira do ano, Chaharshanbe Soori (ou “quarta-feira vermelha”), as pessoas saltam por cima do fogo para se limparem dos males – físicos, emocionais e sociais – do ano passado, como uma forma de se preparar para o renascimento.

A tradição também encoraja os indivíduos a fazerem as pazes com aqueles que os prejudicaram no passado e a procurar perdão para os seus próprios erros.

No centro da mesa, as famílias colocam o haft-visto – traduzido como “sete S’s” – onde concentram sete elementos, que começam com a letra S, cada um com um significado particular.

Seeb (maçã) é o símbolo da beleza; seer (alho) é o símbolo da saúde e da medicina; somagh (sumagre) representa o nascer do Sol; sabzeh (relva) representa a cura e o renascimento da Terra; serkeh (vinagre) simboliza a paciência; senjed (azeitonas) representa o amor e samanu (massa de pastelaria) o poder e a força do perdão.

De acordo com o The Conversation, as mesas também incluem espelhos para ajudar na reflexão; flores para simbolizar a cura da Terra; ovos que representam a vida e um peixe vivo como sinal da conexão com o mundo animal.

Algumas famílias também colocam um livro religioso na mesa, como o Alcorão ou a Bíblia, ou livros de poetas iranianos.

https://zap.aeiou.pt/nowruz-o-ano-novo-persa-393604

 

Foi o voto não religioso que Donald Trump perdeu em 2020 !

Em novembro de 2020, Joe Biden foi eleito Presidente dos Estados Unidos da América. Uma análise revelou recentemente que a derrota de Donald Trump dependeu daqueles que não se identificam com nenhuma religião.


Ryan Burge, professor de Ciência Política na Eastern Illinois University, nos Estados Unidos, escreveu um artigo no The Conversation no qual explica que o peso da derrota do ex-Presidente Donald Trump não esteve nas mãos dos eleitores religiosos.

Dados revelados no mês passado indicam que o apoio a Trump aumentou ligeiramente em 2020 entre os votos dos grupos religiosos, se comparados com a eleição de 2016. No fundo, Trump teve uma queda notável entre os eleitores que não se identificam com nenhuma religião.

Os dados mais recentes, baseados no Cooperative Election Study, revelam que o apoio dos evangélicos brancos a Donald Trump aumentou em 2020: de 78% em 2016, para 80% no ano passado.

Donald Trump foi também alvo de um aumento de dois pontos percentuais no voto de evangélicos não-brancos, católicos brancos, protestantes negros e judeus, em comparação com a eleição de há quatro anos.

Estas diferenças não são significativas, mas, se analisados detalhadamente, os dados revelam tendências interessantes: o candidato republicano conseguiu algum apoio entre grupos religiosos mais pequenos, como hindus e budistas, e aumentou a percentagem de votos mórmon, por exemplo.

O que está claro é que o antigo Presidente dos Estados Unidos perdeu terreno entre os religiosos não filiados: a participação de Trump no voto ateu caiu de 14% em 2016 para apenas 11% em 2020 e o declínio entre os agnósticos foi ligeiramente maior, de 23% para 18%.

Os eleitores que se identificam como “nada em particular” – um grupo que representa 21% da população do país – não apoiaram Trump na sua candidatura à reeleição. Neste grupo, os votos caíram três pontos percentuais, em comparação com 2016.

https://zap.aeiou.pt/voto-nao-religioso-trump-perdeu-393563

 

domingo, 11 de abril de 2021

Ataque terrorista a cidade na Nigéria atinge organizações humanitárias e instalações da ONU !

Jihadistas alegadamente ligados ao Estado Islâmico atacaram este sábado as instalações de várias organizações humanitárias e das Nações Unidas na cidade nigeriana de Damasak, e ainda estão no local, afirmaram fontes das organizações não-governamentais (ONG).


O ataque, que ainda estava em curso esta tarde, é o segundo contra uma das nove bases humanitárias da ONU no país.

“Os combatentes do Iswap (Estado islâmico na África Ocidental) ainda estão em Damasak, conduzindo pelas ruas, disparando tiros e incendiando instalações humanitárias”, disse um responsável de uma organização humanitária sob condição de anonimato, citado pela agência de notícias francesa AFP.

O ataque a um edifício de uma ONG, que se incendiou, espalhou-se pela base da ONU, que foi destruída, afirmou outro responsável.

As instalações de três outras ONG foram também destruídas, acrescentou a mesma fonte.

Uma fonte militar confirmou o ataque a Damasak, mas disse que os jihadistas não tinham tomado a cidade, porque tinham sido empurrados para fora dela.

O nordeste da Nigéria tem sido alvo de conflitos mortais desde 2009 e de ataques do grupo terrorista islâmico Boko Haram. Em 2016, o grupo separou-se, ficando a fação histórica de um lado e a Iswap, reconhecida pela EI, do outro.

Há três anos, em 1 de março de 2018, os combatentes do Iswap atacaram uma base da ONU em Rann, uma cidade do nordeste da Nigéria, matando três funcionários e raptando outro.

Em 1 de março deste ano, os jihadistas do Iswap atacaram a cidade de Dikwa, matando seis civis e forçando os trabalhadores humanitários a retirarem-se.

https://zap.aeiou.pt/ataque-terrorista-a-cidade-na-nigeria-atinge-organizacoes-humanitarias-e-instalacoes-da-onu-394176

 

Akon ainda não construiu a “Wakanda da vida real”, mas o Uganda já lhe está a dar terrenos para a segunda !

 

O artista de R&B Akon ainda não concretizou a sua visão ambiciosa de uma cidade “futurística” alimentada por uma criptomoeda chamada “Akoin” e construída num terreno que lhe foi dado pelo governo senegalês. Contudo, o Uganda também quer agora uma cidade no seu território.

De acordo com o The Washington Post, a nação da África Oriental concordou em identificar “um local adequado em Uganda com não menos de uma milha quadrada, que será disponibilizado para ele e a sua equipa”, disse Isaac Musumba, ministro do Desenvolvimento Urbano de Uganda.

Akon ficará responsável por atrair investimentos e administrar o projeto e vai consultar o governo do Uganda para propor um tema para a “cidade satélite”. “Gostaríamos de emular o que foi feito noutros lugares para termos uma cidade de Akon aqui”, disse Musumba.

Esta ideia surge depois de Akon, um nativo do Missouri cuja família vem do Senegal, ter falado, em setembro de 2020, sobre o seu desejo de criar uma versão da vida real de Wakanda, o reino futurístico da África retratado na “Pantera Negra” da Marvel.

Os planos para a primeira Akon City envolvem a construção de condomínios de luxo, um resort à beira-mar, escritórios e até mesmo uma universidade em arranha-céus tubulares que parecem desafiar a gravidade. Planeada como um destino de luxo para os negros americanos, Akon City será movida a energia solar e ecologicamente correta.

Moradores e visitantes poderão fazer compras com Akoin, que, segundo a sua visão, será uma moeda global.

Os designs chamativos para o que agora é uma vila agrícola na costa do Senegal foram confrontados com algum ceticismo. Os locais apontam que as estruturas de metal e vidro – que Akon diz serem destinadas a “assemelharem-se a esculturas africanas reais que fazem nas aldeias” – são inadequadas para o clima abafado.

Outros observam que, apesar do objetivo de usar artesãos e materiais locais, Akon contratou um arquiteto de Abu Dhabi e um norte-americano para construir a cidade.

Por outro lado, numa região faminta de turismo, as autoridades do Uganda têm estado recetivas às promessas de Akon de atrair investimentos e criar empregos.

“Há tanto sobre o Uganda que nunca soube que existia”, disse Akon. “Estou determinado a expor isto. Quero que as pessoas entendam como o Uganda é lindo e a melhor forma de o fazer é construir a minha cidade aqui”.

A construção da cidade não será concluída até 2036 por causa da quantidade de infraestruturas, como estradas pavimentadas, que deve ser construída primeiro.

No Senegal, Akon arrecadou pelo menos quatro mil milhões dos seis mil milhões de dólares necessários para construir a cidade e o projeto ainda não foi iniciado. O partido de oposição do Uganda, o Fórum para a Mudança Democrática, disse que era “um segredo público” que Akon City nunca viria a existir.

https://zap.aeiou.pt/akon-ainda-nao-construiu-a-sua-primeira-cidade-futuristica-mas-o-uganda-ja-lhe-esta-a-oferecer-terreno-para-a-segunda-393260

 

 

Após terramotos e deslizamentos, a “cidade moribunda” de Itália ainda resiste no topo de uma montanha

Chamar-se a si mesmo de “Cidade Moribunda” pode não parecer a melhor forma de atrair turistas, mas Civita, em Itália, aprendeu a viver com o facto de estar a morrer. 


Há vários séculos, a cidade italiana de Civita era muito maior e ligada por estradas a outros assentamentos. Porém, de acordo com a agência Reuters, deslizamentos de terra, terramotos, fendas e erosão reduziram o seu tamanho e deixaram-na isolada no topo de um contraforte.

“Durante três milénios, a erosão regressiva praticamente reduziu Civita a um núcleo, deixando a praça e algumas ruas ao redor”, disse Luca Costantini, geólogo de 49 anos, que faz parte do projeto para monitorizar e desacelerar a erosão.

Em cavernas subterrâneas escavadas em rocha vulcânica mole conhecida como tufo, barras de aço mantêm as paredes unidas. “O nosso lema é resiliência porque Civita foi fundada pelos etruscos, passou pela era romana e por todo o período medieval até aos dias atuais”, disse Luca Profili, presidente da câmara de Bagnoregio, da qual Civita faz parte. “Este lugar é tão frágil”.

Esta fragilidade é medida em parte por um “extensómetro”, uma haste telescópica externa que deteta movimento.

Civita que resta até hoje é principalmente do período medieval e mede cerca de 152 por 91 metros – menos de dois campos de futebol. A sua praça principal tem o tamanho de um campo de basquetebol.

Antigamente, espalhava-se numa colina e tinha cerca de três vezes o tamanho atual. Ao longo dos séculos, bairros inteiros desabaram em deslizamentos de terra. Hoje é apenas acessível através de uma rampa longa e íngreme para pedestres ou carrinhos de golfe.

O número de residentes permanentes oscila entre 10 a 14, dependendo da temporada.

Antes da pandemia, Civita atraía turistas que viajavam entre Roma e Florença.

Stefano Lucarini, de 29 anos, comprou um restaurante em Civita em março de 2020, poucos dias antes do primeiro confinamento. “O timing não foi bom”, brincou, acrescentando estar otimista de que, após a pandemia, a cidade possa recuperar. “O risco ambiental é preocupante, [mas) esperamos que todos possam desfrutar da cidade durante muitos anos”.

Depois de resistir à morte durante tanto tempo, Itália decidiu propor, em janeiro, a cidade e a área circundante de penhascos e vales escarpados, conhecidos como “terras ermas”, como Património Mundial da UNESCO. Segundo o porta-voz do presidente da câmara, Roberto Pomi, o país espera que a organização tome uma decisão em junho de 2022.

https://zap.aeiou.pt/apos-terramotos-e-deslizamentos-a-cidade-moribunda-393291

 

Vacinas ainda não são o princípio do fim - Sociólogo prevê que demorará anos a limpar “destroços” da covid-19 !

O médico e sociólogo norte-americano Nicholas Christakis defende, em entrevista à agência Lusa, que as vacinas não são ainda o princípio do fim da pandemia, considerando que demorará anos a limpar “os destroços” da covid-19.


“Somos a primeira geração de humanos viva que conseguiu, em tempo real, criar uma contramedida específica e eficaz contra a praga que atravessa. Na época medieval, pensavam que se esfregassem na pele uma mistura de cebolas e serpentes moídas, isso resultava contra a peste. É claro que não resultava. Nós temos algo que resulta, que vai salvar muitas vidas, mas não vai alterar assim tanto o curso da pandemia”, prevê o professor da universidade norte-americana de Yale.

“Penso que não estamos no princípio do fim desta pandemia, mas que estamos a aproximarmo-nos do fim do princípio”, afirma, usando uma frase celebrizada pelo primeiro-ministro britânico Winston Churchill num discurso proferido em 1942 após uma das primeiras vitórias dos Aliados contra o exército alemão na II Guerra Mundial, no deserto do Egito.

“Inventámos estas vacinas, mas agora vamos ter que fabricar milhões de doses, administrá-las e, o mais importante, temos que convencer as pessoas a tomá-las. Tudo isso vai levar tempo e, no entretanto, o vírus continua a espalhar-se”, salienta.

Para Nicholas Christakis, doutorado em saúde pública pela Universidade de Harvard, não será antes “do fim de 2021, princípio de 2022” que se atingirá, quer pela via natural das infeções, quer pela vacinação, “o limiar crítico a que se chama imunidade de grupo”, em que “50, 60, 70 por cento” da população terá sido exposta ao SARS-CoV-2.

Só nessa altura “a epidemia começará a abrandar e a parar, o que será o fim do período pandémico imediato”, a primeira de três fases, seguida de um período intermédio e um período pós-pandémico.

“Como um tsunami que invade a terra, a água recua e há destroços por toda a parte. Vamos ter de os limpar. Em Portugal, no Brasil, em outros países europeus e na América do Norte, milhões de pessoas terão morrido e milhões ficarão debilitadas mesmo se sobreviverem” à covid-19, afirmou o professor da universidade norte-americana de Yale.

Christakis, que dirige o Laboratório da Natureza Humana na universidade no estado do Massachussetts, acredita que a sociedade “vai recuperar, mas vai levar tempo”, lembrando que ficarão sequelas dos “milhões de crianças que não foram à escola, dos milhões de pessoas que perderam o emprego e dos milhões de negócios que faliram”.

Lá para 2024, começará o que antevê como “uma festa”, em que o mundo terá deixado para trás “o choque biológico e epidemiológico do vírus”.

“Depois de terem estado enclausuradas tanto tempo, as pessoas irão procurar avidamente oportunidades de socializar em discotecas, em restaurantes, em bares, em eventos desportivos, em concertos, comícios. Poderemos assistir a alguma licenciosidade e mudanças nos comportamentos sexuais”, refere.

Será também ocasião “para as pessoas começarem a gastar o dinheiro que não puderam durante a praga, durante o colapso económico, ou que pouparam para o caso de adoecerem”.

Vamos recuperar, mas não será fácil. Vai levar tempo. Penso que a falta de contacto social entre as pessoas mais jovens se fará sentir. Para as pessoas que estão na casa dos 20, é uma parte muito importante da vida, em que se tenta encontrar e aprender a ser um bom ou boa parceira, em que se experimenta a sexualidade, e com um país em confinamento, é muito diferente ter essas experiências de que se necessita”, indica.

“E quanto às pessoas na casa dos 40 que perderam o emprego, será difícil recuperarem-no. Estamos a viver experiências traumáticas como sociedade. As pessoas deixam as grandes cidades durante as pragas, essa é uma resposta típica. Estamos a assistir a isso nos Estados Unidos, em muitas cidades europeias, mas as pessoas regressarão, não será uma coisa permanente, tal como o encerramento das fronteiras. A livre circulação de pessoas regressará com o tempo”, acrescenta.

No seu mais recente livro, “A Flecha de Apolo”, publicado em março em Portugal pela editora 20|20, Nicholas Christakis analisa séculos de pandemias que ocorreram na História e contextualiza nelas a covid-19.

“As pandemias respiratórias acontecem a cada 10 ou 20 anos, mas a cada 50 ou 100 anos temos uma grave, como esta. Estamos a passar por um acontecimento que ocorre uma vez por século. Uma praga é isto. Embora seja comum para a nossa espécie, para nós é raro”, analisa.

O título do seu livro sobre a covid-19 refere-se a uma história da mitologia grega em que o deus que trazia a doença, Apolo, furioso com os gregos durante a Guerra de Tróia, lançou sobre eles as suas flechas, dizimando-os durante nove dias e só parando ao décimo dia.

Para Nicholas Christakis, depois do “décimo dia” da pandemia da covid-19, estaremos a viver “num mundo muito diferente, porque teremos deixado a praga para trás”. “É a nossa altura de enfrentarmos esta provação e temos que mostrar do que somos feitos e como conseguimos lidar com ela”, defende.

https://zap.aeiou.pt/nicholas-christakis-covid-pandemia-394111

Jornalista grego especializado em crime foi assassinado a tiro !

Um jornalista grego especializado em assuntos criminais foi esta sexta-feira morto por desconhecidos em frente da sua casa em Alimos, nos subúrbios de Atenas, anunciou fonte policial.


Giorgos Karaïvaz, jornalista da televisão privada grega Star, foi morto a tiro, disse à agência France-Presse fonte do gabinete de imprensa da polícia de Atenas.

A notícia chocou o meio jornalístico grego e vários órgãos de comunicação social interromperam os seus programas. O jornalista, que teria mais de 50 anos, trabalhou em vários media gregos.

Segundo a rádio privada Skai, o jornalista foi atingido por “várias balas quando chegava a casa após uma emissão televisiva”. A mesma fonte acrescenta que foram encontradas 17 cápsulas de balas em frente à sua casa.

“Foi morto numa emboscada mortal“, refere ainda.

Segundo as primeiras informações dos media gregos, duas pessoas numa moto dispararam pelo menos seis balas contra o jornalista, que morreu instantaneamente, após ter sido atingido nas costas, no peito e na cabeça. De acordo com os testemunhos, o passageiro foi quem desceu do veículo e matou a tiro Karaivaz.

A polícia acredita que provavelmente se tratou de uma execução levada a cabo por assassinos a soldo e praticamente afastou o móbil da intimidação ou do ataque a Karaivaz para lançar uma mensagem.

Apesar de ainda não estar concluída a autópsia, os media obtiveram a informação de que a arma usada, uma pistola de 9 milímetros, não tinha sido utilizada antes noutros crimes.

A polícia assegura que a vítima nunca tinha manifestado estar sujeita a ameaças, nem apresentado um pedido de custódia policial.

Giorgos Karaïvaz era casado e tinha um filho, segundo a comunicação social.

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu, este sábado, ao titular da Proteção Civil, Mijalis Jrisojoidis, que se acelere a investigação sobre o assassínio.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, condenaram a morte do jornalista e pediram à Justiça que investigue urgentemente este crime.

Embora os media privados gregos sejam frequentemente alvo de ataques incendiários ou vandalismo, são raros os assassínios de jornalistas no país.

Em 2010, o jornalista de investigação grego Socratis Giolias foi morto em frente ao seu domicílio num subúrbio de Atenas, num ataque reivindicado por um grupo de extrema-esquerda. Até hoje, a polícia não encontrou os culpados.

https://zap.aeiou.pt/jornalista-grego-especializado-em-crime-assassinado-a-tiro-394128

 

14 polícias mortos em ataque de guerrilhas - EUA anunciam sanções a empresa do Myanmar

Pelo menos 14 polícias perderam a vida este sábado no noroeste do Myanmar (antiga Birmânia) durante um ataque coordenado por várias guerrilhas étnicas, noticiaram meios de comunicação locais.


O ataque, que deixou pelo menos cinco oficiais feridos e dois desaparecidos, aconteceu às primeiras horas do dia no estado de Shan, disse uma testemunha ao portal de notícias Irrawaddy.

Segunda esta fonte, o ataque foi lançado pelos grupos rebeldes Exército Arakan, Exército de Libertação Ta’ang e Exército Nacional da Aliança Democrática, guerrilhas étnicas que em finais de março lançaram um ultimato à junta militar pela repressão das manifestações em rejeição do golpe de Estado de 1 de fevereiro.

Até ao momento, nenhum dos grupos reivindicou a ofensiva.

Estes três grupos armados emitiram previamente um comunicado conjunto, no qual advertiam o Exército birmanês de que se não cessasse as ações violentas e não satisfizesse as exigências da população colaborariam com os dissidentes nos protestos da chamada “Revolução da Primavera”.

Os rebeldes ameaçaram anular o acordo de cessar-fogo se continuar a matança indiscriminada de manifestantes.

Pelo menos 618 pessoas perderam a vida durante a repressão dos protestos exercida pelas forças de segurança, segundo dados obtidos pela Associação para a Assistência de Presos Políticos (AAPP), que adverte que o número pode ser significativamente maior, devido à dificuldade de corroborar os dados.

Na cidade de Bago, a cerca de 70 quilómetros a noroeste de Rangun, as forças de segurança lançaram na sexta-feira artefactos explosivos e causaram um número indeterminado de mortos e feridos.

O Irrawaddy também informa que grupos armados do Exército para a Independência de Kachin e a União Nacional Karen lançaram uma série de ataques contra o regime, em resposta à alegada matança perpetrada pelas autoridades de Bago.

EUA anunciam sanções

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou que congelará todos os ativos e proibirá qualquer transação com a empresa Myanmar Gems Enterprise, que regula a atividade de mineração e comercialização de jade e outras pedras preciosas.

Washington compromete-se a “privar o exército birmanês de fontes de financiamento, principalmente de empresas estatais de Myanmar”, disse Andrea Gacki, supervisor dos programas de sanções dos Estados Unidos.

“Os Estados Unidos continuarão a trabalhar incansavelmente, inclusivamente com parceiros na região e em todo o mundo, para restaurar a democracia e o Estado de Direito em Myanmar, e a responsabilizar aqueles que procuram minar esses valores”, acrescentou.

O Departamento do Tesouro norte-americano disse ainda que as novas sanções “não se dirigem ao povo birmanês”.

Paralelamente, França anunciou no Conselho de Segurança da ONU a realização de uma cimeira de países do sudeste asiático dedicados à situação em Myanmar em 20 de abril.

“Por favor, atuem”, implorou o embaixador birmanês Kyaw Moe Tun durante a reunião pública informal do Conselho de Segurança. O embaixador também pediu ao Conselho de Segurança para que imponha sanções contra a junta militar, incluindo um “embargo de armas”

“O Conselho vai adiar a redação de uma nova declaração ou vai agir para salvar as vidas dos birmaneses?”, questionou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, na reunião.

Os militares birmaneses justificaram o golpe de Estado com uma alegada fraude nas eleições de novembro, nas quais venceu e revalidou o poder o partido liderado por Aung San Suu Kyi, detida desde o início do motim, com o aval dos observadores internacionais.

https://zap.aeiou.pt/14-policias-mortos-em-ataque-de-guerrilhas-eua-394115

 

UE investiga possível ligação entre tromboses e vacina da Johnson&Johnson nos EUA

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou esta sexta-feira ter iniciado uma investigação sobre casos de coágulos sanguíneos após toma da vacina da Johnson & Johnson/Janssen contra a covid-19, antes de o fármaco estar disponível na União Europeia (UE).


Em comunicado, o regulador europeu informa que o seu Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância (PRAC) iniciou uma revisão “para avaliar relatórios de eventos tromboembólicos […] em pessoas que receberam a vacina Janssen contra a covid-19” nos Estados Unidos.

Autorizada pela EMA a 11 de março passado, esta vacina de dose única ainda não está a ser utilizada em nenhum Estado-membro da UE, mas o regulador europeu espera que isso aconteça “nas próximas semanas”, tendo já começado esta análise com base em casos registados nos Estados Unidos: quatro situações graves de coágulos sanguíneos invulgares, uma das quais fatal.

Segundo a agência europeia, os relatórios apontam para um “sinal de segurança”, não sendo para já claro se existe uma associação causal entre a vacinação com a vacina da Janssen contra a covid-19 e estas situações.

Segundo a Agência Americana de Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), até ao momento, não foi estabelecida qualquer ligação de causalidade entre a formação de coágulos sanguíneos e a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson.

“A FDA está ao corrente de informações nos Estados Unidos sobre eventos tromboembólicos graves, associados a um baixo nível de plaquetas no sangue, que ocorreram em alguns indivíduos depois de receberem a vacina contra a covid-19 da Janssen”, afirmou o regulador norte-americano em comunicado enviado à Agência France Presse, citando o nome da filial europeia da Johnson & Johnson.

“Neste momento, não encontrámos ligação de causalidade com a vacinação e continuamos a acompanhar a evolução destes casos”, acrescentou a instituição. “Manteremos o público informado assim que tivermos mais informação”.

Bruxelas quer mais 1,8 mil milhões de doses

De acordo com a Bloomberg, a Comissão Europeia pretende lançar, muito em breve, um concurso com o objetivo de garantir cerca de 1,8 mil milhões de doses adicionais de vacinas contra a covid-19.

Bruxelas está à procura de um único produtor de vacinas que recorra à tecnologia de mRNA e cujo fármaco seja eficaz contra as diferentes estirpes do novo coronavírus, segundo informa um funcionário da Comissão.

Além disse, o fabricante deverá ter a capacidade de realizar esta produção dentro do bloco europeu, devendo ser capaz de cumprir obrigações mensais previamente contratualizadas.

Segundo a mesma fonte, pretende-se que as doses adicionais provenientes através deste novo contrato, que seriam principalmente doses de reforço e doses destinadas à imunização de crianças, sejam administradas entre 2022 e 2023.

https://zap.aeiou.pt/ema-investiga-possivel-ligacao-entre-tromboses-e-va-394065

 

sábado, 10 de abril de 2021

Comandante da polícia secreta de Hitler em Viena espiou para a Alemanha Ocidental !

Um comandante sénior da polícia secreta de Hitler, responsável pela deportação de dezenas de milhares de judeus, foi protegido pelas autoridades norte-americanas e alemãs após a II Guerra Mundial.


Segundo registos divulgados recentemente, citado pelo The New York Times, no final da guerra, Franz Josef Huber – que também ocupava o posto de general nas SS, a organização paramilitar nazi – liderava uma das maiores secções da Gestapo, que se espalhava pela Áustria e operava no Oriente.

Em Viena, após a tomada do poder pelos nazis, as suas forças colaboraram estreitamente com Adolf Eichmann nas deportações para campos de concentração e extermínio.

Contudo, enquanto Eichmann acabaria por ser executado pelo seu papel na coordenação do assassinato de milhões de judeus, Huber nunca teve de se esconder.

O oficial nazi passou as últimas décadas da sua vida em Munique, a sua cidade natal, com a sua família e não teve de mudar de nome. A explicação para essa imunidade parece estar na sua utilidade durante os conflitos de espionagem da Guerra Fria.

Documentos da inteligência dos Estados Unidos mostram que havia grande interesse em aceder à rede de Huber para recrutar agentes no bloco soviético.

“Embora não estejamos de forma alguma alheios aos perigos de brincar com um general da Gestapo, também acreditamos, com base nas informações que agora temos, que Huber poderia ser utilizado de forma proveitosa para esta organização”, lê-se num memorando da CIA de 1953.

Os registos revelam que os Estados Unidos e a Alemanha fizeram de tudo para ocultar o papel de Huber nos crimes do regime nazi e impedi-lo de ser julgado.

Huber foi preso pelas forças dos Estados Unidos em 1945 e mantido durante mais de dois anos. Contudo, a inteligência militar norte-americana impediu a sua extradição para a Áustria, onde era um criminoso de guerra procurado, e providenciou para que fosse tratado com clemência pelas autoridades da Alemanha Ocidental.

Foi libertado em 1948 com multa e pena suspensa após um processo de “desnazificação”.

Em 1955, Huber ingressou formalmente na Organização Gehlen, o serviço de inteligência da Alemanha Ocidental criado pelos Estados Unidos como contrapeso aos soviéticos. Não é segredo que esta organização estava cheia de ex-nazis: o seu fundador e líder, Reinhard Gehlen, era o ex-chefe da inteligência militar nazi na Frente Oriental.

“O pano de fundo é que, neste momento da Guerra Fria emergente, as pessoas procuravam anticomunistas duros e, infelizmente, muitas vezes encontram-nos em ex-nazis”, disse Bodo Hechelhammer, historiador oficial do serviço de inteligência alemão BND.

A política não se limitou à Alemanha. Nos Estados Unidos, a CIA, o FBI e outras agências de inteligência recrutaram mais de 1.000 ex-nazi como agentes nos anos que se seguiram à guerra, incluindo figuras como Otto von Bolschwing, um assessor sénior de Eichmann.

Huber serviu a organização até 1967.

Questionado como uma possível testemunha pelos investigadores dos Julgamentos de Nuremberg em 1948, Huber afirmou que nada sabia do Holocausto até 1944.

A verdade é que, em 1938, o nazi deu ordens “para prender imediatamente judeus indesejáveis, particularmente com motivações criminais, e transferi-los para o campo de concentração de Dachau”.

Durante o seu tempo como chefe da Gestapo em Viena e no leste da Áustria, mais de 70 mil judeus do país foram assassinados.

https://zap.aeiou.pt/comandante-da-policia-secreta-de-hitler-em-viena-393906

 

Inteligência dos EUA prevê como será o mundo em 2040 - Instavel, conflituoso e “à deriva”

A Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos divulgou um estudo sobre como será o mundo em 2040. A análise alerta para uma volatilidade política e uma crescente competição internacional – ou mesmo conflito.


De acordo com a BBC, o relatório “A More Contested World” é uma tentativa de examinar as principais tendências e descreve uma série de cenários possíveis. É o sétimo relatório deste tipo do Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, que começou a divulgar um a cada quatro anos a partir de 1997.

Esta tentativa aponta para incerteza e instabilidade.

Em primeiro lugar, concentra-se nos fatores-chave que impulsionam a mudança. Um deles é a volatilidade política. “Em muitos países, as pessoas estão pessimistas sobre o futuro e estão cada vez mais desconfiadas dos líderes e instituições que consideram incapazes ou relutantes em lidar com tendências económicas, tecnológicas e demográficas disruptivas”, adverte o relatório.

A análise argumenta que as pessoas estão a gravitar em torno de grupos com ideias semelhantes e a fazer demandas maiores e mais variadas aos governos num momento em que estes estão cada vez mais limitados no que podem fazer.

“Essa incompatibilidade entre as habilidades dos governos e as expetativas do público tende a expandir-se e a levar a mais volatilidade política, incluindo crescente polarização e populismo dentro dos sistemas políticos, ondas de ativismo e movimentos de protesto e, nos casos mais extremos, violência, conflito interno ou mesmo colapso do estado”.

Expecativas não atendidas, alimentadas por redes sociais e tecnologia, podem levar a riscos para a democracia. “Olhando para o futuro, muitas democracias provavelmente serão vulneráveis a mais erosão e até mesmo ao colapso”, adverte o relatório.

O relatório afirma que a atual pandemia é a “perturbação global mais significativa e singular desde a Segunda Guerra Mundial”, que alimentou divisões, acelerou as mudanças existentes e desafiou suposições, inclusive sobre a forma como os governos conseguem lidar com crises.

O último relatório, divulgado em 2017, incluía essa possibilidade, imaginando que “a pandemia global de 2023” reduziria drasticamente as viagens globais para conter a sua propagação.

Os autores reconhecem que não esperavam a covid-19, que dizem ter “abalado suposições antigas sobre resiliência e adaptação e criado novas incertezas sobre a economia, governança, geopolítica e tecnologia”.

As alterações climáticas e as mudanças demográficas também serão impulsionadores principais, assim como a tecnologia, que pode ser prejudicial, mas também capacitar aqueles que a utilizam mais depressa.

Risco de conflito

Internacionalmente, os analistas esperam que a intensidade da competição pela influência global alcance o seu nível mais alto desde a Guerra Fria nas próximas duas décadas.

Organizações não governamentais, incluindo grupos religiosos e as gigantes tecnológicas também podem ter a capacidade de construir redes que competem com – ou até mesmo – contornam os estados.

O risco de conflito pode aumentar, tornando-se mais difícil impedir o uso de novas armas.

O terrorismo jihadista provavelmente continuará ativo, mas há um aviso de que terroristas de extrema direita e esquerda que promovem questões como racismo, ambientalismo e extremismo antigovernamental podem reaparecer na Europa, América Latina e América do Norte.

Os grupos podem usar inteligência artificial para se tornarem mais perigosos ou usar realidade aumentada para criar “campos de treino de terroristas virtuais”.

A competição entre os Estados Unidos e a China está no centro de muitas das diferenças nos cenários – se um deles se torna mais bem-sucedido, se os dois competem igualmente ou dividem o mundo em silos separados.

Democracias mais fortes ou “o mundo à deriva”?

Existem alguns cenários otimistas para 2040: o “o renascimento das democracias”.

Esta previsão envolve os Estados Unidos e os seus aliados a aproveitar a tecnologia e o crescimento económico para lidar com os desafios domésticos e internacionais, enquanto as repressões da China e da Rússia  sufocam a inovação e fortalecem o apelo da democracia.

Porém, nem tudo é positivo. “O cenário do mundo à deriva” imagina as economias de mercado a nunca conseguir recuperar da pandemia, tornando-se internamente profundamente divididas e vivendo num sistema internacional “sem direção, caótico e volátil”, já que as regras e instituições internacionais são ignoradas por países, empresas e outros grupos.

Já o cenário “tragédia e mobilização” imagina um mundo no meio de uma catástrofe global no início de 2030, graças às mudanças climáticas, fome e agitação. Contudo, isso leva a uma nova coligação global, impulsionada em parte por movimentos sociais, para resolver os problemas.

https://zap.aeiou.pt/instabilidade-conflito-e-o-mundo-a-deriva-inteligenci-393869

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