sexta-feira, 7 de maio de 2021

No Nepal, há pacientes a ser tratados no chão dos hospitais e fala-se em “catástrofe humana” !

O Nepal está a lutar para conter uma explosão de casos de covid-19, à medida que aumentam os receios de que a situação no país seja tão má – se não pior – como na vizinha Índia, com a qual partilha uma fronteira longa e porosa.


Após advertências por autoridades de saúde no início desta semana de que o país estava à beira de perder o controle do seu surto, o Nepal apelou por ajuda internacional urgente.

Enquanto o país relatava o maior número diário de novas infecções – 9.070 -, o primeiro-ministro, KP Sharma Oli, pediu ao exército que ajudasse a administrar as instalações de emergência para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.

Com as vacinas a diminuir e os hospitais sobrecarregados, surtos graves atingiram a capital, Katmandu, e as regiões sudoeste e oeste do país. A taxa nacional de positividade está em 47%. As taxas são ainda mais altas em alguns locais.

No início desta semana, Oli apelou à comunidade internacional por vacinas, já que as autoridades alertaram que aqueles que já tinham recebido a primeira dose do AstraZeneca precisavam urgentemente de uma segunda dose. A campanha de vacinação aleatória do governo foi responsabilizada por espalhar a doença.

Uma das áreas mais atingidas fora de Katmandu foi a cidade de Nepalgunj, no distrito de Banke, perto da fronteira com o estado indiano de Uttar Pradesh, que sofreu um influxo repentino de milhares de trabalhadores migrantes nepaleses que regressavam da Índia antes do encerramento da fronteira entre os dois países.

“Precisamos de agir agora para ter esperança de conter essa catástrofe humana”, disse Alexander Matheou, diretor da Federação da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho para a Ásia-Pacífico, citado pelo jornal britânico The Guardian.

“O que está a acontecer na Índia agora é uma previsão horrível do futuro do Nepal se não conseguirmos conter este último aumento de covid que está a ceifar mais vidas a cada minuto”, continuou Netra Prasad Timsina, presidente da Cruz Vermelha do Nepal.

“Em Katmandu, muitas pessoas estão a ficar em casa agora por causa da rapidez com que o vírus está a espalhar-se. Ao mesmo tempo, há longas filas em hospitais e farmácias. Por causa do confinamento nas grandes cidades, o acesso a transporte e medicamentos também é afetado. Os centros de cremação em todo o país estão a lotar rapidamente e os membros da família não conseguem realizar a última cerimónia de forma adequada”, descreveu Nripendra Khatri, da Catholic Relief Services.

Com menos médicos per capita do que a Índia e um sistema de saúde muito mais fraco, os casos no Nepal no mês passado aumentaram de 100 por dia para mais de oito mil.

O país de cerca de 30 milhões de habitantes tem apenas cerca de 1.600 camas em unidades de cuidados intensivos e menos de 600 ventiladores para asua população. Existem 0,7 médicos por 100.000 pessoas, uma taxa inferior à da Índia.

“É como se estivéssemos numa zona de guerra”, disse Sher Bahadur Pun, chefe da unidade de investigação clínica do hospital Sukraraj Tropical e Infectious Disease em Teku,  acrescentando que os pacientes estavam a ser tratados no chão e no pátio.

Como a Índia, o governo nepalês permitiu que uma série de grandes festivais religiosos acontecessem, incluindo Pahan Charhe, que ajudou a espalhar a doença.

Numa indicação clara da crise, o Ministério da Saúde do Nepal reconheceu, em comunicado na semana passada, que estava a perder o controle da situação.

https://zap.aeiou.pt/nao-e-so-a-india-no-nepal-ha-pacientes-a-ser-tratad-400728

 

Bolsonaro diz ter tido sintomas de reinfeção - China acusa-o de “politizar” novo coronavírus !

O Presidente do Brasil admitiu na quinta-feira que teve sintomas de reinfeção pelo novo coronavírus “há poucos dias” e afirmou que tomou ivermectina, fármaco sem comprovação científica contra a covid-19.


As declarações de Jair Bolsonaro foram prestadas na habitual transmissão em direto na rede social Facebook, em que voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19, como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina e a chamar “covardes” aos críticos desses fármacos.

“Eu estava com sintomas, há poucos dias, de uma possível reinfecção. Tomei ivermectina e no dia seguinte estava bom”, declarou Bolsonaro, defensor desse tipo de medicamentos desde o início da pandemia.

Canalha é quem disse que não toma isso e não dá alternativa. Eu nunca vi ninguém morrer por ter usado hidroxicloroquina, que é largamente usada na região amazónica para combater a malária, para combater o lúpus ou então artrite”, acrescentou.

O chefe de Estado dirigiu ainda críticas ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, exonerado nos primeiros meses da pandemia por discordar de Bolsonaro em relação à gestão da pandemia.

Mandetta depôs recentemente, como testemunha, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga alegadas omissões do Governo no combate à covid-19.

“Ser ministro da Saúde de fora é fácil. O Mandetta (…) condena a cloroquina e fala o quê para você? Fica em casa e, quando estiver sentindo falta de ar vai para o hospital para fazer o quê? Se não tem remédio comprovado? Para ser intubado. Quem não tem alternativa, cale a boca. Deixe de ser canalha em criticar quem usa alguma coisa”, disse Bolsonaro.

“Quando tenho problema de estômago, alguém sabe o que eu tomo? Tomo Coca-Cola e fico bom, é problema meu. O bucho é meu. Talvez o meu bucho, todo corroído pela Coca-Cola, me salvou da facada do Adélio”, acrescentou o Presidente, referindo-se ao homem que o esfaqueou em 2018, em plena campanha eleitoral.

Bolsonaro continua a ser um dos chefes de Estado mais céticos em relação à gravidade da doença, classificou a covid-19 de “gripezinha”, continua a censurar a adoção de medidas de isolamento social, e criticou várias vacinas, chegando a pôr em causa a eficácia das máscaras.

Essa postura levou a que fosse instalada uma CPI no Senado, que vai investigar a gestão do Governo no combate à pandemia, que já fez quase 417 mil mortos e 15 milhões de infetados no país.

Cloroquina ditou saída de Nelson Teich

De acordo com o Expresso, o segundo ministro da Saúde do mandato de Bolsonaro, Nelson Teich, cujo cargo durou apenas 28 dias, explicou por que razão abandonou o Governo.

“[As razões da minha saída] devem-se, basicamente, à constatação de que eu não teria a autonomia e a liderança que imaginava indispensáveis ao exercício do cargo. Essa falta de autonomia ficou mais evidente em relação às divergências com o Governo quanto à eficácia e extensão do uso do medicamento cloroquina para o tratamento da covid-19”, declarou Teich, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da crise sanitária no Brasil, citado pela Folha de São Paulo.

“Enquanto a minha convicção pessoal, baseada em estudos, era de que naquele momento não existia evidência da sua eficácia para liberar, existia um entendimento diferente por parte do Presidente, que era amparado na opinião de outros profissionais, até do Conselho Federal de Medicina, que naquele momento autorizou a extensão do uso”, acrescentou.

O ex-ministro da Saúde brasileiro disse ainda que a gota de água foram as declarações de Bolsonaro, quando disse seria o seu papel decidir “essa questão da cloroquina”.

“Está tudo bem com o ministro da Saúde [Nelson Teich], sem problema nenhum, acredito no trabalho dele. Mas essa questão da cloroquina vamos resolver. Não pode o protocolo dizer que só pode usar em caso grave… Não pode mudar o protocolo agora? Pode mudar e vai mudar”, anunciou o Presidente, em meados de maio de 2020.

“À noite, houve um live [vídeo], onde ele [Bolsonaro] coloca que espera que, no dia seguinte, vá acontecer isto, que vai ter uma expansão do uso [de cloroquina]. E aí, no dia seguinte, eu peço a minha exoneração”, confirmou Teich.

China acusa Bolsonaro de “politizar” coronavírus

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China rejeitou esta quinta-feira as insinuações levantadas pelo Presidente do Brasil sobre a origem do novo coronavírus que provoca a covid-19.

Numa conferência de imprensa, o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, garantiu que a China se opõe “firmemente a qualquer tentativa politizar e criar estigmas” em torno do SARS-CoV-2.

Numa cerimónia pública na quarta-feira, em Brasília, Jair Bolsonaro tinha questionado a origem do coronavírus SARS-CoV-2.

“É um vírus novo. Não se sabe se nasceu em laboratório ou se foi de um homem que comeu um animal. Sabemos que há guerras bacteriológicas”, declarou Bolsonaro.

A única guerra que está a ser travada, respondeu Wang Wenbin, é contra o novo coronavírus, que “é um inimigo comum da humanidade”.

O diplomata chinês apelou a todos os países do mundo que “unam esforços (…) para uma vitória rápida e completa sob a pandemia”.

Jair Bolsonaro tinha ainda destacado, numa alusão direta à China, que se deve recordar “qual é o país cujo PIB [Produto Interno Bruto] mais cresceu com a pandemia”.

A economia da China cresceu 18,3 por cento, no primeiro trimestre deste ano, em relação ao período homólogo de 2020, quando a atividade económica no país asiático paralisou, devido às medidas de prevenção contra a covid-19.

A China obteve um crescimento anual de 2,3 por cento no ano passado, tornando-se a única grande economia a crescer em 2020. Só Taiwan teve um desempenho económico melhor, com o PIB a crescer 3,1 por cento.

Poucas horas depois dos comentários iniciais, Jair Bolsonaro sublinhou que não tinha dito “a palavra China”. “Agora, vocês da imprensa não falam onde nasceu o vírus. Falem. Ou estão temendo alguma coisa”, disse o Presidente brasileiro aos jornalistas.

Já o presidente do centro brasileiro de investigação médica Instituto Butantan, Dimas Covas, reiterou que o SARS-CoV-2 não foi produzido na China e não faz parte de uma guerra biológica.

“A Organização Mundial da Saúde fez uma auditoria em Wuhan e deixou claras as condições de surgimento deste vírus. (…) A China fez o que o Brasil não fez, conseguiu controlar a epidemia”, acrescentou Dimas Covas.

Segundo um comunicado, o investigador falava durante a entrega de um milhão de doses da vacina contra a covid-19 CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e a mais utilizada no Brasil.

Dimas Covas admitiu atrasos na entrega de um lote de seis mil litros de ingrediente farmacêutico ativo, vindo da China, que permitiria produzir entre seis e oito milhões de doses da CoronaVac.

O lote terá afinal apenas dois mil litros e deverá chegar ao Brasil apenas a 13 de Maio.

O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia, totaliza 411.588 óbitos e mais de 14,8 milhões de infeções.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.244.598 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.988 pessoas dos 838.475 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-reinfecao-china-politizar-400698

 

China suspende “diálogo económico” com a Austrália e denuncia “mentalidade de Guerra Fria” !

Esta quinta-feira, o Governo chinês anunciou a suspensão “por tempo indefinido” de todas as atividades realizadas no âmbito da iniciativa “Diálogo Económico Estratégico China-Austrália”.


As relações entra a China e o ocidente estão cada vez mais tensas. O jornal Público escreve que a China criticou ainda os países do G7 por declararem apoio a Taiwan, envolvido numa disputa de soberania entre Pequim e Taipé.

A decisão da China surge pouco tempo depois de o Governo federal australiano ter usado o seu poder de veto para travar dois acordos assinados entre Pequim e o executivo do estado de Victoria, alegando incompatibilidades com o “interesse nacional”.

“Alguns responsáveis do Governo da Austrália lançaram, recentemente, uma série de medidas para desestabilizar os intercâmbios e a cooperação normais entre a China e a Austrália, com mentalidade de Guerra Fria e descriminação ideológica”, denunciou a Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reformas, citada pela Reuters.

O diretor do Australia-China Relations Institute da Universidade de Tecnologia de Sidney, James Laurenceson, considera que isto se trata de uma retaliação chinesa.

“É evidente que este desenvolvimento não é positivo. Já existia uma suspensão do diálogo entre líderes, do diálogo a nível ministerial e agora a nível burocrático”, disse Laurenceson ao South China Morning Post.

No passado, a proibição de acesso da Huawei à rede 5G australiana e o apela a uma investigação às origens do surgimento do novo coronavírus em Wuhan — sugerindo que a China encobriu o verdadeiro perigo da doença — contribuíram para a deterioração das relações diplomáticas dos dois países. Como consequência, Pequim impôs sanções económicas a Camberra.

As potências do G7 apelaram esta quarta-feira à China para respeitar os direitos humanos e liberdades fundamentais em Xinjiang e Hong Kong.

Os chefes da diplomacia, e ainda a União Europeia (UE), referiam desejar que o país asiático participe “de forma construtiva” na cena internacional “enquanto grande potência e economia, com uma avançada capacidade tecnológica”.

Para mais, foi ainda explícito o seu apoio à participação de Taiwan nos fóruns da Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar da oposição da China, sublinhando que este organismo internacional deverá manter um “papel central” nas medidas de segurança sanitárias globais.

O Governo chinês não ficou nada satisfeito com o comunicado e fala em “interferência grosseira”.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse que a posição do G7 sobre Taiwan é uma “interferência grosseira” nos seus “assuntos internos”.

“As acusações sem provas dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 contra a China são políticas de fação que procuram fazer marcha atrás na roda da História”, atirou Wang.

https://zap.aeiou.pt/china-suspende-dialogo-australia-400743

 

No primeiro complô da CIA contra os Castro, Fidel não era o alvo !

A CIA tentou por várias vezes matar Fidel Castro. No entanto, no primeiro complô americano contra a família Castro, Raúl, irmão de Fidel, era o alvo.


Fidel Castro foi um político e revolucionário cubano que governou o país como primeiro-ministro, de 1959 a 1976, e depois se tornou presidente, de 1976 a 2008. Apesar das inúmeras tentativas da CIA para o matar, Fidel acabaria por morrer de causas naturais em 2016, com 90 anos de idade.

A verdade é que novas evidências mostram que o primeiro plano da agência de inteligência do governo dos Estados Unidos não tinha como alvo Fidel, mas sim o seu irmão, Raúl Castro. O assassinato estava planeado para julho de 1960, apenas um ano e meio depois de os Castros chegarem ao poder, escreve a NPR.

No centro do plano estava José Raúl Martínez, piloto da Cubana de Aviación, uma companhia aérea cubana. Martínez estava a trabalhar secretamente para a CIA e era a peça ideal para o plano, já que tinha sido escolhido para pilotar um voo fretado para transportar Raúl Castro, que estava de visita a Praga.

Segundo documentos da CIA, disponíveis publicamente, a “possível remoção” dos três principais líderes cubanos — Fidel Castro, Raúl Castro e Che Guevara — era vista com bons olhos.

No entanto, confrontada com a possibilidade de matar Raúl Castro, a CIA não hesitou e deu a ordem para o piloto organizar “um acidente”. Em troca, ofereceu 10 mil dólares, pagos após a conclusão do serviço.

“Foi um complô de oportunismo que caiu no colo da CIA”, disse Peter Kornbluh, que dirige o Projeto de Documentação de Cuba na NSA, a agência de segurança dos Estados Unidos.

Kornbluh descobriu os detalhes da história em documentos governamentais, desclassificados no mês passado, e publicou-os no site do arquivo, escreve a NPR.

Martínez sugeriu despenhar a aeronave no oceano Atlântico, um ato que seria suicida. “Ele disse: ‘Se eu morrer, vai garantir que os meus dois filhos têm os seus estudos universitários pagos?’“, contou Kornbluh. A CIA aceitou a proposta.

Com Martínez já no ar, a CIA recuou e mandou cancelar o assassinato. O problema é que já era tarde demais: já não havia maneira de contactar o piloto.

Felizmente, o ataque acabou por não avançar. Mais tarde, após aterrar, Martínez explicou que não teve oportunidade de organizar “um acidente”. Alguns meses depois, Martínez desertou para os Estados Unidos.

Kornbluh não sabe ao certo, mas suspeita que Raúl Castro nunca tenha ouvido os detalhes do plano do avião até hoje.

“Imagino que Raúl Castro esteja a ler estas histórias e a ver estes documentos pela primeira vez e a maravilhar-se com o que a CIA tentou fazer”, disse Kornbluh à NPR.

https://zap.aeiou.pt/cia-fidel-nao-era-o-alvo-400586

 

Merkel opõe-se a proposta dos EUA de levantar patentes de vacinas !

O Governo alemão mostrou oposição à proposta dos EUA para o levantamento de patentes de vacinas contra a covid-19, descolando da posição de vários países e da própria União Europeia (UE).


“A proteção à propriedade intelectual é a fonte de inovação e deve continuar a sê-lo no futuro”, disse esta quinta-feira o Governo alemão, num comunicado, reagindo ao anúncio dos Estados Unidos.

A posição alemã esbarra contra várias posições que se mostraram abertas para discutir a proposta de Washington, que propôs o levantamento de patentes de vacinas contra a covid-19 e anunciou que estava a negociar “ativamente” nesse sentido com a Organização Mundial do Comércio.

“A proposta dos EUA de suspender as patentes das vacinas Covid-19 tem implicações para toda a produção de vacinas”, explicou o Governo alemão no comunicado, alegando que “o que tem limitado a fabricação de vacinas são as capacidades físicas de produção, não as patentes”.

Esta manhã, o Governo de coligação alemão, liderado por Angela Merkel, parecia dividido sobre esta matéria, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, a admitir negociar a proposta norte-americana, alinhado com a posição da UE.

Mas, à tarde, o comunicado do Governo rejeitou essa possibilidade, descolando da posição da própria UE.

A UE diz estar “pronta para discutir” a proposta dos Estados Unidos, lembrando que a comunidade europeia é por enquanto “o principal exportador de vacinas do mundo”, pedindo a outros países produtores para suspenderem as suas restrições às exportações.

Um levantamento temporário de patentes é particularmente exigido pela Índia e África do Sul para poder acelerar a produção, mas alguns países, incluindo a França, opõem-se veementemente.

Inicialmente, a UE não se manifestou a favor, argumentando que esta solução demoraria, devido à falta de meios de produção imediatamente mobilizáveis, mas posteriormente abriu a porta à negociação desta matéria.

O Governo dos Estados Unidos (EUA) apoiou na quarta-feira os esforços para renunciar às proteções de propriedade intelectual das vacinas contra a covid-19, num esforço para acelerar o fim da pandemia.

A posição foi anunciada em comunicado, enquanto decorrem negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a flexibilização das regras de comércio global, para permitir que mais países produzam vacinas contra a covid-19.

Já hoje, a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, saudou a proposta do Governo norte-americano, dizendo que o próximo passo é ter um texto para se chegar a um acordo.

“Peço que coloquem esse texto o mais depressa possível na mesa de negociações”, disse a diretora-geral da OMC.

O Conselho Geral da OMC, composto por embaixadores, está a analisar a questão central de uma dispensa temporária de proteções de propriedade intelectual sobre as vacinas contra a covid-19, que a África do Sul e a Índia propuseram pela primeira vez em outubro.

A ideia ganhou apoio no mundo em desenvolvimento e entre alguns legisladores progressistas do Ocidente.

Mais de 100 países manifestaram o seu apoio à proposta e um grupo de 110 membros do Congresso norte-americano – todos democratas – enviou uma carta ao Presidente Joe Biden, no mês passado, pedindo que apoiasse a renúncia.

https://zap.aeiou.pt/merkel-opoe-se-patentes-vacinas-400659

 

Donald Trump tem um novo site onde vai poder falar “livremente” !

Depois de ter sido banido do Twitter e do Facebook, Donald Trump tem um novo site onde pode partilhar as suas opiniões. “É um farol de liberdade” num “tempo de silêncio e mentiras”.


Donald Trump, ex-Presidente dos EUA, tem um novo site onde vai partilhar as suas opiniões, após ter sido banido do Twitter e do Facebook.

Também é possível doar para o movimento “Fazer a América Grande Outra Vez”.

Num tempo de silêncio e mentiras, um farol de liberdade surge. Um sítio para falar livre e seguramente. Diretamente da secretária de Donald J. Trump”, lê-se na legenda num vídeo de inauguração do site.

Com um logótipo com a mensagem “Salvar a América” no canto superior esquerdo, o site permite que os utilizadores possam criar uma conta e colocar like nos posts do ex-Presidente e também partilhá-los em outras redes sociais.

O ex-conselheiro político de Trump, Jason Miller, anunciou na sua conta pessoal do Twitter que o “site era um recurso excelente para encontrar os últimos comunicados e destaques no seu primeiro mandato”, ainda que tenha garantido que não era uma “nova plataforma de redes sociais”. “Teremos informações adicionais num futuro próximo”, garantiu.

Como recorda o Observador, Trump acabou por ser banido para sempre no Twitter (após o incentivo à insurreição nos ataques ao Capitólio) e estará bloqueado pelo menos durante mais seis meses no Facebook no e Instragram.

Em causa, esteve o facto de “o presidente Trump pretender usar o seu tempo restante no cargo para minar a transição pacífica e legal do poder para seu sucessor eleito, Joe Biden”, justificou Mark Zuckerberg.

https://zap.aeiou.pt/donald-trump-tem-novo-site-400620

 

Operação policial em favela do Rio de Janeiro fez 25 mortos !

Um intenso tiroteio ocorreu, esta quinta-feira, na favela do Jacarezinho, quando a Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou uma operação na comunidade contra o tráfico de droga. 


De acordo com a corporação, 24 moradores “suspeitos” foram mortos e um agente também acabou por ser atingido fatalmente na cabeça.

Segundo informações do jornal Extra, o polícia que morreu chegou a ser levado para o Hospital municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, mas não resistiu. Outros dois agentes da polícia também foram atingidos durante o confronto.

A polícia confirmou nas redes sociais a morte do inspetor Andre Leonardo de Mello Frias.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não avançou pormenores sobre quem são as vítimas civis e as circunstâncias em que foram atingidas. Além dos óbitos a registar, há também, pelo menos, cinco feridos.

Segundo o Expresso, os 25 mortos resultantes desta operação correspondem ao número de vítimas mais elevado durante uma intervenção policial numa favela, tal como indicam os dados da plataforma Fogo Cruzado que regista dados de violência armada desde 2016.

Vídeos divulgados por moradores da favela do Jacarezinho registaram o som de rajadas e explosões em diferentes pontos da comunidade, alvo de uma ação policial chamada Operação Exceptis.

Numa nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou que a operação realizada contra traficantes do Comando Vermelho (CV), a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, que atuam na comunidade do Jacarezinho, foi uma ação em conjunto com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

“A investigação teve início a partir de notícias recebidas pela DPCA de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a fação que domina o território. Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, assaltos a pedestres, homicídios e sequestros de comboios da SuperVia, entre outros crimes praticados na região”, refere a nota da polícia ‘carioca’.

Os investigadores acrescentam que com base em informações preliminares realizaram um trabalho de investigação que identificou 21 membros do alegado grupo criminoso, todos responsáveis por garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo.

“Foi possível caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra com centenas de ‘soldados’ munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo o tipo de acessórios militares”, explicou a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

A região do Jacarezinho é considerada um dos quartéis-generais da fação Comando Vermelho na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil ‘carioca’, devido à dificuldade de se operar no terreno, devido às barricadas e das táticas de guerrilha realizadas pelos grupos criminosos, o local abriga uma quantidade relevante de armamentos, que seriam utilizados na retomada de controlo de territórios perdidos para fações rivais ou para se reforçar de possíveis investidas das polícias.

https://zap.aeiou.pt/policia-morto-feridos-tiroteio-no-rio-400526

 

Foguetão chinês “fora de controlo” poderá sobreviver parcialmente à reentrada na Terra !

Parte de um enorme foguetão, que lançou o primeiro módulo da China para a estação espacial Tianhe, está a cair de volta à Terra e pode fazer uma reentrada descontrolada num ponto de aterragem desconhecido.


O foguetão Long March 5B, com 30 metros de altura, lançou o módulo não tripulado Harmonia Celestial para a órbita baixa da Terra, no dia 29 de abril, a partir de Wenchang, na província chinesa de Hainan.

Entretanto, o foguetão chinês entrou em órbita temporária, para depois fazer uma das maiores reentradas não controladas de sempre. Mas alguns especialistas temem que possa pousar numa uma área habitada.

Para Jonathan McDowell, Astrofísico do Centro de Astrofísica da Universidade de Harvard, o regresso poderá não correr bem.

“A última vez que lançaram um foguetão Long March 5B, acabaram com grandes pedaços de metal a voar pelo céu e a danificar vários edifícios na Costa do Marfim”, acrescentou.

“A maior parte incendiou-se, mas houve pedaços enormes de metal que atingiram o chão. Temos muita sorte de ninguém se ter magoado”, disse ainda.

Esta terça-feira, o foguetão orbitava Terra a cerca de 27.600 km/he, a uma altitude de mais de 300 km – o que significa que completava uma volta ao nosso planeta em apenas 90 minutos.

O exército dos Estados Unidos nomeou o foguetão de 2021-035B e o seu percurso pode ser visto online.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a altitude do Long March 5B caiu para 80 km e a SpaceNews relatou que observações amadoras feitas a partir da Terra mostram que se encontrava a cair e fora de controlo.

Isso e a velocidade com que orbita a Terra tornam impossível prever onde irá pousar quando a gravidade o “puxar” de volta. Apesar disso, McDowell pensa que o mais provável será o foguetão cair no mar, já que o oceano cobre cerca de 71% do nosso planeta.

O problema, de acordo com o astrofísico, é que alguns pedaços sobreviverão à reentrada, o que equivale “a um acidente de um avião pequeno espalhado por 160 quilómetros”.

Desde 1990, nenhum objeto com mais de dez toneladas foi deliberadamente deixado em órbita para voltar a entrar na atmosfera terrestre sem controlo, mas estima-se que o núcleo do Long March 5B pese cerca de 21 toneladas.

“O que é mau é o facto de ser muito negligente por parte da China. Não deixamos, deliberadamente, coisas com mais de dez toneladas, a cair do céu sem controlo”, criticou McDowell.

Com base na sua órbita atual, o foguetão está a passar pelo norte do planeta na zona de Nova Iorque, Madrid e Pequim e pelo sul na zona do Chile e Nova Zelândia – e pode fazer a sua reentrada em qualquer ponto destas áreas.

Dada a sua velocidade, uma pequena mudança no seu caminho pode fazer uma grande diferença relativamente ao sítio onde termina a viagem.

Apesar de se esperar que retorne à Terra na próxima segunda-feira, dia 10 de maio, isso pode acontecer dois dias antes ou depois.

McDowell disse que, uma vez que haja certezas acerca do dia em que reentra na atmosfera terrestre, os especialistas podem prever a hora de pouso numa janela de seis horas.

O lançamento do foguetão fez parte de 11 missões planeadas como parte da construção da estação espacial da China, que deve ser concluída no final de 2022.

A estação espacial em forma de T deve pesar cerca de 60 toneladas, consideravelmente menor que a Estação Espacial Internacional, que lançou seu primeiro módulo em 1998 e pesa cerca de 408 toneladas.

https://zap.aeiou.pt/foguetao-chines-fora-de-controlo-400238

 

França e Reino Unido mobilizam navios para Jersey e aumentam a tensão no Canal da Mancha !

A Marinha francesa respondeu esta quinta-feira ao envio de dois navios-patrulha britânicos para Jersey, na véspera, e mobilizou as suas próprias embarcações militares para as imediações da ilha, contribuindo, dessa forma, para o aumento da tensão no Canal da Mancha.

Em causa está uma disputa sobre o acesso dos barcos de pesca franceses às águas territoriais da ilha, localizada junto à costa da Normandia e dependente da Coroa britânica.

As autoridades de Jersey, a maior das ilhas do Canal da Mancha e uma dependência autónoma da coroa britânica perto da costa do norte de França, acusaram os gauleses de agir de forma desproporcional, depois de Paris ter ameaçado cortar o fornecimento de eletricidade para a ilha.

Jersey e as outras ilhas do Canal da Mancha estão mais próximas da França do que da Grã-Bretanha e, por esse motivo, aquela ilha recebe a maior parte da sua eletricidade de França, fornecida por cabos submarinos.

O porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, recusou-se a comentar a questão da eletricidade, mas expressou a “determinação total” da França em implementar o acordo pós-Brexit com o Reino Unido, especialmente em relação à indústria pesqueira.

“Continuaremos a fazer tudo o que pudermos para garantir que este acordo seja respeitado”, garantiu o porta-voz.

Para além do HMS Severn e do HMS Tamar (ambos da Marinha britânica) e dos navios-patrulha de França, várias dezenas de barcos pesqueiros franceses foram para do porto de St. Helier, contudo, ao longo esta tarde abandonaram os protestos.

“A demonstração de força está feita. É aos políticos que cabe decidir. (…) Agora, se não tivermos sucesso, a ministra deve apagar a luz”, disse o presidente da Comissão regional de pesca da Normandia, Dimitri Rogoff, indicando assim a situação de crise do setor.

As autoridades francesas dizem que as “novas medidas técnicas” impostas por Jersey não foram comunicadas à UE e que, por isso, são “nulas e inválidas”.

“Queremos voltar às negociações para podermos obter as licenças de pesca previstas no acordo”, disse à BBC uma fonte do Palácio do Eliseu, que acrescentou que os navios franceses estão no local para “monitorizar” uma situação que, apesar da tensão, “está calma”.

Contudo, o Governo britânico diz-se totalmente solidário com a tomada de posição do Governo autónomo de Jersey.

“O primeiro-ministro reitera o seu apoio inequívoco a Jersey e confirma que os dois navios-patrulha da Marinha Real vão permanecer onde estão para monitorizar a situação, como medida de precaução”, informou esta quinta-feira um porta-voz de Downing Street, dizendo que Boris Johnson tem estado em contacto com o ministro-chefe de Jersey, John Le Fondré, e com o responsável pelas questões diplomáticas da ilha, Ian Gorst.

A Comissão Europeia pediu “calma” a todos os intervenientes e informou que estão em curso negociações com o Reino Unido.

Nos termos do acordo de parceria que regula as relações comerciais e políticas entre Reino Unido e UE, houve um compromisso de divisão de quotas de pesca, com Bruxelas a concordar com um corte de 25% à quota de pesca em águas britânicas (a UE queria manter o limite atual, Londres queria um corte de 60%).

Foi ainda definido um período de transição até 2026 e renegociações anuais para fixar os totais admissíveis de capturas depois desse prazo.

Segundo o Público, existe ainda a possibilidade de a União Europeia levar a cabo medidas de retaliação, incluindo impor taxas ao peixe exportado pelo Reino Unido, caso este deixe de permitir o acesso previsto às suas águas.

https://zap.aeiou.pt/franca-reino-unido-jersey-400555

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Há estranhas rádios-fantasma na Rússia e exploradores entraram numa delas !

Aos 14 anos, um jovem comprou um rádio de ondas curtas e estava a testá-lo quando encontrou a transmissão errada – uma rádio fantasma.

Imagine que é um entusiasta da rádio, sozinho à noite, a trabalhar no espectro do rádio quando se depara com uma transmissão num canal de ondas curtas desativado, onde normalmente não haveria nada além de estática. A transmissão é uma melodia – ou um zumbido – ou, às vezes, um desenho animado a falar, seguido por uma série de números lidos por um humano ou voz sintetizada.

Para o engenheiro de software Chris Smolinski, de Baltimore, isto não era apenas uma hipótese. Aos 14 anos, conta o IFLScience, tinha acabado de comprar um rádio de ondas curtas e estava a testá-lo quando encontrou a transmissão errada.

“Estava a sintonizar estações como a BBC e a Rádio Moscovo, e então um dia descobri alguém a ler números”, contou Smolinski, em declarações ao Miami New Times.

Smolinski começou a documentar os números que ouvia na estação e outros ao longo de 20 anos antes de finalmente receber uma resposta.

A estação que ouvira – segundo a teoria prevalecente na maioria das estações de números – transmitia mensagens codificadas, destinadas às pessoas que saberiam descodificá-las do outro lado.

Essas mensagens particulares foram enviadas por Cuba, destinadas a espiões no campo.

A vantagem de enviar as mensagens desta forma é que, embora se possa descobrir de onde vem o sinal, é quase impossível descobrir a quem se destinam e quem as está a receber.

A desvantagem – como Cuba descobriria – é que quando alguém intercetasse o criptograma, conseguiria continuar a desvendar as mensagens a partir daí.

Algumas das mensagens, que seriam reveladas num processo judicial pelo FBI, seriam “priorizar e continuar a fortalecer a amizade com Joe e Dennis” e “sob nenhuma circunstância, os [agentes] German ou Castor devem voar com o BTTR ou outra organização em dias 24, 25, 26 e 27”.

Estas estações existem desde a I Guerra Mundial, embora tenham sido mais prolíficas no auge da Guerra Fria. Por vezes, transmitiam programação, outras aparentemente de forma aleatória, assustavam as pessoas em todo o mundo, não se limitando a um único idioma.

Uma teoria particularmente alarmante sobre uma estação numérica – “MDZhB”, também conhecida como “UVB-76” e “The Buzzer” – é que está a ser usada como um sinal de “Mão Morta”. A estação transmite um tom monótono constante, interrompido a cada poucos segundos por um som semelhante ao de uma sirene de nevoeiro e, ocasionalmente, por uma voz russa emitindo mensagens como “Ya UVB-76, Ya UVB-76. 180 08 BROMAL 74 27 99 14. Boris, Roman, Olga, Mikhail, Anna, Larisa. 7 4 2 7 9 9 1 4”.

A teoria da “Mão Morta” sugere que só se precisa de preocupar quando o sinal pára. Se estiver correto, o monótono está lá como uma espécie de alarme “está tudo bem”. Se o sinal cessar durante um certo período de tempo por causa de um ataque nuclear, uma resposta nuclear automática seria acionada.

A estação começou a transmitir na era soviética, mas não terminou com a sua queda. Na década de 1990, os entusiastas do mistério ouviram atentamente e perceberam que conseguiam ouvir as pessoas ao fundo, conversando baixinho.

O tom, que continua até hoje, não é uma gravação, mas um som ao vivo produzido por um microfone colocado perto de um altifalante.

Em novembro de 2001, os amadores ouviram uma pessoa a falar em russo. Noutras alturas, o tom parou para tocar uma parte do Lago dos Cisnes.

Em 2010, as conversas eram cada vez mais ouvidas até que, um dia, pararam. O silêncio durou pouco tempo. A estação tinha sido transferida da remota vila russa de Povarovo para outro local.

Isso deu a alguns investigadores corajosos a oportunidade de fazer uma visita ao redor da estação. Um explorador russo encontrou um diário de bordo militar que parecia confirmar que a estação estava a transmitir mensagens do estado russo, enquanto outros capturaram algumas fotografias de uma base militar degradada, que parece que poderia ter sido abandonada há muito tempo.

https://zap.aeiou.pt/exploradores-conseguiram-entrar-numa-400120

 

Austrália vai manter fronteiras fechadas até 2022 - Índia com novo máximo de casos !

O Governo australiano vai manter as fronteiras internacionais fechadas até 2022 devido a incertezas sobre vacinas e novas estirpes, disse o ministro das Finanças do país, Simon Birmingham.


“As incertezas sobre a velocidade da vacinação e a sua eficácia contra diferentes variantes da covid-19, bem como a sua duração e a sua eficácia, são considerações que significam que não vamos abrir as fronteiras de uma só vez no início do próximo ano muito facilmente”, disse Simon Birmingham, ao jornal The Australian.

A Austrália, que fechou as fronteiras internacionais em março de 2020, vive há meses uma relativa normalidade, interrompida apenas por confinamentos rápidos e abruptos na sequência de surtos causados por falhas nos protocolos de quarentena em centros para residentes que regressam.

O Governo australiano também proibiu, desde a semana passada, a entrada de cidadãos na Índia e desde segunda-feira ameaçou mesmo impor multas e penas de prisão aos que tentassem regressar daquele país, o que deu início a uma batalha judicial para provar a ilegalidade da medida.

A abertura das fronteiras internacionais é uma das preocupações dos imigrantes na Austrália, onde, segundo o último censo nacional em 2016, metade dos 25 milhões de pessoas do país nasceram no estrangeiro ou têm pelo menos um progenitor de outros países.

Por enquanto, a Austrália tem uma bolha de viagem com a Nova Zelândia, que tem permitido viagens nos dois sentidos sem quarentena desde 18 de abril, e está a contemplar acordos semelhantes com Singapura e Hong Kong.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, esperava abrir as fronteiras internacionais em outubro próximo, após completar a campanha de vacinação.

Mas um dos maiores problemas do Governo de Morrison são os atrasos na vacinação, devido a problemas como as exportações ou efeitos secundários, o que resultou na distribuição até à data de cerca de 2,5 milhões de doses, muito aquém dos quatro milhões previstos até final de março.

Índia com novo máximo de casos

A Índia registou 3.980 mortos e 421.262 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, somando desde o início da pandemia 230.168 óbitos e 21,1 milhões de contágios.

Este novo máximo de mortes surgiu depois de vários dias com descidas do número de casos, que começou a subir novamente na terça-feira.

Com 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia atravessa uma segunda onda da doença, que sobrecarregou o sistema de saúde, com escassez de oxigénio e de camas, e há peritos a considerar que os números reais de óbitos e de casos podem ser muito mais elevados.

Mais de 40 países começaram a enviar ajuda para a Índia para ajudar a combater a pandemia, incluindo ventiladores e equipamento médico, bem como geradores de oxigénio, cilindros, concentradores e reguladores.

https://zap.aeiou.pt/australia-vai-manter-fronteiras-fechadas-ate-2022-400409

 

Vacinas contra a covid-19 para menores de 16 anos podem ser aprovadas em breve !

Vacinas contra a covid-19 para menores de 16 anos podem ser aprovadas em breve. Contudo, os especialistas têm dúvidas em relação à necessidade de vacinar os mais jovens.


Atualmente há apenas uma vacina contra a covid-19, aprovada em Portugal, que pode ser usada em menores de 18 anos: a vacina da Pfizer. Mesmo assim, os inoculados não podem ter menos de 16 ou 17 anos. Ainda nenhuma vacina foi aprovada abaixo dos 15 anos.

Agora, esta situação pode mudar. A agência do medicamento norte-americana, a FDA (Food and Drug Administration), aprovou o uso da vacina da Pfizer/BioNTech dos 12 aos 15 anos, escreve o Observador.

A autorização para uso de emergência da vacina da Pfizer/BioNTech em jovens entre os 12 e os 15 anos pode ser dada pela FDA já na próxima semana, avança, por sua vez, o jornal The New York Times. Dos os 1.131 jovens norte-americanos vacinados nestas idades, nenhum contraiu o novo coronavírus e todos desenvolveram anticorpos.

“[A vacina] foi bem tolerada, com efeitos secundários, na generalidade, consistentes com os que tinham sido observados nos participantes dos 16 aos 25 anos”, lê-se no comunicado divulgado pela farmacêutica.

A Pfizer também deu início, em março, aos ensaios clínicos com crianças entre os 6 meses e os 11 anos. A farmacêutica norte-americana espera ter resultados no segundo semestre deste ano. Ainda assim, a vacinação não deverá começar antes de 2022, realça o Times.

A Moderna também deu início aos ensaios clínicos com crianças dos seis meses aos 11 anos.

Por sua vez, a AstraZeneca ia dar início aos ensaios clínicos com crianças em fevereiro, mas devido aos casos de coágulos sanguíneos após a vacinação, suspendeu os testes.

Especialistas temem que não consigamos atingir a imunidade de grupo se não vacinarmos os jovens abaixo dos 16 anos. No entanto, ainda não se sabe que papel têm as crianças na disseminação do vírus.

https://zap.aeiou.pt/vacinas-menores-16-aprovadas-breve-400413

 

Um polícia morto e vários feridos em tiroteio durante operação no Rio de Janeiro !

Um polícia morreu e várias outras pessoas ficaram feridas num tiroteio esta quinta-feira durante uma operação da polícia contra o tráfico de droga na comunidade de Jacarezinho, no Rio de Janeiro, Brasil, noticiou a imprensa.


Segundo informações do jornal Extra, o polícia que morreu chegou a ser levado para o Hospital municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, mas não resistiu. Outros dois agentes da polícia também foram atingidos durante o confronto.

A polícia confirmou nas redes sociais a morte do inspetor Andre Leonardo de Mello Frias.

De acordo com a mesma fonte, uma pessoa foi ferida na favela de Jacarezinho, dois passageiros que estavam dentro de uma estação de metro também ficaram feridos ao serem atingidos por vidro de uma das composições que aparentemente foi atingida por projétil vindo da área externa.

Vídeos divulgados por moradores da favela do Jacarezinho registaram o som de rajadas e explosões em diferentes pontos da comunidade, alvo de uma ação policial chamada Operação Exceptis.

Numa nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou que a operação realizada contra traficantes do Comando Vermelho (CV), a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, que atuam na comunidade do Jacarezinho, foi uma ação em conjunto com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

“A investigação teve início a partir de notícias recebidas pela DPCA de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a fação que domina o território. Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, assaltos a pedestres, homicídios e sequestros de comboios da SuperVia, entre outros crimes praticados na região”, refere a nota da polícia ‘carioca’.

Os investigadores acrescentam que com base em informações preliminares realizaram um trabalho de investigação que identificou 21 membros do alegado grupo criminoso, todos responsáveis por garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo.

“Foi possível caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra com centenas de ‘soldados’ munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo o tipo de acessórios militares”, explicou a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

A região do Jacarezinho é considerada um dos quartéis-generais da fação Comando Vermelho na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil ‘carioca’, devido à dificuldade de se operar no terreno, devido às barricadas e das táticas de guerrilha realizadas pelos grupos criminosos, o local abriga uma quantidade relevante de armamentos, que seriam utilizados na retomada de controlo de territórios perdidos para fações rivais ou para se reforçar de possíveis investidas das polícias.

https://zap.aeiou.pt/policia-morto-feridos-tiroteio-no-rio-400526

 

“Crise de saúde global” - Biden apoia levantamento das patentes das vacinas e UE segue o exemplo !

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou a proposta da Organização Mundial do Comércio (OMC) para renunciar às proteções de propriedade intelectual para as vacinas contra a covid-19.


“Esta é uma crise de saúde global e as circunstâncias extraordinárias da pandemia de covid-19 exigem medidas extraordinárias”, disse a representante comercial dos Estados Unidos Katherine Tai, em comunicado. “O governo acredita fortemente nas proteções à propriedade intelectual, mas, a serviço do fim desta pandemia, apoia a dispensa dessas proteções para as vacinas contra a covid-19”.

A OMC está a considerar uma proposta para lidar com essa desigualdade, já que Índia, África do Sul e mais de 100 outras nações defendem a renúncia de direitos de Propriedade Intelectual (PI) para vacinas e medicamentos contra a covid-19, o que poderia permitir que fabricantes noutros países fizessem os seus próprios.

O responsável da Organização Mundial da Saúde elogiou a intenção do governo Biden. “Este é um momento monumental na luta contra a #COVID19“, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus no Twitter. “O compromisso (…) de apoiar a dispensa de proteções IP em vacinas é um exemplo poderoso de liderança para enfrentar os desafios globais de saúde.”

Depois dos Estados Unidos também a União Europeia anunciou estar disposta a discutir o levantamento das patentes da vacina contra a covid-19. “A União está pronta para discutir qualquer proposta que aborde a crise de forma eficaz e pragmática”, disse Ursula von der Leyen, numa conferência no Instituto Universitário de Florença, em Itália.

Antes do anúncio de quarta-feira, os Estados Unidos estavam entre várias outras nações ricas – incluindo Reino Unido, Canadá e Japão – que resistiram às negociações da OMC sobre a proposta.

Em resposta ao apoio do governo, o Pharmaceutical Research and Manufacturers of America, um grupo comercial da indústria farmacêutica, expressou forte oposição e argumentou que a mudança representa uma rutura na política norte-americana de longa data sobre patentes médicas numa altura de iniquidades globais.

“No meio de uma pandemia mortal, a administração Biden deu um passo sem precedentes que irá minar a nossa resposta global à pandemia e comprometer a segurança”, lê-se num comunicado da PhRMA, citado pela NPR. “Esta decisão vai semear confusão entre os parceiros públicos e privados, enfraquecer ainda mais as cadeias de abastecimento já tensas e promover a proliferação de vacinas falsificadas.”

A batalha reflete a que ocorreu durante a epidemia de VIH na década de 1990, quando as empresas farmacêuticas entraram em guerra com as autoridades de saúde globais que procuravam produzir tratamentos genéricos. As farmacêuticas acabaram por recuar depois que o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela as ter acusado de usar patentes para lucrar com a crise de saúde em seu país.

A crise deu lugar a um precedente ao relaxar as restrições de patentes. Em 2001, a OMC adicionou a Declaração de Doha ao seu acordo sobre Aspetos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (TRIPS) para permitir que nações mais pobres importassem e desenvolvessem versões genéricas de produtos patenteados.

https://zap.aeiou.pt/crise-de-saude-global-biden-apoia-400385

 

“Atitude irresponsável e desestabilizadora” - G7 critica Rússia e pede que China respeite direitos humanos !

As potências do G7 manifestaram-se esta quarta-feira “muito preocupadas” pela “atitude irresponsável e desestabilizadora” da Rússia, em particular na Ucrânia, e apelaram à China para respeitar os direitos humanos e liberdades fundamentais em Xinjiang e Hong Kong.


Num comunicado comum, publicado após a primeira reunião presencial em mais de dois anos, os chefes da diplomacia da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e do Reino Unido também apelaram ao Irão para libertar os cidadãos com dupla nacionalidade detidos de forma “arbitrária”.

Ainda numa referência à Rússia, também manifestaram o interesse em estabelecer relações “estáveis e previsíveis”, mas sublinharam o seu compromisso para “estimular as capacidades coletivas” dos países aliados no G7 para “dissuadir” o atual comportamento do Kremlin, que “ameaça a ordem internacional baseada em regras”.

Sobre a China, os chefes da diplomacia, e ainda a União Europeia (UE), referiam desejar que o país asiático participe “de forma construtiva” na cena internacional “enquanto grande potência e economia, com uma avançada capacidade tecnológica”.

“É do interesse de todos, incluindo da China, a adoção de medidas contra os desafios globais, incluindo as alterações climáticas e a perda de biodiversidade”, assinalam as conclusões do encontro.

O comunicado também destaca a importância da cooperação com Pequim para “promover a recuperação económica face à covid-19, apoiar a luta contra a atual pandemia e prevenir outras futuras”.

Para mais, foi ainda explícito o seu apoio à participação de Taiwan nos fóruns da Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar da oposição da China, sublinhando que este organismo internacional deverá manter um “papel central” nas medidas de segurança sanitárias globais.

Em relação a Moçambique, as potências do G7 mostraram-se preocupadas com o crescente conflito na província moçambicana de Cabo Delgado, tendo apelado a Moçambique para “continuar a trabalhar com a comunidade internacional” para resolver o “impacto humanitário da insurgência”.

“Estamos profundamente preocupados pelo escalar do conflito em Cabo Delgado e com o aumento de ataques terroristas por uma afiliada do ISIS [Estado Islâmico do Iraque e da Síria]. Apelamos a Moçambique para responsabilizar os autores de abusos de direitos humanos e violações em Cabo Delgado”, afirmaram, num comunicado comum, os chefes da diplomacia dos sete Estados.

“Encorajamos Moçambique a continuar a trabalhar com a comunidade internacional para resolver o impacto humanitário da insurgência e atacar a raiz das causas e motivos do conflito e instabilidade e para prevenir um aumento maior da violência“, acrescentaram os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países, que estiveram reunidos em Londres.

Os responsáveis da diplomacia deste grupo de Estados saudaram também o trabalho do Governo de Moçambique na resposta à situação humanitária de segurança no norte do país africano, assim como pela “consideração atempada do apoio internacional”. “Expressamos a nossa solidariedade para com o Governo de Moçambique e o seu povo em enfrentarem a violência extremista”, concluíram.

Por fim, os países ricos do G7 também se comprometeram a apoiar financeiramente o sistema Covax de partilha de vacinas anti-covid “para permitir uma distribuição rápida e equitativa” das doses, mas sem anunciar uma ajuda suplementar.

Os chefes da diplomacia afirmam que “é necessário reconhecer um suficiente financiamento” para os mecanismos internacionais, após a OMS ter manifestado inquietação pela ausência de fundos disponíveis

https://zap.aeiou.pt/g7-critica-russia-china-direitos-humanos-400370

 

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