sexta-feira, 28 de maio de 2021

Lukashenko avisa - “Se aqui estalar algo, será uma nova guerra mundial” !

O Presidente da Bielorrússia respondeu com ameaças às sanções europeias, esta quarta-feira, e acusou o Ocidente de liderar uma “guerra gélida” contra o seu país.


“Estamos na primeira linha de uma de uma nova guerra, já não fria, mas gélida“, afirmou Aleksandr Lukashenko numa intervenção perante as duas câmaras do Parlamento bielorrusso, citado pela agência oficial BELTA.

Para o Presidente bielorrusso, foi “aberta uma guerra híbrida, a vários níveis” contra o seu país, cujo objetivo é “demonizar” a Bielorrússia.

“Somos um país pequeno, mas responderemos adequadamente. Há exemplos parecidos no mundo. Mas, antes de se agir sem pensar, há que recordar que a Bielorrússia é o centro da Europa e que, se aqui estalar algo, será uma nova guerra mundial“, avisou.

Lukashenko sublinhou que, diante de uma qualquer sanção, ataque ou provocação, a Bielorrússia “responderá com dureza”, avisando que o Ocidente “não está a deixar outra opção”.

“Vamos compensar as sanções com ações ativas noutros mercados. Vamos substituir a Europa, inexoravelmente envelhecida, pela Ásia, em rápido crescimento. A nossa sociedade está pronta para se tornar a nova Eurásia, o posto avançado da nova Eurásia”, acrescentou.

Por seu lado, o primeiro-ministro bielorrusso, Roman Golovchenko, disse ter já sido preparado um pacote de medidas de proteção para empresas e cidadãos, que consiste num possível embargo às importações de mercadorias do Ocidente e restrições ao seu trânsito.

Além disso, Lukashenko também alertou para a ideia de que a Bielorrússia pode enfraquecer o controlo sobre o tráfico de drogas e a migração ilegal, obrigando a que os europeus fiquem encarregados de assumir a totalidade do problema.

O Presidente bielorrusso avisou os que estão a preparar novas sanções contra a Bielorrússia para que “não se esquecerem de compensar” as despesas feitas por Minsk durante a investigação do incidente. “Isto tem de ser pago”, acrescentou.

Lukashenko voltou a defender que, no incidente da aterragem forçada do avião da Ryanair, as suas ações foram ajustadas ao enquadramento legal.

Agi de acordo com a lei, defendendo as pessoas de acordo com todos os padrões internacionais”, disse, garantindo que as alegações de que o avião de passageiros foi forçado a pousar por um caça MiG-29 são uma “total mentira”.

O Presidente bielorrusso sustentou que a missão do caça bielorrusso foi garantir a comunicação com o avião de passageiros e conduzi-lo ao aeroporto de Minsk em caso de situação crítica.

Recorde-se que, na segunda-feira, os líderes da União Europeia decidiram banir as transportadoras deste país e solicitar às companhias aéreas europeias para evitar o espaço aéreo bielorrusso, exigindo ainda mais sanções contra o regime de Lukashenko.

Esta quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que iniciou esta quarta-feira uma visita oficial de dois dias a Lisboa, condenou o ato “ultrajante” de Minsk e apelou à “unidade da comunidade internacional” na resposta.

“Saúdo as sanções decididas pela União Europeia e a exigência da libertação imediata do jornalista Roman Protasevich e da sua companheira, Sofia Sapega. E a libertação de todos os restantes presos políticos, incluído da Union of Poles [União dos Polacos], uma organização que representa a minoria polaca no país”, insistiu.

Nesta conferência de imprensa conjunta, o primeiro-ministro português, António Costa, também considerou que o regime bielorrusso “ultrapassou todas as linhas vermelhas”.

“Claramente, acho que quem ultrapassou todas as linhas vermelhas possíveis e imagináveis foi a Bielorrússia e o Presidente Lukashenko. É preciso sentir-se muito ameaçado pelas forças democráticas internas para desencadear um ato absolutamente inimaginável ao permitir-se proceder a um desvio de um avião civil, que se desloca entre duas capitais europeias, duas capitais da NATO, com o exclusivo objetivo de deter um jornalista e a sua companheira”, declarou.

As autoridades bielorrussas detiveram, no domingo, o jornalista Roman Protasevich, depois de Lukashenko ter ordenado que o voo da companhia aérea Ryanair, que fazia a rota de Atenas para Vílnius, fosse desviado para o aeroporto de Minsk.

Protasevich, de 26 anos, é o ex-chefe de redação do influente canal Nexta, que se tornou a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos anti-governamentais após as Presidenciais de agosto de 2020.

https://zap.aeiou.pt/lukashenko-sera-nova-guerra-mundial-405411

 

Amazon compra MGM por 8,45 mil milhões de dólares !

A Amazon comprou a MGM por 8,45 mil milhões de dólares. O objetivo passa por alargar o catálogo de filmes e séries do serviço Amazon Prime Video.


A Amazon chegou a acordo para comprar a Metro-Goldwyn-Mayer, mais conhecida por MGM, a empresa norte-americana de produção e distribuição de filmes e programas de televisão.

A Amazon pagou cerca de 8,45 mil milhões de dólares, passando agora a deter uma biblioteca de conteúdo que, segundo consta, consiste em cerca de 4.000 filmes e 17.000 horas de TV, escreve o The Verge.

Desta forma, o serviço Amazon Prime conseguirá potencialmente atrair mais subscritores, competindo com a Netflix e com a HBO. A Amazon diz que a aquisição “proporcionará aos clientes maior acesso” aos trabalhos da MGM.

Esta é a segunda maior aquisição da multinacional norte-americana, depois de ter adquirido em 2017 a rede de supermercados Whole Foods, por quase 14 mil milhões de dólares.

“O valor financeiro real por trás deste acordo é o tesouro da propriedade intelectual no profundo catálogo que planeamos reimaginar e desenvolver junto com a talentosa equipa da MGM”, disse Mike Hopkins, vice-presidente sénior da Prime Video e Amazon Studios, em comunicado. “É muito empolgante e oferece muitas oportunidades para uma narrativa de alta qualidade”.

Com a compra da MGM, a Amazon passa também a ser dona do canal de televisão por cabo Epix.

A MGM tem um portfólio variado, detendo os direitos de conteúdos dos franchises de James Bond e Rocky, para além de séries como The Handmaid’s Tale e Vikings.

https://zap.aeiou.pt/amazon-compra-mgm-405393

 

Flórida quer proibir o Twitter e o Facebook de banir políticos !

Um recente projeto de lei na Flórida quer proibir o Facebook e o Twitter de excluir políticos das suas plataformas.


O projeto de lei, aprovado pelo governador republicano Ron DeSantis na segunda-feira, quer proibir as redes sociais de banirem as contas de candidatos a cargos políticos na Flórida.

A proibição permite que o Comité Eleitoral da Flórida “imponha multas de 250 mil dólares” (cerca de 205 mil euros) por dia para candidatos a cargos estaduais e 25 mil dólares (cerca de 20 mil euros) por dia para cargos fora do estado. A proposta foi criada em fevereiro e recebeu o nome de SB 7072, uma abreviação para Senate Bill 7072.

De acordo com o governador, citado pelo The Verge, a proposta tem como objetivo aumentar a manifestação dos utilizadores, em vez de a reprimir.

Há, porém, um obstáculo: a lei pode entrar em conflito com a Primeira Emenda da legislação dos Estados Unidos que proíbe o Governo de compelir ou controlar a liberdade de expressão.

Além disso, muitas entidades ligadas às tecnologias encaram esta proposta como inconstitucional.

Os tribunais poderão revogar a lei devido à Secção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, que isenta as redes sociais de responsabilidade pelo conteúdo publicado, sendo o utilizador o responsável pelo que publica.

Mas Ron DeSantis não se deixa intimidar com esta possibilidade. “Nós agimos para assegurar que ‘nós o novo’ – os verdadeiros cidadãos da Flórida – tenhamos proteção garantida contra as elites de Silicon Valley”, disse, em comunicado.

https://zap.aeiou.pt/florida-proibir-twitter-banir-politicos-405221

 

Onda de violência em campanha eleitoral - 80 candidatos já foram assassinados no México !

Pelo menos 80 candidatos e 28 familiares de políticos mexicanos já foram mortos na campanha para as eleições de 6 de junho. Agora, o movimento Cidadão perde o seu terceiro dirigente em menos de duas semanas.


Mesmo sendo o México um país onde já existe histórico de violência eleitoral, esta campanha tem sido a mais sangrenta de que há memória. Segundo o WSJ, vários gangues de criminosos têm atacado as áreas locais, intimidando ou matando políticos.

Alma Barragán, candidata à presidência de Moroléon, um município de 50 mil habitantes no estado mexicano de Guanajuato, foi assassinada a tiro durante uma ação de campanha, num ataque que deixou ainda dois feridos.

Este é o terceiro assassinato de políticos do mesmo partido, o Movimento Cidadão, em menos de duas semanas.

A candidata publicou um vídeo na sua página de Facebook onde estava e convidar os habitantes a juntar-se à sua campanha eleitoral. “Se querem acompanhar-me, venham ouvir as minhas propostas e conviver. Muita obrigada, aqui vos espero.” Pouco depois, chegavam vários homens armados.

Este caso segue-se a dezenas de outros que têm ocorrido em várias localidades do país da América Latina.

A 14 de maio, outro candidato do Movimento Cidadão, Abel Murrieta, de Cajeme, no estado de Sonora, foi igualmente assassinado durante um comício.

Também no último domingo foi encontrado morto Arturo Flores Bautista, candidato a presidente da câmara de Landa de Matamoro, em Querétaro.

Para além das 80 mortes entre candidatos, registam-se mais de 500 agressões a políticos, um aumento de 64% em relação ao mesmo período de 2018.

Outros dados, estes recolhidos pela consultora Etellekt, mostram que 28 familiares de políticos foram mortos nesta campanha até ao fim do mês de Abril.

Segundo o presidente da Etellekt, nem todas estas mortes estão ligadas ao narcotráfico, como muitas vezes se pensa. “São muitos os interesses económicos e de poder que estão em jogo nestas cidades, onde chefes criminosos não querem perder a posição dominante”, refere.

A 6 de junho, os mexicanos serão chamados a votar para preencher cerca de 20 mil cargos, incluindo 15 governadores e os membros da Câmara dos Deputados e dos congressos locais.

https://zap.aeiou.pt/violencia-campanha-eleitoral-mexico-405223

 

Influencers franceses e alemães contactados por agência com ligações à Rússia para denegrir vacina da Pfizer !

Os alvos desta campanha de desinformação receberam um e-mail de uma agência de comunicação, aparentemente sediada no Reino Unido, que lhes oferecia uma “parceria” em nome de um cliente com “um orçamento colossal”, que queria permanecer anónimo e manter o negócio em segredo.


YouTubers, bloggers e influencers franceses e alemães estão a ser contactados por uma agência de relações públicas para dizerem aos seus seguidores que a vacina da Pfizer/BioNTech é responsável por centenas de mortes.

A Fazze, a suposta agência de comunicação sediada em Londres, tem aparentes ligações à Rússia. Esta terça-feira, encerrou o seu site e tornou privada a conta no Instagram.

O The Guardian avança que a agência contactou vários YouTubers franceses na semana passada e lhes pediu para “explicar que a taxa de mortalidade entre os vacinados com a Pfizer é quase 3 vezes maior do que os vacinados com AstraZeneca”.

Os influenciadores, que partilham geralmente conteúdos de saúde e ciência, deveriam publicar links no YouTube, Instagram ou TikTok, direcionando para artigos no Le Monde, no Reddit e no site Ethical Hacker sobre um relatório cujos dados supostamente corroboram a alegação.

Acontece que, segundo o jornal britânico, o artigo no Le Monde refere dados alegadamente obtidos por hackers russos da Agência Europeia de Medicamentos e posteriormente publicados na dark web. Além disso, não contém referência sobre taxas de mortalidade.

Já as páginas dos outros dois sites foram apagadas.

Os influenciadores contactados pela agência receberam instruções precisas, como mencionar que “os principais media ignoram o tema” e questionar por que “alguns Governos estão a comprar ativamente a vacina Pfizer, que é perigosa para a saúde”.

Palavras como “publicidade” ou “patrocinado” não deviam ser usadas nos conteúdos, que, por sua vez, deviam ser apresentados “como a sua própria visão independente”.

Léo Grasset, um dos YouTubers contactados, partilhou uma captura de tela dos e-mails recebidos no Twitter.

O francês, que conta com quase 1,2 milhões de subscritores, referiu que a campanha tinha destinado um “orçamento colossal”, mas que a agência se recusou a identificar o cliente.

De acordo com o LinkedIn, a Fazze é gerida a partir de Moscovo e já trabalhou para uma agência supostamente fundada por um empresário russo.

https://zap.aeiou.pt/influencers-denegrir-vacina-da-pfizer-405195

 

Reino Unido - Centenas de mulheres exigem pedido de desculpas por adoções forçadas !

Entre as décadas de 1950 e 1970, centenas de mulheres britânicas foram forçadas a entregar os filhos recém-nascidos para adoção. Agora, exigem um pedido de desculpas formal do governo.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, estima-se que cerca de 250 mil mulheres na Grã-Bretanha tenham sido obrigadas a entregar os filhos recém-nascidos, nas décadas de 50, 60 e 70.

A maior parte eram jovens solteiras quando engravidaram, cujas famílias não aceitaram a gravidez e que tiveram os filhos em instituições – chamadas “lares para mães e bebés” -, que não lhes deram outra escolha.

A maioria destas mulheres, agora com idades entre os 70 e os 80 anos, diz ter vivido uma vida marcada pelo luto e pelo trauma de ter perdido o contacto com os filhos.

Numa carta dirigida ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson, centenas de mulheres exigem agora um pedido de desculpas.

No documento, dizem que um pedido de desculpas lhes pode trazer, pelo menos, algum conforto e consideram que o governo lhes deve esse gesto, “em nome das instituições e de todos os que as trataram tão mal”, escreve a BBC.

“Nunca me perguntaram se eu queria prosseguir com a adoção. Foi um dado adquirido”, disse Jill Killington, citada pelo The Guardian.

Killington engravidou em 1967, aos 16 anos. Nove dias após o parto, o seu bebé, Liam, foi-lhe retirado.

“Esperavam que eu simplesmente continuasse com a minha vida como se nada tivesse acontecido. Tenho a certeza de que isso teve um impacto na minha vida. Existe um ciclo de tristeza e de raiva. Uma espécie de melancolia qu está sempre presente”, disse.

Também a ex-parlamentar trabalhista e ministra Ann Keen deu à luz um filho, quando tinha apenas 17 anos, que acabou por ser dado para adoção.

Foi coerção. A frase que usaram foi ‘é pelo melhor’ e ‘se realmente amas o teu bebé, deves desistir dele'”, contou à BBC.

“Não desisti do meu filho nem o abandonei. Um pedido de desculpas limparia o meu nome e o nome do meu filho. O que aconteceu é uma injustiça histórica. Está na altura de pedir desculpa”, disse.

Sue Armstrong Brown, diretora da Adoption UK, disse que “o que aconteceu com estas mulheres é doloroso e indefensável. Pedir desculpas é a coisa certa a fazer pelo governo”.

“Hoje, a adoção só é usada quando não é seguro para uma criança ficar com a sua família biológica por causa de abuso, violência ou negligência. Mas devemos a estas mulheres e aos seus filhos enfrentar o mal que lhes foi feito noutros tempos”, acrescentou.

As mulheres que assinaram a carta enviada ao governo britânico defendem, por isso, que o Reino Unido siga o passo dado pela Austrália, em 2013, quando a então primeira-ministra, Julia Gillard, pediu desculpas a cerca de 150 mil mulheres que também foram obrigadas a entregar os seus bebés.

Em 2018, também o Senado canadiano recomendou ao governo federal que formalizasse um pedido de desculpas às 300 mil mulheres do país, impedidas no passado de criar os seus filhos.

“As mulheres jovens sentiram vergonha. Foram privadas da sua dignidade e respeito próprio, sem fazerem nada de errado, e foram forçadas a separações horríveis”, disse, na altura, Alison McGovern.

Em janeiro, a Irlanda pediu desculpa aos ex-residentes de lares de mães e bebés, pela forma como foram tratados ao longo de várias décadas. O então primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que as adoções ilegais no país eram “mais um capítulo da história sombria” da Irlanda.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-pedido-desculpas-adocoes-405213


 

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Desvio de avião pela Bielorrússia “só foi possível com o apoio do Kremlin” !

O sequestro do avião da Ryanair por parte da Bielorrússia só foi possível com o apoio dos serviços de inteligência do Kremlin, que nunca virou as costas ao Presidente Alexander Lukashenko, disse à Lusa uma analista.


Para Judy Dempsey – analista do grupo de reflexão Carnegie Europe e diretora executiva da publicação Strategic Europe – o recente episódio do sequestro do avião da Ryanair e a detenção do opositor do regime da Bielorrússia Roman Protasevich teve de contar com o know-how de logística dos serviços de inteligência russos.

A analista chega a esta conclusão por causa da complexidade da operação e também pelo contexto político de relacionamento entre os dois países.

“Não sabemos muito do que está a acontecer. Mas sabemos que Moscovo nunca virou as costas a Lukashenko, até porque Putin mantém a esperança de conseguir trazer a Bielorrússia para a esfera de influência da Rússia”, explicou Dempsey, em declarações à Lusa.

Esta especialista em política internacional considera que o gesto da Bielorrússia foi uma “aposta de alto risco“, porque resultou numa união de toda a comunidade internacional num protesto inequívoco, deixando o seu Governo à mercê de uma condenação quase consensual. “Este episódio uniu os 27 países. Porque perceberam que isto poderia ter acontecido com qualquer um deles”, explicou Judy Dempsey.

Nesse sentido, o caso não favorece os interesses de Moscovo, já que o Presidente russo sempre apostou numa estratégia de dividir a Europa, criando clivagens entre os diferentes países da comunidade, para reforçar a sua posição de ameaça. “Por isso é que comecei por dizer que ainda não conhecemos bem tudo o que se passou”, concordou.

A analista do Carnegie Europe também não acredita que Putin consiga fazer a união da Rússia e com a Bielorrússia, apesar do continuado “namoro” do Kremlin ou da pressão exercida através da dependência energética, particularmente do gás.

“Lukashenko não tem legitimidade política para atuar. Mesmo que Putin queira essa união dos dois países, não a vai conseguir com Lukashenko e não a vai conseguir com outro Presidente, porque o povo bielorrusso não está interessado nessa ligação”, disse Dempsey.

Mas a analista admite que Putin possa estar a criar um plano para a sucessão de Lukashenko. “Nesse caso, é preciso ter cuidado. Muito cuidado”, alertou a especialista, para quem este é o momento para a União Europeia (UE) desenhar uma estratégia para este problema e confrontar Lukashenko com os seus próprios problemas de legitimidade.

“As sanções económicas são táticas, não são decisões estratégicas”, defendeu Judy Dempsey, para quem a UE não está a agir com suficiente clareza e determinação.

Judy Dempsey considera que as autoridades europeias deviam apostar na transição de poder na Bielorrússia, em vez de usar uma tática de confrontação e de medidas sancionatórias. “Os europeus deviam estar a apoiar a mudança política na Bielorrússia, apoiando os movimentos políticos de oposição”, concluiu a analista.

Esta quarta-feira, o Presidente da Bielorrússia considerou que o país está a ser alvo de “ataques” que passaram os limites.

“Passaram muitas linhas vermelhas e os limites do bom senso e da moralidade humana”, disse Lukashenko aos membros do Parlamento, de acordo com a agência de notícias estatal Belta, citada pela AFP.

https://zap.aeiou.pt/desvio-aviao-apoio-do-kremlin-405189

 

Há um país no mundo onde a pandemia pode ter ajudado a salvar vidas !

O ano de 2020 foi sinónimo de aumento na taxa de mortalidade de vários países, com a pandemia de covid-19 a fazer milhares de mortos pelo mundo fora. Mas ainda assim houve um país que conseguiu diminuir o seu número de óbitos.


Em 2020, os Estados Unidos, o Brasil e a Índia foram alguns dos países que registaram mais óbitos devido ao novo coronavírus. Esta situação, faz com que tenham visto a sua taxa de mortalidade subir a pique durante o ano passado.

Por outro lado, há países onde a crise de saúde pública em nada influenciou os seus cálculos demográficos. É o caso da Noruega e da Dinamarca, onde as mortes observadas em 2020 foram efetivamente iguais às das tendências históricas, sugerindo que a pandemia não afetou significativamente a mortalidade geral.

Contudo, há um país que conseguiu o que parecia ser impossível. Na Nova Zelândia, a mortalidade caiu abaixo do esperado no ano de 2020.

Embora este resultado seja notável, não é uma surpresa, pois a Nova Zelândia foi um verdadeiro caso de sucesso na contenção da pandemia.

“A Nova Zelândia destacou-se como o único país que teve mortalidade abaixo do esperado em todas as faixas etárias, tanto em homens quanto em mulheres, sem diferença de sexo nas taxas de mortalidade excessiva, o que pode ser potencialmente atribuído à estratégia de eliminação do país no início do pandemia”, explicam os investigadores no estudo publicado no jornal The BMJ.

Para já, ainda não há dados que expliquem esta tendência no país, mas os autores do estudo vão mais longe e dizem até que a pandemia pode ter ajudado a diminuir a taxa de mortalidade.

Ainda assim, os especialistas acreditam que o aumento das medidas de saúde pública pode ter tido um efeito protetor sobre a população, levando a quedas significativas na mortalidade por gripe sazonal e pneumonia, que em anos normais costumam fazer muitas mortes.

De recordar que, logo que a pandemia eclodiu, a Nova Zelândia foi um dos primeiros países do mundo a restringir as viagens na totalidade e a aplicar uma série de medidas internas.

Contrariamente, em outros sítios do planeta as coisas não correram tão bem e o efeito da mortalidade excessiva da pandemia foi muito além das mortes que podem ser atribuídas diretamente aos casos de covid-19, escreve o Science Alert.

https://zap.aeiou.pt/pais-onde-pandemia-salvar-vidas-404809

 

Misteriosa base aérea está a ser construída em ilha vulcânica ao largo do Iémen !

Uma misteriosa base aérea está a ser construída numa ilha vulcânica ao largo do Iémen. A ilha situa-se num dos principais pontos de estrangulamento marítimo do mundo.


As autoridades do governo internacionalmente reconhecido do Iémen suspeitam que os Emirados Árabes Unidos estão por trás da construção, embora o país tenha anunciado em 2019 que estava a retirar as suas tropas de uma campanha militar liderada pelos sauditas contra os rebeldes hutis do Iémen.

“Este parece ser um objetivo estratégico de longo prazo para estabelecer uma presença relativamente permanente”, referiu Jeremy Binnie, editor do Oriente Médio da empresa de inteligência de código aberto Janes.

A pista da Ilha Mayun permite a quem a controla projetar força no estreito e lançar ataques aéreos contra o Iémen. Também fornece uma base para qualquer operação no Mar Vermelho, no Golfo de Aden e na vizinha África Oriental.

Imagens de satélite do Planet Labs, obtidas pela Associated Press, mostraram veículos a construir uma pista de 1,85 km na ilha a 11 de abril. A 18 de maio, a obra parecia já estar concluída.

Segundo o The Guardian, uma pista tão extensa pode albergar aeronaves de ataque, vigilância e transporte.

Em declarações à AP, as autoridades, que preferiram manter o anonimato, disseram que os navios chegados dos Emirados transportavam armas, equipamentos e tropas militares para a Ilha Mayun nas últimas semanas.

Revelaram ainda que a tensão recente entre os Emirados Árabes Unidos e o presidente do Iémen, Abd Rabbu Mansour Hadi, surgiu numa altura em que os Emirados pressionaram o Governo para que assinasse um contrato de arrendamento com duração de 20 anos para Mayun. Contudo, as autoridades dos Emirados não reconheceram nenhuma discordância.

Questionadas pela Associated Press sobre a construção da base aérea na ilha vulcânica, as autoridades dos Emirados em Abu Dhabi e a embaixada do país em Washington não responderam aos pedidos de comentários.

Mayun, também conhecida como Ilha Perim, fica a três quilómetros da extremidade sudoeste do Iémen. As potências mundiais reconheceram a localização estratégica da ilha durante centenas de anos, especialmente com a abertura do Canal de Suez que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho.

https://zap.aeiou.pt/misteriosa-base-aerea-ilha-iemen-405012

 

“Hitler estava certo.” - BBC investiga jornalista que comparou Israel à Alemanha Nazi !

A BBC está a investigar a atividade de uma das suas jornalistas nas redes sociais, que comparou Israel à Alemanha Nazi.


A BBC, emissora de rádio e televisão pública do Reino Unido, está a investigar várias publicações feitas nas redes sociais, nomeadamente no Twitter, pela jornalista Tala Halawa, especialista em assuntos da Palestina.

Halawa comparou Israel à Alemanha Nazi. Num dos tweets publicados em 2014 lê-se: “Israel é mais nazi do que o Hitler”. E termina com: “Hitler estava certo“.

Segundo o The Independent, o grupo Honest Reporting destacou uma série de tweets da jornalista durante o conflito de Gaza de 2014, incluindo publicações onde se lia que “os sionistas não se cansam do nosso sangue” e que apelidava os sionistas de “estúpidos“.

A jornalista trabalha atualmente como especialista em assuntos da Palestina para a BBC Monitoring – parte da produção do Serviço Mundial da BBC – e tem feito a cobertura do recente conflito em Gaza.

Um porta-voz da BBC revelou que os tweets em causa foram publicados antes de Tala Halawa começar a trabalhar para a estação britânica. “Mesmo assim, estamos a levar o caso muito a sério e a investigar“, acrescentou.

Atualmente, a conta de Twitter da jornalista não está disponível.

Recentemente, a agência de notícias norte-americana Associated Press suspendeu a jornalista Emily Wilder por violar a política da empresa, depois de ter publicado alguns tweets relacionados com a Palestina.

Wilder, de 22 anos, afirmou que a sua demissão fazia parte de um padrão mais amplo de censura contra repórteres pró-Palestina.

https://zap.aeiou.pt/hitler-estava-certo-bbc-investiga-jornalista-404942

 

Espanha procura jihadistas sírios que entraram em Ceuta !

Os serviços de informações espanhóis estão à procura de um grupo de radicais, recentemente regressados da Síria, que entraram em Ceuta, informaram as autoridades, que estão mesmo a trabalhar com Marrocos.


Segundo avançou esta terça-feira o Vanguardia, os indivíduos foram identificados nas imagens reveladas de pessoas que cruzaram a fronteira de El Tarajal. Desde a semana passada que os serviços de informações espanhóis reforçaram a presença em Ceuta, com a Guardia Civil e a Polícia Nacional a aumentarem os efetivos na zona.

De acordo com a RTP, que cita a agência Lusa, as autoridades espanholas referiram que entre as nove a dez mil pessoas que cruzaram a fronteira estão membros do exército marroquino, situação que tem gerado preocupação.

O Governo de Ceuta indicou que mais de 800 menores marroquinos entraram ilegalmente na semana passada, aguardando a resolução da sua situação, cujo processo de repatriamento é dificultado pela falta de documentos de identificação.

Cerca de 7.800 pessoas já foram devolvidas a Marrocos desde o início da crise. Milhares de migrantes, maioritariamente jovens, entraram ilegalmente em Ceuta na semana passada.

Esta última crise entre Espanha e Marrocos deve-se à permanência em Madrid do secretário-geral da Frente Polisário, Brahim Ghali, por motivos de saúde. Considerado como um grupo terrorista por Rabat, reivindica o direito à autodeterminação no Saara Ocidental, território que foi colónia espanhola e posteriormente ocupado pelo Marrocos.

https://zap.aeiou.pt/espanha-jihadistas-sirios-ceuta-405048

 

Milhões de vacinas podem ser desperdiçadas em Hong Kong - Tudo devido à desconfiança !

A campanha de vacinação está longe do sucesso esperado, devido à desconfiança do governo local. Milhões de doses da Pfizer-BioNTech poderão ser desperdiçadas.


Um especialista de Hong Kong alertou que a desconfiança da população em relação às vacinas contra a covid-19 poderá obrigar as autoridades a deitar fora milhões de doses da Pfizer-BioNTech, que expiram nos próximos três meses.

“Todas as vacinas têm uma data de validade“, disse esta terça-feira Thomas Tsang, antigo responsável do Centro de Proteção da Saúde, à rádio estatal RTHK.

“Não podem ser utilizadas após a data de expiração, e os centros de vacinação que administram a [vacina] BioNTech deixarão de funcionar após setembro, de acordo com o calendário atual”, acrescentou. “O mundo inteiro luta para conseguir vacinas“, sublinhou, considerando “injusto” que Hong Kong não esteja a utilizar as doses disponíveis.

A antiga colónia britânica é um dos raros territórios do mundo a ter conseguido doses suficientes para vacinar toda a população, de 7,5 milhões de habitantes, mas a campanha de vacinação está longe do sucesso esperado, muito por causa da desconfiança em relação ao governo local, considerado por muitos como o braço da repressão da China, após as manifestações de 2019.

Na origem da fraca procura das vacinas poderá estar também a falta de informação e a baixa circulação do vírus em Hong Kong, levando muitas pessoas a considerar que não há urgência na vacinação.

A relutância em relação à vacinação é partilhada até pelos trabalhadores do setor da saúde. Há algumas semanas, as autoridades hospitalares revelaram que apenas um terço do pessoal, considerado prioritário, tinha sido vacinado, de acordo com a agência France-Presse (AFP).

Hong Kong comprou 7,5 milhões de doses da vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech, e igual número de doses da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, que ainda não foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Hong Kong também tinha encomendado previamente 7,5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, antes de recuar, explicando que preferia utilizar o orçamento para vacinas de segunda geração.

Até agora, Hong Kong recebeu quase 3,3 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech, mas apenas 1,2 milhões foram administradas. Segundo a AFP, 19% da população recebeu a primeira dose, tendo 14% completado a vacinação.

Nas últimas semanas, políticos de Hong Kong sugeriram que a antiga colónia britânica deveria enviar as doses não utilizadas para o estrangeiro, se mais habitantes não solicitarem a vacina.

No início deste ano, o governo anunciou a distribuição de vales de compras de 5.000 dólares de Hong Kong (526 euros) para impulsionar a economia, tendo havido propostas de que fossem condicionados à vacinação. A chefe do executivo, Carrie Lam, rejeitou no entanto esta terça-feira a sugestão.

“Oferecer dinheiro ou algo tangível para levar as pessoas a serem vacinadas não deve ser feito pelo governo”, disse, considerando que isso poderia “ter o efeito oposto ao pretendido”.

https://zap.aeiou.pt/vacinas-desperdicadas-hong-kong-404935

 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

UE espera ter toda a população vacinada em setembro !

A União Europeia (UE) conta receber mais de mil milhões de vacinas até ao final de setembro, fornecidas por quatro farmacêuticas, estando confiante de que até essa data conseguirá imunizar toda a população europeia, que conta com 450 milhões de pessoas.


Segundo um documento da Comissão Europeia (CE) apresentado aos líderes da UE, a que a agência Reuters teve acesso, este objetivo supera a meta inicial de inocular 70% da população adulta até ao final do verão. O documento indica que a UE espera receber 413 milhões doses até ao final do segundo trimestre e 529 milhões entre julho e setembro.

Esta previsão inclui as vacinas da Pfizer-BionTech, Johnson &Johnson, AstraZeneca e Moderna, ficando de fora a CureVac e a Sanofi, que estão em desenvolvimento.

A UE, que no primeiro trimestre do ano recebeu 106 milhões de vacinas, quer ainda partilhar pelo menos 100 milhões de doses aos países mais pobres.

De acordo com o Público, quase metade dos adultos da UE já recebeu a primeira dose da vacina, num total de 300 milhões de doses entregues, disse esta terça-feira a CE, falando em “progressos constantes”. “Fizemos progressos constantes em matéria de vacinação na UE”, divulgou a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, no Twitter.

Das 300 milhões de doses entregue aos Estados-membros, 245 milhões já foram administradas na UE e a 46% da população adulta (170 milhões de pessoas) já recebeu pelo menos uma dose do fármaco. “Esta semana vamos atingir um novo marco: metade dos adultos da UE terão recebido a sua primeira dose”, continuou Von der Leyen.

A ferramenta ‘online’ do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para rastrear a vacinação da UE revelou que 17,3% da população recebeu as duas doses da vacina, enquanto cerca de 40,7% recebeu a primeira dose.

https://zap.aeiou.pt/ue-populacao-vacinada-setembro-404927

 

Corpo de homem desaparecido encontrado no interior de estátua de dinossauro !

As autoridades espanholas acreditam que o indivíduo entrou na estátua de dinossauro para tentar apanhar o seu telemóvel.


Um homem de 39 anos, que estava desaparecido, foi encontrado morto dentro de uma estátua de dinossauro na província de Santa Coloma de Gramenete, em Barcelona. O The Independent escreve que o indivíduo terá caído e ficado preso ao tentar recuperar o telemóvel.

Um pai e filho deram o alerta, depois de terem reparado, na tarde de sábado, que algo estava no interior da estátua de um estegossauro feito de papel maché. A dupla chamou a polícia ao local e os bombeiros recuperaram o corpo do homem, que estava na perna do dinossauro.

Uma porta-voz dos Mossos d’Esquadra referiu que a morte do homem parece ter sido acidental, não havendo indícios de crime.

“Encontrámos o corpo de um homem no interior de uma das pernas da estátua do dinossauro. É uma morte acidental, não houve violência. Esta pessoa entrou dentro da estátua e ficou presa. Parece que estava a tentar recuperar um telemóvel, que deixou cair. Aparentemente, entrou de cabeça na estátua e não conseguiu sair”, explicou.

A investigação do incidente continua em curso. “Ainda estamos à espera dos resultados da autópsia, por isso não sabemos quanto tempo lá ficou, mas parece que foi cerca de dois dias“, acrescentou o porta-voz.

O homem tinha sido dado como desaparecido pela família horas antes de ter sido encontrado.

https://zap.aeiou.pt/corpo-no-interior-de-estatua-dinossauro-404936

 

Dayaal tem três anos e quase igualou o QI de Albert Einstein !

Uma menina de três anos, que vive em Birmingham, no Reino Unido, quase igualou a pontuação de Albert Einstein num teste de QI organizado pela associação internacional de superdotados Mensa.


Dayaal Kaur, de apenas três anos, obteve um resultado de 142 pontos no teste de quociente de inteligência (QI) da associação Mensa, uma pontuação não muito abaixo do resultado estimado de Albert Einstein, conta a rede televisiva RT.

A menina, que vive em Birmingham, no Reino Unido, havia demonstrado muitas capacidades desde o seu nascimento, por isso os pais decidiram submetê-la ao teste desta associação internacional de superdotados. Com apenas 13 meses, por exemplo, a criança já conseguia contar até 15 e, um mês depois, sabia dizer o alfabeto.

A prova revelou que a inteligência de Dayaal estava no percentil 99,9 para a sua idade e que tinha uma capacidade de reconhecer palavras e habilidades matemáticas de uma menina de cinco anos.

“O seu QI é de 142 aos três anos. Pelos vistos, o QI máximo estimado de Einstein foi 160 e não tenho a certeza de quantos anos tinha quando soube este resultado”, disse o pai de Dayaal, Sarbjit Singh, citado pelo Birmingham Live.

Após a admissão na famosa associação, Dayaal recebeu uma oferta para estudar numa escola privada em Edgbaston, com um valor de matrícula mais reduzido, mas os pais dizem que, mesmo assim, fica acima das suas possibilidades. “É como ter um Bentley e não poder conduzi-lo”, lamentou o progenitor.

Por enquanto, a menina foi também aceite na escola primária da sua localidade e a família já pediu que avance um ano letivo para garantir que a sua aprendizagem é estimulada.

“Pode tornar-se uma futura líder mundial, ou ganhar um prémio Nobel, ou até mesmo vir a trabalhar num café. Pode ser o que ela quiser, desde que tenha sempre um sorriso no rosto, isso é o mais importante”, disse ainda o pai.

https://zap.aeiou.pt/dayaal-quase-igualou-qi-einstein-404815

 

Há um vírus a preocupar os cientistas que pode desencadear “pandemias desastrosas” !

O novo surto da gripe das aves (H5N8) pode “saltar” de uma espécie para outra e tem o potencial de explodir naquela que seria uma “pandemia desastrosa”.


Em fevereiro, sete trabalhadores de um aviário na Rússia testaram positivo para o H5N8. Nesse mesmo mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou a situação e concluiu que o risco de transmissão entre humanos era baixo.

No entanto, há cientistas que consideram o problema grave e que pensam que o vírus da gripe aviária tem sido ignorado porque a atual pandemia desviou todas as atenções.

Recentemente, dois investigadores escreveram um artigo na Science no qual alertam que o H5N8 pode “saltar” de uma espécie para a outra e ter o potencial de explodir naquela que seria uma “pandemia desastrosa“.

As regiões geográficas afetadas têm vindo a expandir-se continuamente e pelo menos 46 países comunicaram surtos do AIV H5N8 altamente patogénicos”, escreveram os investigadores, citados pelo IFL Science.

“A rápida propagação global deste vírus da gripe aviária altamente patogénico e a sua capacidade demonstrada de atravessar a barreira das espécies, transmitindo-se para os seres humanos, torna-o uma grande preocupação não só para a agricultura e segurança da vida selvagem, mas também para a saúde pública global“, salientam.

Os surtos deste vírus já levaram ao abate de milhões de aves. Para adensar o problema, os cientistas alertam para a possível transmissão do H5N8 para os seres humanos.

No caso do surto russo, todos os pacientes permaneceram assintomáticos. Embora tenha havido alguma especulação de que a transmissão de pessoa para pessoa pode mesmo acontecer, as autoridades de saúde dizem que o risco é baixo.

O novo artigo da Science refere que o H5N8 tem potencial para causar sérios problemas à saúde pública, mas nem tudo são más notícias: os cientistas salientam que existe a hipótese de prevenir uma potencial pandemia.

Apesar de a covid-19 ter ajudado a refinar as medidas mundiais de controlo e contenção de surtos de doenças, os investigadores sublinham que a agricultura e a vigilância de doenças emergentes têm de ser alvo de algumas mudanças.

O comentário na revista Science é assinado por Weifeng Shi, da Escola de Saúde Pública e Departamento de Doenças Infecciosas na Universidade de Shandon (China), e George Gao, que integra o Instituto Nacional de Doenças Virais e o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças na China e da Academia de Ciências chinesa, dois especialistas em doenças infecciosas emergentes.

https://zap.aeiou.pt/virus-preocupa-pandemias-desastrosas-404773

 

Aviões da Bielorrússia banidos pela UE - Jornalista “confessa crimes” em vídeo !

Os líderes da União Europeia (UE) decidiram, esta segunda-feira, solicitar às companhias aéreas europeias para evitar o espaço aéreo bielorrusso, enquanto banem as transportadoras deste país na Europa, exigindo ainda mais sanções contra o regime de Aleksandr Lukashenko.


Reunidos em cimeira extraordinária em Bruxelas, os líderes europeus decidiram, de forma unânime, “pedir ao Conselho para adotar as medidas necessárias para banir a entrada no espaço aéreo europeu de companhias aéreas da Bielorrússia e impedir o acesso dessas transportadoras aos aeroportos da UE”, segundo a informação divulgada à imprensa.

Os líderes da UE decidiram também “pedir às companhias aéreas sediadas na UE para evitar sobrevoar a Bielorrússia” e ainda solicitar “ao Conselho para adotar novas sanções económicas específicas”.

Nessa tomada de posição, os 27 exigem ainda uma “investigação urgente” por parte da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) ao incidente, bem como a “libertação imediata” de Roman Protasevich e da sua namorada, e ainda a sua “liberdade de circulação”.

A Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) já anunciou que vai reunir de emergência o seu corpo diretivo ainda esta quinta-feira.

Ressalvando que Aleksandr Lukashenko já faz parte da lista de indivíduos visados nas sanções da UE, dada a repressão policial nas manifestações de agosto passado, fontes diplomáticas adiantaram à agência Lusa que foi dado um “sinal claro sobre sanções económicas específicas”, com listas adicionais de pessoas e entidades.

Em causa está o desvio forçado de um voo da Ryanair para Minsk, no domingo, a meio de uma viagem entre Atenas (Grécia) e Vílnius (Lituânia), que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso.

Protasevich acabou detido pelas autoridades bielorrussas, quando os cerca de 120 passageiros do avião foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a uma suposta ameaça de bomba, que se veio a revelar falsa.

Jornalista “confessa crimes” em vídeo

Segundo o jornal online Observador, foi entretanto divulgado um vídeo, filmado na prisão e divulgado pelas estações de televisão estatais da Bielorrússia, no qual o jornalista e ativista confessa ter organizado “manifestações em massa” no país.

No vídeo, Protasevich garante ainda que está bem de saúde e que está a ser bem tratado na prisão em que se encontra.

A Lituânia já tinha anunciado que ia proibir voos, de ou para o seu território, que cruzem o espaço aéreo bielorrusso. O Reino Unido também interditou a companhia aérea nacional da Bielorrússia, a Belavia, e instruiu aeronaves do Reino Unido a evitarem o espaço aéreo deste país.

A companhia aérea alemã Lufthansa também anunciou a suspensão das suas operações no espaço aéreo da Bielorrússia.

Esta segunda-feira, as autoridades bielorrussas afirmaram que o voo da Ryanair desviado para o aeroporto de Minsk foi ameaçado num email reivindicado pelo movimento islâmico Hamas.

Protasevich, de 26 anos, antigo chefe de redação do influente media da oposição bielorrusso Nexta e que seguia a bordo do aparelho, desde novembro que era considerado um “terrorista” pelas autoridades do seu país.

Anteriormente, o jornalista bielorrusso já tinha notado que estaria a ser seguido em Atenas, alegadamente por agentes ligados aos serviços secretos da Bielorrússia.

https://zap.aeiou.pt/lideres-da-ue-decidem-banir-avioes-da-bielorrussia-e-evitar-o-seu-espaco-aereo-404863

 

Há um concurso de culinária no Pacífico que tem como missão salvar vidas !

O programa de televisão Pacific Island Food Revolution (PIFR) é um concurso de culinária que junta concorrentes das ilhas do Pacífico, como Fiji, Vanuatu, Samoa e Tonga. Embora pareça leviano, o concurso tem uma missão nobre.


Durante décadas, os habitantes das ilhas do Pacífico têm sido alvo de doenças cardíacas, diabetes e hipertensão.

A culpa é de uma dependência em todo o Pacífico de alimentos processados importados, com um elevado teor calórico, explica Wame Valentine, gestor de comunicações do PIFR, citado pelo Atlas Obscura.

Valentine lamenta que alimentos tradicionais, como abacaxi fresco ou frutos do mar, simplesmente não sejam tão atraentes ou bem comercializados quanto McDonald’s.

Doenças crónicas como diabetes são responsáveis por 70% das mortes em todo o Pacífico. Visto desta perspetiva, o assunto parece sério demais para ser resolvido com um concurso de culinária na televisão. Mas o apresentador do programa, Robert Oliver, garante que é mais eficaz do que ordens do médico ou campanhas governamentais.

A ideia partiu precisamente de Oliver, que quis fazer um programa centrado nos habitantes das ilhas do Pacífico, “com a sua comida, os seus líderes, o seu povo, a sua cultura”. Quando o Pacific Island Food Revolution estreou em 2019, tornou-se o primeiro programa televisivo focado em habitantes desta zona do planeta.

O conceito do programa é bastante simples: doze duplas de chefs qualificados competem nos seus países de origem pela oportunidade de enfrentar outros campeões nacionais nas finais. O programa tem como objetivo ser educativo e inspirador, além de divertido, explica Valentine.

O objetivo do programa é promover alimentos locais, como coco e mandioca. No entanto, os séculos de colonialismo tornaram esta uma tarefa bem mais árdua do que devia ser.

Os concorrentes são desafiados a usar ingredientes locais, desde refeições escolares a pratos baseadas em hidratos de carbono nativos, como o taro, em vez de arroz branco importado.

Uma sondagem a espectadores regulares teve 66% dos entrevistados de Vanuatu a dizer que mudaram a sua dieta devido ao PIFR, com Fiji e Samoa logo atrás. As audiências são altas não só nos países que participam, mas também noutras nações do Pacífico, como a Papua-Nova Guiné, por exemplo.

“É uma mudança de mentalidade”, atira Oliver. “As pessoas estão a dizer que o que consideravam comida de aldeia e comum agora é comida sexy de TV”.

https://zap.aeiou.pt/concurso-culinaria-pacifico-salvar-vidas-404787

O misterioso assassinato de duas mulheres foi resolvido usando o Google Earth e o Facebook !

Usando pouco mais do que o Google Earth e o Facebook, jornalistas da BBC ajudaram a desvendar o misterioso assassinato de duas mulheres nos Camarões.


Em julho de 2018, começou a circular na Internet um vídeo chocante que mostrava duas mulheres, acusadas de pertencer ao grupo terrorista Boko Haram, a serem detidas por soldados.

As mulheres e os seus filhos pequenos foram levados para um local desconhecido onde foram vendados, forçados a cair no chão e baleados à queima-roupa, conta o IFL Science.

Ninguém sabia onde tinha sido gravado o vídeo, a identidade dos soldados, nem que país serviam. Dois meses depois, jornalistas da BBC, que usaram pouco mais do que o Google Earth e o Facebook, descobriram o que aconteceu – e contaram tudo numa thread do Twitter.

Na altura, especialistas da Amnistia Internacional concluíram que os soldados pertenciam aos Camarões e que as imagens tinham sido gravadas numa região do norte do país, Mayo Tsanaga.

Apesar de o Governo ter rejeitado as acusações, afirmando que estavam em causa “notícias falsas”, os jornalistas da BBC encontraram uma preciosa pista escondida nos vídeos: as montanhas.

Usando o Google Earth, encontraram uma correspondência para o perfil distinto das montanhas próximas de uma cidade chamada Zelevet, no norte dos Camarões, perto da fronteira com a Nigéria.

Assim que identificaram a área, usaram alguns detalhes – como estradas, edifícios e árvores – para determinar a localização exata do assassinato. A comparação dos detalhes dos vídeos com as imagens de satélite de 2013 a 2018 mostrou que devem ter sido gravados entre 2015 e o início de 2016.

Um pouco de conhecimento matemático permitiu aos jornalistas reduzir o espaço temporal. Segundo o portal, um vislumbre de uma trilha de terra nos vídeos levantou a suspeita de que a gravação deve ter sido feita durante a estação quente e seca dos Camarões – ou seja, entre janeiro e abril.

Usando os soldados no vídeo como “relógios de sol humanos” improvisados, os jornalistas foram capazes de identificar uma janela de duas semanas.

Mas permanecia uma pergunta no ar: quem eram, afinal, os soldados? Os “detetives” da BBC conseguiram identificar um dos indivíduos usando um dos melhores e mais detalhados bancos de dados do planeta: o Facebook.

Um mês depois de o vídeo ter aparecido online, o ministro da Comunicação dos Camarões divulgou um comunicado onde afirmava que sete militares tinham sido desarmados e detidos enquanto decorria uma investigação.

https://zap.aeiou.pt/misterioso-assassinato-duas-mulheres-404621

 

Bielorrússia diz ter recebido ameaça do Hamas - UE promete “resposta muito forte” !

As autoridades bielorrussas afirmaram, esta segunda-feira, que o voo da Ryanair desviado para o aeroporto de Minsk, com um opositor político a bordo, foi ameaçado num email reivindicado pelo movimento islâmico Hamas.


“Nós, soldados do Hamas, exigimos que Israel termine os ataques ao setor de Gaza. Exigimos à União Europeia que termine o seu apoio a Israel (…) Caso as nossas reivindicações não sejam satisfeitas, uma bomba explodirá [a bordo do avião da Ryanair] sobre Vílnius”, citou Artem Sikorski, diretor do transporte aéreo no Ministério dos Transportes bielorrusso, esclarecendo que lia uma tradução em russo da mensagem recebida em inglês.

Igor Goloub, comandante da Força Aérea bielorrussa, também disse esta segunda-feira que o comandante do voo da Ryanair decidiu aterrar em Minsk “sem interferência externa”, após ter sido informado da ameaça de bomba, rejeitando assim a tese de desvio.

Roman Protasevich, de 26 anos, antigo chefe de redação do influente media da oposição bielorrusso Nexta e que seguia a bordo do aparelho, foi detido após a chegada do avião a Minsk. Desde novembro que era considerado um “terrorista” pelas autoridades da Bielorrússia.

Entretanto, a porta-voz do ministério do Interior bielorrusso anunciou que o opositor está em prisão preventiva num estabelecimento prisional de Minsk e que “não se registaram queixas sobre o seu estado de saúde”.

Ao início da noite, a mãe do opositor tinha afirmado a diversos media bielorrussos que o seu filho estaria provavelmente hospitalizado devido a problemas cardíacos. “Essas informações são falsas”, reagiu o ministério.

Os países ocidentais e os membros da NATO, incluindo o Governo português, já condenaram o desvio do avião, assim como a detenção de Protasevich, e aludiram à aplicação de sanções e outras medidas contra o Governo bielorrusso.

“Esta noite teremos certamente um enfoque nas relações externas e haverá um enfoque muito forte no sequestro absolutamente inaceitável de um voo da Ryanair pelas autoridades bielorrussas”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à chegada à cimeira extraordinária que junta os líderes da União Europeia.

Haverá uma resposta muito forte porque este é um comportamento ultrajante e o regime de Lukashenko tem de compreender que isto terá consequências graves”, garantiu a presidente do Executivo comunitário.

Segundo von der Leyen, em cima da mesa estão “diferentes opções de sanções”, entre as quais “sanções contra indivíduos que estão envolvidos neste sequestro”, mas também “sanções contra empresas e entidades económicas que estão a financiar estes regimes” e “sanções contra o setor da aviação”.

Para a alemã, o jornalista e ativista “tem de ser libertado imediatamente“, razão pela qual a UE vai “exercer pressão sobre o regime bielorrusso até que, finalmente, respeite a liberdade dos meios de comunicação social e a liberdade de imprensa e de opinião”.

Nesta declaração, a responsável disse ainda que a UE tem “um pacote económico e de investimento de três mil milhões de euros pronto para a Bielorrússia que fica em espera e suspenso até esta se tornar democrática”.

A União Europeia já convocou o embaixador da Bielorrússia em Bruxelas, Aleksandr Mikhnevich.

Diplomatas da embaixada da Letónia expulsos de Minsk

“O embaixador da Letónia foi convidado a deixar o país dentro de 24 horas. Todo o pessoal diplomático, administrativo e técnico da embaixada também está convidado a deixar a Bielorrússia dentro de 48 horas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Vladimir Makei, citado pela agência de imprensa oficial Belta.

A Letónia apenas poderá manter um funcionário em Minsk para “assegurar a manutenção do edifício” da embaixada, esclareceu o Governo bielorrusso.

Em Riga, onde se realiza o campeonato do mundo de hóquei, o presidente da Câmara da capital da Letónia, Martins Stakis, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Edgars Rinkevics, substituíram a bandeira nacional da Bielorrússia pela bandeira vermelha e branca, usada pela oposição, de acordo com a agência bielorrussa.

Suspensão de operações no espaço aéreo bielorrusso

A Lituânia anunciou que vai proibir voos, de ou para o seu território, que cruzem o espaço aéreo bielorrusso. O Reino Unido também já interditou a companhia aérea nacional da Bielorrússia, a Belavia, e instruiu aeronaves do Reino Unido a evitar o espaço aéreo deste país.

A companhia aérea alemã Lufthansa também anunciou a suspensão das suas operações no espaço aéreo da Bielorrússia.

A Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) anunciou, entretanto, que vai reunir de emergência o seu corpo diretivo esta quinta-feira.

“O presidente do Conselho da ICAO convocou uma reunião de emergência dos 36 representantes diplomáticos do Conselho a 27 de maio, após o incidente envolvendo o voo FR4978 da Ryanair no espaço aéreo da Bielorrússia”, publicou no Twitter a agência, com sede em Montreal, no Canadá.

https://zap.aeiou.pt/bielorrussia-ameaca-hamas-404859

 

Documentos revelam que EUA ponderaram ataque nuclear à China em 1958 !

Os militares norte-americanos ponderaram um ataque nuclear à China para evitar uma possível invasão de Taiwan, mesmo sabendo do perigo de uma retaliação por parte da URSS para apoiar o seu então aliado, o que poderia ter desencadeado uma guerra nuclear de larga escala.


De acordo com o documento agora publicado pelo jornal New York Times, peritos militares norte-americanos remeteram à Casa Branca planos para usar armas nucleares contra a China durante a chamada crise do Estreito de Taiwan, em 1958.

Tal como recorda a rede televisiva RT, quando o Partido Comunista chinês chegou ao poder em 1949, depois de uma sangrenta guerra civil, o governo do líder nacionalista Chiang Kai-shek retirou-se para a ilha de Taiwan.

Considerada por Pequim como parte do seu território, a ilha tornou-se nas décadas seguintes, e até aos dias de hoje, palco de vários confrontos, que atingiram o seu ponto máximo em 1958. Nesse ano, os ataques chineses levantaram rumores de uma iminente invasão comunista, levando Washington a apoiar militarmente o seu aliado Kai-shek.

O plano dos Estados Unidos incluía a elaboração de planos de ataques nucleares contra a China continental, segundo o documento confidencial agora divulgado pelo ex-analista do Pentágono Daniel Ellsberg.

O documento revela que o comando militar dos EUA assumiu o risco da possível intervenção da União Soviética para defender o seu então aliado, Pequim, o que poderia ter desencadeado uma guerra nuclear de larga escala.

Na altura, o general Nathan Twining, presidente do Estado-Maior Conjunto, deixou claro que se os ataques nucleares contra bases aéreas chinesas não interrompessem o conflito, “não haveria alternativa a não ser conduzir ataques nucleares no interior da China até Xangai”, cita o jornal nova-iorquino.

Ellsberg, agora com 90 anos, é conhecido por ter divulgado, em 1971, vários documentos confidenciais sobre a Guerra do Vietname, mais conhecidos como os “Pentagon Papers”.

O ex-analista, que também copiou o estudo secreto sobre a crise no Estreito de Taiwan, está a revelar agora estes documentos, numa altura em que as tensões entre os Estados Unidos e a China, em relação a Taiwan, aumentam.

https://zap.aeiou.pt/eua-ponderaram-ataque-nuclear-china-404784

 

Impedida de entrar no Parlamento, primeira-ministra de Samoa tomou posse numa tenda !

A primeira mulher eleita primeira-ministra de Samoa prestou juramento, esta segunda-feira, numa cerimónia improvisada numa tenda, nos jardins do Parlamento, após ter sido impedida de entrar no edifício pelo Governo cessante.


A entrada de Fiame Mata’afa na Assembleia Legislativa foi-lhe recusada, quando tentava entrar acompanhada pelos juízes que iriam assistir ao seu juramento como a primeira mulher a chefiar o Governo do país do Pacífico Sul.

Segundo a agência France-Presse, a cerimónia, que já foi contestada pelos seus opositores, realizou-se ao ar livre, numa tenda montada nas imediações do edifício, com todos os eleitos a prestarem juramento.

Mata’afa apelou ao reconhecimento dos resultados das eleições gerais de 9 de abril, perante apoiantes reunidos diante do Parlamento. “Precisamos de samoanos corajosos neste momento (…) para fazer respeitar a nossa eleição”, disse.

O arquipélago de Samoa vive um “braço de ferro” político há seis semanas. Há 22 anos no poder, o primeiro-ministro cessante, Tuilaepa Sailele Malielegaoi, do Partido de Proteção dos Direitos Humanos (HRPP), recusou-se a reconhecer a derrota, apesar de os tribunais terem confirmado que Mata’afa venceu o escrutínio, tendo conquistado mais um assento.

Existe apenas um Governo em Samoa. Permaneceremos neste lugar. O público responde a um primeiro-ministro e ministros, que estão neste Governo”, disse Malielegaoi, numa conferência de imprensa, citado pelo jornal Público.

O Parlamento deveria ter-se reunido, esta segunda-feira, para uma cerimónia presidida pelo Juiz Supremo Satiu Simativa Perese. O secretário da Assembleia Legislativa afirmou que, por ordem do chefe de Estado, Tuimalealiifano Vaaletoa Sualauvi, não podia permitir que tal acontecesse.

“Esta é uma tomada de controlo ilegal do Governo, é isso que são os golpes de Estado”, disse a vencedora das eleições ao jornal neozelandês Newshub, este domingo. “Temos de lutar, porque queremos que esta nação continue a ser um país, queremos manter este país democrático, fundado no Estado de direito”, acrescentou.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse esperar que “a calma” prevaleça, apelando para que “o Estado de direito seja mantido e respeitado”. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Marise Payne, por sua vez, apelou ao respeito dos resultados.

Samoa tornou-se independente da Nova Zelândia em 1962. O HRPP está no poder desde 1982, exceto por um breve período em 1986-87. Mata’afa, que preside o partido FAST, fez parte do HRPP até sair por divergências políticas.

Filha do primeiro chefe do Governo samoano, falecido em 1975, é considerada uma pioneira da causa das mulheres no arquipélago, muito religioso, de maioria protestante.

https://zap.aeiou.pt/primeira-ministra-samoa-tomou-posse-404841

 

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