quarta-feira, 21 de julho de 2021

A China está a criar a mais dura repressão ideológica das últimas décadas !

Após um encontro entre militantes, o Partido Comunista Chinês estabeleceu como prioridade a criação de uma nova era ideológica que se irá traduzir no endurecimento do controlo ideológico sobre 1,4 mil milhões de chineses.


Esta semana, o partido divulgou uma nova diretriz sobre o trabalho ideológico e político, que visa não apenas os seus membros, mas também “toda a sociedade”.

Sob a alçada do presidente Xi Jinping, o partido começou a criar as linhas que vão orientar a mais dura repressão ideológica das últimas décadas, escreve a CNN.

O objetivo do líder chinês é impor barreiras à “infiltração” de ideias ocidentais, e como tal quer estabelecer um nacionalismo agressivo onde as liberdades académicas e de imprensa se vêm sufocadas.

“O trabalho ideológico e político é a boa tradição do partido, característica distinta e vantagem política proeminente – é a tábua de salvação de todo o seu trabalho”, cita a CNN, que teve acesso à diretriz do partido.

A estratégia será transversal a todas as classes da sociedade, mas terá grande enfoque na educação dos jovens.

Uma parte central da campanha está focada na promoção do “Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para a Nova Era”, a doutrina política de Xi que foi escrita na constituição do partido em 2017.

Desde 2017, a doutrina de Xi tem sido frequentemente estudada por quadros do partido em reuniões e também numa aplicação móvel de propaganda.

Agora, o partido quer que o público em geral aprimore o seu “senso de identificação política, ideológica, teórica e emocional” com a ideologia de Xi.

Uma campanha já está a ganhar ritmo para levar a doutrina de Xi mais longe, sobretudo “nos livros, nas salas de aula e nos cérebros dos alunos”, revelou o Ministério da Educação do país.

Num comunicado emitido na semana passada, o ministério referiu que escolas primárias e secundárias de todo o país irão começar a usar livros didáticos sobre “O pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para a nova era” já em setembro.

No mês passado, o Comité Central do partido também aprovou sete novos centros de pesquisa sobre a ideologia de Xi Jinping, somando-se assim aos 11 já estabelecidos. Esses centros foram criados pelas melhores universidades e grupos de reflexão, governos provinciais e ministérios do governo central.

O mais recente, lançado na semana passada pelo Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, é dedicado ao “Pensamento de Xi Jinping sobre a Civilização Ecológica”.

Outros foram estabelecidos para o estudo do “Pensamento Económico de Xi Jinping”, “Pensamento de Xi Jinping sobre Diplomacia” e “Pensamento de Xi Jinping sobre o Estado de Direito”.

Contudo, estes esforços não são apenas notados nas escolas e universidades. O partido busca endurecer a ideologia em todos os aspetos da sociedade, indo da internet, a empresas, vilas rurais e comunidades residenciais urbanas.

Wu Qiang, analista político em Pequim, considera que a campanha é parte do movimento de Xi Jinping para consolidar ainda mais o seu poder e angariar apoio público antes do 20º congresso do partido, que se irá realizar no próximo ano.

https://zap.aeiou.pt/repressao-ideologica-china-417903

 

Em 1972 o MIT previu o colapso da sociedade no século 21 - Novo estudo revela que estamos nesse caminho !

Um novo estudo, desenvolvido por uma diretora da empresa de contabilidade KPMG sobre um modelo criado em 1972 por investigadores do MIT, revela que a previsão de então sobre o colapso da sociedade no século 21 mantém-se atual.

O modelo, denominado World3, foi criado a partir de dados empíricos e publicado no livro ‘Limits to Growth’, revelou a Vice. O modelo visava responder à pergunta sobre o que aconteceria se a humanidade continuasse em busca do crescimento económico, sem se importar com o custo social e ambiental.

Na altura, os investigadores concluíram que, sem mudanças drásticas, a sociedade industrial estava a caminhar para o colapso.

“Dada a perspetiva desagradável de colapso, estava curiosa para ver quais cenários estavam mais alinhados com os dados empíricos atuais”, disse Gaya Herrington, diretora de Consultoria, Auditoria Interna e Risco da KPMG, que escreveu o novo artigo.

“O livro que apresentava esse modelo mundial foi um ‘best-seller’ nos anos 70 e teríamos agora várias décadas de dados empíricos para fazer uma comparação significativa. Mas, para minha surpresa, não consegui encontrar tentativas recentes nesse sentido. Então decidi fazer isso sozinha”, contou.

Este novo estudo, publicado no Yale Journal of Industrial Ecology, concluiu que o modelo de 1972 está alinhado com os dados recentes. Sem mudanças, a civilização global está a caminhar para um declínio económico na próxima década, o que pode levar ao colapso da sociedade por volta de 2040.

Gaya Herrington analisou dados relativos à população, taxas de fertilidade e de mortalidade, produção industrial, produção de alimentos, serviços, recursos não renováveis, poluição persistente, bem-estar humano e pegada ecológica.

“Buscar um crescimento [económico] contínuo não é possível. Mesmo quando combinado com desenvolvimento e adoção de tecnologia sem precedentes, negócios” como os atuais “levariam inevitavelmente a declínios no capital industrial, na produção agrícola e nos níveis de bem-estar neste século”, explicou a autora.

Contudo, embora a janela para efetuar as alterações necessárias para evitar o pior cenário seja pequena, “uma mudança deliberada de trajetória provocada pela sociedade, voltada para outro objetivo que não o crescimento, ainda é possível”, apontou o artigo.

O estudo de Gaya Herrington não é conduzido pela KPMG, embora a empresa o tenha publicado na sua página oficial. A diretora realizou a pesquisa como parte da sua tese de mestrado na Universidade de Harvard.

https://zap.aeiou.pt/mit-colapso-sociedade-caminho-417972

 

Biden dá início ao maior programa de combate à pobreza nos EUA desde os anos 60 !

O Presidente norte-americano, Joe Biden, deu na quinta-feira início ao maior programa de combate à pobreza nos Estados Unidos (EUA), desde há 50 anos, com o foco nas famílias com filhos.


A partir de agora, o governo vai distribuir até 300 dólares mensais (254 euros) por cada filho como ajuda a 39 milhões de famílias, para paliar o impacto da pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Casa Branca, citada pela agência Lusa.

“Creio que este é um dia histórico para continuar a construir uma economia que respeite e reconhece a dignidade das famílias da classe trabalhadora e da classe média”, disse Biden, ao discursar na Casa Branca.

Segundo o Presidente, quase todas as famílias nos EUA com filhos que ganhem menos de 150 mil dólares por ano, por casal, ou 125 mil, em caso de mães ou pais solteiros, começam a receber o seu primeiro cheque mensal.

Este é o maior plano de combate à pobreza desde a década de 1960, quando o então presidente Lyndon Johnson (1963-1969) lançou a estratégia conhecida como “guerra contra a pobreza”.

Biden esteve acompanhado na apresentação do programa pela vice-Presidente, Kamala Harris, que assegurou que este é “um grande dia” para todas as famílias dos EUA.

Esta ajuda integra o pacote de apoio económico promulgado em fevereiro e “dá um alívio fiscal às famílias trabalhadoras, de classe média e com filhos a cargo”, realçou Biden.

https://zap.aeiou.pt/biden-programa-combate-pobreza-418011

 

Em ano de pandemia, mais de 23 milhões de crianças ficaram sem vacinas !

Os números relativos a 2020 mostram um decréscimo de vacinas administradas sobretudo no Sudoeste Asiático e no Mediterrâneo Oriental. Para a Organização Mundial de Saúde, a atual crise sanitária está a expor crianças a “doenças terríveis” que podem ser facilmente prevenidas, tais como o sarampo, a poliomielite ou a meningite.


Caso ainda existissem dúvidas de que a pandemia da covid-19 atingiu com especial força os países mais desfavorecidos, agravando, assim, as desigualdades existentes, a Organização Mundial de Saúde e a UNICEF acabam de as dissipar com um novo relatório relativo à vacinação infantil em 2020.

Segundo o documento, no ano em que a pandemia transformou o mundo como o conhecíamos, cerca de 23 milhões de crianças ficaram por vacinar. Trata-se de um aumento de 3,7 milhões face ao ano de 2019 e a maior quebra nos programas de vacinação mundiais desde 1970.

Os dois organismos estimam que das 23 milhões de crianças, 17 milhões viram-se impedidas de tomar qualquer vacina durante 2020. Face ao ano anterior, mais de 3,5 milhões de crianças falharam a primeira dose da vacina tripa que protege contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa (DTP-1), enquanto mais três milhões falharam a primeira dose da vacina contra o sarampo.

De acordo com o relatório, as crianças mais atingidas vivem em zonas de conflito, em zonas periféricas com poucos serviços essenciais, ou em habitações informais ou bairros de lata.

O flagelo tem maiores dimensões na região do Sudoeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental. Em termos de países, a índia, o Paquistão e a Indonésia destacam-se pela negativa, já que são as nações onde mais aumentou o número de crianças que ainda não recebeu a primeira dose da vacina DTP-1. O situação é especialmente grave na índia, onde esse número mais do que duplicou, passando para mais de três milhões de crianças em 2020.

No continente africano, Moçambique é quem mais que sobressai, já que em 2020 cerca de 186 mil crianças não foram vacinadas com a primeira dose da DTP-1 – em 2019 foram 97 mil. Um lugar abaixo na tabela (em quinto da classificação mundial) está Angola que passou de 399 mil crianças sem vacinação contra a DTP-1 em 2019 para 482 em 2020.

Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, “numa altura em que os países reclamam vacinas contra acovid-19, temos recuado noutras imunizações, deixado as crianças expostas ao risco de doenças terríveis mas que podem ser prevenidas, como o sarampo, a poliomielite ou a meningite.”

“Os surtos de doenças múltiplas podem ser catastróficos para as comunidades e sistemas de saúde que já lutam contra a covid-19, tornando mais urgente que nunca investir na vacinação infantil e assegurar que todas as crianças sejam alcançadas”, disse, citado pelo Público.

Num balanço provisório, é já possível afirmar que os países de rendimento médio vivem atualmente com uma tendência de crescimento no que respeita a crianças não imunizadas. A índia, por exemplo, debate-se com uma queda de 91% para 85% no que concerne à cobertura da vacina contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa.

No continente americano, a cobertura também decresceu de 91% para 82% ­- com números de 2016, apesar da principal justificação para os números, neste contexto geográfico, ser a desinformação, a instabilidade politica e as insuficiências da financiamento, avançam a Organização Mundial de Saúde e a UNICEF.

https://zap.aeiou.pt/em-ano-de-pandemia-mais-de-23-milhoes-de-criancas-ficaram-sem-vacinas-417818

 

Um pouco por todo o mundo, multiplicam-se as guerras pela água !

Os conflitos causados pelo acesso à água existem um pouco por todo o planeta e, com as alterações climáticas, a tendência vai crescer.


É um recursos naturais mais importantes e alimenta a vida na Terra e, devido às alterações climáticas, cada vez mais raro. Há muito que água é um dos motivos para guerras e essa tendência parece ter tudo para crescer, já que, de acordo com previsões da Organização das Nações Unidas, 5 mil milhões de pessoas podem sofrer com a escassez de água em 2050, escreve o The Guardian.

A dependência do rio Nilo em África

Já se muito se falou da importância do rio Nilo para a civilização egípcia, não só pela escassez de água na região, mas também pela terra fértil que cresce nas margens do rio. A verdade é que essa dependência do rio continua até aos dias de hoje e pode dar origem a um conflito com consequências globais.

A Iniciativa da Bacia do Nilo nasceu em 1999 precisamente para incentivar a cooperação entre dez países que são banhados pelo rio, sendo estes o Egipto, o Sudão, a Etiópia, o Quénia, o Uganda, o Burundi, a Tanzânia, o Ruanda e a República Democrática do Congo e também a Eritreia, que tem o estatuto de país observador.

Apesar de inicialmente ter tido sucessos no incentivo à gestão colectiva do Nilo, desde 2007 que os interesses divergentes entre os países que ficam a jusante, como o Egipto e o Sudão, e a montante do rio, como é o caso da Etiópia.

Já há anos que a Etiópia tinha a intenção de construir uma enorme barragem no Nilo Azul, um dos maiores afluentes do Nilo. Conhecida como Grande Barragem do Renascimento Etíope, começou a ser construída em 2011 e tem uma capacidade superior a 74 mil milhões de metros cúbicos. A barragem tem um custo estimado de mais de 3.8 mil milhões de euros e é a maior obra de sempre do país.

O impacto económico da barragem não pode ser subestimado, visto que cerca de dois terços da população etíope não tem electricidade, problema que a barragem ajudaria a resolver. A obra também daria a oportunidade ao país de exportar energia.

Mas este impulso positivo para a economia etíope seria uma catástrofe para o Egipto. Visto que o Nilo é o único grande rio que corre de Sul para Norte, o Egipto é bastante afectado por qualquer interrupção no curso de água, assim como o Sudão, que fica localizado entre o Egipto e a Etiópia. 85% da água do rio Nilo passa pelas terras no norte da Etiópia, onde a barragem está a ser construída.

O Egipto depende do Nilo para 90% da sua água. Dois acordos assinados em 1929 e em 1959 deram ao Egipto e ao Sudão o controlo de practicamente toda a água do rio e o poder de veto sobre obras de países a montante do rio que afectassem o curso de água. Os outros países não foram tidos em conta nestes dois acordos ainda da era colonial, por isso a Etiópia entendeu não ter de os seguir e iniciou a construção sem consultar o Egipto.

De acordo com as previsões da Aljazeera, se a Etiópia concordar em encher totalmente a barragem ao longo dos próximos 10 anos, isso destruiria 18% dos terrenos para agricultura no Egipto. Caso a barragem fique com a capacidade máxima ao fim de cinco anos, metade dos terrenos agrícolas egípcios seriam destruídos.

A instabilidade política no Egipto durante a Primavera Árabe acabou por adiar o conflito, já que o país tinha outros problemas internos mais urgentes. Mas a questão voltou a ser discutida depois da Etiópia ter revelado querer encher a barragem nos próximos seis anos.

“Temos um plano para começar a encher na próxima estação chuvosa, e começaremos a gerar electricidade com duas turbinas em Dezembro de 2020″, afirmou Seleshi Bekele, Ministro da Água etíope, em Setembro do ano passado.

As conversações entre os três países ao longo de quatro anos não têm sido produtivas e os Estados Unidos estão agora a tentar mediar o conflito. A Etiópia revelou que os egípcios propuseram ligar a nova barragem à já existente barragem de Aswan, no Egipto.

Mas Seleshi Bekele acusou o Egipto de não estar a negociar em boa fé e revelou à BBC que ligar as duas barragens será “difícil”. “Tinham recuado um pouco nesse assunto, mas hoje trouxeram a ideia de volta até certo ponto”, disse.

Com o aumento das tensões entre os dois países, será possível um conflito armado no futuro? A resposta é sim. Em 2013, gravações secretas a políticos egípcios revelaram as intenções de sabotar ou bombardear a barragem, pode ler-se no LA Times, e o actual presidente, Abdel Fattah Al-Sisi, disse que vai fazer de tudo para proteger os direitos do país sobre as águas do Nilo.

Em Outubro do ano passado, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, respondeu que “nenhuma força” vai impedir o país de construir a barragem. O envolvimento dos EUA na mediação é também um sinal de que a tensão está aumentar.

Uma potencial guerra poderia trazer efeitos devastadores na região, dada a dependência do rio Nilo, e também a nível internacional, visto que ambos os países são aliados dos Estados Unidos. Um conflito armado poderia também impactar toda a economia global ao “ameaçar a rota comercial vital do canal do Suez ao longo do corno de África”, escreve o Washington Institute.

Um problema global

Mas o problema no Nilo está longe de ser o único. Em Junho, nos EUA, surgiram conflitos depois das autoridades federais cortarem o fornecimento de água do rio Klamath a agricultores, devido à morte em massa de salmões causada pela seca, lê-se na Bloomberg.

Outros grupos interessados que precisam do Klamath, como tribos indígenas, gestores de serviços públicos no sul do Oregon e no norte da Califórnia, campos de golfe, barragens, etc, estão também a reclamar direitos ao rio. Esta disputa é um sinal dos conflitos que se avizinham na costa Oeste americana.

A Índia e o Paquistão vivem também uma situação tensa. Depois de um ataque paquistanês devido à disputa sobre o território da Caxemira em 2019, a Índia retaliou ao ameaçar desviar as correntes dos rios Indo, Chenab e Jhelum.

Este possível desvio seria uma violação de um tratado de 1960, mediado pelo Banco Mundial, que dividiu os recursos hídricos pelos dois países, ficando o Paquistão com o controlo maioritário de três rios ocidentais, enquanto que a Índia gere três rios de leste. Os indianos pretendiam cortar o fornecimento dá água que não usavam, cerca de 7%, que corre livremente para o Paquistão.

“Quando entramos no tratado com o Paquistão, decidimos que a harmonia e a fraternidade prevaleceriam. Se o Paquistão matar o nosso povo e promover o terrorismo, então como é que a harmonia será mantida?”, perguntou Nitin Gadkari, Ministro de Recursos Hídricos da Índia numa entrevista em 2019.

O então Ministro dos Recursos Hídricos paquistanês respondeu que rasgar o acordo poderia levar ao início de uma guerra. “Está na hora de perceberem as consequências de uma guerra. O exército do Paquistão não é uma força fictícia, é ousado, corajoso e bem treinado, e é capaz de destruir as gerações do Modi, mas nós não queremos isso, por isso aprendam que o vosso belicismo não vos trará nenhum bem, querida Índia”, respondeu Vawda no Twitter.

A falta de água potável no subcontinente indiano pode mesmo ser a primeira causa de uma guerra nuclear na Terra. De acordo com um estudo da Universidade das Nações Unidas, “a bacia fluvial do Indo é uma bomba-relógio“.

Parte do problema é político, devido às dificuldades que a região já tem com o abastecimento de água, e qualquer disrupção vai afectar a população e criar instabilidade interna. A outra grande causa é já global, as alterações climáticas. O estudo concluiu que os rios no sul da Ásia vão ser mais afectados pela mudança do clima e a escassez de água vai ser ainda mais agravada.

De acordo com o jornal indiano Mint, a Índia está mesmo a planear reter as águas em excesso que correm para o Paquistão. Esta decisão surge quando a Índia está a tentar desviar as águas do Ujh, um dos principais afluentes do Ravi que corre pelo Paquistão.

“Temos potencial de explorar os rios que correm do nosso território e que vão para o Paquistão, mesmo com o Tratado do Indo. Primeiro, temos o direito de parar a água precisa para regar 100 mil hectares de território. Estamos à procura de potencial, exercê-lo e planeá-lo”, afirmou Gajendra Singh Shekhamat, Ministro do Jal Shakti, um ministério nascido em 2019 com a fusão dos antigos ministérios dos Recuros Hídricos e da Água Potável e Saneamento.

Shekhamat reforça que as águas do Ravi, Beas e Sutlej são indianas. “A água destes três rios e dos seus afluentes é nossa por direito. Se nós construirmos projectos de rega nessas águas e usar-mos o seu potencial, o Paquistão não pode reclamar, o que eles tentam fazer, mas isso é ilegal”, remata.

A região de Caxemira é reivindicada tanto pela Índia como pelo Paquistão desde o fim da colonização britânica, em 1947. Um possível conflito nuclear entre os dois países teria consequências catastróficas para todo o planeta. De acordo com um estudo de 2016 citado pelo Hindustan Times, 21 milhões de pessoas morreriam numa semana e metade da camada do ozono na Terra seria destruída.

As alterações climáticas prometem tornar a água um recurso ainda mais valioso e escasso, o que vai desafiar ainda maior aos governos a aprender a gerir a sua distribuição de forma diplomática para se evitarem conflitos com consequências globais.

https://zap.aeiou.pt/um-pouco-por-todo-o-mundo-multiplicam-se-as-guerras-pela-agua-416840

 

 

Carro solar da Lightyear tem autonomia de 700 km com apenas uma carga !

O protótipo mais recente do carro elétrico solar Lightyear One superou os 700 quilómetros de autonomia com uma única carga.

A Lightyear, fabricante holandesa pioneira em veículos elétricos solares, alcançou recentemente um grande marco em termos de desempenho e autonomia: o seu carro elétrico solar, o Lightyear One, superou os 700 quilómetros de autonomia com uma única carga da bateria de 60 kWh.

Os testes em pista decorreram em Aldenhoven, na Alemanha. O automóvel funcionou durante nove horas a uma velocidade de 85 km/h, sem parar para recarregar, tendo percorrido exatamente 710 quilómetros.

Citado pelo New Atlas, Lex Hoefsloot, CEO da Lightyear, referiu que o consumo de energia durante a prova foi de 137 Wh/km devido às células fotovoltaicas nos painéis da carroçaria.

“Valida o desempenho da nossa tecnologia patenteada e mostra verdadeiramente que somos capazes de cumprir a nossa promessa de introduzir o veículo elétrico mais eficiente”, sublinhou o responsável.

Os testes avaliaram o rendimento dos painéis solares, o desempenho da bateria, o consumo de energia do sistema de refrigeração e o funcionamento dos motores de roda e do software.

A Lightyear está comprometida com a missão de tornar a mobilidade limpa disponível para todas as pessoas e em todos os lugares. Por isso, a fabricante está a preparar-se para a comercialização oficial do One.

Ainda este ano, a marca vai levar a cabo alguns testes para o processo de homologação – como testes de colisão e um teste oficial do ciclo de condução (WLTP) – sendo que os primeiros 946 veículos deverão entrar em produção na primeira metade de 2022, antes da entrada no mercado em massa a partir de 2024.

https://zap.aeiou.pt/carro-solar-lightyear-700-km-416594

 

EMA garante que desmaios após a toma das vacinas não são invulgares !

Um responsável da Agência Europeia do Medicamento (EMA) disse hoje não ter ainda conhecimento específico dos episódios de reações adversas à vacina da Janssen em Portugal, mas observou que desmaios e síncopes “não são invulgares” enquanto efeitos secundários.


Durante uma videoconferência de imprensa da EMA, e ao ser questionado sobre os casos de reações adversas entre vários utentes a quem foi administrada a vacina da Janssen no Centro de Vacinação Covid-19 de Mafra, o chefe de farmacovigilância da agência garantiu que estes casos serão analisados cuidadosamente, mas assinalou que “podem muito bem corresponder a um efeito secundário bem descrito”, de síncopes ou desmaios, sobretudo entre os jovens.

“Obviamente, acompanhamos de perto todas as novas informações de segurança relativamente a todas as vacinas. Não tenho conhecimento específico deste conjunto de eventos em Portugal, mas é claro que iremos analisar em pormenor”, começou por dizer Georgy Genov.

O responsável máximo de farmacovigilância da EMA ressalvou então que “não é invulgar, entre os jovens”, observarem-se episódios de síncope ou desmaio como efeitos secundários da vacinação.

“Por isso, pode muito bem corresponder a um efeito secundário bem descrito, mas é certamente algo que iremos analisar”, assegurou.

O Infarmed anunciou na quarta-feira que está a investigar a qualidade de vacinas da Janssen disponibilizadas no Centro de Vacinação Covid-19 de Mafra depois de utentes terem desmaiado após serem vacinados.

A autoridade nacional do medicamento explica que as medidas surgem “no seguimento dos casos de reações adversas (síncope), notificados com a vacina da Janssen, no centro de vacinação de Mafra”.

Segundo aquela autoridade de saúde, “não foram reportados, até à presente data, suspeitas de defeito de qualidade deste lote noutros centros de vacinação em que o mesmo está a ser utilizado”.

“O Infarmed decidiu dar início a um processo de investigação da qualidade das unidades remanescentes da vacina naquele local de vacinação, assim como suspender este lote até as devidas averiguações estarem concluídas”, anunciou.

Já hoje, a Task Force da vacinação em Portugal anunciou que a modalidade “casa aberta” para a vacinação foi suspensa devido à redução da disponibilidade de vacinas, na sequência da interrupção de um lote da marca Janssen.

“Tendo em conta a suspensão de um lote de vacinas da marca Janssen (…) e a consequente redução na disponibilidade de vacinas, foi decidido suspender, de imediato, a modalidade “casa aberta”, refere uma nota da Task Force da vacinação enviada às redações.

A Task Force do plano de vacinação salienta que a modalidade “casa aberta” será retomada “logo que possível”.

https://zap.aeiou.pt/desmaios-vacinas-nao-sao-invulgares-417630

Rússia contraria tribunal europeu e recusa regularizar uniões homossexuais !

A Rússia rejeitou esta quarta-feira regularizar as uniões entre pessoas do mesmo sexo, em resposta a uma deliberação do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) que recomenda a Moscovo a definição de um enquadramento legal para estes relacionamentos.


“Não há necessidade de procurar qualquer forma alternativa de registo” para as uniões entre pessoas do mesmo sexo, afirmou o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, salientando ainda que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, não tinha reagido à deliberação da instância europeia, que também exigiu que Moscovo respeite os direitos das pessoas da comunidade LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero, Intersexo e outros).

Na terça-feira, a instância europeia com sede em Estrasburgo (França) considerou que a Rússia violou o artigo 8.º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos relativo ao direito ao respeito pela vida privada e familiar, ao ter negado a possibilidade de casamento a três casais homossexuais russos.

Os casais em questão recorreram ao TEDH, que, na deliberação de terça-feira, pediu às autoridades russas que procurassem alternativas legais para garantir os direitos destas pessoas.

Em 2013, o país introduziu uma lei contra a “propaganda” homossexual, segundo a designação de Moscovo, junto de menores de idade.

A lei serviu de pretexto para proibir as marchas do orgulho gay e a exibição de bandeiras arco-íris, símbolo associado à comunidade LGBTI+.

Desde 2020, a Constituição russa também especifica que o casamento é uma união entre um homem e uma mulher, proibindo dessa forma o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Segundo argumentou o porta-voz do Kremlin, a definição de matrimónio “está formulada de um modo absolutamente inequívoco na Constituição” e essa formulação, acrescentou o representante, impede a Rússia de cumprir o veredicto do TEDH.

Além disso, de acordo com a Constituição russa, o país não é obrigado a acatar as deliberações de tribunais internacionais que contradizem as normas nacionais, o que marca, frisou Dmitri Peskov, a prevalência do texto constitucional sobre o Direito Internacional.

O porta-voz do Kremlin concluiu que, sobre a questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, Vladimir Putin orienta-se com base “na posição da maioria dos russos” que apoiaram as emendas constitucionais, incluindo a definição de matrimónio, num referendo realizado a 1 de julho de 2020.

Após a deliberação do TEDH, a Amnistia Internacional exigiu que a Rússia reconhecesse os direitos e a legalidade das uniões entre pessoas do mesmo sexo, condenando ainda o país por promover a homofobia.

Na Rússia, a violência contra homossexuais é frequente e é alimentada pelas alas conservadoras e religiosas.

Durante a campanha para o referendo constitucional de 2020, Putin declarou que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo nunca seriam legalizados na Rússia enquanto ele assumisse a liderança do país, algo que poderá acontecer até 2036, medida que também foi aprovada na consulta pública do verão passado.

https://zap.aeiou.pt/russia-recusa-unioes-homossexuais-417453

 

Chuvas fortes provocam cheias e subida dos caudais de rios em vários países na Europa !

As chuvas intensas registadas nas últimas horas em vários países da Europa ocidental e central provocaram cheias e a subida dos caudais de rios, relataram hoje as agências internacionais, indicando ainda que um homem está desaparecido na Alemanha.


A agência noticiosa alemã DPA relatou que, na noite de terça-feira para quarta-feira, um homem desapareceu quando tentava proteger a sua propriedade em Joehstadt, no estado alemão da Saxónia, da subida repentina das águas e que terá sido arrastado por uma forte corrente.

Os bombeiros locais retomaram hoje de manhã os trabalhos de busca.

Ainda em território alemão, no condado de Hof, perto da fronteira oriental com a República Checa, foi emitido um alerta de desastre devido à forte precipitação, que provocou a queda de árvores e deixou várias zonas sem eletricidade.

O serviço meteorológico alemão (DWD) informou que nesta região choveu 80 litros por metro quadrado durante um período de 12 horas.

Em Hagen, no estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália, os bombeiros tiveram de resgatar vários automobilistas, cujos veículos ficaram presos numa passagem subterrânea inundada.

Os “vizinhos” Países Baixos e Bélgica também foram atingidos por condições meteorológicas adversas e por inundações, segundo a agência Associated Press (AP).

Por exemplo, as autoridades da província holandesa de Limburg (sul) estão a alertar para a subida dos caudais de vários riachos e para a possível formação de uma forte corrente de água, pedindo à população local para se afastar destas áreas.

Os proprietários de embarcações foram aconselhados a evitar o rio Maas (que passa pelos territórios holandês e belga), devido às fortes correntes e aos detritos que estão a ser arrastados pelas águas.

Também na Suíça, a subida do nível das águas do lago dos Quatro Cantões, também conhecido como lago Lucerna, obrigou as autoridades helvéticas a acionarem o nível mais alto do aviso de inundações.

As fortes chuvas que têm sido registadas no país também colaram o lago de Bienna, também na zona centro da Suíça, no limite da sua capacidade, depois do caudal ter aumentado 60 centímetros na noite passada, situação que levou à proibição, como medida preventiva, de qualquer atividade de navegação.

Alguns rios no norte da Suíça também transbordaram devido à intensa precipitação, de acordo com a agência espanhola EFE.

As chuvas torrenciais obrigaram ainda ao corte de um trecho da estrada localizada nas margens do lago Léman, o maior da Suíça e que banha cidades como Genebra ou Lausanne.

Até ao momento, não existem relatos de vítimas no país na sequência das cheias.

Em diferentes áreas do país foram emitidos avisos de alerta, com os cidadãos a serem aconselhados a limitarem as deslocações e a evitarem zonas próximas de lagos e rios.

https://zap.aeiou.pt/chuvas-fortes-cheias-europa-417344

 

Primeiro satélite comercial reprogramável em órbita lançado a 27 de julho !

O satélite Quantum, o primeiro satélite comercial que poderá ser reprogramado em órbita, será lançado em 27 de julho, anunciou na terça-feira a Agência Espacial Europeia (ESA), uma das entidades parceiras.


O lançamento será feito da base espacial europeia, em Kourou, na Guiana Francesa, a bordo de um foguetão Ariane 5, noticiou a agência Lusa.

Uma vez colocado na órbita geoestacionária, a cerca de 35 mil quilómetros da Terra, o satélite, operado pela empresa francesa Eutelsat, a terceira maior operadora de satélites do mundo, tem capacidade para ser inteiramente reconfigurado a partir do solo terrestre, dispondo de uma “esperança de vida” de 15 anos.

Segundo a ESA, o satélite possui um ‘software’ de parametrização que lhe permite adaptar-se às necessidades dos clientes em qualquer momento e em qualquer lugar e está equipado com uma antena que o torna capaz, por exemplo, de fornecer telecomunicações a uma determinada região do mundo ou facultar facilmente informação a passageiros a bordo de aviões ou navios em andamento.

A reconfiguração entre duas tarefas de clientes demorará apenas “alguns minutos”, disse o diretor do programa Eutelsat Quantum, Frédéric Piro, durante uma conferência de imprensa, na qual não foram revelados quem serão os primeiros clientes do satélite.

O Quantum pesa 3,5 toneladas e foi desenvolvido numa parceria entre a ESA e a Eutelsat, que começou em 2015. A ESA, da qual Portugal é um dos 22 Estados-Membros, suportou cerca de 80 milhões de euros do total de investimento de mais de 200 milhões de euros.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-satelite-comercial-reprogramavel-orbita-417357

 

terça-feira, 20 de julho de 2021

“The Key 10138” - Diamante de 101 quilates torna-se na joia mais cara comprada com criptomoedas !


Um diamante de 101 quilates tornou-se na joia mais cara já comprada com criptomoedas, de acordo com a Sotheby’s, a casa de leilões envolvida no processo.

O diamante foi vendido na passada sexta-feira por cerca de 10,4 milhões de euros, depois de ser anunciado que estavam a ser aceites criptomoedas como forma de pagamento, escreve a CNN.

A casa de leilões Sotheby’s não revelou qual das criptomoedas foi usada para fazer a compra.

O diamante, apelidado de “The Key 10138”, foi vendido a um “colecionador privado anónimo”, de acordo com um comunicado enviado à imprensa.

O vice-presidente da Sotheby’s na Ásia, Wenhao Yu, afirmou que a venda atraiu “novos clientes muito além da classe tradicional de colecionadores”, acrescentando que as compras com criptomoedas atraíram uma “geração digitalmente experiente”.

Notavelmente rara por si só, a pedra é o segundo maior diamante em forma de pêra já lançado no mercado, de acordo com a Sotheby’s.

É classificado como um diamante da “cor D” – o mais alto grau atribuído aos diamantes brancos – o que significa que parece incolor a olho nu.

Também é classificado como “sem falhas” interna e externamente, o que significa que é completamente transparente e não tem manchas visíveis. Está agora entre os únicos 10 diamantes da sua qualidade, ou seja, com mais de 100 quilates, a ser leiloado.

De acordo com a CNN, recentemente, várias casas de leilões têm aceitado criptomoedas para o pagamento de peças de alto custo.

No início deste ano, a Sotheby’s abriu a venda de “Love is in the Air”, uma obra de Banksy, para pagamentos via criptomoeda.

A famosa obra de arte acabou por ser vendida por cerca de 10,9 milhões de euros, embora a casa de leilões não tenha revelado se o comprador acabou por usar o método de pagamento digital.

Em junho, a Christie’s também anunciou que estava a aceitar criptomoedas para uma obra sem título de Keith Haring. A pintura, que retrata uma figura com um computador no lugar de uma cabeça, foi vendida por cerca de 5 milhões de euros.

https://zap.aeiou.pt/diamante-101-quilates-joia-criptomoedas-417137

 

Nova estratégia energética da Administração Biden pode salvar 317 mil vidas !

Os números têm por base uma estratégia assente na transição da infraestrutura energética norte-americana para fontes limpas, diminuindo, assim, a emissão de gases com efeito de estufa. Os ganhos em termos de vidas humanas podem ser visíveis num horizonte temporal de apenas oito anos, com 9.200 mortes prematuras a serem evitadas até 2030.


Um estudo conduzido por um consórcio de investigadores de instituições como a Universidade de Harvard, o Instituto de Tecnologia da Georgia e a Universidade de Syracuse, revelou que as medidas delineadas pela Administração Biden tendo em vista a implementação de energias mais limpas nos Estados Unidos poderia salvar cerca de 317 mil vidas nos próximos 30 anos.

Num plano mais próximo, 9.200 mortes prematuras podem ser evitadas até 2030, avança o artigo, caso seja mesmo concretizada uma redução nas emissões dos gases com efeito de estufa.

O número de vidas poupadas seria “imediato, generalizado e substancial”, pode ler-se no mesmo documento.

As estimativas apresentadas baseiam-se em indicadores como a redução da emissão de gases com efeito de estufa, com impacto direto na qualidade do ar, da poluição existente e, consequentemente, na luta contra as alterações climáticas.

Esta é uma área onde o presidente democrata tem sido especialmente pressionado a agir após quatro anos da presidência de Donald Trump em que muitos passos atrás foram dados.

Segundo avança o The Guardian, das várias opções de política climática disponíveis para Joe Biden implementar, a melhor será a que tem por base uma “energia limpa” devido aos maiores benefícios económicos para o país, mas também pelos custos e vidas.

O novo relatório sugere ainda que um plano baseado no objetivo de “energia limpa” também seria a ferramenta mais eficaz para atingir a meta estabelecida pela Casa Branca de 80% da utilização de energia renovável até 2030 e a totalidade da eletricidade renovável até 2035.

Os ganhos resultantes da implementação da nova estratégia da Administração Biden também seriam visíveis, por exemplo, nas despesas da saúde, com uma poupança possível na ordem dos 1,12 mil biliões de dólares até 2050.

A população afro-americana seria a que mais beneficiaria com a medida, devido à localização das suas habitações, muitas vezes próximas de auto-estradas ou centrais elétricas.

No que concerne à desigualdade entre Estados, Ohio, Texas, Pensilvânia e Illinois prefilam-se como os principais ganhadores caso a estratégia seja mesmo aprovada.

Por outro lado, uma reconversão rápida das infraestruturas energéticas americanas para uma vertente renovável custaria cerca de 342 mil milhões de dólares até 2050 em custos correspondentes ao investimento e manutenção das infra-estruturas — embora este número signifique uma redução num cenário de comparação entre energias ditas limpas e combustíveis fósseis.

Segundo o relatório, os benefícios resultantes da transição podem estimar-se nos 637 mil milhões de dólares, um negócio claramente vantajoso.

“O custo é muito mais baixo do que esperávamos e as mortes evitadas são muito mais elevadas. Existe realmente aqui uma enorme oportunidade para abordar as alterações climáticas e a qualidade do ar”, disse Kathy Fallon Lambert, coautora do estudo e investigadora da Harvard TH Chan School of Public Health.

“Este seria um enorme salto no que respeita à ambição e poderíamos ver impactos na saúde. Haveria menos milhões de ataques de asma, por exemplo. E isto nem sequer considera os impactos na saúde causados pelo calor e outras consequências motivadas pelo clima.”

Uma nova estratégia energética da Casa Branca exigiria, por exemplo, que os serviços públicos aumentassem a quantidade de energia limpa, tal como a solar e a eólica, através de uma estratégia que poderia incluir incentivos e penalizações.

Apesar das boas intenções e do parecer positivo emitido pelos cientistas, a nova estratégia energética de Biden foi excluída do Plano de Infraestruturas, negociado em contexto bipartidário, por exigência dos republicanos.

No entanto, Joe Biden enfrenta pressões por parte de ambientalistas e de grandes empresas, como a Apple ou a Google, para que a legislação seja, mesmo assim, implementada.

O presidente americano já anunciou a sua intenção de incluir as medidas num novo projeto-lei de reconciliação partidária, que poderá não cumprir com essas exigências — como tal, para garantir a sua aprovação é necessário o voto de todos os senadores democratas, uma possibilidade tida como remota.

Ainda assim, Gina McCarthy, a principal conselheira de Biden para assuntos relacionados com as alterações climáticas, já fez saber que a inclusão das medidas num novo Plano de Infraestruturas “não é negociável”.

https://zap.aeiou.pt/nova-estrategia-energetica-biden-416864

 

Tribunal de Israel autoriza turmas separadas por género nas universidades !

O Tribunal Supremo decide que as turmas para alunos de um só género, estabelecidas por algumas universidades israelitas para promover a integração dos judeus ultra-ortodoxos na educação superior e no mercado de trabalho, são legais.


A decisão do Tribunal Supremo, comunicada na segunda-feira, autoriza os cursos separados para homens e mulheres estabelecidos há vários anos pelo Conselho de Ensino Superior israelita, em estruturas universitárias consagradas à população ultra-ortodoxa que defende a separação por género.

No entanto, esta decisão judicial limita a separação entre homens e mulheres nas licenciaturas, mas restringe a sua aplicação aos cursos.

O tribunal também decidiu que fica proibido que professoras ensinem homens.

De acordo com Gilad Malach, diretor do programa ultra-ortodoxo do Instituto Israelita para a Democracia (IDI), esta decisão é “algo bom” porque fomenta a inclusão social dos profissionais ultra-ortodoxos.

“Há vinte anos, havia 1.000 estudantes ultraortodoxos (nas universidades), atualmente são quase 14.000”, afirmou à AFP, considerando que “este crescimento irá continuar nos próximos anos”.

Os haredis (“temerosos de Deus” em hebraico) são aproximadamente 12% dos nove milhões de israelitas e, frequentemente, vivem isolados, respeitando a sua interpretação do judaísmo de forma estrita.

Estima-se que os ultra-ortodoxos, que vivenciam um grande crescimento demográfico, venham a representar cerca de 20% da população do país em 2040 e 32% em 2065, de acordo com o Escritório de Estatísticas de Israel.

A inserção profissional dos haredis é, portanto, “essencial” para o país, considera Malach, que destaca que atualmente esta é muito baixa porque os homens optam por se dedicar aos estudos religiosos.

https://zap.aeiou.pt/israel-turmas-separadas-genero-417101

 

China está a desenvolver tecnologia avançada anti-satélite, diz EUA !

Oficiais de inteligência dos Estados Unidos (EUA) emitiram um aviso informando que a China está a desenvolver tecnologia avançada anti-satélite, que pode representar um risco para os meios espaciais norte-americanos.


Segundo relatou a Bloomberg, citada pelo Interesting Engineering, o alerta foi emitido na semana passada, durante um ‘webinar’ para um grupo de inteligência e segurança, com o contra-almirante Michael Studeman a revelar que a China está a criar armamento anti-satélite, com diferentes capacidades.

“Eles [chineses] olham para a nossa capacidade espacial e querem igualá-la ou superá-la e ser capazes de dominar, garantindo a si próprios as manobras de que precisam para atingir os seus objetivos se estiverem numa luta”, indicou.

Este aviso é o último avançado por figuras militares de alto escalão dos EUA sobre o potencial desenvolvimento chinês de equipamentos de contra-ataque espaciais, que podem ser utilizados contra ativos espaciais dos EUA, como satélites.

Em abril, o Diretor de Inteligência Nacional dos EUA afirmou que a estação espacial chinesa de Tiangong era uma ameaça, referindo que o seu objetivo principal era “obter benefícios militares, económicos e de prestígio que Washington acumulou com a liderança espacial”. O relatório acrescentava que Pequim está a treinar o uso da tecnologia anti-satélite, incluindo mísseis terra-espaço, lasers e outros sistemas.

O relatório apontava ainda que a China está a desenvolver embarcações capazes de intercetar, capturar e, em última análise, destruir satélites norte-americanos.

Por seu lado, os EUA têm criado medidas para lidar com os avanços da China, ao mesmo tempo que os especialistas pedem um reforço das capacidades de defesa espacial. Investigadores do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais divulgaram um relatório, em fevereiro, com potenciais projetos para aumentar a defesa contra armas anti-satélite.

Foi também fundada a Força Espacial, um ramo especial das Forças Militares dos EUA, que está a trabalhar em armas terrestres para eliminar satélites inimigos.

https://zap.aeiou.pt/china-tecnologia-avancada-anti-satelite-eua-417048

 

Guinness reconhece cinema francês como o mais antigo do mundo em funcionamento !

O cinema francês “Eden-Théâtre”, onde foram projetados os primeiros filmes dos irmãos Lumière, foi reconhecido pelo Guinness como o cinema mais antigo do mundo em funcionamento.

Localizado em La Ciotat, perto de Marselha, no sul da França, este cinema tem “a sala mais antiga do mundo em funcionamento”, declarou no início de julho o guia de referência que recolhe e certifica os recordes mundiais.

Foi inaugurado em 15 de junho de 1889 no pequeno porto mediterrâneo que na altura albergava 12.000 habitantes, sendo que hoje conta com mais de 35.000 moradores.

Inicialmente, o Eden acolhia apresentações teatrais, concertos e até lutas greco-romanas e de boxe, indica a sua página online.

Raoul Gallaud, proprietário na época, ficou amigo de Antoine Lumière, pai de Louis e Auguste Lumière, que havia adquirido uma casa na região.

Foi convidado a participar numa primeira “experiência cinematográfica” na casa de Lumière, em 21 de setembro de 1895, e sugeriu a Antoine que repetisse a experiência no Eden, relatou à AFP o diretor de comunicação do cinema.

Durante a projeção organizada alguns dias depois, porém, foram registados problemas técnicos.

Antoine Lumière repetiu a experiência em Paris, no Grand Café, desaparecido no século XIX, em 28 de dezembro de 1895. Esta data é hoje considerada pelos historiadores como o nascimento do cinema.

Não houve novas projeções até 21 de março de 1899, quando o Eden exibiu uma série de filmes dos irmãos Lumière. Esta sessão é a que foi considerada e mantida pelo Guinness.

https://zap.aeiou.pt/cinema-frances-mais-antigo-mundo-417055

 

Hervis Rogers votou em liberdade condicional.- Agora, pode enfrentar 40 anos de prisão !

Depois de se ter tornado um símbolo da luta pelo direito de voto nos Estados Unidos, Hervis Rogers enfrenta uma pena de prisão que pode chegar até aos 40 anos.

Deveria ter sido mais uma eleição como tantas outras, mas este não foi o caso para Hervis Rogers. Aos 62 anos, este homem natural do Texas pode enfrentar 40 anos de prisão por ter votado ilegalmente.

Após uma espera de sete horas à porta da Universidade do Texas para poder votar nas primárias de Março de 2020 e de ter votado também nas presidenciais de Novembro, Hervis Rogers foi preso e acusado na semana passada de ter votado enquanto estava em liberdade condicional, que só terminava em Junho de 2020.

Queria poder votar e expressar a minha opinião. Não ia deixar nada impedir-me, por isso esperei”, contou Rogers à ABC, depois de ser o último a votar na Super Terça-Feira.

No Texas, é ilegal para qualquer prisioneiro votar até cumprir a pena completa, mesmo já em liberdade condicional. Hervis Rogers, que estava em liberdade condicional depois de ter sido preso em 1995 por crimes de furto e intenção de cometer roubo, vai agora ser acusado de dois crimes de votação ilegal, com uma moldura penal de 20 anos.

O Procurador-Geral do Texas, Ken Paxton, um dos principais rostos dos processos relacionados com crimes eleitorais, está neste momento a ser investigado por má conduta profissional depois de ter desafiado a vitória de Joe Biden em tribunal por acreditar que houve fraude eleitoral nas presidenciais.

“Hervis é um criminoso que está devidamente impedido de votar pela lei do Texas. Eu abro processos contra a fraude eleitoral onde quer que os encontre!”, escreveu Ken Paxton no Twitter.

Rogers foi entretanto libertado da prisão do condado de Montgomery depois de a ONG The Bail Project, que ajuda cidadãos de baixos rendimentos, lhe ter pagado a fiança de 100 mil dólares.

Tommy Buser-Clancy, um dos advogados de Rogers, acredita que a prisão do seu cliente mostra o “perigo de criminalizar em demasia o código das eleições e o processo de participação nas sociedades democráticas”.

“Em particular, aumenta o perigo que os estatutos criminais no código eleitoral estejam a ser usados quando, na pior das hipóteses, se cometeu um erro inocente. Ele enfrenta a possibilidade de uma sentença extremamente severa. Crimes de segundo grau normalmente são reservados para agressões agravadas e aplicá-los ao caso do Senhor Rogers só mostra o quão injusto isto é”, reforça Buser-Clancy.

“A prisão do Senhor Rogers deve alarmar todos os Texanos. Ele esperou na fila mais de seis horas para votar e cumprir aquele que acredita ser o seu dever civil e enfrenta potencialmente décadas de prisão”, escreveu Andre Segura, director legal da União Americana pelas Liberdades Civis no Texas.

“As nossas leis não deviam intimidar as pessoas para não votarem ao aumentar o risco de serem acusadas por aquilo que são, no pior dos casos, erros inocentes”, escreveu Andre Segura, director legal da União Americana pelas Liberdades Civis no Texas”, acrescentou.

A luta pelo voto nos EUA

As leis sobre o direito ao voto variam bastante entre os estados e dependem dos crimes cometidos. No Distrito de Columbia, no Maine e no Vermont, os prisioneiros podem votar enquanto ainda estão atrás das grades.

No caso do Alabama, do Tennessee e do Mississippi, pessoas condenadas por homicídio ou violação nunca mais podem votar novamente. Muitos outros estados apenas deixam os prisioneiros votar depois de saírem da prisão e outros, como no Texas, têm um sistema que só garante o direito depois do fim da liberdade condicional.

Todas estas variações tornam difícil para os ex-prisioneiros saber se podem ou não votar. Devido às elevadas molduras penais dos crimes de voto ilegal, muitos acabam por decidir não arriscar por medo.

De acordo com o The Sentencing Project, cerca de 5.2 milhões de pessoas nos Estados Unidos não podem votar por terem sido condenadas anteriormente. Sarah K.S. Shannon, professora assistente de Sociologia na Universidade da Geórgia, afirma que estes números acabam também por impactar mais o poder de voto das minorias.

“Em termos de igualdade, obviamente, leis para destituir prisioneiros de direitos têm impactos raciais desproporcionais. Ainda por cima, como estas leis podem variar tanto de estado para estado, os efeitos também variam por localização e afectam o eleitorado de alguns estados mais do que de outros”, pode ler-se no The New York Times.

Este é mais um capítulo na luta pela reforma criminal e eleitoral nos Estados Unidos, que têm ficado mais acesa depois das acusações de fraude eleitoral de Donald Trump. Apesar do ex-presidente ter perdido os processos em tribunal em que alegou ter provas de fraude, muitos republicanos leais a Trump têm introduzido leis mais restritivas ao voto em vários estados.

https://zap.aeiou.pt/hervis-rogers-votou-em-liberdade-condicional-agora-pode-enfrentar-40-anos-de-prisao-416586

 

Bruxelas prepara propostas para atingir corte de 55% das emissões de carbono até 2030 !

A Comissão Europeia apresenta esta quarta-feira um pacote legislativo intitulado “Fit for 55” que visa assegurar que a União Europeia cumpre a meta de redução de 55% das emissões até 2030, relativamente aos níveis de 1990.


Após a aprovação, em abril, da Lei Europeia do Clima – que consagra na legislação europeia o objetivo de atingir a neutralidade climática até 2050 e um corte nas emissões de gases com efeito de estufa de pelo menos 55% até 2030 –, o pacote que será apresentado na quarta-feira é constituído por 13 propostas legislativas, e irá abarcar áreas tão diversas como o setor dos automóveis, da energia, da aviação ou da eficiência energética dos edifícios.

Dividido entre propostas legislativas novas e a revisão de regulamentos antigos, o principal objetivo do pacote é o de garantir que a União Europeia (UE) cumpre a meta estipulada para daqui a nove anos e se mantém no caminho para atingir a neutralidade climática até 2050.

Entre as diferentes propostas, espera-se que o executivo comunitário apresente um Mecanismo de Ajustamento das Emissões de Carbono nas Fronteiras (CBAM, na sigla em inglês), que tem gerado preocupações tanto nos Estados Unidos como na China – que temem uma medida protecionista –, e que visa assegurar que as empresas europeias não são prejudicadas, em termos competitivos, pelas novas normas ambientais que irão entrar em vigor no espaço comunitário.

Para tal, o CBAM deverá simultaneamente procurar impedir o fenómeno de “fuga do carbono” –segundo o qual as empresas mudam a sua produção para o estrangeiro de maneira a escapar às regras ambientais europeias, continuando a emitir o mesmo nível de emissões – e estabelecer um “imposto sobre o carbono” que procura fazer com que os produtos produzidos fora do espaço europeu não beneficiem de preços mais baixos devido a padrões ambientais reduzidos.

O pacote deverá também introduzir duas novas propostas relativas tanto ao setor da aviação como do transporte marítimo, obrigando ambos a utilizarem mais “combustíveis sustentáveis alternativos”.

No que se refere ao setor da aviação, o portal de notícias Euractiv indica que as companhias aéreas passarão a ter de se abastecer com uma mistura de combustíveis quando descolarem de aeroportos europeus, e que deverá incluir, a partir, de 2025, uma percentagem de 2% de combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF, na sigla em inglês), que subirá para 63% em 2050.

Além disso, segundo o jornal britânico Financial Times, o pacote deverá também estabelecer um imposto sobre os combustíveis fósseis utilizados pela indústria de aviação – como o querosene, o petróleo e o gasóleo – que irá progressivamente aumentando durante um período de dez anos.

O “Fit for 55” deverá também incluir uma revisão do regulamento que estipula as emissões de CO2 produzidas pelo setor automóvel, que se tornarão mais robustas e poderão incluir uma redução de 100% no setor automóvel a partir de 2035, o que significaria, na prática, o fim da venda de automóveis de gasolina e gasóleo.

O pacote deverá ainda propor a revisão do atual Regime de Comércio de Licenças de Emissão da UE (RCLE-UE) e da diretiva relativa à eficiência energética.

Fazendo uma antevisão do pacote legislativo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que os “europeus escolheram tornar a UE neutra em carbono até 2050”, o que implica “cortar as emissões em pelos menos 55% até 2030”.

“A 14 de julho, iremos apresentar um plano para o alcançar: o nosso plano para o crescimento económico, para empregos bons e sustentáveis, e para um planeta saudável”, indicou hoje Von der Leyen na sua conta oficial da rede social Twitter.

Após a apresentação do pacote em questão, o conjunto das 13 propostas legislativas passará para o Parlamento Europeu e para o Conselho da UE, que representa o conjunto dos Estados-membros, que irão entrar em negociações interinstitucionais para aprovar o conjunto de medidas, um processo se prevê que irá demorar vários meses.

https://zap.aeiou.pt/proposta-corte-emissoes-ate-2030-417067

 

Móvel, flutuante e sustentável. Arquitetos criam cidade 100% auto-suficiente em Manhattan !


Uma equipa de arquitetos criou uma cidade flutuante em Manhattan, que se carateriza por ser 100% auto-suficiente. A inovação pode ser a chave para o problema de sobrelotação que muitas cidades do mundo vivem.

Um dos grandes problemas do século XXI é o facto das pessoas que vivem nas grandes cidades estarem a esgotar alguns dos recursos mais raros do Planeta. Com a pandemia de covid-19, os conceitos de sustentabilidade e consciencialização ganharam uma nova forma – e já há novas ideias a serem desenvolvidas.

Neste sentido, um escritório de arquitetura – o 3deluxe – decidiu construir um projeto que correspondesse a esses valores em Manhattan, uma cidade que vive com população a mais e que precisa desesperadamente de mais espaço.

O projeto desenvolvido pela 3deluxe foi encomendado pela organização #WeThePlanet (WTP) com sede em Nova Iorque. A ideia é construir um campus sustentável que esteja alinhado com a natureza e seja agradável para as pessoas.

A 3deluxe concebeu assim uma verdadeira cidade móvel flutuante que é 100% auto-suficiente, gerando toda a energia e água de que necessita.

“Depois do choque da pandemia e da polarização social dos últimos anos, há uma ânsia por mudanças positivas. É hora de a arquitetura e o urbanismo adotarem uma abordagem mais ambiciosa para humanizar o nosso ambiente”, referiu Dieter Brell, diretor de criação da 3deluxe, em comunicado.

A cidade será uma plataforma comunicativa que protege “toda a vida na terra e no mar enquanto avança a fronteira do design”, de acordo com a 3deluxe.

A organização #WeThePlanet acredita que os edifícios devem retribuir tanto quanto recebem. Portanto, o campus flutuante deverá usar as tecnologias mais recentes para purificação do ar, juntamente com parques eólicos de algas, energia fotovoltaica, centrais marinhas e bio-reatores para garantir que a estrutura gera o mínimo de emissões e, ao mesmo tempo, é 100% auto-sustentável.

A plataforma também é protegida do aumento do nível do mar. No futuro, se os habitantes de Manhattan decidirem que precisam ainda de mais espaço, a estrutura pode ser ampliada, adianta o Interesting Engineering.

A 3deluxe refere que o projeto da plataforma posiciona-se sobre “questões sociais relevantes, como a proteção climática, conservação da natureza, responsabilidade conjunta, abertura e transparência”.

https://zap.aeiou.pt/movel-flutuante-e-sustentavel-arquitetos-criam-cidade-100-auto-suficiente-em-manhattan-416734

 

A subida do nível do mar no Bangladesh está a empurrar mulheres para a prostituição !

A subida do nível do mar no Bangladesh está a ter repercussões dramáticas na vida de muitas mulheres que têm como única opção a prostituição.


De acordo com a Sky News, a emergência climática no país está a ter graves consequências sócio-económicas e as mulheres são a classe mais afetada. O jornal britânico indica que muitas se vêm obrigadas a prostituir-se num bordel na costa sudoeste conhecido como Banishanta.

Entre muitos casos, o diário britânico destaca a situação de Pervin: uma jovem que começou a trabalhar no bordel, depois de a sua família ter ficado com a casa destruída em consequência da subida do mar, erosão e sucessivos ciclones.

Com apenas 15 anos, e ao perceber que a família precisava de ajuda monetária, Pervin decidiu pôr mãos à obra e ir trabalhar. Foi contactada por uma mulher que lhe prometeu emprego numa fábrica de têxteis, mas acabou por ir parar ao bordel onde agora presta serviços sexuais a troco de dinheiro.

Em declarações à Sky News diz que se deixou enganar pela ingenuidade: “Não sabia o que fazer. Ela abandonou-me”, contou.

Banishanta é um dos bordéis mais antigos de Bangladesh, atraindo clientes do porto próximo de Mongla. Mesmo sendo legal no país, o trabalho sexual é extremamente estigmatizado na cultura tradicional e as mulheres que o praticam são descriminadas.

Pervin é apenas um dos muitos casos – estima-se que sejam cerca de 100 mulheres – a passar por esta situação. As histórias, geralmente, têm como ponto de partida a vulnerabilidade provocada pelas mudanças climáticas.

Normalmente, as mulheres que vão parar ao bordel acabam por ser vendidas e ficam prisioneiras. Há ainda mulheres mais velhas que vivem há anos no local e não têm para onde ir, acabando por se sujeitar a todo o tipo de tratamentos indignos.

A pequena faixa de terra onde Banishanta foi construído também está a desaparecer, por isso, o aumento do nível do mar está a destruir as margens do bordel, sendo que quando as casas são inundadas, as mulheres que lá trabalham são forçadas a gastar o dinheiro que ganham na manutenção do local.

https://zap.aeiou.pt/subida-nivel-mar-bangladesh-prostituicao-416728

 

Onda de calor no Canadá pode ter causado a morte de mais de mil milhões de animais marinhos !

A onda de calor no Canadá atingiu milhões de pessoas, mas a situação, que causou incêndios e problemas no abastecimento de energia, não afetou apenas os humanos. Estima-se que mais de mil milhões de animais marinhos tenham sucumbido às altas temperaturas.


Chris Harley, biólogo da Universidade da Columbia Britânica, acredita que as temperaturas extremas que se sentiram na semana passada no Canadá, podem ter resultado na morte de mais de mil milhões de criaturas marinhas, como mexilhões, estrelas do mar e percebes, no Mar Salish, na costa sudoeste do país. O efeito devastador deverá afetar também qualidade da água na região.

O país registou temperaturas que chegaram aos 49,6 graus, sendo que durante a onda de calor, Harley e a sua equipa usaram câmaras de infravermelhos para detetar as temperaturas nos habitats costeiros.

Durante a pesquisa, os investigadores encontraram inúmeros mexilhões a apodrecer nas suas próprias cascas. “Dava para sentir o cheiro mesmo antes de chegar perto”, referiu citado pelo The Guardian.

“A praia não costuma estalar quando se anda sobre ela. Mas havia tantas conchas de mexilhões vazias por toda a parte que não se podia evitar pisar animais mortos“, descreveu ainda.

Os mexilhões toleram temperaturas de até 30 graus, e os percebes são mais resistentes, suportando até 40 graus. No entanto, o termómetro esteve muito perto de chegar aos 50 graus durante algumas horas de vários, o que levou a que vários elementos destas espécies acabassem por colapsar.

A morte destes animais também irá a qualidade da água na região, já que, por exemplo, os mexilhões têm a função de filtrar a água do mar.

Tendo em conta a quantidade de animais mortos encontrados numa área pequena, Harley calculou que mais de mil milhões de criaturas marinhas possam ter morrido com a onda de calor.

https://zap.aeiou.pt/calor-canada-morte-animais-marinhos-416714

 

Espetar agulhas nos olhos ou incendiar a casa da mãe: Eis os mistérios da vida de Isaac Newton !

Atualmente, Isaac Newton é conhecido como o pai da física. No entanto, há vários detalhes da vida do cientista que permanecem desconhecidos — inclusive os mais surreais.


Isaac Newton nasceu no dia 25 de dezembro de 1642 – poucos meses após a morte do seu pai. O homem que se viria a tornar num dos matemáticos mais influentes da história, teve uma infância solitária e este detalhe da sua vida talvez explique um pouco da sua personalidade enquanto adulto.

Newton sempre foi um aluno exímio e, em 1661, foi admitido no Trinity College, em Cambridge. Na instituição, o jovem aprendeu as principais teorias científicas, que na época ainda era a “física” que havia sido escrita por Aristóteles há mais de dois mil anos.

Alguns meses depois de se formar, o país foi assolado pela peste. Assim, como grande parte das pessoas do mundo, Newton foi forçado a isolar-se na casa da sua família nos dois anos seguintes, aproveitando o tempo de isolamento para aprofundar os seus conhecimentos sobre matemática e física.

Segundo o IFL Science, o cientista enfiava agulhas grandes e pontiagudas – entre outros objetos – atrás dos seus olhos para ver o que acontecia, sendo que desta forma desenvolveu uma teoria “corpuscular” da luz que era mais alquimia do que propriamente ciência.

Outra das ideias passou por fazer uma experiência onde os seus olhos eram expostos à mais intensa explosão de luz solar direta possível – o que fez com que ficasse cego durante três dias.

Embora a ideia possa parecer macabra, acabou por resultar numa verdadeira revolução para a comunicação científica, sendo que depois o matemático acabou por construir o primeiro telescópio refletor em funcionamento conhecido.

Newton mantinha-se ocupado secretamente a trabalhar no que chamou a sua “Grande Obra”: a alquimia. O físico escreveu cerca de um milhão de palavras sobre tópicos como transformar metais comuns em ouro ou sobre a natureza de Deus.

Contudo, a coisa mais inexplicável que fez passou por tentar incendiar a casa da sua mãe com esta e o padrasto lá dentro. Até agora, não se sabe o que motivou esta atitude.

Apesar do seu legado como um dos cientistas mais proeminentes da história, segundo o IFL Science, a melhor descrição de Isaac Newton talvez tenha vindo de John Maynard Keynes: “Newton não foi o primeiro na era da razão. Ele foi o último dos mágicos”.

https://zap.aeiou.pt/misterios-vida-isaac-newton-416113

 

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