domingo, 25 de julho de 2021

Orbán vai rejeitar dinheiro do fundo de recuperação se tiver de revogar lei anti-LGBTQI !

O primeiro-ministro húngaro assegurou, este sábado, que o país não vai aceitar o dinheiro do fundo de recuperação se tiver de ceder perante Bruxelas e revogar a lei anti-LGBTQI.


Segundo a agência Europa Press, Viktor Orbán indicou que as ditas ajudas serão rejeitadas se o fundo for de alguma forma vinculado ao diploma, que foi duramente criticado em Bruxelas por discriminar uma comunidade.

Para o Governo húngaro, a Comissão Europeia atrasou a aprovação do seu plano de recuperação devido à sua “rejeição política a uma legislação nacional aprovada para proteger a infância“.

Assim, num decreto publicado na Gazeta Oficial, adianta a agência espanhola, Budapeste sublinhou que só irá aceitar um acordo “se a Comissão Europeia não impuser condições que não se apliquem a outros Estados-membros”.

O prazo legal para que o Executivo comunitário avalie os planos nacionais é de dois meses a partir da sua apresentação, o que indica que, no caso húngaro, as conclusões deviam ter sido comunicadas há mais de uma semana.

No entanto, as regras preveem que as partes podem acordar uma extensão do prazo para dar mais margem à análise e fazer ajustes, mas Bruxelas e Budapeste têm resistido a anunciar formalmente esse prolongamento, numa altura em que as relações entre a Hungria e os restantes Estados-membros da UE estão tensas por causa das críticas à deriva autoritária do seu Governo.

Recorde-se que o Governo húngaro do Fidesz (democrata-cristão ultranacionalista) aprovou recentemente uma lei considerada homofóbica, que, entre outras coisas, proíbe que se fale sobre homossexualidade nas escolas.

A polémica lei de proteção de menores, aprovada pelo Parlamento húngaro em junho e criticada interna e internacionalmente, começou por propor um endurecimento das penas contra a pedofilia, mas, pouco antes da votação, foram acrescentadas disposições relacionadas com a homossexualidade e a mudança de sexo.

No poder desde 2010, o primeiro-ministro Viktor Orbán tem adotado políticas para “defender os valores cristãos”.

A Comissão Europeia desencadeou um processo de infração contra o Governo húngaro, a 15 de junho, considerando que essas políticas discriminatórias violam os valores europeus fundamentais da tolerância e da liberdade individual.

O processo pode levar a uma ação no Tribunal de Justiça da União Europeia e depois a sanções financeiras.

Orbán classificou o processo desencadeado pela Comissão Europeia como “vandalismo legal” e, na quarta-feira, anunciou que a lei em causa será objeto de referendo, pedindo o apoio dos eleitores. “Bruxelas atacou claramente a Hungria”, contestou, num vídeo publicado na sua página no Facebook.

O Tribunal Europeu de Justiça e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos têm condenado regularmente a Hungria por reformas que visam a justiça, os meios de comunicação, os refugiados, as organizações não-governamentais, universidades ou minorias.

Mais de dez mil pessoas na Marcha do Orgulho

Mais de dez mil pessoas juntaram-se na Marcha do Orgulho que se realizou, este sábado, no centro de Budapeste, em solidariedade com a comunidade LGBTI+.

Toda a Europa está a observar o que se passa na Hungria”, vincou Terry Reintke, co-presidente do Intergrupo LGBTI+ do Parlamento Europeu, perante os manifestantes reunidos na Praça Madách, no centro da capital húngara, de onde partiu a marcha, em direção ao parque Tabán.

“Estamos aqui contra o ódio, a deriva do Estado de Direito e a vaga autoritária”, vincou a eurodeputada.

Na convocatória da marcha, os organizadores assinalavam que “os últimos tempos foram muito stressantes, desesperantes e aterradores para a comunidade LGBTI+“. O Governo húngaro “desterra, na sua própria pátria, a comunidade LGBTI+”, denunciam.

Na Marcha do Orgulho, tradicionalmente colorida, participaram políticos da oposição, atores, músicos, desportistas e outras figuras conhecidas da sociedade.

Mas o desfile contou também com solidariedade estrangeira, com mais de 40 embaixadas e instituições culturais presentes na Hungria a apoiarem, em comunicado conjunto, a Marcha do Orgulho em Budapeste.

Várias organizações de extrema-direita, como o movimento Pátria Nossa e a Federação Alfa, convocaram uma contramanifestação, na qual participaram poucas dezenas de pessoas. A polícia foi mobilizada para evitar confrontos e incidentes.

https://zap.aeiou.pt/orban-rejeitar-dinheiro-se-tiver-revogar-lei-anti-lgbtqi-419944
 

 

Argentina cria documento de identidade para pessoas não binárias !

O Presidente da Argentina anunciou, esta semana, que o país tem um novo documento de identidade para incluir pessoas não binárias. É o primeiro país da América Latina a fazê-lo.


De acordo com o chefe de Estado argentino, Alberto Fernandez, o objetivo deste novo documento de identidade é garantir o direito à identidade de género a pessoas que não se reconhecem nem como mulher nem como homem.

“Existem outras identidades, para além do sexo masculino e feminino, que devem ser respeitadas”, afirmou Fernandez durante uma conferência de imprensa, na quarta-feira,  no Museu Casa Rosada, em Buenos Aires, citado pela cadeia televisiva CNN.

Esta alteração estabelece a terminologia “X” no campo dedicado ao género no documento de identidade e no passaporte.

“O que é que importa ao Estado saber a orientação sexual dos seus cidadãos, ou o género que cada um deles reconhece para si mesmo?”, questionou ainda o Presidente argentino.

https://twitter.com/lucasllach/status/1417914851482034177?s=20

Neste dia, no museu argentino, a Ministra das Mulheres, Géneros e Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, o Ministro do Interior, Eduardo De Pedro, e o chefe de Estado entregaram os primeiros documentos não binários a três cidadãos.

A ministra destacou que a implementação deste novo documento de identificação é “uma ação focada na construção de uma sociedade mais igualitária, mas também mais inclusiva”.

Segundo o comunicado divulgado pelo gabinete presidencial, a Argentina é o primeiro país da América Latina a permitir esta opção no campo do género do documento de identidade. Esta nova medida está em linha com alterações semelhantes feitas noutros países, como é o caso do Canadá, Austrália e Nova Zelândia, pode ler-se na mesma nota.

https://zap.aeiou.pt/argentina-documento-pessoas-nao-binarias-419781

 

“Narco Drones” apanhados a entregar drogas numa prisão chilena !

Reclusos e cúmplices no exterior estão a usar drones para contrabandear droga para a prisão mais antiga do Chile.


As autoridades chilenas descobriram que o esquema de contrabando tinha como objetivo transportar drogas para a Ex Penitenciaría, uma prisão em Santiago, uma das mais movimentadas do país, construída há 178 anos e que continua em funcionamento até hoje.

Segundo a Vice, uma investigação revelou que pelo menos três reclusos foram implicados no esquema de contrabando por drones, descoberto em meados de maio, e na gestão de uma rede de distribuição atrás das grades. Os prisioneiros já tinham sido sancionados por possuírem telemóveis e drogas.

Fonte familiarizada com a investigação revelou que, em maio, as autoridades descobriram drogas e dois dispositivos ativados por hélice no topo de um dos edifícios da prisão.

Apesar da descoberta recente deste esquema, a verdade é que os reclusos chilenos estão longe de ser o primeiro grupo a utilizar drones para alimentar um próspero comércio de droga atrás das paredes de uma prisão.

A tendência foi observada pela primeira vez em 2013, nos Estados Unidos, numa prisão da Geórgia, e tornou-se um foco constante dos esforços de aplicação da lei para combater o contrabando que entra nas prisões norte-americanas.

No Reino Unido, entre 2016 e 2017, as autoridades prenderam um grupo responsável por 55 entregas de drones nas prisões de todo o país.

Também no início deste mês, as autoridades espanholas apreenderam o que se acredita ser o maior drone de droga de sempre na Europa. Encontrado num armazém, o drone tinha sido utilizado por um grupo francês para contrabandear droga de Marrocos para Espanha.

No México, os cartéis de droga também fizeram experiências com a utilização de drones, mas para atacar inimigos e autoridades. Um grupo de crime organizado no estado ocidental de Michoacan utilizou estes dispositivos para largar explosivos numa sede da polícia local em abril, ferindo dois polícias.

https://zap.aeiou.pt/narco-drones-prisao-chilena-419821

 

Chuvas torrenciais fazem mais de uma centena de mortos na Índia !

Pelo menos 136 pessoas morreram na Índia, em consequência de chuvas torrenciais que assolaram o país e causaram fortes enchentes e deslizamentos de terra, enterrando casas e submergindo ruas.


Numa altura em que as alterações climáticas afetam várias regiões do globo, como a Alemanha e a China, o Estado indiano de Maharashtra foi atingido pelas piores chuvas dos últimos 40 anos, com dilúvios que duraram dias.

Quatro deslizamentos de terra na região de Raigad e Ratnagiri provocaram 54 mortes, tendo pelo menos mil pessoas ficando presas em cima de edifícios e veículos devido à enchente, segundo a agência Lusa, que cita a Sky News.

Em Taliye, cerca de 160 quilómetros a sudeste da capital financeira Mombaça, 42 pessoas morreram no seguimento de deslizamentos de terra que arrasaram a vila, havendo dezenas de desaparecidos.

Simultaneamente, 27 pessoas foram mortas no distrito de Satara depois de várias casas terem sido arrastadas pelas águas, noticiou a comunicação social local, enquanto outras 20 pessoas morreram em circunstâncias idênticas nos distritos do leste de Gondia e Chandrapur.

Segundo a emissora britânica BBC, o Estado de Maharashtra já tem a lamentar pelo menos 136 vítimas mortais.

Partes da costa oeste da Índia tiveram até 594 milímetros de chuva, com militares e autoridades da proteção civil a evacuarem áreas vulneráveis para que a água pudesse ser libertada das barragens antes que transbordassem, enquanto na estação montanhosa de Mahabaleshwar, a área bateu o seu recorde de precipitação diária.

Segundo o governo local, cerca de 90 mil pessoas já foram resgatadas das áreas atingidas pelas chuvas torrenciais.

Por outro lado, a principal rodovia que liga Mombaça e Bengaluru foi parcialmente submersa, o que significa que milhares de camiões e outros veículos pesados ficaram retidos durante mais de um dia.

Entre os que participaram na operação de resgate estão o Exército, a Marinha, a Guarda Costeira e a Força Nacional de Resposta a Desastres (Proteção Civil), informou o Ministério da Defesa, que utilizou helicópteros na ação de auxílio e ajuda.

Entretanto, o primeiro-ministro Narendra Modi escreveu no Twitter: “A situação em Maharashtra, devido às fortes chuvadas, está a ser acompanhada de perto e assistência está a ser fornecida aos afetados”.

Na sexta-feira, as autoridades lançaram um alerta no estado de Telangana, no sul do país, depois de chuvas fortes terem provocado enchentes na capital do estado, Hiderabad, onde, segundo os especialistas, se registou a precipitação mais elevada em julho na última década.

As inundações na Índia são comuns durante a temporada de monções de verão, com fortes chuvas que, em regra, enfraquecem e debilitam as estruturas de edifícios, muitos deles frágeis ou mal construídos.

A devastação na Índia surge após fortes chuvas na China e na Europa Ocidental, bem como ondas de calor nos Estados Unidos e Canadá e um forte calor no Reino Unido, o que motivou novas apreensões sobre o impacto das alterações climáticas.

https://zap.aeiou.pt/chuvas-torrenciais-mais-cem-mortos-india-419928

 

China inaugurou o comboio mais rápido do mundo !


O comboio-bala maglev, que pode atingir uma velocidade de 600 quilómetros por hora, fez a sua estreia em Qingdao, na China, esta semana.

Tal como conta a cadeia televisiva CNN, este comboio-bala maglev foi desenvolvido pela empresa estatal China Railway Rolling Stock Corporation e é considerado o comboio mais rápido do mundo, podendo atingir uma velocidade de 600 quilómetros por hora.

“Maglev” é uma abreviatura para “levitação magnética” e o comboio parece que “flutua” graças a uma força eletromagnética que o faz deslizar sobre os carris.

Liang Jianying, diretor e engenheiro-chefe da CRRC Sifang, disse à imprensa estatal chinesa que, para além da sua velocidade, o comboio emite baixos níveis de poluição sonora e requer menos manutenção do que outros comboios de alta velocidade.

Tal como recorda a estação norte-americana, em 2019 tinha sido revelado à imprensa um protótipo deste novo comboio. Nesse ano, a China também anunciou os seus planos ambiciosos para criar “círculos de transporte de três horas” entre as principais áreas metropolitanas do país.

A ferrovia de alta velocidade é uma grande prioridade desta potência mundial, que pretende ligar mais as suas grandes cidades por comboio para reduzir o tempo e as despesas necessárias para viajar pelo país. Atualmente, em média, os comboios de alta velocidade na China podem viajar a cerca de 350 quilómetros por hora, enquanto os aviões voam a 800-900 quilómetros por hora.

No entanto, destaca a CNN, ainda há uma coisa que impede o recente comboio-bala de estar pronto para receber passageiros: a falta de redes de carris completas apropriadas.

Neste momento, o país tem apenas uma linha maglev para uso comercial, que liga o aeroporto Pudong, em Xangai, com a estação Longyang Road, na mesma cidade. Esta viagem de 30 quilómetros faz-se em cerca de sete minutos e meio, com o comboio a atingir velocidades de 430 quilómetros por hora.

A China já está a construir várias redes apropriadas para este comboio, incluindo uma que vai ligar Xangai e Hangzhou e outra entre Chengdu e Chongqing.

No final de junho, o país asiático também inaugurou a primeira linha de alta velocidade no Tibete, de 435 quilómetros, que liga a capital tibetana Lassa à cidade de Nyingchi.

https://zap.aeiou.pt/china-comboio-mais-rapido-mundo-419711

Stonehenge pode perder estatuto de património mundial da UNESCO !

Depois de Liverpool, também Stonehenge pode perder o estatuto de património mundial da UNESCO. O aviso surge após o secretário dos transportes, Grant Shapps, ter dado luz verde aos planos de construção de um túnel sob a paisagem.


O monumento de Salisbury Plain, em Wiltshire, corre o risco de ser colocado na “lista de perigo” e de perder o seu estatuto de património mundial, avança o The Guardian.

O aviso é da UNESCO e surge depois de Grant Shapps, secretário dos transportes, ter dado luz verde aos planos de construção de um túnel, de cerca de três quilómetros e com dupla faixa de rodagem, que passará sob o sítio arqueológico de Stonehenge.

A obra tem um custo estimado de 1,7 mil milhões de libras esterlinas.

O projeto tem como objetivo aliviar o congestionamento do tráfego ao longo da A303 em Wiltshire, a rota mais direta para os automobilistas que viajam entre o Sudeste e o Sudoeste, e permitir que “os visitantes de Stonehenge vejam o círculo de pedras sem a distração visual e auditiva do tráfego”, justificou Shapps.

A Alliance for Stonehenge, associação que se opõe à construção da nova estrada, afirma que o túnel é muito curto, o que pode danificar irreversivelmente os arredores do sítio arqueológico. Um grupo de arqueólogos solicitou que o comprimento do túnel fosse de pelo menos 4,5 quilómetros.

Funcionários da Inspeção de Planeamento também avisaram que o desenvolvimento desta obra poderia causar “danos permanentes e irreversíveis” no local e o grupo de campanha Save Stonehenge World Heritage Site (SSWHS) contestou a decisão do responsável político em tribunal.

O alerta surge depois de Liverpool ter perdido o seu estatuto de património mundial da UNESCO esta quarta-feira, na sequência de alterações significativas na zona das docas.

A UNESCO já tinha avisado que as obras na zona das docas, nomeadamente a construção de vários edifícios e do novo estádio do Everton, faziam perder a autenticidade da cidade.

https://zap.aeiou.pt/stonehenge-perder-patrimonio-mundial-419900

 

sábado, 24 de julho de 2021

“Checkmate” - Rússia apresenta o seu novo jacto de combate revolucionário !

Apresentação do novo caça russo Sukhoi “Checkmate”

O novo jacto é a aposta do governo russo para as exportações e pode vir a ditar o fim da supremacia (aérea e no mercado) do F-35 norte-americano.

A Rússia apresentou o protótipo do novo jacto de combate furtivo Sukhoi “Checkmate” durante o MAKS-2021, Salão do Espaço e Aviação Internacional, em Zhukovsky, na Terça-Feira. O primeiro voo está previsto para 2023.

O novo caça foi desenvolvido pela United Aircraft Corporation (UAC), uma joint venture entre as míticas fabricantes russas Mikoyan-Guervich (MiG) e Sukhoi.

O presidente da Rostec, a empresa estatal de material militar que exporta produtos russos, Sergey Chemezov, e o director geral da UAC , Yury Slyusar, apresentaram o novo jacto a Vladimir Putin.

O comunicado da UAC, citado pela CNN, afirma que o jacto “combina soluções inovadoras e tecnologias” e que tem “visibilidade baixa e uma performance de alto voo“. A empresa espera que as entregas do jacto comecem em 2026.

Já Slyusar reforçou na televisão pública russa que o avião tem um “raio de combate de 1500 quilómetros, maior razão entre o impulso e peso, descolagem e aterragem encurtadas, mais de sete toneladas de carga de combate, que é um recorde absoluto para um avião desta classe”.

O jacto possui um nariz muito pontiagudo, o que é pouco comum, e a entrada do motor debaixo do cockpit. O “Checkmate” carrega artilharia ar-ar e ar-terra, é capaz de levar bombas guiadas ou não guiadas e inclui mísseis ar-ar, ar-terra, e anti-navio, guiados por infravermelhos e radares.

O avião vai ter uma velocidade máxima de 1900 quilómetros por hora e consegue partilhar dados no ar com outros jactos. O “Checkmate” vai ter também uma versão não tripulada, o que abre a possibilidade de apenas um jacto pilotado poder controlar outros não tripulados durante uma batalha.

A UAC e o governo russo parecem estar a apostar bastante na exportação do “Checkmate”, de acordo com o Popular Mechanics, já que os discursos foram em russo, mas as apresentações a descrever o jacto foram em inglês. Putin pode também estar à procura de um parceiro para ajudar no desenvolvimento do avião, tal como a Índia fez inicialmente com o Su-57.

Um vídeo promocional lançado pela Rostec incluiu também pilotos de várias nacionalidades, o que sugere mais uma vez que a Rússia quer apostar na exportação do jacto. De acordo com a ABC, Chemezov estima que o avião vá custar entre 25 e 30 milhões de dólares (entre 21 e 25 milhões de euros) e que as forças armadas russas vão fazer encomendas do “Checkmate”.

Dmitry Stefanovich, investigador no Centro de Segurança Internacional em Moscovo, conta à CNN que o novo jacto vai trazer muitas mudanças ao mercado. “Há muito tempo que a Rússia não mostrava jactos de apenas um motor”, refere, realçando que acredita que países como a Argentina, os Emirados Árabes Unidos ou Índia podem ser dos primeiros interessados em adquirir os aviões.

Putin elogiu a indústria da aviação russa no discurso de abertura do evento: “O que vemos hoje em Zhukovsky mostra claramente que a aviação russa tem um grande potencial de desenvolvimento, e a nossa indústria continua a criar aviões competitivos”.

O “Checkmate” foi feito para lutar taco a taco com o jacto de ataque conjunto F-35, dos EUA, tanto nos céus como no mercado das exportações. De acordo com o Popular Mechanics, ainda é cedo para se saber se este novo jacto vai acabar com o mercado do F-35, mas se a UAC conseguir manter os custos baixos e cumprir as metas do desenvolvimento a tempo, as vendas do F-35 podem ser afectadas.

https://zap.aeiou.pt/russia-revela-o-checkmate-um-novo-jacto-de-combate-419276

 

 

“Pingdemic” - Há uma nova “pandemia” a causar escassez de comida e combustível no Reino Unido !

As medidas de distanciamento social no Reino Unido caíram e, como consequência, centenas de milhares de pessoas estão a ser notificadas para cumprir isolamento.


A partir desta segunda-feira o uso de máscara e outras medidas de distanciamento social deixaram de ser obrigatórias em Inglaterra, apesar de o país estar a atravessar uma nova vaga de infeções provocada pela variante Delta.

O primeiro dia foi apelidado de “Dia da Liberdade”, mas a verdade é que nem todos podem — ou, pelo menos, devem — desfrutá-la. O Reino Unido está agora a passar pela “pingdemic”, um sequela da pandemia de covid-19.

Muitos britânicos têm sido notificados para ficarem em isolamento em casa durante dez dias por terem estado em contacto com uma pessoa infetada. O aviso tem sido feito através da aplicação do Governo britânico para rastreio de contactos, semelhante à STAYAWAY COVID de Portugal.

De acordo com o The New York Times, vários trabalhadores têm sido afetados por estes avisos, levando muitos negócios a fechar portas ou a iniciar uma procura repentina de staff.

Quem receber esta notificação não é obrigado por lei a ficar em isolamento, embora o Governo britânico defenda que devem fazê-lo. Esta quinta-feira, Boris Johnson abriu exceções para trabalhadores considerados essenciais.

Com centenas de milhares de trabalhadores em casa, o Reino Unido está a passar por uma escassez de alimentos e combustível.

Alguns dos maiores supermercados do Reino Unido alertaram, na quinta-feira, que não conseguiram repor o stock de alguns produtos e os operadores de postos de abastecimento de gasolina reconheceram que algumas das suas bombas estavam a secar, conta a CNN.

Novos casos de coronavírus no país a rondar os 50.000 por dia, e cerca de 620.000 pessoas em Inglaterra e no País de Gales foram mandadas ficar em isolamento de 8 a 14 de julho, de acordo com dados do Serviço Nacional de Saúde britânico, o NHS.

“Parece haver um caos absoluto no coração do Governo de momento: você tem ministros que não se regem pelo mesmo guião, e isso sugere que não existe um guião”, disse Tim Bale, professor de política da Queen Mary University de Londres ao NY Times.

É um efeito dominó e a situação tende a piorar. Quantos mais casos de covid-19, mais pessoas vão ser notificadas para cumprirem isolamento.

https://zap.aeiou.pt/pingdemic-escassez-comida-combustivel-419696

 

A primeira casa impressa em 3D no Canadá é inspirada na sequência de Fibonacci !

Depois de ter inspirado inúmeros edifícios, a sequência de Fibonacci serviu de musa à empresa de impressão em 3D Twente Additive Manufacturing (TAM), que criou a primeira casa impressa em 3D do Canadá.


Fibonacci House é uma minúscula moradia de betão não dobrável, que acomoda até dois adultos e duas crianças.

Segundo o New Atlas, está disponível para arrendar no Airbnb. Isto significa que, além de ser a primeira casa impressa em 3D no Canadá, é também a primeira tiny house de cimento impressa em 3D listada na plataforma.

“A Fibonacci House foi impressa utilizando uma impressora de betão concebida e vendida pela Twente Additive Manufacturing, uma empresa de tecnologia de construção”, explica a empresa, em comunicado.

“O design foi criado utilizando a Sequência de Fibonacci, um padrão bem conhecido e frequentemente referido como ‘a proporção dourada’ que pode ser encontrado na natureza em numerosas variações: em conchas, pétalas de flores, formações de folhas, etc. A equipa Twente foi inspirada por este antigo padrão que sempre intrigou as pessoas ao longo da história”, acrescenta.

A casa tem apenas 35 m2, mas conta com uma área de estar espaçosa com uma cozinha mobilada. Todos os elementos que não são de cimento foram feitos de cedro e abeto colhidos de forma sustentável na vizinha floresta comunitária Harrop Procter, e as janelas proporcionam uma agradável vista para a paisagem rural canadiana.

O processo de construção foi muito semelhante a outros projetos de arquitetura impressos em 3D. Uma mistura de cimento foi impressa, camada por camada, graças a uma impressora 3D, que construiu a estrutura básica da casa em secções ao longo de 11 dias.

As secções foram depois unidas por construtores humanos, com a ajuda de uma grua, que também terminaram a casa com caixilhos de janelas feitos à mão, uma porta, telhado e mobiliário, assim como cabos e canalizações.

As receitas geradas pelo arrendamento no Airbnb estão a ser diretamente desviadas para um projeto de casas a preços acessíveis liderado pela World Housing.

https://zap.aeiou.pt/primeira-casa-impressa-3d-canada-419744

 

“É demasiado tarde” - As palavras dos médicos aos doentes com covid-19 que recusaram a vacina !

Estados Unidos da América contam com 48.49% da população totalmente vacinada, apesar de o processo ter estagnado nas últimas semanas. Os números de novas infeções crescem, assim como as mortes face ao crescimento galopante da variante Delta.


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha deixado o alerta na última semana. Com 48.49% da população inoculada contra a Covid-19, de acordo com os dados do Our World in Data, e o país a voltar lentamente à normalidade, os EUA enfrentam atualmente uma nova pandemia, a pandemia das pessoas não vacinadas.

O alarme surge porque as mortes que se registam atualmente no país motivadas pela SARS-Cov-2 acontecem na sua vasta maioria (99%) em pessoas não vacinadas — numa altura em que a variante Delta está a associada a 83% dos novos casos.

O relato de Brytney Cobia, uma médica do Grandview Medical Center, no Alabama, tornou-se viral nas redes sociais depois de esta revelar que todos os seus doentes com Covid-19, à exceção de um, não tinham sido vacinados. O paciente inoculado deveria ter uma recuperação rápida após receber oxigénio, revelou a clínica ao Birmingham News, ao passo que os restantes “estão a morrer“.

“Estão a ser admitidas pessoas jovens e saudáveis com casos de infeção severa por Covid-19”, escreveu Cobia no seu perfil no Facebook. “Uma das últimas coisas que me pedem antes de serem entubados é a vacina. Eu seguro-lhes a mão, peço desculpa, mas digo-lhes que é demasiado tarde.”

O Alabama, onde Brytney Cobia trabalha, regista os níveis mais baixos de vacinação dos Estados Unidos da América — apenas 33.9% dos habitantes estão totalmente vacinados —, sendo que o processo de inoculação está a estagnar.

Segundo dados oficiais disponibilizados pelas autoridades do estado, 96% das pessoas que morreram no Alabama por Covid-19 desde abril não estavam totalmente vacinadas.

De acordo com a epidemiologista Rochelle Walen, diretora do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC, na sigla em inglês), o impacto da variante Delta é “dramático“, já que desde 3 de Julho a sua predominância subiu dos 50% para os 83%.

O The Guardian cita o caso de Paula Johnson, uma investigadora na área farmacêutica, adiou a toma da vacina e acabou por testar positivo ao novo coronavírus, tendo sido transportada de urgência para o hospital.

Não conseguia respirar. De repente, os meus pulmões simplesmente deixaram de funcionar”. O momento foi descrito por Johnson como um “embate“, pelo que já deseja vacinar-se e apela aos outros que não esperem, como ela, e que se vacinem.

“Eu diria a todos para tomarem a vacina, para arriscarem, não vai doer, tudo o que vai fazer é aliviar os sintomas do vírus mesmo que o apanhem — isso vai ajudar-vos a sobreviver”, disse à CBS News.

Perante o aumento de casos e de mortos, a Casa Branca debate a possibilidade de recomendar às pessoas vacinadas que usem máscara, especialmente nos territórios em que a variante Delta se está a espalhar rapidamente — com o CDC também a estudar a hipótese de atualizar as suas diretrizes.

Numa grande entrevista, em formato town hall, concedida à CNN esta semana, Joe Biden apelou novamente aos americanos que dêem um “passo muitíssimo importante” e e se vacinem.

https://zap.aeiou.pt/e-demasiado-tarde-as-palavras-dos-medicos-aos-doentes-com-covid-19-que-recusaram-a-vacina-419631

 

Variante Lambda da COVID 19 - O que saber sobre a nova mutação que preocupa as autoridades !

Está a ter um foco mais circunscrito à América Latina, mas já houve dois casos desta mutação em Portugal. A OMS está atenta e de momento classifica a Lambda como uma variante de interesse.
 

Desde que foi identificada em Dezembro de 2020, já foram encontrados casos da variante Lambda em 28 países, incluindo dois em Portugal, segundo os dados da GISAID.

De momento, a América do Sul é a zona do mundo mais afectada. Um relatório da OMS de 15 de Junho explica que esta variante tem sido responsável por níveis altos de transmissibilidade no Chile, no Peru, na Argentina e no Equador. As autoridades peruanas reportaram que desde Abril que 81% dos casos detectados são da variante lambda.

A Lambda tem o mesmo tipo de mutações observadas noutras variantes que podem aumentar a transmissão e infectar mais facilmente as células dos pulmões. A OMS alertou também para uma possível maior resistência aos anticorpos.

Apesar de ainda não haver certezas, estudos preliminares mostram que a vacinação parece ser eficaz para prevenir a variante lambda. Um estudo recente elaborado por microbiólogos da Universidade de Nova Iorque, que ainda não foi revisto por pares, concluiu que duas das três vacinas aprovadas a nível federal nos EUA – a Pfizer e a Moderna – são eficazes contra a lambda. Já a vacina da Janssen não apresentou o mesmo nível de eficácia.

Um outro estudo da Universidade do Chile, que também ainda não revisto por pares, concluiu que a variante lambda é menos susceptível aos anticorpos criados por quem toma a vacina chinesa CoronaVac, que é muito administrada no país.

Em declarações ao NPR, Stuart Ray, médico e professor de Medicina no hospital Johns Hopkins, afirma que a lambda é “uma prima da variante Alpha”. “A Delta está claramente a dominar agora. Acho que o nosso foco tem de se manter na Delta como a marca de uma variante altamente infecciosa e há alguns indícios de que pode causar infecções mais graves, apesar de isso ainda ser uma suspeita em desenvolvimento”, explica.

Lambda em Portugal

Há cerca de duas semanas, um relatório do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge revelou que foram detectados dois casos da variante Lambda em Portugal.

Para o biofísico Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular, a variante Lambda é comparável à Delta no nível de contágio e na composição, mas acredita que não vai chegar às mesmas proporções em Portugal. “Não é muito provável que venhamos a ter uma variante que consiga ser mais transmissível e cause uma doença mais severa do que a variante Delta”, revelou ao JN.

Sobre os resultados dos estudos já feitos, Miguel Castanho refere que são “ensaios prospectivos”. “A variante lambda está muito circunscrita à escala regional. À escala global, ainda não há muita gente infetada. É natural que os estudos não sejam totalmente coincidentes, porque não seguem a mesma metodologia”, afirmou.

Em entrevista à TSF, o virologista Pedro Simas refere que “o vírus está a competir com ele próprio”. “O que pode acontecer é que tenha uma vantagem competitiva em relação à Delta, por se disseminar melhor. Felizmente até agora não houve nenhuma variante que fosse mais virulenta ou que causasse doença mais severa ou que quebrasse a imunidade conferida pelas vacinas”, explica.

Apesar de haver apenas ainda estudos preliminares sobre a Lambda, o consenso dos especialistas parece ser de que a melhor forma de combater o contágio desta e de todas as outras mutações da covid-19 é a aposta na vacinação.

https://zap.aeiou.pt/variante-lambda-o-que-saber-sobre-a-nova-mutacao-que-preocupa-as-autoridades-419564

 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Comité da OMS defende que a edição genética de bebés é ainda muito arriscada !

Depois da experiência polémica de He Jiankui em 2018, há ainda muitas questões de saúde e éticas levantadas pela edição aos genes humanos.


Um comité especializado acredita que a edição de genomas ainda é muito arriscada e que a Organização Mundial de Saúde deve assumir um papel de liderança sobre a regulação desta biotecnologia.

Depois de dois anos a serem desenvolvidas, as novas directrizes incluem uma proposta de administração global na questão da edição genética em humanos.

Este comité foi criado em 2019 pela Organização Mundial de Saúde em resposta ao escândalo que envolveu o biofísico He Jiankui, que em 2018 usou a ferramenta CRISPR para editar os genes de duas gémeas que nasceram com imunidade ao vírus VIH. O cientista alegadamente também forjou documentos éticos e está actualmente a servir uma pena de prisão de três anos na China.

O caso de He Jiankui foi polémico: por um lado, peritos apelaram à criação de uma moratória em casos de edição genética heriditária por ainda não serem conhecidos todos os riscos, por outro, a experiência mostrou os potenciais benefícios na prevenção de doenças e no tratamento de alguns cancros.

Esta experiência demonstrou o potencial de outras capacidades por explorar, como criar imunidade a certos agentes patogénicos, aumentar os QIs ou as capacidades atléticas. No entanto, também foi criticada por haver o risco das bebés poderem morrer mais cedo.

A edição genética pode ser feita nas células somáticas e nas células germinativas. Estas últimas afectam todas as células dos embriões, incluindo do esperma e do óvulo, o que torna as edições hereditárias, ou seja, as características alteradas seriam passadas para os filhos dos bebés que foram editados.

Já as edições somáticas não são tão controversas, pois alteram apenas células locais no corpo, como na medula óssea.

Mesmo assim, o comité da OMS expressou reservas sobre ambos os tipos de edição genética. “Há áreas de incerteza contínuas sobre os potenciais benefícios e riscos e lacunas no entendimento científico destes domínios importantes de efeitos e riscos não intencionais a longo-prazo”, afirma Soumya Swaminathan, membro do comité.

Esta cautela vai ao encontro da posição actual da OMS no assunto. O relatório apela também à criação de uma regulação global da edição genética na OMS que incentive críticas éticas às pesquisas genéticas e a que os governos legislem limites mais restritos neste tipo de procedimentos em humanos. Outros problemas como a propriedade intelectual e a facilidade de acesso também não foram esquecidos.

Mesmo assim, não foram esquecidos os possíveis benefícios da edição de genomas, especialmente as terapias somáticas para tratar o VIH ou a anemia falciforme. “Ao mesmo tempo que a pesquisa global mergulha mais profundamente sobre o genoma humano, temos de minimizar os riscos e aproveitar as formas que a ciência tem para melhorar a saúde de todos em todo o mundo”, refere Swaminathan num comunicado.

Um dos exemplos apresentado pelo comité para realçar a importância de um acesso igualitário a este tipo de tratamentos envolve uma terapia de edição nas células somáticas para tratar a anemia falciforme num país da África Ocidental, onde a doença é comum. No entanto, a maioria da população nessa zona não tem capacidades económicas para pagar estes tratamentos.

A edição genética em humanos continua a ser uma questão controversa, mas a OMS espera que os governos mundiais tenham em conta as directrizes deste comité composto por “centenas de de participantes a representar perspectivas diversas de todo o mundo, incluindo cientistas e investigadores, grupos de pacientes, líderes espirituais e comunidades indígenas”.

https://zap.aeiou.pt/edicao-genetica-bebes-muito-arriscada-418867

 

Estados Unidos anunciam novas sanções a Cuba - “É apenas o início” !

Sanções dos Estados Unidos a Cuba têm como objetivo castigar “os indivíduos responsáveis pela opressão da população cubana”. Ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, numa reação, fala em medidas “sem fundamento e caluniosas” e pede que os EUA se sancionem a si próprios pelos “atos de repressão diários e pela brutalidade policial que custou 1.021 vidas em 2020”.


A administração Biden anunciou ontem a aplicação de novas sanções ao regime cubano, as quais têm como alvo o ministro da Defesa e uma unidade especial de forças pertencente ao ministério do Interior por, segundo as autoridades norte-americanas, estarem diretamente envolvidos na violação de direitos humanos durante os recentes protestos contra o regime.

Num comunicado, Joe Biden afirma que as sanções são “apenas o início” de um esforço que tem em vista sancionar “os indivíduos responsáveis pela opressão da população cubana”. A tomada de posição surge numa altura em que a administração democrata estava já a ser pressionada por ativistas, congressistas e cubano-americanos.

Tal como era expectável, desde que tomou posse, Joe Biden tem apostado em políticas que revertem as decisões tomadas por Donald Trump ao longo dos últimos quatro anos, como as restrições ao comércio e às viagens e a outro tipo de aproximação, numa antítese do que tinha sido feito com Obama.

Durante a passagem pela Casa Branca, o 44.º presidente dos EUA restabeleceu as relações diplomáticas com Havana, em 2015, e foi o primeiro chefe de Estado norte-americano a visitar a ilha (em 2016) desde que Calvin Coolidge o fez em 1959.

No entanto, os mais recentes desenvolvimentos políticos e sociais no território obrigaram Biden a apostar numa abordagem distinta, já que representa a inviabilização de qualquer política que possa ser interpretada como uma cedência ao governo de Miguel Díaz-Canel.

Numa reação às sanções anunciadas em Washington, Bruno Rodríguez, ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, caracterizou-as como “sem fundamento e caluniosas”. Na opinião do oficial, os EUA deveriam aplicar sanções a si próprios pelos “atos de repressão diários e pela brutalidade policial que custou 1.021 vidas em 2020”.

As medidas foram tomadas no âmbito do Global Magnisky Act, aprovado pelo Congresso em 2012 com o objetivo de perseguir os “perpetradores de violações sérias de diretos humanos e de corrupção em todo o mundo”, lembra o The Washington Post.

Quando os protestos se iniciaram, vários comunicados foram emitidos pelas agências governamentais norte-americanas. No caso do departamento de Estado, Antony Blinken afirmou que “a partir de 11 de julho, dezenas de milhares de cubanos (…) tomaram as ruas para exigirem pacificamente o respeito das suas liberdades fundamentais e um futuro melhor”.

A resposta que encontraram, segundo Blinken, foi uma “repressão violenta dos protestos, com a detenção de milhares de pessoas simplesmente por exercerem o direito humano da liberdade e de reunião pacífica”.

A questão cubana é especialmente cara para Joe Biden, que em novembro de 2020 não conseguiu os votos da população cubano-americana nas eleições presidenciais — dado que surpreendeu os analistas políticos.

Agora, os congressistas democratas que enfrentam o escrutínio eleitoral em 2022 pressionam Biden a agir mais veemente na defesa do povo cubano, de forma a melhorar as suas chances de reeleição numas eleições que prometem ser críticas para o futuro da presidência de Biden e do próprio partido democrata a longo prazo.

https://zap.aeiou.pt/eua-novas-sensacoes-cuba-419588

 

No Dubai, a dança da chuva faz-se com drones !

Dispositivos são lançados para o céu através de uma catapulta para depois atingirem as nuvens com descargas elétricas, o que faz com que estas se agrupem. Como resultado, maiores gotas de chuva caíram no solo em vez de se evaporarem, algo que é frequente acontecer com as gotas mais pequenas.


Devido à sua geolocalização, o Dubai, situado nos Emirados Árabes Unidos, enfrenta um problema meteorológico grave: a falta de precipitação que tem um impacto direto (e forte) na gestão dos recursos hídricos do país que usa cerca de quatro mil milhões de água por ano — dos quais apenas 4% provêem de fontes renováveis.

Agora, as autoridades do emirado estão a testar novas formas para solucionar o problema. Esta semana, foi divulgado um vídeo pelas entidades responsáveis pelas previsões meteorológicas em que se vê a queda de um dilúvio sobre uma estrada do país.

No entanto, na origem da chuva não está o natural processo que todos conhecemos. Cientistas contratados pelo governo conseguiram “fazer chover” através do lançamento de drones, que atingiram as nuvens com descargas elétricas, o que fez com que estas se agrupassem, noticia o The Independent.

Como resultado, maiores gotas de chuva caíram no solo em vez de se evaporarem, algo que é frequente acontecer com as gotas mais pequenas que se formam naquele território devido às altas temperaturas — as temperaturas atingiram recentemente os 50 graus Celsius e os dias de chuva anuais são apenas alguns.

Segundo Keri Nicoll, investigadora e meteorologista envolvida no projeto, o que está a ser feito é “tornar as gotículas que se encontram dentro das nuvens grandes o suficiente para que, quando caírem da nuvem, sobrevivam até chegarem à superfície” — explicou, em Maio, à CNN, quando a equipa que se preparava para iniciar os testes.

Em 2017, Keri Nicoll e outros investigadores da Universidade de Reading, em Inglaterra, receberam 1,5 milhões de dólares — cerca de 1,27 milhões de euros — para se dedicarem, ao longo de três anos, ao Programa de Pesquisa dos Emirados Árabes Unidos para a Ciência de Intensificação da Chuva, o qual financiou cerca de nove projectos de investigação ao longo dos últimos cinco anos.

Para testar a hipótese, os investigadores construíram quatro drones com uma estrutura de 198 centímetros. Os aparelhos foram depois lançados de uma catapulta. Durante os voos, que podem durar até 40 minutos, os sensores dos drones monitorizam a temperatura, a humidade e a carga elétrica de uma nuvem, permitindo aos investigadores saber onde e quando devem iniciar o processo, descreve o Público.

Esta experiência é apenas uma das muitas tentativas dos Emirados Árabes Unidos em expandir os recursos hídricos ao seu dispor — algumas conseguem mesmo desafiar os limites da criatividade humana.

O país tem-se tornado uma referência no desenvolvimento de tecnologias de dessalinização, processo que transforma a água salgada em água doce, o que permitiu diminuir a lacuna entre a procura e o abastecimento de água. A vasta maioria da água potável existente nos Emirados Árabes Unidos, assim como 42% de toda a água usada no país, provêm das cerca de 70 centrais de dessalinização existentes naquele território.

O problema da falta de água nos Emirados Árabes Unidos é especialmente grave se considerarmos que a sua população aumentou drasticamente ao longo dos últimos anos, duplicando para 8,3 milhões entre 2005 e 2010. Na década seguinte, o número aumentou para 9,9 milhões.

Maarten Ambaum, meteorologista e professor da Universidade de Reading, disse à BBC News que “o lençol freático está a afundar drasticamente nos Emirados Árabes Unidos, pelo que o objetivo deste projeto é tentar ajudar com as chuvas”.

Uma outra ideia que já foi considerada pelas autoridades governamentais para aumentar as reservas de água do país seria a construção de um canal que ligaria os Emirados ao Paquistão ou aos icebergs do Ártico.

https://zap.aeiou.pt/no-dubai-danca-chuva-drones-419478

 

 

O maior museu de astronomia do mundo imita o movimento do Universo !


O maior museu de astronomia do mundo, o Museu de Astronomia de Xangai, já abriu portas. Apesar de ter sido criado para receber exposições, conta também com um planetário e um telescópio solar de 24 metros de altura.

O maior museu de astronomia do mundo tem 390 mil metros quadrados, um espaço enorme para receber exposições, um planetário e um telescópio solar de 24 metros de altura. Situa-se em Xangai, na China, e tem as portas abertas desde a semana passada.

Além de ser o maior do mundo, o museu é também diferente de qualquer outro já existente: o imponente edifício, que imita o movimento do Universo, não possui linhas retas nem cantos afiados.

“O edifício é uma encarnação arquitetónica de inspiração astronómica”, disse Thomas Wong, designer principal do projeto, citado pelo Interesting Engineering. Com esta estrutura de linhas em arco, Wong e a sua equipa esperam mostrar que tudo no Universo está em constante movimento e é governado por uma série de forças.

De acordo com a empresa, Ennead Architects, o design do museu é uma celebração da continuidade temporal e espacial, que proporciona uma ligação entre o passado rico do país e as ambições futuristas no campo da ciência.

A arquitetura é também influenciada pelo “problema dos três corpos”, uma questão ainda não resolvida de como calcular matematicamente o movimento de três entidades celestes – planetas, luas ou estrelas – com base nas suas relações gravitacionais. Este cálculo pode ser realizado com dois corpos celestes, mas não com três.

A CNN explica que, no projeto, o enigma cósmico se traduz em três formas de arco, que fazem referência ao Sol, à lua e às estrelas, respetivamente.

Cada um abriga uma importante atração para os visitantes, que encontram um Oculus que se abre acima da entrada principal do museu. A estrutura atua como um relógio e produz um círculo de luz solar que reflete pelo chão ao longo do dia, indicando a hora e a estação.

O teatro planetário emerge do telhado do edifício como um nascer da Lua e uma enorme cúpula de vidro invertida dá aos visitantes a oportunidade de verem o céu noturno.

“um verdadeiro encontro com o universo”, segundo o comunicado da empresa. “Queremos que as pessoas entendam a natureza especial da Terra como um lugar que abriga a vida, diferente de qualquer outro lugar que conhecemos no Universo.”

https://zap.aeiou.pt/maior-museu-de-astronomia-do-mundo-419513

 

 

Pegasus - Índia espiou telemóveis de duas dezenas de conselheiros do Dalai Lama !

O diário francês Le Monde noticiou esta quinta-feira que o facto de Dalai Lama não utilizar telemóvel levou a Índia a espiar, através do programa de espionagem Pegasus, cerca de duas dezenas de conselheiros do líder tibetano.


No total, cerca de 20 responsáveis tibetanos no exílio, tanto políticos como religiosos, entre eles assessores pessoais do líder espiritual do Tibete, podem ter sido espiados, referiu ao periódico francês, um dos membros do consórcio internacional de órgãos de comunicação social que divulgou o escândalo de espionagem do Pegsasus, citado pela agência Lusa.

Os primeiros pedidos das autoridades indianas surgiram no final de 2017, por ocasião de um encontro em Nova Deli entre o Dalai Lama e o ex-Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que regressava de uma visita à China. Outros pedidos para a inclusão de números de telemóvel vieram depois, em meados de 2018, como o de Lobsang Sangay, presidente do Governo tibetano no exílio.

O Le Monde contextualiza os pedidos para a inclusão dos números de telemóvel no Pegasus com as tensões que se registam de tempos a tempos entre a Índia e a China, duas potências nucleares que mantêm disputas territoriais nas fronteiras dos Himalaias, e pelo receio de Nova Deli de que o Dalai Lama possa assinar algum acordo com Pequim.

O diário francês avançou, porém, que sem poder analisar os terminais telefónicos, não é possível verificar com segurança se foram realmente espiados pelo Pegasus, programa da empresa de tecnologia israelita NSO Group.

Cerca de 50.000 números de telefone foram enviados por diferentes clientes para possível acompanhamento numa dezena de países, entre eles México, Marrocos, Arábia Saudita, Índia, Hungria e Cazaquistão.

A investigação mostrou que o Pegasus, concebido como um instrumento contra o terrorismo e crime organizado, era utilizado por vários países também para espiar opositores políticos, ativistas dos direitos humanos, jornalistas e advogados. Uma vez dentro do telefone, o programa pode aceder a todo o conteúdo do terminal, como mensagens instantâneas, correios eletrónicos, fotos ou à agenda de contactos.

As revelações do consórcio mostraram os números de telemóvel do Presidente francês Emmanuel Macron, do seu ex-primeiro-ministro, Édouard Philippe, e de 14 membros do anterior Governo como alvos de possível espionagem por uma agência de segurança marroquina, o que é rejeitado pelas autoridades de Rabat.

A investigação publicada no domingo baseia-se numa lista obtida pelas organizações Forbidden Stories e Amnistia Internacional, que incluem 50.000 números de telefone selecionados pelos clientes da NSO desde 2016 para potencial vigilância.

Esta quinta-feira, a Amnistia Internacional (AI), citando o The Washington Post, reportou que os telefones de 14 chefes de Estado e Governo e centenas de funcionários de governos poderão ter sido espiados pelo ‘software’ Pegasus.

Segundo um comunicado da AI, o The Washington Post, que também faz parte do consórcio jornalístico que investiga o caso, revelou que os números de telefone de 14 chefes de Estado e de Governo foram incluídos numa lista como pessoas de interesse pelos clientes da empresa NSO Group.

Esta lista inclui o rei de Marrocos, Mohammed VI, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente iraquiano, Barham Salih, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly.

Também estão incluídos o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, o primeiro-ministro marroquino, Saad-Eddine El Ohtmani, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, o primeiro-ministro do Uganda, Ruhakana Rugunda, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.

A lista continha números de telefone de mais de 600 funcionários de Governos e políticos de 34 países.

https://zap.aeiou.pt/pegasus-india-telemoveis-conselheiros-dalai-lama-419500

 

Google Maps acusado de sugerir rotas “potencialmente fatais” !

Muitos montanhistas que procuram o cume da montanha mais alta da Escócia e outros picos na área no Google Maps estão a ser direcionados para rotas “potencialmente fatais”.


A montanha Ben Nevis é um destino turístico muito popular conhecida por ser a mais alta do Reino Unido, situada a 1.345 metros de altitude. Milhares de pessoas conseguem chegar ao cume anualmente, mas a escalada até ao pico não é isenta de riscos.

A organização The John Muir Trust disse à CNN que vários montanhistas que utilizam o Google Maps correm o risco de serem direcionados para uma rota “altamente perigosa, mesmo para alpinistas experientes”.

“O problema é que o Google Maps direciona alguns visitantes até ao parque de estacionamento de Upper Falls, presumivelmente porque é o parque de estacionamento mais próximo do cume”, explicou Nathan Berrie, responsável pela conservação da montanha.

“Mas esta NÃO é a rota correta e deparamo-nos frequentemente com grupos de caminhantes inexperientes que se dirigem para Steall Falls ou para as encostas sul de Ben Nevis, acreditando que é a rota para o cume”, acrescentou, numa nota.

Também Heather Morning, consultora de segurança em montanhas da organização Mountaineering Scotland, referiu que “para aqueles que são novos em caminhadas nas montanhas parece perfeitamente lógico verificar o Google Maps para obter informações de como chegar ao ponto escolhido, mas quando é inserido Ben Nevis aparece uma rota que o direciona para o estacionamento de Glen Nevis”.

“Até mesmo o montanhista mais experiente teria dificuldade em seguir essa rota, pois o caminho passa por terrenos muito íngremes, rochosos e mesmo com uma boa visibilidade seria difícil encontrar uma linha segura, o que torna a rota sugerida pela Google potencialmente fatal”, explicou.

A responsável acrescentou ainda que a aplicação também direciona os montanhistas por rotas que os podem colocar em risco de vida, nomeadamente quando procuram por outros pontos elevados da região, como a montanha de An Teallach.

“Para An Teallach, no noroeste, foi inserida no Google Maps uma rota ‘a pé’ que leva as pessoas até um penhasco“, especificou.

À cadeia britânica, um porta-voz da Google referiu que construíram o “Google Maps a pensar na segurança e na confiabilidade” e que estão a “trabalhar rapidamente para investigar o problema da rota de Ben Nevis e áreas vizinhas”.

https://zap.aeiou.pt/google-maps-rotas-potencialmente-fatais-419469

 

Britânico detido por pirataria às contas de Twitter de Obama, Bezos e Gates !

Um britânico de 22 anos foi detido após um ataque informático lançado em julho de 2020 contra as contas de Twitter do ex-Presidente dos Estados Unidos (EUA) Barack Obama, do atual Presidente Joe Biden e dos empresários Bill Gates, Elon Musk e Jeff Bezos.


De acordo com o Guardian, a detenção de Joseph James O’Connor ocorreu em Espanha e foi comunicada pelo Departamento de Justiça dos EUA. Este é acusado de pirataria informática pelo ataque no Twitter, a contas do TikTok e do Snapchat, extorsão ‘online’ para fins sexuais e perseguição via Internet.

O ataque visava extorquir dinheiro em criptomoedas, ao publicar nas contas de figuras conhecidas mensagens nas quais pedia aos utilizadores que enviassem um determinado montante para uma ligação, prometendo que essa quantia seria devolvida a dobrar. Os piratas terão conseguido recolher cerca de 123 mil dólares (pouco mais de 100 mil euros).

Em março de 2021, Graham Ivan Clark, de 18 anos, outro pirata informático, foi condenado a três anos numa prisão juvenil norte-americana por ter estado envolvido no ataque. Segundo o Guardian, o nome de Joseph James O’Connor surgiu após um dos outros jovens envolvidos o ter identificado num interrogatório.

https://zap.aeiou.pt/britanico-pirataria-contas-twitter-419443

Itália - Alegado homicídio de migrante por político da Liga põe em causa a lei das armas !

Um conselheiro do partido Liga atirou mortalmente sobre um imigrante marroquino depois de uma discussão num bar, mas alega ter agido em legítima defesa.


Tudo começou nesta Terça-Feira à noite, na região da Lombardia. Massimo Adriatici, um conselheiro de segurança na cidade de Voghera no partido de extrema-direita Liga, encontra-se em prisão domiciliária desde ontem por “excesso culposo de legítima defesa”, depois de ter atirado sobre um migrante à porta de um bar.

A vítima foi um homem marroquino de 38 anos chamado Youns El Bossettaoui, que acabou por não resistir ao tiro no peito e morreu no hospital. Adriatici alega que interveio quando El Bossettaoui estava a incomodar clientes no bar. Os dois envolveram-se numa luta e a arma disparou acidentalmente quando El Bossettaoui o empurrou para o chão, segundo o depoimento do conselheiro da Liga.

O líder da Liga e senador em Itália, Matteo Salvini, já defendeu Massimo Adriatici, dizendo que o conselheiro agiu em legítima defesa num vídeo publicado no Facebook.

“A hipótese é legítima defesa. Adriatici é um professor de lei criminal, um antigo agente da polícia e um advogado criminal conhecido e estimado. Foi vítima de uma agressão a que respondeu acidentalmente com um disparo que, infelizmente, matou um cidadão estrangeiro”, afirma.

Salvini reiterou o apoio a Adriatici num programa televisivo da Rai TV, a estação pública italiana: “Daquilo que sabemos, ele foi atacado por um criminoso e um imigrante ilegal. Vamos esperar até todas as investigações serem concluídas – quando alguém morre é sempre uma derrota e um tempo de luto, mas temos de ter cautela antes de condenar“.

As declarações de Salvini foram condenadas pelo senador Alan Ferrari, do Partido Democrático, de centro-esquerda. “Num país civilizado e democrático, um conselheiro não atira sobre uma pessoa”, destacou.

Franco Mirabelli, também do Partido Democrático, mostrou-se “arrepiado” com as palavras de Salvini: “Um homem atirou e matou outro homem. É uma tragédia – antes dos julgamentos, o respeito pela vítima deve prevalecer”.

“É inaceitável que um homem desarmado possa perder a vida por um tiro em praça pública, como se estivéssemos no faroeste”, criticou a deputada Valentina Barzotti, do partido Movimento 5 Estrelas, que descreve o incidente como “inquietante“.

O presidente do pequeno partido centrista +Europa, Riccardo Magi, caracteriza o “jogo” de Salvini como “enganador” e acusa-o de “dar aos cidadãos a ideia de que há impunidade quando se atira sobre alguém”.

O caso está a levantar um debate sobre a lei de posse de arma em Itália. Enrico Letta, líder do Partido Democrático, que faz parte da coligação do governo de Draghi com a Liga, apelou à proibição da posse de armas privadas. “Um homem morreu por causa de uma arma. Uma coisa temos e podemos fazer: acabar com a posse de arma privada”, pediu.

De acordo com dados do Small Arms Survey, estima-se que havia em 2017 8.6 milhões de armas nas mãos de civis em Itália, o que equivale a 14.4 armas por cada 100 pessoas. Calcula-se também 1.2 milhões de italianos que não integram forças policiais tenham armas pequenas.

Em Itália, é preciso concluir um processo longo e rigoroso para se obter uma licença para se poder comprar armas e quando as compras são concluídas, é necessário notificar o Ministério do Interior. É preciso ter uma licença especial para ter uma arma em espaços públicos e há limites no tipo e na quantidade de armas que uma pessoa pode ter. A quantidade de munições a que um indivíduo tem acesso também é controlada.

https://zap.aeiou.pt/alegado-homicidio-migrante-politico-liga-419436

 

China rejeita termos da OMS para aprofundar as origens do coronavírus !

Zeng Yixin, vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde, descartou a teoria de que terá havido um acidente e a fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan.


A China disse que a segunda fase da investigação sobre a origem da covid-19 é “inaceitável”, depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não ter descartado a teoria de uma fuga a partir de um laboratório.

O vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde, Zeng Yixin, descartou a teoria de que terá havido um acidente e a fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan como um “boato que vai contra o bom senso”.

É impossível aceitarmos este plano para detetar a origem do vírus”, disse, numa conferência de imprensa convocada para abordar a origem da Covid-19.

Zeng disse que ficou “bastante surpreso” com o pedido da OMS para aprofundar as origens da pandemia e, especificamente, a teoria de que o vírus pode ter saído de um laboratório chinês.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reconheceu, na semana passada, que foi “prematuro” descartar uma possível ligação entre a pandemia e uma fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan.

A investigação sobre a origem do vírus tornou-se uma questão diplomática que contribuiu para deteriorar as relações entre a China e os Estados Unidos e muitos dos seus aliados.

Os Estados Unidos e outros países dizem que a China não foi transparente nas primeiras semanas da pandemia. Pequim acusa os críticos de politizar uma questão que deveria ser deixada para os cientistas.

Os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados em Wuhan, no final de 2019. O instituto de virologia da cidade é um dos principais laboratórios da China que armazena e estuda coronavírus.

Zeng observou que uma equipa de especialistas internacionais coordenada pela OMS que visitou o laboratório no início deste ano concluiu que um vazamento era altamente improvável.

A maioria dos especialistas acredita que o vírus provavelmente passou para o ser humano a partir de animais. O debate, altamente politizado, questiona se uma fuga do laboratório é assim tão improvável que mereça ser descartado como possibilidade.

Tedros disse esperar por uma melhor cooperação e acesso aos dados da China, acrescentando que obter acesso a dados brutos foi um desafio para a equipa internacional de especialistas que viajou à China este ano para investigar a causa do surto.

“Eu também fui técnico de laboratório, sou imunologista e trabalhei em laboratório, e acidentes de laboratório acontecem“, descreveu.

Também o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, pediu às autoridades chinesas que permitissem o prosseguimento da investigação sobre as origens do vírus.

Zeng afirmou que as informações de que funcionários e alunos de pós-graduação do Instituto de Virologia de Wuhan ficaram doentes com o vírus e podem tê-lo transmitido a outras pessoas não são verdadeiros.

A China “sempre apoiou o rastreamento científico de vírus” e deseja que isso se estenda a vários países e regiões em todo o mundo, defendeu. “No entanto, somos contra a politização do trabalho de investigação”, acrescentou.

A segunda fase deve basear-se nas conclusões da primeira fase, após “ampla discussão e consulta pelos Estados membros”, disse Zeng.

A China tem procurado frequentemente desviar as acusações de que a pandemia se originou em Wuhan e foi potencializada por erros burocráticos iniciais e uma tentativa de encobrimento.

Porta-vozes do governo pediram até uma investigação para apurar se o coronavírus pode ter sido produzido num laboratório militar dos EUA, uma teoria que não é amplamente aceite pela comunidade científica.

O país asiático praticamente extinguiu o vírus dentro do seu território, através de medidas restritas de confinamento.

https://zap.aeiou.pt/china-rejeita-origens-coronavirus-419385

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

ESCANDALOSO, ATRÓZ, E MAQUIAVÉLICO - ANTHONY FAUCI, ATRAVÉS DO INSTITUTO QUE DIRIGE, ADMITE QUE FINANCIOU TRANSFORMAÇÃO MOLÉCULAR DO COVID 19, QUE SÓ AFECTAVA ANIMAIS, PARA TER O ACRÉSCIMO DE FUNÇÃO DE MATAR HUMANOS !!!

CNBC Television


 

Diretor da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos demitido por piadas sobre o Holocausto !

Um dos diretores artísticos da Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foi demitido esta quinta-feira, a um dia do evento, por piadas antissemitas num espetáculo nos anos 90.

Kentaro Kobayashi, humorista e encenador, foi demitido do cargo depois de terem sido trazidos à luz comentários que agora considera “inapropriados”, confirmou a presidente dos Jogos Olímpicos, Seiko Hashimoto, em conferência de imprensa.

O novo escândalo em torno dos Jogos chega a um dia da própria cerimónia, seguindo-se a vários protestos contra o envolvimento do comediante, de 48 anos, que já pediu desculpa pelos comentários feitos “quando era jovem”.

Segundo a cadeia televisiva BBC, apareceram imagens de um espetáculo, nos anos 90, que mostram Kobayashi a fazer piadas sobre o Holocausto. Hashimoto afirmou que o comediante ridicularizou “factos dolorosos da História”.

Os organizadores discutem agora “como gerir a Cerimónia de Abertura”, um processo que “deve ser imaculado”, com Kobayashi a ter a seu cargo, até aqui, a supervisão geral das três secções do espetáculo, que se junta à abertura dos Jogos e à parada de nações.

Esta nem sequer é a única polémica com a sessão inaugural, já que ainda esta semana foi o compositor designado, o músico Keigo Oyamada, conhecido por Cornelius, a demitir-se, devido a um escândalo com bullying que o próprio dirigiu a pessoas com deficiência.

O antigo presidente do Comité Organizador, Yoshiro Mori, também abandonou o cargo após comentários sexistas e o diretor criativo Hiroshi Sasaki renunciou, após comparar uma atriz a um porco.

Aldeia Olímpica já tem 91 infetados com covid-19

O número de infetados com covid-19 na aldeia olímpica subiu para 91, depois de mais dois atletas terem tido resultado positivo nos testes, num total de quatro residentes agora afetados pelo novo coronavirus.

A skateboarder Candy Jacobs, dos Países Baixos, e o tenista checo Pavel Sirucek, tiveram resultado positivo, pelo que foram transferidos para um hotel, onde vão fazer quarentena.

Além dos dois desportistas, também “dois funcionários nos Jogos” foram infetados, sendo que esta categoria pode envolver treinadores e oficiais de equipas que ficam no complexo na baía de Tóquio.

Este número não inclui atletas que tiveram resultado positivo em casa – ou em estágios no Japão – antes da viagem programada para Tóquio, e que falharão o evento.

Na véspera da inauguração do evento, as autoridades de Tóquio contabilizaram 1979 novos casos de covid-19, número que é o mais alto em mais de seis meses.

A capital japonesa vive, neste momento, o seu quarto estado de emergência, que se manterá até 22 de agosto, abrangendo a duração total do evento.

Guiné-Conacri desiste dos Jogos devido à pandemia

Entretanto, a Guiné-Conacri decidiu não participar nos Jogos Olímpicos para resguardar a saúde dos seus atletas face à pandemia.

“O Governo da República da Guiné, para preservar a saúde dos atletas guineenses, decidiu com pesar cancelar a participação da Guiné na 32.ª Olimpíada programada para Tóquio”, assinalou, em comunicado, o ministério do Desporto.

Há vários dias que a partida da comitiva da Guiné-Conacri estava a ser adiada, ainda que alguns atletas já se encontrem no Japão, tendo sido anunciado que a delegação partiria esta quarta-feira para Tóquio, algo que já não vai acontecer.

A equipa olímpica da Guiné-Conacri era composta pela atleta Aissata Conte, os nadadores Mamadou Bah e Mariana Touré, o judoca Mamadou Samba Bah e a lutadora livre Fatoumata Camara, com a última a ter assumido nos últimos dias a renúncia à participação em Tóquio2020 devido à falta de pagamento dos prémios que tem a receber, quer pela qualificação para os Jogos, quer noutros eventos precedentes.

A Cerimónia de Abertura de Tóquio2020 está marcada para esta sexta-feira, pelas 20h00 locais (12h00 de Lisboa), no Estádio Nacional, na capital nipónica. Os Jogos Olímpicos vão ser disputados até ao dia 8 de agosto, após o adiamento devido à pandemia.

https://zap.aeiou.pt/diretor-cerimonia-abertura-jogos-olimpicos-demite-se-419290

 

China explodiu barragem para desviar enchente que já matou 33 pessoas !

O exército chinês fez explodir uma barragem para libertar as enchentes que ameaçavam uma das províncias mais populosas da China, depois de chuvas torrenciais terem provocado pelo menos 33 mortos e sete desaparecidos.


A operação da barragem, de que não foram avançados pormenores, foi realizada, esta terça-feira à noite, na cidade de Luoyang, na altura em que as severas inundações atingiram a capital da província de Henan, Zhengzhou, encurralando moradores e passageiros no metro, bem como deixando pessoas isoladas em escolas, apartamentos e escritórios.

Trata-se das chuvas mais intensas dos últimos 60 anos, segundo as autoridades chinesas, que chamaram efetivos militares para explodir a barragem para evitar danos maiores a montante. Desconhece-se o que sucedeu a jusante.

Segundo os dados mais recentes difundidos pela televisão estatal CCTV, as inundações já fizeram pelo menos 33 mortos e oito desaparecidos.

Cerca de 376 mil pessoas foram retiradas, enquanto mais de 200 mil hectares de plantações ficaram arruinadas, resultando num dano estimado em 1,22 mil milhões de yuan (160 milhões de euros), avançou a CCTV.

O Presidente da China, Xi Jinping, já considerou a situação “extremamente grave”. O chefe de Estado apelou à mobilização de todos face às consequências do mau tempo.

“As barragens desabaram, causando feridos graves, mortes e danos materiais. A situação na frente de inundação é extremamente grave”, admitiu.

Zhengzhou, uma cidade 700 quilómetros a sul de Pequim, recebeu em três dias o equivalente a quase um ano de chuva. Vídeos difundidos nas redes sociais mostram veículos cobertos de lama e pessoas encurraladas em carruagens de metro.

Ao norte de Zhengzhou, o famoso Templo Shaolin, conhecido pelo domínio das artes marciais dos seus monges budistas, foi também atingido. A província de Henan abriga muitos locais de importância para a cultura e é uma importante base para a indústria e a agricultura do país.

A situação mais dramática aconteceu no metropolitano de Zhengzhou, onde os passageiros ficaram encurralados nas carruagens com água pelos ombros, imagens que também circularam nas redes sociais. Várias testemunhas relataram que o pânico tomou conta das pessoas encurraladas. Noutras imagens, observa-se uma autêntica maré a invadir a plataforma deserta de uma estação.

Um homem contou à rede social chinesa Weibo que as equipas de resgate abriram o teto de uma carruagem para permitir a evacuação, um a um, dos passageiros. Centenas de passageiros foram retirados sãos e salvos do metropolitano, garantiram as autoridades municipais.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou já uma carta ao Presidente da China “para transmitir sinceras condolências pela trágica perda de vidas e devastação”, disse o porta-voz adjunto das Nações Unidas, Farhan Haq.

A China vive habitualmente inundações durante o verão, mas o crescimento das cidades e a conversão de terras agrícolas em subdivisões aumentaram o impacto destes eventos. No ano passado, os níveis das cheias no sudoeste do país bateram recordes, destruindo estradas e obrigando dezenas de milhares de habitantes a abandonarem as suas casas.

https://zap.aeiou.pt/china-explodiu-barragem-para-desviar-enchente-que-ja-matou-33-pessoas-419249

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...