Reclusos e cúmplices no exterior estão a usar drones para contrabandear droga para a prisão mais antiga do Chile.
As autoridades chilenas descobriram que o esquema de contrabando tinha como objetivo transportar drogas para a Ex Penitenciaría, uma prisão em Santiago, uma das mais movimentadas do país, construída há 178 anos e que continua em funcionamento até hoje.
Segundo a Vice, uma investigação revelou que pelo menos três reclusos foram implicados no esquema de contrabando por drones, descoberto em meados de maio, e na gestão de uma rede de distribuição atrás das grades. Os prisioneiros já tinham sido sancionados por possuírem telemóveis e drogas.
Fonte familiarizada com a investigação revelou que, em maio, as autoridades descobriram drogas e dois dispositivos ativados por hélice no topo de um dos edifícios da prisão.
Apesar da descoberta recente deste esquema, a verdade é que os reclusos chilenos estão longe de ser o primeiro grupo a utilizar drones para alimentar um próspero comércio de droga atrás das paredes de uma prisão.
A tendência foi observada pela primeira vez em 2013, nos Estados Unidos, numa prisão da Geórgia, e tornou-se um foco constante dos esforços de aplicação da lei para combater o contrabando que entra nas prisões norte-americanas.
No Reino Unido, entre 2016 e 2017, as autoridades prenderam um grupo responsável por 55 entregas de drones nas prisões de todo o país.
Também no início deste mês, as autoridades espanholas apreenderam o que se acredita ser o maior drone de droga de sempre na Europa. Encontrado num armazém, o drone tinha sido utilizado por um grupo francês para contrabandear droga de Marrocos para Espanha.
No México, os cartéis de droga também fizeram experiências com a utilização de drones, mas para atacar inimigos e autoridades. Um grupo de crime organizado no estado ocidental de Michoacan utilizou estes dispositivos para largar explosivos numa sede da polícia local em abril, ferindo dois polícias.
https://zap.aeiou.pt/narco-drones-prisao-chilena-419821
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