Uma forte tempestade de areia “engoliu” a cidade de Dunhuang, no noroeste da China, no passado domingo.
De acordo com o South China Morning Post, a forte tempestade de areia,
que provocou nuvens de poeira com pelo menos 100 metros de altura,
causou o caos na cidade chinesa de Dunhuang, no noroeste do país.
A tempestade começou por volta das 15h00 do dia 25 de julho de 2021,
último domingo, forçando as autoridades locais a emitir um “alerta
amarelo”.
A polícia local viu-se obrigada a aplicar limites de trânsito
em algumas estradas, a ordenar aos condutores que retirassem os seus
veículos das vias rápidas e que entrassem em áreas de serviço para
esperar que a tempestade passasse.
Segundo o mesmo jornal chinês, na semana passada, a mesma cidade
também já tinha sido atingida por uma outra tempestade de areia.
Dunhuang é conhecida pelas suas Grutas de Mogao, local que é considerado Património Mundial da Unesco, e está localizada no Deserto de Gobi, sendo conhecida pelo seu clima e condições de vida extremos.
No entanto, conta o South China Morning Post, este tipo de fenómenos naturais acontecem normalmente entre março e maio, sendo raros no verão.
Na semana passada, recorde-se, a província de Henan, Zhengzhou, no centro do país, também foi abalada por chuvas torrenciais que provocaram deslizamentos de terra, várias vítimas mortais e milhares de desalojados.
Uma jovem, de 19 anos, pôs mãos à obra para levar a cabo um “gap year”
(o chamado ano sabático) com um propósito muito fora do comum:
tornar-se a mulher mais nova de sempre a voar sozinha à volta do mundo.
Segundo conta a agência de notícias PA Media, citada pelo jornal britânico The Guardian, Zara Rutherford,
que tem nacionalidade inglesa e belga, partirá da sua cidade natal,
Bruxelas, no próximo mês, mais concretamente no dia 11 de agosto, para
esta circum-navegação, que deverá durar até três meses.
A jovem, de 19 anos, está a seguir os passos dos pais, que são os dois pilotos.
“A minha família inteira é composta por pilotos, portanto voei toda a minha vida.
Comecei a treinar a sério quando tinha 14 anos e consegui a minha
licença no ano passado. Os meus pais apoiam-me totalmente. Demorou um
pouco mais a convencer a minha mãe, mas lá conseguiu perceber. O meu pai
encoraja-me muito e está a ajudar-me com toda a logística”, explicou
Zara à agência noticiosa.
Zara vai pilotar um ultraleve Shark, a aeronave leve
desportiva mais rápida do mundo. O lugar vago foi removido para
acomodar mais um tanque de combustível e também para evitar quaisquer
questões sobre a possibilidade de outra pessoa voar com ela.
Como se pode ver no site oficial desta aventura, batizada “Fly Zolo”,
a rota planeada levará a jovem através do Atlântico, pela Gronelândia,
Canadá e América do Sul, até ao Alasca, cruzando depois para a Rússia e
Indonésia, antes de regressar ao continente europeu. Se tudo correr como
previsto, passará pelos cinco continentes e, no total, por 52 países.
“O maior desafio serão os lugares remotos como o norte da Rússia ou a
Gronelândia – não há muitas pessoas a viver lá, logo, se acontecer
alguma coisa, irei ficar numa situação um pouco estranha. Tenho algum
nervosismo e entusiasmo, às vezes os dois”, disse ainda.
De acordo com a PA Media, a atual recordista é a norte-americana Shaesta Waiz, que tinha 30 anos quando alcançou este feito, no ano de 2017.
Zara, que pretende estudar Ciências da Computação ou Engenharia
Elétrica, e cujos sonhos também passam por ser astronauta, disse: “No
início, só estava a planear voar à volta do mundo como uma aventura
durante o meu gap year, sem me aperceber que me tornaria a mulher mais jovem de sempre a fazê-lo caso conseguisse.”
“Foi só quando comecei a pesquisar mais que me apercebi que poderia
ser a primeira belga e a mais jovem a circum-navegar o globo sozinha.
Espero que, com isto, mais raparigas se comecem a interessar pela
aviação”, admitiu.
“Estou extremamente entusiasmada e mal posso esperar.
Haverá muitos desafios pelo caminho, mas experienciar todas estas
culturas, a sua comida, será incrível e vai valer a pena. Estou muito
ansiosa para conhecer a América do Sul e a Gronelândia”, concluiu.
Recompensa surge no âmbito de uma pesquisa que pretende
avaliar o nível de eficácia de diferentes incentivos à vacinação contra a
Covid-19. O estudo conta com a participação de 8.200 voluntários com
menos de 60 anos.
Como se já não existissem contrapartidas suficientes na toma da
vacina contra a Covid-19, um grupo de cientistas suecos, pertencentes à
Universidade de Lund, está a oferecer 23 dólares a quem decidir inocular-se.
O incentivo surge no âmbito de uma investigação que pretende avaliar e
testar diferentes estímulos à vacinação, contando, para isso, com 8.200
voluntários, não vacinados, com menos de 60 anos.
Os participantes foram divididos em quatro grupos,
aos quais foram atribuídos diferentes incentivos. Aos integrantes do
primeiro grupo foram apresentadas informações sobre as três vacinas
administradas atualmente na Suécia, produzidas pela Pfizer, Moderna e Janssen;
aos do segundo foi pedido que formulassem um argumento capaz de
convencer terceiros de que deveriam vacinar-se; aos do terceiro que
redigissem uma lista de familiares que gostariam de proteger com a
vacina; e aos do quarto grupo foi atribuída uma quantia equivalente a 23
dólares.
Um quinto grupo não recebeu qualquer tipo de estímulo, apesar de os seus integrantes terem sido incentivados a vacinar-se.
A pesquisa, que se iniciou no início do ano, deverá dar os primeiros resultados em setembro, depois de os investigadores compararem as intenções dos participantes em se vacinarem e o cumprimento efetivo dessa intenção.
Armando Meier, economista e um dos autores do
estudo, revelou que este fenómeno é já visível, quando se analisam os
dados recolhidos no início da investigação, nos quais 80% dos
participantes dizia querer vacinar-se, e as taxas de vacinação atuais
entre os participantes. À CNBC, Meier afirmou que os números mais recentes indicam uma tendência de não concretização.
Atualmente, na Suécia, os níveis de vacinação diferem consoante as
regiões, com muitas a disponibilizarem doses a cidadãos com mais de 18
anos — em agosto será a vez dos jovens com 16 e 17 anos. Segundo o Our World Data, 39% da população sueca está totalmente vacinada, ao passo que 22% está inoculada com uma dose.
“Não vemos grande hesitação alta na Suécia em relação à vacinação
quando comparamos com outros países, mas sabemos que a vacinação está a entrar em planalto,
particularmente no que respeita às pessoas mais jovens”, afirmou Meier,
que, mesmo assim, recusa a ideia de que os suecos estejam hesitantes em
relação à toma da vacina ou que a população seja pró-vacinação, no
campo oposto.
“Existe definitivamente uma grande vontade de nos vacinarmos“, resumiu.
Para já, o investigador prefere não escolher um dos métodos usados como mais eficaz. “Muitos governos acreditam que apelar ao civismo da população, dizendo coisas como ‘a vacina não só o protege a si, mas também aos outros’, é uma estratégia eficaz e é isso que está em causa neste tipo de mensagens”, afirmou à CNBC.
“Simultaneamente, há países que enfatizam a informação,
por considerarem que se a população souber da eficácia e segurança das
vacinas vai estar mais disposta a recebê-las, uma estratégia que servirá
o propósito”, resumiu.
Já sobre a recompensa financeira, Armando Meier confirmou que os
participantes no estudo receberam 200 coroas suecas, o equivalente a 23
dólares, valor que foi pago através de um cartão-oferta que poderia ser utilizado em lojas online.
“Isto é suposto motivar realmente as pessoas que já pretendiam ser vacinadas, mas que por algum motivo não encontravam tempo ou encaravam o gesto como um inconveniente“, atirou.
“A recompensa financeira dá-lhes motivação extra para, de facto, se vacinarem. Acho que muitos economistas partilham desta ideia“, afirmou Meier.
Não há notícias que indiquem que qualquer governo europeu, ou até
mundial, tenha optado por esta técnica para aumentar os seus níveis de
vacinação. Na maioria dos casos, tem sido implementada a obrigatoriedade
de apresentação de um certificado que comprove a vacinação completa do indivíduo contra a Covid-19, teste negativo ou prova de imunidade ao vírus — na linha do Certificado Digital Europeu implementado pela União Europeia.
Uma brasileira começou a fazer bolachas com o lema “Fora
Bolsonaro” em jeito de brincadeira, mas agora já vende centenas todos os
dias.
Aquilo que começou como uma simples brincadeira, acabou por tornar-se viral. A ideia partiu da pasteleira brasileira Raíssa Accarini, que se lembrou de fazer bolachas com a hashtag #ForaBolsonaro.
“As pessoas nem sequer estão preocupadas com o sabor. Estão mais
preocupadas com a mensagem. É só por isso que as compram. Podia ser um
biscoito de qualquer sabor que as pessoas iam continuar a comprar”,
disse a também professora de Biologia numa entrevista à agência Reuters.
A brasileira, que vive no município de Araraquara, no estado de São
Paulo, já faz centenas de bolachas todos os dias e, por vezes, não
consegue responder a todos os pedidos que lhe chegam, como se pode ver
na sua conta de Instagram.
Tal como lembra a agência noticiosa, o apoio ao Presidente brasileiro tem vindo a diminuir, não só por causa da sua gestão da pandemia, mas também pelos escândalos de corrupção a que tem sido associado, assim como o seu Governo, relacionados com a vacinação contra a covid-19.
Mas nem toda a gente concorda com a mensagem de protesto presente nas
bolachas de Raíssa, até porque o chefe de Estado continua a ter fiéis
seguidores. É o caso de Monica van Atzingen, uma apoiante de Bolsonaro
que também falou com a Reuters.
Com o biscoito nas suas mãos, a brasileira declarou: “Eu respeito, é bonitinho. Mas poderia era estar escrito ‘Bolsonaro 2022’, seria muito mais útil”.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia da covid-19 e
uma das nações mais atingidas no mundo, ao contabilizar mais de 551 mil
vítimas mortais e mais de 19 milhões de casos confirmados.
O número de casos de covid-19 nos Estados Unidos (EUA) pode
ter sido subestimado em até 60%, com as infeções relatadas a
representarem “apenas uma fração do número total estimado”.
Esta é a conclusão de um estudo da Universidade de Washington, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, que teve por base pesquisas realizadas em estados norte-americanos e que incluiu número de mortes, exames diários, a proporção de resultados positivos e informação de rastreio por amostra.
“Existe todo o tipo de fontes de dados em que nos podemos nos basear para entender a pandemia covid-19”, disse ao Guardian Adrian Raftery, professor de sociologia e estatística da Universidade de Washington e um dos autores do estudo.
“Cada fonte de dados tem suas próprias falhas que dão uma imagem tendenciosa
do que realmente está a acontecer, e o que queremos é desenvolver uma
estrutura que corrigisse as falhas das várias fontes de dados e
utilizasse seus pontos fortes para nos dar uma ideia da prevalência da
covid-19 numa região, estado ou no país como um todo”, referiu.
A equipa concluiu que até 65 milhões de norte-americanos podem ter
sido infetados, quando a contagem oficial da Universidade Johns Hopkins
era de cerca de 34,5 milhões.
A subcontagem pode “depender da gravidade da pandemia e da quantidade
de testes em cada estado”, apontou Nicholas J. Irons, co-autor do
estudo.
“Se há um estado de pandemia severa, mas testes limitados, a contagem
inferior pode ser muito alta e perdem-se a grande maioria das infeções
que estão a ocorrer. Uma situação diferente é a dos testes serem generalizados onde a pandemia não é tão grave, e aí a taxa de subcontagem seria menor”, sublinhou.
Todos os cidadãos da União Europeia (UE), Espaço Econômico Europeu (EEE) e Suíça
Todos os cidadãos do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (UK)
Todos os cidadãos dos Estados Unidos da América (EUA) Para: Agência Europeia de Medicamentos (EMA) A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) A partir de: Médicos pela Covid Ethics (D4CE) 20 de julho de 2021 Prezados Senhores / Mesdames,
UE / EEE / Suíça até 17 de julho de 2021 - 18.928 mortes relacionadas à injeção anti Covid-19 e mais de 1,8 milhões com problemas, de acordo com o banco de dados EudraVigilance. Fontes oficiais, nomeadamente EudraVigilance (UE, EEE, Suíça), MHRA (Reino Unido) e VAERS (EUA), já registraram mais Lesões e Mortes com o lançamento da vacina ‘Covid’ do que com todas as vacinas anteriores combinadas desde o início dos registros. EUA a 9 de julho de 2021 - 10.991 mortes relacionadas à injeção de Covid-19 e mais de 2 milhões de lesionados, por banco de dados VAERS. Reino Unido até 7 de julho de 2021 -1.470 mortes relacionadas à injeção de Covid-19 e mais de 1 milhão de lesões, de acordo com o esquema de cartão amarelo MHRA. TOTAL para UE / Reino Unido / EUA - 31.389 mortes relacionadas à injeção de Covid-19 e quase 5 milhões de lesionados relatados até agora em julho de 2021. Nota Bene: É importante estar ciente de que os números oficiais acima (relatados às autoridades de saúde) são apenas uma pequena porcentagem dos números reais. Além disso, pessoas morrem (e sofrem ferimentos) todos os dias por causa das injeções. Tenha em mente que os números oficiais são obviamente maiores no momento da escrita (21 de julho de 2021) do que nas datas de corte mostradas acima, ou seja, 7 de julho de 2021 (Reino Unido), 9 de julho de 2021 (EUA) e 17 de julho de 2021 (UE / EEE / Suíça).
Esta situação catastrófica não foi relatada pela grande mídia, apesar dos números oficiais acima estarem disponíveis publicamente. The Signal of Harm é agora indiscutivelmente opressor e, em linha com os padrões éticos universalmente aceitos para ensaios clínicos, a Doctors for Covid Ethics exige que o programa de vacinas ‘Covid’ seja interrompido imediatamente. Os governos em todo o mundo estão mentindo para vocês, o povo, para as populações a que supostamente servem. A continuação do programa com pleno conhecimento de Danos e Morte graves em curso para adultos e crianças constitui um Crime Contra a Humanidade / Genocídio pelo qual aqueles que forem considerados responsáveis ou cúmplices serão considerados pessoalmente responsáveis.
Condições climatéricas adversas e severas, como altas
temperaturas e ventos fortes, estiveram na origem dos incêndios
florestais que se registaram em vários países do sul do continente
europeu, como Itália, Espanha, França ou Grécia.
A ilha da Sardenha, Itália, está desde sábado a ser atingida por incêndios florestais de de grande dimensão, que já consumiram 20 mil hectares de território e obrigaram à deslocação de 1500 moradores. A comunicação social local apelidou os fogos de “apocalípticos“, com prejuízos equivalentes ou potencialmente superiores aos causados pelos incêndios de 1983 e 1994.
A província de Oristano foi atingida pelos fogos no sábado, que destruíram propriedades e produções agrícolas. A vila de Scano di Montiferro foi evacuada, e cerca de 400 pessoas foram forçadas a procurar refúgio na periferia, escreve o Público.
O mesmo terá acontecido com habitantes de outras vilas e aldeias, tais
como Santu Lussurgiu, Cuglieri, Sennariolo, Tresnuraghes, Magomadas,
Flussio e Tinnura.
Christian Solinas, presidente da região de Sardenha, descreveu os fogos como “um desastre sem precedentes“.
De acordo com a EuroNews, “pelo menos dez mil hectares de vegetação
foram destruídos, lojas e casas foram queimadas e o gado morreu”.
Na origem dos fogos, e a dificultar o trabalho dos bombeiros na
frente de combate (cerca de sete mil operacionais), podem ter estado os ventos quentes e fortes.
Perante a severidade das chamas, as autoridades regionais já pediram
auxílio ao Governo central para dar resposta aos pedidos de auxílio das
populações mais afetadas. “Precisamos de um plano de apoio imediato“, alertou Solinas.
O próprio Governo central já requereu ajuda para o combate aos fogos
junto das autoridades europeias, no âmbito do Mecanismo de Proteção
Civil da União Europeia, o qual vai permitir o envio de aeronaves de
combate a incêndios — apesar do medo dos moradores de que estes recursos
não cheguem em tempo útil.
Para além das ilhas italianas, as condições climatéricas (altas
temperaturas e ventos fortes) propícias a grandes e violentos fogos
fez-se sentir em vários países do sul da Europa, com incêndios a ocorrerem na Catalunha, no sul de França e na Grécia.
A Colômbia pediu esta segunda-feira aos EUA que declarem a
Venezuela como país promotor do terrorismo por alegadamente “proteger”
guerrilheiros colombianos do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do
Grupo Armado Residual (Gaor 33, composto por dissidentes das FARC).
O pedido foi feito pelo Presidente da Colômbia Iván Duque,
durante o III Seminário Internacional de Análise e Prevenção do
Terrorismo Urbano, que decorre em Bogotá, com a participação do
embaixador norte-americano Philip Goldberg.
“É evidente que a anuência do regime ditatorial da Venezuela
justifica uma declaração de parte dos Estados Unidos, também como um país que promove o terrorismo.
E o objetivo dessa declaração não é apenas revelar esta relação
conivente e perniciosa, mas também para que possam tomar um caminho: ou
continuar a patrocinar o terrorismo ou entregar o terrorismo às
autoridades dos países que os estão buscando”, disse Iván Duque.
O pedido foi feito depois de o Presidente da Colômbia afirmar que “há
países que albergam, no seu território” os responsáveis pelo atentado
recente contra o helicóptero em que viajou e contra uma base militar
colombiana.
“O Gabor 33, por dar um exemplo, está protegido em território
venezuelano, Iván Márquez (dissidente das FARC) está na Venezuela,
Romaña (Edision, dissidente das FARC), está na Venezuela.
E estão lá também António Garcia (ELN) e Pablito (Carlos Emílio Marín,
do ELN), por apenas mencionar alguns”, disse Iván Duque.
Segundo o Presidente da Colômbia “o terrorismo é uma ameaça global,
que se tem feito sentir em distintos momentos da história da
humanidade” e destacou que depois dos atentados de 11 de setembro de
2021 nos EUA, “o mundo consolidou a reação dos organismos de segurança
internacional para entender que este fenómeno tem que ser desmantelado e
combatido com todas as capacidades”.
Por outro lado, Duque falou da importância de combater o narcotráfico, a extração ilegal de minerais, e denunciou a existência de um mercado negro de maquinarias usadas pelos grupos irregulares.
Em 22 de julho último a Colômbia acusou a Venezuela de envolvimento
nos ataques contra a Brigada Militar 30 (no Norte de Santander) e contra
o helicóptero em que viajava o Presidente Iván Duque, ocorridos em 15 e
26 de junho, respetivamente.
A acusação foi feita pelo ministro da Defesa colombiano, Diego
Molano, em Bogotá, durante uma conferência de imprensa conjunta com o
procurador-geral colombiano, Francisco Barbosa, e o diretor-geral da
Polícia Nacional da Colômbia, para divulgar os detalhes da investigação
sobre os atentados.
“Está claro que este atentado foi planeado a partir da Venezuela
e, portanto, a comunidade internacional deve refletir sobre o facto de o
regime de Maduro, continuar a abrigar terroristas desde onde se atenta
contra a Colômbia”, disse, precisando que foram detidas 10 pessoas.
Segundo o ministro colombiano, tratou-se de ações terroristas realizadas
pelo Gaor 33.
O diretor-geral da polícia colombiana, Jorge Vargas, explicou que as
ordens para realizar os atentados foram dadas a partir de acampamentos
na Venezuela. “Existem provas periciais recolhidas, avalizadas por um
juiz, e há uma ligação entre o ataque à Brigada 30 e pessoas que vieram
de Catatumbo para atacar o Presidente Iván Duque”, disse.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza,
refutou as acusações, que atribui a uma tentativa de ocultar a tragédia
na Colômbia.
“Utilizam outra vez utilizam a Venezuela para tentar ocultar a
tragédia no seu país: cheio de violência e de grupos armados, cuja
economia e classe política se baseiam no narcotráfico, uma polícia
repressora, massacres e assassínios diários de líderes sociais,
exportadores de mercenários assassinos”, escreveu Jorge Arreaza na rede
social Twitter.
O CEO da Philip Morris Internacional, dona da Marlboro, apoia
a proibição da venda de cigarros, mas os activistas anti-tabaco já
acusaram a empresa de hipocrisia por tentar comprar uma farmacêutica
enquanto lucra com o tabagismo.
Numa declaração inesperada, o CEO da firma de tabaco Philip Morris
Internacional apelou ao governo do Reino Unido que proíba os cigarros
até 2030. A decisão tornaria ilegal a Marlboro, uma das marcas da
empresa.
Jacek Olczak acredita que os cigarros devem ser tratados como carros a
gasolina ou gasóleo, cuja venda vai ser proibida a partir de 2030. A
empresa consegue “imaginar o mundo sem cigarros e na verdade, quanto mais cedo isso acontecer, melhor será para todos”, refere o CEO, citado pelo The Guardian.
“Vai desaparecer. Mas a primeira escolha para os consumidores deve
ser deixar de fumar. Caso não o façam, a segunda melhor escolha é
deixá-los trocar por alternativas melhores“, afirma Olczak.
A Philip Morris Internacional está a planear que metade do seu volume
de negócios venha de produtos não relacionados com o tabaco e quer
transformar-se numa empresa “de saúde e bem-estar” que quer “desfumar o mundo” ao acabar progressivamente com a produção de cigarros.
Olczak acredita que a proibição vai acabar com a confusão dos
fumadores, visto que alguns ainda acham que “as alternativas são piores
que os cigarros”. “Dêem-lhes a opção de alternativas livres de fumo, com
a regulação certa e informação pode acontecer daqui a 10 anos em alguns
países. Pode resolver-se o problema de uma vez por todas“, afirma.
No entanto, a empresa tem sido acusada de hipocrisia por activistas contra a indústria do tabaco, depois de ter lançado uma proposta de compra
de mil milhões de libras, cerca de 1.170 milhões de euros, para comprar
a Vectura, uma farmacêutica inglesa que produz inaladores para
asmáticos.
Os críticos argumentam que as empresas de tabaco
continuam a lucrar com a venda de cigarros enquanto tentam passar uma
imagem pública de serem parte da solução no combate ao tabagismo.
As empresas de tabaco têm progressivamente apostado na produção de alternativas aos cigarros, como os cigarros electrónicos e o vaping. A Philip Morris International inclusivamente está a apostar no IQOS,
um dispositivo que aquece o tabaco de forma a que este liberte nicotina
sem o fumo e o alcatrão, os componentes mais prejudiciais e que estão
associados a doenças como o cancro.
Este anúncio da Philp Morris Internacional vai ao encontro das
tentativas do governo inglês de tornar o país livre de fumo até 2030,
que só acontecerá quando a taxa de fumadores for menos de 5%, sendo a
taxa actual 14%. Segundo um relatório do governo, fumar vai matar mais pessoas no Reino Unido este ano do que a covid-19, tal como em 2020.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, fumar mata cerca de oito milhões de pessoas anualmente, incluindo fumadores passivos.
Uma lagoa no sul da Argentina tornou-se cor-de-rosa. Este
fenómeno é impressionante, mas assustador, já que os especialistas e
defensores do ambiente o atribuem à poluição por um produto químico
utilizado para preservar os camarões para exportação.
A lagoa ficou cor-de-rosa na semana passada e manteve-se inalterada no domingo, referiu o ambientalista Pablo Lada,
que vive na cidade de Trelew, não muito longe da lagoa situada na
Patagónia e a cerca de 1.400 quilómetros a sul de Buenos Aires.
A cor é causada por sulfito de sódio, um produto
anti-bacteriano utilizado na indústria pesqueira, cujos resíduos são
culpados pela contaminação do rio Chubut que alimenta a lagoa de Corfo e
outras fontes de água na região, dizem os ativistas.
Os residentes há muito que se queixam de maus cheiros e de outros problemas ambientais à volta do rio e da lagoa.
“Aqueles que deviam supervisionar são os que autorizam o envenenamento de pessoas”, critica Pablo Lada à AFP, culpando o governo pela confusão.
O engenheiro ambiental e virologista Federico Restrepo disse à AFP que a coloração se devia ao sulfito de sódio nos resíduos de peixe, que por lei, devia ser tratado antes de ser despejado.
A lagoa, que não é utilizada para atividades recreativas, recebe o
efluente do parque industrial de Trelew e já anteriormente tinha mudado
para a cor fúcsia.
Nas últimas semanas, os residentes de Rawson, na vizinha Trelew, bloquearam estradas utilizadas por camiões que transportavam resíduos de peixe processado pelas suas ruas para estações de tratamento na periferia da cidade.
“Recebemos dezenas de camiões diariamente, os residentes estão a
ficar cansados disso”, disse Lada. Com Rawson interditado devido ao
protesto, as autoridades provinciais autorizaram as fábricas a despejar
os seus resíduos na lagoa de Corfo.
“A cor avermelhada não causa danos e desaparecerá dentro de poucos dias”, disse à AFP o chefe do controlo ambiental da província de Chubut, Juan Micheloud, na semana passada.
Sebastián de la Vallina, secretário de planeamento da cidade de Trelew, discordou: “Não é possível minimizar algo tão grave”.
As fábricas que processam peixe para exportação, principalmente
camarão e pescada, geram milhares de empregos para a província de
Chubut, lar de cerca de 600 mil pessoas.
Dezenas de empresas estrangeiras de pesca operam na zona, em águas sob a jurisdição da Argentina.
“O processamento do pescado gera trabalho… é verdade. Mas estas são
empresas com lucros multimilionários que não querem pagar para levar os
resíduos para uma estação de tratamento que já existe em Puerto Madryn, a
55 quilómetros de distância, ou construir uma fábrica mais próxima”,
disse Lada.
Há mais de duas décadas, Jair Bolsonaro ameaçou que faria um
golpe militar se fosse Presidente. Agora, os brasileiros temem que ele
cumpra com a sua “promessa”.
Numa entrevista televisiva de 1999, o então deputado Jair Bolsonaro afirmou que se ele fosse Presidente, fecharia o Congresso brasileiro e encenaria um golpe militar.
“Não há a menor dúvida. Daria golpe no mesmo dia.
Não funciona e tenho a certeza que pelo menos 90% da população ia fazer
festa e bater palmas. O congresso hoje em dia não vale para nada”, disse
o agora Presidente brasileiro.
Nessa mesma entrevista, o então deputado federal atacou ainda o
economista Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central, que se recusou
naquele ano a depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bancos
na condição de testemunha. Jair Bolsonaro chega mesmo a defender o
recurso à tortura.
“Dá porrada no Chico Lopes. Eu até sou favorável que a CPI, no caso do Chico Lopes, tivesse pau de arara lá. Ele merecia isso: pau de arara. Funciona! Eu sou favorável à tortura, tu sabes disso. E o povo é favorável a isso também”, disse Bolsonaro numa entrevista ao programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes.
Agora, os brasileiros temem que Bolsonaro cumpra a sua “promessa” e avance com um golpe militar no país.
Estão marcados protestos contra o Presidente brasileiro para este
sábado, dia 24 de julho, que devem subir de tom face à ameaça de um
golpe militar.
Os organizadores creem que os próximos atos serão uma oportunidade de dar uma resposta imediata às intenções de rompimento democrático
manifestadas por setores das Forças Armadas. Estes afirmam que só
haverá eleição em 2022 se o Congresso aprovar o voto impresso, escreve o
jornal CartaCapital.
O próprio Presidente reitera: “As eleições do próximo ano têm de ser limpas. Ou teremos eleições limpas ou não teremos eleições”.
No ano passado, Bolsonaro já tinha negado a intenção de fazer uma
intervenção militar no Brasil, apesar da sua participação em
manifestações antidemocráticas.
“Como é que darei um golpe se sou Presidente da República e Chefe Supremo das Forças Armadas?”, perguntou Bolsonaro, em junho de 2020, citado pelo Estadão.
No entanto, algumas das vozes políticas mais poderosas do país
expressam preocupação de que Bolsonaro possa tentar usar a ameaça
infundada de fraude eleitoral para evitar perder as eleições.
A situação é em muito semelhante àquilo que aconteceu nos Estados Unidos, com Donald Trump, diz o The Washington Post.
“A situação é extremamente preocupante no Brasil”,
disse Marcos Nobre, cientista político da Universidade Estadual de
Campinas. “É muito, muito grave o que está acontecendo aqui”.
O fim-de-semana foi marcado por manifestações em Itália, na
Grécia, na França, no Reino Unido e na Austrália contra as proibições a
quem não tem certificados de vacinação ou testes PCR.
Vários governos têm apertado as restrições ou imposto a necessidade
de certificados de vacinação para várias actividades, e há muitos
cidadãos descontentes.
Segundo os organizadores do World Wide Rally for Freedom, este fim-de-semana estavam marcados protestos em 180 cidades no mundo.”As
restricções autoritárias do coronavírus prejudicaram as nossas vidas
mais do que qualquer vírus, e mesmo se os efeitos do vírus forem piores,
as limitações às nossas liberdades são injustas e ilegais”, defende o
grupo.
Em França, 160 mil pessoas saíram às ruas para acabarem com a “ditadura da saúde” e o “apartheid”
que acreditam que as novas medidas do “tirano Macron” estão a criar. No
país é preciso ter certificado de vacinação ou um teste PCR com a
validade de 48 horas para muitas actividades quotidianas, como ir a
restaurantes, ir ao cinema ou andar de comboio.
As concentrações em Paris foram junto à Torre Eiffel e vários
protestantes adornaram coletes amarelos. Houve também vários desacatos
entre manifestantes e a polícia, que usou canhões de água e gás
lacrimogénio e acabou por fazer 71 detenções.
Emmanuel Macron, respondeu aos protestos durante uma visita ao Haiti.
O presidente francês afirma que as medidas são para “proteger a
população” e apelida de “irresponsáveis” e “egoístas” aqueles que não querem ser vacinados. Recorde-se que Macron já disse estar a ponderar tornar a vacinação obrigatória, visto que a França é um dos países europeus com um movimento anti-vacinas mais forte.
Roma e Milão foram das cidades italianas mais abaladas por protestos semelhantes, dado que agora o “passaporte de escravidão”
é também obrigatório para frequentar restaurantes e bares. Três mil
pessoas reuniram-se na Piazza del Popolo, na capital italiana, e muitas
estavam sem máscara.
Já em Milão, nove mil manifestantes concentraram-se na Piazza del
Duomo para insultar o primeiro-ministro, Mario Draghi, apelar pela
“liberdade” e comparar as limitações de quem não tem o certificado à
discriminação dos judeus no tempo dos nazis. Bolonha, Palermo ou Nápoles
também acolheram protestos.
Milhares de pessoas também protestaram em Londres, Manchester e Birmingham, apesar de a Inglaterra já ter levantado todas as restrições
e acabado com a obrigação de usar máscara. Os manifestantes acreditam
que a aplicação covid do governo limita os seus movimentos, já que 600
mil pessoas foram alertadas para se isolarem numa única semana.
A comentadora de extrema-direita Katie Hopkins, que foi deportada da
Austrália depois de se gabar da sua intenção de quebrar a quarentena,
esteve presente na Trafalgar Square. Os teóricos da conspiração David
Icke e Piers Corbyn também participaram no protesto.
Kate Sherimani, uma ex-enfermeira que foi expulsa por negar a existência da covid-19
e incentivar as pessoas a não serem vacinadas, discursou contra os
profissionais de saúde e foi bastante criticada nas redes sociais.
“Perguntem a quem dá as vacinas se já houve alguma morte.
Perguntem-lhes do que é feita e registem os nomes deles e enviem-mos.
Nos julgamentos de Nuremberga, os médicos e enfermeiros foram julgados e foram enforcados“, afirmou Sherimani.
A polícia de Londres acabou por deter um manifestante por atirar uma
garrafa aos agentes. “A violência não vai ser tolerada. Encorajamos o
resto dos protestantes a continuar a sua demonstração pacificamente”,
escreveu a Comandante Catherine Roper no Twitter.
Em Dublin, na Irlanda, cerca de 1500 pessoas juntaram-se com cartazes contra as vacinas e caminharam pela cidade a gritar pela “liberdade”.
Um manifestante disse que o programa de vacinação é “genocídio“.
“Se as pessoas estão a bater às vossas portas então têm de se proteger
da agulha porque está a chegar para vocês e para os vossos filhos. Estão a chegar para vos matar“, acrescentou.
Mas este não é só um fenómeno europeu. Na Austrália, dezenas de protestantes foram presos depois de fazerem uma marcha não autorizada em Sydney. “Acorda, Austrália!”,
diziam vários sinais. Os manifestantes queriam também o fim dos
“confinamentos férreos” que são impostos quando há pequenos surtos
localizados.
Apesar de ser uma das formas mais eficazes de prevenir doenças, os
movimentos contra a vacinação não são de agora e têm ganhado mais voz
nos últimos anos, tendo havido um aumento de surtos de doenças como o
sarampo devido ao cepticismo. Recorde-se que só desde em Maio, a
vacinação em Portugal já evitou 700 mortes por covid-19.
Médicos britânicos alertaram para o aumento do número de
crianças e jovens infetados com covid-19 a dar entrada nos hospitais,
apelando à vacinação para não “sofrerem desnecessariamente” com a
evolução da doença.
“Os doentes estão a ficar cada vez mais novos.
Estamos a ter cada vez mais pacientes que estão nos seus 30 anos, ou
mesmo nos 20 anos, a precisar de cuidados intensivos e que anteriormente
não tinham problemas de saúde”, indicou ao Guardian Samantha Batt-Rawden, médica sénior de terapia intensiva em hospitais.
E acrescentou: “A grande maioria dos doentes que precisam de cuidados
intensivos não estão vacinados, sabemos à partida que alguns vão
morrer. Como médica de cuidados intensivos há muitos anos, peço aos
jovens: por favor, tomem a vacina, não deixem que isto seja o grande
erro das vossas vidas”.
A Indonésia tem registado nas últimas semanas centenas de mortes por
covid-19 de crianças abaixo dos cinco anos. Em julho o país tem
reportado a morte de mais de 100 crianças por semana, coincidindo com o
surgimento da variante Delta. Os pediatras locais indicam que as
crianças já representam mais de 12,5% do total de casos confirmados.
O país ultrapassou o Brasil e a Índia em número diário de casos, e
tornou-se num novo epicentro da pandemia, registando cerca de 50 mil contágios por dia.
Há quase dois séculos, os cientistas já sabiam o que causava
as alterações climáticas graças ao trabalho da cientista norte-americana
Eunice Foote.
Muito antes da atual divisão política sobre as alterações climática, e
mesmo antes da Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-1865), uma
cientista norte-americana chamada Eunice Foote documentou a causa subjacente da atual crise climática.
O ano era 1856. O breve artigo científico de Foote, publicado no The American Journal of Science and Arts, foi o primeiro a descrever o extraordinário poder do dióxido de carbono para absorver calor — a força motriz do aquecimento global.
O dióxido de carbono é um gás transparente, inodoro e sem sabor que
se forma quando as pessoas queimam combustíveis, incluindo carvão,
petróleo, gasolina e madeira.
À medida que a superfície da Terra aquece, pode-se pensar que o calor seria apenas irradiado de volta para o Espaço. Mas não é assim tão simples.
A atmosfera fica mais quente do que o esperado principalmente devido
aos gases com efeito de estufa, como dióxido de carbono, metano e vapor
de água atmosférico, que absorvem o calor que sai.
Eles são chamados de “gases com efeito de estufa”
porque, não ao contrário do vidro de uma estufa, eles prendem o calor na
atmosfera da Terra e irradiam-no de volta para a superfície do planeta.
A ideia de que a atmosfera retém o calor era conhecida, mas não a
causa.
Foote realizou uma simples experiência. Ela colocou um termómetro em
cada um de dois cilindros de vidro, bombeou dióxido de carbono num e ar
no outro e colocou os cilindros ao sol. O cilindro que continha dióxido
de carbono ficou muito mais quente do que aquele com ar, e Foote
percebeu que o dióxido de carbono absorveria fortemente o calor da atmosfera.
A descoberta de Foote da alta absorção de calor do dióxido de carbono
levou-a a concluir que “se o ar se tivesse misturado com uma proporção
maior de dióxido de carbono do que atualmente, um aumento da temperatura” resultaria.
Alguns anos depois, em 1861, o conhecido cientista irlandês John Tyndall
também mediu a absorção de calor do dióxido de carbono e ficou tão
surpreendido que algo “tão transparente à luz” pudesse absorver calor
tão fortemente que ele fez várias centenas de experiências.
Tyndall também reconheceu os possíveis efeitos sobre o clima, dizendo
que “toda a variação” de vapor de água ou dióxido de carbono “deve
produzir uma mudança no clima”. Ele também observou a contribuição de outros gases, como o metano,
para as alterações climáticas, escrevendo que “uma adição quase
insignificante” de gases como o metano teria “grandes efeitos no clima”.
Dióxido de carbono já estava a aumentar em 1800
Por volta de 1800, as atividades humanas já estavam a aumentar dramaticamente o dióxido de carbono na atmosfera.
A queima de mais e mais combustíveis fósseis – carvão e eventualmente
petróleo e gás – acrescentou uma quantidade cada vez maior de dióxido de
carbono ao ar.
A primeira estimativa quantitativa das alterações climáticas induzidas pelo dióxido de carbono foi feita por Svante Arrhenius, um cientista sueco e vencedor do Nobel.
Em 1896, ele calculou que “a temperatura nas regiões árticas aumentaria 8 ou 9 graus Celsius se o dióxido de carbono aumentasse para 2,5 ou 3 vezes” o seu nível naquela época.
A estimativa de Arrhenius era provavelmente conservadora: desde 1900,
o dióxido de carbono atmosférico aumentou de cerca de 300 partes por
milhão (ppm) para cerca de 417 ppm como resultado da atividade humana, e
o Ártico já aqueceu cerca de 3,8 graus.
Nils Ekholm, um meteorologista sueco, concordou,
escrevendo em 1901 que “a queima atual de carvão mineral é tão grande
que se continuar […] deve, sem dúvida, causar um aumento muito óbvio na
temperatura média da Terra”.
Ekholm também observou que o dióxido de carbono agia numa camada alta
na atmosfera, acima das camadas de vapor de água, onde pequenas
quantidades de dióxido de carbono importavam.
O revólver que matou um dos homens procurados mais famosos do Velho Oeste, há mais de um século, vai a leilão no próximo mês.
William “Billy the Kid” Bonney, pseudónimo de
William Henry McCarty, foi um pistoleiro e ladrão de gado
norte-americano que se tornou um dos homens mais procurados do Velho
Oeste. No dia 14 de julho de 1881, e depois de andar fugido três meses,
diz-se que o xerife Pat Garrett apanhou-o em Fort Sumner, no Novo
México, e matou-o com um tiro.
O revólver que Garrett usou, tirado a um membro do gangue de “Billy
the Kid” depois de ter sido detido, vai agora a leilão através da
Bonhams, que estima que o objeto pode ir de dois a três milhões de
euros, conta a NPR.
“Esteve várias vezes nas mãos do homem da lei e do fora-da-lei”,
declarou ao mesmo órgão de comunicação Catherine Williamson,
especialista sénior da casa de leilões londrina.
Com apenas 21 anos, tornou-se um dos homens mais famosos daquela época, tendo a sua vida sido retratada depois na cultura popular norte-americana através de incontáveis canções, filmes e livros.
Williamson considera que a sua história é “uma das maiores histórias do bem contra o mal do Velho Oeste”.
“É uma espécie de personagem carismática e engraçada
que as pessoas acabam por gostar – um vigarista que consegue passar por
cima da lei. Este tipo de personagem é realmente atraente para as
pessoas”, declarou ainda a especialista.
No dia 27 de agosto, Bonhams vai leiloar a arma em Los Angeles, nos
Estados Unidos, sendo parte da coleção de armas do casal texano Jim e
Theresa Earle. Williamson prevê que o revólver seja vendido a um ávido
colecionador por mais de três milhões de euros.
O Fisco indiano descobriu que centenas de vendedores de rua
são milionários em segredo. Estes comerciantes foram apanhados a fugir
aos impostos.
Quando pensamos em milionários, provavelmente imaginamos uma pessoa
com uma grande mansão, carros desportivos e joias brilhantes. A
realidade é que algumas centenas de vendedores de rua na Índia estão a
desafiar esse estereótipo, escondendo a sua riqueza à vista de todos.
O Fisco indiano já identificou mais de 250 vendedores ambulantes de comida e sucata que são, na verdade, milionários
na cidade de Kanpur, no norte da Índia. Entre eles estavam vendedores
de fruta e vegetais, donos de pequenas farmácias e mercearias, e
trabalhadores de saneamento que conseguiram fugir aos impostos durante
anos.
Segundo a VICE, juntos, estes milionários secretos economizaram e gastaram mais de 37,5 milhões de rupias indianas — cerca de 425 mil euros — para comprar propriedades. O Fisco encontrou vários casos de vendedores de sucata que tinham, pelo menos, três carros.
O inspetores fiscais levaram a cabo uma investigação e descobriram que centenas desses milionários não pagaram praticamente nenhum imposto. Além disso, pelo menos 65 donos de mercearias e farmacêuticos nem registaram os seus negócios.
Estes milionários secretos escondiam o seu dinheiro comprando
propriedades no nome de outros familiares. Noutros casos, recorriam a
bancos cooperativos ou pequenos esquemas financeiros para esconder o
dinheiro.
Eles acabaram por ser apanhados após alguém usar detalhes do seu cartão PAN, um número de identificação atribuído a todos os contribuintes na Índia.
Esta não é a primeira vez que são encontrados “milionários de rua” no
país. Em 2016, uma dúzia de vendedores de comida de rua em Kanpur foram
apanhados com um rendimento não declarado de 600 milhões de rupias indianas (6,8 milhões de euros).
Com mais de 600 mil pessoas no ramo, os vendedores ambulantes são uma
parte essencial do sistema de distribuição e comércio urbano da Índia.
Eles têm uma faturação paralela aproximada de 800 milhões de rupias indianas (cerca de 9 milhões de euros) por dia.
No outono, poderá desfrutar de um concerto de Whitney Houstonem Las Vegas. A diva será reencarnada, áudio e visualmente, no espetáculo An Evening With Whitney: The Whitney Houston Hologram Concert.
Segundo a Forbes, o holograma de Whitney Houston
vai “cantar” acompanhado de uma banda composta por quatro elementos ao
vivo. Além de um concerto, estão também prometidos efeitos especiais
cinematográficos na residência que estará aberta ao público no Harrah’s Las Vegas a partir do dia 26 de outubro de 2021.
Usar um holograma de um artista falecido para impulsionar as vendas de bilhetes para concertos e downloads de álbuns gera alguma controvérsia.
No entanto, Pat Houston, antigo diretor e CEO do The Estate of Whitney E. Houston, afirma ter discutido o conceito com a artista
há uma década. “Em 2011, eu e a Whitney discutimos a ideia de uma
digressão íntima. Foi um projeto a que chamámos ‘Whitney Unplugged’ ou
‘An Evening with Whitney'”, contou.
“A sua voz e o seu legado continuarão a viver connosco para sempre. An Evening With Whitney
é outra oportunidade para revivermos e celebrarmos o seu talento e
estamos entusiasmados por levar esta experiência musical de vanguarda
aos fãs que apoiaram o fenómeno da cultura pop”, acrescentou.
An Evening With Whitney foi um projeto concebido para levar o público numa viagemmusical através da carreira da artista, usando o teatro stagecraft,
intérpretes ao vivo e arranjos digitais dos maiores êxitos de Whitney,
como “I Will Always Love You”, “I Wanna Dance with Somebody (Who Loves
Me)”, “The Greatest Love of All” e “Higher Love”.
Whitney Houston morreu tragicamente em 2012, quando foi encontrada no
interior de um quarto de hotel após uma overdose. Desde então, muitos
fãs sofrem com a sua despedida prematura dos palcos.
A rainha das moedas digitais, se não construir a paz no
planeta, vai ajudar na pacificação entre os seres humanos. É a opinião
de Jack Dorsey.
É o centro de atenções de muitos investidores, é o centro de atenções
de governos e autoridades, mas também pode ajudar a construir um mundo
melhor. A bitcoin divide opiniões, origina divergências nos mercados financeiros, mas pode ser algo muito positivo para o planeta, defende Jack Dorsey.
O fundador e líder da Square, empresa dedicada ao
sector financeiro, participou num evento online nesta semana e voltou a
mostrar que é um defensor da rainha das moedas digitais: “A minha esperança é que a bitcoin crie a paz mundial ou ajude a criar a paz mundial“.
“O sistema monetário atual traz um grande custo e uma grande distração,
retirando a atenção dos maiores problemas no planeta. A bitcoin, sendo
descentralizada e livre de supervisão corporativa ou governamental, pode
resolver desigualdades e desafios financeiros”, afirmou Dorsey, citado
pela revista Vice.
O também fundador e diretor do Twitter tem noção que esta sua opinião pode parecer “ridícula” mas explicou: “Se corrigirmos esta questão básica, tudo que aparece acima disso vai melhorar de uma forma significativa. Isto vai ser uma mudança a longo prazo, mas a minha esperança é mesmo que haja paz”.
Já no mês passado, durante a conferência Bitcoin 2021, Dorsey admitiu
que abandonaria as suas duas grandes empresas, o Twitter e a Square,
para ajudar a bitcoin e a sua comunidade, caso fosse preciso: “Em termos de trabalho, acho que não existe nada mais importante na minha vida”.
Jack Dorsey reforçou a importância das pessoas que giram à volta do mundo desta moeda digital: “Entrei na bitcoin porque esta comunidade tem princípios profundos, é muito estranha, está sempre a evoluir e faz-me lembrar os tempos da internet quando era criança. ”
Nos últimos meses, o vulcão Etna tem estado em constante
erupção e o custo de limpeza das cinzas está a deixar muitas cidades da
Sicília à beira da falência.
O vulcão Etna – um dos mais ativos do mundo – tem dado muito trabalho às autoridades italianas.
O facto do vulcão estar em constante erupção faz com que os trabalhos de limpeza tenham de ser frequentes, mas este é um processo que não é barato.
Na passada segunda-feira, o governo italiano disponibilizou 5 milhões de euros
para compensar várias aldeias que têm lutado para se livrar das cinzas
vulcânicas, cujo custo pode chegar a mais de 1 milhão de euros por cada
erupção.
Em declarações ao jornal The Guardian, Alfio Previtera,
funcionário municipal da cidade de Giarre, uma das aldeias mais
afetadas pelas cinzas do Etna, disse que “a situação é muito grave”,
pois “está tudo coberto de cinzas.
O responsável acrescentou ainda que desde março, cerca de 25 mil toneladas de cinzas assolaram a cidade. “As pessoas estão a usar guarda-chuvas como proteção”, frisou.
De acordo com a lei italiana, as cinzas provenientes de vulcões em erupção são consideradas resíduos especiais, o que aumenta o custo do seu descarte para cerca de 20 euros por metro cúbico.
“A cada erupção, o Etna expele dezenas de milhares de cinzas por
metro cúbico”, refere Boris Behncke, vulcanologista do Instituto
Nacional de Geofísica de Catânia, explicando que esta situação “é um
problema para os municípios”.
Segundo o especialista, para conseguir fazerem a manutenção dos resíduos, várias cidades têm acumulado uma grande dívida, sendo que algumas já entraram num “colapso financeiro”.
Para evitar que os municípios fiquem os cofres vazios, o Senado
aprovou, na semana passada, uma lei que determina que as cinzas já não
precisam de ser consideradas lixo especial.
“A lei vai reduzir significativamente os custos de limpeza”, destaca Silvio Grasso, engenheiro e chefe da proteção civil de Giarre.
Grasso prevê que com a nova lei, as cinzas podem ser utilizadas “na
agricultura para tornar a terra mais fértil, ou na construção. Ainda
assim o problema persiste porque o Etna ainda está em erupção”,
relembra.
Desde fevereiro, o vulcão Etna, que se encontra a 3.300 metros acima do nível do mar, entrou em erupção, com fontes de lava de 2.000 metros de altura.
De 1977 até o presente, houve centenas de episódios semelhantes ao
atual, incluindo a sequência excecional de entre janeiro e agosto de
2000 e entre 2011 e 2013.
O primeiro-ministro húngaro assegurou, este sábado, que o
país não vai aceitar o dinheiro do fundo de recuperação se tiver de
ceder perante Bruxelas e revogar a lei anti-LGBTQI.
Segundo a agência Europa Press, Viktor Orbán
indicou que as ditas ajudas serão rejeitadas se o fundo for de alguma
forma vinculado ao diploma, que foi duramente criticado em Bruxelas por
discriminar uma comunidade.
Para o Governo húngaro, a Comissão Europeia atrasou a aprovação do seu plano de recuperação devido à sua “rejeição política a uma legislação nacional aprovada para proteger a infância“.
Assim, num decreto publicado na Gazeta Oficial, adianta a agência
espanhola, Budapeste sublinhou que só irá aceitar um acordo “se a
Comissão Europeia não impuser condições que não se apliquem a outros Estados-membros”.
O prazo legal para que o Executivo comunitário avalie os planos
nacionais é de dois meses a partir da sua apresentação, o que indica
que, no caso húngaro, as conclusões deviam ter sido comunicadas há mais
de uma semana.
No entanto, as regras preveem que as partes podem acordar uma
extensão do prazo para dar mais margem à análise e fazer ajustes, mas
Bruxelas e Budapeste têm resistido a anunciar formalmente esse
prolongamento, numa altura em que as relações entre a Hungria e os
restantes Estados-membros da UE estão tensas por causa das críticas à deriva autoritária do seu Governo.
Recorde-se que o Governo húngaro do Fidesz (democrata-cristão ultranacionalista) aprovou recentemente uma lei considerada homofóbica, que, entre outras coisas, proíbe que se fale sobre homossexualidade nas escolas.
A polémica lei de proteção de menores, aprovada pelo Parlamento
húngaro em junho e criticada interna e internacionalmente, começou por
propor um endurecimento das penas contra a pedofilia, mas, pouco antes
da votação, foram acrescentadas disposições relacionadas com a
homossexualidade e a mudança de sexo.
No poder desde 2010, o primeiro-ministro Viktor Orbán tem adotado políticas para “defender os valores cristãos”.
A Comissão Europeia desencadeou um processo de infração contra o
Governo húngaro, a 15 de junho, considerando que essas políticas
discriminatórias violam os valores europeus fundamentais da tolerância e
da liberdade individual.
O processo pode levar a uma ação no Tribunal de Justiça da União Europeia e depois a sanções financeiras.
Orbán classificou o processo desencadeado pela Comissão Europeia como
“vandalismo legal” e, na quarta-feira, anunciou que a lei em causa será
objeto de referendo, pedindo o apoio dos eleitores. “Bruxelas atacou claramente a Hungria”, contestou, num vídeo publicado na sua página no Facebook.
O Tribunal Europeu de Justiça e o Tribunal Europeu dos Direitos
Humanos têm condenado regularmente a Hungria por reformas que visam a
justiça, os meios de comunicação, os refugiados, as organizações
não-governamentais, universidades ou minorias.
Mais de dez mil pessoas na Marcha do Orgulho
Mais de dez mil pessoas juntaram-se na Marcha do Orgulho que se
realizou, este sábado, no centro de Budapeste, em solidariedade com a
comunidade LGBTI+.
“Toda a Europa está a observar o que se passa na
Hungria”, vincou Terry Reintke, co-presidente do Intergrupo LGBTI+ do
Parlamento Europeu, perante os manifestantes reunidos na Praça Madách,
no centro da capital húngara, de onde partiu a marcha, em direção ao
parque Tabán.
“Estamos aqui contra o ódio, a deriva do Estado de Direito e a vaga autoritária”, vincou a eurodeputada.
Na convocatória da marcha, os organizadores assinalavam que “os últimos tempos foram muito stressantes, desesperantes e aterradores para a comunidade LGBTI+“. O Governo húngaro “desterra, na sua própria pátria, a comunidade LGBTI+”, denunciam.
Na Marcha do Orgulho, tradicionalmente colorida, participaram
políticos da oposição, atores, músicos, desportistas e outras figuras
conhecidas da sociedade.
Mas o desfile contou também com solidariedade estrangeira,
com mais de 40 embaixadas e instituições culturais presentes na Hungria
a apoiarem, em comunicado conjunto, a Marcha do Orgulho em Budapeste.
Várias organizações de extrema-direita, como o movimento Pátria Nossa
e a Federação Alfa, convocaram uma contramanifestação, na qual
participaram poucas dezenas de pessoas. A polícia foi mobilizada para
evitar confrontos e incidentes.
O Presidente da Argentina anunciou, esta semana, que o país
tem um novo documento de identidade para incluir pessoas não binárias. É
o primeiro país da América Latina a fazê-lo.
De acordo com o chefe de Estado argentino, Alberto Fernandez, o objetivo deste novo documento de identidade é garantir o direito à identidade de género a pessoas que não se reconhecem nem como mulher nem como homem.
“Existem outras identidades, para além do sexo masculino e feminino,
que devem ser respeitadas”, afirmou Fernandez durante uma conferência de
imprensa, na quarta-feira, no Museu Casa Rosada, em Buenos Aires,
citado pela cadeia televisiva CNN.
Esta alteração estabelece a terminologia “X” no campo dedicado ao género no documento de identidade e no passaporte.
“O que é que importa ao Estado saber a orientação sexual dos seus
cidadãos, ou o género que cada um deles reconhece para si mesmo?”,
questionou ainda o Presidente argentino.
Neste dia, no museu argentino, a Ministra das Mulheres, Géneros e
Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, o Ministro do Interior, Eduardo De
Pedro, e o chefe de Estado entregaram os primeiros documentos não
binários a três cidadãos.
A ministra destacou que a implementação deste novo documento de identificação é “uma ação focada na construção de uma sociedade mais igualitária, mas também mais inclusiva”.
Segundo o comunicado divulgado pelo gabinete presidencial, a
Argentina é o primeiro país da América Latina a permitir esta opção no
campo do género do documento de identidade. Esta nova medida está em
linha com alterações semelhantes feitas noutros países, como é o caso do
Canadá, Austrália e Nova Zelândia, pode ler-se na mesma nota.
Reclusos e cúmplices no exterior estão a usar drones para contrabandear droga para a prisão mais antiga do Chile.
As autoridades chilenas descobriram que o esquema de contrabando tinha como objetivo transportar drogas para a Ex Penitenciaría, uma prisão em Santiago, uma das mais movimentadas do país, construída há 178 anos e que continua em funcionamento até hoje.
Segundo a Vice, uma investigação revelou que pelo menos três reclusos foram implicados no esquema de contrabando por drones,
descoberto em meados de maio, e na gestão de uma rede de distribuição
atrás das grades. Os prisioneiros já tinham sido sancionados por
possuírem telemóveis e drogas.
Fonte familiarizada com a investigação revelou que, em maio, as
autoridades descobriram drogas e dois dispositivos ativados por hélice
no topo de um dos edifícios da prisão.
Apesar da descoberta recente deste esquema, a verdade é que os reclusos chilenos estão longe de ser o primeiro grupo a utilizar drones para alimentar um próspero comércio de droga atrás das paredes de uma prisão.
A tendência foi observada pela primeira vez em 2013, nos Estados
Unidos, numa prisão da Geórgia, e tornou-se um foco constante dos
esforços de aplicação da lei para combater o contrabando que entra nas
prisões norte-americanas.
No Reino Unido, entre 2016 e 2017, as autoridades prenderam um grupo
responsável por 55 entregas de drones nas prisões de todo o país.
Também no início deste mês, as autoridades espanholas apreenderam o que se acredita ser o maior drone de droga
de sempre na Europa. Encontrado num armazém, o drone tinha sido
utilizado por um grupo francês para contrabandear droga de Marrocos para
Espanha.
No México, os cartéis de droga também fizeram experiências com a
utilização de drones, mas para atacar inimigos e autoridades. Um grupo
de crime organizado no estado ocidental de Michoacan utilizou estes
dispositivos para largar explosivos numa sede da polícia local em abril,
ferindo dois polícias.
Pelo menos 136 pessoas morreram na Índia, em consequência de
chuvas torrenciais que assolaram o país e causaram fortes enchentes e
deslizamentos de terra, enterrando casas e submergindo ruas.
Numa altura em que as alterações climáticas afetam várias regiões do globo, como a Alemanha e a China, o Estado indiano de Maharashtra foi atingido pelas piores chuvas dos últimos 40 anos, com dilúvios que duraram dias.
Quatro deslizamentos de terra na região de Raigad e Ratnagiri
provocaram 54 mortes, tendo pelo menos mil pessoas ficando presas em
cima de edifícios e veículos devido à enchente, segundo a agência Lusa,
que cita a Sky News.
Em Taliye, cerca de 160 quilómetros a sudeste da capital financeira
Mombaça, 42 pessoas morreram no seguimento de deslizamentos de terra que
arrasaram a vila, havendo dezenas de desaparecidos.
Simultaneamente, 27 pessoas foram mortas no distrito de Satara depois
de várias casas terem sido arrastadas pelas águas, noticiou a
comunicação social local, enquanto outras 20 pessoas morreram em
circunstâncias idênticas nos distritos do leste de Gondia e Chandrapur.
Segundo a emissora britânica BBC, o Estado de Maharashtra já tem a lamentar pelo menos 136 vítimas mortais.
Partes da costa oeste da Índia tiveram até 594 milímetros de chuva,
com militares e autoridades da proteção civil a evacuarem áreas
vulneráveis para que a água pudesse ser libertada das barragens antes
que transbordassem, enquanto na estação montanhosa de Mahabaleshwar, a
área bateu o seu recorde de precipitação diária.
Segundo o governo local, cerca de 90 mil pessoas já foram resgatadas das áreas atingidas pelas chuvas torrenciais.
Por outro lado, a principal rodovia que liga Mombaça e Bengaluru foi
parcialmente submersa, o que significa que milhares de camiões e outros
veículos pesados ficaram retidos durante mais de um dia.
Entre os que participaram na operação de resgate estão o Exército, a
Marinha, a Guarda Costeira e a Força Nacional de Resposta a Desastres
(Proteção Civil), informou o Ministério da Defesa, que utilizou
helicópteros na ação de auxílio e ajuda.
Entretanto, o primeiro-ministro Narendra Modi escreveu no Twitter: “A situação em Maharashtra, devido às fortes chuvadas, está a ser acompanhada de perto e assistência está a ser fornecida aos afetados”.
Na sexta-feira, as autoridades lançaram um alerta no estado de
Telangana, no sul do país, depois de chuvas fortes terem provocado
enchentes na capital do estado, Hiderabad, onde, segundo os
especialistas, se registou a precipitação mais elevada em julho na
última década.
As inundações na Índia são comuns durante a temporada de monções de
verão, com fortes chuvas que, em regra, enfraquecem e debilitam as
estruturas de edifícios, muitos deles frágeis ou mal construídos.
A devastação na Índia surge após fortes chuvas na China e na Europa
Ocidental, bem como ondas de calor nos Estados Unidos e Canadá e um
forte calor no Reino Unido, o que motivou novas apreensões sobre o
impacto das alterações climáticas.
O comboio-bala maglev, que pode atingir uma velocidade de 600
quilómetros por hora, fez a sua estreia em Qingdao, na China, esta
semana.
Tal como conta a cadeia televisiva CNN,
este comboio-bala maglev foi desenvolvido pela empresa estatal China
Railway Rolling Stock Corporation e é considerado o comboio mais rápido
do mundo, podendo atingir uma velocidade de 600 quilómetros por hora.
“Maglev” é uma abreviatura para “levitação magnética” e o comboio
parece que “flutua” graças a uma força eletromagnética que o faz
deslizar sobre os carris.
Liang Jianying, diretor e engenheiro-chefe da CRRC Sifang, disse à
imprensa estatal chinesa que, para além da sua velocidade, o comboio
emite baixos níveis de poluição sonora e requer menos manutenção do que outros comboios de alta velocidade.
Tal como recorda a estação norte-americana, em 2019 tinha sido
revelado à imprensa um protótipo deste novo comboio. Nesse ano, a China
também anunciou os seus planos ambiciosos para criar “círculos de
transporte de três horas” entre as principais áreas metropolitanas do
país.
A ferrovia de alta velocidade é uma grande prioridade desta potência
mundial, que pretende ligar mais as suas grandes cidades por comboio
para reduzir o tempo e as despesas necessárias para viajar pelo país.
Atualmente, em média, os comboios de alta velocidade na China podem
viajar a cerca de 350 quilómetros por hora, enquanto os aviões voam a
800-900 quilómetros por hora.
No entanto, destaca a CNN, ainda há uma coisa que impede o recente comboio-bala de estar pronto para receber passageiros: a falta de redes de carris completas apropriadas.
Neste momento, o país tem apenas uma linha maglev para uso comercial,
que liga o aeroporto Pudong, em Xangai, com a estação Longyang Road, na
mesma cidade. Esta viagem de 30 quilómetros faz-se em cerca de sete
minutos e meio, com o comboio a atingir velocidades de 430 quilómetros
por hora.
A China já está a construir várias redes apropriadas para este
comboio, incluindo uma que vai ligar Xangai e Hangzhou e outra entre
Chengdu e Chongqing.
No final de junho, o país asiático também inaugurou a primeira linha de alta velocidade no Tibete, de 435 quilómetros, que liga a capital tibetana Lassa à cidade de Nyingchi.
Depois de Liverpool, também Stonehenge pode perder o estatuto
de património mundial da UNESCO. O aviso surge após o secretário dos
transportes, Grant Shapps, ter dado luz verde aos planos de construção
de um túnel sob a paisagem.
O monumento de Salisbury Plain, em Wiltshire, corre o risco de ser
colocado na “lista de perigo” e de perder o seu estatuto de património
mundial, avança o The Guardian.
O aviso é da UNESCO e surge depois de Grant Shapps, secretário dos transportes, ter dado luz verde aos planos de construção de um túnel, de cerca de três quilómetros e com dupla faixa de rodagem, que passará sob o sítio arqueológico de Stonehenge.
A obra tem um custo estimado de 1,7 mil milhões de libras esterlinas.
O projeto tem como objetivo aliviar o congestionamento
do tráfego ao longo da A303 em Wiltshire, a rota mais direta para os
automobilistas que viajam entre o Sudeste e o Sudoeste, e permitir que
“os visitantes de Stonehenge vejam o círculo de pedras sem a distração
visual e auditiva do tráfego”, justificou Shapps.
A Alliance for Stonehenge, associação que se opõe à construção da nova estrada, afirma que o túnel é muito curto, o que pode danificar irreversivelmente
os arredores do sítio arqueológico. Um grupo de arqueólogos solicitou
que o comprimento do túnel fosse de pelo menos 4,5 quilómetros.
Funcionários da Inspeção de Planeamento também avisaram que o desenvolvimento desta obra poderia causar “danos permanentes e irreversíveis” no local e o grupo de campanha Save Stonehenge World Heritage Site (SSWHS) contestou a decisão do responsável político em tribunal.
O alerta surge depois de Liverpool ter perdido o seu estatuto de
património mundial da UNESCO esta quarta-feira, na sequência de
alterações significativas na zona das docas.
A UNESCO já tinha avisado que as obras na zona das docas, nomeadamente a construção de vários edifícios e do novo estádio do Everton, faziam perder a autenticidade da cidade.