quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Estátua simbólica do passado esclavagista dos EUA retirada da Virginia !

Após vários anos de tensões centradas no passado esclavagista dos Estados Unidos, o mais importante monumento apontado como um símbolo racista no país foi retirado, esta quarta-feira, da Virginia.


Após um reinado de mais de 130 anos sobre o seu pedestal com 12 metros de altura, a gigantesca estátua do general Robert E. Lee, comandante dos sulistas, foi lentamente desmantelada por uma grua, em Richmond, a antiga capital dos secessionistas durante a guerra civil americana (1861-1865).

Centenas de pessoas concentraram-se à distância para assistir ao acontecimento. Algumas ergueram o punho, outras lançaram piadas ou emitiram gritos quando a imponente peça de bronze, de 12 toneladas e da altura de um edifício de seis andares, obra do artista francês Antonin Mercié, foi arrancada do seu pedestal.

O principal líder militar dos confederados lutou com os Estados do Sul contra os do Norte, que tinham abolido a escravatura.

A retirada da estátua “apaga uma nódoa na história da Virginia e na história da América”, segundo um responsável associativo local, Muhammad Abdul-Rahman.

Enquanto muitos monumentos confederados por todo o país foram recentemente desmontados pela calada – por vezes, a meio da noite – sob a pressão do movimento “Black Lives Matter”, o governador democrata do Estado da Virginia, Ralph Northam, quis dar à retirada desta estátua visibilidade nacional.

Os monumentos celebrando Robert Lee e as outras figuras dos estados sulistas são hoje consideradas símbolos racistas por uma boa parte dos cidadãos norte-americanos, ao passo que outros consideram, pelo contrário, que fazem parte do seu património histórico.

O governador Northam tinha anunciado a intenção de retirar a estátua do general confederado em junho de 2020, dez dias após a morte, em Minneapolis, de George Floyd.

O homicídio deste cidadão afro-norte-americano desencadeou um movimento à escala planetária de denúncia e condenação da discriminação racial e reacendeu com vigor o debate sobre o passado esclavagista do país.

Uma guerrilha judicial iniciada por apoiantes da manutenção no local da estátua confederada – a maior do país – atrasou o seu desmantelamento, finalmente validado, na semana passada, por uma decisão do Supremo Tribunal da Virginia.

Esta semana, ficou também a saber-se que a estátua de Cristóvão Colombo, que foi removida no ano passado da sua posição na via principal da Cidade do México, não será devolvida ao local.

Em vez disso, a mesma será substituída por uma estátua de uma mulher indígena, em reconhecimento às contribuições dos povos nativos do México. A estátua de Colombo será transferida para o Parque América, na mesma cidade.

https://zap.aeiou.pt/estatua-simbolica-passado-esclavagista-retirada-430204

 

Começou o julgamento dos atentados de Paris, o maior da história de França !

Começou esta quarta-feira, seis anos depois, no Palácio de Justiça de Paris, o julgamento dos atentados que vitimaram 130 pessoas, em novembro de 2015, na capital francesa.


Esta quarta-feira, começou a ser julgado Salah Abdeslam, o único terrorista dos atentados de Paris que sobreviveu. “Não há Deus além de Alá e Maomé é o seu mensageiro”. Foram estas as suas primeiras palavras.

Questionado pelo tribunal, avança a rádio TSF, o belga, de origem marroquina, disse ter desistido de todas as profissões para se tornar um “combatente do Estado Islâmico”. Entretanto, a primeira sessão do julgamento foi suspensa porque um dos arguidos se sentiu indisposto.

De acordo com a rádio, em causa estão 20 arguidos suspeitos de envolvimento nestes atentados, sendo que 12 enfrentam a prisão perpétua. No Palácio de Justiça estarão presentes apenas 14, uma vez que os outros seis estão desaparecidos e serão julgados à revelia.

O processo vai durar pelo menos oito meses, devendo o veredicto ser conhecido apenas em maio de 2022. Trata-se do maior julgamento da história moderna deste país. Segundo o semanário Expresso, o processo conta com um milhão de páginas de investigação e provas, que foram distribuídas em 542 volumes.

Além do grande e visível reforço de segurança neste Palácio de Justiça, com dezenas de carrinhas da polícia e ruas cortadas, destacam-se as milhares de pessoas envolvidas, entre testemunhas, advogados, juízes, jornalistas e familiares das vítimas mortais.

As suas instalações tiveram mesmo de ser remodeladas para conseguir acolher, como se espera, cerca de três mil pessoas por dia, escreve o Observador, que acrescenta que teve de ser construída uma nova sala de audiência.

Os primeiros dias da audiência vão servir apenas para enumerar as vítimas, cerca de 1800 pessoas. Os primeiros testemunhos serão a partir de dia 13 de setembro e as vítimas começam a ser ouvidas no dia 28 do mesmo mês.

Durante cinco semanas, as pessoas tocadas diretamente por estes atentados vão contar o terror vivido no Stade de France, na sala de espetáculos Bataclan e nos cafés do 11.º bairro parisiense.

https://zap.aeiou.pt/comecou-julgamento-atentados-paris-430150

 

Supremo Tribunal do México descriminaliza o aborto !

O Supremo Tribunal do México decidiu na terça-feira, por unanimidade, que penalizar o aborto é inconstitucional, seguindo o exemplo da Argentina, país que despenalizou o procedimento no início deste ano.

Arturo Zaldivar, presidente do Supremo Tribunal mexicano, citado pela agência Reuters, classificou a decisão como “um momento decisivo” para todas as mulheres, especialmente as mais vulneráveis.

O México é o segundo país mais católico do mundo, a seguir ao Brasil. A Igreja Católica se opõe a todas as formas de aborto. Ao longo dos anos, centenas de mexicanas, na sua maioria pobres, foram processadas por aborto, enquanto dezenas continuam presas.

Vários estados norte-americanos tomaram medidas para restringir o acesso ao aborto, principalmente o Texas, que faz fronteira com o México. Na semana passada, o Texas decretou uma proibição ao procedimento após as primeiras seis semanas de gravidez. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos se recusa a intervir.

Em julho, o estado de Veracruz se tornou a quarta das 32 regiões do México a descriminalizar o aborto.

O Presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, evitou tomar posição sobre o assunto. Durante a campanha eleitoral de 2018, formou aliança com um partido político fundado por conservadores cristãos, conhecido pela forte oposição ao aborto.

Em contraste, o ministro das Relações Externas do país, Marcelo Ebrard, presidente da câmara da Cidade do México quando a capital legalizou o aborto em 2007, celebrou a decisão do tribunal como um “grande dia para os direitos das mulheres”.

https://zap.aeiou.pt/supremo-tribunal-mexico-descriminaliza-aborto-430019

 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Mergulhadores afirmam ter encontrado avião dos EUA que caiu em 1945 no Triângulo das Bermudas !

Poucos meses depois do fim da Segunda Guerra Mundial, seis aviões-torpedeiros Grumman TBF Avenger voaram sobre o Triângulo das Bermudas – e todos desapareceram misteriosamente.


Investigadores nos Estados Unidos encontraram no Triângulo das Bermudas o que podem ser os restos de um avião norte-americano da Segunda Guerra Mundial, avançou um vídeo do canal History no YouTube.

Segundo o trailer, que relata alguns dos resultados da investigação incluída no documentário, a equipa de biólogos marinhos esteve no fundo do mar, onde encontrou uma asa, a hélice e um motor de duplo eixo, e um sistema de artilharia como um painel de vidro à prova de balas. Encontraram ainda o trem de aterragem “único ao Avenger”, diz Laurence Fishburne, o narrador.

O Grumman TBF Avenger é um avião-torpedeiro que foi criado pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, onde teve grande influência e foi muito usado. Poucos meses depois do seu fim, a 5 de Dezembro de 1945, partiu do estado da Flórida, EUA, para um voo de treino, chamado Voo 19, uma frota de cinco dessas aeronaves.

Todos os 14 homens a bordo desapareceram depois de perderem o contacto de rádio com o Fort Lauderdale. Horas mais tarde foi enviado um avião de pesquisa, que também desapareceu com os 13 homens a bordo.

Com a câmara a comparar as partes encontradas no fundo do Triângulo das Bermudas e fotos do Avenger, os especialistas entrevistados no vídeo, liderados por Mike Barnette, biólogo marinho e mergulhador, mostram bastantes certezas que se trata de um dos aviões desse incidente. A data num dos computadores portáteis da equipa indica ser 14 de Setembro de 2020.

Fishburne expressa esperança de que conseguirão ao fim de 75 anos verificar se se trata realmente de um dos aviões relacionados com Voo 19.

https://zap.aeiou.pt/mergulhadores-encontrado-aviao-eua-caiu-1945-triangulo-das-bermudas-429831

 

Bolsonaro ameaça não sair do Planalto: “Só Deus me tira de lá” !

O Presidente brasileiro desafiou mais uma vez a justiça, esta terça-feira, ao afirmar que só deixa o poder “preso, morto ou com a vitória”, para dizer logo de seguida que “nunca será preso”.


Referindo-se ao juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que tem determinado investigações contra aliados do Presidente, como “canalha”, Jair Bolsonaro instou o magistrado a “enquadrar-se” ou a “pedir para sair”.

“Ou esse juiz se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa liberdade. Dizer a esse juiz que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha. Deixa de oprimir o povo brasileiro, deixe de censurar o povo”, disse Bolsonaro, num discurso perante milhares de apoiantes em São Paulo.

“Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Alexandre de Moraes, este Presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou”, acrescentou o mandatário na Avenida Paulista, onde compareceu nos protestos organizados pelos seus apoiantes para este 7 de setembro, data comemorativa da Independência do Brasil.

Moraes foi o responsável por decisões recentes contra ‘bolsonaristas’ que organizavam atos antidemocráticas e difundiam ‘fake news’. Contudo, o magistrado tem atuado a partir de pedidos da própria Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Augusto Aras, indicado para o cargo por Bolsonaro, e da Polícia Federal.

“Não vamos mais admitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e a desrespeitar a nossa Constituição. Ele teve todas as oportunidades de agir com respeito a todos nós, mas não agiu dessa maneira, como continua a não agir”, disse ainda o chefe de Estado.

Horas antes, em Brasília, Bolsonaro discursou para milhares de pessoas que se concentraram na Esplanada dos Ministérios, num pronunciamento repleto de ameaças aos juízes do STF. Contudo, Bolsonaro já havia avisado que as suas declarações em São Paulo seriam mais incisivas.

Numa manifesta intenção de concorrer novamente à Presidência, em 2022, Bolsonaro afirmou que só deixa o poder “preso, morto ou com a vitória”, para logo em seguida declarar que “nunca será preso”.

“Nesse momento, eu quero mais uma vez agradecer a todos vocês. Agradecer a Deus, pela minha vida e pela missão, e dizer aqueles que querem me tornar inelegível em Brasília que só Deus me tira de lá. Só saio preso, morto ou com a vitoria, mas quero dizer aos canalhas que nunca serei preso”, frisou.

O discurso de Bolsonaro, em tom de ameaça, voltou a ser direcionado para o voto impresso, modalidade que o chefe de Estado acusa, sem provas, de ser alvo de fraudes e a qual defende amplamente, em substituição da atual urna eletrónica, que oferece resposta no mesmo dia e que é usado há mais de 20 anos no Brasil.

“Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública de votos. (…) Não posso participar de uma farsa patrocinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou, em referência ao juiz Luís Roberto Barroso, presidente do órgão máximo da Justiça Eleitoral brasileira.

Bolsonaro também criticou governadores e prefeitos por causa das medidas adotadas durante a pandemia, as quais sempre se mostrou contra.

“Vocês passaram momentos difíceis com o vírus, mas pior do que a pandemia foram as ações de alguns governadores e prefeitos, que ignoraram a nossa Constituição. Proibiram-vos de trabalhar e de frequentar templos e igrejas para a sua oração. A vossa indignação foi crescendo”, discursou para uma plateia com muitos apoiantes sem máscara de proteção contra a covid-19.

O Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB) já anunciou que vai reunir-se de urgência, esta quarta-feira, para discutir um possível processo de impeachment do Presidente. Em causa estão as “gravíssimas declarações do Presidente da República no dia de hoje”.


 https://zap.aeiou.pt/so-deus-me-tira-de-la-bolsonaro-429946

 

Verão de 2021 foi o mais quente da Europa nos últimos 20 anos !

O verão de 2021 foi o mais quente dos últimos 20 anos, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S), que revelam um aumento de 1ºC acima da média entre 1991 e 2020.


“A temperatura média de junho a agosto para a Europa em 2021 estava perto de 1°C acima da média de 1991-2020, tornando-o o verão mais quente”, lê-se no documento divulgado pelo C3S, da União Europeia, citado pela agência Lusa.

Este foi o verão mais quente apenas por “uma pequena margem”, segundo a análise dos dados que mostram que, nas últimas duas décadas, os verões mais quentes de 2010 e de 2018 foram cerca de 0,1° C mais frios do que o ano de 2021.

A temperatura do ar na superfície de agosto esteve também entre as mais altas dos últimos 20 anos, juntamente com o agosto de 2017: Esteve “0,3°C mais quente do que a média de 1991-2020”.

Apesar de o verão estar próximo à média de 1991-2020, o C3S recorda que as diferentes regiões da Europa registaram condições muito contrastantes, com “temperaturas máximas recordes em países mediterrâneos”, “temperaturas mais altas do que a média no leste”, mas também “temperaturas abaixo da média no norte”.

O C3S, da União Europeia, publica boletins climáticos mensais, nos quais informa sobre as mudanças observadas na temperatura global do ar na superfície, cobertura de gelo marinho e variáveis hidrológicas.

“Todas as descobertas relatadas são baseadas em análises geradas por computador usando bilhões de medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo”, explicou o C3S na nota esta terça-feira divulgada.

https://zap.aeiou.pt/verao-de-2021-foi-o-mais-quente-da-europa-nos-ultimos-20-anos-429833

 

Bolsonaro volta a ameaçar juízes do Supremo - Protestos são “ultimato” aos três poderes !

O Presidente brasileiro ameaçou, esta terça-feira, juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) num discurso em Brasília, durante um protesto em defesa do seu Governo, e frisou que a manifestação popular dos seus apoiantes representa um ultimato aos três poderes.


Não mais aceitaremos que o Supremo ou qualquer autoridade usando a força do poder passe por cima da nossa Constituição (…) Nós também não podemos continuar a aceitar que uma pessoa especifica na região dos ‘três poderes’ continue a barbarizar a nossa população”, disse Jair Bolsonaro em alusão ao juiz Alexandre de Moraes, do STF.

“Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil”, disse o Presidente, referindo-se novamente a Moraes, que nas ultimas semanas expediu mandados de prisão contra apoiantes do Governo envolvidos num inquérito sobre atos antidemocráticos e notícias falsas que tem, entre os investigados, o próprio Bolsonaro.

“Vou continuar a jogar dentro das quatro linhas, mas a partir de agora não admito que outras pessoas, uma ou duas, joguem fora. A regra do jogo é uma só, o respeito pela nossa Constituição”, afirmou, acrescentando que, caso Moraes não seja afastado, o STF “pode sofrer aquilo que nós não queremos”.

Esta terça-feira, no dia em que se assinala o Dia da Independência no Brasil, uma manifestação em Brasília juntou milhares de pessoas que usavam as cores da bandeira brasileira e entoaram cantos e frases de apoio ao governante.

O chefe de Estado disse que tanto ele como os seus apoiantes respeitam a Constituição e “não querem uma rutura”, embora o ato tenha sido acompanhado por milhares que levaram cartazes e placas, inclusive em inglês, a pedir medidas como prisão e a destituição de todos os juízes do STF, mas também uma intervenção militar que mantivesse Bolsonaro no poder.

“Todos aqui sem exceção somos aqueles que dirão para onde o Brasil deverá ir. Temos na nossa bandeira escrito “Ordem e Progresso’. É isso que nós queremos, não queremos rutura, não queremos brigar com poder nenhum, mas não podemos admitir que uma pessoa turve a nossa democracia. Não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade”, afirmou Bolsonaro, que também vai discursar hoje em São Paulo.

O chefe de Estado acrescentou que a manifestação de hoje, que decorreu em várias cidades brasileiras, constitui um recado da população aos três poderes: é “um comunicado, um ultimato, para todos que estão na Praça dos Três Poderes, inclusive eu, Presidente da República.”

“Enquanto vocês estiverem comigo eu estarei com vocês e não importa quantos obstáculos que, porventura, tenhamos ao longo do nosso caminho”, concluiu.

No Twitter, Alexandre de Moraes escreveu, em jeito de resposta, que hoje se comemora o Dia da Independência do Brasil, que garantiu a liberdade e que só “se fortalece com absoluto respeito à Democracia“.

Segundo o jornal online Observador, o Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB) anunciou que vai reunir-se de urgência, esta quarta-feira, para discutir um possível processo de impeachment do Presidente. Em causa estão as “gravíssimas declarações do Presidente da República no dia de hoje”.

As manifestações incentivadas por Bolsonaro foram convocadas há quase dois meses num contexto de fortes tensões entre o chefe de Estado e o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, instituições que o governante e parte da extrema-direita acusam de atuar como “partidos de oposição” contra o Governo.

Além disto, a popularidade do Presidente brasileiro está em queda devido à pandemia, à crise económica e às constantes declarações polémicas feitas.

Nas últimas semanas, o Presidente brasileiro provocou instabilidade institucional ao fazer duras críticas à Justiça, que investiga o chefe de Estado por supostas irregularidades no combate à pandemia de covid-19 e por difundir notícias falsas sobre a transparência e fiabilidade do sistema eleitoral brasileiro.

No sábado, Bolsonaro já tinha falado numa possível “ruptura” institucional. “O Supremo Tribunal Federal não pode ser diferente do poder executivo ou legislativo. Se lá tem alguém que ousa continuar a agir fora das quatro linhas da Constituição, aquele poder tem que chamar aquela pessoa e enquadrá-la, e lembrar-lhe que ele fez um juramento de cumprir a Constituição. Se assim não ocorrer, qualquer um dos três poderes, a tendência é acontecer uma ruptura”, ameaçou, citado pela BBC Brasil.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-volta-a-ameacar-juizes-do-supremo-protestos-sao-ultimato-aos-tres-poderes-429902

 

Três mortes confirmadas em pessoas que receberam vacinas contaminadas da Moderna no Japão !

Terceiro indivíduo não sofria de perturbações de saúde graves. Autoridades de saúde pedem cautela na atribuição dos óbitos à toma das vacinas.


As autoridades de saúde japonesas anunciaram esta segunda-feira a morte de um terceiro homem a quem foi administrada uma vacina da Moderna proveniente dos lotes identificados como contaminados no país. Segundo avança o The Guardian, o indivíduo, com 49 anos, morreu um dia depois de tomar a segunda dose, a 11 de Agosto. A única complicação de saúde de que sofria era alergias.

Ainda assim, o ministério da Saúde do Japão afirmou que, à semelhança das duas outras mortes, ainda é preciso comprovar a ligação do óbito à toma da vacina.

Na semana passada, foi revelada que a substância presente nos frascos tidos como “contaminados” eram partículas de aço inoxidável, o que motivou uma rápida reação da farmacêutica norte-americana, que veio dizer que a substância não representava um risco para a segurança dos que tinham recebido a vacina e não alterava a relação risco/benefício da sua administração.

Para além do indivíduo de 49 anos, as outras duas mortes também aconteceram em indivíduos do género masculino, mas na casa dos 30 anos e sem qualquer problema de saúde identificado — ambas após a administração de segundas doses.

Segundo o jornal britânico, as partículas encontradas deverão ser provenientes de fragmentos de borrachas usadas nas rolhas dos francos onde é armazenado o líquido das vacinas. O contacto terá acontecido devido à inserção de agulhas. Alguns dos frascos contaminados foram encontrados nas cidades japonesas de Okinawa, Gunma e Kanagawa, entre o final de agosto e o início de setembro.

Ainda de acordo com as autoridades locais, mais de 500 mil pessoas receberam vacinas provenientes dos três lotes cuja composição foi dada como adulterada. No Japão, a vasta maioria das vacinas administradas foram produzidas pela Pfizer.

https://zap.aeiou.pt/tres-mortes-confirmadas-em-pessoas-que-receberam-vacinas-contaminadas-da-moderna-no-japao-429760

 

Tensão no Brasil - Apoiantes de Bolsonaro derrubam barreira policial ao Congresso em Brasília !

A tensão está a aumentar no Brasil depois dos apoiantes de Bolsonaro terem derrubado as barreiras policiais no centro de Brasília, nas marchas marcadas para o Dia da Independência. O Presidente assinou também uma medida provisória que dificulta a remoção de conteúdos falsos das redes sociais.


As marchas dos apoiantes de Jair Bolsonaro que estão marcadas para esta terça-feira, dia em que se assinala o Dia da Independência no Brasil, um pouco por todo o país já estão a causar preocupações.

Segundo as imagens recolhidas pela Folha de São Paulo, o trânsito no centro de Brasília, perto da Esplanada dos Ministérios, já estava fechado desde domingo à noite. No entanto, a pressão dos manifestantes nas últimas horas obrigou a que a polícia tivesse de afastar as barreiras e permitir que os automóveis e veículos pesados conduzidos por centenas de apoiantes de Jair Bolsonaro chegassem mais perto do edifício do Supremo Tribunal Federal.

Vários vídeos têm sido difundidos pelas redes sociais e mostram os veículos a chegar perto da Esplanada dos Ministérios e os apoiantes do Presidente a remover as barreiras. “O povo toma conta”, gritou um dos manifestantes.

Recorde-se que o contingente policial no Congresso já tinha sido reforçado para 5.000 agentes, devido aos receios de que as marchas acabassem em violência ou que até se tornassem numa insurreição semelhante à de Janeiro nos Estados Unidos. Bolsonaristas de todo o Brasil prometeram ir em massa até à capital para mostrar o apoio ao Presidente.

Apesar do aumento da tensão, a polícia garante que continua no local “para restabelecer a situação”. As manifestações foram incentivadas por Bolsonaro numa altura em que vive grandes tensões com o Supremo Tribunal e o Congresso, especialmente depois deste último não ter aprovado a proposta que iria instituir o voto impresso no país.

Jair Bolsonaro respondeu presidindo a um desfile militar em frente à Câmara dos Deputados, depois de ter semeado dúvidas e espalhado informações falsas nas últimas semanas sobre a transparência do sistema eleitoral brasileiro, admitindo tentar adiar as eleições presidenciais do próximo ano. A maioria das sondagens apontam para uma derrota do actual Presidente frente a Lula da Silva.

Sobre os protestos, Bolsonaro chegou a descrevê-los na passada sexta-feira como um “ultimato” para dois membros do Supremo Tribunal Federal – Alexandre de Moraes, que dirige as investigações contra o Presidente, e Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que está a averiguar os ataques do Presidente ao voto electrónico.

Já no sábado, Jair Bolsonaro falou numa possível “ruptura” institucional. “O Supremo Tribunal Federal não pode ser diferente do poder executivo ou legislativo. Se lá tem alguém que ousa continuar agindo fora das quatro linhas da Constituição, aquele poder tem que chamar aquela pessoa e enquadrá-la, e lembrar-lhe que ele fez um juramento de cumprir a Constituição. Se assim não ocorrer, qualquer um dos três poderes, a tendência é acontecer uma ruptura”, ameaçou, citado pela BBC Brasil.

Segundo dois relatórios do Pegabot – projecto do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio) – estão a ser usados bots no Twitter para difundir e incentivar as marchas, escreve o Público.

As conclusões revelam que o número de contas automáticas que publica hashtags em apoio aos protestos cresceu 14% com a aproximação do dia 7 de Setembro. Foram identificadas quase 2.300 contas com alta probabilidade de serem bots entre 12 e 20 de Agosto e esse número subiu para 2.621 entre 22 e 30 de Agosto.

Os perfis automáticos defenderam as marchas em 81 mil publicações, o que equivale a perto de uma em cada quatro publicações. Muitas das contas difundiram também conteúdos falsos – um perfil com 99% de probabilidade de ser um bot publicou um vídeo onde polícias festejam e cantam juntos alegando que se estavam a preparar para as marchas, mas na verdade a gravação foi feita durante a formatura de novos soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Os grupos de apoiantes de Bolsonaro no Telegram também se tornaram terreno fértil para fake news, com a difusão de vídeos, fotos e textos que anunciam possíveis bloqueios nas redes sociais, paralisações de camionistas ou movimentos do exército durante os protestos.

Uma dessas comunidades é o SUPER GRUPO B-38 OFICIAL, avança a BBC Brasil. O grupo tem mais de 35 mil membros e declara-se “O MAIOR GRUPO DE APOIO A BOLSONARO NO BRASIL!!!”. Por lá, circulam desde a última semana vídeos de movimentações de tropas com comentários a sugerir que as Forças Armadas estão a preparar alguma coisa para dia 7 de Setembro.

Parte dos próprios utilizadores alertam que as mensagens são falsas, e reconhecem que estão fora de contexto ou que são de imagens antigas, enquanto outros acreditam na veracidade dos conteúdos.

Nova lei dificulta remoção de conteúdos falsos

O Presidente do Brasil assinou também na segunda-feira uma nova lei provisória que estabelece regras para uso e moderação de redes sociais e que limita a eliminação de conteúdos publicados, o que dificulta a acção das plataformas na remoção de mentiras.

O texto argumenta que é precisa uma “justa causa” e “motivação” nos casos de “cancelamento ou suspensão de funcionalidades de contas ou perfis mantidos pelos utilizadores de redes sociais”. As plataformas só poderão apagar conteúdos no caso de serem disseminados por contas falsas, bots, contas que ofereçam produtos falsificados ou por determinação judicial, avança o Público.

Os conteúdos devem também ser restituídos e as contas devem ser restabelecidas no caso de “moderação indevida”. Cabe ao utilizador fazer valer o direito ao “contraditório, ampla defesa e recurso”.

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) do Brasil defende que Bolsonaro está a reforçar “direitos e garantias dos utilizadores da rede e combate a remoção arbitrária e imotivada de contas, perfis e conteúdos por provedores”.

No entanto, a medida motivou críticas do deputado Alessandro Molon, que foi relator do Marco Civil da Internet em 2014. No Twitter, Molon acusou Bolsonaro de querer beneficiar com a lei nas vésperas das marchas. O deputado afirmou também que vai lutar para que a proposta seja considerada inconstitucional.

No Brasil, projectos provisórios são editadas pelo Presidente e têm força de lei por um período até 120 dias, mas é necessária a aprovação do Congresso Nacional para se tornarem leis em definitivo.

https://zap.aeiou.pt/tensao-no-brasil-apoiantes-de-bolsonaro-429736

 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

“Geração perdida” - Educação em risco de colapso em um quarto dos países do mundo, alerta estudo !

A educação de centenas de milhões de crianças está em risco de colapso devido a uma série de ameaças, incluindo a pandemia de covid-19 e a crise climática, revelou um relatório divulgado esta segunda-feira.


A Organização das Nações Unidas (ONU), citada pelo Guardian, estima que, pela primeira vez na história, cerca de 1,5 mil milhões de crianças estiveram fora da escola durante a pandemia, com pelo menos um terço incapaz de aceder ao ensino à distância.

O relatório da Save the Children, esta segunda-feira publicado, revelou que os sistemas escolares de um quarto dos países do mundo – a maioria na África Subsaariana – correm alto extremo ou extremo de colapso. Há oito países nesta última categoria, incluindo a República Democrática do Congo, a Nigéria, a Somália e o Afeganistão.

Na análise verificou-se a vulnerabilidade dos sistemas escolares como resultado de uma série de fatores – cobertura de vacinação contra o coronavírus, crise climática e ataques físicos, entre outros -, constatando que 40 países – como Iémen, Burkina Faso, Índia, Filipinas e Bangladesh – têm um alto risco de colapso.

“Já sabemos que as crianças mais pobres são as que mais sofreram com o encerramento das escolas por causa da covid-19. Infelizmente, a covid-19 é apenas um dos fatores que colocam a educação – e a vida das crianças, hoje e amanhã – sob ameaça”, disse Gwen Hines, diretora executiva da Save the Children no Reino Unido.

“Precisamos aprender com essa experiência terrível e agir agora (…) Precisamos construir ‘para a frente’ e de forma diferente, usando isso como uma oportunidade de esperança e mudança positiva”, continuou.

Segundo a Unicef, devido à covid-19, mais de 100 milhões de crianças permanecem fora das salas de aula, em 16 países. Entre 10 e 16 milhões correm o risco de não voltar à escola. O diretor global de educação da organização, Rob Jenkins, disse que mesmo antes da pandemia, grande parte do mundo vivia uma crise de aprendizagem.

“Agora corremos o risco de perder uma geração de alunos”, com “implicações para a vida toda, a menos que avancemos para programas de recuperação que ofereçam apoio total e abrangente às crianças – não apenas para o seu aprendizado, mas também para a sua saúde mental, suporte nutricional” e “proteção”, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/estudo-educacao-colapso-paises-mundo-429534

 

Mais de 200 publicações médicas pedem medidas urgentes contra a crise climática !

Mais de 200 revistas médicas e científicas de todo o mundo publicaram, esta segunda-feira, num editorial conjunto, um apelo aos líderes internacionais para que tomem medidas urgentes para combater a crise climática.


O texto pede aos decisores políticos que acelerem uma transformação das sociedades para padrões de desenvolvimento mais sustentáveis que possam restaurar a biodiversidade, limitar o aumento da temperatura e proteger a saúde.

Os autores esperam que a mensagem seja ouvida na próxima Assembleia-geral da ONU, que terá início a 21 de setembro, a última grande reunião global antes da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia, em novembro.

De acordo com o editorial de mais de 220 publicações, este é um momento crucial para o planeta porque, embora a pandemia da covid-19 esteja agora a monopolizar esforços e recursos, a maior ameaça para a saúde pública mundial no futuro é a incapacidade de cumprir a meta estabelecida no Acordo de Paris pelos líderes mundiais, ou seja, limitar o aumento da temperatura a 1,5º Celsius.

A carta congratula-se com os progressos alcançados na redução das emissões de gases com efeito de estufa e na implementação de políticas de conservação, mas salienta que estas são insuficientes, uma vez que devem ser acompanhadas de planos credíveis a curto e longo prazo.

“A ação urgente sobre o clima e a crise natural não pode esperar pela pandemia”, de acordo uma declaração divulgada pela UK Health Alliance for Climate Change (Aliança Britânica para as Alterações Climáticas, UKHACC), organismo que coordenou a publicação conjunta do editorial.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, concordou que os riscos colocados pelo aumento da temperatura global induzido pelo homem podem “diminuir os colocados por qualquer doença”.

“A pandemia da covid-19 vai acabar, mas não há vacina para as alterações climáticas. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) mostra que cada pequeno aumento de temperatura coloca a nossa saúde e o nosso futuro em risco. Do mesmo modo, cada medida que limita as emissões e o aquecimento aproxima-nos de um futuro mais seguro e saudável”, disse Ghebreyesus, na declaração do UKHACC.

O editorial argumenta que a cooperação global só será possível se os países mais ricos fizerem mais esforços “para reduzir o consumo e apoiar o resto do mundo“, aumentando ao mesmo tempo a contribuição financeira para a causa, de acordo com o compromisso de contribuir com 100 mil milhões de dólares (84 milhões de euros) por ano.

Este dinheiro, diz o texto, devia ter a forma de subvenções e não de empréstimos, e ser acompanhado pela anulação de dívidas maiores, o que limita a capacidade de ação dos países mais pobres.

“Embora os países de rendimentos baixos e médios tenham historicamente contribuído menos para as alterações climáticas, suportam os efeitos adversos de forma desproporcionada, incluindo na saúde”, indicou o diretor do East Africa Medical Journal, Lukoye Atwoli, e um dos 19 coautores do editorial.

A diretora do British Medical Journal, Fiona Godlee, também disse acreditar que “2021 deve ser o ano em que o mundo muda de rumo” porque “a saúde depende disso”.

“Os profissionais de saúde têm estado na vanguarda da crise da covid-19. E estão unidos na advertência de que exceder 1,5ºC e permitir a destruição contínua da natureza trará a próxima crise, uma crise muito mais letal“, disse.

Esta urgência é, ao mesmo tempo, uma das “maiores oportunidades” que a Humanidade tem “para promover o bem-estar das pessoas em todo o mundo”, acrescentou o diretor da revista Lancet, Richard Horton.

“A comunidade da saúde deve fazer mais para levantar a sua voz crítica e responsabilizar os líderes políticos pelas suas ações para manter a temperatura global abaixo dos 1,5ºC”, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/publicacoes-medicas-medidas-urgentes-crise-climatica-429694

 

Obra inacabada de Beethoven foi finalizada graças à Inteligência Artificial !

A inacabada décima sinfonia de Beethoven foi finalizada, com base em algumas das notas que o compositor alemão deixou antes de morrer e com ajuda de Inteligência Artificial.


Na semana passada, numa sala de concertos em Lausanne, na Suíça, um grupo de pessoas pôde ouvir, pela primeira vez, como teria sido a inacabada décima sinfonia do emblemático compositor alemão Ludwig van Beethoven.

De acordo com a agência France-Presse, a obra foi inspirada em algumas notas que o compositor deixou antes de morrer, em 1827, e foi finalizada, em apenas algumas horas, com a ajuda de um programa de inteligência artificial ANN (Rede Neural Artificial).

A partitura final, apelidada de BeethovANN Symphony 10.1 e com cerca de cinco minutos de duração, foi feita através de um único clique, pouco antes do concerto da orquestra Nexus.

A atuação teve a supervisão de Florian Colombo, designer de programas informáticos que dedicou vários anos da sua vida a ensinar um ANN a compor, seguindo o estilo deste génio musical.

“Esta é uma experiência emocionante para mim”, disse Colombo, que também é violoncelista, enquanto a música enchia aquela sala de espetáculos suíça. “Há um toque de Beethoven, mas, na verdade, é a BeethovANN. Algo novo para descobrir”, acrescentou.

Guillaume Berney, o maestro que conduziu o espetáculo, concordou. “Funciona. Existem algumas partes muito boas e outras que estão um pouco fora do estilo, mas é bom de se ouvir”, disse, reconhecendo que “talvez falte aquela centelha do génio”.

“A ideia é poder pressionar um botão para produzir uma partitura completa para toda a orquestra sinfónica, sem outras intervenções”, explicou Colombo, investigador na Escola Politécnica Federal de Lausanne.


 https://zap.aeiou.pt/obra-inacabada-beethoven-finalizada-ia-429705

 

Assassino resolve antigo problema matemático na cadeia !

Um prisioneiro norte-americano, condenado por homicídio, resolveu um problema matemático que estava há mais de dois milénios sem solução.


O norte-americano Christopher Havens, de 40 anos, resolveu um problema equacionado pela primeira vez pelo matemático grego Euclides há mais de dois milénios. Desde então que o problema vinha a intrigar grandes mentes, que não conseguiam encontrar solução para ele.

A descoberta deu-se no sítio mais inesperado: numa prisão perto de Seattle, em Washington. É lá que Havens está encarcerado há nove anos. Dentro da sua cela e na biblioteca da prisão, Havens conseguiu desvendar o problema aritmético, escreve o Ancient-Origins.

À esquerda, Havens após ser detido por homicídio. À direita, a sua aparência atualmente.

A vida de Havens começou a descarrilar após sair da escola e tornar-se toxicodependente. Está agora a cumprir uma pena de 25 anos por homicídio. O norte-americano é um autodidata, tendo aprendido os fundamentos da matemática avançada já atrás das grades.

Havens conseguiu fechar um acordo com os guardas: ele tinha acesso a livros avançados de matemática e, em contrapartida, dava aulas de aritmética básica aos restantes prisioneiros.

Havens conseguiu despertar o interesse dos outros prisioneiros na matemática e, desde então, tem vindo a partilhar os seus conhecimentos com os restantes enclausurados.

Numa carta enviada a uma editora de livros matemáticos contou que os números e a matemática eram as suas ferramentas de recuperação, mas que não tinha ninguém com quem discutir as suas complexas ideias matemáticas. Foi assim que encontro a ajuda do professor italiano Umberto Cerruti.

Para provar as habilidades do prisioneiro, Cerruti enviou-lhe um problema matemático para resolver. Em resposta, Havens logo enviou um “pedaço de papel de 120 centímetros com uma fórmula incrivelmente longa escrita nele”.

Foi então que Cerruti subiu a parada e convidou o assassino a examinar “um antigo problema matemático”. Havens conseguiu aquilo que estava fora do alcance dos computadores e de grandes matemáticos, usando apenas papel e caneta.

Havens resolveu a antiga teoria dos números e o problema das “frações contínuas”.

Em janeiro de 2020, o professor e o prisioneiro publicaram as descobertas apresentando uma solução para o antigo problema matemático. Hoje, a teoria é usada na criptografia militar, bancária e financeira.


 https://zap.aeiou.pt/assassino-resolve-antigo-problema-matematico-na-cadeia-429649

 

Morreu Jean-Paul Belmondo, um dos grandes ícones do cinema francês !

O ator francês, um dos mais consagrados do cinema, morreu esta segunda-feira, aos 88 anos, em Paris, disse o seu advogado à agência France-Presse.

“Ele estava cansado há algum tempo. Morreu tranquilamente”, precisou o advogado de Jean-Paul Belmondo, em declarações à AFP.

O ator francês foi um dos símbolos da chamada “Nouvelle Vague”, tendo sido um dos grandes nomes do cinema europeu nas décadas de 60 e 70.

O ator, a quem chamavam ‘Bébel’, participou em cerca de 80 filmes e interpretou papéis inesquecíveis em filmes como “O Acossado”, de Jean-Luc Godard, no início da carreira, e “O Irresistível Aventureiro”, de Georges Lautner, na década de 80.

Jean-Paul Belmondo nasceu no dia 9 de abril de 1933, em Neuilly-sur-Seine, um subúrbio rico de Paris. A mãe era dançarina e o pai era um famoso escultor. Artistas e escritores conhecidos, como Albert Camus, eram presença habitual na sua casa, conta a alemã Deutsche Welle.

Em 2010, Belmondo foi homenageado pela Los Angeles Film Critics Association pela sua carreira profissional. Um ano depois, recebeu a Palma de Ouro honorária, em Cannes. Em 2016, o festival de Veneza também fez o seu tributo, entregando-lhe o prémio Leone d’oro, e em 2017 foi agraciado com um prémio César, em Paris. Em 2019, foi reconhecido com a Ordem Nacional da Legião de Honra, a maior ordem de mérito francesa.

https://zap.aeiou.pt/morreu-jean-paul-belmondo-429638

 

Líder da oposição bielorrussa condenada a 11 anos de prisão !

Um tribunal bielorrusso condenou a líder da oposição Maria Kalesnikava a 11 anos de prisão, punindo assim um dos mais proeminentes oponentes do Presidente do país, Alexander Lukashenko.


Kalesnikava, líder do conselho de coordenação da oposição, é uma das três mulheres que se uniram em 2020 para comandar uma revolta na qual dezenas de milhares de bielorrussos saíram às ruas, nos maiores protestos da história moderna do país, lembrou esta segunda-feira o Guardian.

Detida em setembro e levada para a fronteira, foi instruída a deixar o país. Em vez disso, terá rasgado o passaporte. Foi acusada de conspiração para tomar o poder, por supostamente apelar a ações contra a segurança nacional através da media e da Internet.

Na mesma audiência, o advogado Maxim Znak, outro membro da liderança do conselho da oposição, foi condenado a 10 anos de prisão por acusações semelhantes.

“Exigimos a libertação imediata de Maria e Maksim, que não são culpados de nada”, escreveu Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição que concorreu à presidência contra Lukashenko. Atualmente mora na Letónia e, caso retorne à Bielorrússia, será detida.

Kalesnikava e Znak foram membros da campanha presidencial de Viktar Babaryka, um ex-banqueiro que desafiou Lukashenko nas eleições de 2020. Este foi condenado a 14 anos de prisão em julho sob a acusação de aceitação de suborno e lavagem de dinheiro.

Nos últimos meses, Lukashenko tem punido os oponentes ao regime. Centenas de pessoas foram presas na Bielorrússia, incluindo políticos da oposição, advogados, jornalistas e outros membros da sociedade civil, enquanto dezenas de ONG’s foram encerradas.

https://zap.aeiou.pt/lider-da-oposicao-bielorrussa-condenada-a-11-anos-de-prisao-429599

 

Golpe de Estado na Guiné-Conacri - Forças especiais dizem ter capturado o Presidente !

O líder dos golpistas na Guiné-Conacri prometeu, esta segunda-feira, criar um “governo de unidade nacional” para liderar um período de “transição” política e assegurou que não haverá “caça às bruxas” contra o antigo Governo.


Será aberta uma consulta para descrever as grandes linhas da transição, depois será instituído um governo de unidade nacional para liderar a transição”, disse o tenente-coronel Mamady Doumbouya num discurso, sem especificar a duração da consulta ou da transição.

Doumbouya transmitiu ainda uma mensagem aos parceiros e investigadores estrangeiros de que os novos líderes da Guiné-Conacri iriam manter os seus compromissos e pediu às empresas mineiras que continuassem as suas atividades, neste país que é um importante produtor de bauxite e minério.

O comité criado pelos golpistas assegura “parceiros económicos e financeiros da continuação normal das atividades no país”, disse Doumbouya num discurso, acrescentando que garante “aos parceiros que respeitará todas as suas obrigações”.

Os golpistas capturaram o Presidente Alpha Condé, no domingo, e dissolveram as instituições de Estado do país. Foi instituído um recolher obrigatório noturno e a Constituição do país e a Assembleia Nacional foram ambas dissolvidas.

A junta militar recusou-se a revelar quando pretende libertar Condé, mas assegurou que o Presidente deposto, com 83 anos, tem acesso a cuidados médicos e aos seus médicos.

Imagens de Condé num vídeo divulgado pelos golpistas mostram-no calmo, em calças de ganga e camisa, sentado num sofá. Os golpistas asseguraram que se encontra de boa saúde e está a ser “bem tratado”.

A CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da África Ocidental) apelou à libertação imediata de Alpha Condé e ameaçou impor sanções, se esta exigência não vier a ser satisfeita.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também já condenou “qualquer tomada de poder pela força das armas” e pediu a “libertação imediata” do chefe de Estado.

Portugueses no país estão bem

O embaixador de Portugal no Senegal, Vítor Sereno, disse, este domingo, estar a acompanhar “atentamente a evolução dos acontecimentos” na Guiné-Conacri, adiantando que os portugueses no país estão bem.

“A comunidade está tranquila e a gerir a situação”, disse à agência Lusa, chefe da missão diplomática de Portugal no Senegal, mas que está acreditado também para a Guiné-Conacri.

De acordo com o diplomata, na Guiné-Conacri vivem entre 50 a 60 portugueses, a grande maioria dos quais trabalha para a construtora Mota Engil.

A monitorização da situação dos portugueses está a ser feita em coordenação com restantes países da UE com representação diplomática no país e em “permanente articulação” com o representante especial da embaixada “no terreno”, segundo informou.

A Guiné-Conacri, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau e é um dos mais pobres do mundo e enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.

A candidatura do Presidente a um terceiro mandato, considerado inconstitucional pela oposição, a 18 de outubro de 2020, gerou meses de tensão que resultou em dezenas de mortes. A eleição foi precedida e seguida da detenção de dezenas de opositores.

Vários defensores dos direitos humanos criticam a tendência autoritária observada durante os últimos anos na presidência de Condé e questionam as conquistas do início da sua governação.

Condé, um ex-opositor histórico, preso e até condenado à morte, tornou-se, em 2010, no primeiro Presidente eleito democraticamente no país.

https://zap.aeiou.pt/golpe-de-estado-guine-conacri-429604

 

Estes países estão a levantar restrições - Vão “aprender a conviver com a covid-19” !

Se há países que, face aos níveis mais elevados de população vacinada, optam por baixar a guarda, outros alteram as estratégias que seguiram ao longo dos últimos 18 meses perante o cansaço da população.


Com o ritmo de vacinação a acelerar a passos largos em muitos países — sobretudo nos mais desenvolvidos —, está a tornar-se recorrente, por parte dos governos, o levantamento das medidas de restrição que ao longo do último ano e meio vigoraram, com o objetivo de limitar a propagação do novo coronavírus.

Crentes na ideia de que este veio para ficar, os governantes são da opinião de que as populações devem conviver abertamente com o SARS-CoV-2.

Na Dinamarca, o governo anunciou que o dia 9 de setembro será o último com regras sanitárias, três semanas antes do que estava inicialmente previsto.

“A pandemia está sob controlo. Temos taxas recorde de vacinação. Por isso, podemos eliminar algumas regras que tivemos que adotar para combater o novo coronavírus. O Governo prometeu manter as restrições somente pelo tempo necessário”, anunciou Magnus Heunicke, ministro da Saúde dinamarquês, que adiantou ainda que não hesitará em recuar, caso alguma das medidas se volte a mostrar necessária.

“O país não saiu da pandemia e o Governo não hesitará em agir rapidamente se o vírus ameaçar “funções importantes da sociedade”, revelou Heunicke, citado pelo Eco, que compilou os presentes dados.

Segundo os números do Our World Data, a Dinamarca é atualmente o terceiro país da União Europeia com maior taxa de vacinação, tendo 71% da população vacinada contra a covid-19.

Inglaterra — que já vacinou totalmente 62% da sua população — levantou a maioria das restrições na segunda quinzena de julho, uma medida vista por muitos como precoce.

“A covid-19 fará parte das nossas vidas nos tempos mais próximos. Por isso, precisamos de aprender a viver com isso e a gerir o risco, para nós e em relação aos outros”, explicou o Governo de Boris Johnson.

Entre as medidas que caíram estão a obrigatoriedade do uso de máscara — que passaram a ser apenas recomendadas em alguns locais, como nos transportes —, o encerramento das discotecas, os cinemas e teatros com lotações limitadas e o distanciamento social também obrigatório.

A vizinha Irlanda também se está a preparar para acabar com as restrições até 22 de outubro, sendo que para tal é necessário que 90% da população esteja completamente vacinada — um critério estabelecido pelo Governo.

A forma como o aligeirar de restrições vai ser introduzido será discutida esta semana, com as datas de 6 e 20 a serem apontadas como a flexibilização das restrições.

Michael McGrath, ministro da Reforma e Despesa Pública, confirmou na passada segunda-feira que as medidas deverão começar a desacelerar já esta semana, com o processo a decorrer de forma progressiva — “ao longo de várias semanas” — até outubro.

O ministro da Saúde, Stephen Donnelly, por sua vez, admitiu que “gostariam de levantar todas as restrições o mais rápido possível”, apesar de admitir que algumas medidas, como o uso de máscara em “ambientes de alto risco”, terão de ser mantidas durante mais algum tempo, mesmo quando as restrições forem suspensas.

A Austrália, que ao longo dos últimos meses tem tido das políticas de controlo à propagação ao novo coronavírus mais restritivas, deverá estar prestes a alterar a trajetória e a levantar restrições.

As autoridade do país chegaram à conclusão que a população “tem que aprender a conviver com o vírus“. Nos planos está a aceleração do processo de vacinação — que tem números atuais muito baixos — e apostar no uso de máscara.

A Austrália só deverá alcançar a meta de 70% da população com 16 anos ou mais totalmente vacinada no final do ano.

Em declarações à agência Reuters, Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, afirmou que o objetivo “é aprender a viver com este vírus e não viver com medo dele”. O governante explicou que quer o país a tratar a covid-19 como trata a gripe — à medida que as taxas de vacinação aumentam.

https://zap.aeiou.pt/paises-levantar-restricoes-aprender-429473

 

“Ameaça iminente às instituições democráticas”: Marchas de apoio a Bolsonaro lançam medo de insurreição !

O Dia da Independência do Brasil assinala-se hoje e há marchas de apoio a Bolsonaro um pouco por todo o país. Líderes estrangeiros e políticos dentro do próprio Brasil receiam uma possível insurreição semelhante à de Janeiro nos Estados Unidos.


Dia 7 de Setembro assinala a independência do Brasil de Portugal, mas as comemorações este ano vão ser diferentes, com as marchas convocadas por apoiantes de Jair Bolsonaro um pouco por todo o país.

Sinop, no estado do Mato Grosso, é uma das das cidades que vai receber as marchas marcadas para esta terça-feira e não é difícil encontrar por lá apoiantes do Presidente brasileiro – quase 80% dos eleitores das presidenciais de 2018 votaram em Bolsonaro, escreve o The Guardian.

Ele é o Presidente do povo“, afirmou Marcos Watanabe, presidente da associação conservadora de Sinop, ao jornal inglês. Já Redivo, outro apoiante, promete que “vai ser a maior demonstração que o Brasil já viu” e que pelo menos 20 autocarros com Bolsonaristas vão sair de Cuiabá, capital do Mato Grosso, em direcção a Brasília.

As marchas de apoio estão a gerar apreensão e receio entre a oposição e as forças de segurança, que acreditam que os protestos podem acabar em violência ou numa insurreição contra o governo, tal como a que aconteceu nos Estados Unidos a 6 de Janeiro, quando os apoiantes de Donald Trump invadiram o Capitólio para tentarem impedir o Congresso de reconhecer Joe Biden como o novo Presidente do país.

Jair Bolsonaro já se mostrou adepto de Donald Trump, tendo elogiado o seu “belíssimo e corajoso” discurso contra o “fascismo de extrema-esquerda” a 4 de Julho de 2020, data que assinala a independência americana.

O líder brasileiro também já tinha congratulado a política externa de Trump e a sua “determinação de seguir trabalhando, junto com o Brasil e outros países, para restaurar a democracia na Venezuela”.

À semelhança de Trump, Bolsonaro defende também que o voto electrónico leva à fraude eleitoral, tendo mesmo chegado a acusar membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participarem numa conspiração para mudar os resultados das eleições presidenciais.

Perante a rejeição da Câmara dos Deputados de um projecto de lei que pretendia instituir o voto impresso no país, Bolsonaro presidiu a um desfile militar de cerca de 40 carros blindados, tanques, camiões e jipes da marinha no Palácio do Planalto, sede do Executivo, do Congresso brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro também já se confessou admirador da ditadura militar brasileira, tendo afirmado que “quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas” e que o governo era “um pouco diferente do que temos hoje, mas de muita responsabilidade com o futuro do país”.

O desgaste do país com a gestão de Bolsonaro da pandemia também não traz bons agoiros. O Presidente brasileiro começou por desvalorizar a covid-19, referindo-se à doença como uma “gripezinha” ou quando, poucos dias depois, disse não ser “coveiro” em resposta a questões sobre as cerca de 2.575 mortes no Brasil na altura. Esse número já chegou agora a mais de 580 mil pessoas.

Uma sondagem da Datafolha de Março mostrou que 54% dos inquiridos consideram má ou péssima a gestão de Bolsonaro no combate à pandemia e que apenas 22% fizeram uma avaliação positiva. Já outra sondagem do site PoderData aponta que a aprovação do governo de Bolsonaro é de apenas 27% e que o trabalho do Presidente é rejeitado por 55% dos inquiridos.

As últimas sondagens para as presidenciais do próximo ano também não têm sido favoráveis ao Presidente brasileiro. Um inquérito de Junho do IPEC, citado no jornal O Estado de São Paulo, mostra que o ex-Presidente de esquerda, Lula da Silva, tem 49% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro não passa dos 23%, o que abre a porta a uma possível derrota do actual líder logo na primeira volta.

Uma outra sondagem do Instituto Datafolha mostra que numa possível segunda volta, Lula venceria com 58% dos votos, contra 31% de Bolsonaro, escreve a Folha de São Paulo. Outro inquérito do Datafolha tinha também concluído que Lula, com 35% das intenções de voto contra 34% de Bolsonaro, era mais popular entre os evangélicos, que é uma das bases de apoio mais importantes do actual Presidente.

Cinco mil polícias a proteger o Congresso

A divisão na população; as suspeitas de corrupção com compras de imóveis ou com o negócio da vacina Covaxin; o caso da divulgação de dados confidenciais da Polícia Federal, a saída de muitos dos seus aliados iniciais do governo, como Sérgio Moro, Gustavo Bebianno ou Joice Hasselmann; a inspiração em Donald Trump – tudo isto está a gerar um clima tenso e receios de uma possível tentativa de golpe de estado.

Mais de 5.000 polícias vão ser chamados para proteger o Congresso, os líderes esquerdistas aconselharam os seus apoiantes a não criar contra-manifestações e a embaixada norte-americana alertou os cidadãos residentes no país para que não se envolvessem, escreve o The Guardian. Haverá também monitorização por parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

O principal juiz do Supremo Tribunal, Luiz Fux, também já avisou que as pessoas têm de ter consciência “das consequências judiciais dos seus actos” e que a “liberdade de expressão não abrange violência e ameaças”.

Vários líderes políticos ou intelectuais de 26 países – incluindo José Luis Rodriguez Zapatero, Ernesto Samper, Noam Chomsky, Cornel West, Adolfo Pérez Esquivel, Yanis Varoufakis, Jeremy Corbyn, Jean Luc Melanchon e vários congressistas e deputados de países como os EUA, a Grécia ou a Austrália – escreveram também uma carta mostrando-se preocupados com a situação no Brasil.

O texto lembra também as ameaças do Presidente de adiar as eleições de 2022 e que a 10 de Agosto “dirigiu um desfile militar sem precedentes pela capital, Brasília, enquanto seus aliados no Congresso promoviam reformas radicais no sistema eleitoral do país, considerado um dos mais confiáveis do mundo”.

“Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil – e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois de 7 de Setembro. O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a Democracia de um regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-la agora”, remata o documento, citado pela Folha.

https://zap.aeiou.pt/apoio-bolsonaro-geram-medo-429456

 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Racismo dissimulado - Algoritmo do Facebook rotulou homens negros como “primatas” !

Um software da rede social Facebook foi desativado, depois de ter identificado um vídeo com pessoas negras com o tópico “primatas”. A empresa pediu desculpa e vai analisar o sucedido, naquele que é mais um episódio de erro de programação relacionado com o reconhecimento facial de pessoas não brancas.


Um porta-voz do Facebook reconheceu que se tratou de “um erro claramente inaceitável” e disse que o software de recomendação envolvido foi retirado da rede social. “Pedimos desculpa a todos aqueles que possam ter visto estas recomendações ofensivas”, disse o Facebook em resposta a uma pergunta da AFP.

Desativámos toda a funcionalidade de recomendação de tópicos assim que nos apercebemos que isto estava a acontecer para podermos investigar a causa e evitar que isto volte a acontecer”. Vários softwares de reconhecimento facial têm sido muito criticados por defensores dos direitos civis, que apontam problemas de exatidão, particularmente no que diz respeito a pessoas que não são brancas.

Este caso foi espoletado por um vídeo de tabloide britânico Daily Mail com homens negros, onde era mostrada uma mensagem automática a perguntar se o utilizador gostaria de “continuar a ver vídeos sobre Primatas”. O vídeo de junho de 2020 em questão tinha o título “Homem branco chama polícias devido a homens negros na marina”.

Uma captura de ecrã da recomendação foi partilhada no Twitter pelo antigo gestor de design de conteúdos do Facebook Darci Groves. “Esta mensagem de ‘continuar a ver’ é inaceitável”, disse Groves, apontando a mensagem a antigos colegas no Facebook.

https://zap.aeiou.pt/facebook-homens-negros-primatas-429424

 

China prevê investir 17,7 biliões de euros para atingir a neutralidade carbónica em 2060 !

Este valor foi avançado hoje pelo vice-presidente do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional, Zhang Shaogang, durante a Feira Internacional do Comércio e Serviços da China, segundo a televisão estatal CCTV.


Segundo Zhang, 90% das emissões nacionais de carbono são provenientes de setores-chave como a indústria, energia, construção e transportes, motivo pelo qual a China necessitará de fazer “a maior diminuição de emissões da história mundial”.

No entanto, o responsável destacou que se trata de um objetivo difícil, uma vez que “60% das tecnologias que apoiam a neutralidade carbónica ainda se encontram numa fase conceptual”, o que requer um grande investimento e apoio à investigação.

Zhang está mais otimista com as metas ambientais fixadas por Pequim, a de atingir o seu pico nas emissões de carbono antes de 2030.

Essas metas, anunciadas em setembro de 2020 pelo Presidente chinês Xi Jinping, foram recebidas com relativo entusiasmo pela comunidade internacional, já que a China é o país responsável pela maior quantidade de emissões de dióxido de carbono no mundo (27% do total global em 2017, de acordo com o Global Carbon Atlas).

Organizações ambientais como a Greenpeace pediram ao Governo chinês uma maior fiscalização dos projetos de energia a carvão – cerca de 60% da eletricidade nacional vem dessa fonte – aprovados por algumas autoridades provinciais do país.

https://zap.aeiou.pt/china-neutralidade-carbonica-2060-429433

 

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