Um tribunal bielorrusso condenou a líder da oposição Maria Kalesnikava a 11 anos de prisão, punindo assim um dos mais proeminentes oponentes do Presidente do país, Alexander Lukashenko.
Kalesnikava, líder do conselho de coordenação da oposição, é uma das três mulheres que se uniram em 2020 para comandar uma revolta na qual dezenas de milhares de bielorrussos saíram às ruas, nos maiores protestos da história moderna do país, lembrou esta segunda-feira o Guardian.
Detida em setembro e levada para a fronteira, foi instruída a deixar o país. Em vez disso, terá rasgado o passaporte. Foi acusada de conspiração para tomar o poder, por supostamente apelar a ações contra a segurança nacional através da media e da Internet.
Na mesma audiência, o advogado Maxim Znak, outro membro da liderança do conselho da oposição, foi condenado a 10 anos de prisão por acusações semelhantes.
Kalesnikava e Znak foram membros da campanha presidencial de Viktar Babaryka, um ex-banqueiro que desafiou Lukashenko nas eleições de 2020. Este foi condenado a 14 anos de prisão em julho sob a acusação de aceitação de suborno e lavagem de dinheiro.
Nos últimos meses, Lukashenko tem punido os oponentes ao regime. Centenas de pessoas foram presas na Bielorrússia, incluindo políticos da oposição, advogados, jornalistas e outros membros da sociedade civil, enquanto dezenas de ONG’s foram encerradas.
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