A Rússia intensificou a campanha contra o opositor do governo Alexei Navalny, abrindo esta terça-feira um novo processo judicial, que poderá levá-lo a cumprir uma pena de prisão de mais uma década.
Navalny cumpre dois anos e meio de prisão por violar a liberdade condicional, situação que afirma ter sido forjada para frustrar as suas ambições políticas. As casas dos seus aliados foram invadidas e a sua liberdade de movimento restringida, com alguns a fugir do país após as suas atividades serem consideradas extremistas, lembrou a agência Reuters.
O Kremlin tem intensificado a sua abordagem dura com os críticos e organizações que consideram uma ameaça à estabilidade do país. Neste novo processo, cujos detalhes foram partilhados pelo Comité de Investigação da Rússia, Navalny é acusado de fundar e liderar um grupo extremista, crime que lhe pode dar até uma década de prisão.
Alguns dos principais aliados de Navalny são acusados no mesmo processo, segundo o comunicado, que carateriza as suas atividades como criminosas.
“As atividades ilegais do grupo extremista visavam desacreditar as autoridades do Estado e as suas políticas, desestabilizando a situação nas regiões, criando um clima de protesto entre a população e tentando formar uma opinião pública sobre a necessidade de uma violenta mudança de poder”, bem como “organizar e realizar ações de protesto que se transformam em tumultos em massa”, refere a nota.
O Comité acusa os aliados de Navalny, muitos dos quais no estrangeiro, de continuar com as alegadas atividades ilegais mesmo após o grupo ser classificado como extremista.
Lyubov Sobol, aliada de Navalny, escreveu no Twitter que as acusações são “absurdas”. “Os crimes dos meus colegas: participaram de eleições, investigaram a corrupção de altos funcionários e participaram de protestos pacíficos e escreveram no Twitter…”, relatou.
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