sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Microsoft encerra o LinkedIn na China devido às restrições locais !

A Microsoft informou esta quinta-feira que irá encerrar a rede profissional LinkedIn na China até ao final do ano, justificando a decisão com a existência de um “ambiente operacional difícil”, segundo a agência France-Presse (AFP).


O grupo norte-americano de informática, que detém o LinkedIn, tinha lançado o portal em fevereiro de 2014, uma versão local da sua plataforma, dedicada ao mercado chinês, com funcionalidades restritas a fim de se enquadrar nas leis de Pequim.

“Apesar de termos tido sucesso ao ajudar os membros chineses a encontrar empregos e oportunidades económicas, não tivemos tanto nos aspetos mais sociais de partilhar e mantermo-nos informados”, indicou Mohak Shroff, chefe de engenharia do LinkedIn, citado num comunicado.

O responsável destacou também a existência de um “ambiente operacional difícil e de cada vez maiores exigências em matéria de conformidade com as regras em vigor na China”.

De acordo com o Wall Street Journal, citado pela AFP, o LinkedIn recebeu uma comunicação da parte das autoridades chinesas da internet, que deu à plataforma mais 30 dias para melhor regular os seus conteúdos.

A Microsoft, que comprou o LinkedIn em 2016 por mais de 26 mil milhões de dólares (cerca de 22,4 mil milhões de euros, hoje), foi o última tecnológica norte-americana a estar presente de maneira legal e sustentável na internet chinesa.

As redes sociais Facebook e Twitter estão banidas da China desde há uma década, e a Google deixou o país em 2010.

O site da Amazon pode ser acedido a partir da China, mas a empresa do comércio eletrónico nunca conseguiu penetrar num mercado dominado por empresas locais como a Alibaba ou a JD.com.

https://zap.aeiou.pt/microsoft-encerra-linkedin-china-438166

 

Professores deixam as salas de aula para se tornarem fabricantes de caixões low-cost !

Quando a covid-19 obrigou ao encerramento das escolas no Uganda, Livingstone Musaala abriu mão do seu trabalho como professor de matemática para se dedicar à construção de caixões de valor acessível – numa altura em que estavam a morrer muitas pessoas, vítimas de covid-19, na região onde habita.


A escolha foi alvo de críticas, até mesmo da sua própria família, que o acusou de se estar a aproveitar da dramática situação na cidade de Bugobi, a cerca de 140 quilómetros a leste da capital Kampala.

Entre todas as ideias de negócios, escolhes vender caixões, como se quisesses a morte da pessoas?”, condenou um familiar, lembra o professor de matemática.

A meio da pandemia, e numa altura em que não contava com nenhum salário, Musaala teve a ideia de produzir caixões a preços consideravelmente mais baixos do que aqueles que eram vendidos pela maioria das empresas, diante da grande procura causada pela pandemia. “Não foi uma decisão fácil, mas as pessoas agora dão-me valor”, refere.

Desta forma, os vizinhos da cidade de Bugobi deixaram de ter de percorrer longas distâncias para conseguirem ter acesso a caixões a preços mais baixos quando a morte de algum familiar lhes batia à porta.

“No pico da pandemia, os negócios iam bem, vendíamos dez caixões por dia“, conta o antigo professor, que agora é carpinteiro.

O sucesso do seu negócio atraiu outros 30 professores que estavam na mesma situação. E, assim tal como Musaala, a maioria não quer voltar agora para as salas de aulas, mesmo que as escolas reabram.

Sistema escolar em perigo

Esta insatisfação na classe ameaça o sistema escolar deste país da África Oriental, já muito castigado pelas consequências económicas e sociais da pandemia.

Segundo a AFP, cerca de 15 milhões de alunos deixaram de ir à escola, após o encerramento das instituições de ensino públicas, em março de 2020.

Algumas associações temem que esta situação tenha levado a um aumento da gravidez entre adolescentes e do trabalho infantil.

Passados vários meses, e sem qualquer recurso económico, muitas escolas foram transformadas em hotéis, ou restaurantes. Outras afundam-se em dívidas, incapazes de pagar os seus empréstimos, o que torna ainda mais incerta a remuneração dos professores que possam retomar as suas atividades.

“Entre a educação e a carpintaria, fico com a carpintaria, porque pagam bem”, disse Godfrey Mutyaba, que também optou por outra via profissional, à AFP. “Adoro ensinar, mas com um salário tão baixo não voltaria”, acrescenta.

Livingstone Musaala também decidiu que não vai mais dar aulas. Embora a pandemia agora tenha acalmado no país, o antigo professor irá permanecer como carpinteiro, sendo que o seu objetivo é diversificar a sua oferta com a fabricação de móveis.

“A covid-19 ensinou-se que existe vida fora do ensino”, remata.

https://zap.aeiou.pt/professores-fabricantes-de-caixoes-438059

 

No Japão, milhares de idosos morrem sozinhos - Agora, um sistema ajuda na deteção de cadáveres nas casas !

Monitorização dos edifícios permite perceber se há movimento dos ocupantes dentro das casas. Desta forma, é mais fácil evitar que corpos em decomposição permanecem no local ao longo de muito tempo.


O Japão é um dos países do mundo com mais idosos – que geralmente vivem sozinhos e acabam por morrer sem que ninguém dê conta.

Muitas das vezes, as pessoas morrem em casa e o corpo fica em decomposição durante dias, meses, ou até anos, sem que seja levantado para posteriormente ser enterrado. Isto faz com que a casa ganhe um cheiro intenso que depois acaba por ser muito difícil de eliminar, obrigando a elevados custos de limpeza.

Por outro lado, na hora de vender o imóvel, o facto de alguém ter morrido lá pode ser um impedimento para que os interessados queriam avançar com a compra.

Ainda depois de serem devidamente limpas, estas casas ficam com o rótulo estigmatizado e não lucrativo de jiko bukken – que indica uma propriedade onde alguém morreu.

Desta forma, os proprietários são obrigados a informar os novos inquilinos de mortes anteriores no local, bem como das práticas de limpeza que ocorreram.

De acordo com a Suumo, uma conhecida empresa imobiliária japonesa, os preços das propriedades onde alguém morreu de morte natural diminuem de 10 a 20%, 30% em caso de suicídios e cerca de 50% em assassinatos e outros crimes.

Contudo, este problema pode ser minimizado.

Várias empresas japoneses estão a instalar serviços de monitorização de Inteligência Artificial (IA) e sensores de movimento que detetam movimentos – ou a falta deles – dentro das casas. A tecnologia pode indicar que os ocupantes já não se movimentam e este pode ser um sinal de alerta.

Esta é uma forma de evitar que os corpos se decomponham dentro dos lares, evitando assim um serviço de limpeza mais caro e difícil de executar, escreve o Vice.

A R65 inc., uma agência imobiliária japonesa que ajuda pessoas com 65 anos, ou mais, a encontrar casas, oferece esse serviço. Com o “Pacote de Relógios Tranquilizadores”, a empresa instala uma ferramenta de IA que regista o uso de eletricidade de um residente e monitoriza qualquer anormalidade.

Se ao longo de mais de 20 horas não for detetado nenhum movimento, uma chamada de voz automática contacta os moradores. Caso não haja resposta, é enviado um e-mail ao agente imobiliário responsável pelo imóvel para que se desloque até ao edíficio.

A Tokyo Gas, principal fornecedora de gás e eletricidade da capital, também instalou tecnologias semelhantes, sendo que o objetivo é instalar sensores em mais de 70.000 casas a partir de dezembro.

No entanto, a tecnologia não é benéfica apenas para as empresas e agentes imobiliários.

Segundo o Vice, muitos clientes destas empresas mostram-se satisfeitos com o mecanismo, pois referem que não quererem ser um fardo após a morte.

Há também quem afirme que este método pode trazer alguma dignidade depois da morte, pois é preferível ser encontrado como se estivesse apenas a dormir, e não num ponto elevado de decomposição.

Em 2018, só em Tóquio, houve 5.513 mortes solitárias, um número seis vezes superior ao de assassinatos confirmados em todo o país.

https://zap.aeiou.pt/japao-sistema-corpos-decomposicao-438144

 

Se for eleita, Le Pen irá desmantelar as turbinas eólicas !

A candidata à presidência francesa Marine Le Pen disse que, se for eleita presidente no próximo ano, acabará com todos os subsídios destinados às energias renováveis e derrubará as turbinas eólicas.


Marine Le Pen, candidata do partido de extrema-direita Rassemblement National, chegou, em 2017, à segunda volta das eleições e está de volta à corrida pela presidência francesa — as eleições são em abril.

De acordo com a Reuters, agora espera-se que o faça novamente, embora algumas sondagens recentes mostrem que Eric Zemmour poderia ter melhores resultados, se decidisse candidatar-se.

“Eólica e solar, estas energias não são renováveis, são intermitentes. Se eu for eleita, porei um fim a toda a construção de novos parques eólicos e lançarei um grande projeto para os desmantelar”, disse Le Pen, em declarações à rádio RTL.

Além disso, a candidata acrescentou que suprimirá os subsídios para a energia eólica e solar, que ascenderiam a seis ou sete mil milhões de euros por ano e colocariam um pesado fardo nas contas de eletricidade dos consumidores.

Le Pen disse também que, caso seja eleita, dará um forte apoio à indústria nuclear francesa, permitindo a construção de vários novos reatores nucleares, financiará uma grande modernização da frota existente em França e apoiará a construção de pequenos reatores modulares, tal como proposto pelo Presidente Emmanuel Macron.

Num roteiro para a economia francesa em 200, que foi apresentado esta semana, Macron propôs milhares de milhões de euros de apoio aos veículos elétricos, à indústria nuclear e ao hidrogénio verde – produzido com energia nuclear -, mas fez pouca menção às energias renováveis.

França produz cerca de 75% da sua energia em centrais nucleares, o que significa que a sua produção de eletricidade se encontra entre as mais baixas emissões de carbono per capita de qualquer país desenvolvido. No entanto, está muito atrás da Alemanha e de outras nações europeias no investimento eólico e solar.

https://zap.aeiou.pt/se-for-eleita-le-pen-ira-desmantelar-as-turbinas-eolicas-437976

 

Entre promessas por cumprir e a saída do Afeganistão, Biden está a perder popularidade – e os Democratas estão preocupados !

Já desde Agosto que a popularidade de Joe Biden tem estado em queda e a perda de energia nos eleitores independentes está a preocupar os Democratas na preparação para as intercalares do próximo ano. Uma sondagem sobre um confronto entre Biden e Trump em 2024 dá também uma vitória ao ex-presidente.


Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos numa altura difícil, com o país a continuar a ser o líder mundial em mortes por covid-19, a enfrentar uma crise económica e a tentar sarar as feridas depois da tentativa de insurreição dos apoiantes de Donald Trump a 6 de Janeiro e da enorme polarização política da população.

O ex-vice de Obama prometeu ser capaz de unir o país, mas o seu tom mais conciliador não tem chegado para convencer os norte-americanos. Entre a saída caótica das tropas no Afeganistão que levou ao regresso dos talibãs ao poder, o impasse na aprovação da sua agenda política no Congresso e as promessas eleitorais que até agora ainda não foram cumpridas, a popularidade de Biden tem estado em queda nas últimas semanas.

Nos primeiros meses do mandato, o ocupante da Casa Branca teve uma popularidade razoável, mas já desde Agosto que Biden tem uma taxa de aprovação no vermelho. Segundo o site agregador de sondagens FiveThirtyEight, 49,6% dos norte-americanos desaprovam a actuação do Presidente enquanto que 44,5% têm uma opinião favorável.

Já os números do RealClearPolitics são ainda mais duros com Joe Biden, com 52,3% a não aprovarem o seu trabalho contra apenas 43% que se mostram satisfeitos. Estes números mostram que apenas um Presidente norte-americano teve uma popularidade mais baixa que Biden nesta fase do mandato – precisamente o seu antecessor, Donald Trump.

Biden tem segurado o apoio na base Democrata, no entanto, é entre os eleitores que nem se assumem Republicanos nem Democratas e que são decisivos nas eleições que a quebra se nota, tendo o chefe de Estado números semelhantes aos de Trump neste segmento do eleitorado.

Uma média de apenas 39% dos independentes aprovou a performance de Biden em três sondagens feitas entre 18 e 26 de Setembro enquanto que 52% não se mostrou fã. Entre 22 e 27 de Setembro de 2017, apenas 38% dos independentes aprovavam Trump e 50% reprovavam.

Isto significa que a diferença negativa de 13 pontos de Biden é parecida com a de 12 de Trump na mesma altura da presidência e é ainda mais preocupante quando se tem em conta o contexto desta fase para o ex-presidente – o protesto da extrema-direita em Charlottesville tinha acabado de acontecer, o polémico conselheiro Steve Bannon também tinha sido afastado há pouco e a investigação ao envolvimento da Rússia na campanha de Trump tinha rebentado nas notícias.

Dadas as polémicas e o tom mais inflamatório de Donald Trump, é preocupante para Joe Biden ter números comparáveis com os do seu antecessor entre os eleitores independentes, principalmente para as prospecções dos Democratas de segurar a Câmara dos Representantes e o Senado nas próximas intercalares.

Mesmo assim, a porta-voz da Casa Branca diz que o foco da administração não é “as subidas e descidas” nas sondagens. “O nosso foco é em controlar a pandemia, voltar a uma versão da vida normal para que as pessoas possam estar seguras em voltar ao trabalho e deixar os seus filhos nas escolas. É aí que temos de gastar o nosso tempo e energia”, afirma Jen Psaki. Mas afinal, o que está por detrás desta quebra na popularidade?

A pandemia descontrolada

A resposta de Joe Biden à pandemia não tem convencido os norte-americanos, depois do crescimento de casos com a variante Delta. A média do FiveThirtyEight mostra que a taxa de aprovação da resposta da Casa Branca ao coronavírus caiu de 62,7% em Junho para 49,6% agora.

Numa sondagem da CNBC publicada no início de Agosto, a aprovação do trabalho de Biden em controlar a covid sofreu uma queda de nove pontos relativamente ao primeiro trimestre do ano.

De 62%, a aprovação sobre a pandemia baixou para 53%. “Se a situação da covid tivesse continuado a melhorar da maneira que estava a melhorar no primeiro trimestre, estes números seriam muito diferentes. Mas alguém tem de ser responsável, e agora esse alguém é Joe Biden”, explica o analista Jay Campbell.

Mais recentemente, uma sondagem Axios/Ipsos revelou que 42% dos inquiridos tem um alto ou razoável nível de confiança em Biden para os guiar com informação durante a pandemia, uma quebra de 10% em relação a Abril e de 16% em comparação com o seu primeiro dia na presidência.

Para combater a insurgência da variante Delta, Biden anunciou em Setembro um plano de vacinação obrigatória que exigiu que todas as empresas com mais de 100 funcionários obrigassem os funcionários a serem vacinados ou então testados semanalmente e todos os funcionários públicos a serem vacinados, sem opção de teste.

O plano abrangia 100 milhões de americanos e foi anunciado numa altura em que quase 2000 americanos morriam diariamente com covid. Numa sondagem da Associated Press, 51% dos inquiridos apoiaram o plano de Biden, enquanto que 34% desaprovavam e 14% não tinham opinião definida.

No entanto, apesar de três quartos dos Democratas apoiarem a vacinação obrigatória, apenas um quarto dos Republicanos tem a mesma opinião.

Já uma sondagem da Gallup perguntou aos eleitores qual a opinião sobre as principais medidas incluídas no plano. Sobre a vacina obrigatória para funcionários públicos, 94% dos Democratas são a favor, 49% dos Independentes e apenas 19% dos Republicanos.

Questionados sobre a opção da vacina ou testes semanais para as empresas com mais de 100 funcionários, 93% dos Democratas eram a favor, tal como 17% dos Republicanos e 47% dos Independentes.

Os desafios políticos causados pelos processos que vários estados Republicanos têm aberto contra o seu plano de vacinação obrigatória também não têm ajudado a facilitar a resposta ao vírus, num país onde apenas 66% da população elegível para ser inoculada já tem o processo completo.

A saída caótica do Afeganistão

Apesar do fim das chamadas “guerras sem fim” dos EUA ser consistentemente uma ideia popular entre os eleitores de ambos os partidos e os independentes nos últimos anos, sendo até usada como trunfo eleitoral por candidatos e Presidentes que faziam oscilar os números das tropas consoante o momento político, muitos americanos não estão convencidos com a actuação de Joe Biden na retirada do Afeganistão.

As sondagens mostram consistentemente que os americanos não aprovaram a forma como a saída foi feita, apesar de estarem divididos sobre o que devia ter sido feito para se evitar que os talibãs regressassem ao poder. A crise no Afeganistão foi também o ponto em que a popularidade de Biden começou a cair a pique.

Segundo uma sondagem do NPR, 61% dos inquiridos desaprovam a actuação do chefe de Estado, incluindo 71% dos independentes. A maioria também não aprova a política externa de Biden no geral.

Apesar das críticas a Biden, 71% acham que a guerra no Afeganistão em si foi um fracasso, mas estão divididos sobre como o caos que se seguiu à saída podia ter sido evitado – 38% acham que os EUA deviam ter deixado algumas tropas, 37% defendem a saída total dos soldados e só 10% acreditam que as tropas deviam ter permanecido todas.

A polarização está também evidente nas escolhas sobre quais dos Presidentes dos últimos 20 anos é mais responsável por esse fracasso. A maioria de 36% culpa Bush, que foi quem começou a guerra no seguimento do 11 de Setembro.

Enquanto que o eleitorado Democrata aponta o dedo aos dois Presidentes Republicanos Bush e Trump, sendo que este último negociou o acordo com os talibãs para a saída, os eleitores Republicanos culpam Obama e Biden.

As promessas por cumprir

As promessas eleitorais que Biden não cumpriu até agora são também uma das principais razões que explicam a quebra na popularidade, especialmente devido à importância dos 100 primeiros dias da presidência para se impor a agenda política.

Parte deste problema está fora do alcance da Casa Branca, com a lei das infraestruturas de Biden, que já foi bastante diluída relativamente à promessa original, presa no Congresso.

Apesar de ter tido uma aprovação bipartidária histórica no Senado, a lei está encalhada na Câmara dos Representantes, onde os Democratas da ala progressista se recusam a aprová-la até que o Senado aprove o pacote de medidas sociais Build Back Better, outra peça importante da agenda do Presidente.

O problema é que o Senado tem 50 Senadores para cada lado e todos os votos contam, no entanto os dois Democratas mais conservadores Joe Manchin e Kyrsten Sinema ainda não garantiram que vão aprovar o pacote.

Ambos concordam que o custo do plano deve ser cortado, mas não concordam nos detalhes e arriscam-se assim a afundar a promessa eleitoral de Joe Biden. Mesmo assim, o Presidente ainda acredita que se possa alcançar um acordo. “Vamos aprovar ambas estas leis e começar a construir a economia para derrotar a competição e cumprir com as famílias trabalhadoras”, afirma.

No entanto, há outras promessas que não estão num impasse no Congresso e que Biden não cumpriu, pelo menos por enquanto. Os cheques de estímulo de 2000 dólares prometidos acabaram por ser de apenas 1400 dólares. A nível da saúde, que era o tema mais importante para os eleitores Democratas durante as primárias, a criação de uma opção de seguro pública também ficou na gaveta até agora.

A subida do salário mínimo para 15 dólares por hora foi uma das garantias que o então candidato Democrata deu na campanha, mas que acabou por cair no Senado. O salário mínimo federal nos EUA é actualmente de 7.25 dólares por hora e não é aumentado desde 2009, com muitos eleitores a achar que Biden não fez o suficiente para pressionar os legisladores e para acabar com o filibuster.

W. Mondale Robinson passou uma grande parte do último Outono em discotecas, bares e concertos no estado decisivo da Geórgia a tentar convencer homens negros a votar nos Democratas, tanto nas Presidenciais como para o Senado. Mas cada vez mais sente que esse tempo foi desperdiçado.

O momento em que o seu optimismo relativamente a Biden começou a desaparecer foi quando os Democratas começaram a diluir muito as leis de reforma na polícia para satisfazer os Republicanos, mas seguiram-se outras desilusões com o salário mínimo e a falta de luta contra as leis de votação na Geórgia, que Biden chegou a comparar com as política segregacionistas de Jim Crow.

“Acho que a frustração está num nível alto histórico e o Biden não pode ir à Geórgia ou a qualquer outro estado com negros no sul e dizer “isto é o que conquistamos em 2021. Os homens negros estão zangados com o nada que tem acontecido… Se isto torna o nosso trabalho mais difícil? Torna-o quase impossível”, explica Robinson, que é fundador do Black Male Voter Project, ao Washington Post.

Ao mesmo tempo, apesar das promessas de mudança e de regresso a uma América mais comedida na resposta à crise migratória, parece que as palavras de Biden não passaram disso mesmo – palavras.

A política na fronteira da administração Democrata tem sido practicamente igual à de Donald Trump e as recentes imagens de polícias norte-americanos a chicotear migrantes do Haiti no Texas trouxeram memórias pesadas aos eleitores negros – uma das principais bases de Biden – do passado de um país construído nas costas de escravos.

“As imagens dão um sinal aos negros de que o nosso governo não fez o suficiente para erradicar os comportamentos racistas estruturais na nossa polícia… A mensagem que passa muito facilmente pelas imagens é de que a América não quer saber dos negros, ponto final”, explica Christine White, directora executiva da Geórgia Alliance for Progress.

Já Adelina Nicholls, que lidera uma aliança latina na Geórgia, revela que o seu grupo bateu à porta de muitos latinos no estado, mas que está desmotivada pela actuação do Presidente na questão migratória.

“A preocupação que temos é de que o Partido Democrata continue a repetir os mesmos erros. Trabalhámos para alguma coisa aqui. Vamos experimentar uma coisa nova. Vamos fazer algo diferente. Para que serve um político que não trabalhe em benefício da comunidade que o elegeu?“, questiona.

Parece que o benefício da dúvida dado a Joe Biden já chegou ao fim e isso está a pôr em causa o entusiasmo da base para as eleições intercalares do próximo ano. “Se as intercalares são sobre entusiasmo e comparecimento, quem é que acham que está entusiasmado para votar neste momento? Porque não são os Democratas. Não são os negros. Não são os jovens”, afirma Nsé Ufot, chefe do New Georgia Project.

O impacto nas intercalares

Em 2022, um terço do Senado e a totalidade da Câmara dos Representantes vão a votos. Actualmente, o Congresso é todo controlado pelos Democratas, sendo que é necessário chamar a vice-presidente Kamala Harris em caso de empates no Senado.

A fraca popularidade de Biden está a preocupar o seu partido, especialmente devido à tendência histórica que há nos EUA de que o partido do Presidente tenha um mau resultado e perca lugares nas intercalares.

As sondagens sugerem também que o apoio a Biden tem caído em grupos demográficos fundamentais para os Democratas, como negros, latinos, mulheres e jovens. 85% dos negros aprovavam do Presidente em Julho, em Setembro o número caiu para 67%. Já entre os latinos, houve uma queda de 16 pontos e uma descida de 14 entre os asiáticos, aponta o Pew Research Center.

Biden ganhou o voto independente a Trump por 13 pontos, mas uma sondagem se Setembro do Emerson College deu uma pequena vantagem ao ex-presidente em relação ao actual num potencial reencontro em 2024, algo que Trump tem dado pistas de que pode ser possível.

Com 47% das intenções de voto, Trump fica à frente dos 46% de Biden, apesar de ainda estar dentro da margem de erro de 2,7%. Dada a forte polarização partidária, cativar do voto independente é ainda mais importante, o que não traz bons agoiros para Biden nesta altura.

No caso de estados que não são nem bastiões Democratas nem Republicanos e que podem cair para qualquer um dos lados – conhecidos como estados roxos – a performance de Biden pode ser uma dor de cabeça para os candidatos no Congresso.

Actualmente, o chefe de Estado tem uma taxa de aprovação de -17% no Arizona e de -10% no Wisconsin, Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte. Todos estes estados têm candidatos no Senado que vão a eleição.

Dada a associação forte que há nos Estados Unidos entre os Presidentes e a imagem do partido em geral, os Democratas têm na popularidade de Biden mais um desafio para  segurarem as duas câmaras do Congresso em 2022. Resta saber se a Casa Branca vai conseguir voltar às boas graças dos norte-americanos no ano que ainda falta até às intercalares.

https://zap.aeiou.pt/biden-perder-popularidade-democratas-437709

 

Rússia e Arábia Saudita ponderam criar uma aliança de países produtores de gás !

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, e o ministro da Energia da Arábia Saudita discutiram hoje a ideia de criar uma aliança de países produtores de gás, perante a alta dos preços do “ouro azul”.


Num fórum de Energia em Moscovo, Novak disse que regular o mercado de gás à imagem da OPEP+ era uma ideia “racional”, mas acrescentou que era necessário “trabalhar nisso com mais cuidado”.

No mesmo fórum, o ministro saudita Abdelaziz bin Salman disse que tinha discutido essa ideia com Novak, que já foi ministro da Energia na Rússia e é um profundo conhecedor da OPEP+.

A OPEP+ é uma aliança entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros países produtores de petróleo que não fazem parte desse cartel, tal como a Rússia, que visa regular o abastecimento de petróleo e, assim, controlar o seu preço.

“Discutimos (…) e concluímos que seria bom refletir sobre essa questão. Vamos estudar isso”, disse o ministro saudita.

Os países exportadores de gás já se reúnem regularmente no Fórum dos Países Exportadores de Gás (FPEG), uma organização da qual Riade não é membro – apesar de ser um peso pesado do petróleo, a Arábia Saudita é apenas o nono maior produtor de gás do mundo, de acordo com dados da Agência de Informação de Energia dos Estados Unidos.

Ao contrário da OPEP, o FPEG não estabelece quotas de produção para os seus membros.

Com os preços do gás a variar muito de país para país e num mercado dependente de gasodutos de longa construção que unem produtores e importadores durante décadas, um cartel que procurasse controlar os preços do gás teria mais dificuldade em operar do que num mercado globalizado do petróleo.

O preço do gás europeu não reagiu de forma apreciável a estas observações: o mercado de referência, o TTF holandês (Title Transfer Facility), situou-se nos 99,03 euros (uma subida de cerca de 5%) por megawatt hora (MWh), depois de ter atingido o ponto mais alto em 06 de outubro, a 162,12 euros, e antes de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter dado garantias de que o seu país asseguraria a procura europeia.

Ainda assim, o preço do gás subiu 600% nos últimos 12 meses.

https://zap.aeiou.pt/alinca-paises-produtores-de-gas-438087

 

Príncipe William diz que as “grandes mentes” se devem concentrar em salvar a Terra e não nas viagens espaciais !

O Príncipe William disse esta quinta-feira que os bilionários envolvidos na corrida do turismo espacial deveriam concentrar-se na resolução dos problemas ambientais que o nosso planeta enfrenta.


O Príncipe William criticou Jeff Bezos, a pessoa mais rica do mundo, Elon Musk e o britânico Richard Branson, que estão a competir para inaugurar uma nova era de viagens espaciais comerciais privadas.

“Precisamos de alguns dos maiores cérebros e mentes do mundo fixados na tentativa de reparar este planeta, não na tentativa de encontrar o próximo lugar para ir e viver”, disse William sobre a corrida espacial, em declarações à BBC.

A entrevista surge depois de Musk ter falado sobre futuras missões a Marte e Bezos ter descrito o seu voo espacial inaugural em julho como parte da construção de uma estrada para o espaço “para que os nossos filhos possam construir um futuro”.

“Precisamos de fazer isso para resolver os problemas aqui na Terra”, disse Bezos, que na quarta-feira celebrou o envio do ator do Star Trek William Shatner para o espaço na sua Nova Nave Espacial Shepard.

Falar sobre questões relacionadas com o ambiente tem-se tornado característico da família real britânica e William, de 39 anos, está a seguir os mesmos passos.

Carlos, o herdeiro ao trono e pai de William e Harry, apela para que se tome ação para travar as alterações climáticas e os danos ambientais, muito antes de a questão se ter tornado dominante.

Tem sido um caminho difícil para ele. Ele tem tido um percurso realmente difícil e penso que está provado que está bem à frente da curva”, disse William, citado pela Reuters.

No entanto, para o príncipe, não faz sentido que uma terceira geração tenha de continuar a falar do mesmo assunto.

“Para mim, seria um desastre absoluto se o George [o seu filho mais velho] estivesse aqui sentado, daqui a uns 30 anos, seja o que for, ainda a dizer a mesma coisa, porque nessa altura já será demasiado tarde”, disse.

A resposta pessoal do príncipe a este problema foi a criação do Prémio Earthshot, que visa encontrar soluções através de novas tecnologias ou políticas para os maiores problemas ambientais do planeta.

Os primeiros cinco vencedores, que irão receber 1 milhão de libras, serão anunciados numa cerimónia a realizar no domingo.

https://zap.aeiou.pt/principe-william-grandes-mentes-salvar-437928

 

Retalhistas alertam para “cocktail explosivo” que pode esvaziar prateleiras no Natal !

Atrasos no fabrico e distribuição dos produtos ainda não recuperaram das paragens forçadas pela pandemia.


A possibilidade de no Natal algumas prateleiras das grandes superfícies estarem vazias por falta de stocks é um cenário para o qual os portugueses se devem preparar. O alerta é feito pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuições que, pela voz do seu presidente, aponta a subida dos custos das matérias-primas, a falta de componentes (como os já famosos chips) e a crise dos contentores como estando na origem desta previsão.

“Estão a provocar muitos constrangimentos para a importação de produtos de fora da Europa e que têm um peso significativo no retalho especializado“, explicou ao Eco. Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da associação, falou ainda num “cocktail explosivo que pode vir a ter impacto” nas compras dos portugueses, especialmente numa altura do ano marcada pelo consumo.

O dirigente garante que os “retalhistas estão todos a lutar para que não se venham a sentir” muitas das consequências deste cenário, havendo, ainda assim, “um risco latente de poder haver eventualmente falhas em algumas categorias de produtos”.

Entre os produtos que são mais prováveis de faltar, aponta Gonçalo Lobo Xavier, estão os “equipamentos eletrónicos de consumo e nos brinquedos“, por se tratarem de “produtos que tendencialmente vêm de fora da Europa e que podem estar em risco”. “Não queremos, de maneira nenhuma, alarmar os consumidores, mas nalgumas categorias de produto, se houver uma grande procura, poderemos ter dificuldade em repor os stocks”, explicou.

Nas suas declarações, o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição tratou ainda de atirar as culpas de uma possível situação de rutura aos distribuidores e não aos retalhistas, uma vez que não os habituais canais de transporte de produtos que não estão a funcionar. Deixou também um apelo aos dirigentes políticos para que encarem o cenário atual como “uma oportunidade para relançar a indústria europeia”.

O Eco ouviu também os distribuidores que descrevem o cenário que se vive no setor portuário como “completamente louco“, com os armadores a estabelecerem preços até dez vezes superiores aos que eram praticados antes da pandemia, sobretudo nas rotas da Ásia para a Europa.

Segundo Mário de Sousa, CEO da Portocargo, existe “muita mercadoria acumulada à espera de espaço em navios” e em risco de só chegar à Europa já depois do Natal. O responsável elucidou que as fábricas estão a demorar mais tempo a produzir e a entregar os produtos e que se mantém o desequilíbrio na distribuição dos contentores pelo mundo, o qual se iniciou logo após o surgimento dos primeiros casos de covid-19 na China.

“O que não estiver já embarcado, já não chega antes do Natal à Europa. E além do preço de transporte elevado, é preciso perceber que, desde que a mercadoria está pronta, até que se arranje espaço para embarcar, o atraso está em cinco a seis semanas“, alerta.

https://zap.aeiou.pt/distribuidores-cocktail-explosivo-esvaziar-prateleiras-natal-437943

 

OMS armada com plano ousado e nova equipa para encontrar origens da covid-19 - China pode atrapalhar !

A Organização Mundial da Saúde anunciou esta quarta-feira a composição da equipa que irá passar a investigar novos vírus infecciosos que possam provocar pandemias e que terá como uma das missões estudar a origem do SARS-CoV-2.


A equipa integra 26 especialistas de diversas áreas, como epidemiologia, saúde animal, ecologia, medicina clínica, virologia, biologia molecular, segurança alimentar ou biossegurança, sendo os seus membros de países tão diferentes como Estados Unidos, Brasil, Reino Unido, Rússia, França, Alemanha, China ou Japão.

A equipa, escolhida entre 700 candidatos, irá formar o Grupo Consultivo Científico para as Origens de Novos Patógenos (SAGO, na sigla em inglês) e visa aconselhar a OMS relativamente às origens de agentes infecciosos emergentes e reemergentes com potencial para provocarem epidemias ou pandemias.

“O aparecimento de novos vírus com potencial para desencadear epidemias e pandemias é um facto da natureza e, apesar de o SARS-CoV-2 ser o vírus mais recente, não será o último“, afirmou, esta terça-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Entender de onde vêm os novos patógenos é essencial para prevenir futuros surtos com potencial epidémico e pandémico e requer um leque vasto de conhecimento. Estamos muito satisfeitos com o calibre de especialistas selecionados (…) e esperamos trabalhar com eles para tornar o mundo num lugar mais seguro”, acrescentou.

Os 26 membros serão ainda sujeitos a uma avaliação final, na qual a OMS também levará em consideração os resultados de uma consulta pública de duas semanas sobre os candidatos.

A investigação sobre a origem do vírus que provoca a covid-19 tem sido um objetivo constante da OMS, que enviou, logo em fevereiro e depois em julho de 2020, duas equipas de especialistas à China, nomeadamente à cidade de Wuhan, onde foi detetado o primeiro caso da doença.

Pequim reagiu à investigação e foi impondo sucessivos atrasos, o que dificultou a possibilidade de estudar os primeiros vestígios da infeção.

Em janeiro, uma outra equipa de dez investigadores e especialistas da OMS viajou para a China para investigar a origem do SARS-CoV-2, mas a China continuou a dificultar a recolha de informação, como por exemplo, o nome da primeira vítima mortal da covid-19, e a entrada no mercado de Wuhan, considerado como o primeiro grande foco da pandemia.

A equipa acabou por deixar a China em meados de fevereiro, apontando duas teorias preliminares sobre as origens do vírus: através de um animal que serviu de hospedeiro intermediário para humanos ou através de algum alimento congelado.

Esta segunda teoria foi defendida pela China repetidamente, durante os primeiros meses da pandemia, após a deteção de vestígios do vírus em alguns produtos congelados importados pelo país asiático.

A investigação foi um momento extremamente sensível para o regime comunista, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países, situação que se tornou ainda mais complicada pelas acusações do então Presidente norte-americano, Donald Trump, que afirmou que o Instituto de Virologia de Wuhan foi responsável por deixar o vírus escapar.

O novo plano ousado da OMS já se depara com um problema antigo: o Governo chinês. Segundo o The Washington Post, sem o consentimento de Pequim, a caça às origens da covid-19 vai, muito provavelmente, continuar por resolver.

Até agora, há poucos sinais de que a China irá proporcionar à SAGO uma viagem fácil. O People’s Daily, porta-voz do Partido Comunista, escreveu no início deste mês que a China não podia confiar no grupo de peritos da OMS, até solicitar uma investigação ao Fort Detrick, uma base e centro de investigação do Exército dos EUA em Maryland, que as autoridades chinesas afirmaram, sem provas, poder estar ligada à origem da covid-19.

O diário norte-americano salienta que a China pode ter poucos motivos para ansiar que a verdade venha ao de cima, mesmo que a teoria da fuga de informação do laboratório seja infundada.

Segundo a New Yorker, o líder chinês Xi Jinping terá promovido práticas agrícolas intensivas que empurraram as pessoas para um contacto mais direto com animais selvagens, o que terá criado as circunstâncias ideais para um vírus se propagar de morcegos para humanos através de um terceiro animal.

“De uma certa perspetiva, provar que o vírus tem uma origem natural é ainda pior para a China. Se as explorações de animais selvagens fossem responsáveis pela pandemia, isso culpabilizaria as políticas do Presidente Xi Jinping. Se houvesse uma fuga no laboratório, só alguns cientistas seriam culpados pelo acidente”, lê-se no artigo, publicado esta semana.

A SAGO não será capaz de se sobrepor aos interesses chineses, mas esta colaboração científica pode produzir resultados relevantes. Os funcionários da OMS estão particularmente interessados em testar amostras de bancos de sangue de Wuhan para ver quando é que o vírus começou a alastrar-se.

Além disso, é a única opção para a OMS. “Temos de trabalhar com os países e colaborar com eles, e precisamos da cooperação da China para entrar”, disse Maria Van Kerkhove, coordenadora técnica da OMS para o combate à pandemia. “Tem de acontecer. Não pode haver ambiguidade.”

https://zap.aeiou.pt/oms-plano-ousado-origens-covid-19-437945

 

Bill Clinton, antigo Presidente dos Estados Unidos, foi hospitalizado !

Bill Clinton foi admitido na noite de terça-feira no Centro Médico Irvine da Universidade da Califórnia para “ser tratado a uma infeção não ligada à covid”.


O antigo Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, com 75 anos, foi hospitalizado num hospital na Califórnia para tratamento de uma infeção não relacionada com covid-19, disse o seu porta-voz, esta quinta-feira.

Clinton foi admitido na noite de terça-feira no Centro Médico Irvine da Universidade da Califórnia para “ser tratado a uma infeção não ligada à covid”, informou o porta-voz Angel Ureña, num comunicado divulgado no Twitter.

Segundo o porta-voz, que não forneceu mais informações sobre a causa da infeção, Clinton “está a recuperar, está de bom humor e está incrivelmente grato aos médicos, enfermeiros e pessoal, que lhe prestam excelentes cuidados”.

Por seu turno, a equipa médica do hospital assegurou que o antigo Presidente está a recuperar e que poderá ter alta em breve, num comunicado divulgado igualmente pelo porta-voz de Clinton.

“O Presidente Clinton foi levado para o Centro Médico UC Irvine e diagnosticado com uma infeção. Foi internado no hospital para ser monitorizado de perto e foram-lhe administrados por via intravenosa antibióticos e fluidos”, esclareceram os médicos Lisa Bardack e Alpesh Amin, na nota.

Os médicos acrescentaram que, “após dois dias de tratamento, a contagem de glóbulos brancos” de Clinton “está a diminuir” e que o antigo Presidente norte-americano “está a responder bem aos antibióticos”.

Na nota, os médicos do hospital da Califórnia precisaram ainda que o ex-Presidente “permanece no hospital para continuar a ser monitorizado”, afirmando que estão “em contacto permanente” com a equipa médica de Clinton em Nova Iorque, “incluindo com o seu cardiologista”.

Esperamos que regresse em breve a casa”, concluíram.

Bill Clinton foi Presidente dos Estados Unidos de 1993 a 2001.

https://zap.aeiou.pt/bill-clinton-hospitalizado-438203

 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Futuro subaquático - Várias cidades em todo o mundo ficarão submersas !


O aquecimento global está a provocar a subida do nível médio da água do mar. E já existem imagens que mostram o cenário vivido em várias cidades costeiras no futuro.

Secas históricas, inundações mortíferas e degelo: tudo resulta do aquecimento global, que está também a causar a subida do nível da água do mar.

Um novo estudo da Climate Central, um grupo de investigação sem fins lucrativos, mostra que cerca de 50 grandes cidades costeiras terão de implementar medidas de adaptação “sem precedentes” para evitar que sejam “engolidas” pelo mar.

A análise, em colaboração com investigadores da Universidade de Princeton e do Instituto Potsdam de Investigação do Impacto Climático na Alemanha, resultou em imagens que mostram o contraste entre o mundo tal como o conhecemos hoje e o seu futuro subaquático, caso o planeta aqueça 3ºC acima dos níveis pré-industriais.

De acordo com a CNN, que cita cientistas climáticos, o mundo já está cerca de 1,2ºC mais quente do que os níveis pré-industriais. Mas as temperaturas deveriam permanecer abaixo dos 1,5ºC — um limiar crítico para evitar os impactos mais severos da crise climática.

Mas mesmo no cenário mais otimista, em que as emissões globais de gases com efeito de estufa começam a diminuir e são reduzidas a zero até 2050, a temperatura global ainda atingirá o pico acima do limiar de 1,5ºC antes de começar a baixar.

Em cenários menos otimistas, em que as emissões continuam a subir para além de 2050, o planeta poderá atingir a subida de 3ºC já em 2060 ou 2070, e os oceanos continuarão a subir durante décadas para além disso, antes de atingirem os níveis máximos.

“As escolhas de hoje vão definir o nosso caminho”, disse Benjamin Strauss, cientista chefe da Climate Central e autor principal do artigo.

Os investigadores utilizaram dados de elevação global e populacionais para averiguar quais as partes do mundo que serão mais vulneráveis à subida do nível do mar — e estas tendem a concentrar-se na região da Ásia-Pacífico.

Pequenas ilhas correm o risco de “perda quase total” de território e oito das dez maiores áreas expostas à subida do nível do mar encontram-se na Ásia, com aproximadamente 600 milhões de pessoas a ficar expostas à inundação, num cenário de aquecimento de 3ºC.

Segundo o estudo, China, Índia, Vietname e Indonésia são os cinco países mais vulneráveis à subida do nível do mar a longo prazo.

Com cada fração de um grau de aquecimento, as consequências das alterações climáticas agravam-se e, mesmo limitando o aquecimento a 1,5ºC, os cientistas dizem que os tipos de clima extremo que o mundo sofreu este Verão se tornarão mais severos e mais frequentes.

Para além dos 1,5ºC, o sistema climático pode ficar irreconhecível.

De acordo com a Climate Central, cerca de 385 milhões de pessoas vivem atualmente em locais que serão eventualmente inundadas pela maré alta, mesmo que as emissões de gases com efeito de estufa sejam reduzidas.

Se o aquecimento for limitado a 1,5ºC, a subida do nível do mar afetaria locais habitados por 510 milhões de pessoas.

Se o planeta atingir os 3 graus, a linha da maré alta poderá invadir território, onde vivem mais de 800 milhões de pessoas, constata o estudo.

Os autores observam, no entanto, que a avaliação foi feita sem dados globais sobre as defesas costeiras existentes, tais como diques. Devido aos impactos observados com as recentes inundações e tempestades, as cidades irão provavelmente renovar as infra-estruturas para evitar o agravamento dos impactos.

“Níveis mais elevados de aquecimento exigirão o abandono [de território] sem precedentes em dezenas de grandes cidades costeiras de todo o mundo”, escreveram os autores.

Mas a contagem poderia ser reduzida, se o Acordo de Paris fosse cumprido, especialmente no que diz respeito à limitação do aquecimento a 1,5ºC, continuaram.

Durante as duas primeiras semanas de novembro, os líderes mundiais reunir-se-ão para discutir as medidas sobre o clima promovidas pela ONU em Glasgow, na Escócia. Em cima da mesa estará não só a limitação das emissões de gases com efeito de estufa, mas também o financiamento das nações para reduzir os combustíveis fósseis e para o mundo se adaptar aos impactos da crise climática.

A menos que sejam tomadas medidas arrojadas e rápidas, os eventos climáticos extremos e a subida do nível do mar, alimentada pelas alterações climáticas, irão fazer parte do futuro da Terra. Os cientistas dizem que o planeta está a ficar sem tempo para evitar estes cenários pessimistas.

https://zap.aeiou.pt/futuro-subaquatico-varias-cidades-em-todo-o-mundo-ficarao-submersas-437650

 

Homem armado com arco e flecha mata e fere várias pessoas na Noruega !

O homem foi detido pelas autoridades norueguesas. O incidente aconteceu na cidade de Kongsberg, no sudeste da Noruega.


Um homem armado de arco e flecha matou hoje várias pessoas e feriu outras na cidade de Kongsberg, no sudeste da Noruega, confirmou a polícia norueguesa, adiantando que o suspeito foi detido.

“Infelizmente, podemos confirmar que há vários feridos e também, infelizmente, vários mortos, referiu o oficial da polícia local, Øyvind Aas, citado pela agência AFP.

As autoridades adiantaram ainda que o homem foi detido e que ainda se desconhecem os motivos para o ataque.

A polícia não forneceu quaisquer detalhes sobre o suspeito, expecto que se trata de um indivíduo do sexo masculino e que foi levado para a delegacia da cidade vizinha de Drammen.

“Não estamos à procura outras pessoas”, disse Øyvind Aas.

Os feridos foram levados para hospitais da zona. Por enquanto não se sabe quantos são nem qual seu estado de saúde.

De acordo com o Público, a ministra da Justiça e Segurança Pública norueguesa, Monica Maeland, já foi informada sobre os ataques e está a acompanhar a evolução do caso, revelou o Ministério.

https://zap.aeiou.pt/homem-armado-mata-noruega-437889

 

Chama-se Robin, é um robô e visita hospitais para ajudar as crianças a sentirem-se melhores !

Uma simples visita de um robô controlado por humanos encoraja uma perspetiva positiva e melhora as interações médicas das crianças hospitalizadas.

Robin é um robô que se move, fala e brinca com as crianças enquanto é controlado remotamente por humanos. A máquina tem percorrido os corredores do Hospital Infantil Mattel da UCLA e os resultados são muito positivos.

Em comunicado, citado pelo EurekAlert, Justin Wagner, cirurgião pediátrico do Hospital Infantil Mattel da UCLA, explicou que a sua equipa “demonstrou que um robô companheiro social pode ir muito além das conversas em vídeo”, de forma a tornar um hospital um ambiente menos stressante.

“Os nossos pacientes sentem-se ansiosos e vulneráveis de várias formas, pelo que é fundamental que sejamos o mais criativos possível para facilitar as suas experiências quando precisam da nossa ajuda”, acrescentou o especialista.

Robin tem cerca de 1,2 metros de altura e pode mover-se, falar e brincar com as crianças. Segundo o IFL Science, o “corpo” conta com um ecrã no topo – uma espécie de cabeça – que mostra diversas expressões faciais.

Durante o período de estudo (de outubro 2020 até abril de 2021), o robô visitou as crianças durante sessões de uma hora. Os resultados foram comparados com os da utilização de um tablet, usado para conversas em vídeo, um método que se tornou muito comum nos hospitais numa altura em que a pandemia dá tréguas, mas não cessa.

O estudo mostrou que era “extremamente provável” que 90% dos pacientes pedissem uma segunda visita a Robin, o que sugere que o amigo robotizado teve uma resposta esmagadoramente positiva.

Além disso, registou-se um aumento de 29% no efeito positivo (descrito como a tendência para encarar o mundo de uma forma positiva) após a visita de Robin, e uma diminuição de 33% no efeito negativo.

As melhorias de humor nas crianças pareciam afetar os trabalhadores do hospital e as famílias, o que significa que Robin é uma opção muito melhor, se comparado com as atuais formas de visitas remotas.

https://zap.aeiou.pt/robin-robo-hospitais-criancas-437192

 

É turca, tem 24 anos e mede mais de dois metros - Rumeysa Gelgi é a mulher mais alta do mundo !

Aos 24 anos, Rumeysa Gelgi foi confirmada como a mulher mais alta do mundo pelo Guinness World Records.

A jovem turca mede cerca de 2,15 metros. A sua altura surpreendente deve-se a uma condição chamada síndrome de Weaver, que faz com que as pessoas tenham um ritmo crescimento acelerado, referiu o Guinness World Records em comunicado.

Em 2018, quando tinha apenas 18 anos, Gelgi já tinha sido considerada a adolescente mais alta do mundo, mas agora contabilizou um novo recorde.

Contudo, a condição de Gelgi trás-lhe alguns dissabores no dia a dia, uma vez que a jovem está dependente de uma cadeira de rodas para se deslocar. Ainda assim, consegue andar com a ajuda de um andarilho se o caminho for curto e acessível.

A mais recente detentora do título de mulher mais alta do mundo quer agora inspirar todas as pessoas que sofrem com condições médicas raras, mostrando-lhes que é possível viver de forma plena.

Cada desvantagem pode ser transformada numa vantagem. Aceite-se como é, esteja ciente do seu potencial e dê o seu melhor”, referiu a jovem em comunicado.

Gelgil admite que o facto de ser mais alta do que a maioria das pessoas faz com que esta condição seja vista com surpresa quando caminha na rua, porém refere que, normalmente, quem a rodeia acaba por ser solidário.

Por sua vez, o Guinness World Records afirma que “é uma honra dar as boas-vindas a Rumeysa. O seu espírito indomável e orgulho de se destacar da multidão é uma inspiração”.

“A categoria de mulher viva mais alta não muda com frequência, por isso estamos animados para partilhar essa notícia com o mundo”, pode ler-se no comunicado.

Coincidentemente, o homem vivo mais alto do mundo, Sultan Kösen, também é da Turquia e tem 2,51 centímetros de altura.

O Guinness World Records destaca, no entanto, que o facto de os recordistas masculino e feminino mais altos do mundo serem do mesmo país é “uma ocorrência rara”.

Segundo a CNN, a mulher mais alta já registada foi Zeng Jinlian, que vivia na província de Hunan, na China. A asiática media 2,46, mas faleceu em fevereiro de 1982.

https://zap.aeiou.pt/mulher-mais-alta-do-mundo-437850

 

Princesa Amalia, sucessora ao trono holandês, poderá ser rainha se casar com uma mulher !

Nos Países Baixos, os casamentos reais precisam da aprovação do Parlamento, mas Mark Rutte já deixou claro que a união homossexual não é um entrave no acesso ao trono.


Longe vão os tempos em que os Países Baixos legalizaram o casamento homossexual – mais concretamente em 2001. O que não se sabia é se um membro da monarquia – uma instituição marcada por regras fechadas e regida por tradições – também poderia usufruir desta norma.

Mark Rutte, primeiro-ministro do país, veio agora acabar com todas as dúvidas referindo que a norma também se estende à família real. Ou seja, qualquer sucessor da monarquia holandesa tem o direito de se casar com uma pessoa de qualquer sexo sem que tenha de renunciar o direito ao trono.

“O Governo acredita que o herdeiro também pode casar com uma pessoa do mesmo sexo e não vê nenhum obstáculo legal para permitir o casamento”, disse Rutte, citado pelo El País.

No entanto, o primeiro-ministro alerta que existe uma questão que pode ser relevante que se prende com o facto de num casamento homossexual a sucessão ser posta em causa.

Ainda assim, sublinha que “não é apropriado antecipar tal ponderação em relação à sucessão (…). Isto depende de demasiados factos e circunstâncias do caso específico, que, como também pode ser visto em relação ao direito da família, pode mudar com o tempo”, concluiu o primeiro-ministro.

Atualmente, Guilherme e Máxima são quem toma as rédeas da monarquia do país, mas o caso pode aplicar-se à sua sucessora direta, a filha mais velha Catherina-Amalia que tem agora 17 anos e deverá ingressar no ensino superior no próximo ano, após a realização de um ano sabático.

A posição do primeiro-ministro surgiu depois de no mês passado ser publicado um livro sobre a princesa, assinado pelo ex-parlamentar social-democrata Peter Rehwinkel, onde se afirma que, de acordo com a Constituição, Amalia deve abrir mão da coroa se não casar com um homem.

Rehnwinkel lembrou, em declarações ao jornal NRC Handelsblad, que, em 2000, durante o debate sobre o casamento homossexual, “o governo destacou que a Coroa é essencialmente hereditária, os filhos nascidos de uma união desta classe questionariam essa sucessão”.

Em outras palavras, segundo esta perspetiva, Amalia teria de ceder o trono à irmã, Alexia, a segunda na linha de sucessão.

As declarações do primeiro-ministro têm grande peso, pois nos Países Baixos, os membros da Casa Real precisam da permissão do Parlamento para se casar.

A princesa Amalia nunca falou publicamente sobre a sua sexualidade e também não se pronunciou após as declarações de Mark Rutte.

Os Países Baixos foram o primeiro país do mundo a legalizar o casamento homossexual e esta é a primeira vez que um líder europeu se pronuncia sobre um assunto desta natureza.

https://zap.aeiou.pt/princesa-amalia-rainha-se-casar-mulher-437879

 

Pinturas destruídas de Gustav Klimt foram reconstruídas com recurso a Inteligência Artificial !


O pintor austríaco Gustav Klimt criou algumas das suas obras mais conhecidas durante a chamada Fase Dourada – que se manteve viva durante a pri

meira década do século XX.

Durante o seu período mais inspirador, o artista produziu obras como o “Retrato de Adele Bloch-Bauer I” (1907) – que representa uma mulher elegante que veste um vestido geométrico e se encontra rodeada por um mar de ouro, ou “O Beijo” (1908) – que retrata uma cena sensual, onde dois amantes apaixonados se abraçam num campo de flores.

Contudo, apesar da sua singularidade, nem todas as obras do austríaco sobreviveram intactas até aos dias de hoje. Os assaltos nazis durante a Segunda Guerra Mundial levaram à destruição de valiosas pinturas de Klimt.

Alguns dos quadros que acabaram por ficar destruídos foram as “Pinturas da Faculdade” que representavam, escreve a Smithsonian Magazine, três cenas alegóricas intituladas “Filosofia, Medicina e Jurisprudência”. As obras foram criadas para a Universidade de Viena, mas posteriormente foram rejeitadas por serem excessivamente críticas em relação à ciência.

Em 1945, poucos dias antes do fim da Segunda Guerra Mundial, as pinturas acabaram por ficar destruídas num incêndio no Castelo de Immendorf, na Áustria.

Agora, uma equipa de historiadores de arte teve interesse em analisar as pinturas de uma forma diferente: não usando apenas as fotografias disponíveis a preto e branco, mas através da tecnologia.

Os especialistas restauraram as pinturas históricas com aproximações das suas cores originais, oferecendo a quem as observa, uma noção mais real de como as obras de Klimt se pareciam antes de serem destruídas pelo fogo.

Para criar as imagens, o Google Arts and Culture e o Museu Belvedere em Viena desenvolveram uma ferramenta que recolheu informações sobre o uso de cores por Klimt de fontes distintas.

De acordo com a ART News, o conjunto de dados incluiu descrições jornalísticas contemporâneas das pinturas, um milhão de fotos e 80 reproduções coloridas de pinturas de Klimt do mesmo período.

Emil Wallner, engenheiro da Google, esteve quase seis meses a codificar o algoritmo de Inteligência Artificial para criar previsões de cores.

Em comunicado, Franz Smola, curador do Museu Belvedere, refere que: “o resultado foi surpreendente porque fomos capazes de colorir [as obras de Klimt] mesmo em sítios onde não tínhamos conhecimento. Com a ajuda da tecnologia, temos boas suposições de que Klimt usou certas cores”.

Atualmente, os amantes da arte podem explorar estas recreações através de uma nova galeria do Google Arts & Culture que traz uma retrospetiva do pintor Gustav Klimt, sendo que o acesso pode ser obtido no browser ou na aplicação do projeto da Google.

As pinturas reconstruídas são combinadas com uma exposição virtual, “Klimt vs. Klimt: O Homem das Contradições”, que explora a vida idiossincrática e o legado do pintor.

A retrospetiva reúne mais de 120 das obras-primas mais famosas do artista, bem como obras menos conhecidas, e reúne uma seleção habilmente curada numa realidade aumentada imersiva e 3D Pocket Gallery.

https://zap.aeiou.pt/pinturas-destruidas-klimt-reconstruidas-ia-437865

 

 

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